A Câmara de Gaspar foi o contraponto que o governo Kleber criou para si e, despreparado, não soube conte-la e negociar a favor da cidade. Silvio fez a diferença no jogo jogado - Jornal Cruzeiro do Vale

A Câmara de Gaspar foi o contraponto que o governo Kleber criou para si e, despreparado, não soube conte-la e negociar a favor da cidade. Silvio fez a diferença no jogo jogado

29/11/2018

O presidente Silvio I

Um dia quando se contar a história do primeiro mandato do governo de Kleber Edson Wan Dall e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, em Gaspar, terá que se agregar nela, obrigatoriamente, o episódio da eleição para presidente da Câmara, da cria política, do irmão de igreja pentecostal, do amigo particular, do aliado e influenciador no primeiro ano do mandato de Kleber, o médico [cardiologista] e funcionário público municipal, Silvio Cleffi, PSC. Ele fez maioria e com isso deu voz –e mando das cartas - para oposição no Legislativo – o calcanhar de Aquiles de qualquer administrador público. Este “novo” quadro de poder deixou tontos Kleber e sua turma já no segundo ano de mandato deles. E só agora, ao fim do seu tempo de presidente é que até então majoritária oposição vai se perdendo como força unida. Está em curso uma negociação de bastidores para Kleber retomar a maioria da Câmara, a sustentabilidade do governo e isolar Silvio numa minoritária oposição. Há cheiro de vingança – uma marca do governo. Ao mesmo tempo, retomar a maioria na Câmara é preventiva para se salvar os dois anos que faltam para Kleber tentar à reeleição.

O presidente Silvio II

A eleição da Câmara será daqui a duas terças-feiras. Será tema de outra coluna. Hoje vou escrever sobre o que representou Silvio. Como perguntador quis saber dele alguma coisa do seu contraditório e ao mesmo tempo marcante mandato, na minha avaliação. Infrutífera tentativa oficial. É sempre assim. É a regra do político – novo ou antigo - para se manter à versão que lhe interessa. É por isso, que sempre prefiro olhar a maré, coletar documentos, fatos e resultados que possam validar à minha opinião ou o relato. Mas, para não ser injusto com os leitores, leitoras e o próprio doutor Silvio – que não acredita que sou capaz disso, talvez por ver isso nos outros -, disponibilizo na área de comentários da coluna no portal do Cruzeiro do Vale, a íntegra das perguntas e respostas, que ele fidalgamente me respondeu. A eleição de Silvio foi uma surpresa para o governo Kleber, mas não para este colunista. Eu antecipei o resultado. E apesar da informação ser pública, o prefeito Kleber preferiu ir lá pessoalmente no dia da eleição. Passou recibo de líder traído, com a sua claque – incluindo a dona Leila. E ainda se disse incrédulo com o resultado. Ai, ai, ai!

O presidente Silvio III

Silvio, na verdade - e tenho crédito para isso, pois nunca hesitei em apontar às suas múltiplas contradições -, foi o choque de realidade num governo juvenil (Kleber); centralizado e arrogante (Carlos Roberto Pereira); sem planejamento e foco que ainda não produziu resultados prometidos; sem capacidade de execução pois a tal “eficiência” da maior parte da equipe está apenas na propaganda oficial falsa, suportada por uma comunicação do tempo de Graham Bell, mal-usando as redes sociais e aplicativos de mensagens que quase lhe custaram o mandato. Silvio e a oposição levaram o governo Kleber ao debate público na cidade. No fundo até contribuíram para tentar caminhos de acertos. Desnudaram problemas cruciais como o da saúde pública e que fez deslocar o poderoso prefeito de fato da secretaria que criou para si na Reforma Administrativa – Fazenda e Gestão Administrativa - para a Saúde. Kleber e sua turma levaram quase um ano para perceberem que estavam perdendo o jogo por culpa deles próprios. Agora, estão reagindo. E a jogada para aprovar a toque-de-caixa de um empréstimo de R$ 60 milhões e autorizar o Samae a limpar e fazer valas pela cidade com dinheiro das taxas de água e coleta de lixo, foi o melhor sinalizador que conseguiram furar o bloqueio da oposição onde Silvio se meteu, foi ferrenho, mas não o suficiente para resistir por todo o seu mandato. E esta é também a sinalização de que a majoritária pode estar perdendo o mando da Câmara.

O presidente Silvio IV

Sobre a promessa na construção da sede própria para a Câmara, Silvio disse que “avançou” mais que todos (?). Politicamente, mudou. Por isso não conseguiu “enxergar as forças ocultas” – as quais a cidade inteira conhece – e que trabalham por décadas para que a sede não seja erguida. Sobre o recuo de inchar a Câmara com comissionados como anunciou em discursos, Silvio acha que eu exagero, mas reconhece que não havia clima na cidade para tal. E muito desse clima – e ele não apontou isso nas respostas – veio exatamente desta coluna e das redes sociais. E sobre o “Pacto da Saúde” que ele criou numa área de conhecimento dele e para acordar Kleber, Silvio possui plena convicção que o ato em si foi decisivo para mudar a postura do governo Kleber perante um assunto tão importante, mas que estava relegado na própria gestão de Kleber. Na verdade, na oposição, o médico Silvio obrigou Kleber reagir. Silvio foi protagonista num espaço que se reservou ao experimentado PT. Sílvio o ocupou em “parceria” com outro servidor público, Cícero Giovane Amaro, PSD. Outra. Com a ida de Silvio para a maioria oposicionista, ressalte-se, a Câmara ao menos voltou a se reunir à noite e permitindo dessa forma, ampliar a oportunidade de participação popular; em algumas sessões, a temperatura foi bem “quente”. Ficou para traz a revisão do Regimento Interno. Enfim, o novato Silvio se saiu melhor que a encomenda. Fez ao menos Kleber e sua turma saírem do conforto, para o bem da cidade, dos cidadãos, da transparência mínima e do próprio governo. Errou claramente ao defender privilégios ao setor público, todos pagos com os pesados impostos dos cidadãos. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Na coluna de segunda-feira e feita especialmente para os leitores e leitoras do portal Cruzeiro do Vale, relacionei o primeiro escolhido da equipe do governador eleito, Carlos Moisés da Silva, o gasparense Paulo Norberto Koerich (delegado geral da Polícia Civil) ao governo referência do ex-prefeito Francisco Hostins, PDC (1989/92), nunca superado até então nas expectativas.

Gente ligada ao atual governo de Kleber e Luiz Carlos discordou da minha opinião. Legítima. Aceito. Argumentou que o professor Hostins – cujo filho advogado já foi secretário da Saúde do PT e hoje é o líder do governo do MDB na Câmara -, nunca foi eficiente – a equipe dele nos dois primeiros anos era essencialmente profissional e técnica - e que muito do que se diz hoje é apenas propaganda.

Primeiro fui testemunha desse tempo. Segundo, o meu interlocutor, adversário de Hostins à época “comprou” e matou politicamente o então prefeito ícone. Nem reeleição permitiram. Mais: a eficiência é medida em resultados, números e transformações, ou seja, é percebida; não há papelinhos, discursos e promessas.

Terceiro: supondo que meu interlocutor tenha razão, ele prova com a queixa e inveja, que até a comunicação de Kleber é incompetente para as múltiplas realizações que diz estar fazendo e sendo incompreendidas.

E por falar em Paulo Norberto, a semana foi de romaria à delegacia. Gente para parabeniza-lo e à lasquinha. Encontraram-se lá, sem querer, o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt e o atual, Kleber. Adilson estava com o também médico veterinário, Renato Beduschi.

Antes de se separarem: Adilson – por seus contatos em Florianópolis - e Kleber – sob o testemunho do futuro delegado geral - trataram de assuntos para regularizar o prédio da delegacia de Gaspar. Hum!

Comentários

Herculano
02/12/2018 20:32
O PODER DAS IDEIAS, por Rodrigo Constantino, na revista IstoÉ

"Mude as ideias, e você poderá mudar o curso da história", disse Edmund Burke. "Nada nesse mundo é tão poderoso como uma ideia cuja hora é chegada", constatou Victor Hugo. "Ideias e somente ideias podem iluminar a escuridão", observou Ludwig von Mises. Esses são apenas alguns dos muitos pensadores que compreenderam a importância das ideias no rumo de uma sociedade.

Vivemos tempos interessantes e desafiadores no Brasil. Após 14 anos de desgraça petista, e décadas de hegemonia "progressista", finalmente temos a chance de dar uma guinada à direita. Bolsonaro soube, como político, capturar e fomentar esse clima, mas ele também é mais sintoma do que causa. Por trás desse ambiente reformista há o esforço contínuo e coletivo de diversos defensores da liberdade.

Podemos começar com o próprio Paulo Guedes, que será o poderoso ministro da Fazenda. Guedes prega a receita liberal há décadas, apontando para o esgotamento do modelo socialdemocrata vigente. Pegou a tocha carregada antes por Roberto Campos, praticamente sozinho, e a manteve acesa. Agora terá a oportunidade de finalmente colocar em prática as ideias liberais.


Mas ele não estava sozinho, e isso fez toda a diferença. Os "think tanks" estavam disseminando os valores liberais há anos, e com o advento das redes sociais a mensagem alcançou milhões de brasileiros. Do Instituto Liberal fundado por Donald Stewart, e do qual tenho a honra de ser presidente, temos diversos nomes compondo o próximo governo. Não é por acaso.

A turma jovem do MBL merece todo respeito por colocar a mão na massa e saber mobilizar multidões, mas também eles são resultado do trabalho de pensadores liberais. Quando víamos nas ruas placas com os dizeres "Menos Marx, Mais Mises", lá estava a impressão digital do esforço do IL e também do Instituto Mises, fundado por Helio Beltrão. Eduardo Bolsonaro foi aluno do curso por ele oferecido.

No âmbito dos costumes temos um desejo de resgate dos valores conservadores. De onde vem isso? Justiça seja feita, Olavo de Carvalho vinha pregando nesse deserto há anos, e não por acaso hoje é o "guru" de Bolsonaro, e já indicou dois ministros. Agora jornalistas querem entender melhor quem ele é e o que pensa, mas uma legião de seguidores já o acompanha faz tempo.

Não nego a relevância das circunstâncias. Sem o fracasso petista nada disso seria possível, ao menos não tão cedo. Mas foi a dedicação dessa militância intelectual que permitiu pavimentar o caminho para o que teremos agora. Empresários costumam ser muito práticos e menosprezar o campo das ideias. Não é o caso de Salim Mattar, da Localiza, que sempre apoiou essas iniciativas. Nada mais justo do que ele ter a oportunidade, agora, de liderar o processo de desestatização no País. A hora é essa!

A turma jovem do MBL merece todo respeito por saber mobilizar multidões, mas também eles são resultado do trabalho de pensadores liberais
Miguel José Teixeira
02/12/2018 12:04
Senhores,

Da Coluna do Cláudio Humberto, replicada abaixo, pincei:

"TUTTI BUONA GENTE

Uma diretora de Suape é contadora do prefeito do Cabo, Lula Cabral, preso por desviar R$95 milhões do fundo de pensão dos funcionários."

Um homem público, conhecido por "LULA CABRAL", é uma confissão ou uma sentença de condenação???

LULA CABRAL!!!

Deixem-no livre, leve e solto, pois já carrega consigo o peso da tornozeleira. . .
Herculano
02/12/2018 10:57
A MARATONA DO PT SEM SAIR DO LUGAR, por Andrei Meireles, em Os Divergentes

O bom senso recomenda cautela quando perdedores se reúnem para avaliar uma derrota. O PT até teve esse cuidado ao formar uma comissão, com representantes de todas as suas correntes internas, para elaborar uma resolução consensual sobre as causas do revés eleitoral e como o partido deve proceder no governo Jair Bolsonaro. O resultado foi um textão com cerca de 70 tópicos, verdadeira colcha de retalhos para atender às concepções e palavras de ordem das diversas alas.

Entre tantos itens, havia reconhecimento de apenas um erro - uma tímida, com muitas ressalvas, e corriqueira autocrítica nas conversas entre eles mesmos: "A guinada neoliberal dada em 2015 na política econômica pesou mais que os nossos grandes acertos, contribuindo para a derrubada do governo Dilma Rousseff em 2016. E, nas eleições de 2018, ao invés de culpar as forças neoliberais que desestabilizaram e depois derrubaram nosso governo, uma parte do povo - vítima da recessão e da mídia golpista - aceitou a narrativa segundo a qual a culpa recaía sobre o PT".

Nadica de nada sobre o envolvimento do partido com a corrupção. A expectativa era de que a resolução fosse aprovada sem maiores polêmicas.

De nada valeu tanta prudência. A orientação de Lula, preso em Curitiba, foi de que qualquer mea culpa seria fazer o jogo dos adversários. Na sexta-feira (30), mal começou a reunião no hotel San Marco, em Brasília, dois textos alternativos foram apresentados pelas correntes majoritárias Construindo Novo Brasil (CNB) e Movimento PT. Entrou em cena o ex-ministro Luis Dulci ?" o escriba preferido de Lula antes, durante e depois que saiu do poder ?" para que o texto final ficasse nos moldes desejados pelo cacique-mor do PT.

Isso em meio a um processo de intensos debates, acirradas divergências, e um vai e vem de versões para o documento que se arrastou pelo sábado adentro. O texto final só foi concluído às 22h58m e divulgado no site do PT às 23h11m, mais de oito horas depois de anunciada a sua aprovação pelo plenário do Diretório Nacional. Nesse ínterim, trechos foram suprimidos, outros incluídos e depois também retirados, em sucessivas versões que são um bom retrato do cabo de guerra interno no PT.

A primeira versão, aquela que se referia à guinada eleitoral no começo do segundo mandato de Dilma Rousseff, foi alvo de queixas da própria ex-presidente, em um longo e confuso discurso, que chegou a cansar até a sua fiel escudeira Gleisi Hoffmann, que sem sucesso fez uma tentativa de abreviar a fala de sua ex-chefe.

Na tarde de sábado, depois da aprovação pelo plenário, foi divulgado o que seria o texto final, ainda sujeito a uma ou duas emendas. Gleisi Hoffmann deu o tom: "Não tem autocrítica no texto. O PT faz autocrítica na prática. O PT fez financiamento público de campanha, o PT está reorganizando as bases, o PT está com os movimentos sociais. Nós não faremos autocrítica para a mídia e não faremos autocrítica para a direita do País".

Mas esse tal texto "sem autocrítica" na realidade fazia um mea culpa em sentido inverso ao que setores do partido, antigos aliados, e também os adversários vinham cobrando: O PT reconhecer que, sob as asas de seus governos, ocorreu um dos maiores escândalos de corrupção da história. O que constou nessa versão de sábado à tarde pareceu um arrependimento do PT por ter respeitado as regras democráticas durante seus 12 anos de poder, no mesmo diapasão de outras polêmicas teses internas, amenizadas durante a campanha eleitoral. Transcrevo:

"O conjunto do partido parece ter incorrido em alguns equívocos durante os nossos governos. O primeiro foi o `republicanismo`, fomos republicanos com quem não é e nunca foi republicano, a mídia monopolista, parte do Judiciário que sempre foi reduto e reflexo das elites mais atrasadas e antigas do escravismo nacional, os serviços de inteligência, as Forças Armadas e os aparatos de segurança, ainda sob controle dos que estavam no poder na época da ditadura de 1964-1985, corporações conservadoras e que se pautavam apenas por interesses próprios e pelas disputas de poder para seus agrupamentos, como parte do MP e grande parte da PF. Permitimos que esses grupos se reproduzissem e acumulassem força para nos derrubar numa ruptura da Constituição".

