A Arena Multiuso de Gaspar poderá tipificar a improbidade administrativa de Zuchi. Kleber e o MDB trabalham para isso - Jornal Cruzeiro do Vale

A Arena Multiuso de Gaspar poderá tipificar a improbidade administrativa de Zuchi. Kleber e o MDB trabalham para isso

01/02/2019

Paques da discórdia I

Está na cara que Gaspar precisa de áreas coletivas de lazer. Está na cara que Gaspar precisa de áreas verdes públicas. Está na cara que Gaspar precisa de áreas para promoções culturais ou diversões, esportivas e exposições de todos os tipos e não apenas para a comunidade, mas também como alternativas a Brusque e Blumenau, pois Gaspar está inserida numa região metropolitana. E ao contrário do que se diz por aí nas cobranças que li, penso que este tipo de investimento é tão importante – e não prioritário - como uma creche, uma escola, um posto de saúde. É a humanização da cidade, induz à preocupação com a saúde dos cidadãos, além de ser um caminho para gerar empregos, negócios e renda. Basta andar pelo mundo e perceber isso. Basta ver como estamos cada vez mais nos preocupando para além da sobrevivência, ou seja, com a qualidade de vida. Mas, Gaspar, não sei de onde isso se inicia, sempre briga com a sensatez e o seu futuro. Briga com um plano de cidade e prefere as ideias de pessoas, de partidos, de grupos de interesses e de amigos no poder de plantão. Incrível!

Paques da discórdia II

O ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, (2000/03, 2008/11 e 2012/15) desapropriou em 2012, 430 mil m2 da Fazenda Juçara, na Margem Esquerda, quase Centro de Gaspar, com acesso a BR-470, prestes a ser duplicada, pela bagatela de R$430 mil para se imitir na posse, quando sabidamente já valia a preço de mercado, algo em torno de R$15 milhões. Para comparar: o governo do estado pagou 330 mil m2 para o novo presídio, escondido lá na Correnteza, na Rua Silvano Cândido da Silva, divisa com o Belchior Baixo, para o mesmo proprietário da Fazenda Juçara, R$9,3 milhões. Ou seja, era uma clara vingança ideológica do PT ao empresário Gehard Hosrt Fritzche, ex-dono da falida Sulfabril, com sede em Blumenau e várias unidades no Vale. E tudo foi parar na Justiça. E se enrola até hoje, mesmo porque o terreno possui 16 penhoras bancárias. Resumindo, o que era para ser um marco de inovação e gestão, virou um grande problema. E por que? Porque não nasceu como solução, mas como afronta. Pior: Zuchi, o gestor público, sem o município ser dono daquelas terras, e num confronto com o legítimo proprietário, diante das temeridades da posse, resolveu usar dinheiro público e estruturar uma “Arena Multiuso”, que a sempre a defendi – e a defendo - como iniciativa para a cidade e não para ser tomada de seus donos como queria Zuchi e se ter tantos riscos.

Paques da discórdia III

E esse pode ser o nó que vai configurar, naturalmente, o mau uso do dinheiro público, ou seja, a improbidade administrativa do governo Zuchi. No fundo, Kleber e os seus, todos sabem o que estão fazendo contra Zuchi e que tudo isso, pode deixá-lo inelegível. Abriu à oportunidade para os discursos palanqueiros às eleições do ano que vem. Kleber acaba de anunciar um parque aos moldes da Arena Multiuso no outro lado da cidade, no bairro Sete, na Francisco Matella, numa área em vias de ser urbanizada e com acessos comprometidos; um parque náutico ao lado da ponte do Vale, e um mirante, cuja ideia, vejam só, é anterior a Zuchi e vem do mais petista de todos e que já faleceu, o contabilista Rodrigo Fontes Schramm. Ao mesmo tempo que encurrala o PT e principalmente Zuchi, Kleber atende aos novos amigos que vão ser beneficiados pelas suas ideias que não devem custar menos de R$30 milhões, valor que podiam valer a solução econômica da Arena Mutiuso, na Margem Esquerda, em área bem maior, mais acessível e com benfeitorias iniciadas. Entenderam o jogo? Ou precisa desenhar? E se Kleber não conseguir realizar os seus projetos – pois dinheiro para isso ele possui –, um outro prefeito poderá vir e abandonar esta “nova ideia” e ter outra, para interesses próprios, que também não se concretizará. Ou seja, quem perde com essa briga intestinal e de vaidades do vai-e-vem das mesmas finalidades? Os gasparenses e o futuro deles. Acorda, Gaspar!

 

Quando o crime se organiza, sobra à polícia a inteligência, a tecnologia, as informações e integração de tudo isso. Este foi o propósito da reunião do delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, o gasparense Paulo Norberto Koerich (de terno no lado direito), com a Superintendente em exercício e chefe da delegacia Regional Executiva da Polícia em Florianópolis, Carmem Mariléia da Rocha Mosele (na cabeceira da mesa), esta semana. Está cercando o território para deter as organizações criminosas.

 

TRAPICHE

Linha direta mensal de Gaspar com Brasília no ar. Na sexta-feira, dia oito, acontece o pregão para o Registro de Preços às futuras e eventuais contratações de Serviços de Agenciamento de Viagens, para Vôos Nacionais e Internacionais e para Passagens Rodoviárias Domésticas, para atender a Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Poder Executivo Gaspar.

O que tem aparecido de arquivamento de Processos Administrativos em Gaspar nos últimos dias, é algo que começa a chamar a atenção.

Você sabe quanto custou a reconstrução da instalação elétrica da subestação em poste da Arena Multiuso, para permitir os eventos do ano passado? R$ 14.657,50; Foi feita pela New System Comércio e Serviços. Hoje, menos de um ano depois, por falta de zelo, parte da instalação elétrica foi danificada ou roubada. Então...

Não é minha área, dominada pelo Jerry de Oliveira, no Campo Neutro, mas escrevi na coluna para o portal Cruzeiro do Vale e antes de começar, de que o Campeonato Catarinense era uma “pré-temporada” de luxo para Chapecoense, Figueirense, Avaí e Criciúma. Alguma dúvida?

A Câmara de Gaspar já tem marcada a sua última sessão deliberativa deste ano: dez de dezembo. A do 17 é para o dia da traição: eleição da mesa diretora.

Samae inundado I. Estão fazendo o recapeamento da Rua Anfilóquio Nunes Pires, porém “esqueceram”, por falta de integração e planejamento, num desperdício de recursos dos pesados impostos, de se realizar a substituição da rede antiga de água desde a Serralheria Beirinha até a Havan – onde parou a obra esta semana. Ela é velha e obsoleta.

Samae inundado II. Esta rede é a que a interliga a ETA I e a ETA 2. Quando uma falha a outra fornece a água. Será que fazer mais tarde a obra e estragar o asfalto novo é ou não falta de planejamento? Nas entrevistas, o chefe de gabinete, Pedro Inácio Bornhausen, do mesmo PP de Melato, disse que o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, disse que deu ordens para realizar as substituições. Como nada foi feito...

Samae inundado III. Quando inauguraram o novo reservatório no alto do morro da Matriz, os discursos eram de que ele garantiria, no mínimo oito e até 12 horas de abastecimento da cidade. Bastou uma pane elétrica, de madrugada da semana passada, hora de menor consumo, para provar que a duração dele, é de apenas duas horas. Gente ruim de cálculo e boa de propaganda enganosa. Acorda, Gaspar!

Desperdício do dinheiro de todos. Outro dia, o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, inaugurou o “asfalto” do Sertão Verde. Esta semana, ele foi rasgado. O esgoto estava escorrendo por cima do asfalto, rua abaixo.

 

Comentários

Herculano
04/02/2019 07:47
HOJE É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA, ESPECIAL PARA OS LEITORES E LEITORAS DO PORTAL CRUZEIRO DO VALE, O MAIS ANTIGO, O MAIS ACESSADO E ATUALIZADO DE GASPAR E ILHOTA
Leo
03/02/2019 21:32
DANÇA DAS CADEIRAS. A SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO JÁ ESTÁ COM OS DIAS CONTADOS. NÃO Conseguiu M?STRAR PARA QUE VEI0.
Herculano
03/02/2019 20:00
FORTALECIDO NO CONGRESSO, BOLSONARO QUER PACIFICAR RELAÇÃO COM RENAN POR REFORMAS

Governo quer evitar que o emedebista vire adversário após apoio a Davi Alcolumbre no Senado

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Gustavo Uribe, da sucursal de Brasília e Talita Fernandes, de São Paulo. A eleição de Davi Alcolumbre (DEM-AP) para presidente do Senado Federal representou uma vitória de Jair Bolsonaro, sobretudo do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, mas fez com que o Planalto ganhasse um adversário considerado influente: Renan Calheiros (MDB-AL).

A avaliação tem sido feita em caráter reservado por assessores presidenciais, para os quais caberá agora ao presidente Jair Bolsonaro atuar pessoalmente para tentar reconstruir a relação com Renan e reduzir os danos causados pelo envolvimento do ministro da Casa Civil na seara legislativa.

Em seu quarto mandato como senador, o alagoano tem interlocução tanto com a direita quanto com a esquerda e é avaliado como um articulador hábil. Para o Palácio do Planalto, é preocupante tê-lo como adversário, sobretudo no momento em que o governo elegeu a reforma previdenciária como sua prioridade em início de gestão.

A estratégia que tem sido defendida pelo entorno do presidente é que ele entre em contato com Renan neste final de semana e o convide para um encontro reservado assim que voltar a Brasília, o que está previsto para ocorrer até sexta-feira (8).

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Santos Cruz, avaliou à Folha que agora, passada a eleição, começa o trabalho político de conversar com as diferentes bancadas.

"Eu não tenho dúvidas que o governo federal terá um bom diálogo com o Congresso Nacional. E a reforma previdenciária todo mundo sabe que é necessária", disse.

Ele ressaltou que todos os deputados e senadores são relevantes no processo político, não importando o partido a que são filiados, incluindo Renan.

"Todo mundo é importante e ele [Renan] continua sendo um parlamentar importante como qualquer outro", observou.

Uma sinalização do Planalto a Renan mira a pavimentação para a reforma da Previdência. Durante a campanha, Renan passou a fazer gestos de simpatia ao governo e mudou de posicionamento sobre a reforma, sobre a qual se manteve crítico durante a presidência de Michel Temer.

Alguns assessores governistas também calculam que Alcolumbre não terá condições de entregar com a mesma velocidade que Renan a aprovação de projetos considerados prioritários por ter pouca experiência em articulação, já que esteve no baixo clero nos quatro primeiros anos de mandato.

Ao afirmarem isso, eles apontam a dificuldade que o novo presidente do Senado teve para conduzir a sessão de sexta-feira (1º), que acabou encerrada sem resultado. Com a eleição apertada e com brigas, soma-se a isso um temor de que Renan possa operar contra os interesses do governo.

O diagnóstico é que, apesar da vitória, Onyx errou ao ter se posicionado como adversário direto de Renan, o que o inviabiliza completamente como interlocutor em uma tentativa de reconstruir a relação do governo com o senador alagoano e seu grupo de aliados mais próximos, todos escolados operadores políticos dentro do Senado.

O desentendimento entre eles não é de hoje. Quando presidia o Senado, em sessão do dia 1º de dezembro de 2016, o senador do MDB zombou publicamente do sobrenome do então deputado, dizendo que era fácil confundir 'Lorenzoni' com 'Lorenzetti', que é uma marca de chuveiros.

Na sessão, era discutido o projeto das 10 medidas contra corrupção e Renan, sentado ao lado do então juiz Sergio Moro, criticou o fato de ter sido tirado um teste de integridade do projeto para ocupantes de cargo público. O chefe da Casa Civil foi o relator do texto na Câmara.

"Parece nome de chuveiro, mas não é nome de chuveiro, com todo o respeito. Em favor dele, eu queria dizer que o teste de integridade vai fazer falta porque pesava sobre ele uma acusação de ter recebido caixa 2 de indústria de armas e era uma oportunidade para que ele, neste teste, pudesse demonstrar o contrário, com o meu apoio", disse.

Em resposta, Onyx chamou o emedebista de "bandido" e recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra Renan por injúria e difamação sobre as acusações de caixa 2.

Para assessores presidenciais, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, também tomou uma atitude equivocada durante a votação. A opinião é que ele deveria ter sido discreto e não exibido seu voto em Alcolumbre, o que acabou dificultando o papel de seu pai e dando à escolha do senador do DEM a chancela do governo.

Como o MDB tem a maior bancada, o receio do Planalto é que, caso as pontes com Renan não sejam refeitas, ele se torne o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e dificulte a tramitação de pautas de interesse do governo.

Há ainda um receio sobre o comando da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), uma das principais para aprovação de projetos de interesse do governo, como a reforma da Previdência.

Apesar do pedido do Palácio do Planalto para que a equipe ministerial não se envolvesse nas eleições parlamentares, Onyx atuou diretamente para a vitória de Alcolumbre, com quem tem uma relação de amizade. A mulher do ministro já foi, por exemplo, assessora parlamentar no gabinete do senador.

Durante o processo, auxiliares da Casa Civil articularam pessoalmente apoios a Alcolumbre e, segundo relatos feitos à Folha, ajudaram na manobra do senador de instituir o voto aberto na eleição legislativa, o que foi inviabilizado por liminar concedida pelo presidente do STF, Dias Toffoli.
Herculano
03/02/2019 11:29
RUGIDOS DOS INDIGNADOS

De Augusto Nunes, de Veja, no twitter:

A derrota de Renan, além de aposentar um prontuário ambulante, transformou em obscenidades sem serventia a vigarice do PT, a histeria da bancada do cangaço e os chiliques das kátias, fora o resto. A maioria do Senado enfim ouviu o rugido dos indignados. E o Brasil decente venceu
Miguel José Teixeira
03/02/2019 10:18
Senhores,

Pois é. . .não sou o Eremildo, mas sou um idiota:

à cada eleição, renovo minha crença de que os parlamentares eleitos mudaram. . .para melhor.

