Número de financiamentos do BRDE cresce 23,2% na Região Sul - Jornal Cruzeiro do Vale

Número de financiamentos do BRDE cresce 23,2% na Região Sul

28/03/2012

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) publicou nesta quarta-feira (28/3), o seu Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultado do exercício de 2011, informando o crescimento de 23,2% do número de contratações de novas operações de crédito, em relação ao ano anterior, com volume de R$ 1,751 bilhão. Até o final do ano, foram aprovados R$ 2,166 bilhões em financiamentos. O Banco teve resultado líquido positivo pelo décimo segundo ano consecutivo, com R$ 92,1 milhões.

Fomentando empreendimentos em 1.040 municípios da Região Sul (mantendo operações em 256 cidades catarinenses), o BRDE possuía, em 31 de dezembro, 31.031 clientes ativos. Entre as 62 instituições financeiras credenciadas a operar com recursos do Sistema BNDES em todo o País, o BRDE ocupou a 2ª colocação em desembolsos dos programas agrícolas do Governo Federal. No Sul, entre 48 agentes, foi o 4º principal repassador de recursos para empreendimentos. Viabilizou investimentos totais de R$ 2,3 bilhões, gerando R$ 290 milhões em receita adicional de ICMS para os Estados (sendo R$ 89,48 milhões somente para Santa Catarina) e criando ou mantendo 43.500 empregos. Desse total, em Santa Catarina, o BRDE gerou ou manteve 14.095 mil postos de trabalho.

O saldo médio das 36.368 operações ativas de crédito, de R$ 184,9 mil, ?atesta a vocação do BRDE para o atendimento às micro, pequenas e médias empresas, e aos mini e pequenos produtores rurais, melhorando os indicadores econômicos e sociais da região Sul?, diz o Diretor-Presidente Renato Vianna. Ele destaca que os números de 2011 mostram ?uma pulverização das operações por todos os setores da economia, com a característica de oferecer apoio técnico diferenciado aos empreendedores, desde o planejamento do investimento, para otimizar o crédito de longo prazo e juros baixos. Além disso, o BRDE não pede qualquer reciprocidade para financiar a modernização da indústria, o aparelhamento dos serviços e do comércio, do agronegócio, da inovação tecnológica, da infraestrutura e das novas matrizes energéticas, fomentando grandes e pequenos negócios?.

No compromisso de preservar o emprego e ampliar a geração de renda no Sul, o BRDE, em 2011, firmou 413 acordos de reestruturação de dívidas, num total de R$ 292,1 milhões, permitindo a manutenção do funcionamento de várias empresas com baixo nível de liquidez no curto prazo, mas avaliadas como viáveis no longo prazo.

Em relação ao seu nível de risco, a composição da carteira do BRDE se apresenta mais favorável do que a média do Sistema Financeiro Nacional (SFN). As operações ?AA? e ?A?, que representam os menores patamares de risco, perfaziam 83% da carteira do Banco, contra 65,9% no Sistema Financeiro Nacional. As operações de maior risco, nível ?H?, eram 2% da carteira do Banco ante 3,1% do crédito total do SFN. O provisionamento de créditos de liquidação duvidosa da carteira do BRDE tinha o volume de 3,6%, enquanto que o provisionamento do SFN era de 5,1%.

O resultado líquido obtido pelo Banco, no exercício, foi 3,9% superior ao do ano anterior, alcançando R$ 92,1 milhões. Este é o décimo segundo ano consecutivo de resultados líquidos positivos, o que permitiu que o ativo total superasse barreira histórica, com R$ 8,338 bilhões. Nesta atuação, contou com o quadro de 542 funcionários. Em janeiro de 2012, o BRDE realizou concurso público de nível médio e superior para o quadro de pessoal de carreira e formação de cadastro. 

Operações
Nos financiamentos de 4.898 novas contratações, que alcançaram R$ 1.751,3 milhões, contra R$ 1,83 bilhão de 2010, o setor industrial respondeu por R$ 574,3 milhões (representando 32,8% do total), enquanto que a agropecuária foi responsável por R$ 518,8 milhões (29,6%), seguida pelo comércio e serviços, com R$ 397,1 milhões (22,7%), e pela infraestrutura, que encerrou o ano com a participação de R$ 261,2 milhões (14,9%).

Os micro, pequenos e médios empreendimentos rurais e urbanos foram responsáveis por 37% do valor contratado em 2011. Do total de clientes que firmaram contratos ao longo do ano, 91% são produtores rurais, sendo que 49% se enquadram nas categorias de mini e pequenos produtores. Já as micro e pequenas empresas responderam por 6% dos contratos, enquanto as médias e grandes empresas ficaram com 3%. Além do apoio direto, um grande contingente de produtores rurais foi também beneficiado pelos financiamentos do BRDE através das cooperativas agropecuárias conveniadas ao Banco.

O Sistema BNDES segue como a principal fonte de recursos dos financiamentos, com 95,7% do total, com destaque para o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), para a aquisição de bens de capital, que representou 28,2% do valor das operações, num total de R$ 493,7 milhões. 

O BRDE encerrou 2011 com a inadimplência em 3%, índice que ficou em 3,6% no SFN, conforme o BACEN. 

PER
Empresas que foram prejudicadas devido a catástrofes naturais do início de 2011 também puderam contar com o apoio do BRDE. Foram investidos R$ 33,75 milhões em financiamentos contratados por 90 empresas através do Programa Emergencial de Reconstrução de Municípios Afetados por Desastres Naturais (PER) no ano. Somada a esse valor, a reconstrução da produção nos municípios atingidos por desastres contou com R$ 4,5 milhões em contratos realizados pela VIACRED. Somente empresas com faturamento de até R$ 90 milhões anuais podem solicitar o financiamento, desde que estejam localizadas em um dos 11 municípios catarinenses que estiveram em estado de calamidade pública e têm menos de 500 mil habitantes como, por exemplo, Rio do Sul, Brusque e Ituporanga.

Novos escritórios
Em 2011, foram inaugurados dois escritórios regionais em Santa Catarina. Em Joinville, o escritório sediado na ACIJ foi inaugurado no dia 1º de dezembro. O novo ponto serve de apoio às operações da mesorregião Norte Catarinense e do Vale do Itajaí. Juntas as regiões são responsáveis por aproximadamente 33% em valor das operações do Banco, com um histórico de mais de R$ 787 milhões em liberações somente de 2005 a outubro de 2011. Em um raio de cerca de 70 km, área abrangida pelo escritório, está 60% do PIB de Santa Catarina. 

O segundo escritório, de Chapecó, foi inaugurado no dia 10 de novembro. De 2005 a setembro de 2011, mais de R$ 832 milhões foram liberados em financiamentos para a região. Somente em 2010, o total das liberações realizadas pela agência de Florianópolis somaram cerca de R$ 557 milhões, e deste montante, foram destinados R$ 140 milhões somente para a Região Oeste. A nova instalação é fruto do convênio operacional com a Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), onde estará localizada a sede do escritório. O Banco já atende 109 dos 117 municípios da Região, e em julho passado financiou nova unidade de produtos lácteos da Coopercentral Aurora, em Pinhalzinho, com aporte de R$ 139 milhões.

Texto: José Francisco Alves | Assessor de Comunicação

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