Horas depois, esse tópico sobre o tal republicanismo evaporou, e a classificação das Forças Armadas no grupo de "quem não é e nunca foi republicano" suprimida. A única referência explícita a cúpula militar foi sobre a entrevista do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, que disse ter ido ao limite na controvertida mensagem que divulgou na véspera da votação no STF do pedido para que Lula não fosse preso. "Pela chantagem agora tornada pública, anunciada pelo comandante do Exército, para que o STF negasse habeas-corpus a Lula".

Além de repetir acusações e ataques a juízes, procuradores, policiais e jornalistas, na surrada narrativa de um grande complô contra o PT e Lula, que não colou nas campanhas eleitorais de 2016 e 2018, a resolução tenta dar um caráter internacional a essa tal conspiração: "O jogo da disputa política internacional resultou num esforço de desestabilização institucional de nosso país pelo fato de estarmos construindo uma nova arquitetura internacional pelos Brics, inaceitável para os EUA, tanto é que este ajudou e financiou as diferentes fases do golpe aqui".

Por essa narrativa, não dá nem para culpar Donald Trump pelo "golpe" que cassou Dilma Rousseff. Quando o Senado aprovou o impeachment, no dia 31 de agosto de 2016, Trump ainda era um azarão na corrida presidencial americana, que venceu em 9 de novembro do mesmo ano. Portanto, na linha do tempo petista, a ajuda e o financiamento ao tal golpe teria começado na gestão Barack Obama.

Por que o PT insiste nessas narrativas que não convencem a população? O que sempre se disse é que elas sustentam, aqui e mundo afora, as campanhas para apresentar Lula como perseguido político e fazer barulho contra a sua prisão. Mesmo entre petistas há a avaliação de que essa tática não deu certo. O problema para uma revisão de rumo, com uma autocrítica de verdade, é o risco de contrariar boa parte dos devotos que se recusam a aceitar que Lula possa ter cometido qualquer pecado.

O custo político de continuar insistindo em um discurso que não cola na opinião pública é o PT se isolar cada vez mais de parceiros tradicionais que cansaram desse samba de uma nota só.

A conferir.
Herculano
02/12/2018 10:52
DUAS REGRINHAS DO JORNALISMO

Repórter não deve antecipar resultados, mas aguardá-los e relatá-los, mesmo esses resultados estando na cara dos que apuram os jogos de bastidores

Jornalista com a credencial de analista, deve nesse sentido, também evitar ao máximo, prognosticar algo que parece evidente e que caminha para um desfecho desastroso. De esperar e ai apontar os erros, as causas e os errados. não deve dividir culpas com os culpados.

Mas no caso do novo governo catarinense de Carlos Moisés da Silva, PSL, fica difícil não prever um desastre ou um auto complô - pela surpresa que foi a eleição e que o próprio eleito - e seu partido desarticulado - arma contra si próprio e os catarinenses.

A transição que hiberna e tenta sair do zero pois lhe faltava nortes consistentes, realizáveis, inovadores e de mudanças claras em todas as áreas, no improviso de última hora, conseguiu unir o pior pensamento econômico e administrativo para orientá-lo e vindo da esquerda do atraso da Universidade Federal de Santa Catarina.

E para piorar, a esquerda acadêmica, sem nenhum experiência de governo, sem capacidade para de poder, está unida, vejam só, com quem levou Santa Catarina ao buraco nos últimos QUATRO governos, a secretaria da Fazenda: arrecadar mais, punir quem produz, quem arrisca seu patrimônio,para no outro lado beneficiar os funcionários de altos vencimentos e cheios de penduricalhos e privilégios, em detrimento da segurança (onde o próprio governador saiu em três anos de R$11 para R$27 mil por mês), saúde, educação e investimentos,

Isto sem falar no cerco de militares da PM e Bombeitos - origem do governador eleito - de alta patente - muitos deles na reserva- todos curiosos em governança e gestão pública - acostumados a comandar e não a governar -, cheios de vaidade - em sua volta fazendo lobbies claros para cargos de relevância em disputas entre grupos corporativos.

No Palácio Barriga Verde, todos assistem assustados esta junção do porco com a avestruz

Isso não vai dar certo.
Herculano
02/12/2018 10:31
A NOVA ROUPA DO GOVERNO MILITAR, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S.Paulo

Oficiais ocupam um terço do ministério e querem coordenar ações de governo

O general Hamilton Mourão é chamado de "primeiro-ministro" por um de seus camaradas. O colega de generalato e bolsonarismo faz a piada, ri e logo diz ao jornalista: "Não vai escrever uma coisa dessas, hein?".

No entanto, minutos depois, esse general também da reserva explica que o vice-presidente eleito é capacitado para a supervisão "estratégica" de planos e metas de governo. Que Mourão deveria ter mesmo tal função no governo de Jair Bolsonaro. Que não se encaixa no papel de conselheiro do presidente, pois muito voluntarioso, mas por isso mesmo seria um excelente executivo-chefe.

Um CEO? Não, apenas um coordenador-geral, responde o general. O governo seria ainda mais militar.
Ainda que alguns tenham faz tempo caído na vida civil, capitães, um tenente-coronel, um almirante e generais devem ficar com um terço dos ministérios. Além do mais, militares de Bolsonaro acham que é preciso ainda diminuir os "poderes de governar" do Tribunal de Contas da União e de agências reguladoras.

O vice-presidente eleito praticamente chegou a anunciar que seria uma espécie de chefe de gabinete, um "centro de governo", entre outros papéis que se atribuiu, em palavras e na prática.

Mourão conversa com empresários. Faz teleconferência com financistas estrangeiros. Faz inspeção na Petrobras. Desde o começo da campanha, divulgava e apoiava uma versão genérica, mas completa, do programa de Paulo Guedes para a economia. Fez a propaganda da privatização entre os militares mais desconfiados. Conversa com gente do governo de Michel Temer sobre comunicação e publicidade oficiais.

Como se não bastasse, Mourão dá entrevistas aparando extravagâncias de política externa do governo de transição, os disparates jecas dos aiatolás do ministério e as jeremiadas de Bolsonaro sobre invasões estrangeiras, a chinesa em particular.

A conversa sobre a gerência-geral de Mourão arrefeceu faz uns 15 dias, diz parte do entorno bolsonarista, porque estava criando atrito demais e precoce. Antes, seria preciso completar o ministério e operar a lipoaspiração delicada dos poderes da Casa Civil, que será chefiada por Onyx Lorenzoni.

A cirurgia foi feita. O general Santos Cruz ocupou a Secretaria de Governo, com tarefas de negociação política ainda não muito claras, mas que limitam ainda mais a área de serviço de Lorenzoni.

O general deve ser uma espécie de auditor de barganhas com o Congresso (emendas, por exemplo) e fazer parte do trabalho de "relações institucionais" (governadores, prefeitos, organizações da sociedade civil). Ainda levou o Programa de Parceria de Investimentos (PPI), a supervisão de negócios com a iniciativa privada, que estava na Secretaria-Geral da Presidência, de Gustavo Bebianno.

Santos Cruz é outro vigia avançado no Planalto, pois. Os militares, de resto, ficaram com todos os cargos de comando na infraestrutura. Perderam, a princípio, apenas as obras de recursos hídricos, que devem ficar no gordo e rico Ministério do Desenvolvimento Regional.

Se Mourão vier a ser um premiê-executivo informal, os militares poderiam em tese conquistar até uma cabeça de praia no continente de Guedes, no überministério da Economia. Mas não querem bulir com Guedes ou com Sergio Moro, futuro ministro da Justiça.

Um general diz que se trata de "áreas muito bem resolvidas". São também áreas de risco, aquelas de que depende imediata e imensamente o sucesso popular de Bolsonaro.
Herculano
02/12/2018 10:28
PGR CITA CONVERSA EM QUE PEZÃO CONSIDERA AJUDAR CABRAL


Conteúdo de O Antagonista. Em trecho da petição encaminhada pela PGR pedindo a prisão de Pezão, Raquel Dodge transcreve uma conversa telefônica em que o governador considera ajudar Sérgio Cabral.

"Vou entrar no circuito, tá bom", diz Pezão em gravação.

A conversa aconteceu logo depois de Cabral ter sido transferido de cela em Bangu 8 por causa de um desentendimento com procuradores.

Segundo a peça, a conversa telefônica mostraria que "as atuais ligações de Pezão com a organização criminosa segue ativa ainda hoje" e que o governador "desfruta de vínculos com o condenado e associado Sérgio Cabral".
Herculano
02/12/2018 10:22
NETAS DE RÉU NA LAVA JATO GANHAM BOQUINHAS, por Claudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Presidente da estatal porto de Suape, a 40km do Recife, Carlos Vilar nomeou quatro netas do ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE) e respectivos namorados em cargos comissionados ligados à presidência da empresa. O caso vem provocando revolta entre os funcionários. Considerado um dos símbolos da corrupção na política brasileira, Pedro Corrêa conseguiu ser condenado nos dois maiores escândalos de roubo do dinheiro público da História: Mensalão e Lava Jato.

QUEM ESTÁ POR TRÁS
Vilar foi indicado para Suape pelo deputado Eduardo da Fonte (PP), acusado na Lava Jato e homem forte do governo de Pernambuco.

VELHO CONHECIDO
"Dudu da Fonte", como ele gosta de ser chamado, foi acusado de crimes como receber propina na obra da refinaria Abreu e Lima.

NÃO ESTÃO NEM AÍ
Suape não atendeu ligações e ignorou e-mail pedindo detalhes sobre a qualificação dos jovens assessores da presidência de Suape.

TUTTI BUONA GENTE
Uma diretora de Suape é contadora do prefeito do Cabo, Lula Cabral, preso por desviar R$95 milhões do fundo de pensão dos funcionários.

AUXÍLIO-MORADIA: LENTIDÃO DO STF CUSTOU R$5,4 BILHÕES
O deputado Rubens Bueno (PPS-SP) está entre os brasileiros mais indignados com o aumento de 16,3% da Justiça, sancionado pelo presidente Michel Temer, e com o desinteresse do Supremo Tribunal federal (STF) de decidir sobre o indecoroso auxílio-moradia. Para ele, o caso deveria ter sido julgado sem demora, mas o relator não quis. "A demora do ministro Luiz Fux custou R$5,4 bilhões ao País", estima.

FIM ESTÁ PRóXIMO
Relator da comissão especial sobre teto constitucional para salários no setor público, Rubens Buenos está otimista com o fim da farra.

AVISO AO PÚBLICO
O ex-líder do PPS propõe no relatório o fim dos penduricalhos que aumentam os salários da magistratura: "Tudo ficará dentro do teto".

SOLUÇÃO ADIADA
Bueno quer o relatório votado ainda este ano, mas apesar da gravidade da situação o líder do governo pediu adiamento por cinco sessões.

ELEITORA QUALIFICADA
A opinião da futura primeira-dama Michelle Bolsonaro é mais considerada do que se imagina. Políticos do PSL garantem que ela ainda não se convenceu da escolha de Magno Malta para o ministério.

FICOU DE FORA
O banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, foi um "Daniel Dantas do PT", em toda a operação africana (petróleo e minério), na Sete Brasil e banco PAN e no "triângulo das bermudas" Lula/Eike Batista/Vale. Mas, para a frustração dos críticos, não figura na delação de Antonio Palocci.

COISA ESTRANHA
O futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ficou perplexo quando soube que Ponta Grossa, onde muitos médicos do Paraná adorariam trabalhar, a saúde pública estava entregue a 53 cubanos.

NÃO COMBINA
Ano de eleição e trabalho não combinam na Câmara dos Deputados. Só está previsto para esta segunda-feira (3) um evento por lá: o seminário de abertura da Semana Nacional do Extensionista 2018.

AQUI ME TENS DE REGRESSO
Os generais Fernando Azevedo e Silva, futuro ministro da Defesa, e Augusto Heleno, que vai chefiar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), estarão à vontade no Planalto: eram jovens oficiais no início dos anos 1990 quando trabalharam no Gabinete Militar do governo Collor.

ORA, ORA
O jornal Financial Times agora reconhece que o "maverick (espécie de dissidente) de esquerda" mexicano López Obrador é "ameaça maior à democracia liberal" do que o "maverick de direita" Jair Bolsonaro.

ALÍVIO E EUFORIA
A nomeação de Tarcísio de Freitas para o Ministério da Infraestrutura de Jair Bolsonaro foi recebida "com misto de alívio e euforia", segundo a Agência Infra, após dez entrevistas com especialistas do setor.

O ANTI-ITAMARATY
O economista e ex-diplomata Marcos Troyjo, futuro Secretário Especial de Comércio Exterior, escolhido por Paulo Guedes, é apontado no Itamaraty como autor dos ataques orquestrados contra qualquer vivalma citada para o cargo de chanceler de Bolsonaro.

PENSANDO BEM...
...nos Estados Unidos, indulto é reservado a casos de grandes injustiças e a perus.
Herculano
02/12/2018 08:13
SUPREMO PRECISA DECIDIR SE PODE SE INTROMETER EM OUTROS PODERES, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Liberação do indulto de Temer não aplica limitação à atuação política do tribunal

Um espectador desavisado poderia confundir as últimas sessões do STF com um ato de contrição. Lembrando o princípio da separação de Poderes, a maioria dos ministros sustentou que juízes não podem interferir nas competências de outras autoridades.

O argumento deve embasar a liberação do decreto de indulto natalino de Michel Temer. Não se deve esperar do tribunal, porém, uma revisão dos limites de sua atuação. O Supremo deixa intocada uma coleção de momentos em que se intrometeu no Executivo e no Legislativo.

Edson Fachin reconheceu a ironia. Ele ponderou que, se o STF não tem poderes para cassar o decreto, também não deveria anular a nomeação de ministros por um presidente.

A corte não teve esse espírito em episódios recentes. Em 2016, Gilmar Mendes suspendeu a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil. Embora Dilma Rousseff tivesse autonomia para escolher sua equipe, o magistrado considerou o ato uma "falsidade" para proteger Lula.

No início deste ano, Cármen Lúcia deu aval à decisão de um juiz de primeira instância que proibiu a posse de Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho. Uma decisão capenga dizia que ela não poderia assumir o cargo porque havia sido condenada em um processo trabalhista.

Os braços togados também alcançaram decisões econômicas. Ricardo Lewandowski chegou a travar a privatização de uma distribuidora de energia quebrada em Alagoas e proibiu o governo de adiar o aumento de salário de servidores.

Em 2017, na intromissão mais esdrúxula dessa classe, Luiz Fux cancelou a votação na Câmara do pacote anticorrupção. O ministro afirmava que o projeto de iniciativa popular não poderia ter sido alterado ?"ou seja, que os deputados não podem legislar como bem entenderem.

Nos próximos anos, o Supremo certamente será chamado para administrar tensões com o governo Jair Bolsonaro. O tribunal precisará se olhar no espelho para definir as fronteiras de sua atividade política
Herculano
02/12/2018 08:10
CADEIA VERDE-AMARELA, por Carlos Brickmann

A Rádio Bandeirantes, potência maior do rádio paulista, montou uma rede nacional de emissoras afiliadas, que retransmitiam sua excelente programação de esportes. Era a Cadeia Verde-Amarela Norte-Sul do Brasil. Com a TV nos estádios, permitindo que rádios menores transmitissem o jogo a partir das imagens, dissolveu-se a Cadeia Verde-Amarela.

