Nos últimos dez anos, os preços dos imóveis aumentaram até 700% na cidade do Rio de Janeiro, segundo aponta levantamento do Secovi Rio (Sindicato da Habitação) entre 2002 e 2012 feito a pedido do R7. A valorização recorde diz respeito a apartamentos de quatro quartos em Ipanema (zona sul) o preço deste imóvel saltou de R$ 623.690, em 2002, para R$ 4.365.625, em 2012.
Nos imóveis de um, dois e três quartos, a região que teve a maior valorização foi o centro, com 485%, 535% e 542%, respectivamente (veja abaixo tabela com a valorização imobiliária nos bairros do Rio).
Na zona sul da capital, a segurança, a infraestrutura e belos cartões postais encarecem os imóveis. No centro, segundo Maria Teresa Mendonça Dias, vice-presidente Financeira e de Desenvolvimento do Secovi Rio, obras de revitalização, como as da região portuária, são os atrativos.
? Na região central, os investimentos em infraestrutura, como as obras do Porto Maravilha e a revitalização do centro histórico, têm atraído novos empreendimentos e moradores. Entre as mudanças previstas no projeto do centro, está a construção de 4 km de túneis e a reurbanização de 70 km de vias. Tudo isso influencia nessa valorização.
Mesmo a maioria dos imóveis no centro ainda sendo comerciais,apenas 33,9% são voltados para moradias, o cenário já é bastante diferente se comparado a décadas passadas, quando a área se tornou totalmente comercial. A comprovação de que o centro vem se tornando cada vez mais residencial é o fato de que a população nessa região aumentou de 39,1 mil para 41,1 mil pessoas, de 2000 para 2010.
Antonio Carlos Duarte, que comprou um apartamento há três anos no centro, e diz que, além da grande oferta de espaços culturais, transporte e comércio, a proximidade do trabalho foi fundamental na hora da escolha.
? Optei pela qualidade de vida. Antes morava no Méier [zona norte] e levava quase duas horas para chegar e voltar do trabalho. Hoje levo dez minutos e vou andando. E, mesmo meu apartamento sendo pequeno, meu prédio tem toda infraestrutura, com piscina e área de lazer.
Devido à pouca oferta de espaços para construção de edifícios residenciais, os novos empreendimentos são erguidos com unidades menores e partes comuns mais amplas e incrementadas.
A análise do Secovi sobre o tamanho dos imóveis em diversos bairros aponta que o centro é a região onde os apartamentos são menores, com áreas que variam de 42 m² (um quarto) a 87 m² (três quartos).
Apesar da tendência de apartamentos compactos, a previsão é de que a valorização nessa região aumente cada vez mais nos próximos anos.
Texto: Portal R7
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