Ontem, o Senador Amin bateu um bolão. Quem assistiu o espetáculo circense viu.

Manteve a bancada Catarinense coesa e se tivesse conseguido driblar a mesa e reiniciado a votação após a desistência do Renan, teria ido ao segundo turno.

A história seria outra.

Continuo esperançoso de que os ventos verde-oliva que sopram em Brasília, mudem o comportamento de nossos carí$$imos homens públicos para melhor.
Herculano
03/02/2019 08:37
RENAN VIROU REFÉM DO PRóPRIO FEITIÇO, por Andrei Meireles, em Os Divergentes.

Jader Barbalho e Renan Calheiros ganharam musculatura política quando superaram o medo e enfrentaram Antônio Carlos Magalhães, então todo poderoso no Senado Federal. O que eles mais aprenderam nesse embate com ACM foi a arte de amedrontar adversários. A dupla aprimorou o talento para a sedução política na convivência com José Sarney. Esse quarteto, com breves interregnos, há décadas dá as cartas no Senado.

Montaram um sistema de dominação tão enredado que até agora nada fugia ao controle deles. Nada resistia também a capacidade deles de impor sua vontade. Em seus jogos internos, regras regimentais, Leis e até a Constituição só valiam enquanto não atrapalhassem o exercício do poder. Assim criaram precedentes para toda e qualquer violação legal por maiorias eventuais.

Como sempre tiveram o comando das Mesas do Senado nada escapava. O que por acaso ficava fora de controle aqui era contido ali. O sistema sempre se reproduzia porque tinha uma trava de segurança. Atos secretos, interpretações regimentais de acordo com a ocasião, e até o drible na Constituição para manter os direitos políticos de Dilma Rousseff, tudo valia desde que com o aval do sistema que se traduzia como maioria.

Mas maioria depende mais de voto do que de magia. Além de uma renovação sem precedentes na história moderna do Senado, as últimas eleições também fizeram uma limpa na Mesa do Senado. Mesmo os favoritos não foram reeleitos. Sobrou na Mesa na rabeira das suplências o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), político sem maior expressão inclusive em seu próprio partido.

Davi surpreendeu ao se lançar candidato a presidente do Senado. Não foi levado muito a sério. Aqui e ali apareceram notinhas de que teria o apoio de Onyx Lorenzoni, chefe da Casa Civil no governo Bolsonaro. Alguns desdenhavam. Diziam que era uma mera simpatia de Onyx por ele ter se casado com uma assessora de Davi no Senado.

Desde o início, a disputa no Senado era sobre quem enfrentaria Renan Calheiros. Pelas peculiaridades dessa corrida, alguns favoritos foram perdendo fôlego. Com uma boa mãozinha de Onyx, Davi continuou correndo por fora enquanto todas as atenções se voltavam para Simone Tebet. Então líder do MDB, ela sempre foi a principal opção de consenso entre as forças anti-Renan e a sua principal adversária no MDB. Sua identificação com operações como a Lava Jato, que deveria ser ponto a favor, virou motivo de sua maior rejeição na tropa de Renan.

A estratégia de Renan foi a de sempre. Nega ser candidato, costura apoios de fora, e assegura a sua indicação pelo MDB. Sua turma desdenhava a possibilidade de Simone Tebet vencer a disputa interna. Diziam que, se não desistisse antes, ela perderia de goleada em uma votação na bancada. Na véspera, filiaram Eduardo Gomes para não correrem risco e conseguiram uma mal explicada ausência de Jarbas Vasconcelos. Com tudo isso, venceram por apertados 7 a 5, com o senador Fernando Bezerra ainda tendo de se explicar porque mudou de posição.

Vitória de Pirro. Os adversários de Renan comemoraram. Foi assim que, no final da noite da quinta-feira (31), Davi Alcolumbre virou o favorito entre os candidatos anti-Renan, pois já contava com o apoio palaciano e o trunfo por herdar a presidência provisória do Senado. Outras forças, mesmo a contragosto, também resolveram em algum momento apoia-lo. "Se ele conseguir sentar na cadeira na sessão de posse, ninguém mais o tira", ouvi na madrugada de sexta-feira de um das mais ativas articuladoras da frente anti-Renan.

Ontem isso meio que se confirmou. O favoritismo de Renan, cantado em verso e prosa, subiu no telhado. Davi Alcolumbre sentou na cadeira da presidência do Senado e de lá não saiu. Agarrou-se a interpretações casuísticas do Regimento Interno para dar um banho nos adversários. Seus defensores, além do argumento de que as ruas cobram transparência, bateram na tecla dos precedentes abertos por Renan sempre que isso lhe foi favorável.

O feitiço virou contra o feiticeiro. Nessa sexta-feira, o plenário do Senado atropelou o regimento e aprovou pelo placar de 50 votos a 2 o voto aberto na eleição para presidente do Senado. Uma surra. Bateu desespero na turma de Renan. Ele mesmo deu várias mostras de destempero. Em uma delas, quando cruzou olhar com o senador Tasso Jereissati, disparou: "O responsável por isso é você. Coronel, cangaceiro". Tasso, que estava sentado, retrucou: "você vai para a cadeia". Renan pagou o mico de chamar Tasso para uma briga física. "Seu merda, venha para a porrada".

Só a senadora Katia Abreu se expôs mais ao ridículo do que Renan pela causa de Renan. Ela fez um papelão. Curioso é que, na eleição presidencial, Katia foi vice de Ciro Gomes que só se referia a Renan como membro de uma quadrilha que assaltava o dinheiro público. O papel que senadores experientes desempenharam diante dos novatos foi deprimente. Sobrou um impasse.
Herculano
03/02/2019 08:05
da série: heróis que contrariam às orientações médicas sacrificam à própria saúde e até, à vida. Não era para Bolsonaro estar em repouso absoluto e inclusive não falar e prejudicar os procedimentos operatórios? Por que reassumir as funções e despachar no Hospital contrariando o curso normal da recuperação? O paciente não se deu conta da importância institucional que ele representa para quem o elegeu. Uma pena!

NÁUSEAS E VôMITOS DE BOLSONARO FORAM PROVOCADOS POR PARALISIA NO INTESTINOS

Diferentemente do que disseram os assessores da Presidência, não é uma 'reação normal'

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Cláudia Collucci. As náuseas e os vômitos apresentados neste sábado (2) pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) ocorreram porque o intestino delgado dele parou de funcionar. Tecnicamente, a condição clínica é chamada de "íleo paralítico".

Quando o intestino delgado (íleo) para de contrair, acumula líquido no estômago. E o paciente sente náusea e ânsia de vômito.

Diferentemente do que disseram os assessores da Presidência, não é uma "reação normal e decorrente da retomada da função intestinal". Algo fez o intestino parar de funcionar.

O cirurgião Antonio Macedo, que operou Bolsonaro, disse à Folha que a condição é uma resposta do organismo a uma cirurgia longa e com muita manipulação.

Três cirurgiões especialistas em aparelho digestivo ouvidos pela reportagem afirmam que essa condição, chamada de íleo pós-operatório, em geral ocorre imediatamente após a operação e costuma durar até três dias.

Normalmente melhora conforme a inflamação do organismo diminui, e o intestino volta gradualmente a se contrair.

Segundo eles, os sintomas apresentados por Bolsonaro representam uma piora no estado clínico. Um deles diz que, no melhor cenário, não era para acontecer. No quinto dia após a cirurgia, afirma, o paciente deveria estar comendo por boca e evacuando.

Outras hipóteses explicariam a paralisação do intestino como fístula (abertura de algum ponto cirúrgico), infecção, efeitos colaterais de medicamentos (antibióticos ou remédios para dor) ou aderência precoce, ou seja, uma dobra no intestino.

A pior das hipóteses seria a fístula. Se ocorrer, há risco grande de ter que reoperar e refazer a bolsa de colostomia.

Mas, tanto no cenário de fístula ou de infecção, Bolsonaro apresentaria dores abdominais e febre.

Segundo boletim médico divulgado neste sábado, o presidente está "sem dor, afebril e exames laboratoriais normais". Ou seja, por ora, uma fístula ou infecção estaria descartada. Macedo também negou essas hipóteses.

A sonda nasogástrica colocada para retirar o líquido em excesso no estômago do presidente não trata a paralisação do intestino. Apenas alivia os sintomas de náusea e vômito.

Bolsonaro foi submetido à cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal e retirada da bolsa de colostomia no dia 28 de janeiro, segunda-feira passada. Na ocasião, os médicos mudaram a técnica prevista inicialmente e tiveram que fazer um procedimento mais complexo do que era esperado.

Uma parte do intestino, a que estava ligada à bolsa que recolhia as fezes, foi retirada e descartada.

O processo durou sete horas. Foi a terceira operação pela qual ele passou desde que foi alvo de uma facada, em setembro de 2018, durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG).
Herculano
03/02/2019 07:53
da série: como no caso do intestinos do presidente Bolsonaro que parou de funcionar por meses, quando testado para voltar a trabalhar, dá náuseas e vômitos

PLANALTO TEME REAÇõES NO SENADO

Conteúdo de O Antagonista. Um aliado de Renan Calheiros disse à Andréia Sadi que Onyx Lorenzoni "despertou a ira" ao deixar sua digital na disputa pela presidência do Senado.

A preocupação dos governistas agora é saber qual será o alcance da reação do grupo de Renan e se haverá sequelas para as votações de interesse do Planalto.
Herculano
03/02/2019 07:47
CIRCO DA ELEIÇÃO MOSTRA QUE NEM SENADORES LEVAM A POLÍTICA A SÉRIO, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Entre Renan e Bolsonaro, parlamentares fazem concurso de trapaças e se dobram a curtidas

O circo erguido na eleição para o comando do Senado prova que a briga pelo poder é sempre feia, mesmo que se tente disfarçá-la com ares moralizadores. A disputa que durou mais de 24 horas começou com uma trapaça, passou por uma suspeita de fraude e terminou com um cacique abatido.

Com o patrocínio do governo, Davi Alcolumbre (DEM) armou uma tramoia para capturar a presidência da Casa e entregá-la aos pés do Palácio do Planalto. Amarrou-se à cadeira e, para tentar derrotar Renan Calheiros (MDB), resolveu mudar as regras do jogo com a bola rolando.

O código do Senado diz expressamente que a eleição deve ser secreta, mas Alcolumbre decidiu que isso não importava e tentou fazer o voto aberto. O grupo do MDB bateu no Supremo Tribunal Federal de madrugada para manter o sigilo.

Renan quase foi vítima de uma arte que domina: a manipulação para preservar o poder. O desenrolar da história mostra que seu tempo passou.

A disputa chegou ao ponto do vexame com a cena infantil em que Kátia Abreu (PDT) roubou a pastinha do presidente da sessão. No dia seguinte, uma excelência tentou fraudar a eleição ao depositar dois votos na urna. Para o deboche ficar completo, o senador escalado para triturar as cédulas foi Acir Gurgacz (PDT) - que cumpre pena de prisão, mas dá expediente no Congresso.

Ao fim da tragicomédia, Davi venceu com o impulso dos calouros do Senado, que queriam destronar Renan. Os novos tempos da política, porém, caem podres quando abraçam o discurso demagógico rasteiro.

Lasier Martins (PSD), por exemplo, defendeu atropelar as regras do jogo porque as vozes nas redes sociais eram "a-vas-sa-la-do-ras". Jorge Kajuru (PSB) disse que tudo se justificava porque não queria ser vaiado ao embarcar num avião.

As autoridades deveriam levar a sério o papel que desempenham no plenário. A responsabilidade é maior do que as curtidas nas redes sociais ou a tentativa desesperada de manter o poder a qualquer custo.
Herculano
03/02/2019 07:41
A HORA DOS PROFISSIONAIS, por Carlos Brickmann

Há alguns anos, numa das periódicas ondas de preocupação sobre a tomada do poder pelo comunismo, perguntaram ao deputado pernambucano Thales Ramalho quem seria o chefe da revolução se os comunistas fossem vitoriosos. Thales, que conhecia como poucos a política, respondeu: "O chefe militar, não sei. Mas o primeiro-ministro será Marco Maciel". Maciel era hábil, bom de manobra, sem inimigos - gente do ramo, como os que hoje botam a cabeça de fora. Só que era leal e honesto.

O tufão Bolsonaro provocou renovação de quase 50% na Câmara e de 85% dos que disputaram vaga no Senado. Mas, entre os que ficaram, estão os profissionais que conhecem o caminho das pedras. Deles depende muita coisa: por exemplo, o destino da reforma da Previdência, a mãe de todas as reformas, a chave que abrirá (ou fechará) o cofre dos investidores. E a sorte de Flávio Bolsonaro, importantíssima: se a questão for mal resolvida, ou o presidente ficará sob fogo ou correrá o risco de perder Sérgio Moro, seu aval. Talvez não ocorra nenhuma das hipóteses - mas vale a pena correr o risco de ter a seu lado um Sergio Moro que deixou de ser Sergio Moro?

O regime militar tinha um profissional como Petrônio Portela para negociar com os profissionais da oposição - Thales, Tancredo, Montoro - a anistia e a redemocratização. Onyx Lorenzoni está longe de ser um deles. Sem gente sua, Bolsonaro está nas mãos dos profissionais do Congresso.

BUSCANDO A LIBERDADE

E, já que falamos no regime militar, uma lembrança: nesta última terça, 29 de janeiro, um episódio tocante de solidariedade e competência fez 40 anos. Neste dia, os advogados Orlando Maluf Haddad, Ivo Galli, Gérson Mendonça Neto e José Francisco Martins Jr. venceram a batalha contra a ditadura uruguaia (e a brasileira) e conseguiram libertar o jornalista Flávio Tavares, que havia sido sequestrado por militares uruguaios e estava preso ilegalmente já por 200 dias.