Mas o mundo gira. Hoje, a Cadeia Verde-Amarela Norte-Sul do Brasil está de volta, com autoridades sendo presas em todo o país. O esporte é o mesmo de antes: atuar em estádios, receber boladas, montar boas jogadas e sempre seguir a máxima de um grande técnico, Gentil Cardoso: "Quem pede recebe". Alguns deram o azar de fazer o que não deviam na hora em que o juiz estava olhando, e a torcida, irritada, exigiu o cartão.

Resultado: todos os governadores eleitos do Rio nos últimos 20 anos foram presos. Um, Sérgio Cabral, está condenado a mais de cem anos. Os dois Garotinhos, Anthony e Rosinha, passaram pela cadeia, mas foram logo soltos. E Pezão foi o primeiro dos quatro a ser preso ainda no exercício do mandato. Perto de Cabral, Pezão é argent de pôche, dinheiro de pinga: falam em mesada de R$ 150 mil, mais 13º, eventualmente algo a mais, mas nada que se compare, ao menos por enquanto, ao anel de R$ 800 mil que Cabral recebeu como propina de um empreiteiro para dar à esposa.

Dois ex-governadores de São Paulo foram delatados. Ninguém se salva?

A HORA DAS VAIAS

Atenção: o que se discute no Supremo é uma questão constitucional, não partidária, se o presidente da República tem ou não o direito de conceder indulto a presos que se enquadrem em certas normas. Este colunista, do alto de sua ignorância em Direito, acha que, seguidas as normas legais (sem mexer no que está escrito), indultar é direito do presidente. Siga-se a lei.

Se o STF mexer nas normas, interferirá em outro poder.

Indulto não é jabuticaba, existe mundo afora. Quando o presidente Nixon renunciou, seu vice Gerald Ford o perdoou, livrando-o de processos. Sem promessa de perdão, renunciaria? Ou lutaria na Justiça, tumultuando a vida do país?

É SÉRIO, MAS NÃO É

O Governo paulista destinou no Orçamento à Linha 18 do Metrô um total de R$ 40,00 (sim, quarenta reais). A Linha 18 terá 15 km de trilhos, com 13 estações, e deve ligar as sete cidades do Grande ABC, uma das regiões mais importantes do Estado, à capital. Aliás, já deveria estar em funcionamento, porque a inauguração era prevista para 2018, A obra está parada há quatro anos ?" mas, com R$ 40 para gastar no ano, como andar?
Esta verba só tem uma vantagem: não sobra espaço para nada errado.

ERRAMOS 1

Esta coluna se equivocou ao noticiar a empresa na qual Marconi Perillo, ex-governador de Goiás, está trabalhando em São Paulo: a firma é a CSN, do empresário Benjamin Steinbruch. Perillo se mudou para São Paulo depois de ser derrotado na eleição para senador.

ERRAMOS 2

Nos anos mais duros da ditadura militar, o Painel da Folha de S Paulo chamou o ministro Júlio de Sá Bierrenbach, do Superior Tribunal Militar, de "almirante de esquerda". Erro, claro: Bierrenbach era almirante de esquadra, a mais alta patente da Marinha. Houve a reclamação, a habitual chuva de protestos, e no dia seguinte o Painel publicou algo como "houve um erro na referência à patente" do almirante Bierrenbach. "O correto é almirante de esquerda". Não é que esta coluna cometeu o mesmo tipo de erro? Ao publicar esclarecimentos sobre vida e obra do ex-ministro Roberto Campos, errou o nome de quem gentilmente nos corrigiu. O nome correto do professor e diplomata é Paulo Roberto de Almeida.

NOSSO HERóI

Mickey Mouse completa 90 anos: em 1928, estreou no desenho animado Steamboat Willie, em que trabalha num navio e tem como inimigo João Bafodeonça. Mickey fez sucesso no cinema, nos quadrinhos, na área de entretenimento ?" os parques da Disney o têm, ao lado de Pateta, como o grande chamariz de turistas. Mickey e seus companheiros de Disney são também grandes exemplos internacionais.

No Brasil, por exemplo, velhos ratos estão sempre próximos do poder. Nem dão bola para os Patetas e, graças ao jeitinho brasileiro, ficaram muito amigos de João Bafodeonça e dos Irmãos Metralha, hoje seus companheiros em tantas aventuras. Essas mudanças no perfil dos personagens lhes fizeram bem: nossos ratos, mesmo não sendo atrações turísticas, ganham muito mais que o Mickey.

ABERJE

O arresto e penhora de bens da Aberje, Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, foram suspensos: a Aberje está pagando a dívida trabalhista que havia motivado o processo. Tudo em ordem.
Herculano
02/12/2018 08:01
O AGRONEGOCIO NÃO É UMA "BANCADA DO BOI", de Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Nessa frente há trogloditas que querem queimar matas e invadir terras alheias

Contaminado por um setor paleolítico, o agronegócio brasileiro paga pelo que não é e não consegue mostrar o que é. Prova disso é que a defesa dos seus interesses é atribuída ao que denomina "bancada do boi". Nessa bancada há trogloditas que querem queimar matas, calotear dívidas e invadir terras alheias. Defendendo-os, Jair Bolsonaro chega mesmo a acreditar que os quilombolas são um problema nacional.

Dois renomados historiadores - Herbert Klein, de Columbia e Stanford, e Francisco Vidal Luna, da USP- entregaram à editora da Universidade de Cambridge o texto de "Feeding the World" ("Alimentando o Mundo"), em que contam a história da revolução ocorrida na agricultura brasileira nos últimos 50 anos, acelerada neste século. O livro sairá em dezembro e a tradução, no ano que vem.

O que houve foi uma revolução de verdade. De país atrasado, o Brasil tornou-se o maior exportador de soja, carnes processadas, laranjas e açúcar. É o quinto maior produtor de cereais. Enquanto a indústria nacional patinou depois da abertura da economia, o agronegócio adaptou-se, expandiu-se e adquiriu competitividade internacional.

Entre a década de 1980 e os últimos oito anos, a produtividade das áreas plantadas cresceu 150%. Essa revolução juntou empreendedores e uma elite técnica formada com vigor chinês. Em 1999 o Brasil tinha 6.000 estudantes de agronomia. Em 2007 eram 48 mil (40 mil dos quais em instituições públicas). Entre 1998 e 2017 foram produzidas 8.000 teses de mestrado e 3.000 dissertações de doutorado. No pico desse êxito está a Embrapa, que se tornou um dos melhores centros de pesquisas agrícolas do mundo. Hoje o Brasil tem a terceira maior indústria de sementes.

Klein e Luna não deixam assunto sem análise, inclusive os problemas de pobreza e atraso, mas expõem uma revolução que está acontecendo. Ela é descrita em São Paulo, no Sul, e surpreende no Centro-Oeste. Uma migração espontânea, selvagem no início, transformou Mato Grosso num celeiro. Em 1970 lá existiam 600 tratores; 15 anos depois eram 20 mil. Em 1980, quando chegou a soja, cultivaram 7.000 hectares. Em apenas nove anos, chegaram a 1,7 milhão de hectares. As taxas de fertilidade e mortalidade infantil caíram, enquanto a expectativa de vida subiu cerca de 20 anos desde 1960. Hoje Mato Grosso tem um dos mais altos índices de terras tituladas (77%).

O agronegócio carrega entre 20% e 25% da economia nacional porque é moderno. A contaminação paleolítica obriga-o a ser ouvido como um Yo-Yo Ma tocando num violoncelo rachado. Carne? Joesley Batista. Meio ambiente? Jair Bolsonaro e seus conselheiros do agronegócio durante a campanha eleitoral.

CHOQUE

A prisão do governador Pezão chocou o Palácio do Planalto. Uma nuvem preta paira sobre o futuro de Michel Temer a partir do dia 2 de janeiro.

No mínimo, ele ficará exposto a uma prisão espetaculosa decretada numa sexta-feira. Mesmo que ela seja revogada três dias depois, o estrago será irreversível.

CUIDADO, MORO

Numa das encruzilhadas do caminho de Sergio Moro para o Ministério da Justiça há uma grossa macumba. O Conselho Nacional de Justiça tem 17 representações contra ele, e o julgamento está marcado para o dia 11. Muitas são referentes ao mesmo assunto, como no caso da divulgação do grampo de Lula fora do prazo legal. O CNJ pode arquivá-las, no entendimento de que, tendo-se exonerado, deixou de ser juiz. Esse seria um caminho natural, mas pode-se também deixar algumas representações na frigideira.

Numa outra esfera, há sinais de que se articula uma forma de recurso junto ao Supremo, buscando o impedimento da posse de Moro. Isso seria feito buscando-se uma analogia meio girafa com a decisão tomada quando Lula foi impedido de assumir a Casa Civil. As chances de essa manobra dar certo são poucas, a menos que se queira apenas produzir uma barafunda.

De um conhecedor do mundo empresarial brasileiro e mundial:

"A prisão do Carlos Ghosn é a Operação Satiagraha japonesa".

A Satiagraha brasileira foi uma ação espetaculosa que deu em nada. Seu chefe, o delegado Protógenes Queiroz, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal e viu-se demitido da PF.

Ghosn é acusado, entre outras coisas, de ter um apartamento no Rio. Era a casa de sua mãe. Ele parece estar sendo triturado por um golpe empresarial, com a ajuda do Ministério Público japonês.

BOLSONARôMETRO

A equipe de Jair Bolsonaro incorporou alguns nomes com reconhecida experiência na administração pública civil. Por exemplo: Joaquim Levy (BNDES), Mansueto Almeida (Tesouro) e Waldery Rodrigues (Secretaria da Fazenda).

Contudo, aceitando-se uma definição do banqueiro Gastão Vidigal, faltam nomes ligados à produção: "Produto é aquilo que se pode embrulhar. Pregos, por exemplo". Nessa categoria, até agora há apenas duas indicações relevantes, as da ministra da Agricultura, Tereza Cristina Corrêa da Costa, do agronegócio, e a de Roberto Castello Branco, futuro presidente da Petrobras, que passou pela Vale.

Na equipe, entrou o empresário Salim Mattar, que vai cuidar das privatizações. Ele não tem experiência na administração pública e nunca produziu um prego, mas teve uma bem-sucedida experiência na iniciativa privada, criando a Localiza, uma empresa de serviço de locação de carros.

O SAPO OTIMISTA

Diante do otimismo disseminado às vésperas do novo governo, aqui vai uma história que Winston Churchill contava em 1940, quando a guerra parecia perdida e a Inglaterra esperava ser invadida:

"Dois sapos caíram numa jarra de leite. Um, assustado, afogou-se. O otimista passou a noite batendo as pernas. Não sabia para que, mas era um otimista. De manhã, estava numa jarra de manteiga, deu um pulo e foi-se embora".

VENEZUELA

A diplomacia romântica de Jair Bolsonaro corre o risco de se meter numa parceria suicida com os Estados Unidos em relação à Venezuela.

Valeria a pena que seus estrategistas consultassem a documentação do Itamaraty para resgatar um episódio ocorrido em 1982.

O presidente Ronald Reagan decidiu invadir o Suriname, onde ocorrera um golpe de oficiais esquerdistas, e mandou a Brasília o diretor da CIA, William Casey, para buscar apoio.

Sem alarde, o presidente João Figueiredo informou que não entraria na aventura. O projeto da invasão com apoio do Brasil só foi revelado décadas depois, pelo próprio Reagan.

PAVõES

Alguém precisa avisar aos desembargadores do Tribunal Regional da 4ª Região que as ombreiras plissadas de suas togas são ridículas.
Herculano
01/12/2018 10:33
A ENGANAÇÃO EM NOME DE DEUS PARA ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS E CRENTES FANÁTICOS

REDE TV! E IGREJAS CONDENADAS POR PASTOR DIZER QUE ATEU "MATA, ROUBA E DESTROI"

Conteúdo do Congresso em Foco. A Rede TV! e a Igreja Internacional da Graça de Deus foram condenadas a veicular peças na programação da emissora que tratem da liberdade de crença no Brasil. A decisão é do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).

A condenação é fruto de uma ação civil ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) em 2011, por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão.

A ação foi movida após o apresentador João Batista fazer declarações preconceituosas contra ateus durante um programa da Igreja no canal.

"Só quem acredita em Deus pode chegar para frente. Quem não acredita em Deus pode ir para bem longe de mim, porque a pessoa chega para esse lado, a pessoa que não acredita em Deus, ela é perigosa. Ela mata, rouba e destrói. O ser humano que não acredita em Deus atrapalha qualquer um. Mas quem acredita em Deus está perto da felicidade", afirmou o apresentador.

Segundo o acórdão, a Igreja Internacional da Graça de Deus deverá fazer duas inserções, de dois minutos e meio cada, em seus programas na Rede TV!. As peças devem incluir retratações ao conteúdo veiculado e esclarecimentos quanto à diversidade religiosa e à liberdade de escolha de crença no país.

As inserções devem ser veiculadas entre 6h e 22h, durante os programas da Igreja. Caberá à União, por meio do Ministério das Comunicações, fiscalizar a adequação do conteúdo aos parâmetros definidos na ordem judicial.

Na decisão, o TRF-3 acolheu os argumentos do MPF e destacou que a conduta da emissora e da Igreja contraria a Constituição Federal, que garante a inviolabilidade de consciência e de crença e a livre manifestação do pensamento, desde que respeitados os valores éticos e sociais nos programas de TV.

"Ao veicular declarações ofensivas aos cidadãos ateus, a Igreja Internacional da Graça de Deus e a Rede TV! (TV ?"mega), com a conivência da União, desrespeitaram a pessoa humana no que se refere ao direito de escolha de sua crença, inclusive o direito de não possuir crença", escreveu a desembargadora Mônica Nobre, autora do acórdão.

A ordem do TRF-3 anula a decisão da Justiça Federal em primeira instância, que determinou o arquivamento a ação em 2012. Apesar do teor ofensivo, a 6º Vara Federal Cível de São Paulo havia considerado que a declaração não representa uma crítica direta aos ateus e que a exigência de retratação significaria um retorno aos "tempos inquisitoriais", uma medida "como aquela a que Galileu foi submetido para abjurar conhecimento científico".

O acórdão do TRF3, publicado em outubro, prevê multa diária no valor de R$ 1 mil em caso de desrespeito à decisão.
ROBERTO BASEI
01/12/2018 10:26
Um dia quando se contar a história do primeiro mandato do governo de Kleber Edson Wan Dall e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, em Gaspar.

O SR. Acredita que haverá outro?

Um dia quando se contar a história do "ÚNICO" mandato do governo de Kleber Edson Wan Dall e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, em Gaspar.

]Se contará que foi; Uma gestão deficiente, capenga, que vivia de tirar fotos e não fazia o mínimo de manutenção na cidade,comprometia 50% da arrecadação com funcionalismo,e economiza no restante nas necessidades do povo por não ter projetos e os buracos nas ruas eram enormes. Uma gestão que prometeu reduzir o número de comissionados e a única coisa que fez foi plantar flores e enfeitar uma única rua para o natal.

