A diferença entre um tucano e um petista em Gaspar. O primeiro tem vergonha dos malfeitos e erros dos líderes partidários. O segundo, orgulho - Jornal Cruzeiro do Vale

A diferença entre um tucano e um petista em Gaspar. O primeiro tem vergonha dos malfeitos e erros dos líderes partidários. O segundo, orgulho

19/11/2018

O mundo político brasileiro dá sinais de ter entendido os recados das urnas em outubro. Já os políticos... E Gaspar não foge à regra. O PSL é a convergência da esperteza dos que agora querem estar próximo ao poder. Cuidado com os oportunistas de sempre e de plantão à qualquer boquinha ou palco. Velhos misturados aos novos, orando e abençoando gente ingênua.

Enquanto isso, o magro PSDB local, dá inveja e faz mais regime. Vai desaparecer. Não só aqui. O PSDB – a parte ética e liberal do velho MDB gigolô do poder - está perdido, envelhecido, sem líder, sem discurso, sem pauta e pior, sem rumo diante do novo cenário brasileiro e mundial. Até a sua história de ter mudado o Brasil está sendo esquecida e recontada. Incrível!

O PSDB foi engolido pelas circunstâncias e à falta de autocrítica. Não se atualizou, foi medroso e protegeu o erro dos seus para construir uma história de manchas tão combatidas por seus idealistas.

Diante do possível cenário partidário, as melancias começaram a se acomodar no caminhão e em pleno movimento. Estão expressas às oportunidades de mudanças de ambientes e principalmente de comportamentos. É tempo para se conhecer espertos de plantão e os oportunistas de sempre.

E não foi isso que aconteceu por exemplo com João Antônio da Silva, ou simplesmente Toni (o que já teve sobrenome de Ceval e agora de Cartório), um dos fundadores e há 25 anos de PSDB de Gaspar. Ele e a mulher Fátima pediram desligamento do partido. E não há como contestá-los. Enfrentaram o desconforto como poucos. Foram transparentes. E preferiram sair do campo de luta.

Do ponto de vista institucional, foi um baque internamente a saída de ambos pela representatividade deles como referência de algo sincero e melhor.

Mas, não foi me alongar. Ao final deste artigo, numa gravação do próprio Toni que postou na página da sua rede social (e da mulher) para o círculo tucano gasparense mas que se ampliou, ele dá as implacáveis razões deles para isso: decepção com Aécio Neves, Azeredo da Silveira preso no longuíssimo caso do mensalão mineiro, a divisão entre João Dória, Geraldo Alckmin, Arthur Virgílio. A errática estratégia do PSDB catarinense nas eleições passadas, e como ele disse e que lhe deu a certeza da saída, os inacreditáveis votos dos senadores Dalírio Beber e Paulo Bauer para os aumentos dos ministros do Supremo e da Procuradora Geral, com repercussão isonômica em outros poderes, em plena crise econômica e na boca de outro presidente assumir o país.

Ou seja, Toni fez o que faria uma pessoa normal, tomada pela consciência de que não pode convier e defender erros e errados, nem ficar perdido se não há sinalizações claras de que haverá diante da podridão, o saneamento e novas causas para ser levantar e se orgulhar. Diferente dos petistas e os da esquerda do atraso, onde para eles o malfeito é algo defensável, desde que o resultado lhes traga privilégios, vantagens e poder, Toni preferiu reagir e sair, pois interferir, avaliou ou se cansou, não seria mais possível.

Toni segurou, mas não aguentou e mencionou “a profunda divisão interna do partido em Gaspar”. E no olho do furacão está a vereadora eleita Franciele Daiane Back, do Distrito do Belchior, que não se conforma ser o partido liderado pela ex-vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, derrotada nas eleições para prefeito. Franciele, nem mesmo tinha terminada a apuração, eleita graças aos votos do DEM. sem consultar e à revelia da coligação e do PSDB, virou naquela noite MDB e Kleber Edson Wan Dall, com a promessa dele, dela ser presidente da Câmara. E perdeu a primeira eleição. A segunda está a caminho a julgar pelo desempenho neste outubro onde marcou os seus votos para deputado.

Andreia sobre o caso do Toni disse que era lamentável. “Penso que não era hora”, mas os argumentos dele são tão fortes e não se tem uma luz para um novo caminho... A minha missão é reconstruir, aglutinar...”

SAIRAM TAMBÉM LUCIANO E SÉRGIO ALMEIDA

E não fica na saída do Toni e da Fátima. O ninho tucano de Gaspar teve mais baixas. Uma delas relacionadas ao mais fiel escudeiro da vereadora Franciele e pivô desse racha interno, Luciano Coradini. Na carta que mandou aos tucanos de Gaspar, Luciano foi na mesma linha de decepção aos rumos e à inércia das lideranças nacionais e estaduais do partido.

Outro que deixou o PSDB de Gaspar, sem nunca ter estado lá de verdade, como bem atestou o vice-presidente Claudionor da Cruz Souza e também grupo ligado à vereadora Franciele, foi Sérgio Luiz Batista de Almeida.

Sem estar oficialmente desligado do PSDB, ele já estava na tal Junta Provisória do PSL de Gaspar. Sérgio ex-funcionário público, ex-presidente do Sintraspug, pendurado num cargo na Federação, evangélico pentecostal, foi do PSDB refém do MDB e nesta condição, chegou até a ser vice da vereadora Ivete Mafra Hammes, quando ela perdeu a corrida para a prefeitura de Gaspar.

Como se vê, o PSDB de Gaspar está em crise de identidade, como no nacional. E não é de hoje. E quando alguém tenta lhe criar autonomia, o MDB interfere intestinalmente nele e o enfraquece. O MDB o quer permanentemente nanico e um apêndice. E faz isso, mais uma vez, com o caso da Franciele. No estado, nada disso é diferente: a chapa Mauro Mariani e Napoleão Bernardes, mostrou isso de forma insofismável. Mesmo na derrota do MDB, quem mais perdeu foi o PSDB que tentava se renovar. O MDB comemorou. Napoleão está abatido.

Andreia diz que o PSDB precisa encontrar o seu caminho diante de tudo isso. Precisa, isso todos sabem, mas quem pegará na lanterna para encontrar esse “novo caminho”? E o facho da luz deverá vir do PSDB nacional, da limpeza ética, da renovação e do comprometimento partidário e até da revisão liberal que se perdeu em algum lugar. Parece que ela foi recuperada pelo Posto Ipiranga, de Bolsonaro.

Os tucanos não compartilham e abonam os erros de seus líderes. No outro ponto, e ponde ser visto e ouvido na Câmara por seus vereadores, o PT louva Luiz Inácio Lula da Silva e os seus encarcerados como exemplos para guias da sociedade. Acorda, Gaspar!

Na sexta-feira, os funcionários comissionados e de confiança zombaram do prefeito Kleber Edson Wan-Dall, MDB, dos efetivos e dos gasparenses. Faltaram em pleno dia de trabalho como se fosse ponto facultativo

Uma das boas ideias e atitudes do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, foi a de abolir os pontos facultativos que criavam privilégios e feriadões ao funcionalismo público municipal. Os que pagam pesados impostos e sustentam a máquina pública estão trabalhando e precisam dos órgãos públicos para serviços e suporte nas soluções nesses dias inventados para o ócio de poucos no serviço público. Então é razoável, justo e necessário abolir o privilégio do tal ponto facultativo.

Todavia, o prefeito Kleber que passou a sexta-feira passada tirando fotos para postar na sua rede social como a assinatura de documentos, entrega de obras, vistoria em outras e com isso, provar que estava trabalhando, está obrigado a apurar o que aconteceu exatamente com os que ele escolheu politicamente para ocupar os melhores cargos ou funções na administração pública. A galeria de fotos feita por funcionários efetivos – que estavam lá sem os seus chefes - e que reproduzo parcialmente abaixo, não deixam dúvidas.

Se Kleber não for atrás, se fingir que está apurando e não punir os faltosos, está, mais uma vez, desmoralizado.

E começa pela decantada eficiência do Samae. Ela ganhou ás páginas pagas da semana. Era para provar que limpar valas – uma obrigação da prefeitura -, mas com dinheiro da autarquia que não fez o dever de casa na ampliação do tratamento e da rede de água.

Tocado pelo mais longevo dos vereadores de Gaspar, José Hilário Melato, PP, ou seja, um político, o Samae estava às traças na sexta-feira. Se o próprio presidente eficiente não dá o exemplo, atrás dele vem a secretária de sempre, o jurídico, o parente do TI, a contabilidade, a comunicação, o almoxarifado, a contabilidade, o serviço externo, resíduos... Meu Deus!

Entenderam? É só passar na rede social dessa gente e ver onde eles estavam, o que desfrutavam, o que zombavam não apenas dos que lhes pagam, da legislação feita para pôr ordem na casa, mas principalmente dos efetivos que foram lar bater o ponto e produzir. Nem discretos, são. E não só no Samae, foi por tudo, incluindo a saúde. E olha que diante deste comentário ainda são capazes de apresentar atestados médicos. Pior do que apresentar, é ser aceito. Acorda, Gaspar!

Estas fotos foram feitas entre as 10 e 11 horas de sexta-feira. Elas não deixam dúvidas. Só falta um ato administrativo com sindicância para apurar quem fez as fotos e não contra quem faltou. Normal. Acorda, Gaspar!


TRAPICHE

A manchete de quem é líder e influencia. O jornal Cruzeiro do Vale o mais antigo, independente, o de maior circulação e credibilidade em Gaspar e Ilhota mostrou o estado lastimável da Rua Anfilóquio Nunes Pires entre o Bela Vista e o Centro de Gaspar.

A repercussão foi imediata. Isso obrigou o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, explicar-se à população – principalmente a quem usa a rua ou mora naquela região – de que tudo vai ser resolvido, magicamente, com um financiamento que está se tentando liberar na Caixa Econômica e já aprovado a toque de caixa pela Câmara.

O problema não é dinheiro na gestão de Kleber, Luiz Carlos Spengler Filho, PP e o prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, o advogado hoje estacionado na secretaria de Saúde, à espera de que o governo venha obter de volta a maioria na Câmara e que ele ajudou a perde-la em dezembro do ano passado. O problema está na capacidade de execução projeto, ideias e obras.

Esta é a aposta da oposição que está aprovando os financiamentos com certa resistência, monitorando as sobras de caixa na prefeitura e agora o uso indevido das sobras do Samae. O aparelhamento da prefeitura é o maior entrave à propaganda oficial da tal “eficiência”. Até agora – passados dois anos – governo Kleber ainda não possui um selo de resultados e nem um foco de sonhos. Está refém de obrinhas e problemas macros.

Esta semana vai se conhecer o tamanho da troca que o vereador Roberto Procópio de Souza, PDT, fez ao rachar o bloco oposicionista e votar pelo uso dos recursos do Samae para abrir valas em Gaspar. Durante a sessão que aprovou tal feito para a administração de Kleber e do vereador Melato, ele ficou quieto e não explicou a razão do seu voto.

O mesmo aconteceu com Wilson Luiz Lenfers, PSD. Ele não mesma sessão que votou a favor do Samae, ironicamente, teve aprovado um requerimento pedindo explicações para a prefeitura sobre o entupimento das valas da Rua Conceição, no Pocinho. Lenfers com o secretário de Obras, foi lá há um ano, quando ouviu a promessa de solução imediata. Ela não veio até hoje. Só, mais uma vez, o voto de confiança de Lenfers no prefeito.

Coisa de doido. O eterno suplente José Ademir de Moura, PSC, e que ocupa na Câmara o lugar do presidente do Samae, o mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, PP, para continuar pendurado na suplência, foi à tribuna defender o PLC 003/2018 das valas. Além de lutar com as palavras, disse que se aprovado – como foi -, as águas nas casas em Gaspar pelas enchentes e enxurradas acabariam. Ai, ai, ai.

