Por Gilberto Schmitt - Jornal Cruzeiro do Vale

Nuvem

Uma nuvem preta está passando por nossa pacata cidade de Gaspar. Não é de hoje, faz alguns longos dias que as reclamações dos leitores chegam através de telefonemas, cartas e e-mails. O povo está descontente. É greve de ônibus. Lixo que não é recolhido. Água que falta em alguns bairros. Iluminação pública péssima. Trânsito infernal. Desabrigados que não recebem abrigos definitivos. E assim por diante.

 Cenário

Percorri pessoalmente os principais bairros de Gaspar nesta segunda-feira. Fui registrar as reclamações dos moradores quanto à coleta de lixo. O cenário e desolador. Montanhas de lixo estão na beira das ruas aguardando a passagem do caminhão. Um péssimo cartão postal para nosso município. A nova empresa não está dando conta do recado devido à falta de experiência e estrutura. A promessa é que nos próximos dias tudo se normalize. Aguardamos!

Com a boca no trombone

Enquanto isso os moradores botam a boca no trambone. E com razão. Ninguém quer lixo acumulado defronte de casa, causando um péssimo visual, fedentina, danos à saúde e ainda sendo espalhado pelos cachorros. É hora de cobrar mais agilidade da empresa contratada, e, se possível, descontar na conta de água os dias que o caminhão deixou de passar. Não estranhem se qualquer hora uma montanha de lixo aparecer depositada na porta da prefeitura em represália ao péssimo serviço. O negócio é se coçar e agilizar. O povo não está dormindo.

Greve I

O sindicato dos motoristas de ônibus em greve está distribuindo panfletos no terminal urbano. A folha de ofício tem texto nos dois lados. Num determinado item diz que o prefeito Celso Zuchi é mal educado e "arma palco" para pressionar os grevistas. Diz ainda que o prefeito deveria estar pressionando o patrão e prefere pressionar os trabalhadores.

Greve II

O material ainda diz que o prefeito se aproveitou da ausência das principais lideranças e foi no acampamento da greve ao lado do terminal urbano para tentar reunir os grevistas para apresentar proposta para acabar com a greve e perdeu tempo. Os trabalhadores não aceitaram esta atitude desrespeitosa e o prefeito perdeu a cabeça e a compostura, bateu boca com os trabalhadores e chamou um sindicalista de peãozinho.

Greve III

O texto ainda diz que se o prefeito de Gaspar acha vergonhoso ser peão, para os motoristas é motivo de orgulho, principalmente ser trabalhador simples, humilde, honesto e corajoso para defender os direitos da categoria.

Para concluir

E para concluir, o panfleto diz ainda que o prefeito "armou um palco" para seu show de deselegância e até levou a imprensa (o Cruzeiro do Vale não foi), inclusive a televisão  para registrar seu momento de glória, e se deu mal.

O fedor do esgoto

A moradora da rua Fernando Krauss, no Gaspar Mirim, não sabe mais a quem recorrer para acabar com um esgoto que corre a céu aberto defronte à sua casa. A fedentina é de expulsar quem passa por perto e a família já convive com essa péssima realidade há anos. Por enquanto só promessa para tubular o esgoto que escorre de dezenas de casas.