Postos de combustíveis somam prejuízos após greve de caminhoneiros - Jornal Cruzeiro do Vale

Postos de combustíveis somam prejuízos após greve de caminhoneiros

09/03/2012

Alguns postos de gasolina da cidade de São Paulo começaram a somar os prejuízos nesta quinta-feira (8) após a greve dos caminhoneiros, que durou três dias. O abastecimento ainda voltava ao normal nesta quinta, mas enquanto bombas ainda não estão totalmente cheias de combustíveis, gerentes dos postos garantem que o prejuízo está sendo grande.

Para Paulo Reis, gerente de um posto que fica na altura do número 217 da rua Tabor, na quarta-feira (7) a falta de combustível gerou um prejuízo de pelo menos R$ 43 mil, tendo em vista que deixaram de ser abastecidos cerca de 18 mil litros, e o preço do litro de gasolina no local é R$ 2,39.

- 18 mil litros por dia eu perdi [na quarta-feira] porque não foi vendido. O combustível só chegou às 19h.

Reis contou que como o combustível demorou a chegar, foi preciso segurar todos os frentistas no posto durante esta madrugada para abastecer a fila de carros.

- Tivemos que pagar hora extra noturna para dar conta da demanda da madrugada. Aí foi prejuízo.

Para o gerente de um posto na rua dos Glicérios, na região central de São Paulo, a greve fez com que os frentistas trabalhassem com os tanques praticamente na reserva.

- Todos os caminhões foram para as bases carregar. Estamos trabalhando com os tanques quase no zero. Com certeza tomamos prejuízo. Abastecemos em média 15 mil litros por dia.

Os postos começaram a ser reabastecidos nesta quarta, mas as bombas só devem ficar cheias novamente em três ou quatro dias. Segundo o Sindicam-SP (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens do Estado de São Paulo), a greve dos caminhoneiros foi oficialmente encerrada na tarde de quarta-feira (7).

Nas últimas 24 horas, a Raízen, licenciada da marca Shell no Brasil, disse que 230 caminhões saíram das suas bases em São Paulo e em Barueri. O volume corresponde a 40% do que é movimentado diariamente. A empresa afirmou que prevê normalizar as entregas em até quatro dias.

Mesmo com o fim da paralisação, o Polícia Militar ainda faz a escolta dos caminhões para garantir a segurança dos motoristas. Durante a greve, muitos foram ameaçados pelas pessoas envolvidas no movimento e alguns veículos foram depredados. Também há temor de que a população prejudicada faça algum  tipo de retaliação contra a categoria.

Texto: Portal R7.com

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