A história como ela foi: logo após a deposição de João Goulart, Tavares, colunista de O Estado de S.Paulo, foi preso por ligações com Leonel Brizola. Saiu logo e passou à luta armada. Foi preso, torturado por longo período e condenado em 1967. Em 69, integrou o grupo libertado em troca do embaixador americano Charles Burke Elbrick.

Foi para o México, onde trabalhou no jornal Excelsior e no Estadão - aí com o pseudônimo de Julio Delgado. Mudou-se para a Argentina. No dia em que visitou Montevidéu, foi sequestrado, torturado e enviado para local desconhecido por militares uruguaios. Orlando Maluf Haddad, Martins, Galli e Mendonça o localizaram. Estadão e Excelsior iniciaram campanha por sua libertação, até que a ditadura uruguaia concordou em soltá-lo e expulsá-lo do país, a pedido do Brasil. Não podia voltar a nosso país, por ter sido banido em 1969; foi então para Portugal, via Argentina.

FINAL FELIZ

Em mensagem enviada agora a Orlando Maluf, Tavares lembra que foi acompanhado o tempo todo por ele - seria perigoso deixá-lo sozinho. Maluf também cuidou de seu filho Camilo, de seis anos. Em Buenos Aires, mais um risco: interrogaram-no sobre "as armas que levava". Não havia nada. Todos, esposa, advogados, o embaixador de Portugal, o levaram até o avião. Hoje, aos 84 anos, Flávio Tavares vive (e escreve) em Porto Alegre.

Está no Talmud: quem salva uma vida salva o mundo inteiro.

A VALE E O VATE

Os romanos atribuíam aos poetas (vates) o dom de prever o futuro (vaticínios). Não é à toa que dominaram o mundo por mil anos: sabiam das coisas. Eis um poema de Carlos Drummond de Andrade, Lira Itabirana, que saiu em 1984 no jornal O Cometa Itabirano, de sua cidade, Itabira:

"I - O rio? É doce. / A Vale? Amarga. / Ah, antes fosse/mais leve a carga.

II- Entre estatais/ E multinacionais/ Quantos ais!

III- A dívida interna. / A dívida externa/ a dívida eterna.

IV- Quantas toneladas exportamos/ De ferro? / Quantas lágrimas disfarçamos/ Sem berro?"

PALPITE INFELIZ

Do presidente da Vale, Fábio Schvartsman, explicando por que a sirena de alarme não soou: porque estava submersa pela lama. Ou seja, quando a sirene não toca, é sinal de perigo, pois ela pode estar submersa. Quando toca, fique mais tranquilo: se há enchente, não deve ser tão grande assim.

Imaginemos: que diria Dilma a esse respeito?

INOVANDO

De vez em quando, há inovação: uma loja de carros de luxo (vendas e oficina), Carelli Multimarcas, há pouco aberta em São Paulo, usa a Internet para que os clientes sigam seu trabalho. Nem é preciso saber o endereço: o carro é apanhado e devolvido em casa, orçamento e conserto estão no site. Também se pode pedir um carro em casa para estudar a compra.
Herculano
03/02/2019 07:32
O PóS-MADURO É O MAIS DIFÍCIL, por Clóvis Rossi, no jornal Folha de S. Paulo

Comunidade internacional não pode se omitir

A revista britânica The Economist puxou para a capa do número desta semana a crise venezuelana e abriu o texto com uma frase interessante, a saber: "Na medida em que os líderes mundiais se manifestam a favor ou contra Mr. Maduro, estão travando uma batalha em torno de uma ideia importante que ultimamente vinha caindo de moda: a ideia de que, quando um líder saqueia seu Estado, oprime seu povo e subverte o primado da lei, é um problema para todo o mundo".

De acordo, mas e daí? Há vários exemplos recentes e não tão recentes em que a comunidade internacional (sinônimo de "todo o mundo") assistiu, sem se envolver, à destruição de um país.

Há até um caso bem recente e bem dramático, o da Síria, em que muitos países se meteram, sim, mas para jogar gasolina no fogo, em vez de tratar de apagá-lo.

Cada leitor, imagino eu, terá o seu próprio exemplo de impotência/inapetência/incompetência da comunidade internacional.

O problema é que a expressão comunidade internacional tornou-se oca (ou sempre foi, talvez). Por um motivo simples: comunidade pressupõe comunhão de interesses e de valores.

No caso da Síria, o que há, desde o início dos conflitos, é divergência absoluta de interesses entre, por exemplo, Estados Unidos e Rússia, Arábia Saudita e Irã, Turquia e as comunidades curdas.

Nem vou falar de valores porque tudo o que NÃO há nessa guerra são valores. Só há mesmo interesses.

No caso da Venezuela, em tese seria mais fácil conciliar os interesses dos grandes atores. A China, por exemplo, só pensa em recuperar o dinheiro investido na Venezuela, algo como US$ 62 bilhões (R$ 226,6 bilhões).

É muito, mas seria lógico que a oposição ao governo Maduro assumisse o compromisso de honrar os pagamentos. Qualquer que seja o novo governo venezuelano, haverá interesse em manter boas relações com a China.

Mais difícil seria adotar idêntico comportamento em relação a Cuba.

Os cubanos não querem apenas manter as benesses que o chavismo lhes deu. Temem que, se cair Caracas, Havana será o próximo dominó. E os Estados Unidos de Trump não são confiáveis para dar garantias de que se contentarão apenas com a cabeça de Maduro.

Há também a Rússia, mas seu interesse na Venezuela parece mais o de aporrinhar os Estados Unidos no que Washington sempre considerou seu quintal, a América Latina.

Por falar em quintal, Patrick Iber, historiador das relações EUA/América Latina, escreve que, pense o que se pense sobre Maduro, "é claro que Washington não é um parceiro confiável quando se trata de forçar mudanças de regime".

De fato, intervenções americanas - diretas ou encobertas - em muitos casos tiraram governantes democraticamente eleitos e puseram ditadores ferozes no lugar (Augusto Pinochet no Chile, por exemplo - e está longe de ser o único).

Mesmo que, desta vez, o esforço diplomático de isolar o regime acabe funcionando, ainda seria preciso que a tal comunidade internacional preparasse desde já uma espécie de Plano Marshall para um futuro governo democrático.

Afastar Maduro é apenas o primeiro passo para começar a reconstruir a Venezuela. Necessário e indispensável, mas apenas o início de um processo de recuperação do qual a comunidade internacional não tem o direito de se omitir.
Herculano
03/02/2019 07:24
APóS APOIAR MAIA, BOLSONARO TOCARÁ REFORMAS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nos jornais neste domingo

O apoio do presidente Jair Bolsonaro à reeleição de Rodrigo Maia (DEM) somente foi concretizado após o presidente da Câmara convencê-lo dos seus compromissos com a agenda de reformas e diminuição do Estado. O discurso da vitória de Maia soou como música aos ouvidos do governo, ao afirmar que, nos últimos 30 anos o Brasil "foi capturado por interesses de corporações públicas e privadas".

MODERNIZAÇÃO
No discurso, o presidente da Câmara deixou claro o compromisso de aprovar projetos que levem à modernização do Estado e da economia.

PREVIDÊNCIA JÁ
A prioridade absoluta será a reforma da Previdência, mas Rodrigo Maia gosta muito da ideia de acabar com a Justiça do Trabalho.

PRIVATIZAÇÃO JÁ
Um dos maiores desafios da Câmara, ao qual Maia prometeu apoio, será o arrojado programa de privatização e extinção de estatais.

INIMIGAS PÚBLICAS
Pelo entendimento de Rodrigo Maia, as corporações comprometeram as despesas e deixaram o País sem capacidade de investimento.

GOVERNO TERÁ TODOS OS CARGOS-CHAVE NA CÂMARA
A articulação do bloco de 301 deputados garantiu ao governo Jair Bolsonaro lugar nos principais cargos da Câmara dos Deputados. Além da presidência, que foi garantida a Rodrigo Maia (DEM), o bloco terá as vice-presidências e secretarias que nomeiam, contratam serviços, pagam passagens aéreas e administram imóveis funcionais e auxílios-moradia. Na prática, o bloco vai comandar todo o processo legislativo.

TUDO DOMINADO
Os 301 deputados do blocão incluem parlamentares de onze partidos: PSL, PP, PSD, MDB, PR, PRB, DEM, PSDB, PTB, PSC e PMN.

FICOU PARA TRÁS
Nos tempos de poder, com mensalão e petróleo por trás, os petistas presidiram a Câmara e controlaram a maioria dos seus cargos.

NA RABEIRA
Hoje, com mensalão e petróleo revelados, PT e seus puxadinhos têm bloco de 97 deputados. Garantiu só uma suplência na mesa diretora.

CULPA DA VALE
O conselho editorial do importante jornal americano New York Times publicou editorial com a opinião dos seus editores, culpando a gigante de mineração Vale pela tragédia em Brumadinho. O jornal cita a manutenção precária de barragens. Já a imprensa brasileira...

PRAGA NOS DETRANS
Detrans apadrinhados por políticos são uma praga. No Recife, o novo dirigente do órgão, Roberto Fontelles, está sob pressão do lobby das empresas que querem aumentar o preço dos registros dos automóveis e expulsar concorrentes que cobram mais barato do consumidor.

QUE BOLSONARO NADA
Logo após sua reeleição como presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) não falou com o presidente Jair Bolsonaro. Preferiu falar com Andreia Sadi, concedendo-lhe primazia nas entrevistas.

VIROU HERóI
O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) levou as redes sociais à loucura respondendo a Renan Calheiros: "Eu imagino a autoridade que vossa excelência tem de dizer que estou agravando a imagem do Senado".

NO CAMINHO
O presidente nacional do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), subiu um degrau importante para se habilitar à sucessão de Rodrigo Maia na presidência da Câmara, em 2021: foi eleito vice-presidente.

BANCADA DE RAMALHO
Os 66 votos no deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) para a presidência da Câmara correspondente quase exatamente aos 67 que compareceram ao jantar de apoio que ele promoveu na véspera.

ESSA CONTA NÃO FECHA
A refinaria vendida por US$562 milhões (R$2 bilhões) custou o dobro à Petrobras estatal brasileira, em 2006. A mesma refinaria que em 2005 fora comprada pela Suíça Astra por US$42 milhões (R$155 milhões).

CAFÉ FORTE
Aproximadamente 5 milhões de pessoas na América Latina e Caribe dependem diretamente da produção de café, Segundo dados do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

PENSANDO BEM...
...em anos anteriores, a gritaria era restrita às eleições da Câmara, mas ontem o Senado bateu todos os recordes de eleição vergonhosa.
Herculano
03/02/2019 07:17
É HORA DE ACABAR A GREVE NO CONGRESSO, por Samuel Pessoa, economista, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (FGV)

Somente o Congresso tem a legitimidade de gerir nosso conflito distributivo

O Congresso Nacional assumiu. Rodrigo Maia ficou na presidência da Câmara. Após duas longas e tumultuadas sessões, sexta e sábado, Davi Alcolumbre passou a ser presidente do Senado e do Congresso. Começou o ano na política.

Esse Congresso tem uma tarefa dificílima pela frente. Terá que promover o ajuste fiscal estrutural.

O setor público brasileiro tem obrigações na forma de pagamento de salários, aposentadorias e pensões para servidores ativos e inativos; de benefícios previdenciários e pensões do INSS; de seguro-desemprego; de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez; de abono salarial e seguro-defeso; entre tantas outras.

Adicionalmente, é necessário haver verbas para manter os serviços básicos de saúde, educação, Justiça e segurança pública, além de recursos para o investimento público - rodovias, ferrovias, aeroportos, portos, metrôs nas grandes cidades, saneamento básico etc.

Também é preciso dinheiro para apoio às atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico e às universidades.

Vale lembrar que somente nos últimos meses uma ponte e um viaduto na cidade de São Paulo ficaram inutilizados, causando enormes transtornos para todos os que utilizam as marginais. Ou seja, o investimento não tem sido suficiente nem para cobrir a depreciação do capital público existente.

Quando me refiro a ajuste fiscal estrutural, significa que o Congresso nas legislaturas passadas determinou obrigações ao Estado - salários, benefícios previdenciários e programas sociais, além de desonerações e programas de incentivo ao setor produtivo?" que não conversam com as fontes de receitas que esse mesmo Congresso estabeleceu para o setor público.

O gasto público é estruturalmente maior do que a receita de impostos. E esse desequilibro não resulta de a economia estar deprimida ou de algum motivo cíclico. É por esse motivo que se emprega o adjetivo estrutural para qualificar o déficit público.

Saímos de nossa grande depressão no primeiro trimestre de 2017 - há dois anos, portanto - e continua a haver um enorme rombo nas contas públicas.

Crescemos no último biênio muito pouco, pouco menos de 2,5%, mas o próprio desequilíbrio fiscal estrutural impede a recuperação. Quem irá investir em uma sociedade em que os políticos não se entendem e constroem um setor público estruturalmente insolvente?

Tapar esse rombo não é tarefa do Ministério da Fazenda; nem mesmo do presidente. Tapar esse rombo é tarefa do Congresso. Somente o Congresso tem a legitimidade de gerir nosso conflito distributivo e estabelecer bases tributárias e obrigações ao setor público que conversem entre si.

O presidente coordena esse processo. Mas a palavra final é do Congresso. O melhor que o Executivo pode fazer é apresentar um plano de ajustes das contas públicas e a partir dele negociar no Congresso.

Tudo pode ser conversado, inclusive aumento de carga tributária, se o Congresso assim o quiser. Os economistas e demais técnicos palpitam com relação aos impactos sobre o desempenho da economia
- crescimento, desigualdade e pobreza - desta ou daquela medida. Mas a decisão é política e somente pode ser tomada pelo Congresso.