Será que haverá outro mandato?

A VERDADE NÃO SE PROMETE SE CONTA.

Herculano
01/12/2018 10:22
MAGISTRATURA E ATUAÇÃO EM ENTIDADES DESPORTIVAS SÃO INCOMPATíVEIS, DIZ CNJ, por Frederico Vasconcelos

O corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, expediu recomendação a todos os juízes brasileiros sobre a incompatibilidade do exercício da magistratura com qualquer atuação em entidades desportivas.

A decisão foi tomada a partir de notícia da nomeação do desembargador Marcelo Buhatem, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), para a função de representante brasileiro no Comitê de Ética da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).

Segundo o CNJ, Buhatem confirmou à corregedoria sua indicação pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para representar o Brasil no comitê, mas disse que ainda não tinha sido efetivamente empossado.

Afirmou ter renunciado ao recebimento de qualquer valor pelo eventual exercício e defendeu a tese de que inexiste vedação legal ou constitucional para a cumulação das funções de magistrado e de membro da Conmebol.

Para ele, a função de representante brasileiro no Comitê de Ética da Conmebol não equivale a de membro da Justiça Desportiva, uma vez que não possui competência para julgamento disciplinar.

Alegou ainda que as reuniões da Conmebol são esporádicas, e a sua dedicação integral ao exercício da magistratura não seria prejudicada.

O magistrado não convenceu o corregedor.

Humberto Martins sustentou que a Constituição Federal veda ao juiz exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo a de magistério. Lembrou que o Código de Ética da Magistratura também trata da impossilidade de cumulação de cargos.

Em 2009, o desembargador Bartolomeu Bueno de Freitas, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, contestou decisão monocrática do CNJ ?"que entendera ser incompatível o exercício da vice-presidência do TJ-PE com o cargo de membro do Conselho Deliberativo do Santa Cruz Futebol Clube.

O magistrado sustentou que seu caso não era único. Segundo sua assessoria, havia outros dois desembargadores pernambucanos no conselho do clube.

Na ocasião, o Blog lembrou que outros magistrados eram conhecidos por suas preferências no futebol.

Ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, o desembargador Celso Luiz Limongi, morto em setembro último, era conselheiro vitalício do Corinthians.

O ministro Teori Albino Zavascki, morto em janeiro de 2017, era conselheiro suplente do Grêmio, do Rio Grande do Sul.

Em fotos oficiais, o desembargador pernambucano aparece com o broche do clube na lapela.
Miguel José Teixeira
01/12/2018 09:47
Senhores,

Na mídia:

"Moro saiu do armário em que escondia natureza política, afirma Lula"

Pois é. Não satisfeito em manipular apenas os títeres vermelhóides esquerdopatas e outros incautos, agora o titeriteiro-mor quer pautar também o futuro Ministro da Justiça.

Acorda, sapo-barbudo! A lagoa secou. . .

E, lembrando o Chico:

"? Nosso barco partiu
Eu bem que mostrei a ela
O tempo passou na janela
Só Carolina não viu?"
Herculano
01/12/2018 09:27
TRILHA SINDICAL DE RAQUEL DODGE CONDUZ AO BREJO, por Josias de Souza.

Ao recorrer ao Supremo para que os procuradores continuem recebendo o bolsa-moradia de R$4,3 mil por mês, a procuradora-geral Raquel Dodge enveredou por uma trilha que leva a instituição sob o seu comando para o lodo. Insurgiu-se contra do ministro Luiz Fux, que revogou o pagamento do privilégio para todas as carreiras jurídicas. Alegou que a revogação só vale para juízes, não para procuradores. Tomou o caminho do brejo ao menosprezar as leis e, sobretudo, a Constituição.

Escreveu Raquel Dodge em seu recurso: "sem adentrar propriamente no mérito ou na constitucionalidade do recebimento de auxílio-moradia, fato é que esta ação restringe-se ao pagamento ou não do benefício em causa para os juízes, nos termos da legislação que rege a magistratura judicial brasileira, limitando-se o julgado à aquelas carreiras".

A doutora pode não ter notado. Mas, seu raciocínio é assustador e desmoralizante. Assusta porque quem a admira por seu esforço para salvar o país da corrupção não esperava vê-la enrolada na bandeira da salvação da conta bancária da corporação. Desmoraliza porque não fica bem para a zeladora da ética e dos bons costumes dar de ombros para a moralidade.

O benefício reivindicado por Raquel Dodge só faz sentido nos casos em que o procurador é transferido para outra cidade. A coisa virou um escárnio, em 2014, quando uma liminar concedida por Fux estendeu o bolsa-residência para todos os magistrados e procuradores - até mesmo os que trabalham na sua cidade, morando em casas próprias.

Na prática, o que deveria ser uma excepcionalidade tornou-se uma vulgaridade. O bolsa descalabro virou puxadinho do contracheque - livre de impostos. Encostado numa precariedade de uma decisão liminar (provisória) e monocrática (individual), vigorou por quatro anos. E não se viu nenhuma queixa dos procuradores por receber o mesmo mimo e o mesmo tratamento dispensado aos juízes.

Esquecido por conveniência, esse privilégio remuneratório voltou à cena no meio de um balé de elefantes, na qual a cúpula do Supremo executou uma coreografia de toma-la-dá-cá em parceria com Michel Temer. Trovou-se a liminar do bolsa-tunga pelo aval do presidente a um reajuste de 16,38% para os ministros da Suprema Corte e para a procuradora geral - com direito a efeito cascata orçado em R$4 bilhões.

Até ontem, quando se estava numa reunião ou numa roda de amigos e alguém falava em corrupção, era inútil mudar de assunto. Podia-se, no máximo,mudar de corrupto. Ao reivindicar o restabelecimento do bolsa- moradia " sem adentrar propriamente no mérito, na ilegalidade ou constitucionalidade do recebimento", Raquel Dodge como que se oferece como assunto alternativo. Nessa batida, a viagem da Procuradoria em direção ao brejo logo será tema obrigatório nas esquinas e botecos.
Herculano
01/12/2018 08:55
HADDAD, CASO PERDIDO, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo, no jornal Folha de S. Paulo

Petista retorna como sonâmbulo ao aposento de sempre e recoloca máscara de Lula

"Vocês repararam que o PSDB perdeu a quinta eleição seguida e a mídia conservadora jamais lhe pediu autocrítica?".

A indagação de Fernando Haddad, pelo Twitter, situa-se a meio caminho entre a alienação e a má-fé. A cobrança, que não se restringe à "mídia conservadora", relaciona-se às sucessivas vitórias eleitorais do PT, não à derrota recente.

A tão necessária revisão teria que incidir sobre a política econômica que elegeu Dilma duas vezes, às custas da maior recessão da nossa história, e à corrupção sistemática, que financiou três triunfos eleitorais. Mas, para fazê-la, seria preciso uma régua política estranha ao lulismo.

Haddad parecia a muitos, inclusive a mim, um potencial deflagrador da "refundação" do PT. Engano. Sua entrevista à Folha (26/11) prova que o discurso esboçado no segundo turno era teatro eleitoral.

O candidato, que engoliu a narrativa do "golpe do impeachment" por exatas três semanas, retorna como sonâmbulo ao aposento de sempre, recoloca a máscara de Lula e se exibe como líder do PT de Gleisi, Lindbergh et caterva.

Lula "teria ganhado a eleição", afirma o profeta Haddad, desafiando as evidências disponíveis. A operação de transferência de votos lulistas foi um sucesso, como atestam os resultados do primeiro turno.

Todos os indícios sugerem que, no segundo, o "moderado" Haddad obteve até mesmo os sufrágios de incontáveis eleitores refratários a votar em Lula. A profecia haddadiana não é um exercício de análise contrafactual, mas um truque retórico para a reinstalação da narrativa sectária.

Na entrevista, quando acusa o Judiciário e o Ministério Público de operarem sob "viés antidemocrático", Haddad retorna à lenda da conspiração universal contra o PT.

Nela, quando sugere que nossa democracia deu lugar a um "modelo híbrido", Haddad curva-se ao dogma inventado no impeachment, descrevendo o triunfo de Bolsonaro como a conclusão de um "golpe das elites". O disco de vinil riscado repete, aborrecidamente, seu verso mais tedioso.

Mano Brown compareceu ao comício de Haddad, na Lapa (RJ), para dizer que "o PT não está conseguindo falar a língua do povo". Naquela hora, Haddad deu "toda razão" ao rapper, antigo "companheiro de viagem" do lulismo. Mas, diante da Folha, esqueceu o episódio, atribuindo o triunfo de Bolsonaro à "elite econômica" que "abriu mão do verniz".

O círculo narrativo se fecha: a "elite", de "viés antidemocrático", impediu a vitória certa de Lula, concluindo o "golpe do impeachment" pela imposição de um "modelo híbrido".

O PT, puro e galante, organizará uma frente de defesa dos direitos sociais (a "frente popular", na linguagem emprestada do stalinismo) e uma frente de defesa dos direitos civis (a "frente democrática", na mesma chave de linguagem). De Haddad, não sai nada.

Recessão econômica? Corrupção nas estatais? Defesa do falido regime ditatorial venezuelano? O PT não tem nada a rever. "Depois de tudo que aconteceu, quase tivemos a quinta vitória consecutiva", comemora Haddad.

"Fomos vítimas de uma campanha de terrorismo cultural", explica o esboço de resolução da direção nacional do partido. Por isso, "a defesa do PT exigirá um trabalho profissional de reconstrução da imagem". É coisa para as turmas do marketing, da cenografia e da maquiagem.

A mistura fina de triunfalismo e vitimismo tem utilidade: serve para lacrar a direção lulista numa redoma higienizada, salvando-a da crítica de suas próprias bases.

Também tem consequências. O PT que não admite se reformar condena a esquerda brasileira a viver num gueto político e social, agarrada às reminiscências do lulismo.

Pior: a eternização de uma narrativa desmoralizada agrega nutrientes à lagoa fétida da extrema direita bolsonarista. O governo eleito tem tudo para dar errado. Mas, ao menos, tem no PT de Haddad a oposição de esquerda dos seus sonhos.
Herculano
01/12/2018 08:48
O que escrevi ontem no twitter:

A esquerda do atraso esteve no poder por 13 anos.E a Europa nunca abriu mão do protecionismo aos seus produtores rurais. ?' seria agora,c Macron pressionando pelos eleitores franceses q ele iria quebrar a escrita.Ele viu uma janela escapista c Bolsonaro. E a esquerda viu um palanque

O que escreveu hoje o jornal O Estado de S. Paulo

O CLIMA E A SOBERANIA DO PAÍS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

É imprudência de Jair Bolsonaro dizer que o Brasil deverá abandonar o Acordo de Paris, como se a participação no esforço para conter o aquecimento global fosse questão pessoal

Em dezembro de 2015, todos os 195 países membros da ONU chegaram a um acordo legalmente vinculante a respeito da proteção do meio ambiente. Resultado de longas negociações, que culminaram na 21.ª Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP-21), o Acordo de Paris representou o compromisso de limitar o aumento médio da temperatura da Terra a 1,5°C até 2100. Em vez de se sujeitar a metas predeterminadas, cada país se comprometeu a elaborar uma estratégia de redução das emissões de carbono, dentro do objetivo comum de reduzir o aumento da temperatura global.

Tendo contribuído ativamente nas tratativas do Acordo de Paris, o Brasil assinou oficialmente o documento em 22 de abril de 2016. Cumprindo os trâmites institucionais, o acordo sobre o clima foi aprovado pelo Congresso Nacional em agosto do mesmo ano, por meio do Decreto Legislativo 140/2016. O Acordo de Paris, a seguir, tornou-se norma vigente do ordenamento jurídico brasileiro, por decreto presidencial.

Dada a importância do tema, é no mínimo imprudente que o presidente eleito Jair Bolsonaro diga que o Brasil deverá abandonar o Acordo de Paris, como se a participação do País no esforço para limitar o aumento médio da temperatura global fosse uma questão pessoal de quem ocupa, no momento, a Presidência da República.

O assunto veio à tona após o Brasil anunciar a retirada de sua candidatura para sediar a COP-25, a ser realizada em 2019. O Brasil representava a América Latina e havia sido escolhido pela região para receber o evento. Num primeiro momento, o governo brasileiro informou que a mudança de planos era motivada por questões orçamentárias. No entanto, logo em seguida, o presidente eleito esclareceu que "houve participação minha nessa decisão".

Ao explicar por que preferia que a COP-25 não fosse realizada no Brasil, o presidente eleito disse que existe a possibilidade de o País sair do acordo do clima e não queria "anunciar uma possível ruptura dentro do Brasil".

A retirada da candidatura surpreendeu a comunidade internacional. "Passamos meses debatendo o assunto (sobre o local da COP-25) e, justamente para que tivéssemos tempo, já escolhemos o Brasil há meses para que fosse a única candidatura. Agora, de última hora, Brasília cede ao novo governo e nos deixa na mão", disse um diplomata latino-americano ao Estado.

Se a desistência do Brasil em sediar a COP-25 já é uma atitude hostil, desalinhada com a tradição diplomática brasileira, o anúncio da possível saída do Acordo de Paris é de enorme gravidade. O compromisso firmado em 2015 tem uma dimensão que vai muito além do período para o qual Jair Bolsonaro foi eleito para ocupar a Presidência da República. É preciso cuidado para tratar de questões que podem provocar prejuízos de longo prazo, alguns deles irreparáveis. Se há exageros em algumas discussões sobre proteção do meio ambiente, que podem eventualmente gerar efeitos sobre a agricultura e a pecuária do País, isso não é motivo para desqualificar todo o debate contemporâneo a respeito das melhores práticas, públicas e privadas, relativas à sustentabilidade do planeta Terra.

Em mais de uma ocasião, Jair Bolsonaro disse que o Acordo de Paris colocava em risco a soberania do Brasil, já que incluiria a criação de uma grande área de preservação ambiental, chamada "Triplo A", que se estenderia desde os Andes, passando pela Amazônia, até chegar ao Atlântico. O futuro presidente entende equivocadamente o que seja soberania e sua concessão. Prova disso é que, se fincar pé no cumprimento de sua meta de campanha e cumprir todo o ritual de revogação da adesão ao Acordo, o Brasil, de fato, num ato de soberania ?" aquela que ele diz ter sido vulnerada ?", ficará fora do esforço mundial de recuperação do clima. Mas essa, santa ignorância, é uma falsa questão. O texto celebrado em Paris não dispõe sobre a criação da tal faixa de terra. Não convém aos interesses nacionais criar problema onde não existe. E convém aos brasileiros, principalmente às gerações futuras, viver num clima limpo e saudável.
Herculano
01/12/2018 08:33
da série: não tem nada a ver com Gaspar, Ilhota, Santa Catarina e Brasil, mas com o mundo que influenciou todos nós.

MORREU AOS 94 GEORGE BUSCH, ÚLTIMO PRESIDENTE DOS USA NA GUERRA FRIA

Pai de George W. Bush, republicano lutou na Segunda Guerra e pôs fim à invasão iraquiana no Kuait

Por Carlos Eduardo Lins da Silva. O ex-presidente americano George Herbert Walker Bush morreu no início da madrugada deste sábado (1º), aos 94 anos. O anúncio foi feito pelo porta-voz da família, Jim McGrath, às agências de notícias internacionais.