“Quando o sucesso atinge você muito cedo na vida, a chance de você virar uma besta arrogante é enorme”, do filósofo Luiz Felipe Pondé. Ele não se referiu a nenhum agente público de Gaspar, certamente. Acorda, Gaspar!

Comentários

Herculano
21/11/2018 08:46
O RECADO CIFRADO

O recado abaixo, é fogo amigo e ele mostra bem o descontrole de tudo. E também é uma tentativa de desviar o foco para peixe miúdo...
O ESPERTO
20/11/2018 23:17
ABRE O OLHO HERCULANO...

TANTA COISA INTERESSANTE E DE RELEVÂNCIA PARA INSERIR NA SUA COLUNA E VC PERDENDO SEU TEMPO COM COISAS FRIAS...

CONHECES O JORGE? AQUELE QUE ANDA JUNTO COM O PREFEITO... OU MELHOR, AS VEZES JUNTO E MUITAS VEZES SEPARADO, TÃO SEPARADO QUE O CARA JÁ GASTOU MAIS EM DIÁRIA DO QUE O PR?"PRIO KREBI...

JORGE PEREIRA JÁ GASTOU CERCA DE R$ 30 MIL EM DIÁRIAS... FUI PESQUISAR ISSO POR CONTA DE UMA VIAGEM AO PARAGUAY QUE ELE FEZ AGORA NESTE ÚLTIMO FINAL DE SEMANA, EM MISSÃO PELA IGREJA DELE, POSTOU FOTO NAS REDES SOCIAIS E TUDO, TU NÃO VIU? ENTÃO ACORDA E VAI FAZER ALGO DE ÚTIL, SE É PARA CRIAR INTRIGAS, CRIE UMA DECENTE HOMI...

Miguel José Teixeira
20/11/2018 20:12
Senhores,

Deu no NSC Total:

"O Senado arquivou o projeto que propunha mudanças para enfraquecer a Lei da Ficha Limpa. Após repercussão negativa e pressão de colegas, o autor da proposta, senador Dalírio Beber (PSDB-SC), apresentou requerimento para retirar o projeto de pauta. Ele foi aprovado em votação simbólica."

Pobre meu ex-Nobre Dalírio! Que desfeita ao saudoso LHS, hein???

Entrasses no Senado pela porta dos fundos e, enfiando o rabo no meio das pernas, sais dele, menor ainda, mas também pela porta dos fundos, deixando sua desprezível marca.
Miguel José Teixeira
20/11/2018 19:56
Senhores,

Não é que me perguntaram se "TITERITEIRO", era o técnico Tite convocando pipoqueiro???

Não. Não é. Titeriteiro é aquele que lida, manipula, move os fantoches (marionetes).

É o caso do presidiário lula manipulando vários fantoches PeTralhas. Portanto, lula, o custodiado, é o titeriteiro-mor.

Já o Tite, é um TITEriteiro aprendiz. Não consegue articular suas multi-milionárias bonecas.

Acho que o Tite, aprendiz de titeriteiro, deveria tentar com jogadores normais que atuam no Brasil.

Bom. . .lula X tite. . .dou um pelo outro e não quero troco!
Herculano
20/11/2018 15:56
NOVO MINISTRO DA SAÚDE DIZ QUE ATUAÇÃO DE MÉDICOS CUBANOS NO BRASIL PARECIA CONVÊNIO ENTRE CUBA E O PT

Conteúdo do portal do G1. Texto de Guilherme Mazui, de Brasília. O deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), escolhido pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para ser o ministro da Saúde de seu governo, disse nesta terça-feira (20) que o acordo que garantiu atuação de profissionais cubanos no Mais Médicos parecia um convênio entre Cuba e o PT.

Mandetta deu a declaração logo após ser anunciado por Bolsonaro para ocupar a pasta. Ele falou com jornalistas no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, onde está funcionando o gabinete de transição do governo.

O governo cubano anunciou na semana passada a retirada de seus profissionais do programa Mais Médicos. Em um comunicado, Cuba citou "referências diretas, depreciativas e ameaçadoras" feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro à presença dos médicos cubanos no Brasil.

"Esse era um dos riscos de se fazer um convênio terceirizando uma mão de obra tão essencial. Os critérios à época, me parece que era muito mais um convênio entre Cuba e o PT e não entre Cuba e o Brasil", afirmou o novo ministro.

Cuba começou a enviar médicos para o programa em 2013, quando o governo da então presidente Dilma Rousseff (PT) criou o Mais Médicos. Mandetta chamou a medida de "improvisação".

"Era um risco que a gente já alertava no início. Nós precisamos de políticas que sejam sustentáveis, a improvisações em saúde costumam terminar mal e essa não foi diferente das outras", completou o novo ministro.
Herculano
20/11/2018 15:24
SÉRGIO MORO ANUNCIA MAURÍCIO VALEIXO COMO DIRETOR DA POLÍCIA FEDERAL

Conteúdo do Poder360.Texto de Lauriberto Brasil. O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, anunciou que o delegado Maurício Valeixo será o novo diretor-geral da Polícia Federal. Valeixo é superintendente da PF no Paraná.

"Ele tem a missão de fortalecer a PF. Principalmente com foco em cooperação e crime organizado. É uma pessoa plenamente capacitada para realizar essa tarefa", disse.

Moro falou no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília. O local é onde a equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) se reúne para acertar detalhes da transição presidencial.

O delegado substituirá o atual comandante da PF, Rogerio Galloro. O futuro ministro da Justiça disse que conversou com ele e que pretende nomeá-lo para algum cargo, sem especificar qual.

"Eu conversei com o doutor Galloro, agradeci a ele pelos serviços prestados e pretendo convida-lo a ajudar em alguma função do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ele não sai por demérito".

Valeixo já comandou a Dicor (Diretoria de Combate ao Crime Organizado) durante a gestão de Leandro Daiello no comando da PF.

O futuro ministro também declarou que a delegada Erika Marena chefiará a DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica), ligado ao Ministério da Justiça e responsável pelos crimes de lavagem de dinheiro e cooperação internacional.

"É uma área estratégica, vimos não só na operação Lava Jato, mas em outros casos, como é comum a lavagem de dinheiro usando países do exterior. Ninguém melhor do que ela, uma das grandes especialistas nessa matéria no Brasil", declarou.

Moro negou responsabilidade de Marena no suicídio do ex-reitor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) Luiz Carlos Cancellier de Olivo.

Ele se matou 1 mês depois da Operação Ouvidos Moucos, que aconteceu em setembro de 2017 e investigou desvio de dinheiro em propagandas de ensino à distância na universidade. Na época, ela comandava a área de combate ao corrupção e desvio de verbas públicas na PF de Santa Catarina.

"Ela tem minha plena confiança, o que aconteceu foi uma tragédia, desejo toda solidariedade aos familiares do reitor. Ela não tem responsabilidade quanto a isso", disse.

Sobre a manutenção de Wagner Rosário no ministério da CGU (Controladoria-Geral da União), o paranaense disse que foi "uma excelente escolha, mas não participou da decisão".

QUEM É MAURÍCIO VALEIXO
Nascido em Mandaguaçu, cidade do interior paranaense, Maurício Leite Valeixo é formado em direito pela PUC-PR.

Atuou como delegado da Polícia Civil e depois foi para a Polícia Federal. Na PF do Paraná, coordenou a gestão de Pessoal, Inteligência Policial e agregado policial em Washington, nos Estados Unidos. Em 2015 passou a chefiar a Dicor, em Brasília.

Valeixo foi escolhido superintendente da PF paranaense em dezembro de 2017. Ele substituiu Rossalvo Ferreira Franco, que comandava a Polícia desde 2013, um ano antes do início da Lava Jato.
Herculano
20/11/2018 15:11
QUANTOS JALECOS NACIONAIS SUBSTITUIRÃO CUBANOS?, por Josias de Souza

Ao se retirar do Programa Mais Médicos, Cuba forçou o Brasil a lidar com uma encrenca que fora enviada à UTI em 2013 e vinha sendo mantida desde então em coma induzido. De repente, o país foi forçado a lembrar que faltam médicos nos fundões miseráveis do mapa e nas beiradas empobrecidas das regiões metropolitanas. Ao ordenar aos seus doutores que façam as malas, a ditadura de Havana ofereceu aos similares nacionais a oportunidade de informar à opinião pública brasileira se fazem parte da solução ou se integram o problema.

"O Brasil conta com médicos formados no país em número suficiente para atender às demandas da população", apressou-se em informar o Conselho Federal de Medicina em nota oficial divulgada na semana passada. Há cinco anos, quando os cubanos começaram a desembarcar no Brasil, a mesma entidade reagiu com o fígado: "Não admitimos uma medicina de segunda para os mais carentes. Até porque quem está no governo, quando adoece, vai para hospitais de primeira linha."

Faltou dizer que, numa cidade sem médico, não há medicina de segunda nem de primeira linha. Em localidades assim, o que há são doentes desassistidos, tratados como seres humanos de última linha. Ninguém se lembra. Mas nessa mesma época em que a corporação pegou em bisturis para defender sua reserva de mercado, o médico cubano Juan Delgado, recebido com vaias no aeroporto de Fortaleza, iluminou com poucas palavras a falta de nexo da revolta dos jalecos nacionais.

"Vamos ocupar lugares onde eles não vão", disse Juan na ocasião. "Impressionou-me a manifestação. Diziam que somos escravos, que fôssemos embora do Brasil. Não sei por que diziam isso, não vamos tirar seus postos de trabalho. Isso não é certo. Seremos escravos da saúde, dos pacientes doentes, de quem estaremos ao lado todo o tempo necessário. Os médicos brasileiros deveriam fazer o mesmo que nós: ir aos lugares mais pobres prestar assistência."

Nesta terça-feira, o Diário Oficial da União publica um edital oferecendo a médicos brasileiros cerca de 8,5 mil vagas ocupadas por cubanos. A novidade foi anunciada na véspera pelo ministro Gilberto Occhi (Saúde), num encontro com prefeitos. No mesmo evento, Michel Temer declarou que nenhum município ficará "desprovido" de assistência médica. Acredita quem quer. Duvida quem tem juízo.

No início do ano, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) divulgou estudo chamado "Demografia Médica 2018". Revelou a existência de uma quantidade recorde de médicos no Brasil: 452 mil profissionais. Em teoria, isso garantiria 2,18 médicos para cada mil habitantes. Algo muito próximo da taxa registrada em países desenvolvidos como o Canadá (2,7 médicos por mil habitantes) ou Reino Unido (2,8).

O problema é que 63,8% dos médicos brasileiros estão no Sudeste (41,9%), no Sul (14,3%) e no centro-oeste (7,6%). Mais da metade (55,1%) encontra-se nas capitais. O Ministério da Saúde informa que os médicos cubanos distribuíram-se em 2.885 cidades, das quais 1.575 não dispunham de um mísero doutor verde-amarelo. A grossa maioria dos profissionais enviados por Havana foi para áreas paupérrimas do Norte e do Nordeste. Outra parte ficou em áreas periféricas de centros urbanos. A saída dos cubanos deixará sem médico 28 milhões de potenciais pacientes.

A pergunta que se impõe é: quantos profissionais brasileiros toparão ocupar as vagas dos "escravos" cubanos? A julgar pela nota do Conselho Federal de Medicina, as 8,5 mil vagas oferecidas pelo Ministério da Saúde não serão preenchidas facilmente. A entidade condiciona o deslocamento dos médicos a uma inexistente "carreira de Estado", ao provimento de improvável "suporte" logístico e "remuneração adequada".