Em razão da crise política, o Congresso está em greve desde 2015. Recusa-se a arbitrar nosso conflito distributivo. Enquanto isso, a dívida se acumula e o abismo inflacionário se aproxima.

Novo governo. Congresso muito renovado. Chegou o momento de acabar a greve.
Herculano
03/02/2019 07:11
IDIOTAS NÃO ENTENDERAM O QUE É "VITóRIA DE PIRRO", MAIS DESASTROSA DO QUE A DERROTA. OS GENERAIS, QUE ESTUDAM GUERRA, SABEM O QUE É, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Costumo afirmar que prefiro lidar com sabotadores a lidar com idiotas.

Por quê? Sabotadores costumam ser inteligentes. Se descobertos e advertidos de que foram flagrados, cabe-lhes a escolha: pôr fim à sabotagem ou continuar. Mas peçam a um burro para deixar de ser burro. Ele não consegue. É de sua natureza. A burrice é uma imanência, entendem? A burrice não é uma escolha. E, como é sabido, quanto mais estúpido é o sujeito, mais propositivo se mostra. Mais cheio de ideias se revela.

Deve haver alguma razão bastante forte para que, neste momento, os militares do governo - o generalato da reserva - e Paulo Guedes não estejam nem um pouco felizes com o que aconteceu no Senado. E essa mesma razão faz com que alguns petistas, os homólogos do outro lado dos governistas com juízo, estejam comemorando. Por que será?

Alcolumbre teve apenas metade dos votos do Senado - vá lá, um pouco mais. Nos 42, já afirmei, estão cinco da Rede, por exemplo, um partido de oposição, e 8 do PSDB. Só sabemos disso porque a decisão do Supremo foi ignorada. Alguns dos que anunciaram seu voto no vencedor precário e golpista até ontem estavam menos dando satisfação a Onyx - e os havia - do que a patrulheiros das redes sociais.

As mesmas que vão atormentá-los quando as matérias de votação chegarem à Casa.

"Ah, você estava apoiando Renan..." É mesmo? Ah, a glória de ser idiota!

Não tenho simpatia por esse governo, mas me alinho com algumas de suas teses - ou, ao menos, teses de Paulo Guedes. A reforma da Previdência é fundamental para o país. O que é mais prudente? Haver um senador do baixo clero alçado ao estrelato, que serve de títere de um ministro de Estado e depende da boa-vontade da Rede e do PSDB para se eleger, ou um Renan Calheiros, hábil articulador, que conquistaria mais facilmente seus votos com o sigilo garantido, especialmente depois que deu início à interlocução com o governo?

No que o meu pensamento repudia o governo Bolsonaro, confesso, eu estava torcendo pela derrota de Renan porque era o pior para o Planalto. Mas não exerço essa profissão com o fígado. Nem sou líder de torcida. Para as reformas que Guedes e parte dos militares quer fazer, Renan era a melhor opção. E, na reta final, até o presidente Bolsonaro se convenceu disso. ELE VAI NEGAR, MAS O PRIMEIRO VOTO DE FLÁVIO FOI DE RENAN. Mudou depois. O filho do presidente que mais gosta de Onyx gostaria que ele fosse demitido, se é que me entendem...

Sim, o PT combateu o golpe comandado por Onyx porque há tempos tem proximidade com Renan. Atuaram juntos na disputa eleitoral em Alagoas, e o senador mantém uma excelente relação com Lula. Mas os petistas são pragmáticos o bastante para entender que Renan se mobilizasse em favor das reformas. E com um trânsito obviamente maior do que o do tal Alcolumbre e seus 42 votos: parte de militantes anti-Renan e parte de deslumbrados que querem "mudar isso tudo o que está aí".

Para quem ainda não entendeu: o governo terá menos trânsito no Senado do que teria com Renan no comando. Quem realmente torcia para que o governo Bolsonaro se desse mal, vamos ser claros, torcia pela derrota do senador peemedebista. Quer dizer que vai dar errado? Não necessariamente. Mas quer dizer que tudo vai ficar mais difícil. O mundo não é plano, como supõem os tontos. E a Terra não é um disco.

Não por acaso, lá com seus botões, que generais e Guedes torcessem por Renan. E isso também explica que o PT esteja comemorando em silêncio, embora, com efeito, fosse votar no peemedebista e tenha defendido o Regimento Interno: voto secreto - mas secreto mesmo.

E, é claro, há aqueles que estão sinceramente magoados com a forma como se deu o jogo truculento. A reforma no Senado ficou mais difícil e mais cara. Se o generalato que pensa e se Guedes estão preocupados, se o PT comemora e se Onyx experimenta uma vitória puramente pessoal, já que tomou uma tunda na Câmara e quis compensar, bem, não dá para dizer que o governo ganhou.

E, pior de tudo: seis artigos do Regimento Interno do Senado foram jogados no lixo da sessão de ontem; na de hoje, uma decisão do Supremo teve o mesmo destino. E se ouviam os gritos: "O plenário é soberano".

A partir de agora, naquela Casa, tudo é permitido. E, é claro, para quem precisa de ordem, isso é péssimo.

Já ouviram falar em "Vitória de Pirro"? Pesquisam a respeito. O custo da suposta vitória é muito maior do que o da derrota. Generais entendem disso. Era rei. Mas também era um general.
Herculano
03/02/2019 07:02
AS MINERADORAS PRECISAM DE UMA LAVA JATO, por Élio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

As empreiteiras também acharam que, apesar do barulho, aquele tal de juiz Moro estava perdendo seu tempo

Os doutores das mineradoras precisam conferir o prazo de validade da vitória que conquistaram depois do desastre de Mariana. Morreram 19 pessoas, foram aplicadas 56 multas totalizando R$ 716 milhões, ninguém foi para a cadeia e até hoje a Samarco (sócia da Vale) só desembolsou R$ 41 milhões. Se as empresas tivessem a qualidade de seus advogados, nenhuma barragem teria rompido.

As mineradoras foram competentes para construir uma barragem política, judicial e administrativa. Projetos de aperto na fiscalização das barragens estão travados no Senado, na Câmara e na Assembleia de Minas. Uma iniciativa que elevaria para R$ 30 milhões o valor das multas cobradas às empresas atolou no Congresso, e o teto ficou em R$ 3.200.

O Código de Mineração foi escrito em computadores de um escritório de advocacia de São Paulo entre cujos clientes estava a Vale.

O setor do Ministério de Minas e Energia que cuida de geologia e mineração foi dirigido e aparelhado por quatro veteranos da Vale. Uma empresa da família do deputado Leonardo Quintão (MDB-RJ) explorou a bacia de rejeitos de Brumadinho. Por coincidência, o doutor relatou o Código de Mineração na Câmara. Como não se reelegeu, aninhou-se na Casa Civil de Bolsonaro. A Agência Nacional de Mineração tem 35 fiscais para 790 barragens de rejeitos.

Disso resultou que as sirenes da barragem de Brumadinho não foram acionadas, e a Vale explica esse detalhe atribuindo o silêncio "à velocidade com que ocorreu o evento". Os circuitos cerebrais do inventor dessa patranha devem estar desligados há anos.

No caso de Mariana, a Vale assumiu uma atitude de rara arrogância. Primeiro tentou dissociar-se do desastre dizendo que, apesar de sócia do negócio, a barragem era de outra empresa, a Samarco. Clovis Torres, então diretor jurídico da Vale, foi mais longe: "A Samarco não é um botequim. Não é uma empresa qualquer". Ofendeu os donos de botequim.

A barragem das mineradoras teve solidez. Assemelhou-se à das grandes empreiteiras em 2009, quando a Camargo Corrêa foi varejada pela Operação Castelo de Areia. Estava tudo lá, grampos, propinas e superfaturamentos.

Graças ao mecanismo da blindagem, a investigação foi desmanchada no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal. Em 2014, um juiz pouco conhecido chamado Sergio Moro entrou na Operação Lava Jato e deu no que deu. No ano seguinte, a Camargo Corrêa tornou-se a primeira grande empresa a colaborar com as autoridades abrindo uma fila onde entraram todas as outras.

A estratégia vitoriosa em Mariana foi a Castelo de Areia das mineradoras. Brumadinho deveria ser um apelo para que comece uma nova Lava Jato. As astúcias minerais e os malfeitos expostos pela Lava Jato têm diferenças na dinâmica, mas convergem no desfecho.

As empreiteiras distribuíam dinheiro para lesar a Viúva. As mineradoras blindaram-se para sedar a fiscalização e para controlar o poder público. Convergiram no dano, umas lesando o Tesouro, outras matando gente.

O prazo de validade da Castelo de Areia expirou com a Lava Jato. A estratégia usada em Mariana precisa ter o prazo de validade anulado.

Como as mineradoras conseguiram blindar Mariana, adormecer o Congresso e aparelhar a máquina fiscalizadora? Uma nova Lava Jato poderá trazer as respostas. Bastaria um juiz Moro e uma equipe de procuradores como a que surgiu em Curitiba. O resto vem por gravidade. O doleiro Alberto Youssef achou melhor falar, depois veio o engenheiro Paulo Roberto Costa, e assim foi. Se alguém fizer as perguntas certas, alguém falará.

A LIÇÃO DE CORDEIRO
O marechal Cordeiro de Farias foi uma espécie de coringa nas revoltas militares do século passado. Esteve na Coluna Prestes, na Revolução de 30 e nos levantes de 1945 e 1964.

Em 1974, quando o comunista Luiz Carlos Prestes declarou-se condômino da vitória eleitoral do MDB, o deputado Thales Ramalho espinafrou-o. Cordeiro tinha um afeto paternal por Thales e, ao encontrá-lo, disse-lhe:

"Não faça mais isso, seja qual for a tua divergência com o Prestes, ele é um personagem da história".

Thales foi um marquês do Império na política da República e narrava o episódio com humildade. O pessoal que impediu a ida de Lula ao enterro do irmão Vavá tisnou as próprias biografias.

(No governo do general Figueiredo, o delegado Romeu Tuma, da Polícia Federal, tirou Lula da cadeia para o enterro da mãe.)

UM CONSERVADOR
Os atrasados não são conservadores, são só atrasados.

Em 1974, pegou fogo um edifício comercial no centro de São Paulo e nele funcionavam escritórios do Citibank. Morreram 189 pessoas.

Quando Walter Wriston, presidente mundial do banco soube que alguns de seus empregados tinham sido queimados e que John Reed, seu futuro sucessor, estivera no prédio dias antes, determinou que todas as sedes do Citi no mundo seguissem as normas do Corpo de Bombeiros de Nova York.

A adaptação custou milhões de dólares.

Anos depois, ao ouvir essa história, o presidente brasileiro do Banco de Boston comentou: "É por isso que o Citi não consegue vender suas sedes". Em 2011, o banco foi vendido ao Itaú. (Em tempo, o banqueiro não era Henrique Meirelles.)

Wriston nunca teve empregada em casa, e quando foi sondado para ser secretário do Tesouro, recusou, porque não via razão para mostrar suas finanças ao governo. Impôs uma política de cotas ao RH e não promovia fumantes.

Era apenas um conservador.

MOURÃO FALADOR
Estranha turma a de Bolsonaro. Está contrariada porque o vice-presidente fala demais.

Mas foi precisamente por falar demais que o general Hamilton Mourão entrou na chapa do candidato.

Mourão calado é uma fantasia.

DR. EREMILDO
A imprensa persegue os governos.

Em 2009, o repórter Luiz Maklouf Carvalho mostrou que a biografia oficial de Dilma Rousseff apresentava-a como doutora em economia pela Unicamp sem que ela tivesse apresentado a tese que lhe daria o título.

Agora a repórter Anna Virginia Balloussier mostrou que a ministra Damares Alves se apresenta como "mestre em educação, em direito constitucional e direito da família" sem ter qualquer título de mestrado. A doutora explicou que a fonte de seu qualificativo é bíblica.

Eremildo, o idiota, é mestre em capoeira e xadrez.

É FRIA
Os çábios que orientam a defesa de Fabrício Queiroz acham que ele deve ir ao Ministério Público levando um texto e mantendo-se em silêncio.

Marcelo Odebrecht teve a mesma ideia. Meses depois começou a falar, ao vivo e em cores.

Os procuradores não têm pressa, só perguntas.

ENCRENCA
A próxima encrenca que azucrinará a vida de políticos do Rio poderá ser a comprovação de que dinheiro das milícias caía na conta de funcionários de gabinetes de alguns deputados.
Herculano
03/02/2019 06:50
MUDOU OU ENGANOU?

Ao Miguel

O discurso do senador Esperidião Amin Helou Filho, PP, o partido que mais se lambuzou na Lava Jato, mostrou que ele mudou ou mais uma vez, como é de sua prática, se disfarçou como um camaleão e nos enganou.

Tudo que o que Amim descreveu e prometeu, vai contra o que já defendeu e fez. Então... Como não foi eleito e sabia disso que não seria, restou as palavras e os poemas bem citados. Mais, ficará sempre à dúvida e que poderá se desmanchar nas votações cruciais contra os privilégios e funcionalismo público que logo terá que enfrentá-los
Miguel José Teixeira
02/02/2019 18:01
Senhores,

Estamos assistindo ao maior show de inutilidade pública, patrocinado pelos carí$$imos senadores da República.

Acho melhor desviarem o soldado e cabo do SFT para o SF.

Pelo fim do Senado, já!!!
Miguel José Teixeira
02/02/2019 15:37
ooops. . .brilhar e não "brilharem". . .
Miguel José Teixeira
02/02/2019 15:07
Senhores,

Os ventos verde-oliva que assolam a capital federal, fizeram a cabeça brilhante do "filhote da ditadura", brilharem por dentro.

Parabéns, pelo belo discurso Senador Amin!
Herculano
02/02/2019 14:01
ATENDER OS BADERNEIROS

De Romeu Tuma, no twitter:


Nossa Justiça é espetacular! Trabalha às 3h da manhã p atender meia dúzia de senadores baderneiros! O povo, ahhhh, esse não tem vez!!! Mudança? Onde???

