Mais de sete anos se passaram e o primeiro réu será julgado pelo incêndio que matou 242 pessoas na Boate Kiss, localizada na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Luciano Bonilha Leão, um dos integrantes da banda que se apresentava no local em 27 de janeiro de 2013, será ouvido no dia 16 de março.
Outras três pessoas estão sendo acusadas pelo caso: Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, donos da boate; e Marcelo de Jesus dos Santos, integrante da banda. Ambos conseguiram com que o júri fosse transferido para Porto Alegre e ainda não há data para julgamento.
Os quatro respondem em liberdade.
Um incêndio de grandes proporções atingiu a Boate Kiss, localizada na cidade de Santa Maria, no estado do Rio Grande do Sul, na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013. No total, 242 pessoas morreram e outras 680 ficaram feridas.
O acidente foi considerado a segunda maior tragédia do Brasil, quando levado em conta o número de vítimas em um incêndio. Ele fica atrás apenas da tragédia do Gran Circus Norte-Americano, que matou 503 pessoas no Rio de Janeiro em 1961. É considerada também a quinta maior tragédia da história do Brasil e a maior da história do Rio Grande do Sul.
A festa ‘Agromerados’ começou às 23h do dia 26 de janeiro de 2013 e foi organizada por seis cursos universitários e técnicos da Universidade Federal de Santa Maria. Por volta das 2h30 do dia 27 de janeiro, durante apresentação da Banda Gurizada Fandangueira (a segunda banda a se apresentar na noite), um sinalizador de uso externo foi utilizado pelo vocalista. O equipamento soltou faíscas que atingiram o teto da boate e incendiaram a espuma de isolamento acústico, que não tinha proteção contra fogo.
No início do incêndio, os seguranças que estavam na porta do estabelecimento não foram informados do sinistro. Por acreditar que se tratava de uma briga, eles impediram os participantes da festa de saírem pela única porta do local. O fato de a casa noturna funcionar através do pagamento de comandas de consumo na saída também levou os seguranças a barrarem a saída.
Muitas pessoas chegaram a entrar nos banheiros por acreditarem que se tratava de uma saída de emergência. Em consequência disso, 90% das vítimas fatais foram encontradas nos banheiros.
Hoje, feridos convivem com as marcas do incêndio e famílias pedem justiça.
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