Afora o salário de R$ 11,5 mil mensais, não há garantias quanto ao resto. Em vídeo divulgado no inicio do mês, o conselho dos médicos expôs o modelo de saúde pública que espera ver implantado com a posse dos governantes e legisladores eleitores em outubro. Se o deslocamento dos médicos para as áreas desassistidas depender do surgimento do mundo idealizado pelos doutores, os doentes miseráveis podem cair de joelhos e rezar por um milagre. Se Deus não ajudar, os médicos é que não socorrerão.
Herculano
20/11/2018 13:04
FECHAR AS ADRs? ERA Só O QUE FALTA É ISSO NÃO ACONTECER

As "manchetes" de hoje, na falta de outras para impactar o que vai fazer de diferente o futuro governo do bombeiro militar Carlos Moisés da Silva, PSL, são de que ele vai fechar as tais Agências de Desenvolvimento Regional - ADRs e que já foi mais afamadas SDRs.

Raimundo Colombo, PSD, que foi reprovado nas urnas exatamente por ser frouxo e não fazer o que prometeu fazer, dizia que iria fechá-la. Isso há oito anos.

O atual governador Eduardo Pinho Moreira, MDB, vice de Colombo, até ensaiou fechá-las. Reduziu, timidamente, apenas.

Todos os candidatos prometiam acabar com esse cabideiro de emprego de políticos sem votos e gente que serve de cabo eleitoral para outros. Inclusive o derrotado por Moisés, Gelson Merísio, PSD.

Resumindo, nem original está sendo o novo governador. É mais do óbvio. E na verdade se fosse para manter estas excrescências abertas, nem gente teria para indicar e principalmente confiar.

HÁ MUITO PARA CORTAR. BASTA QUERER. MAS ENFRENTAR AS CORPORAÇõES ORGANIZADAS SERÁ UM DESAFIO AO NOVO GOVERNO

Um experiente gestor financeiro da Secretaria de Administração do governo do estado, fez a seguinte observação à uma fonte desta coluna.

Os atuais 1.400 cargos comissionados do Estado de Santa Catarina custam aos cofres públicos algo em torno de 100 milhões de reais por ano.

Já o auxílio de combustível dado aos Auditores e Contadores da Secretaria Estadual da Fazenda chega a 85 milhões de reais por ano.

E ele conclui: "então acho que o Carlos Moisés tem muita graxa ou gordura para tirar". E ele vai mais longe na análise, conhecendo como funciona a máquina do estado e que não difere de nenhuma outra, nos municípios.

"Por isso falo, ficará muito difícil cortar os penduricalhos na SEF. Pois são os atuais Auditores fiscais e Contadores que estão auxiliando na transição"

Outra da transição em transe."Carlos Moisés da Silva quer acabar com todas as terceirizações. Imagina a revolta dos efetivos. Pois terão que trabalhar".

Na tal Reforma Administrativa irá acabar com todas as ADRs. Só para lembrar o que fazer com os servidores concursados e com as repartições públicas que precisam ser mantidas. Como por exemplo Gered, IMA, IPREV.... Deinfra. A SOL será extinta e as suas três Fundações (Fesporte, Santur e Fundação Catarinense de Cultura) irão ficar subordinadas ao Gabinete do Governo.

O futuro governador promete extinguir todos os cargos de Secretário Adjunto.

Mudar exige disposição para enfrentar as corporações, os viciados e os privilegiados de sempre. Carlos Moisés da Silva, PSL, vem de um grupo que goza de privilégios no estado. Então estará sempre exposto à falta de exemplo para exigir o sacrifício e fazer o enfrentamento a outros grupos corporativos tão comum no serviço público, todo ele sustentado pelos pesados impostos dos cidadãos e cidadãs.

Não é a toa que o estado está com suas contas deterioradas e muitas delas por causa da imprensa - RBS e Adjori - que não foi capaz de enfrentar à realidade e mostrar isso à sociedade catarinense para debate. Preferiu fazer negócios do que jornalismo Muda, Santa Catarina!
Serlau
20/11/2018 13:03
Me acusaram de ter tirado as fotos na sexta-feira do feriadão, ( para alguns!)
Se fui eu, ou não, isso acho que não interessa para a população que paga nossos salários.
Porque estão tentando desviar a atenção de quem realmente tem que explicar se teria direito a folga ou não.
Outra questão, se poderiam ser descontado estas horas ou dia das férias para ( uns ,) por que não se deu esta opção para (todos? )E não só para alguns ?
Apenas acho que todos tem os mesmos direitos e deveres desde o servidor que é dos serviços gerais até o DIRETOR que deveria DAR EXEMPLO !
TENHO CERTEZA QUE SEREI ALVO DA ATUAL ADMINISTRAÇÃO !
MAS NÃO DEVO NADA A NINGUÉM FIZ UMA PROVA DE CONCURSO PARA SER APROVADO NO SAMAE !
NÃO ESTOU ALI DE FAVOR, COMO ALGUNS CABIDEIROS DE EMPREGOS!
QUE NÃO SABEM NEM O QUE FAZER NA FUNÇÃO EM QUE ESTÃO!
NEM O QUE É UM REGISTRO DE ESFERA !!
QUANTO A SER ENCRENQUEIRO !
S?" MOSTRO A VERDADE E PROCURO SER JUSTO !
MAS ISSO NÃO AGRADA A MUITOS NA POLÍTICA ATUAL !!
ESTOU APENAS EXERCENDO MEU DIREITO DE CIDADÃO !
FISCALIZAR É O DIREITO E O DEVER DE TODOS !




Herculano
20/11/2018 12:34
GOVERNO QUE SE VAI DÁ EXEMPLO. JÁ GASPAR...

O governador Eduardo Pinho Moreira, MDB, diz na sua rede social: "atividades normais no Governo do Estado neste final de ano. Ponto facultativo só nos dias 24 e 31 de dezembro. Decreto que assinei hoje, será publicado no Diário Oficial do Estado. SC não pára.
Herculano
20/11/2018 12:27
da série: o que esperar de um partido que teve como referência João Alberto Pizzolatti Júnior e tem como ícone Esperidião Amim Helou Filho e sua família?

SEM RENOVAÇÃO, PP VÊ SEUS JOVENS ELEITOS PELO PSL, por Upiara Boschi, no Diário Catarinense, da NSC Florianópolis

O partido agora se chama Progressistas, mas nenhuma mudança de nome fez com que a legenda deixasse de ser uma das mais tradicionais de Santa Catarina - Arena, PDS, PPR, PPB ou PP, o 11 tem lugar cativo no eleitorado mais conservador do Estado. Mesmo assim, à exceção do clã Amin, o partido saiu menor das urnas este ano justamente quando o conservadorismo foi requisitado e vitorioso.

O PP (a sigla se manteve com a mudança de nome) falhou em outro requisito do eleitor em 2018: renovação. Em maio, entrevistei no Cabeça de Político o deputado estadual Silvio Dreveck - presidente da Assembleia Legislativa e do PP estadual. Perguntei se havia no partido a sensação de maior dificuldade de renovação que em outras siglas tradicionais e como remediar isso. Dreveck concordou e apontou nomes de renovação que o PP preparava: o ex-deputado federal Hugo Biehl, o prefeito tubaronense Joares Ponticelli e o ex-prefeito itajaiense Jandir Bellini, um trio de sucessivos mandatos no Estado.

As urnas foram cruéis. Dreveck foi o primeiro presidente da Alesc a não se reeleger, Biehl não conseguiu voltar à Câmara dos Deputados, Bellini era suplente na chapa de Raimundo Colombo (PSD) ao Senado e Ponticelli não conseguiu emplacar o aliado Pepê Collaço no parlamento estadual. O partido hoje está concentrado no senador eleito Esperidião, na deputada federal eleita Angela e no deputado estadual reeleito João - os Amin. O partido perdeu duas vagas na Alesc e uma na Câmara, de seis para quatro e de duas para uma.

O mais curioso nessa derrota partidária é ver o sucesso dos jovens pepistas que buscaram abrigo no PSL. No Cabeça de Político que será publicado na tarde desta terça no NSC Total, entrevisto o deputado federal eleito Daniel Freitas (PSL). Em abril, ele deixou o PP, partido em que conquistou dois mandatos de vereador em Criciúma.

Antes, tentara ser candidato a deputado estadual, mas o partido resistiu em nome da reeleição de Valmir Comin - outro derrotado nas urnas em outubro. Freitas foi o segundo federal mais votado do Estado, com 142 mil votos. Também do PSL, Carolina de Toni foi a quarta mais votada (109,3 mil). Ela também era pepista, disputou em 2016 uma vaga na Câmara de Vereadores de Chapecó e ficou com a primeira suplência - faltaram 104 votos.

Na Alesc, o fenômeno se repetiu. Ricardo Alba (PSL), deputado estadual mais votado com 62,7 mil votos, era do PP. Em 2016 foi eleito vereador em Blumenau pelo partido. Ana Caroline Campagnolo (PSL), também deputada estadual eleita, não chegou a disputar eleições antes, mas esteve filiada ao partido entre 2015 e abril deste ano. Nos bastidores, o vereador Douglas Borba (PP), de Biguaçu, assessorou o governador eleito Carlos Moisés da Silva (PSL), enquanto Laércio Menegaz Júnior (ex-chefe de gabinete de Ponticelli e do deputado federal pepista Jorge Boeira) estava com Lucas Esmeraldino (PSL).

Esse foi mais um caso em que a urna deu o recado que a classe política não conseguiu ouvir em outras sinalizações. Era hora do novo, era hora de oferecer o novo. Agora, o momento é de assimilar a lição para 2020.
Herculano
20/11/2018 12:00
PEGA BURLANDO O DIA DE TRABALHO NORMAL, PARTE DOS COMISSIONADOS E DE CARGOS DE CONFIANÇA DA PREFEITURA DE GASPAR ESTÁ INCONFORMADA, CHORANDO PELOS CANTOS E PROCURANDO OS "X-9". MEU DEUS! ONDE CHEGAMOS? AO INVÉS DE CORRIGIR OS ERROS, PREFERE PUNIR OS QUE CUMPRIRAM HORÁRIO PARA ATENDER O PÚBLICO E NÃO EMENDARAM O FERIADÃO E QUE NÃO ESTAVA PROTEGIDO PELO FAMIGERADO PONTO FACULTATIVO. ISTO SIM, SINTRASPUG, É ASSÉDIO MORAL. É CONSTARANGIMENTO. É PERSEGUIÇÃO. É CRIME. ACORDA, GASPAR!
Miguel José Teixeira
20/11/2018 08:42
Senhores,

"Assombração na avenida"

Fonte: Diário do Poder, hoje

Ex-líder do governo petista no Senado, Aloizio Mercadante certa vez voltou do carnaval anunciando a disposição de denunciar por "quebra de decoro" sua correligionária Ideli Salvatti (SC), que não nunca foi conhecida pela formosura, no Senado. Sério, ele explicou a razão, arrancando gargalhadas: "Ela saiu fantasiada de periquita, no carnaval de Floripa!" Esses petistas não se entendem mesmo.

Huuummm. . ."fantasiada de periquita" e que depois das eleições "mofa com a pomba na balaia". . . óióióió. . .
Herculano
20/11/2018 08:00
O FIM DO CURRAL ELEITORAL NORDESTINO

Conteúdo de O Antagonista. Jair Bolsonaro pode acabar com o curral eleitoral nordestino, que se renovou com o lulismo.

Leia um trecho da coluna de Merval Pereira:

"O Nordeste, analisa Winston Frischt, tem peso demográfico e, portanto, eleitoral, ao contrário do Centro-Oeste e o Norte, e parte importante das elites ainda controla os eleitores, especialmente no interior dos estados. Frischt acredita, porém, que a dinâmica futura deste modelo está condenada, pois o Nordeste tende a perder peso demográfico com o deslocamento da fronteira agrícola.

Sobretudo, as elites atrasadas perdem capacidade de entregar voto com a urbanização avassaladora no Brasil, com o crescimento do voto corporativo religioso e com o novo mundo da competição política, com o crescimento da comunicação de baixo custo via redes na internet.