O QUE FAZIA A ESTA HORA?

De Josè Nêumanne Pinto, de O Estado de S. Paulo, no twitter:

Infelizmente TODOS os 11 ministros do STF devem a Renan Calheiros o favor de um voto para aprovação da aceitação de sua indicação. Esta é a explicação para um pedido absurdo, feito à 1 da manhã e aceito 2 horas depois de um sábado. O que fazia a essa hora o solicito Toffoli?
Herculano
02/02/2019 09:03
SAMAE INUNDADO

Na coluna da edição impressa desta sexta-feira do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação e credibilidade em Gaspar e Ilhota, porque coisas assim, você não lerá em outros, escrevi isto.

Samae inundado III. Quando inauguraram o novo reservatório no alto do morro da Matriz, os discursos eram de que ele garantiria, no mínimo oito e até 12 horas de abastecimento da cidade. Bastou uma pane elétrica, de madrugada da semana passada, hora de menor consumo, para provar que a duração dele, é de apenas duas horas. Gente ruim de cálculo e boa de propaganda enganosa. Acorda, Gaspar!

Escrevi na quarta-feira quando disponibilizei a coluna para a edição para atender à minha logística e principalmente as exigências industriais do jornal. Era fato passado. Era apenas, um registro.

O que aconteceu sexta-feira à noite, ontem?

O reservatório do Samae de Gaspar estava vazio. O que se tratava de água ia direto para a rede, comprometendo o abastecimento de áreas mais altas ou as que necessitam de mais pressão.

O que significa isso? Falta de visão. Eleição equivocada de prioridades. Que se fez o errado ao ampliar reservatório central (construir um novo, que realmente precisa).

O que deveria ter sido feito, por primeiro, olhando para o crescimento da cidade e do consumo, era o aumento da capacidade de captação e tratamento de água.

Ou seja, este é o resultado de uma administração política, sem nenhum sentido tático e descomprometida estrategicamente com o futuro do próprio Samae. Todos enxergam, menos os que foram eleitos para dar sentido prático a tudo isso.

E sobre a alta rotatividade em determinadas funções comissionadas ou gratificadas no Samae? Nem é preciso qualquer comentário sobre este assunto. Está explícita a qualquer um com senso de gestão em RH. É pura incapacidade de administração e de relacionamento, num ambiente com exigências técnicas, mas que é, até, mal usado para as composições políticas que deveriam fortalecer o poder de plantão. Ao contrário: está deixando exposto e enfraquecendo-o.

É tipo do tiro saindo pela culatra contra o próprio governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB.O presidente do Samae, o mais longevo dos vereadores de Gaspar e que se diz um executivo de alta competência, José Hilário Melato, PP, parece que trabalha contra os próprios patrões: o povo consumidor de água e quem lhe indicou para a função, a aliança política MDB/PP. Acorda, Gaspar!
Herculano
02/02/2019 05:50
PARAPOLÍTICA, UMA LIÇÃO COLOMBIANA, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo, no jornal Folha de S. Paulo

Com a ascensão de Bolsonaro, o tema das milícias escapa aos limites do Rio, ganhando dimensões nacionais

"Nomeei Noguera por sua biografia e sua família, confiei nele. Se delinquiu, me dói e peço desculpas à cidadania." Foi assim, no condicional, que o ex-presidente Álvaro Uribe reagiu à condenação de Jorge Noguera a 25 anos de prisão, pela Corte Suprema, em 2011.

Noguera, diretor do Serviço de Inteligência estatal entre 2002 e 2006, no primeiro mandato de Uribe, foi sentenciado por pertencer secretamente às Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), maior grupo paramilitar do país.

O processo que o desmascarou salvou o Estado colombiano das garras das milícias. Sugiro ao Ministério Público, ao Congresso e ao ministro Sergio Moro que estudem o caso - e não por mera curiosidade histórica.

O paramilitarismo na Colômbia é fenômeno tão antigo quanto as guerrilhas de esquerda. As AUC, como as Farc, sua inimiga, firmaram pactos com o narcotráfico e envolveram-se com inúmeros negócios criminosos.

Na moldura da guerra civil, os tentáculos dos grupos paramilitares alcançaram a esfera da política. O termo "parapolítica" descreve o entrelaçamento dos dois mundos. Os paramilitares patrocinaram as eleições de deputados, prefeitos e vereadores.

O Ministério da Justiça colombiano divulgou, antes das eleições municipais de 2011, uma lista de candidatos "inidôneos". Eram 13 mil nomes, mais que 10% do total.

As milícias brasileiras não surgiram no quadro de uma guerra civil, mas no contexto do controle das favelas do Rio de Janeiro pelo crime organizado. Nasceram como "polícia mineira": grupos de autodefesa das comunidades.

Logo, evoluíram como bandos criminosos que exploram serviços ilegais e mantêm laços estreitos com a polícia oficial. A infiltração das milícias na política começou há tempo, em escala local. A Folha (31) publica indícios alarmantes sobre a possível extensão dos tentáculos da parapolítica ao núcleo do Estado brasileiro.

O clã Bolsonaro notabilizou-se, ao longo dos anos, por minimizar a ameaça das milícias. A estratégia discursiva empregada articula-se em torno de uma simulação: eles fingem que as milícias encontram-se, ainda, no estágio embrionário de "polícia mineira".

A bandeira da liberação do porte de armas encontra, aí, sua lógica: sem as rigorosas restrições atuais, uma faceta crucial da atividade dos milicianos fica protegida da sanção da lei.

Evidentemente, o discurso político dos Bolsonaro não constitui sintoma de envolvimento com as milícias. Já os lugares ocupados pelo ex-PM Fabrício Queiroz e pelo ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega na rede de relações do clã levantam óbvias suspeitas.

O segundo, acusado de liderar o Escritório do Crime, milícia suspeita da execução de Marielle Franco, foi homenageado na Alerj por Flávio Bolsonaro, a pedido do primeiro. Na ocasião, o ex-Bope encontrava-se preso, justamente em função de suas aparentes ligações com as milícias.

O gabinete de Flávio Bolsonaro empregou como assessoras a mãe e a esposa de Adriano, sempre a pedido de Queiroz, o homem que produz dinheiro vivo. Nada disso, em si mesmo, é crime. Mas são coincidências em série que solicitam investigações urgentes.

Na Colômbia, informações compartilhadas por Noguera com as AUC conduziram a pelo menos um assassinato de ativista de direitos humanos: o do professor Alfredo Correa de Andreis, em 2014. No fim, graças ao Judiciário, a Colômbia não se tornou um Estado dos paramilitares.

Por aqui, com a ascensão de Bolsonaro ao Planalto, o tema das milícias escapa aos limites do Rio, ganhando dimensões nacionais. A lição colombiana é que a parapolítica pode até se instalar na cúpula estatal.

Num país sério, o MPF já teria assumido o controle sobre as investigações da estranha teia de relações de Flávio Bolsonaro, e o Congresso criaria uma CPI da execução de Marielle. Mas, se fôssemos um país sério, não estaríamos contando os mortos de Brumadinho.
Herculano
02/02/2019 05:47
BRASIL TRABALHA PELA SAÍDA NEGOCIADA DE MADURO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou neste sábado nos jornais brasileiros

A ditadura venezuelana vive seus estertores, após Nicolás Maduro sinalizar a aliados que "a vaca está indo para o brejo", segundo confirmou importante fonte do Itamaraty. O Brasil, que está na linha de frente pela legitimação do presidente reconhecido Juan Guaidó, atua também junto a vários países pela saída negociada do ditador, inclusive garantindo sua chegada em segurança a eventual exílio. O Brasil foi informado de que Maduro não pretende se exilar em Cuba.

TRADIÇÃO LATINA
A América Latina tem tradição de conceder asilo político, que em tese envolve o compromisso do asilado de não mais se meter em política.

URUGUAI COMO DESTINO
O Uruguai é candidato a receber Maduro como asilado, mas o Brasil tem dito que o ideal seria algum país europeu. França, por exemplo.

USO DO ESPAÇO AÉREO
O Brasil prefere Maduro longe, mas não se oporá ao uso do espaço aéreo brasileiro para que o ditador chegue em segurança ao Uruguai.

ROTA DE FUGA
O vice, general Mourão, usou a fraseologia militar para ressaltar que é aconselhável oferecer corredor de fuga ao inimigo encurralado.

POLÍTICOS SE ENCARREGAM DE DESMORALIZAR O SENADO
O senador Espiridião Amin (PP-SC) fez advertência que calou fundo no Senado, ontem: a História mostra que a destruição dos regimes democráticos começa sempre pela desmoralização do Legislativo. Pior: com o apoio da opinião pública. Os defensores do voto secreto, não por acaso representantes da velha política, deveriam ser responsabilizados por atentarem contra a democracia, ontem, no Senado. Que vergonha.

OPÇÃO PELA ESCURIDÃO
O desespero dos defensores do voto secreto era o de quem pretendia esconder seu candidato dos próprios eleitores.

GANHANDO NO GRITO
As tentativas de agressão, coação física, furto de documentos, tudo isso só começou após o plenário sinalizar rejeição ao nome do MDB.

ARRUAÇA NO SENADO
Os senadores decidiram por 50? - 2 votos que a votação seria aberta. Maioria expressiva, em 81 votos. Isso provocou a arruaça no Senado.

VALE NADA
As imagens inéditas da tragédia de Brumadinho tornaram ainda maior a indignação com a irresponsabilidade da bilionária Vale em relação aos próprios trabalhadores, à população e ao meio ambiente.

BANCADA CRESCE
A deputada federal Bia Kicis (DF), uma das parlamentares mais ligadas ao presidente Jair Bolsonaro, oficializou sua filiação ao PSL logo após a posse no mandato na Câmara, nesta sexta (1º).

ELE VAI CAUSAR
Articulado e sem papas na língua, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) não vai deixar seu mandato passar em branco, como demonstrou nesta sexta, em sua estreia. Senadores da velha política que se preparem.

PT E PSL EMPATADOS
A deputada federal Bia Kicis formalizou a mudança de partido esta semana: trocou o PRP pelo PSL. Agora o partido de Jair Bolsonaro já tem 55 parlamentares na Câmara, empatado com o PT.

ELA VAI ASSUSTAR
Ex-juíza federal que se notabilizou pela prisão de políticos corruptos, a senadora Selma Arruda (PSL-MT) será sempre uma sombra incômoda para tantos senadores da velha guarda enrolados na Justiça.

FÁBRICA DE BOQUINHAS
Emenda do líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), permite que líderes como ele modifiquem suas estruturas para incluir quantos cargos de livre nomeação quiser, com salários pagos por nós.

O PREJUÍZO É NOSSO
A Petrobras vendeu a refinaria de Pasadena (EUA), um dos maiores escândalos do governo Dilma, por US$ 562 milhões (R$2 bilhões). Metade do que custou, em razão do superfaturamento.

GOVERNOS DE HOMENS
O governo federal encerrou 2018 com 58,9% de servidores homens e 41,1% de mulheres, incluindo aposentados e pensionistas. Na ativa, há também vantagem masculina: 289.388 mulheres e 341.301 homens.

PENSANDO BEM...
...nove dias depois e, até agora, ninguém foi preso na alta cúpula da Vale, empresa responsável pelos dois maiores desastres da História.
Herculano
02/02/2019 05:36
ECOS DA CASERNA, por Julianna Sofia, secretária de Redação da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo

Jair Bolsonaro elegeu-se com 58 milhões de votos lançando ataques à velha política e ao fisiologismo. Até onde a vista alcança, ao nomear seu ministério, manteve-se aderente ao discurso de não se curvar a negociações embaladas pelo casuísmo de agremiações partidárias. Nesta sexta-feira (1°), um Congresso Nacional seminovo tomou posse, o que vai pôr à prova o modelo bolsonarista de agora em diante.

Vêm de onde menos se esperava e de forma precoce ecos do toma lá dá cá. A caserna está sendo justamente pressionada a entrar na reforma da Previdência e já aceita elevar de 30 para 35 anos o tempo mínimo de serviço. Para dar sua cota de sacrifício, porém, os militares querem levar uns tostões da União em troca.

Em discussão está a revisão do plano de carreira das Forças Armadas, por consequência, um aumento salarial. "Temos uma defasagem salarial. Coloquei isso na mesa. O presidente Bolsonaro é um profundo conhecedor disso", diz o ministro Fernando Azevedo (Defesa).

O regime dos militares inativos e pensionistas registrará um rombo de R$ 43 bilhões neste ano, quase o mesmo impacto negativo do sistema previdenciário do funcionalismo federal, que atende ao dobro de beneficiários e é tido como um dos focos da reforma de Jair Bolsonaro para acabar com privilégios.

Mesmo com a expectativa de engordar os holerites, os generais desejam ficar de fora do primeiro pacote de mudanças que o governo encaminhará ao Congresso nas próximas semanas. Alegam que o projeto da categoria tramitaria em menos tempo que a reforma-mãe e, portanto, poderia ser mais debatido antes do envio. O timing será dado por Bolsonaro, que já defendeu jogar os militares para uma segunda etapa.

O Palácio do Planalto quer liquidar neste primeiro semestre a fatura da Previdência. Ao excesso de otimismo governista, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), retruca: "Quem vai conduzir o tempo da votação da reforma da Previdência é a Câmara dos Deputados".
Herculano
02/02/2019 05:30
da série: essa gente que prega a moralidade não se sustenta no mínimo. Usa o tema da moda apenas para enganar gente que a quer e fica indignada com a hipocrisia dos políticos e gestores públicos.