"Jeb, Neil, Marvin, Doro e eu estamos tristes em anunciar que, após 94 extraordinários anos, nosso querido pai morreu", disse seu filho, o 43º presidente dos Estados Unidos George W. Bush, na nota divulgado por McGrath.

"George HW Bush era um homem do mais alto caráter e o melhor pai que um filho ou filha poderia pedir. Toda a família Bush está profundamente grata pela vida e amor do 41º, pela compaixão daqueles que se preocuparam e oraram pelo papai, e pelas condolências dos nossos amigos e parceiros cidadãos."

George Herbert Walker Bush foi o último presidente dos EUA a ter lutado na Segunda Guerra Mundial, a mais popular da história do país, e um dos cinco no século 20 que perderam a reeleição.

Seu governo registra uma grande vitória militar em 1990, a operação "Tempestade no Deserto", que pôs fim à ocupação militar do Kuait pelo Iraque, e contou com grande respaldo da comunidade internacional e da opinião pública americana.

Por muito tempo, manteve boa forma física. Comemorou 85 anos com um célebre salto de paraquedas. Repetiu a façanha aos completar 90 anos.

A partir de 2012, no entanto, acometido por uma forma de mal de Parkinson, teve suas atividades físicas muito limitadas e passou a ser visto em público em cadeira de rodas, mas sempre com aparente bom humor.
Herculano
01/12/2018 08:26
AS OBRAS CONTINUAM NESTE SÁBADO

Depois de torturar os gasparenses e os passantes pela cidade nesta semana, o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, apareceu nas redes sociais nesta manhã, para dizer que a tortura no trânsito vai continuar neste sábado de compras - a primeira parcela do 13º terceiro salário para os trabalhadores pagadores de pesados impostos dos políticos caros, funcionários públicos e das obras que fazem, foi paga ontem.

O comércio está com dois corações: se reclama é visto como o que pede melhorias e na hora em que elas são implantadas, reclama. O comércio não está reclamando das melhorias, mas o timming delas, justamente quando pode ganhar algo a mais, numa época supostamente gorda para seus negócios e contraditoriamente ao prefeito, de aumento de arrecadação.

Feita esta observação, outra: o trânsito que no primeiro dia foi um caos, pelo menos depois das queixas múltiplas da sociedade via as redes sociais e aplicativos de mensagens, bem com o comentário daqui, porque em outros veículos, tudo ficou em um constrangedor e cúmplice silêncio, está sob organização mínima da Ditran.
Herculano
01/12/2018 08:19
O LIMITE DO PERDÃO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

STF forma maioria para reafirmar prerrogativas do Executivo

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal concluiu nesta semana que a definição de regras para concessão de perdão a condenados faz parte das prerrogativas garantidas pela Constituição brasileira ao presidente da República.

Segundo eles, não cabe ao Poder Judiciário interferir nos critérios que forem estabelecidos pelo chefe do Executivo, mesmo que lhe pareçam benevolentes demais.

A questão foi debatida pela corte em razão da controvérsia criada por um decreto publicado pelo presidente Michel Temer no fim de 2017, quando o emedebista achou conveniente afrouxar ?"em demasia, diga-se?" os requisitos para o tradicional indulto natalino.

O texto permitia a libertação de pessoas que tivessem cumprido apenas um quinto da pena e abria caminho para que condenados por crimes de colarinho branco, como corrupção e lavagem de dinheiro, voltassem às ruas mais cedo.

A generosidade pareceu excessiva à Procuradoria-Geral da República, que recorreu ao STF contra a medida. Para o Ministério Público, Temer abusara de suas atribuições ?"fixara regras tão indulgentes que tornariam ineficazes as penalidades previstas pela legislação.

O Supremo então brecou a iniciativa, suspendendo os efeitos do decreto presidencial. Em março, o relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, determinou a adoção de exigências mais rigorosas para concessão dos seus benefícios.

Submetida ao plenário da corte, a decisão do magistrado começou finalmente a ser examinada nesta semana. Dos 11 ministros, 6 votaram a favor das prerrogativas do presidente e contra Barroso até o julgamento ser interrompido, na quinta (29).

É justa a indignação popular com a corrupção e a impunidade dos poderosos, mas não parece razoável que, a pretexto de aplacá-la, a mais alta instância da Justiça do país se afaste dos limites estabelecidos pela Constituição para interferir em atribuições do Executivo, a ponto de reescrever um decreto.

Se confirmada a inclinação da maioria do tribunal pela autocontenção, como se prevê, o mandatário voltará a ter a segurança necessária para adotar as regras que julgar apropriadas para o indulto.

O mesmo valerá para Jair Bolsonaro (PSL), que se declara contrário a qualquer tipo de alívio nas penas dos condenados e diz que não concederá perdão a ninguém.

O julgamento do decreto só não foi concluído porque o ministro Luiz Fux o interrompeu com um pedido de vista, alegando a necessidade de estudar melhor o caso.

Ao fazê-lo num momento em que o desfecho se tornara previsível, Fux pareceu agir com o único objetivo de protelar a medida. Embora comum na corte, é o tipo de atitude que só contribui para minar a credibilidade da instituição.
Herculano
01/12/2018 08:06
DNA

Uma nota com este titulo na sua coluna na internet, Paulo Prisco Paraíso, resume o que venho escrevendo aqui, faz tempo.

DNA

Não se discute a competência de Paulo Eli, técnico da área e hoje secretário da Fazenda. Mas também não dá pra negar sua histórica e longa ligação com o MDB. Eli foi braço direito de Paulo Afonso Vieira, lá nos anos 1990, e agora é um dos principais secretários da gestão-tampão de Eduardo Pinho Moreira. Se confirmar a continuidade dele no cargo, Carlos Moisés trará o MDB para o centro do seu governo.

Volto. Só para lembrar: o servidor da Fazenda de Santa Catarina, nascido no Piaui, ex-governador Paulo Afonso Afonso Vieira, MDB, foi quem quebrou o estado e deixou uma conta que está por vir - que se rola no Judiciário - que é a tal Invesc.

Outra. Mesmo trazendo o MDB para o centro do governo, Moisés não tetá a maioria na Assembleia onde tudo será decisão para as mudanças que desenha no grupo de transição.

Outro calo de Moisés será Lucas Esmeraldino, presidente do partido, que renunciou a vereador em Tubarão e quer ser estrela do novo governo. Então...

Se Jair Messias Bolsonaro, PSL, dá contornos ao governo e cala a boca de seus mais críticos, em Santa Catarina o comandante Moisés vem demonstrando que é um incendiário ao invés de um bombeiro. E quem vai pagar a conta é o catarinense mais uma vez, no presente, e principalmente comprometendo o futuro ainda mais do que já está comprometido pelos desastrosos governos de Luiz Henrique da Silveira, MDB, e principalmente de Raimundo Colombo, PSD.
Herculano
01/12/2018 07:43
CUMPLICIDADE SóRDIDA

De J.R.Guzzo, de Veja, no twitter

Michel Temer termina seu governo de maneira especialmente sórdida: em cumplicidade com os gângsters que fazem a maioria atual do STF, perdoou 22 criminosos condenados por corrupção. Temer e o Supremo cospem nos eleitores brasileiros que acabam de votar pelo fim da roubalheira.
Herculano
01/12/2018 07:15
AS PERIGOSAS TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO DA FAMÍLIA BOLSONARO, por Raquel Landim, no jornal Folha de S. Paulo

Presidente eleito e seus filhos parecem não perceber que agora representam o povo brasileiro

O vereador Carlos Bolsonaro (PSL) fez uma acusação gravíssima nesta quarta-feira (28) em uma rede social. Segundo ele, a morte do presidente eleito Jair Bolsonaro interessaria "não apenas aos seus inimigos, mas também aos que estão muito perto, principalmente após sua posse".

Se houvesse alguma chance de ser correto o que ele diz, as ações despencariam, o dólar dispararia, os veículos de comunicação estariam em polvorosa e as forças de segurança deveriam ser acionadas. Afinal, estaria em risco a segurança do futuro mandatário do país.

O vereador, contudo, faz suas acusações levianamente. Apenas pede aos seus seguidores que "pensem e entendam o enredo diário". Ou seja, que deduzam pelos acontecimentos que se algo parece ser verdade, deve ser verdade. Difícil um caso que encaixe melhor no conceito de fake news.

As irresponsáveis declarações de Carlos, que chegou a ser aventado pelo pai para ocupar a secretaria de Comunicação do novo governo, foram apenas um exemplo das teorias conspiratórias da família Bolsonaro.

Muito mais grave do que isso, por causa das suas consequências práticas, foi a decisão do presidente eleito de retirar a candidatura do Brasil para sediar a COP-25, conferência anual da ONU de combate ao aquecimento global, que acontece em 2019.

Bolsonaro formou sua convicção com base numa estapafúrdia ideia de que o Acordo de Paris ameaça à soberania nacional, porque envolve o chamado "triplo A" - uma faixa de preservação ambiental que englobaria a Amazônia, os Andes e o oceano Atlântico.

O presidente eleito insiste nessa história desde a campanha, mesmo já tendo sido esclarecido mais de uma vez por autoridades e órgãos de imprensa que o tratado simplesmente não prevê nada disso.

Com base em maluquices como essa e inspirada numa direita radical que ignora evidências científicas, a família Bolsonaro já foi responsável pela indicação de dois ministros polêmicos em áreas sensíveis: o diplomata Ernesto Araújo, no Itamaraty, e o professor Ricardo Vélez, no ministério da Educação.

O presidente eleito e seus filhos - os três políticos com mandatos eletivos e próximos ao pai -parece que ainda não se deram conta de que agora representam o governo brasileiro. Decisões de políticas públicas não podem ser tomadas com base em teorias conspiratórias, mas, sim, em dados, evidências e análises aprofundadas. Eles precisam entender isso rapidamente, sob o risco de enorme prejuízos aos país ou de a sociedade simplesmente parar de levá-los a sério.
LEO
30/11/2018 21:45
NA ÚLTIMA SEÇÃO DA CÂMARA DE VEREADOR. EU ESCUTEI O RELATO DA VEREADORA MARÍLUCI. SOBRE UMA REUNIÃO COM O PREFEITO, NA ESCOLA OLÍMPIO MORETTO NO GASPAR GRANDE.AONDE A COMUNIDADE NÃO ACEITOU A PRESENÇA DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO.ISTO JÁ VIROU ROTINA.VÁRIOS DIRETORES E MEMBROS DE APPS DE CDIS E ESCOLAS,ESTÃO MARCANDO REUNIÕES COM O PREFEITO.PORQUE A SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO ESTA COM FAMA DE S?" ENROLAR.O MAIS ENGRAÇADO QUE AS COISAS QUE SÃO PEDIDAS PARA A SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO .ELA FALA QUE NÃO DA PORQUE NÃO TEM DINHEIRO.OS MAIS ESPERTOS VÃO FALAR COM O PREFEITO QUE AFIRMA QUE VAI SER FEITO SEM CONSULTAR A SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO, QUE ESTA VIRANDO UMA FIGURANTE NO GOVERNO.JÁ ESTA NA HORA DA SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO ENTREGAR O CARGO.PARA DEIXAR ALGUÉM MELHORAR A EDUCAÇÃO DE GASPAR.
Herculano
30/11/2018 17:04
da série: a crise econômica ajudou, mas o oligopólio e o péssimo atendimento, bem como a mudança de hábitos com a tecnologia foram também determinantes.

TV PAGA JÁ PERDEU MAIS DE 2 MILHõES DE ASSINANTES NO BRASIL, por Maria Cristina Frias, no jornal Folha de S. Paulo

Perda de clientes permite que donas dos canais cobrem mais caro das operadoras, diz executivo

Mais de 2 milhões de assinantes deixaram de ser clientes de TV paga entre março de 2015, auge do setor, e outubro deste ano. É uma queda superior a 10% da base de clientes. Os dados são da Anatel, a agência de regulamentação.

O serviço por satélite, que é tradicionalmente mais usado por consumidores de entrada, perdeu 2,4 milhões de famílias - outras tecnologias compensaram parte dessa redução.

A crise econômica explica o desempenho, de acordo com a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura).

Aliado à recessão, há o receio de inadimplência, que fez as operadoras cortarem as ligações dos assinantes com agilidade e serem criteriosas na hora de aceitar clientes, segundo Oscar de Oliveira, presidente executivo da entidade.

"A troca de TV paga por consumo pela internet não explica, nesse momento, os resultados. Por enquanto ainda há muita complementaridade."

Os números devem melhorar nos próximos anos, com uma retomada econômica, diz.

A perda de clientes fez com que as programadoras (donas dos canais) passassem a cobrar mais caro das operadoras, segundo um executivo que não quer ser identificado.

O preço é mais baixo se a base de assinantes for maior. Os termos dos contratos têm sido rediscutidos.
Para produtoras de conteúdo, a queda da TV paga e o crescimento do streaming fazem com que o licenciamento seja negociado de uma vez só, segundo Cláudio Lins de Vasconcelos, advogado do escritório que leva seu sobrenome.

"Antes, os produtos eram negociados na TV fechada e depois nos canais abertos. Agora é uma rodada só."
Herculano
30/11/2018 15:39
O TERREMOTO DO BRASIL

Conteúdo de O Antagonista. Jair Bolsonaro indicou para seu governo os seguintes veteranos da missão brasileira no Haiti: general Augusto Heleno, general Azevedo e Silva, general Santos Cruz, general Floriano Peixoto, general Edson Pujol e capitão Tarcísio Freitas.

Além deles, o general Ajax Pinheiro, que também participou da missão no Haiti, foi posto no gabinete de Dias Toffoli.
Herculano
30/11/2018 15:38
NO PIRÃO DOS PRIVILEGIADOS, A FARINHA VEM DOS POBRES A QUEM OS PRIVILEGIADOS DIZEM DEFENDEREM. DODGE RECORRER DO STF PARA EVITAR QUE DERRUBADA DO AUXÍLIO-MORADIA ALCANCE MINISTÉRIO PÚBLICO

PGR utiliza argumento processual, diz que decisão de Fux vale para juízes e não pode ter efeito para toda carreira jurídica, escreve Márcio Facão, do Jota, um blog especializado em conteúdos do judiciário brasileiro

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recorreu ao Supremo Tribunal Federal para tentar impedir que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux que, na última segunda-feira (26), revogou o pagamento do auxílio-moradia alcance integrantes em todas as carreiras jurídicas, inclusive procuradores e promotores.

Dodge utiliza um argumento processual, segundo o qual decisões judiciais tomadas em ações originárias somente produzem efeito para as partes. No agravo interno, Raquel Dodge não entra no mérito, na legalidade ou constitucionalidade do recebimento do auxílio. A chefe do MPF sustenta apenas que a decisão não poderia alcançar outras carreiras que não integram o polo ativo da ação, que foi proposta por oito juízes federais contra a União.

A PGR destaca que o pagamento do auxílio a integrantes do Ministério Público tem como base a LC 75/1993 e na Lei Orgânica do Ministério Público. "Apesar da relevância e da repercussão do decidido nesta AO 1773, é intuitivo que não se trata de julgado em controle de constitucionalidade, tampouco de pronunciamento em processo julgado sob a sistemática de repercussão geral, não havendo efeitos vinculantes e que transcendam as partes da demanda", reiterou Raquel Dodge.