O crescimento de Bolsonaro nos centros urbanos do Nordeste é sinal disso, diz ele, para concluir: 'Se o novo governo realmente descentralizar políticas e verbas públicas, e concluir a privatização inacabada, e a reforma política criar cláusulas de barreira e voto distrital, esta distorção centenária da democracia brasileira será ferida de morte'".
Herculano
20/11/2018 07:50
BOLSONARO E OS ECONOMISTAS: A EQUIPE FORMADA POR GUEDES TEM PREPARO INTELECTUAL E COESÃO IDEOLóGICA; OS ULTRALIBERAIS NO COMANDO, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

O time formado por Paulo Guedes para a área econômica, ampliando esse conceito para o comando das estatais, é intelectualmente preparado e tem coesão ideológica. É formado, sem dúvida, por liberais.

Comece-se pelo óbvio, o chefe da turma: Paulo Guedes, que responderá por Fazenda, Planejamento e, se não houver mudança de rumo, Indústria e Comércio. Nesta segunda, foi indicado o futuro presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que disse o que, entendo, tem de ser dito sobre a Petrobras. Para o Banco Central, vai Roberto Campos Neto; para o BNDES, Joaquim Levy. Mansueto de Almeida será mantido na Secretaria do Tesouro. Ivan Monteiro, hoje no comando da Petrobras, pode ser indicado para a presidência do Banco do Brasil.

Nesse particular sentido, é correto dizer que se está diante de uma configuração na tal equipe econômica como nunca houve no país desde a redemocratização. Ou, se quiserem, antes dela também. Não se pode dizer que os governos da ditadura militar tivessem exatamente uma orientação liberal. Não quando se sabe a paixão que os generais da ditadura mantinham por estatais, não é mesmo? O maior criador de empresas públicas do mundo atendia pelo nome de Ernesto Geisel. Se convicção liberal for igual a medidas de caráter liberal, vamos então experimentar os sucessos dessa visão de mundo em economia. Mas aí será preciso esperar um pouquinho para ver.

Essa equipe de liberais foi montada por Paulo Guedes, como deixa claro Jair Bolsonaro. Quando o nome de Joaquim Levy, que já serviu aos governos Lula e Dilma foi anunciado, ele fez questão de ressaltar que não tinha rigorosamente nada com isso. Afirmou ser uma escolha pessoal de Guedes, em quem, ele disse, tinha de confiar. Nesta segunda, o presidente eleito fez uma declaração muito pouco lisonjeira sobre os economistas. Ocorre que há na sua fala, entendo, mais estratégia do que a velha mania de falar o que lhe dá na telha. Segundo Bolsonaro, "quem ferrou o Brasil foram os economistas". E emendou: "Eles são parte importante do nosso plano de governo. Eles não podem errar, não têm o direito de errar".

Os economistas podem, sim, ter errado. Mas é evidente que eles não foram eles a "ferrar o Brasil" - nem no governo Dilma nem antes - porque estavam a serviço da política - e isso inclui os profissionais que atuaram durante a ditadura. Todas as vezes que o Brasil fez a coisa certa ou fez a coisa errada, no manejo do acerto e do erro, estavam, não custa lembrar, os políticos. Ao fazer essa afirmação, parece que Bolsonaro quer se colar ao eventual sucesso das medidas que vieram a ser adotadas - afinal, é ele que comanda o Planalto -, mas quer se descolar dos eventuais insucessos. E aí se posiciona como uma espécie de presidente de um regime parlamentarista. Mas com algumas diferenças, não? O "governo Guedes" não é sustentado pelo Parlamento e foi escolha de um único homem: Bolsonaro. Se for o caso de aplausos, ele se apresenta; se o caso for de vaia, que sejam dirigidas aos "economistas".

Eles podem errar? Claro! Assim como Bolsonaro erra como político e presidente eleito. E qual o maior de todos os erros que uma equipe de liberais convictos poderia cometer? Fazer uma política econômica que ignore que o próprio mercado tem de ser democratizado no Brasil para que passe a dar resposta auspiciosa para a nossa imensa massa de pobres. E essa escolha, salvo engano, é feita pelos políticos, não pelos economistas.
Herculano
20/11/2018 07:41
O ALTO CUSTO POLÍTICO DO NOVO CONGRESSO, por Lydia Medeiros, de Os Divergentes

"Reforma política" é uma expressão habitualmente usada pelos políticos em momentos de crise. O uso contínuo e abusivo, como detergente capaz de limpar os males do sistema, foi desbotando seu significado. No ano passado, o Congresso aprovou mudanças nas regras eleitorais e partidárias. A proposta começou ambiciosa, mas acabou reduzida a alguns pontos, sendo o mais importante a restituição da cláusula de barreira, exigindo dos partidos percentuais mínimos de votação em todo o país. Nas eleições de outubro passado, trinta partidos conseguiram votos para a Câmara, mas pelo menos 10 foram alcançados pelo mecanismo, gatilho para uma reorganização que já está em curso.

Mesmo que os planos esboçados por dirigentes nessas primeiras conversas prosperem, o Congresso ainda ostentará um quadro surreal, com mais de vinte legendas representadas. Certamente, não espelham vinte ideologias, sobretudo no momento em que o país fala sobre comunismo ?" enterrado em 1989, debaixo do Muro de Berlim ?" como se fosse uma novidade deste século XXI.

Mais que um problema para os governantes que precisam negociar com o Congresso, a proliferação de partidos é uma deformação com alto custo político. Dificulta a formação de maiorias e pode inviabilizar debates mais profundos ?" caso da reforma da Previdência. Como já definiu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, as legendas tornaram-se corporações, especialmente depois do fim do financiamento eleitoral com dinheiro privado.

O PSL de Jair Bolsonaro espelha a distorção. Saiu de cinco para 52 deputados. Em São Paulo, a deputada estadual eleita Janaína Paschoal obteve mais de dois milhões de votos pela legenda, feito inédito.

Na segunda-feira (19) Fernando Henrique, por meio do Twitter, disse que os partidos "devem se refazer" com novas alianças, "corrupção zero" e sintonia com movimentos sociais. A tarefa não é trivial, apesar de urgente, se os políticos e a sociedade entenderem que os partidos políticos são um canal importante de representação, não um cartório. Movimentos de renovação política como Agora!, Acredito e RenovaBR tiveram relativo sucesso eleitoral, mas seus candidatos se espalharam por diferentes legendas.

Encontrar ideias-força de coesão para iniciar esse debate pode ser uma das primeiras tarefas do novo Congresso. O atual sistema, como provou a eleição, está em ruínas.

P.S. Diz o ditado que política é como nuvem. Para comprovar o dito, Michel Temer, já quase habituado ao ruído das vaias, não escondeu o sorriso ontem, no Planalto, com os gritos de "Fica, Temer", numa solenidade com prefeitos. Foram breves, mas deram ao presidente mais impopular da História do Brasil um ar renovado.
Herculano
20/11/2018 07:36
PRESIDENTE DA CAIXA DEFENDE CONSULTA A BOLSONARO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O presidente da Caixa, Nelson de Souza, acha correto blindar o banco de indicações políticas, como pretende seu conselho de administração. Mas é contra alterar o estatuto ainda este ano para retirar do presidente da República o poder de indicar o presidente da Caixa. O plano secreto foi revelado nesta coluna. Para Souza, isso só deveria ser feito com o aval do presidente Jair Bolsonaro. A decisão é do conselho presidido por Ana Paula Vescovi, secretária-executiva do Ministério da Fazenda.

SECRETO, Só QUE NÃO
O conselho tem 8 membros, 5 deles indicados pelo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. Que sabe de tudo, tanto quanto Temer.

VICES JÁ ERAM
Em janeiro, com Michel Temer fragilizado, os estatutos foram alterados para retirar do Planalto o poder de indicar vice-presidentes da Caixa.

MUDANÇA NÃO AFETA
Nelson de Souza se sente à vontade para defender o futuro da Caixa livre de indicações políticas: é um técnico com 40 anos no mercado.

LUCRO DE GENTE GRANDE
Souza assumiu a Caixa com a missão de chegar ao lucro de R$7,2 bilhões. Em setembro, 6 meses depois, chegou a R$11,5 bilhões.

'MAIS MÉDICOS' NASCEU E AGONIZA NA MENTIRA
O "Mais Médicos" foi baseado na mentira de que não haveria médicos para atender todo o País. O Brasil dispõe de 450 mil médicos, portanto, a saída dos 8,3 mil cubanos não vai alterar a qualidade do atendimento. A mentira do governo Dilma seria desmascarada em vídeo de palestra interna, no Ministério da Saúde, deixando claro que o real objetivo do programa era apenas financiar o governo de Cuba.

DINHEIRO NA VEIA
O programa "Mais Médicos" rendeu à ditadura cubana R$7,1 bilhões até agora, mas a saúde pública brasileira continua a mesma.

ATROCIDADE
Para vir ao Brasil submetendo-se a exploração análoga à escravidão, cubamos foram obrigados a deixar familiares como reféns, em Cuba.

DESERÇÃO EM MASSA
Resta aos cubanos a atitude digna de denunciar as atrocidades contra suas próprias famílias, feitas reféns, pedindo asilo ao Brasil em massa.

PESOS PESADOS AMBIENTAIS
Futuro secretário do Meio Ambiente do DF, o ex-ministro Sarney Filho, morador de Brasília desde os anos 1970, convidou o atual ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte para presidir o Ibram, o Ibama local.

GENERAL NA EDUCAÇÃO
Viviane Senna continua cotada para o Ministério da Educação, tanto quanto o general Aléssio Ribeiro Souto, amigo e um dos principais formuladores do programa de governo de Jair Bolsonaro.

APARELHOU, PERDEU
Presidente do Inep, que deixou o Enem ser "aparelhado", Maria Inês Fini tomou "cartão vermelho" de Bolsonaro quando já fazia a pose de ministra da Educação, em razão de suposta ligação ao general Heleno.

INCORRIGÍVEL
Vale a pena respirar fundo e assistir a todo o interrogatório realizado pela juíza Gabriela Hardt. Nele é possível perceber que o presidiário continua arrogante. E ainda acha que é presidente da República.

ESCOLHA COMPETENTE
Ao comentar a escolha do futuro presidente da Petrobras, o general Hamilton Mourão elogiou: "Acho um nome extremamente competente, o Gil Castelo Branco". Ele tem razão: Gil é muito competente, mas é o dirigente da ONG Contas abertas. O outro é Roberto Castello Branco.

AMOR EM TEMPO DE GUERRA
O futuro ministro-chefe da Casa Civil Onyx Lorenzoni vai se casar nesta quarta-feira (21), em Brasília. Data acertada com a presença do presidente eleito Jair Bolsonaro na capital.

EMENDAR É PRECISO
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), reeleito mês passado, passa a semana em Brasília com chapéu na mão. Ele pretende batalhar no Congresso uns trocados em emendas de parlamentares.

XERIFE DA CADEIA
A revelação que Lula, ao contrário de qualquer outro reeducando, recebeu 572 visitas na prisão, já o credencia ao Guinness como o maior deboche à Justiça. E o maior anfitrião de cadeia do mundo.

PENSANDO BEM...
...de tanto visitar Lula no xilindró, acabou Haddad virando réu pelos mesmo crimes do reeducando.
Herculano
20/11/2018 07:22
FUX DEVE DERRUBAR LIMINAR QUE GARANTE AUXÍLIO-MORADIA, por Mônica Bérgamo, no jornal Folha de S. Paulo

Medida pode ser tomada quando Temer sancionar o aumento de 16,3% dos salários da corte

O ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), deve revogar as liminares que concedeu em 2014 garantindo o pagamento de auxílio-moradia aos juízes federais. A medida pode ser tomada no mesmo dia em que Michel Temer sancionar o aumento de 16,3% dos salários da corte.