MINISTRO COLOMBIANO DA EDUCAÇÃO, QUE LEVOU R$ 61.890 DE AUXÍLIO-MUDANÇA, VÊ BRASILEIROS COMO LADRõES. E BUSTO PARA UM OLAVO DE CARVALHO, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Ricardo Vélez Rodriguez, o ministro colombiano da Educação no Brasil, não pensa coisas muito boas sobre os brasileiros. Por isso ele defende que se volte a ensinar Educação Moral e Cívica nas escolas. Diz que há "um interior em todos nós" que seria modificado pela disciplina. O discípulo do prosélito de extrema-direita Olavo de Carvalho diz o seguinte sobre os turistas brasileiros em entrevista à "Veja":

"É necessário lembrar que existem contextos sociais diferentes e que as leis dos outros devem ser respeitadas. O brasileiro viajando é um canibal. Rouba coisas dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião; ele acha que sai de casa e pode carregar tudo. Esse é o tipo de coisa que tem de ser revertido na escola".

Vélez, que, por não ser brasileiro, não deve roubar nada de hotéis, pediu - E CONSEGUIU - nada menos de R$ 61.869,40. Justificou o valor alto dizendo ter dois dependentes. Ainda bem que não eram cinco... Mas ele é muito diferente dessa brasileirada que costuma levar minissabonete de hotel.

Ah, sim: ele também trocaria o busto de Paulo Freire no MEC pelo busto do ex-astrólogo Olavo de Carvalho.

Vélez Rodrigues é de escorpião.
Herculano
02/02/2019 05:20
HOJE, SÁBADO, É DIA DE ESPETÁCULO EXTRA NO CARO SENADO, DEPOIS DE LONGAS FÉRIAS E ACOSTUMADO A TRABALHAR APENAS DE TERÇA A QUINTA.

O CIRCO COMEÇA AS 11H. E COM UMA NOVIDADE: A INTERFERÊNCIA DO PRESIDENTE DO STF, DIAS TOFFOLI. ELE QUER VOTO FECHADO,MESMO QUE ISSO TENHA SIDO DECIDIDO POR MAIORIA NA TUMULTUADA E VEXAMINOSA SESSÃO DE ONTEM.

ANTES, TOFFOLI TINHA JURADO NÃO INTERFERIR NAS DEMANDAS INTERNAS DE OUTRO PODER. ACIONADO, MANDOU CUMPRIR O REGIMENTO PORQUE ELE FAVORECE O AMIGO RENAN CALHEIROS, MDB-AL

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Leandro Colon, da sucursal de Brasília. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, decidiu anular decisão do plenário do Senado pelo voto aberto na eleição para a presidência da Casa e determinou que a votação seja secreta.

"Declaro a nulidade do processo de votação da questão de ordem submetida ao plenário pelo senador da República Davi Alcolumbre, a respeito da forma de votação para os cargos da Mesa Diretora. Comunique-se, com urgência, por meio expedito, o senador da República José Maranhão, que, conforme anunciado publicamente, presidirá os trabalhos na sessão marcada para amanhã (sábado)", diz a decisão.

Segundo Toffoli, é preciso respeitar o artigo 60 do regimento do Senado, que determina votação secreta.

Aliados do senador Renan Calheiros (MDB-AL) entraram à 0h deste sábado (2) com pedido no STF para reverter a votação desta sexta-feira (1º) em que, por 50 votos a 2, decidiu-se que a eleição para presidente do Senado se daria por voto aberto. O pedido é assinado pelo Solidariedade e pelo MDB.

Segundo Toffoli, o plenário do Senado "operou verdadeira metamorfose casuística" no próprio regimento. "Ainda que tenha ocorrido por maioria, a superação da norma em questão, por acordo, demanda deliberação nominal da unanimidade do plenário, o que não ocorreu naquela reunião meramente preparatória", diz trecho de sua decisão.

Em janeiro, Toffoli já havia revertido entendimento anterior, do ministro Marco Aurélio, que determinara que a eleição fosse aberta.

Os aliados de Renan fizeram três pedidos: 1) que o Supremo garanta o voto secreto, previsto no regimento da Casa; 2) que seja anulado o processo de votação submetida ao plenário pelo senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que resultou em maioria pelo voto aberto; e 3) que seja reconhecido que candidatos à presidência do Senado não podem presidir as reuniões preparatórias, "por absoluta incompatibilidade, sob pena de ser declarado o seu impedimento". O terceiro pedido mira Alcolumbre.

Depois de mais de cinco horas de manobras regimentais, bate-bocas e até o "roubo" da pasta de condução dos trabalhos, a eleição que escolheria o nome que comandará o Senado nos próximos dois anos foi adiada para as 11h deste sábado (2).

O pano de fundo da confusão foi a disputa entre dois grupos pela cadeira: o de Renan, alvo da Lava Jato e presidente do Senado por quatro mandatos, e o do ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, Onyx Lorenzoni (DEM), que tenta emplacar no cargo o até então inexpressivo Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Único remanescente na antiga Mesa Diretora do Senado, Alcolumbre foi o responsável por conduzir a sessão nesta sexta.

Para Toffoli, o fato de Alcolumbre presidir a sessão que alterou o regimento e ser candidato "além de afrontar norma regimental do Senado (art. 50, parágrafo único), a indicar manifesto conflito de interesses, está malferindo os princípios republicanos, da igualdade, da impessoalidade e moralidade".

"Penso que a submissão pelo presidente interino de questão de ordem versando a forma de votação da eleição da mesa diretora (secreta ou aberta) desrespeitou a decisão que proferi nesta suspensão de segurança", ressaltou o presidente do STF, em referência à decisão dele de janeiro a favor do voto secreto.

"Desse modo, embora a Constituição tenha sido silente sobre a publicidade da votação para formação da Mesa Diretora (art. 57, § 4o), o regimento interno do Senado Federal dispôs no sentido da eleição sob voto fechado. Algum questionamento pode haver no caso sobre o silêncio constitucional, se teria sido ele intencional, uma vez que, em diversos dispositivos, a Constituição previu de modo expresso o sigilo de votação", destacou o ministro do Supremo.

Sabidamente candidato, Alcolumbre não assumiu oficialmente essa condição e comandou manobras para tentar enterrar a candidatura de Renan.

Apesar de o regimento do Senado estabelecer que a eleição é secreta e que era preciso unanimidade para mudar essa previsão, ele exonerou o secretário-geral do Senado, Luiz Bandeira de Melo Filho, aliado de Renan, e colocou em votação proposta de votação aberta ?"aprovada por 50 dos 81 senadores, com 2 votos contra.

Hábil negociador de bastidores, Renan tem maior chance em votação secreta, já que muitos de seus apoiadores não querem se ver ligados a um senador alvo da Lava Jato e que, para muitos, representa a "velha política".

Ficou acordado que o senador José Maranhão (MDB-PB), o mais velho da Casa e aliado de Renan, deverá conduzir a sessão. Os anti-Renan tentarão manter a decisão de voto aberto.

Maranhão afirmou não concordar com a decisão de Alcolumbre de colocar em votação a possibilidade de voto aberto. "Ele [Alcolumbre] não poderia resolver uma questão dessa natureza, fundamental, numa questão de ordem [questionamentos sobre ritos da sessão]. Você não pode reformar o regimento numa questão de ordem", disse.

Alcolumbre afirmou, após o adiamento da sessão, que a população tem que se insurgir contra aqueles que não apoiarem a votação aberta.
Roberto pereira sozia
01/02/2019 21:51
Noticia fresca!

A nova superintendente da saúde: LIZANDRA HAEFFNER JUNGES,
2009 - 2011 Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Assessoria ao Hospital relativo ao SUS,
2006 - 2008
Secretaria Municipal de Saúde de Gaspar
Vínculo: Outro (especifique), Enquadramento Funcional: Funcionária Comissionada, Carga horária: 40, Regime: Dedicação exclusiva.

Atualmente está em licença premio na prefeitura de Blumenau com vencimento: 6.930 reais mensais.


Odir Barni
01/02/2019 20:05

GASPAR TERÁ SEU ARQUIVO HIST?"RICO.

Caro Herculano;

Hoje passei por Gaspar e não poderia deixar de visitar nossa linda Prefeitura , nossa conhecida "Barrosa"onde trabalhei por muitos anos. Lá chegando, na sala que serviu para tesouraria observei um cartaz dizendo: ARQUIVO HIST?"RICO. Adentrei à sala e me apresentei como ex-contador inativo, fui muito bem recebido pela jovem Maraísa que está elaborando um arquivo com a história de Gaspar. Tudo o que está sendo compilado foi contado pela professora/historiadora, Leda com apoio da Fundação Frei Goodofredo. Na minha opinião , mesmo sem conhecer a história, sei que muitas outras histórias poderiam ser contadas, todas verdadeiras aulas de cultura de um povo humilde, trabalhador e feliz. Perguntei a funcionária se ela sabia como foi construída a ponte Fernando Duchene, como foi construída e calçada a Avenida das Comunidades; as histórias hilariantes da politica gasparense, Sou por natureza um contador de história popular, talvez eu esteja exagerando, mas o "Arquivo Histórico de Gaspar"não pode esquecer os fatos mais corriqueiros, como pensavam os "quebra tigelas". Afinal, os causos fazem parte da história do município.
Marcelo Poffo
01/02/2019 16:31
Ao Gilmour, mentiu pro tio,queres infartar o Gilberto Goedert no SAMAE,kkkkk
Gilmour Walters
01/02/2019 12:05
Herculano

O Macaco Veio-Diretor Executivo, convence prefeito de nomear o Sétimo Guardião, sabe quem? Marcelo Poffo, depois de muita perseguição se rendeu aos bons trabalhos de Poffo. Mas duvido que suporte, pois com o DERETOR não tem conversa.
Vamos aguardar pra ver.
Adilson Luis Schmitt
01/02/2019 11:12

Sobre o fechamento da Escola Municipal Augusto Schramm, no Bairro Macucos...

A nossa Gaspar, sendo a Gaspar de sempre....
Senão vejamos...

Referente ao fechamento da Escola Augusto Schramm no Bairro Macucos!!!

Só para lembrar em 2009 o mesmo José Carlos Spengler foi decisivo e sua posição ajudou a barrar o grande empreendimento na Rua Teobaldo Sansão, no Bairro Macucos. Do empresário Sérgio Wahldrich, no qual Gaspar teria o primeiro Condomínio Industrial do Médio Vale do Itajaí.
Até hoje tudo esta suspenso, já se passaram 10 anos.
Quem perdeu????
Na época mais de 40 empresas tinham interesse em se instalar em Gaspar. Nestes 10 anos quanto de arrecadação se deixou de ter, quantos empregos deixaram de ser criados e pior quantas oportunidades a nossa Gaspar perdeu...

Abaixo as desculpas esfarrapadas dadas...
Sem fazer ou ter uma posição tão incisiva com a 10 anos atrás...

Coluna Olhando a Maré do Herculano Domicio no Jornal Cruzeiro do Vale

TRISTE

Está no jornal Cruzeiro do Vale sobre o fechamento da escola multiseriada do Macucos

Associação de Moradores

Presidente da Associação de Moradores do bairro Macuco, José Carlos Spengler diz que este é um assunto muito complicado. "Tínhamos poucos alunos e existem outras prioridades. Mas é complicado nos posicionarmos sobre isso. A prefeitura me chamou para conversar sobre a situação e explicou tudo. Essa situação me deixa profundamente triste".

Por que é complicado ao engenheiro químico José Carlos Spengler se posicionar sobre o assunto? Ele é governo, e protegido do mais longevo dos vereadores de Gaspar, José Hilário Melato, PP. Está lotado como assessor no gabinete do suplente José Ademir de Moura, PSC, depois que perdeu o comando prolongado do projeto Câmara
Mirim. Antes, e no emprego, sem férias, foi passear no exterior.

Dois pesos, duas medidas. Como diz o ditado: a vida segue...

Adilson Luis Schmitt
Ex Prefeito de Gaspar
Cai mais um
01/02/2019 10:25
Mais um diretor de serviços externos cai no SAMAE,seis ao total em dois anos, desta vez foi Salésio Conceição, então que venha o sétimo guardião,mas em seu lugar virão dois um diretor e outro coordenador, para encher a máquina,e mamar nas tetas ue públicas,mas fica a pergunta por não fica ninguém nestes cargos? Pois todos que saem dizem que o problema não é os servidores e sim o presidente (macaco Velho), então enquanto isso que continue o rodízio
Herculano
01/02/2019 07:02
A AGONIA DE UMA DITADURA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Nada pode ser mais prejudicial ao povo da Venezuela do que a manutenção de um regime que foi capaz de destruir o país que detém as maiores reservas de petróleo do mundo

A queda do ditador Nicolás Maduro na Venezuela parece estar cada vez mais próxima à medida que aumentam as pressões internas e externas sobre o regime chavista.

Há poucos dias, o presidente Donald Trump determinou o bloqueio de ativos da PDVSA nos Estados Unidos. Todo o dinheiro que a estatal venezuelana deveria receber pela venda de petróleo ao país será depositado em contas bloqueadas que só poderão ser movimentadas "quando um governo democraticamente eleito estiver no controle" da Venezuela, disse Steven Mnuchin, secretário do Tesouro americano.

A asfixia financeira foi um incisivo golpe no regime chavista porque a renda do comércio de petróleo é usada por Maduro para comprar, entre outras coisas, o apoio dos militares. São estes que controlam a PDVSA e a cúpula das Forças Armadas venezuelanas é um dos sustentáculos armados do regime, junto com a Guarda Nacional Bolivariana e a rede de milícias espalhadas pelo país. A queda de Nicolás Maduro passa, necessariamente, pela mudança dos humores de seus apoiadores armados. E sem o dinheiro farto que os comprou até agora ficará mais difícil manter o bom humor.

Ainda no plano internacional, na quinta-feira passada o Parlamento Europeu reconheceu o líder opositor Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional (AN), como "presidente legítimo interino" da Venezuela. A decisão foi tomada após o fim do prazo de oito dias dado pela União Europeia (UE) para que Nicolás Maduro convocasse novas eleições. Em entrevista à agência russa RIA Novosti, Maduro disse estar aberto a negociar somente a antecipação de eleições para o Legislativo, previstas para 2020, não para a presidência.