A PGR sustenta que, especificamente quanto ao pagamento para membros do Ministério Público, o assunto está sendo tratado na ADI 5.645, ainda pendente de julgamento pela Corte. No recurso, Raquel Dodge pediu que o ministro reconsidere a decisão ou remeta o assunto ao Plenário.

Na segunda-feira, Fux revogou as liminares que autorizaram o pagamento do auxílio-moradia para o Judiciário, o Ministério Público e tribunais de contas. (leia a íntegra da decisão) A medida também terá efeitos para Defensorias Públicas, aos Tribunais de Contas e a "qualquer outra carreira jurídica" pode atingir, também, a Advocacia-Geral da União (AGU), que é do Executivo, por exemplo.

O fim do auxílio-moradia, entretanto, só ocorrerá a partir do ano que vem, quando o aumento para a magistratura for efetivado nos contracheques. A derrubada das liminares, em vigor desde setembro de 2014, acontece após o presidente Michel Temer e o presidente do Supremo, Dias Toffoli, e o próprio Fux, acertarem que a sanção do aumento de 16,38% seria efetivada caso houvesse a derrubada do auxílio, que é de R$ 4,3 mil.

Temer sancionou o reajuste nos salários dos ministros do STF, que representam o teto do funcionalismo público e passam de R$ 33,7 mil para R$ 39 mil. A publicação deve ocorrer no Diário Oficial da União desta terça-feira. A caneta do presidente ocorreu antes de Fux assinar decisão revogando as liminares do auxílio. O despacho do STF, inclusive, já trazia o número da lei da sanção.
Herculano
30/11/2018 13:12
OBRAS MINGUANTES, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Investimento público chega ao menor patamar já medido no país

O período dos militares no poder esteve associado ao pico histórico das obras públicas no país, quando os investimentos da União e de suas estatais, dos estados e dos municípios chegaram a somar mais de 10% do Produto Interno Bruto.

Carrega algum simbolismo, assim, a indicação de Tarcísio Gomes de Freitas, formado pelo instituto de engenharia do Exército, para a chefia da pasta da Infraestrutura no governo Jair Bolsonaro (PSL). Mas não muito mais que isso.

Por qualificado que seja o escolhido, e por estratégico que pareça o setor aos oriundos da caserna, a depauperação do Orçamento não permite que se prometa nem mesmo a recuperação dos já modestos patamares anteriores à recessão econômica ?"que dirá os recordes dos anos 1970.

Freitas não comandará um superministério, como chegou a especular o entorno bolsonarista.

Em vez de integrar à pasta outros órgãos, o presidente eleito preferiu simplesmente dar um novo nome ao atual Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.

Na presente configuração da Esplanada, a pasta detém o maior volume de recursos para investimentos. Nesse tipo de gasto, que compreende obras e equipamentos para ampliar a capacidade produtiva do país, desembolsou R$ 13 bilhões nos últimos 12 meses, quase um quarto dos R$ 54,1 bilhões a cargo do Tesouro (valores corrigidos).

Trata-se, em qualquer comparação, de cifras insatisfatórias e minguantes. Em 2014, antes do agravamento da crise orçamentária, o governo investia R$ 100,3 bilhões.

Se acrescentadas as contribuições das empresas federais e dos governos estaduais e municipais, o montante rondou os R$ 120 bilhões no ano passado, ou 1,8% do PIB ?"o menor percentual verificado em série histórica elaborada pela Fundação Getulio Vargas, que tem início em 1947.


Estimativas apontam que o volume atual é insuficiente até para compensar a depreciação do estoque de capital. Em português claro, para manter a solidez de rodovias, ferrovias e viadutos.

Privatizações e parcerias podem, decerto, atenuar o problema. Mas todo o setor público precisará conter a expansão das despesas obrigatórias, em especial com salários e aposentadorias, se quiser recuperar a capacidade de investir.

A opção de recorrer ao endividamento, que levou o país à breca na ditadura militar, também se esgotou com a ruína da gestão petista.
Paulo Fenandes
30/11/2018 12:14
Herculano,

Vc é bom em tentar criar factoides, vc já sabe que o Dr. Silvio continuará presidente da Càmara, esse foi o acordo para ele trair o prefeito Kleber.
Renato
30/11/2018 09:03
Faltou um questionamento ao presidente da câmara: O porque de tanta troca de servidores sob seu mandato e sua gestão. Já está no terceiro assessor, assessor de imprensa em menos de um ano passaram 4 profissionais, nem o assessor do vereador mirim aguentou. Será que não consegue trabalhar em equipe e liderá-la?
Herculano
30/11/2018 07:50
BOLSONARO E O GASTO EM SAÚDE E EDUCAÇÃO, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Equipe do presidente pode mudar piso de despesa social e reajuste de aposentadorias

Gente curtida no trabalho de aprovar reformas importantes diz que o Congresso não digere a tramitação de mais do que dois projetos grandes ao mesmo tempo.

Grandes como o quê? Por exemplo, uma reforma da Previdência e um pacote de segurança pública, para dar um exemplo baseado em intenções de Jair Bolsonaro.

A equipe econômica do presidente eleito parece ter ambições maiores, de mexer até em reajuste de aposentadoria e em gasto mínimo com saúde e educação.

No início de 2019, quer levar ao Congresso uma reforma da Previdência mais ou menos à moda daquela de Michel Temer, mas também a refundação previdenciária para o futuro (o regime de capitalização, de poupança individual para a aposentadoria).

Agora, estuda ainda um plano de desindexação das despesas com benefícios previdenciários, saúde e educação.

Trocando em miúdos: em situação excepcional ou de risco de estouro de limite de despesas, do "teto de gastos", não haveria reajuste do benefício previdenciário nem pela inflação. Além do mais, poderia ser revogada ou suspensa a exigência de gastos mínimos com educação e saúde.

Tudo isso depende também de reforma constitucional, 308 votos na Câmara, duas votações em cada Casa do Legislativo, uma dificuldade imensa, como qualquer leitor de jornal está cansado de saber.

A Constituição determina a manutenção do valor real dos benefícios previdenciários (isto é, reajuste ao menos pela inflação). A emenda constitucional do "teto" acabou com a obrigação de gastar uma certa fatia da receita federal com saúde e educação, mas exige pelo menos o desembolso do equivalente à despesa de 2017 nessas áreas, corrigida pela inflação, mudança aprovada por Temer em 2016.

Não está claro se essas reformas novas entrariam em uma fila de projetos do Ministério da Economia. Poderia ser o caso de tocar a Previdência, em primeiro lugar, seguida talvez da desvinculação de gastos, continuando pela tentativa de reforma tributária e, depois, da mexida em carreiras e salários dos servidores, para tratar apenas dos rolos maiores. É apenas um exemplo.

O pessoal curtido em reformas, gente que trabalhou em equipes econômicas de mais de um governo, fica impressionado com a ambição. Esse seria um programa para anos, um mandato inteiro ou mais, diz um desses veteranos de batalhas parlamentares.

Um outro acredita que mesmo a tramitação da reforma previdenciária de Temer, já mastigada no Congresso, tomaria metade do ano. Uma reforma maior, começando do zero, como a planejada pelo pessoal de Bolsonaro, poderia levar mais de ano.

O fato de o presidente estar fresquinho, tendo sido recém-eleito por maioria folgada, não ajuda? Sim, desde que:

1) aproveite a força política para aprovar um assunto complicado por vez, de preferência começando com a reforma previdenciária que já tramita no Congresso;

2) crie logo uma coordenação política crível;

3) tome cuidado ao se envolver em um confronto sanguinolento pelas presidências da Câmara e do Senado, que pode criar desafetos demais para Bolsonaro.

Esse é apenas o filé das mudanças. Ainda haveria privatizações por fazer, um projeto de abertura comercial que terá oposição amarga de setores industriais, um superministério para organizar e a administração do dia a dia de uma economia em estado crítico.

É uma ambição rara de ver, para comentar a coisa em tom otimista.
Herculano
30/11/2018 07:47
UM PERIGO

De Carlos Andreazza, livreiro, no twitter

Filho de presidente não é profissão. Mas perigo. Filho de presidente não é poder, mas proximidade ao poder. Isso atrai de tudo; todo tipo de interesses. Quando o filho não tem reserva em se valer desse acesso privilegiado para se impor, aí... Aí, parceiro, não tem como dar certo.
Herculano
30/11/2018 07:45
ISSO NÃO VAI DAR CERTO

A imprensa catarinense - no que tange à crítica e à investigação - melhorou muito com a saída da RBS - a que fazia do silêncio no jornalismo um negócio. Mas, não muito.

Ela está tonta, ou não está enxergando que o governador eleito Carlos Moisés da Silva, PSL, ao contrário de Jair Messias Bolsonaro, PSL, está sem rumo na montagem do próximo governo.

O estado está quebrado. Isto ficou claro na campanha. Sempre escrevi aqui muito antes de se explicitar isso nas manchetes da mídia tradicional - apesar de não ser o meu foco que fica restrito a Gaspar e Ilhota - para desespero dos políticos e da própria imprensa que dá bola para versões oficiais e não pesquisa os números disponíveis em várias fontes oficiais.

Agora, o novo governo catarinense ter como núcleo econômico e administrativo o pessoal da Universidade Federal - uma ilha de ineficiência e de pensamento retrógado e reprovado nas urnas - e do pessoal da Fazenda estadual - co-responsável pela quebradeira do estado e que vem desde um membro saída da secretaria, o exe-governador Paulo Afonso Vieira, MDB, isso já é para lá de flertar com o perigo, e sim abraça-lo com todas as consequências.

Não há nenhuma novidade ou ruptura ao que levou Santa Catarina ao buraco financeiro e administrativo. É mais do mesmo, com o agravante, de que a única ruptura que o novo governador se ensaiou, foi a política. E mesmo assim, de duvidosa articulação. Isso pode lhe custar caro na governabilidade mínima.

O comandante Moisés caminha para ficar isolado no comando com as fogueiras que lhe armaram ao redor dele. Falta-lhe experiência e na falta dela, não se cercou de gente experiente, como Bolsonaro fez com pelo menos dois nomes: Paulo Guedes e Sérgio Moro para estancar dúvidas ao redor de outros nomes e atitudes que poderiam tomar conta dos questionamentos.

Bolsonaro respondeu antes da posse, ao menos, duas questões cruciais de mudanças exigidas pelo eleitorado: melhora da economia e combate à corrupção com melhoria na segurança pública (violência).

O que de verdade o futuro governador de Santa Catarina sinalizou à sociedade como mudança que ela traduziu nas urnas?

Nem tudo está perdido. Mas, a bússola está com o ponteiro doido.
Herculano
30/11/2018 07:28
ISSO NÃO VAI DAR CERTO II

Quando a sociedade perde a confiança na Justiça e no Judiciário caro, lento e corporativo, como um meio de produzir justiça, mesmo que tarde - o que por si só é uma injustiça -, é um sinal muito perigoso.

Não importa que essa sensação seja imprópria ou falsa. É uma percepção. E os operadores do Direito pouco fazem para mudá-la, o que é mais perigoso ainda.

Foi essa percepção de roubo e descontrole generalizado que mudaram os rumos e houve votos maciços em candidatos fora dos partidos tradicionais, porque eles davam a sensação - ao cidadão e eleitor - de estarem - os partidos e os candidatos - menos contaminados com o enredo de lama que os cercam.

Também era uma forma de revolta, de recado claro - e não cifrado, como alegam alguns - um fato que não resolve.
Estamos caminhando para o desconhecido, ou o conhecido que já não deu certo em outras ocasiões. Entretanto, o que é certo, é que estamos caminhando ou estamos numa ruptura.

Concluo essa observação de preocupação com a Justiça brasileira com a seguinte frase que encontrei hoje no twitter de Mário Sabino, ex-editor de Veja e hoje proprietário e editor da revista eletrônica, Cruzoé, Mário Sabino.

"A operação Lava Toga é uma das prioridades nacionais".

Wake up, Brazil!
Herculano
30/11/2018 07:17
POLÍCIA, CHICAGO E CASERNA, por Reinaldo Azevedo, no jornal Folha de S. Paulo

Ou Bolsonaro devolve a política a seu lugar, ou não há como esse arranjo dar certo

Platão expulsou os poetas de sua "República"; Jair Bolsonaro, os políticos. Vai funcionar? O presidente eleito decidiu lotear o Executivo entre três legendas, e essa tripartição o aprisiona e o faz refém de sua própria concepção de mundo.

Dividirão o poder o Partido da Polícia, liderado pelo indemissível Sergio Moro; o Partido de Chicago, comandado pelo não menos indispensável Paulo Guedes, e o Partido da Caserna, composto pelo generalato da reserva.

Esses anéis de poder representariam o avesso virtuoso da política. Moro é aquele que mandava os políticos para a cadeia e que, já deixou claro, pretende ser juiz informal de seus colegas de ministério. Guedes é o que tem o dever de arrumar as contas que aqueles teriam destroçado. E os militares entram como a força incorruptível, despida de egoísmo.

Ecoam, na visão bolsonariana, o país edênico da ditadura militar, com serviços públicos eficientes, escolas sem partido, pleno emprego, menino brincando de bola, e menina, de boneca. Cada coisa em seu lugar.

Nada que lembrasse, note-se à margem, a mesa com que Bolsonaro recepcionou John Bolton em sua casa: bolo de fubá, café, marxismo cultural, celular, suco de laranja na caixinha, banana, Cuba, tela de computador, manteiga a céu aberto, Israel, Pabllo Vittar, Danoninho, Venezuela, água de coco, ideologia de gênero, queijo em isopor de padaria, Gramsci... Um caos de ofertas claras. Abarrotada, não havia lugar naquela mesa para uma ideia que fosse. Mas volto ao ponto.

Bolsonaro se dedica a uma arquitetura que sobreviva a si mesmo. E isso, então, escreveria a sua biografia de estadista inaugural. O presidente eleito integra a galeria dos governantes que ambicionam nascer póstumos.

Importa a ele menos a administração cotidiana do país, com sua pauta e rotina de dificuldades, do que a suposta grande obra que, na sua imaginação, os pósteros hão de reconhecer.

Ele ainda nem tomou posse, mas já vê a si e à sua herança pelos olhos das gerações futuras. Não por acaso, resolveu ecoar uma afirmação perigosa de Carlos Bolsonaro, um dos filhos, segundo quem há pessoas próximas interessadas na sua morte. Esses temperamentos têm atração intelectual pelo trágico.

Nas democracias bem-sucedidas, governantes são eleitos para tentar melhorar os marcos institucionais, aumentar a eficiência da máquina, elevar o bem-estar da população, fazer reformas pontuais etc. Essas chatices.

Nada ambicionam de extraordinário. Levam a vida a simular modorra mesmo em tempos de grande agitação. É o caso de Theresa May, a enfrentar a sandice vitoriosa do Brexit. São os tipos que prefiro. Esforçam-se para conferir uma aparência de rotina à gestão, ainda que os problemas sejam invulgares.

E há os líderes à moda Bolsonaro, Lula ou Donald Trump, cada um com suas peculiaridades, determinados a deixar a sua marca. Podem ser tipos perigosos - às vezes, também para si mesmos, como sabe o ex-presidente brasileiro.

O petista exorcizava a dita herança maldita; Trump quer a "América grande outra vez", já que teria sido amesquinhada por Obama, e o capitão anuncia que vai tirar o Brasil do caos, para onde o teriam conduzido a corrupção dos políticos, o marxismo e o globalismo. Se não o matarem, ele alerta.