DÁ CÁ?
O aumento para o STF é estendido automaticamente aos juízes federais, compensando a perda do benefício.

PRESSA?
A solução foi discutida internamente no tribunal e também com o governo de Temer. Ela seria mais rápida do que o debate do tema no plenário do STF.

PRESSA 2?
Atenderia também a apelos do presidente da República, que resiste em aprovar o aumento sem contrapartida imediata do tribunal.
Herculano
20/11/2018 07:04
ONDE ESTAVAM NO FERIADÃO?

O presidente do Samae, o mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, PP, no Paraguai.

O secretário da Saúde de Gaspar, o advogado Carlos Roberto Pereira, na praia.

A lista é longa...
Herculano
20/11/2018 03:31
OS POLÍTICOS LONGE E CONTRA A SOCIEDADE. DEPOIS DE VOTAR A FAVOR DO AUMENTO DOS MINISTROS DO STF PARA ELES GANHAREM MAIS DE R$ 39 MIL POR MÊS, O SENADOR SEM VOTO DO PSDB DE SANTA CATARINA, DALÍRIO BEBER QUER FLEXIBILIZAR A LEI DA FICHA LIMPA. É MANCHETE NACIONAL E SE TORNA VERGONHA PARA OS TUCANOS DAQUI, MAIS UMA VEZ.

Projeto no Senado reduziria período que condenados na Ficha Limpa ficam inelegíveis

Conteúdo do portal G1. Texto da TV Globo, de Brasília. O Senado aprovou, na semana passada, incluir na pauta de votações da Casa um projeto que enfraquece a Lei da Ficha Limpa e diminui o período de inelegibilidade para políticos condenados antes de 2010.

O texto, de autoria do senador Dalírio Beber (PSDB-SC), foi apresentado em outubro de 2017, dias depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter decidido que políticos condenados antes de 2010 deveriam cumprir oito anos de inelegibilidade, e não três, como ocorria anteriormente.

Na época, o tribunal discutia se a punição determinada pela Lei da Ficha Limpa, que entrou em vigor em 2010, valeria também para casos anteriores a essa data. Por maioria de seis votos, os ministros entenderam que sim.

Pelo texto de Beber, os políticos que cumpriram os três anos de inelegibilidade já estariam aptos a concorrer novamente em eleições.

Em dezembro de 2017, sete líderes de partidos no Senado apresentaram um requerimento para que o projeto pulasse à frente de outros e fosse votado com urgência. O requerimento ficou meses parado.

Só em novembro de 2018 é que a urgência foi aprovada e o projeto foi colocado na pauta de votação. Alguns senadores criticaram a medida na sessão em que foi votada a urgência.

"Essa matéria colocada em pauta para hoje foi feita ardilosamente na noite passada, sem tempo para conhecimento da quase totalidade dos senadores, aquilo que se costumar dizer 'na calada da noite' ", afirmou o senador Lasier Martins (PSD-RS). "Está-se querendo trazer gente que era inelegível para poder ser agora elegível com a ficha meio limpa, meio suja. Ora, isso não existe. Ou a ficha é limpa, ou é suja. Não há meio termo", concluiu o senador.

O senador José Reguffe (sem partido-DF) também na sessão que era contra o projeto.

"A Lei da Ficha Limpa foi uma conquista deste país, uma conquista da sociedade brasileira, e há uma decisão do Supremo, já tomada, que não deve ser alterada por esta Casa, na minha opinião. Portanto, sou contra esse projeto", afirmou.

O senador Dalírio Beber explicou que apresentou o projeto porque considera injusto um condenado que já cumpriu os três anos sem poder ocupar cargo, função ou mandato público tenha a pena estendida.

"E esta decisão, por ter transitado em julgado, se cumprida, faz com que esse punido não mais se sujeita a qualquer outro tipo de punição. É muito claro. Não existe nada no projeto de lei que apresentei, que vise alterar o projeto de Ficha Limpa que existe no Brasil, em vigor, e que deve continuar vigorando para tornar, digamos, a política com certeza, digamos, muito mais limpa e permitir que todos sejam bem representados", argumentou Beber.

Na semana passada, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE) pediu que os líderes retirassem a urgência do projeto. Até agora não houve resposta. Eunício afirmou que se algum líder apresentar requerimento para que a proposta seja retirada da pauta, o pedido será colocado em votação.

O senador Randolfe Rodrigues, líder da Rede, disse que vai recolher assinaturas para derrubar a urgência.

"[O projeto] Abre uma porta inteira. Ele, na verdade, dá um jeitinho na Lei da Ficha Limpa. É um jeitinho para beneficiar condenados anteriormente a 2010. É a vulnerabilização da Lei da Ficha Limpa. É para beneficiar condenados a concorrerem nas próximas eleições", afirmou.
Herculano
20/11/2018 03:24
CÂMARA COGITA REABRIR ESTATAIS PARA POLÍTICOS, por Josias de Souza

Em vigor há apenas dois anos, a Lei de Responsabilidade das Estatais está sob ameaça na Câmara. Deputados se preparam para modificar a alma da lei, derrubando a regra que proibiu a nomeação de dirigentes partidários e seus parentes para cargos de direção em empresas estatais.

Sancionada por Michel Temer em 30 de junho de 2016, a lei que fechou as portas das estatais para caciques políticos, impondo-lhes quarentena de três anos, é elogiada até por Sergio Moro. "A lei é tão boa que deveria ser estendida a toda a administração pública federal", costuma dizer o ex-juiz da Lava Jato.

Pois bem, em vez de ampliar o veto, os deputados tramam derrubá-lo. Querem fazer isso por meio de uma emenda enfiada dentro de um projeto que trata de agências reguladoras. Ironicamente, a proposta que hospeda a emenda tóxica foi concebida com o propósito de blindar as agências contra pressões de políticos e de empresas privadas submetidas ao seu controle.

Sem alarde, a proposta com a emenda que piora o soneto das estatais já foi aprovada numa comissão especial. Poderia seguir direto para o Senado, pois tramita num regime chamado de "conclusivo". No entanto, foram apresentados dois recursos exigindo a votação em plenário. Um dos recursos contém 64 assinaturas. O outro tem 71 subscritores.

Pelo regimento da Câmara, bastariam 52 assinatura para levar o tema ao plenário. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ensaia a inclusão da encrenca na pauta de votações.
Herculano
20/11/2018 03:20
CARTA BRANCA, por Luiz Weber, secretario de redação da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo

Trunfo divide o bônus dos acertos com o presidente, mas o ônus do fracasso é de seu detentor

O mercado não cooptou Jair Bolsonaro. Nem os militares. Nem mesmo os deputados facebookeiros eleitos na esteira do capitão. O novo presidente não é uma raposa da política, que conhece todos os truques do centrão. Ele é um ouriço: sabe bem apenas uma coisa. Bolsonaro fica eriçado cada vez que suas redes sociais irradiam indignação.

Bolsonaro confunde as antenas tradicionais. Presidente eleito, comporta-se como um antipresidente. Criado na hierarquia da caserna, tornou-se um delegador de tarefas. Distribui cartas brancas como medalhas do Pacificador (a lista de beneficiários da comenda do Exército ocupou 22 páginas neste ano).

Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, recebeu duas delas: uma para nomear Joaquim Levy para o comando do BNDES; outra, na nomeação do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.

Guedes tem usado a carta branca com prudência. Liberal de raiz, daqueles que leriam Milton Friedman na laje (na "penthouse", mais apropriado), o economista montou um time experiente. Manterá no futuro governo quadros competentes da gestão Michel Temer e trará outros.

Mas Bolsonaro não gosta de economistas. "Quem ferrou o Brasil foram os economistas", disse nesta segunda-feira (19). Sempre que livre, navega de acordo com a maré de suas redes. Embora tenha uma espinha dorsal comum, antipetista, a militância do capitão não é reformista. São tribos com déficit de likes atrás de reconhecimento. Bolsonaro falou com elas - e as ouve.

O mercado estabeleceu um sarrafo para o presidente eleito: a reforma da Previdência. Se sua opinião pública aprovar, vai adiante. Caso contrário, a carta branca será a antessala do velho bordão "estar prestigiado", expressão da crônica política brasiliense pespegada pelos presidentes de plantão a todos os ministros que estão pela bola sete.

A carta branca não é um coringa. Ela divide o bônus dos acertos com o presidente, mas o ônus do fracasso é de seu detentor.
Joao Maria
19/11/2018 23:45
Ao caro colega que também se esconde sob o apelido de KLARKE KENT!!

Meu caro, saiba que se estou acusando o mesmo é porque estava no samae e o vi fotografando e falando que iria fazer uma "muvuca".
O senhor SERLAU é conhecido pelos seu colegas como o encrenqueiro, quando ele está errado ou não concorda com algo que logo fazer um agito.
Quanto a afirmar que o mesmo estava trabalhando e foi falar com o diretor pode ser que tenha ocorrido isso e ele aproveitou para tirar as fotografias, mas também pode ter dado azar e ter ido em horário que o diretor não estava em sua sala. Ou seja tudo é possível.
Mas como eu disse anteriormente, todos que faltaram sem justificativas precisam ser punidos. Se serão, isso não sei, mas com certeza deveriam.
E referente a seu ultimo questionamento se todo esse pessoal trabalhou nas eleições eu não sei responder, mas que sei que muitos dos funcionários do SAMAE e da prefeitura trabalharam e esses tem direito a 4 dias de folga por terem trabalhado nos 2 turnos, então é uma possibilidade.
Realmente o Samae e a prefeitura estão desgovernados, mas generalizar sobre os funcionários é algo que não se pode fazer. Nesse caso das folgas ou faltas é algo para ser analisado caso a caso e ver a situação ou motivo de cada um que não compareceu no dia 16 ao seu local de trabalho.
Renato
19/11/2018 20:58
Herculano,
Quanto ao histórico eleitoral do PSDB cabe ainda mais algumas observações:
Na eleição de 2004, só foi possível a eleição do Orlando Bernardes pelos votos do PDT com quem estava coligado.
Em 2008 o Claudionor só foi eleito porque novamente coligado com o PDT este contribuiu com quase metade da legenda, só com seus votos ele não teria sido eleito. Até hoje o Salesio Cardoso do PSDB e o Zuza do PDT estão aguardando o rodízio dos suplentes.
Em 2016 a vereadora Franciele Back só foi eleita porque estavam coligados com o DEM que fez a maioria dos votos da legenda.
Miguel José Teixeira
19/11/2018 19:58
Senhores,

Na mídia:

"Haddad (PT) se tornou réu sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro"

Esperar o quê de um fantoche, cujo titeriteiro, está preso pelo mesmo motivo?

Na próxima visita à Curitiba, haddad poderia ja ir ficando por lá. . .(ooops)

Pois é. . .as frutas nunca caem longe do pé!
Herculano
19/11/2018 19:16
da série: para quem na campanha recebia ordens e orientações de presidiário condenado, nada está anormal

JUIZ TORNA HADDAD RÉU SOB ACUSAÇÃO DE CORRUPÇÃO PASSIVA E LAVAGEM

Petista nega irregularidades e critica delação que originou ação

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. O ex-prefeito paulistano e candidato derrotado à Presidência Fernando Haddad (PT) se tornou réu sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em decorrência da delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC.

O juiz Leonardo Barreiros, da 5ª Vara Criminal da Barra Funda, na capital paulista, instaurou uma ação penal ao aceitar denúncia do Ministério Público de suposto pedido de R$ 3 milhões para quitar dívidas de campanha.

Haddad nega irregularidades e diz que acionará a Justiça para se defender.

É a primeira vez que o petista se torna réu em ação criminal. Ele já responde por ação de improbidade administrativa, por supostas irregularidades na construção de trechos de ciclovias em São Paulo.

Haddad foi denunciado em setembro pelo Ministério Público Estadual de São Paulo. A imputação de crime de formação de quadrilha não foi aceita pela Justiça.