No início de janeiro, Juan Guaidó já havia sido reconhecido como presidente de facto da Venezuela por 11 dos 14 países que compõem o Grupo de Lima, incluindo o Brasil. Além destes, também o fizeram os Estados Unidos, o Reino Unido, Israel e Austrália. A UE declarara Maduro "ilegítimo" após ele tomar posse para um segundo mandato no dia 10 de janeiro. O subsequente reconhecimento de Guaidó como presidente interino pelo Parlamento Europeu só amplia o isolamento do chavista.

É verdade que Maduro tem o apoio nada desprezível de duas potências econômicas e militares, a China e a Rússia. Não se trata de um apoio desinteressado: os dois países são os maiores credores da Venezuela e, previsivelmente, condenaram as sanções americanas sobre os ativos da PDVSA, classificadas como "ilegais", pelos russos, e "muito prejudiciais ao povo", pelos chineses.

Nada pode ser mais prejudicial ao povo da Venezuela do que a manutenção de um regime que foi capaz de destruir o país que detém as maiores reservas de petróleo do mundo, levando partes expressivas da população à miséria, à morte ou ao exílio.

China e Rússia, no entanto, são nações pragmáticas e leem os movimentos políticos à luz de seus interesses. A China tem sido mais comedida do que já foi em suas manifestações de apoio ao governo de Maduro. Já a Rússia, por razões que ainda não estão claras, mandou para Caracas um Boeing 777 da Nordwind Airlines, empresa russa que realiza voos charter. Suspeita-se que a aeronave possa servir para transportar Maduro e sua família para o exílio, levar um carregamento de 20 toneladas de ouro ?" 20% dos ativos venezuelanos neste metal ?" para local incerto ou, quem sabe, as duas coisas.

À parte teorias conspirativas, resta a realidade: o drama de um povo exaurido por um governo há muito esgotado.

Novas manifestações populares foram realizadas na quarta-feira passada e outras serão convocadas pela oposição liderada por Juan Guaidó, que teve suas contas bancárias bloqueadas e está proibido de deixar o país por ordem do procurador-geral de Justiça da Venezuela, Tarek Saab, um títere de Maduro.

A agonia do regime chavista na Venezuela poderá ser longa, mas certamente o povo sofrido daquele país voltará a sentir o bálsamo da liberdade.
Herculano
01/02/2019 06:55
TRISTE

Está no jornal Cruzeiro do Vale sobre o fechamento da escola multiseriada do Macucos

Associação de Moradores

Presidente da Associação de Moradores do bairro Macuco, José Carlos Spengler diz que este é um assunto muito complicado. "Tínhamos poucos alunos e existem outras prioridades. Mas é complicado nos posicionarmos sobre isso. A prefeitura me chamou para conversar sobre a situação e explicou tudo. Essa situação me deixa profundamente triste".

Por que é complicado ao engenheiro químico José Carlos Spengler se posicionar sobre o assunto? Ele é governo, e protegido do mais longevo dos vereadores de Gaspar, José Hilário Melato, PP. Está lotado como assessor no gabinete do suplente José Ademir de Moura, PSC, depois que perdeu o comando prolongado do projeto Câmara Mirim. Antes, e no emprego, sem férias, foi passear no exterior.
Herculano
01/02/2019 06:50
ALô, RENAN

Jair Bolsonaro só ligou para os outros candidatos ao comando do Senado depois que a imprensa vazou seu telefonema para Renan Calheiros.

Segundo o Estadão, "Bolsonaro ligou para Renan antes das 20h20 desta quinta-feira. A notícia dessa ligação foi divulgada, pela primeira vez, por volta das 20h25. Diante das críticas, a equipe do presidente passou a ligar, então, para os outros candidatos".
Herculano
01/02/2019 06:46
da série: o calo do governador Carlos Moisés da Silva, PSL, está montado. Dependerá da habilidade dele não calçar o sapato apertado

ACORDO DEFINE NOVA MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, por Moacir Pereira, no Diário Catarinense, da NSC Florianópolis.

Durante reunião com as principais lideranças partidárias esta tarde no Palácio Barriga Verde ficou definida a composição da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.

Está consolidada a definição sobre a eleição do deputado Júlio Garcia, do PSD, para presidente. Terá como vice o deputado Mauro de Nadal, do MDB, e Rodrigo Minotto, do PDT, de vice. A primeira secretaria será exercida pelo deputado Laércio Schuster, do PSB, a segunda pelo deputado Padre Pedro (PT), a terceira pelo deputado Altair Silva(PP) e a quarta pelo deputado Nilson Berlanda (PR).

A eleição está prevista para o plenário Osny Régis. As 9 horas haverá a posse dos novos 40 deputados. Em seguida, a eleição da Mesa, que também será rápida, provavelmente com votação na chapa, em virtude do acordo politico.

É a terceira vez que Júlio Garcia vai presidir a Assembleia
Herculano
01/02/2019 06:17
MELHORAR A PROFISSÃO DE PROFESSOR É UM BOM COMEÇO, por Cláudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais, da FGV, e ex-diretora de educação do Banco Mundial, no jornal Folha de S. Paulo

Autoridades educacionais em todo o país deveriam ter essa medida como agenda prioritária

Um novo ano letivo se inicia e a pergunta feita reiteradas vezes se põe novamente: como fazemos para a educação melhorar, agora que as crianças estão finalmente na escola? Afinal, cada ano de ensino com baixas expectativas e de aprendizado limitado é um período perdido.

Neste ano, já contamos com a Base Nacional Comum Curricular, que estabelece as aprendizagens mínimas que qualquer aluno deve adquirir ao longo de sua escolaridade, o que é um avanço.

Mas pesquisas internacionais mostram que o fator mais importante no processo educacional é o professor. Naturalmente, essa deveria ser a agenda prioritária de autoridades educacionais em todo o país.

Isso envolve atrair e reter os melhores do ensino médio para a profissão, formá-los bem na universidade, apoiá-los com materiais adequados e investir em formação em serviço voltada a sua prática.

Infelizmente, a profissão de professor é muito desvalorizada. Segundo estudo recente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), em países como Coreia do Sul, Finlândia e Espanha mais jovens de 15 anos desejam ser professores que engenheiros.

No Brasil, não só é exatamente o contrário como a diferença é gritante. Hoje, apenas 2,4% dos jovens brasileiros desejam cursar licenciaturas ou educação, contra 7,5% há cerca de dez anos. As razões são conhecidas: baixos salários e reduzido prestígio social da carreira.

Além disso, as universidades não formam para a profissão. Há um total divórcio entre o que é ensinado em licenciaturas e a realidade do chão da escola.

Fazendo um paralelo com a profissão de médico, cujo curso na universidade tem diálogo constante com a prática, o que fazemos para formar professores seria o equivalente a dar-lhes aulas sobre sociologia da medicina, história da medicina, filosofia da medicina e depois pedir a esses médicos recém-formados que operem um paciente. Evidentemente, não faria sentido algum.

É importante pagar salários melhores e contratar os docentes para jornadas semanais menos fragmentadas e, de preferência, numa única escola.

Urgente também é mudar os currículos das instituições que formam professores. Deveríamos levar adiante a ideia, divulgada no fim do ano passado, de elaborarmos uma base nacional de formação docente, que inclua formação inicial e continuada.

Há muito que ser feito para melhorar a educação. Uma parte será avançar no que já foi decidido, outra será priorizar ações. Nisto, acerta o MEC quando estabelece que a alfabetização deve ser enfatizada, embora, naturalmente, precisamos discutir como fazê-lo.

De resto, um bom ano letivo para todos!
Herculano
01/02/2019 06:12
MIMIMI

Ao invés de reclamar da imprensa,o governo de Jair Messias Bolsonaro, PSL, e seus defensores organizados nas mídias sociais, deveriam responder com ações e transparência.

Muito mimimi e vitimismo. E cedo demais!

Bolsonaro foi eleito por uma maioria com um programa de mudanças. Então governa para todos, inclusive para os críticos e os divergentes por doença, por responsabilidade e inconsequentes do quanto pior melhor, para se estabelecer no caos.

Nunca Bolsonaro, e ninguém será, unanimidade. Deveria urgentemente retomar o discurso e seguir em frente. Não deveria agradar para apenas ter uma maioria falsa na opinião pública e principalmente no Congresso. O ex-presidente Michel Temer, MDB, caiu nessa armadilha e ficou refém dela, sustentado gente desqualificada para não cair do poder onde se instalou com a queda via impeachment de Dilma Vana Rousseff, PT.

O governo Bolsonaro precisa dar certo para conter não os críticos, que será algo natural, mas o que deu errado com o PT e a esquerda do atraso: roubalheira em bilhões, privilégios para os já privilegiados, principalmente no meio político e no funcionalismo, tudo com dinheiro dos pesados impostos de todos; milhões de desempregados; tributos de todos os tipos e altos, sem o devido retorno para a sociedade; inflação alta; corrupção; violência, crime organizado; insegurança jurídica, foco básico e fundamental para minimamente alfabetizar e qualificar gente; saúde, infraestrutura, controle dos gastos e as reformas.

Bolsonaro antes de criticar os seus críticos,deveria unir os seus como os deputados e senadores do PSL, um partido quase inexistente, e que se tornou uma das maiores bancadas na imagem do próprio Bolsonaro, mas que é ingrato, rebelde e não entendeu bem a eleição que ganhou.

Então o problema não está exatamente na oposição - que terá que fazer o papel dela pelo Brasil e não ficar alienada, ou cooptada, como aconteceu nos tempos do PT e da esquerda do atraso no poder. Está dentro do novo governo.

Questionamentos da imprensa, fiscalização dos Tribunais de Contas, investigações do Ministério Público e até da Polícia Federal, são do jogo de pesos e contrapesos.

Os ditadores também não gostam da imprensa independente, livre e investigativa. Na outra ponta, sempre compraram gente na imprensa para louvá-los. Nunca deu certo para o poder de plantão e para esse tipo imprensa que perdeu a sua credibilidade, o maior ativo dela, mesmo engolindo verbas públicas que deveriam ter destinos mais nobres para os cidadãos pagadores, do que fantasias e propaganda governamental, para gerar eventuais dividendos políticos e mais poder.

Bolsonaro precisa governar não para si e sua família que orquestra o mimimi, mas para os brasileiros, e urgentemente.

A manobra do governo de Bolsonaro que permitirá eleger hoje Rodrigo Maia,DEM, presidente da Câmara Federal, e a aceitação de Renan Calheiros, MDB, um ficha suja e não confiável, para o Senado e o Congresso, mostra o pragmatismo do presidente perante o parlamento, de onde é oriundo, e onde ele travará dura batalha pelas reformas que jurou protagonizá-las e para isso foi eleito. Wake-up Brazil!
Herculano
01/02/2019 05:41
@olhandoamare está no twitter e faz anos; bem antes dele ser canal de comunicação de Donald Trump e Jair Messias Bolsonaro, presidentes.

Lá você pode observar poucas e curtas opiniões da coluna sobre temas nacionais. Aliás, tem cada vez mais, gente de Gaspar usando essa fonte de informações e expressão.
Herculano
01/02/2019 05:36
A ECONOMIA E A TURMA DO BALÃO MÁGICO, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

País entra em 2019 em situação pior que a prevista; há pouca margem para erro

Está todo o mundo cansado de ouvir que dificilmente a economia vai engrenar mesmo uma segunda marcha antes que se saiba do destino das reformas, lá pelo fim do semestre.

Por ora, nosso problema é saber se o país engatou pelo menos a primeira, questão que pode ter relevância política.

Houve vários sinais de resfriado na economia do fim de 2018. Sentimos mais um calafrio nesta quinta-feira (31), com o balanço final da situação do mercado de trabalho no ano passado, divulgado pelo IBGE.

Ficou mais improvável que emprego e investimento embalem até o Carnaval (começo de março) ou, talvez, até a Páscoa. Não é destino, previsão de desgraça. Porém, continuamos com água pelo nariz. Marolas políticas ou alguma estupidez grossa do governo podem nos dar uma afogadinha.

Teríamos voltado para o ponto morto? Provavelmente, não. Mas a situação do emprego no trimestre final do ano passado voltou a piorar, de modo ligeiro, ainda que inesperado.

Na prática, o desemprego aumentou do terceiro trimestre para o último. Além disso, o total de rendimentos do trabalho (a soma dos "salários" etc. de todo mundo, a "massa salarial") cresceu apenas 1,7% em 2018.

O crescimento de 3,5% de 2017 foi um voo de galinha, que apenas levou a massa salarial de volta ao nível de 2014. Essa despiora, de resto, foi em boa parte resultado da desinflação rápida, mui favorecida pela enorme safra daquele ano, que derrubou o preço de alimentos.

Agora, voltamos quase à estagnação. Na média, o rendimento do trabalho ("salário") no final de 2018 era apenas 0,6% maior do que no final de 2017. Sintomas de resfriado apareceram também na indústria.

"Ao lado da queda das medidas de uso de capacidade instalada, o resultado [do emprego] sinaliza que o hiato do PIB (Produto Interno Bruto) voltou a abrir no trimestre", escreveram em relatório Artur Passos e Alexandre da Cunha, economistas do departamento de pesquisa macroeconômica do Itaú.

Ou seja, a economia voltou a desusar recursos produtivos, voltou a desempregar e a usar menos da capacidade de produção nas fábricas.

A mudança foi bem pequena, mas para pior, em uma economia que está praticamente estagnada faz dois anos depois de uma das três piores recessões desde o começo do século 20.

Em suma, a economia brasileira começa 2019 em um degrau mais baixo do que se esperava. Pode ser que a melhora das condições financeiras do final do ano (juros e dólar em baixa, Bolsa em alta) compense o final ruim de 2018.