Acontece que não basta prender mais alguns corruptos ou organizar expedições punitivas nos morros do Rio e periferias das grandes cidades. Igualmente ineficaz será produzir diagnósticos cuja síntese pode ser esta: "O Brasil precisa parar de gastar mais do que arrecada".

Não menos ocioso será tingir de verde-oliva a infraestrutura capenga do país, sob o olhar atento de militares vigilantes e certamente bem-intencionados. Onde está o dinheiro?

Na arquitetura de poder de Bolsonaro, os partidos da Polícia, de Chicago e da Caserna se encarregam de governar, e aos políticos, expulsos de uma República já sem poetas, caberia a missão patriótica de aprovar os tais "remédios amargos", que dariam eficiência aos poderosos de fato.

Fiel à sua visão de mundo, o presidente eleito pôs um general para dividir com um civil a tarefa de negociar com o Congresso.

Ou Bolsonaro devolve a política a seu lugar, ou não há como esse arranjo dar certo. Nascerá póstumo no pior sentido. Para o mal de todos.
Lucimara Rozanski sillva
30/11/2018 07:16
Deixo o meu agradecimento ao presidente da Câmara dr Silvio.Pelo seu trabalho e dedicação em prol pé a cidade e principalmente por oportunizar ao Sintraspug acesso ao gabinete, algo que em outros mandatos por vezes era dificultado.E claro principalmente por reconhecer e apoiar as lutas dos trabalhadores no serviço publico de Gaspar, que sofrem retiradas de direitos e que cada dia mais judicializam direitos básicos por falta de respeito dos gestores da administração publica de Gaspar.
Herculano
30/11/2018 07:02
Ao que se diz Alexandre Campos

1. Este é o jogo jogado. É válido. E é preciso aplaudir

2. O que não é válido é se insistir em esconde-lo como se quer ou se faz. Afinal, se é jogado e limpo, o que se esconde? Ou não é jogado ou não é limpo. Simples assim.

3. A transparência faz parte do jogo para que os eleitores e eleitoras possam avaliar a jogada e os jogadores nas próximas eleições. Simples assim! Acorda, Gaspar!
Herculano
30/11/2018 06:43
MINISTRO E Nº 2 DA FAZENDA TRAVAM GUERRA PESSOAL, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O ministro Gilberto Occhi (Saúde) e a secretária-executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, têm travado uma guerra de contornos pessoais que foi parar na Justiça. Após Occhi deixar a presidência da Caixa, passou a ser investigado em auditoria a mando de Vescovi, que preside o conselho de administração do banco, ignorando trâmites usuais. Revoltado, Occhi decidiu processar Vescovi por dano moral.

À ESPERA DE CONVITE
Membros do conselho acreditam que Vescovi criou a auditoria para se cacifar junto a Bolsonaro esperando convite para presidir a Caixa.

DE OLHO NO CARGO
Tem sido atribuída a Ana Vescovi manobra para alterar o estatuto a fim de retirar do Planalto a prerrogativa de nomear presidente da Caixa.

PALAVRA DE DELATOR
O doleiro Lúcio Funaro acusou Occhi, em delação, sem apresentar provas, de ter "meta de propina" quando vice-presidente na Caixa.

SEGREDO DE JUSTIÇA
O ministro Gilberto Occhi deixou a Caixa em abril e disse não poder se pronunciar sobre o caso, por tramitar em segredo de Justiça.

ALIADOS DE MAIA JÁ O ACHAM 'BOLSONARISTA DEMAIS'
O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) se aproximou tanto do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), com o objetivo de garantir sua reeleição como presidente da Câmara, que aliados mais antigos já ameaçam desembarcar do seu projeto. Deputados do PT, PDT e do MDB já acham Maia "bolsonarista demais", por isso consideram apoiar outro postulante. Caso não abra o olho, Maia pode até perder o cargo.

NEM PENSAR
Perderá quem aposta em briga de Bolsonaro e Rodrigo Maia: fazem política no Rio, convivem há anos na Câmara, torcem pelo Botafogo.

VOTOS E INTRIGAS
Os candidatos a presidente da Câmara estão em campanha aberta desde o fim do segundo turno. Pedem votos e fazem intrigas.

RAMALHO NA LUTA
Um dos mais ativos rivais de Maia na disputa é o atual primeiro-vice-presidente, deputado Fábio Ramalho (MDB-MG).

CORRUPÇÃO CONTAGIOSA
Estão com as barbas de molho os governantes estaduais que optaram por adesão a ata de preços em contratos do governo Sérgio Cabral, no Rio de Janeiro. No DF, dois ex-secretários de saúde foram presos nesta quinta (29). Teriam sido abduzidos pela ladroagem de Cabral.

SE ERA POR FALTA DE PEDIR...
Em um mês, o governador eleito do DF, Ibaneis Rocha, foi mais vezes ao Palácio do Planalto que o atual, Rodrigo Rollemberg, em quatro anos. Só para Saúde, ele já garantiu um reforço de R$840 milhões.

FALTOU OUSADIA A BOLSONARO
Ex-ministro da Infraestrutura do governo Collor, quando a palavra ainda era separada por hífen, João Santana acha que a pasta recriada por Bolsonaro está "fraquinha", apenas com a área de transportes. Na sua opinião, deveria ganhar o reforço de Comunicações e Minas e Energia.

AGORA É TARDE
Quando desceu a rampa interna do Planalto para a festa do Mérito Cultural, quarta (28) à noite, o presidente Michel Temer foi saudado por grande parte do PIB paulista. Alguns até sapecaram um "fica, Temer".

PARECE TRADIÇÃO
Presidentes da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, Jorge Picciani e Paulo Melo, e governadores do estado, Cabral, Luiz Pezão e o casal Garotinho; todos passaram pela cadeia.

RIO 40 MILHõES
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, recebeu entre 2007 e 2014 mais de R$ 40 milhões, em diversos pagamentos, mensalões, comissões, todo tipo de safadeza, dizem investigadores da Lava Jato.

CIDADE-FORTALEZA
Buenos Aires virou uma cidade-fortaleza, para receber a reunião do G-20, nesta sexta (30). Donald Trump (EUA), Vladimir Putin (Rússia) e Xi Jinping (China), além de Michel Temer, são esperados no encontro.

PONTO FINAL
A última data da Eleição 2018 é 18 de janeiro de 2019, data a partir da qual urnas são deslacradas, mídias apagadas, papéis descartados. É o fim de tudo que não estiver sendo discutido na Justiça.

PENSANDO BEM...
...democracia é prender governador investigado por corrupção e não soltar ex-presidente corrupto.
Herculano
30/11/2018 06:36
da série: uma forma de governar que continua na maioria dos estados e municípios brasileiros e desafiando os pagadores de pesados impostos que não conseguem o mínimo de retorno do que pagam aos cofres públicos

PROPINA NO RIO TEVE TRANSIÇÃO E VIROU POLÍTICA DE ESTADO, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Delator conta que Cabral repassou planilha de pagamentos ao sucessor Pezão

Antes de deixar o Palácio Guanabara, Sérgio Cabral cumpriu os rituais de transição com o sucessor Luiz Fernando Pezão. O então governador se reuniu com empreiteiras para pedir que todas mantivessem o sistema de pagamento de propinas que havia abastecido seu bolso nos anos em que comandou o Rio.

O esquema narrado pelo delator Carlos Miranda a procuradores mostra como a corrupção se tornou uma política de Estado na administração fluminense. Segundo investigadores, Pezão recebeu como herança de Cabral a chefia da organização criminosa ao assumir o poder.

O depoimento de Miranda, dado no ano passado, serviu de base para a operação que prendeu o atual governador nesta quinta (29). Outros três mandatários já haviam sido presos no exercício do cargo. Um deles foi José Roberto Arruda, gravado no escândalo do mensalão do DEM.

O delator era considerado o "gerente" da distribuição de dinheiro do esquema. Ele contou que, em 2014, Cabral pediu uma lista das pessoas que eram beneficiadas pelos pagamentos ilegais. A planilha somava repasses de R$ 1,5 milhão por mês - dos quais R$ 150 mil seriam de Pezão.

Miranda disse que o governador repassou a tabela ao sucessor. "Depois de Cabral sair do governo, os pagamentos se inverteram. Pezão passou a enviar a Cabral R$ 400 mil mensais", declarou o delator.

Nos últimos anos, o Rio viu serem levados para a cadeia um ex-governador, o presidente da Assembleia Legislativa, dez deputados, um procurador-geral e cinco dos seis conselheiros do Tribunal de Contas. Os investigadores afirmam que, mesmo assim, o saque ao estado não parou.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse que Pezão assumiu de vez a liderança do esquema depois da prisão de seu padrinho.

A parceria entre os dois continuou ativa. Quando Cabral foi punido após se desentender com promotores dentro do presídio, Pezão decidiu interceder. Em um telefonema grampeado, prometeu: "Vou entrar no circuito, tá bom?".
Alexandre Campos
29/11/2018 22:35
Prezado Herculano

Como sempre tocando nas feridas do Poder, por isso lhe odeiam, mas o povo lhe agradece.

Quanto a suposta futura maioria, não saiu barato ao Poder de plantão. O mais barato foi encurralar um certo Vereador dono de uma cachaceira irregular da José Schmitt Sobrinho, ou vota com o governo ou fechamos seu negócio paralelo, mas parece que há denúncia no MP e vai de ser pros 2 lados.
O segundo aliado, exigiu uns 10 ou mais cargos, tirando a teta de aliados como o de um cunhado de um Vereador ex presidente da Casa e do MDB. Este possível aliado ex defensor e que ocupou cargo no primeiro do PT faz plano para reeleição, mas corre o risco de morrer na casca. E tudo ficou igual à antiga Brasília, o tal de toma lá dá cá. Vergonha vereador e Kleber.
Herculano
29/11/2018 20:32
AMOR É REAL

Do filósofo Luiz Felipe Pondé, no twitter

O amor é concreto como o dia a dia. Engana-se quem o considera abstrato e fantasioso. O amor só se conhece pelos frutos. Isso implica que não há propriamente uma percepção do amor que não seja prática. O gosto do amor é a confiança nas coisas que ele dá a quem o experimenta.
Herculano
29/11/2018 20:32
PRIVATIZAÇõES DE TODAS AS ESTATAIS RENDERIAM R$ 802 BI, DIZ PAULO GUEDES

Futuro ministro de Bolsonaro apresentou números do Tesouro Nacional

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Mariana Carneiro e Leandro Colon, da sucursal de Brasília. Números do Tesouro Nacional, apresentados ao futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, indicam que a venda de todas as estatais do governo federal poderiam render R$ 802 bilhões em receitas.

Durante a campanha, Guedes afirmou que esperava arrecadar entre R$ 800 bilhões e R$ 1 trilhão com a a privatização de empresas, com base em levantamentos feitos por duas empresas privadas.

A equipe de Jair Bolsonaro, no entanto, já admite que não será possível vender todas as empresas. O próprio presidente eleito afirmou que não cogita privatizar Banco do Brasil e Petrobras, empresas que ele considera estratégicas.

Um ambicioso plano de privatização, porém, está no radar de Paulo Guedes. Este é um dos pilares do ajuste econômico que ele pretende implantar no governo. A ideia é que as desestatizações abriram caminho para um abatimento da dívida pública, o que reduziria os gastos com pagamento de juros.

A futura equipe econômica estuda vender estatais não de uma tacada só, mas ao longo do tempo, aproveitando uma valorização de ativos que esperam ver com adoção de de sua política econômica.

TETO DE GASTOS
Segundo Guedes, sua equipe estuda formas de aperfeiçoar o teto de gastos do governo, para evitar que o mecanismo de controle das despesas perca a eficácia.

Em conversa com jornalistas, Guedes afirmou que está comprometido com o cumprimento do teto e que estuda formas de reduzir a pressão exercida pela alta dos gastos obrigatórios.

Um integrante da futura equipe econômica afirmara, nesta quarta-feira (28), que há estudos para a formulação de uma emenda constitucional desvinculando e desindexando todo o Orçamento federal. Esse mecanismo, considerado limite, poderia funcionar temporariamente, por cerca de dois anos, até que as despesas não pressionem mais o teto de gastos.
Herculano
29/11/2018 20:21
CÚMPLICE COM GÂNGSTERS

De J.R.Guzzo, de Veja, no twitter

Michel Temer termina seu governo de maneira especialmente sórdida: em cumplicidade com os gângsters que fazem a maioria atual do STF, perdoou 22 criminosos condenados por corrupção. Temer e o Supremo cospem nos eleitores brasileiros que acabam de votar pelo fim da roubalheira.
Herculano
29/11/2018 20:17
da série: se não bastasse a defesa corporativa e de interesses, a ideologia militante - seja de qualquer viés - compromete a imagem institucional do Ministério Público, do Judiciário e dos Tribunais de Contas.

LAUDO APONTA "MILITÂNCIA ESQUERDISTA" DE PROCURADORES QUE COBRAM 100 MILHõES DA HAVAN, por Cláudio Dantas, de O Antagonistas.

Como noticiamos semanas atrás, o Ministério Público do Trabalho ajuizou ação civil pública contra Luciano Hang, com pedido de indenização de R$ 100 milhões por "danos morais coletivos".

O dono da Havan é acusado de coagir seus funcionários a votar em Jair Bolsonaro.

Para se defender, o empresário alega perseguição política e anexa um parecer elaborado pelo perito em crimes digitais Wanderson Castilho.

O documento mostra que cinco dos sete responsáveis pelo ajuizamento da ação possuem algum grau de militância virtual a favor da "agenda esquerdista".

Uma das procuradoras é signatária de um "manifesto contra o golpe", que circulou durante o impeachment de Dilma Roussef.
Herculano
29/11/2018 19:56
OS POLÍTICOS DE MÃOS DADAS COM OS BANDIDOS CONTRA A SOCIEDADE QUE PAGA UM E É ROUBADO POR OUTRO

De João Amoedo, do Partido Novo, no twitter

O indulto coletivo proposto por Temer vai na contramão dos países desenvolvidos, do recado das urnas e libera condenados por corrupção.
Herculano
29/11/2018 19:24
PEZÃO REENCONTRO COMPANHEIROS NA CADEIA, editorial de O Globo

Não se concebe que a cultura criminosa que se consolidou em especial no Rio de Janeiro contamine os novos donos do poder a partir do ano que vem

Durante muito tempo havia a dúvida de, se o ex-governador Sérgio Cabral e seu grupo, composto, entre outros, pela cúpula da Alerj, tinham sido apanhados por investigações anticorrupção, por que o vice Luiz Fernando Pezão passava ao largo de qualquer dissabor. E ainda mais tendo sido secretário de Obras de Cabral, cargo estratégico quando se trata de saquear os cofres públicos.

A pergunta começou a ser respondida quando Carlos Miranda, conhecido como "homem da mala" de Sérgio Cabral, fez acordo de delação premiada com o Ministério Público, na ramificação fluminense da Lava-Jato, e confirmou a suspeita lógica de que Pezão não poderia ter deixado de participar daquele assalto cometido por uma forte quadrilha de colarinhos brancos.