Segundo o promotor Marcelo Mendroni, ele recebeu R$ 2,6 milhões em propina da UTC para pagamento de dívidas da campanha de 2012.

A denúncia tem como base as delações de Ricardo Pessoa e Walmir Pinheiro, da UTC, e do doleiro Alberto Youssef, além de investigação da Polícia Federal sobre suspeitas de lavagem de dinheiro e caixa dois na primeira campanha de Haddad à prefeitura.

Segundo as investigações, o então tesoureiro do PT, João Vaccari, se reuniu com Pessoa em abril ou maio de 2013 e pediu R$ 3 milhões em nome do prefeito para sanar as dívidas da campanha. A UTC negociou o pagamento de R$ 2,6 milhões.

O dinheiro, então, teria sido pago por meio de um esquema que envolvia a prática de lavagem de dinheiro em gráficas controladas pelo ex-deputado estadual Francisco Carlos de Souza, conhecido como Chicão.

Em setembro de 2016, a Folha revelou que Chicão teria recebido propina ligada à campanha de Haddad.

Vaccari, Pessoa, Pinheiro, Youssef e Souza também respondem como réus na ação.

Em nota divulgada por sua assessoria, Haddad diz que a acusação é requentada. "A denúncia é mais uma tentativa de reciclar a já conhecida e descredibilizada delação de Ricardo Pessoa", afirma

"Com o mesmo depoimento, sobre os mesmos fatos, de um delator cuja narrativa já foi afastada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o Ministério Público fez uma denúncia de caixa dois, uma denúncia de corrupção e uma de improbidade. Todas sem provas, fincadas apenas na desgastada palavra de Ricardo Pessoa, que teve seus interesses contrariados pelo então prefeito Fernando Haddad. Trata-se de abuso que será levado aos tribunais", prossegue o comunicado do ex-prefeito.

O advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, que defende Vaccari, disse que o petista "jamais foi tesoureiro de campanha e nunca solicitou qualquer recurso para campanha de quem quer que seja".

"Vaccari foi tesoureiro do partido (PT) e dessa forma solicitava doações legais somente para o partido, as quais eram realizadas por depósito em conta bancária do partido, com recibo e com prestação de contas às autoridades", disse D'Urso.

Seu cliente, afirmou o advogado, "jamais solicitou ou recebeu qualquer recurso em espécie para o PT, muito menos a título de propina. Quem o acusa é um delator que nada prova, falando mentiras para obter diminuição de pena".

Os demais acusados não foram localizados.
Herculano
19/11/2018 19:09
A PALAVRA DE QUEM É PARTE DA HISTóRIA

O ex-presidente do PSDB de Gaspar, o competente advogado Renato Luiz Nicoletti escreve para a coluna e amplia o que escrevi sobre o partido.

Pontua ele: "Na sua narrativa sobre a saída de filiados do PSDB, faltou mencionar que diferentemente das posições estadual e nacional, nós nos posicionamos de forma diferente nas eleições municipais de 2016. Seria muito mais fácil a tradicional política das velhas alianças subservientes, dos acertos por cargos, etc. Rompemos com isso. Não ganhamos a eleição, porém não perdemos nada. Ao contrário. Evidenciamos a existência do partido na cidade, sem nos preocupar com a ocupação de cargos em uma campanha franciscana. De qualquer forma, o título do texto é perfeito com relação ao pensamento dos filiados do nosso partido. Não defendemos politico corrupto e cobramos nossas lideranças".

Vamos por partes: não é narrativa, é história ou no mínimo, fatos.

Antes porém, devo reconhecer que não completei o registro histórico, tão bem reparado pelo presidente do partido da época.

Feita esta observação, sou forçado a lembrar ao meu leitor Nicoletti que o que foi tão claro na campanha eleitoral, e concordo, desmoronou na noite da apuração dos votos quando a vereadora eleita com os votos da coligação com o DEM, sem consultar o partido ou a coligação que vendia exatamente o que você acentua no texto que me enviou, alinhou-se, incondicionalmente, aos "adversários", e até hoje manda bananas ao partido enquanto o partido não for ela.

Então se o PSDB de Gaspar não se rendeu às velhas alianças e subserviências, tudo se desmanchou na prática, para aquilo que se escondia e sabia durante a campanha. As velhas raposas tomaram o único bem do partido para mostrar ao público de Gaspar que ele tinha uma postura de independência.

Bom, isso são fatos passados. Eu na minha vida sempre usei o passado para não me repetir o erro e preferi errar, mas tentando algo novo. O PSDB não ganhará nada discutindo o passado. Ele é presente e possui problemas não apenas aqui onde seria em tese, mais fácil de ser resolvido. E é no presente que se faz um futuro diferente. Há tempo, há gente e se não se debruçar para errar novamente, pois se ficar como está, nem narrativa será, mas apenas registro histórico.

E para completar, encerro com um texto que recebi de um outro leitor sobre o vai-e-vem do PSDB em Gaspar. Não é narrativa, é história, são fatos.

Em 25 anos de PSDB em Gaspar, ele disputou duas eleições com cabeça de chapa. Mário Pera em 2.000 fazendo 2 mil votos; Andreia Symone Zimmermann Nagel, em 2016, fazendo 4.200 votos. Muito pouco. Muito pouco mesmo.

E seus vereadores?

Mário Pera em 1992 numa coligação com o PDT

Amadeu Mitterstein em 1997

Etelvino Schmidt em 2000

Orlando Bernardes e Ricardo Brasil Pinto em 2004

Francieli Daiane Back em 2016

A vereadora Andréia Symone Zimmermann Nagel foi eleita em 2012 pelo DEM. Filiou-se no PSDB em julho de 2016

Ah, faltaram o Joel Júlio da Costa (que até se ensaiou candidato a deputado estadual) e o Jair Mannrich. Eles foram eleitos pelo PPB (hoje PP), e como Andreia, no mandato, trocaram de partido e foram dar no PSDB.
Herculano
19/11/2018 18:18
BOLSONARO VÊ MARXISMO EM MINISTÉRIO E "DÁ" CARTÃO VERMELHO A CHEFE DO ENEM

Presidente eleito nega rumores de que ela estaria cotada para o Ministério da Educação

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Nicola Pamplona, do Rio de Janeiro. O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda (19) que dará "cartão vermelho" à presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Maria Inês Fini, negando rumores de que ela estaria cotada para comandar o Ministério da Educação em seu governo.

"Essa aí não esteve à frente da prova do Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]? É cartão vermelho, não tem nem amarelo", respondeu, em entrevista concedida em frente à sua residência, quando questionado sobre a possibilidade de nomeação de Fini.

Após a aplicação prova deste ano, Bolsonaro fez críticas ao exame e disse que quer ter conhecimento prévio do conteúdo das questões em 2019. Em sua crítica, ele citou especificamente uma questão que abordou um dialeto da comunidade LGBT.

?"[Olha] Essa prova do Enem, vão falar que eu estou implicando. Agora pelo amor de Deus. Esse tema da linguagem 'particulada', aquelas pessoas, o que isso tem a ver? Vai estimular a molecada a se interessar por isso agora. No ano que vem, pode ter certeza, não vai ter questão dessa forma. Nós vamos tomar conhecimento da prova antes", disse ele, em pronunciamento em rede social.

Na entrevista desta segunda, o presidente eleito voltou a criticar o que chama de aparelhamento do Ministério da Educação, que afirmou ser "um dos mais importantes". "Há um marxismo lá dentro que trava o Brasil", acusou. "Nos 13 anos de PT, dobrou-se o gasto em educação e a educação foi lá para baixo."

No último dia 14, Viviane Senna, presidente do Instituto Aryrton Senna e cotada para assumir o Ministério da Educação, se reuniu em Brasília com a equipe de Jair Bolsonaro (PSL).

O encontro foi confirmado à Folha pela assessoria do instituto por meio de nota. "O Instituto Ayrton Senna foi convidado pela equipe do governo eleito para apresentar um diagnóstico e caminhos de melhoria da educação brasileira."

Segundo pessoas que integram o gabinete de transição, o nome de Viviane é estudado para assumir a Educação do próximo governo. Ainda durante a campanha, a presidente da ONG visitou Bolsonaro em sua casa, no Rio de Janeiro.

Viviane é irmã de Ayrton Senna, piloto tricampeão brasileiro de Fórmula 1 que morreu em acidente em maio de 1994 enquanto competia na Itália.

Com o objetivo de não chamar a atenção, Viviane se reuniu com o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, em uma agenda secreta, fora do escritório da transição.

A reunião teve as participações de Mozart Neves Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna, da deputada federal eleita Joice Hasselmann (PSL-SP), responsável por ter apresentado Viviane a Bolsonaro, e de integrantes do Movimento Todos pela Educação.

O nome de Viviane é avaliado como ideal por auxiliares do presidente eleito, mas pessoas próximas a ela dizem que a psicóloga ainda tem resistências em eventualmente assumir um cargo público.
Herculano
19/11/2018 18:09
TATEANDO E SENDO ENQUADRADO

Um leitor desta coluna me passa um texto de abertura da escrita hoje pelo Cláudio Prisco Paraíso

ESCOLHA DO COLEGIADO NECESSITA DE CRITÉRIO

Aumentam as projeções indicando que o governador eleito de Santa Catarina, Carlos Moisés, poderá não anunciar seu secretariado antes da posse, marcada para 1º de janeiro de 2019. Faltam 41 dias, mas bem menos dias úteis, considerando-se, ainda, as festas de fim de ano. É uma corrida contra o tempo.

A interlocutores privilegiados, o eleito segue reafirmando o desejo de compor um colegiado técnico, com funcionários de carreira. Até aí, tudo certo. Mas há um problema. Já tem muito espertalhão que está no governo atual por indicação política, raposas de décadas de estrada, apresentando-se como técnicos para continuarem bem alojados na máquina estadual.

É de bom alvitre o governador prestar muita atenção a esta questão e demonstrar a capacidade de separar o militante partidário do MDB e outros partidos do verdadeiro servidor de carreira. Se não separar o joio do trigo, Carlos Moisés corre o risco de entregar áreas estratégicas de sua gestão a gente que lá se encontra há 16 anos!

Este longo período de continuidade governista foi justamente um dos pontos mais atacados pelo então candidato durante a campanha.

Volto.

O leitor acrescentou: "Este coitado vai ser engolido pelas velhas raposas e pelos.... da vida"

Respondi: "Já Bolsonaro, parece que está dando um nó nos esquemas..."

E o leitor finalizou: "Sim. Só para lembrar o Bolsonaro tem 30 anos de Câmara de Deputados e o Carlos Moisés tem 30 anos de Bombeiro Militar.

Este Moisés está refém dos Oficiais da Reserva [corporativismo de onde é oriundo], dos Técnicos da Fazenda Estadual [o corporativismo do estado] e dos Professores da Ufsc [ um corporativismo que não tem nada a ver com liberalismo e mudanças].Ainda tem os palpiteiros do PSL"
Clark Kent
19/11/2018 16:59
CLARKE KENT!!
Aquele que se esconde como ,
João Maria !
Para você estar acusando este senhor, no mínimo deve ser alguém que faltou na sexta-feira passada também!
Se não tinha ninguém nas salas !
Como tem tanta certeza de que foi quem você afirma que tirou as fotos???
Só vendo nas câmeras de monitoramento interno onde só o diretor e seu sobrinho, de mesmo SOBRENOME "MELLATO" TEM ACESSO !!
Como você mesmo afirma,
Ele pelo que está falando, estava trabalhando no SAMAE !
Ou ele não pode ter ido ao escritório do CHEFE falar com DIRETOR MELLATO ??

QUEM ESTAVA ERRADO ?
ACHO QUE VOCÊ QUER INVERTER OS VALORES !!
NA LISTA QUE VI TEM GENTE QUE MAU CUMPRE SEU HORÁRIO DE TRABALHO E DIZ QUE TEM BANCO DE HORAS !COMO TEM DIREITO A FOLGA ??
Ou todo esse pessoal trabalhou nas ELEIÇÕES ??