Por ora, o destino do primeiro trimestre deste ano novo parece ensanduichado entre o nível baixo de produção do trimestre passado e a espera de sinais fortes de que a reforma econômica vai começar.

Em termos de animação econômica, estaríamos, pois, no limbo. Não é uma boa perspectiva para um governo que precisa de muito apoio político para tocar mudanças duras no Congresso, reformas amargas ainda desconhecidas de boa parte do povo.

Sim, é fato que, por vezes, o apoio (ou a rejeição) a um governante não depende imediatamente da situação econômica de momento, mas de expectativas e de confiança de que as coisas vão melhorar (foi assim no início de Lula 1, em 2004). Mas há pouca folga para fazer bobagem.

Os economistas de Jair Bolsonaro não podem cometer disparates e passar vexames revoltantes tais como o da turma do governo que viaja no Balão Mágico (Direitos Humanos, Educação e Itamaraty)
Herculano
01/02/2019 05:26
SENADO ESCOLHE ENTRE AS NOVIDADES E O SINISTRO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nos jornais brasileiros

Apesar de envolver apenas 81 "eleitores", a disputa pela presidência do Senado mobiliza as atenções dos meios políticos em razão da ameaça de retorno de Renan Calheiros (AL) ao cargo, como candidato do MDB escolhido nesta quinta-feira (31) em votação apertada. Essa eleição para a mesa diretora fez um dos juristas mais admirados do País, Modesto Carvalhosa, gravar vídeo apelando aos senadores para declararem seus votos contra o que há de "corrupto e sinistro".

NOVATOS NA BRIGA
Contra velhas raposas políticas concorrem senadores como os novatos Major Olímpio (PSL-SP) e o novato Davi Alcolumbre (DEM-AP).

EXPERIÊNCIA CONTRA MDB
Entre os mais experientes estão Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Álvaro Dias (Pode-PR), que se apresentam com opção ao nome do MDB.

EU SOZINHO
Com propostas que o deixam isolado, porque preveem o fim de regalias dos senadores, Reguffe (DF) acha que só terá o próprio voto.

PORTA DE SAÍDA
Esperidião Amin (PP-SC) e Angelo Coronel (PSD-BA) "correm por fora" em candidaturas a presidente do Senado que tendem a ser retiradas.

VALE AGORA FAZ POSE DE 'VÍTIMA' PARA FUGIR DA CULPA
A Vale adota uma estratégia de "vitimização" para se afastar da culpa pela tragédia que pode ter matado 350 pessoas em Brumadinho, para além dos danos ambientais incalculáveis. O presidente marqueteiro da Vale agora se aproxima de autoridades que o deveriam tratar como investigado. Ousado, Fabio Schvartsman viajou a Brasília para tentar conversar com a procuradora-geral da República sobre "indenizações extrajudiciais" às vítimas. O pior é que Raquel Dodge o recebeu.

QUEM CONTRATA
A direção da Vale tenta se "blindar" ou contestar as investigações da polícia contratando um "comitê" para "apurar as causas da tragédia".

QUANTO CUSTARÁ?
A Vale se negou a informar quanto pretende gastar com o tal "comitê", chefiado pela ministra Ellen Gracie. Alega que "está em formação".

OMISSÃO CRIMINOSA
Entre Mariana e Brumadinho, a Vale lucrou R$42 bilhões, até por não pagar multas de R$368 milhões, nem gastar na prevenção da tragédia.

CONFIANÇA RECORDE NO DF
O Índice de Confiança do Empresário Industrial do DF bateu recorde em janeiro. E o maior desde 2010, início do levantamento: 64,7 pontos. O otimismo coincide com o início do governo Ibaneis Rocha (MDB).

INDEPENDÊNCIA NECESSÁRIA
Se não agir com firmeza, o "observatório" de grandes tragédias vai ficar parecendo coisa de quem procura uma vaga debaixo dos holofotes de Brumadinho. Até porque, provocada, a Justiça tem agido com rapidez.

ALMOÇO DE NEGóCIOS
Os 513 deputados tomam posse nesta sexta (1º), às 10h, e terão uma decisão rápida sobre os blocos parlamentares. O limite para formação e apresentação oficial das alianças é logo após o almoço, às 13h30.

FRUET DE VOLTA
O ex-prefeito de Curitiba Gustavo Fruet (PDT) foi tietado ontem na Câmara, onde está de volta. Ele herdou o raciocínio rápido e senso de humor do pai, Maurício Fruet, maior gozador da história do parlamento.

DE HOJE NÃO PASSA
Deputados federais que quiserem concorrer à presidência da Câmara terão até às 17h para registrar candidatura. Às 18h começa a sessão para eleição do presidente, vices e secretários da Mesa Diretora.

GOTA NO OCEANO
Reduziu em 3.428 nomes, entre setembro e dezembro, o número de servidores, aposentados e pensionistas na folha de pagamentos do governo federal. Mas o alívio é mínimo: ainda há 1.272.847 por lá.

FÁBRICA DE BOQUINHAS
Em 2015, apenas 19 partidos atingiram o pré-requisito mínimo de 5 deputados para ter liderança na Câmara. A partir de fevereiro serão 21 partidos com direito a gabinetes e quase 1400 cargos.

A REDESCOBERTA DO RELóGIO
Brasileiro em Lisboa fazendo inveja, via whatsapp, ao amigo que, como ele, adoraria viver em Portugal: "Aqui a gente pode usar relógio no pulso sem medo de assalto!" E ainda mandou foto para tripudiar.

PENSANDO BEM...
...guarde bem esse momento porque será uma das raras sextas-feiras de trabalho no Congresso.
Herculano
01/02/2019 05:20
ACORDOS NA CÂMARA E NO SENADO DÃO PESO AOS ANTIGOS CACIQUES, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Eleições desta sexta no Congresso sugerem que, para os políticos, renovação foi papo-furado

A tinta branca jogada sobre o Congresso para inaugurar o mandato dos novos parlamentares não engana: a escolha dos presidentes da Câmara e do Senado continua sendo o velho concurso de popularidade e a disputa de cargos de sempre.

Os acertos partidários deram aos caciques a garantia de que boa parte das balanças do poder continuarão niveladas da mesma maneira.

Os deputados entrarão em plenário nesta sexta (1º) com a fatura fechada. Rodrigo Maia deve se eleger presidente da Câmara pela terceira vez seguida. O político do DEM espetou o broche de parlamentar na lapela há 20 anos e nunca mais tirou.

Se alguém quiser encontrar no comando da Casa algum indício da tal renovação vista nas eleições, vai precisar de boa vontade. O favorito para a primeira vice-presidência é Marcos Pereira. Ele chega à Câmara para seu primeiro mandato, mas chefia o PRB há oito anos e foi ministro do governo Michel Temer.

Nem o PSL, que pegou carona no marketing da nova política, conseguiu disfarçar: indicou como segundo vice-presidente Luciano Bivar, dono da sigla, eleito deputado federal pela primeira vez em 1998.

Pelo acordo entre os partidos, devem tomar o poder na Câmara outros veteranos e herdeiros de linhagens políticas, como o célebre André Fufuca, do PP. Ele é filho de Fufuca Dantas, prefeito de Alto Alegre do Pindaré, no Maranhão.

No Senado, a eleição chega indefinida, mas também reflete o papo-furado da renovação política. Renan Calheiros (MDB) é, ao mesmo tempo, favorito para a votação entre seus pares e inimigo número um do momento entre os eleitores.

Os principais adversários do cacique alagoano são, por ironia, dois senadores que estão no meio de seus mandatos de oito anos e, portanto, não precisaram superar o paredão das urnas em 2018. Simone Tebet (MDB) é filha de Ramez Tebet, ex-presidente do Senado. Davi Alcolumbre (DEM) disputou o governo do Amapá. Ficou em terceiro lugar e não foi nem ao segundo turno.
Herculano
01/02/2019 05:16
A MAIS RECENTE CONTAGEM DA TRAGÉDIA DA MINEIRA BRUMADINO

110 - mortos (corpos encontrados)

71 - mortos identificados, mas só 60 entregues às famílias. Onze deles estão ainda no IML para "contraprovas"

238 - são dadas como desaparecidas, possivelmente todos mortos

108 - estão desabrigadas
Herculano
01/02/2019 05:12
AS SEIS HORAS DA TARDE, HORÁRIO DE BRASÍLIA, O BRASIL CONHECERÁ A CARTA QUE MANDARÁ NO JOGO DO SENADO E DO CONGRESSO. O MERCADO JÁ ESTARÁ FECHADO
Herculano
01/02/2019 05:09
da série: e o cara estava proibido de falar pelos médicos..o Brasil mudou mesmo? Restou escolher um bom vice-presidente do Senado para um eventual impedimento de Renan

BOLSONARO LIGA PARA PARABENIZAR RENAN

Conteúdo de O Antagonista. Jair Bolsonaro ligou para Renan Calheiros assim que a reunião da bancada do MDB acabou, ontem à noite.

O presidente parabenizou o senador alagoano por ter vencido a disputa interna com Simone Tebet pela indicação à presidência do Senado.

Bolsonaro também pediu a Renan que os dois se reúnam para uma conversa na próxima semana.
Herculano
01/02/2019 05:03
QUEREM NOVIDADE NO SENADO? QUE TAL FLÁVIO BOLSONARO PRESIDENTE? por Reinaldo Azevedo, no jornal Folha de S. Paulo

Não me ocorre o nome de outro senador que já tenha homenageado dois milicianos

"Renan Calheiros como presidente do Senado? Ah, isso não simboliza o novo!" É verdade! Ainda que novidade não deva ser um critério absoluto. Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) chega à Casa com um currículo realmente inédito. Não me ocorre o nome de outro senador que já tenha homenageado dois milicianos, membros de organização criminosa: um está preso, e o outro foragido. Já volto ao ponto.

Escrevo esta coluna no dia anterior às respectivas eleições para as Mesas das duas Casas do Congresso. Na Câmara, a questão já está resolvida, restando aos partidos de oposição, enquanto articulo minhas prosopopeias, atuar para ter ou não um cargo na direção. Rodrigo Maia (DEM-RJ) vai presidi-la pela terceira vez. Dos males, o menor. A situação no Senado só se define nesta sexta.

Dada a composição da nova legislatura, a concha da Câmara é que deveria estar voltada para baixo. Parecer-se-ia mais apropriadamente com um circo. Aguardem para ver. Sem querer ofender os artistas circenses.

Niemeyer, no entanto, resolveu desenhá-la com a boca para cima para simbolizar o acolhimento do povo, o voto dos indivíduos, dos "cidadões", para lembrar o plural imortalizado por Marcus Vinícius Carvalho Rodrigues, presidente do Inep, que elabora, entre outras, a prova do Enem.

Nota à margem: em entrevista ao Estadão, Carvalho Rodrigues afirmou que a prova pertence a Bolsonaro. "O presidente não é professor de gramática, Reinaldo!" É verdade. Ele se sai melhor em Educação Moral e Cívica, que deixa como herança genética à filharada.

Ricardo Vélez Rodriguez, ministro da Educação, deveria ressuscitar a disciplina em homenagem aos "verdadeiros valores da família brasileira", que são aqueles que vigoram no clã Bolsonaro, por metonímia. Vélez Rodriguez, diga-se, pediu, e levou, R$ 61.869,40 de auxílio-mudança. Justificou-se dizendo ter dois dependentes. Basta espiar pelo buraco da lona...

No começo de dezembro, Flávio visitou o Senado, acompanhado por um séquito. Era um verdadeiro Júlio César (antes dos acontecimentos infaustos... para ele e para César) a afrontar os poderosos da decadente República, em vias de cair em mãos imperiais.

Deitou falação e ensinamentos morais e filosóficos, como a família costuma fazer, com vasta e desconhecida bibliografia. E pontificou sobre a eventual candidatura de Renan: "O que ele tem a oferecer de novo? Qual é a colaboração que eles podem dar? Não é uma frente contra Renan, mas a favor do Brasil. Uma parte do Senado não vai caminhar com ele. Vamos conversar para ver até onde ele quer ir com isso".

Se não César, poderia ser um Tenório Cavalcanti a circular no Parlamento com a "Lurdinha", apelido carinhoso que dava a uma submetralhadora da qual não se desgrudava.

Até onde acompanho, o senador enrolado com o Coaf e com as milícias, que usava advogados da Assembleia Legislativa do Rio em demandas judiciais particulares, que justifica seu sucesso financeiro com uma franquia que vende chocolates, já andou a mirar Renan com olhos de ressaca, agora que sua biografia de moralista impoluto foi tragada por fatos sem explicação - ou melhor, cuja explicação não pode ser dada. Quem tem dúvida sobre esta Capitu?

Renan, por sua vez, já disse que não cabe ao Senado investigar "o garoto" (como o Bolsonaro-pai chamou o Primeiro Filho). E não cabe mesmo. Isso só poderia ser feito por intermédio do Conselho de Ética da Casa. Não passaria. É óbvio, mas soou pelo que é: uma aproximação amistosa. Renan, no entanto, não manda no Ministério Público do Rio, no Ministério Público Federal e na PF.

Sem um Coaf no meio do caminho, à época ainda livre da metafísica de São Sergio Moro, Flávio seria, a esta altura, o principal articulador de uma chapa no Senado "em favor do Brasil", sem Renan, claro!, numa demonstração eloquente de que a revolução em curso não é implacável apenas com os plurais.

Encerro observando que outros patriotas, guiados pela metafísica bolsonarista, mas sem ousar confessá-lo, defendem que o único modo de impedir a vitória de Renan é fraudando a regra do jogo, que prevê eleição secreta.

É tal a fome moralista dos valentes que não hesitam em engolir até o arcabouço legal. E as conversas reveladas por esta Folha entre Renan e um diretor da JBS? Pois é. Para lembrar Cecília Meireles, escolham seu sonho, "cidadões".

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