Informações passadas por Miranda se somaram a outras, também concedidas em acordos de colaboração premiada negociados por componentes do grupo da Alerj atingidos por ações anteriores da Polícia Federal. Paulo Melo, Jorge Picciani e Edson Albertassi, deputados estaduais do grupo Cabral, presos, estiveram terça-feira na sede da PF, na Praça Mauá, por nove horas. Sabe-se que ao menos Paulo Melo confirmou a atuação do governador Pezão no esquema.

Até que a denúncia de Miranda, devidamente homologada, levou o ministro do STJ Felix Ficher, relator de outra operação contra corruptos fluminenses, a decretar a prisão do atual governador do estado.

Da cúpula emedebista fluminense que tem atuado no desvio de dinheiro do contribuinte nos últimos anos, a maioria dos comandantes do esquema está trancafiada - embora, dada a extensão desta quadrilha, seja arriscado garantir que todos foram apanhados.

Sabe-se agora que, preso Cabral, o discreto Pezão assumiu o comando das ações e montou seu próprio esquema. Ele mesmo, dizem os investigadores, recebeu, entre mensalões e mensalinhos, R$ 40 milhões, entre 2007 e 2014.

Resta de tudo isso a constatação de que a política fluminense dominante no período da redemocratização, a partir da promulgação da Constituição de 1988, virou ruínas. Dos governadores do Rio neste período, dois estão presos - o atual, Pezão, e o anterior, Sérgio Cabral; e dois já estiveram trancafiados, o casal Anthony e Rosinha Garotinho.

O lado trágico é que o Rio se debate em grave crise fiscal sem que a classe política fluminense, debilitada e conivente com a corrupção, pudesse ou quisesse ajustar as contas do estado, subjugada sob corporações que se beneficiam do desregramento financeiro. Mas, em contrapartida, surge agora como imperativo a necessidade da aplicação de práticas éticas e legais pelos governantes que assumem em janeiro.

Não se concebe que a cultura criminosa que se consolidou em especial no Rio de Janeiro contamine os novos donos do poder a partir do ano que vem. As instituições e a sociedade acompanharão tudo com atenção.
Herculano
29/11/2018 19:17
da série: os bandidos agradecem ao judiciário e a sociedade pagadora de pesados impostos está cada vez mais refém dos bandidos.

STF TEM MAIORIA PARA LIBERAR INDULTO DE TEMER, MAS DECRETO CONTINUA SUSPENSO

Com placar em 6 a 2 pela constitucionalidade do texto, Luiz Fux pediu vista e adiou decisão final

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Reynaldo Turollo Jr, de Brasília. Com maioria de 6 votos a 2 pela constitucionalidade do indulto natalino editado pelo presidente Michel Temer em dezembro do ano passado, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux pediu vista (mais tempo para analisar o processo) e suspendeu o julgamento indefinidamente.

O decreto de Temer perdoava inclusive condenados por corrupção que tivessem cumprido um quinto (equivalente a 20%) da pena até 25 de dezembro de 2017, ponto mais controverso da medida e o que motivou o questionamento no STF pela Procuradoria-Geral da República.

Embora a maioria da corte já tenha votado para validar o indulto de Temer, contrariando o relator, Luís Roberto Barroso, continua válida a decisão liminar (provisória) e individual do ministro que suspendeu trechos do decreto presidencial e excluiu de sua incidência os crimes do colarinho branco, como corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e crimes em licitações.

Naquela decisão, Barroso também fixou que, para fazer jus ao benefício, um condenado deveria ter cumprido ao menos um terço (33%) da pena, que não poderia ultrapassar oito anos (teto que não existia no texto original).

Votaram pela validade do indulto os ministros Alexandre de Moraes, que abriu a divergência, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio, Gilmar Mendes e Celso de Mello. Foram contrários ao indulto os ministros Barroso e Edson Fachin.
Herculano
29/11/2018 19:01
UMA BOA NOTÍCIA, MAS O ALERTA CONTINUARÁ LIGADO PARA O ERRO RECENTE E AMEAÇA DE NOVO ERRO DESENHADO PARA LOGO ALI.

A boa notícia. A BRF (Sadia e Perdigão) vai retomar o abate de frangos em Chapecó, suspenso desde junho, e também anunciou o retorno ao trabalho de 1,1 mil funcionários que estavam em sistema de "lay off", que é a suspensão temporária do contrato de trabalho.

O primeiro alerta.
Esta crise foi provocada pela lambança que uniu na mesma esperteza e sacanagem os gestores irresponsáveis, descomprometidos com suas empresas e consumidores, das empresas e os fiscais corruptos da vigilância sanitária, os bem pagos para proteger a sociedade e o setor produtor nacional. Foi a deixa que importadores e exportadores de países concorrentes tiveram, gratuitamente, para barganhar, interromper o comércio de carnes.

O segundo alerta.
Ele vem da ameaça do governo eleito de Jair Messias Bolsonaro, PSL, em transferir a embaixada brasileira em Israel, de Telaviv para Jerusalém. Vem mais desemprego por ai no setor de frangos em Santa Catarina, como retaliação política dos consumidores árabes. E logo em reduto amplamente eleitor de Bolsonaro e que será governado por Carlos Moisés da Silva, outro neo-bolsonarista. Ai, ai, ai
Herculano
29/11/2018 18:47
UMA CIDADE CONFUSA E CHEIA DE BURACOS.

O trânsito continuou lento, congestionado e a mobilidade dos gasparenses e passantes prejudicada nesta quinta-feira.

E os buracos? Continuaram como os da Rua Leopoldo Alberto Schramm, a popular rua do beco, por exemplo, estava praticamente intransitável. Toda esburacada e deformada pelo serviço feito pelo Samae. É a tal eficiência e respeito aos pagadores de pesados impostos. Acorda, Gaspar!
Herculano
29/11/2018 18:45
OS IMPOSTOS AUMENTAM. COM O SUSPIRO DA ECONOMIA, A ARRECADAÇÃO TAMBÉM. CORTAR DESPESAS E APURAR OS CUSTOS, NADA.

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. O caixa do Governo Central registrou um superávit primário de R$ 9,451 bilhões em outubro. O resultado, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, sucede o déficit de R$ 22,979 bilhões de setembro. Em outubro de 2017, havia sido positivo em R$ 5,073 bilhões.

O resultado é o melhor desempenho para os meses de outubro desde 2016, quando os recursos arrecadados com o programa de repatriação geraram um saldo positivo de R$ 40,872 bilhões no mês.

O dado de outubro ficou acima das expectativas do mercado financeiro, cuja mediana apontava um resultado positivo em R$ 2,500 bilhões, de acordo com levantamento do Projeções Broadcast junto a 14 instituições financeiras. O dado do mês passado ficou fora do intervalo das estimativas, que foram de déficit de R$ 9,009 bilhões e um superávit de R$ 7,500 bilhões.
Herculano
29/11/2018 12:17
NA ÍNTEGRA A PERGUNTAS DA COLUNA E RESPOSTAS DO PRESIDENTE DA CÂMARA DE GASPAR, SILVIO CLEFFI, PSC, ORIGEM DO COMENTÁRIO DESTA SEXTA-FEIRA

Caro, bom dia

OLHANDO A MARÉ: Quando V. Excia. foi eleito, pelo menos três grandes diretrizes ficaram evidentes em pelo menos dois discursos: o da eleição e o da primeira sessão como presidente no exercício do mandato.

A construção da sede da Câmara, tão prometida, por quase todos que ocuparam a sua posição. Pergunto: por que esse assunto não avançou? O sr. terminará o mandato e nem o projeto executivo há. Outra, há na cidade e nos próprios corredores da Câmara entre políticos e funcionários, gente que diz que "forças ocultas" dificultam o prosseguimento dessa ideia no âmbito da autonomia do legislativo. O sr. concorda? Por que?

RESPOSTA DE SILVIO CLEFFI
Caro Herculano: com relação a construção da sede podemos ver, que embora muitos já tenham prometido, nenhum chegou no estágio atual em que se encontra. Peguei o terreno que não havia sido registrado em nome da câmara de vereadores de Gaspar o fiz; também consegui, em tempo hábil a consulta de viabilidade, estes dois processos levaram em torno de 45 dias. Realizamos uma reunião com a AMMVI que iniciaria a confecção de todo o projeto, num primeiro momento, entretanto só poderiam iniciar em Agosto, considerei um
tempo muito grande para o inicio de tudo; então iniciamos as tratativas com os analistas para realização da licitação de um projeto. Necessitamos então da realização da "planimetria" do terreno e para isto o fizemos com dispensa de licitação. Feito isto os
analistas se consideraram incapazes de realizar a licitação sem uma empresa de Arquitetura e Engenharia, iniciou-se, então, novo processo de dispensa de licitação. A semana passada tivemos a primeira reunião com esta equipe que já se encontra trabalhando com os nossos analistas e espero que até o final do ano esteja feito o processo licitatório para a feitura do
projeto da câmara. Realmente um processo burocrático mas que tinha que ser realizado desta maneira, a meu ver. Como vê, caro amigo, o processo avançou e muito, embora respeite vossa opinião. Quanto à forças "ocultas" ou não, não tenho como avaliar este processo, em minha opinião, apesar de eu realmente terminar o mandato sem ter o projeto em mãos tudo correu dentro dos prazos legais.

OLHANDO A MARÉ:O sr. prometeu estruturar a Câmara com um inchamento despropositado de comissionados de altos vencimentos e que a população rejeitou prontamente a ideia pelas redes sociais. O sr. também não foi adiante neste plano. O que aconteceu? O que foi determinante para o recuo?

RESPOSTA DE SILVIO CLEFFI
Caro Herculano: em primeiro lugar, em momento algum disse que iria inchar a câmara com altos vencimentos; foi um único cargo que almejava pois considerava naquela ocasião que deveria existir um Procurador em cargo de comissão,esta é minha opinião, à despeito de eu ser ou não presidente desta casa. Quanto à cargos, mensionei em um discurso meu que existem câmaras em cidades até menores com vários cargos em comissão que não possuímos, se isto é possivel ou não para Gaspar nem foi discutido. Em relação à ter recuado, não vejo desta forma; foi exclusivamente porque percebi que a comunidade, a quem sirvo, naquele momento estava contra aquele projeto, então não considero um recuo e sim um avanço em direção à vontade popular.

OLHANDO A MARÉ: O sr. criou o Mais Saúde que rotulou como sendo da Câmara, mas notoriamente, só incluiu os oito vereadores oposicionistas. Era uma época em que o governo municipal - do qual o sr. fazia parte e influía bastante nessa área - estava completamente perdido na proposta e na execução da Saúde Pública. O que do seu plano apresentado na Câmara efetivamente foi implantado em favor dos gasparenses? Como? O que deu errado para o seu plano não ir adiante? O governo municipal mudou depois disso nessa área? O que não mudou e não funciona nessa área?

RESPOSTA DE SILVIO CLEFFI
Amigo: em primeiro lugar o que foi criado foi o "PACTO DA SAÚDE", e não foi criado exclusivamente por mim mas pelo grupo que se entitulou pelo Pacto. Eu estava como vereador da base mas como já mensionei em inúmeros discursos não era ouvido naquilo que eu dizia enquanto ali "estive". Acho que o Pacto foi sim, um avanço para Gaspar pois até alí tudo estava literalmente parado na saúde pública e à partir deste ato parece que algumas coisas mudaram. Ainda não acho que houve um grande progresso mas alguns avanços realmente aconteceram: aumentou-se o numero de cirurgias oftalmológicas
por exemplo e o investimento, em saúde, ficou de ser para este ano mais 3,5 milhões em relação ao anterior. Realmente não acredito que isto que ocorreu aconteceria sem o Pacto pela Saúde, mas esta é minha opinião. Em relação ao Pacto acho que ele não só evoluiu como será sempre lembrado até o ultimo ano, senão pelo governo pelo grupo pelo Pacto.

Quanto ao que ainda existe de errado em meu ponto de vista seria difícil expressar em uma única matéria, poderíamos discutir com mais detalhes em outras ocasiões.

OLHANDO A MARÉ: Se o sr fosse apresentar um balanço e lhe fosse dado apenas a oportunidade de apresentar somente as três principais fatos, mudanças ou ações marcantes da sua gestão na presidência, quais essas três relataria à população? Por que e as consequências delas para a sociedade?

RESPOSTA DE SILVIO CLEFFI:
Caro Herculano: a primeira das ações foi a inclusão digital nas nossas sessões da câmara e isto já na primeira sessão de 2018, gosto sempre de lembrar que foi a primeira de toda a história do legislativo gasparense; outro fato positivo foi a mudança do horário das sessões o que possibilitou muito mais pessoas comparecerem às mesmas, e como não poderia
deixar de ser estaremos entregando até o final do ano a nova recepção da câmara com segurança e recepcionista para a proteção de funcionários e munícipes que ali se dirijam; mas se me permite, não poderia deixar de citar também a evolução do feitura da licitação para a contratação de empresa que realizara o projeto para a construção da nova sede.

Cada uma destas ações possuem impactos direta ou indiretamente em benefícios à nossa comunidade comunidade;como a facilitação dos horários das sessões para o muníceipe,proteção a ser implementada com a nova recepção, tecnologia nova para o bom andamento das sessões ao vivo e pela internet, embora algumas melhorias ainda necessitem ser realizadas para este fim, e por fim a construção de um novo prédio com um
conceito moderno e que possa servir à comunidade em espaço inedito para os munícipes Gasparenses.


OLHANDO A MARÉ: Por que o novo Regimento Interno não se concluiu em quase um ano dele em discussão e tramitação interna na Câmara?

RESPOSTA DE SILVIO CLEFFI
Caro Herculano: sou o presidente desta casa de Leis, mas a comissão para feitura do Regimento Interno, possui também uma presidência própria e analistas que estão a todo o tempo interagindo com a comissão. A informação mais adequada é que tudo se encontra
nos prazos Regimentais e Legais.

OLHANDO A MARÉ: E para finalizar: o sr. acha que o bloco oposicionista majoritário criado para a sua eleição a presidente sobreviverá depois do seu mandato e por que?

RESPOSTA DE SILVIO CLEFFI

Amigo, em primeiro lugar vou colocar o que sempre tenho dito: Não sou oposição, sou comunidade pois oposição sempre é "oposição/contra" e eu se houver algo de interesse para a comunidade serei sempre a favor, claro que sujeito ao contraditório sempre. O grupo que foi formado e no qual direta ou inderetamente, me insiro hoje, tem sim grandes chances de permanecer, claro que esta é minha opinião; mas situações adversas fazem parte da política e estamos preparados para todas que possam acontecer.

OLHANDO A MARÉ: Algo, sucinto que queira colocar, fora do ambiente do que foi questionado

RESPOSTA DE SILVIO CLEFFI
Em primeiro lugar, agradecer a oportunidade de, pela primiera vez me expressar diretamente ao senhor, embora tenha certeza que este texto servirá como base para suas criticas acho muito importante este ato. Em segundo lugar gostaria de deixar ao povo Gasparense toda a minha experiência à presidência da câmara neste ano e dizer que está sendo uma Honra para mim dirigir o legislativo desta maravilhosa cidade. Acredito que tenha feito o possível e o para atender aos anseios de nossa comunidade, se em algo falhei até porque foi meu primeiro anos nesta função, antecipadamente peço desculpas, mas tenham certeza que trabalhei e continuarei trabalhando 24 horas por dias, se necessário for, para melhorias do legislativo e de nosso município. Me coloco à inteira disposição da comunidade para tudo o que for necessário e ao meu alcance

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