ACORDA GASPAR!!


Herculano
19/11/2018 14:35
COM A COLUNA DE HOJE SOBRE O PONTO FACULTATIVO CORTADO PARA TODOS MAS PRATICADO PELOS CHEFES NO PÉSSIMO EXEMPLO, BEM COMO PELOS COMENTÁRIOS, NOTA-SE A ESBóRNIA QUE É ESTE SETOR NA PREFEITURA E NO SAMAE
Herculano
19/11/2018 14:31
TOFFOLI PROPõE "GRANDE PACTO REPUBLICANO" PARA TIRAR O BRASIL DA CRISE

óTIMO. QUEM SABE COMEÇAR POR RENUNCIAR AO AUMENTO DOS SEUS PRóPRIOS VENCIMENTOS. OU O PACTO É UMA BARREIRA ESPERTA PARA PROTEGER OS PRIVILÉGIOS E A CASTA DE FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS QUE ESTÃO CHEIRANDO ENXOFRE?

Conteúdo do Poder 360. O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, escreveu 1 artigo em que propõe 1 "grande pacto republicano" entre os Três Poderes para tirar o Brasil da crise. Disse ser necessário que a "política volte a liderar o desenvolvimento do país".

No texto, publicado nesta 2ª feira (19.nov.2018) na página brasileira do site El País, ele pede que a sociedade civil também ajude a enfrentar com êxito os desafios que o país enfrenta após a eleição de Jair Bolsonaro (PSL).

"Esse pacto envolve, com absoluta prioridade, que deliberemos sobre as reformas previdenciária e tributária/fiscal e enfrentemos os problemas da segurança pública. Nesse concerto", escreveu Toffoli.

Os temas que Toffoli considera prioritários estão entre os maiores desafios dos futuros governantes a partir de janeiro de 2019. A dívida pública passou de 55,4% do PIB em 2014 a 77,3% em 2018. Em 2016, segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), foram registrados 62.517 homicídios no Brasil.

De acordo com ele, o Supremo tende a exercer 1 papel moderador para resolver os conflitos e garantir os direitos da população. "Notadamente aqueles essenciais ao fortalecimento do regime democrático, como a liberdade de expressão".

"Não obstante a elevada importância do Poder Judiciário, é preciso que a política volte a liderar o desenvolvimento do país. A chave para o progresso da nação está na harmonia e no equilíbrio de forças entre os Poderes", escreveu.
Alguém me disse
19/11/2018 13:32
Para João Maria
Vc deveria dar uma olhada no cartão ponto dos comissionados e FG, pq tem gente de férias trabalhando,pegam vinte dias,vendem dez,e folgam 30, pq folgam somente durante a semana, e não descontam sábado e domingo,aí fica fácil, para os protegidos...
Herculano
19/11/2018 12:49
O GOVERNO DE GASPAR AO INVÉS DE PUNIR OS FALTOSOS DA SEXTA-FEIRA, ESTÁ CAÇANDO OS QUE FORAM TRABALHAR E ESTÃO INCONFORMADOS COM A FALTA DE RESPEITO, EXEMPLO, ISONOMIA E LIDERANÇA

Marcelo Poffo
19/11/2018 12:02
A coisa anda tão feia pro lado do samae,que a chefia finge que manda e o servidor finge que obedece, grande parte da maioria na trabalha só faz o que lhe dá na telha, chefia (não sabe nem o que tá fazendo lá concorda)veja o caso do dia 15 de novembro servidores foram trabalhar na rua Leopoldo Alberto Schramm, até aí tudo bem, mas vai ganhar sobre aviso,não sei legalmente como a chefia autorizou isso,pois só ganha quem está de plantão, muitos não compareceram sexta ao serviço,e fizeram que seu dia ia ser abonado,então vereadores fiquem de olho no cartão ponto da autarquia,pois tem servidor FG vindo de manhã bater o cartão e quando volta no final da noite para registrar a saída,ou quando não faz a caneta, voltando a rua Leopoldo Alberto Schramm onde acontece obra de rede do Samae,uma rua transversal,no caso Rua Ponte Serrada duas residências ficaram sem água desde segunda até quinta feira,casas 43 onde tem uma senhora deficiente e cada 57 onde mora um casal de idosos, segunda feira deixei um relatório debaixo da porta da chefia para tomar providências e providenciar o abastecimento, passou terça passou quarta e nada moradores fizeram várias ligações pro SAMAE,até que quinta feira a noite o Vereador Ciro me ligou, e perguntou se eu poderia resolver,pois tinha ligado e mandado mensagem pro Melato sem, e não tinha recebido nenhuma resposta,nem atendido foi, disse pro Ciro que a noite era impossível, pois devido a demanda de serviços que tinha ficado do dia para nós,mas que quinta de manhã estaria lá para resolver e fui, Ciro tbm em esteve lá e agradeceu pessoalmente, é isso aí vereador vc fez sua parte
Joao Maria
19/11/2018 11:29
Caro colunista, só para deixar claro, muitos dos que não estavam trabalhando na sexta com certeza estavam utilizando o banco de horas instituído no município, ou gozando dias quer tem direito por terem sido voluntários nas eleições de outubro, outros podem ter atestados e por ai vai.
Fica fácil generalizar, inclusive para o senhor Serlau que todos sabem que foi o fotografo, que em vez de estar desempenhando sua função de motorista, parece que estava trabalhando para o setor de imprensa.
Concordo que quem faltou sem as devidas justificativas tem que ser punido conforme prevê a lei em vigor e que com certeza será apurado através do ponto de cada servidor.
Herculano
19/11/2018 10:57
LEI ACABA RECONHECIMENTO DE FIRMA EM CARTóRIOS, por Cláudio Humberto na coluna que publicou nesta segunda-feira nos jornais brasileiros.

Está em vigor desde outubro a Lei 13.726/2018, que acabou mais uma vez o reconhecimento de firma e autenticação de fotocópias, além de livrar o cidadão da exigência de apresentar documentos ou declarações que o governo já tem em seu poder. O lobby inescrupuloso dos cartórios tornou letra morta a extinção dessas mesmas exigências, no governo João Figueiredo, quando Hélio Beltrão foi ministro da Desburocratização, entre 1979 e 1983. Pouco a pouco, tudo voltou.

INDÚSTRIA BILIONÁRIA
A "indústria da desconfiança" rendeu aos cartórios R$15,7 bilhões retirados do bolso dos brasileiros somente em 2017.

INACREDITÁVEL
O cidadão era obrigado a deixar algum para que os espertos, em troca de um carimbo, atestassem que sua assinatura era mesmo dele.

PROPOSTA CUMPRIDA
A lei 13.726 foi proposta no Senado e incorpora iniciativas do presidente da República, Michel Temer.

VIDA MAIS FÁCIL
A lei também impede que órgãos exijam do cidadão a apresentação de certidão ou documento expedido por outro órgão do mesmo Poder.

NO DF, 72,7% ACREDITAM QUE O PAÍS VAI MELHORAR
A expectativa de melhoria do País no governo Jair Bolsonaro, entre os eleitores de Brasília, atinge 72,7%, segundo levantamento do instituto Exata OP. As primeiras escolhas do presidente eleito também foram aprovadas pelo mesmo percentual, 72,7%. O otimismo em relação ao futuro é forte: 59,6% acham que haverá melhoria significativa no padrão de vida. O Exata ouviu 1.528 eleitores de todas as regiões, idades, classes sociais, religiões e também grau de escolaridade.

VOZ DA EXPERIÊNCIA
O otimismo dos brasiliense chega a 82% entre os que têm mais de 60 anos. Entre jovens de 16 a 26 anos, 60% acham que tudo vai melhorar.

PESSIMISMO EM BAIXA
Os dados revelaram queda substancial de pessimistas e apenas 10,8% dos entrevistados acreditam que a situação do País vai piorar.

CONFIANÇA EM ALTA
De acordo com a pesquisa, 28,8% confiam "plenamente" em Bolsonaro e 25,6% "parcialmente". Há 29,2% ainda em dúvida.

CAÇADA À IGNORÂNCIA
Servidores do TST estão inconformados com a censura ao cineminha semanal, que curtem há cinco anos na hora do almoço. Mês passado, o filme "Caçada ao Outubro Vermelho", com Sean Connery, de 1990, foi proibido por suposta "propaganda contra o PT" pela "bancada de esquerda" de ministros que não sabem o que fazem. Que nível...

MACONHA EM CASA
A Comissão de Assuntos Sociais do Senado deve analisar nesta quarta (21), um substitutivo da senadora Marta Suplicy (MDB-SP) ao projeto descriminalizando o cultivo da maconha para "uso pessoal terapêutico".

PARECE RETALIAÇÃO
Está ficando ruim para o TSE a procura de cabelo em ovo, nas contas de Bolsonaro, enquanto silencia sobre os R$20 milhões gastos pelo PT na "campanha" de um presidiário. Parece retaliação às campanhas que, de tão baratas, desmoralizaram os fundos Partidário e Eleitoral.

GAROTO PROPAGANDA
O presidente eleito Jair Bolsonaro parece ter ouvido os insistentes apelos de aliados, até quando sai às ruas, no sentido de "parar de fazer propaganda da Folha". Ele tem evitado criticar o jornal.

MENTIRA REPETIDA
A página do PT no Facebook publica vídeos editados de interrogatórios de Lula à Justiça, insistindo na mentira de que "não há provas" contra ele. A defesa de Lula discorda: jamais as contestou nos autos, segundo observou o ministro João Otávio de Noronha, presidente do STJ.

QUATRO ANOS, 15 CPIS
Em sua 55ª Legislatura, Congresso empossado em 2015 bateu recorde na quantidade de Comissões Parlamentares de Inquérito no milênio. Foram 15 ao todo, incluindo a CPI da Petrobras. Noves fora, nada.

ADVOGADOS ARMADOS
Após desenterrar projeto que criminaliza prostituição, o presidente da CCJ da Câmara, Daniel Vilela (MDB-GO), desengavetou outro projeto, que dá a advogados o direito ao porte de arma de fogo para defesa.

FALTA TRABALHO
A eleição acabou e o ano está chegando ao fim, mas a Câmara ainda não retomou o ritmo de trabalho. Nesta segunda (19), feriado no Rio e São Paulo, só há três eventos marromenos confirmados na Câmara.

PENSANDO BEM...
Quando é que a Seleção vai jogar muito, tanto quanto Tite fala muuuuuito?
Renato Luiz Nicoletti
19/11/2018 10:56
Na sua narrativa sobre a saída de filiados do PSDB, faltou mencionar que diferentemente das posições estadual e nacional, nós nos posicionamos de forma diferente nas eleições municipais de 2016. Seria muito mais fácil a tradicional política das velhas alianças subservientes, dos acertos por cargos, etc. Rompemos com isso. Não ganhamos a eleição, porém não perdemos nada. Ao contrário. Evidenciamos a existência do partido na cidade, sem nos preocupar com a ocupação de cargos em uma campanha franciscana. De qualquer forma, o título do texto é perfeito com relação ao pensamento dos filiados do nosso partido. Não defendemos politico corrupto e cobramos nossas lideranças.
Herculano
19/11/2018 10:50
POLÍTICA É ATIVIDADE DE PECADOR,por Marcus André Melo,
Professor da Universidade Federal de Pernambuco e ex-professor visitante do MIT e da Universidade Yale (EUA), para o jornal Folha de S. Paulo

Não se trata de criminalização da política mas de colonização da política pela moral

"Política é atividade para pecador." A conclusão é de Hermes Lima (1902-1978), do alto de sua vastíssima experiência política como ministro do Trabalho, deputado, primeiro-ministro, chanceler e ministro do STF.

Lima referia-se aos inúmeros "pecadillos" que marcam o quid pro quo da formação de alianças e negociações políticas e não à corrupção como método de governo.

Esses "pecadillos do bem" confundem-se com a atividade política, sobretudo em regimes presidencialistas e multipartidários, sustentou Robert Dahl (1915-2014), o mais importante cientista político do século 20.

Sob o parlamentarismo, sustenta Dahl, as funções simbólicas - de chefe de Estado e representação da nação - e executiva - de chefe de governo - são separadas; monarcas e presidentes cerimoniais ocupam-se da primeira, e o primeiro-ministro da segunda. No presidencialismo, essas funções sobrepõem-se no mesmo agente.

A opinião pública espera que "o presidente atue como líder partidário e negociador habilidoso que bajula, manipula, ameaça e coage o Congresso de forma a garantir votos para que promessas e políticas sejam implementadas. Mas também que o presidente seja um exemplo moral, um ícone a quem se atribuem qualidades de inteligência, conhecimentos, compaixão, e caráter acima dos mortais". (Dahl)

O presidente não pode cometer pecados sérios - em que suas falhas de caráter tornam-se evidentes; quando o faz as consequências são desastrosas. Mas pecadilhos - o rame-rame da barganha política - que refletem estratégias de acomodação e manipulação são constitutivos da política, sobretudo em contextos multipartidários.

Exigir que a política seja limpa de trocas corruptas ?"o que se tornou mais que exigência, um imperativo?" não implica que não sejam necessárias barganhas e transações que são a essência das relações Executivo-Legislativo. Entendê-las como criminalização é incorrer em erro interpretativo: significam, na realidade, a colonização da política pela moral.

A vida privada e suas escolhas morais e religiosas não cumprem papel algum nas escolhas políticas de uma sociedade liberal. Nela não há lugar para perfeccionismo moral, o que não significa que não há espaço para as virtudes. Mas que as únicas admissíveis sejam aquelas que fazem parte do republicanismo clássico: as virtudes políticas, tais como compromisso com a coisa pública ou a tolerância.

Assim, mesmo que o imaginário social sob regimes presidencialistas faça exigências morais sobre governantes - e vale lembrar, também sobre os governados -, há limites que são dados pela necessária separação entre moral e política, entre política e pecado.
Herculano
19/11/2018 10:42
ITAMARATY BUSCARÁ "FALCATRUAS" DO PT NA DIPLOMACIA, ANUNCIA NOVO CHANCELER, por Josias de Souza

Futuro chanceler do governo de Jair Bolsonaro, Ernesto Araújo anunciou que fará um "exame minucioso" da política externa praticada nos governos do PT. O objetivo é buscar "possíveis falcatruas". Ele fez a revelação ao responder às críticas que recebeu de Celso Amorim. Chefe do Itamaraty nos dois mandatos de Lula, entre 2003 e 2010, Amorim dissera que a escolha de Araújo representa um "retorno à Idade Média."

Oscilando entre a ironia e a promessa de retaliação, o escolhido de Bolsonaro escreveu no Twitter, na noite deste domingo: "Celso Amorim diz que represento um retorno à Idade Média. Não entendi se é crítica ou elogio, mas informo que não retornaremos à Idade Média, pois temos muito a fazer por aqui, a começar por um exame minucioso da 'política externa ativa e altiva' em busca de possíveis falcatruas."

"Política externa ativa e altiva" é como Amorim define a diplomacia que implantou depois da chegada de Lula ao Planalto. Uma das características enfatizadas por ele é a ausência de alinhamento automático com os Estados Unidos. Araújo, por sua vez, ecoa Bolsonaro na admiração pelo presidente americano Donald Trump, em quem enxerga qualidades para "salvar o Ocidente."

Após responder a Amorim, o futuro chanceler divulgou, também no Twitter, um quadro no qual enumerou seis tópicos sobre a política que pretende adotar no comando do Itamaraty. Definiu sua plataforma como "nova política externa". Esclareceu que pretende mantar apenas os pés no chão, não as mãos. Cabeça "erguida", escreveu, "não enfiada na terra."

* Na nova política externa, vamos negociar bons acordos comerciais, atrair investimentos e tecnologia.

* Não se preocupem. Os Brasil terá os pés no chão.

* Terá os pés no chão, mas a cabeça erguida!

* Terá apenas os pés no chão.Não ficará de quatro diante das ditaduras.

* Os pés no chão, mas não a cabeça enfiada na terra para não ver o grande embate mundial entre globalismo e liberdade.

* Os pés no chão, mas não plantados no mesmo lugar, e sim caminhando passo a passo rumo ao nosso destino
Herculano
19/11/2018 10:30
O CHOQUE DE REALIDADE EM BOLSONARO, por Leandro Colon, diretor da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo

Governo de transição expõe presidente eleito e o obriga a dar mais satisfações

Divisões no núcleo duro do governo, mal-estar com o Congresso, apelo de governadores por dinheiro, ministros enrolados com o passado, outros questionados pelo currículo duvidoso, e o risco de colapso de relevante programa social.

Após três semanas de transição, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, começa a se dar conta de que é muito mais fácil fazer campanha do que governar. No caso dele, uma campanha sem debates, com raras entrevistas e uma comunicação feita via rede social, escapando do contraditório.

A formação do novo governo inevitavelmente expõe Bolsonaro e o obriga a dar mais satisfações do que desejaria. Ele não disfarçou o incômodo em ter de responder sobre a segunda suspeita de caixa dois em torno do seu ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. "100% (da minha confiança) ninguém tem, ok?", afirmou aos repórteres em relação ao episódio divulgado pela Folha.

Onyx, aliás, tem sido alvo de críticas de parlamentares pela dificuldade de interlocução com o Congresso.
Chefe da economia, Paulo Guedes percebeu que o menosprezo ao Legislativo tem efeito nocivo para os interesses do Planalto. Não à toa, procurou o presidente do Senado, Eunício Oliveira, para aparar as arestas.

Panelas ficam evidentes na nova gestão. Há o grupo dos generais, a turma da relação política, a ala econômica e o clã familiar do presidente eleito. Cada patota tentando ocupar espaços, dar palpite e influenciar no jogo de xadrez bolsonarista.

O gesto da ditadura cubana de anunciar a saída do programa Mais Médicos jogou antes da hora no colo de Bolsonaro o desafio de provar que suas convicções ideológicas não comprometerão os mais necessitados. Ficará nas mãos do seu governo a vida de quem precisa de assistência médica nos rincões do país.

Nada dito aqui é novidade na política brasileira. FHC, Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer enfrentaram, reservadas as circunstâncias, problemas parecidos. A diferença é que, no caso de Bolsonaro, o governo de fato ainda nem começou.
Herculano
19/11/2018 10:26
da série: uma casta de sabidos que usam os pobres para fingirem de salvadores e para sugá-los nos pesados impostos a que estão obrigados

INTELECTUAL EM TRANSE

Conteúdo de O Antagonista. Demétrio Magnoli analisou por que os intelectuais "entraram em transe" com o triunfo de Jair Bolsonaro:

"Intelectuais, no sentido em que uso aqui o termo, geralmente são funcionários públicos. Suas vidas, seus salários e suas aposentadorias dependem do Estado. Medo de perder emprego ou renda - eis uma hipótese tentadora para explicar o fenômeno em curso. Se a chama do autoritarismo pulveriza a democracia, nenhuma lei ou tribunal protegeria os direitos dessa parcela do funcionalismo encarregada de pensar. O medo, porém, estende-se bem além disso.

Bolsonaro foi alvo de mais manifestos de intelectuais e artistas que o comum dos candidatos não petistas. A tradição moderna de manifestos eleitorais merece exame sociológico. Artistas os assinam pois cultivam a reconfortante ilusão de que seus fãs têm interesse em saber o que eles pensam. Intelectuais, por outro lado, têm plena ciência de que suas preferências eleitorais não mudam nem um mísero voto, em Belford Roxo ou no Leblon. Ao contrário do que parece, eles não assinam manifestos para impulsionar um candidato ou partido, mas para beneficiarem a si próprios.

Manifestos oferecem prestígio a quem os firma ?" e prestígio é o que buscam, acima de tudo, os intelectuais (...). É uma iniciativa de marketing heterodoxo que difunde uma marca e, potencialmente, amplia oportunidades profissionais. A classe dos caçadores de prestígio teme a perda coletiva de prestígio sinalizada pela ascensão de Bolsonaro ao Planalto."
Herculano
19/11/2018 10:14
O PECADO DO DESESPERO, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, no jornal Folha de S. Paulo

Não há como viver sem esperança, ensinam os nossos ancestrais hebreus

O desespero é um pecado. Deus disse que sua criação era boa. A ideia que a falta de esperança seja um pecado está no coração do hebraísmo antigo.

Tanto o judaísmo quanto o cristianismo e o islamismo carregam essa intuição antiga de um povo de pastores como um diamante em chamas em seu coração.

A falta de esperança como pecado é um fato bem conhecido por nós. De certa forma, como acontece com todo pecador consciente de sua cela, o desespero pode tornar você mais forte: a esperança pode ser uma fraqueza, como nos ensina Pandora (ela é o pior dos males escondido por Zeus na caixa de Pandora, para castigar a húbris humana de querer ter o segredo do fogo).

Quando você não tem mais nenhuma esperança, você se encontra na condição de Antígona, assim descrita pela fortuna crítica quando pensa a "psicologia" dos heróis trágicos: a calma que nossa heroína encontra ao final da peça homônima de Sófocles (morto em 408 a.C.), ao aceitar que deve morrer porque descende de um útero incestuoso. Antígona era filha de Édipo com sua mãe Jocasta.

A calma trágica pode ser uma força diante da inexorabilidade do mal no mundo.

No polo oposto, o rei Davi, nos seus belíssimos salmos, nos ensina que, mesmo ao atravessarmos o vale das sombras, Deus estará conosco, como nosso guia. Essa é a marca da esperança como uma das virtudes máximas no hebraísmo antigo (outra é a humildade). O desespero aqui peca contra a confiança no mundo.

Todo pecado descreve uma encruzilhada. Nesse caso específico, a falta de esperança interrompe a circulação sanguínea do espírito, coagulando-o na escuridão. Não há como viver no mundo sem esperança, ensinam-nos nossos ancestrais hebreus.

Acaba de ser publicada no Brasil, pela editora É Realizações (que inunda o mercado de livros no país com a beleza das letras distantes da boçalidade contemporânea), a peça "Esse Paraíso da Tristeza", do brasilianista Sébastien Lapaque.

Ela é escrita a partir de trabalhos de Stefan Zweig (1881-1942) e Georges Bernanos (1888-1948). A obra e a vida de cada um serve de inspiração para o autor imaginar como teria sido a conversa entre os dois gigantes em Barbacena (MG), na casa de Bernanos, em 1942. A visita a Bernanos de fato se deu naquele ano, pouco antes de Stefan Zweig se matar aqui no Brasil, país onde ambos viviam.

Além de elementos históricos do momento (a guerra, o nazismo, o fascismo latente do governo Vargas), no centro do drama está a questão da esperança. O sofrimento de ambos com o nazismo e o fascismo (Bernanos fugira da França por se opor ao fascismo, Stefan Zweig era judeu - nada mais é preciso ser dito sobre seu desespero naquele momento) é conhecido pela fortuna crítica.

Bernanos é um autor a quem tenho dedicado atenção há algum tempo. O vínculo, em sua obra, entre um olhar agudo para o mal no mundo e a presença sobrenatural da graça como sutil detalhe em meio a esse mundo, é encantador. Como diz o personagem Bernanos num dado momento da peça, a fé é "como uma gota de esperança no oceano de dúvida". Sua obra avança entre o nada e a graça. E, por isso mesmo, segue adentro do coração do hebraísmo antigo.

Como toda virtude, a esperança só brota na sua inteireza num terreno que lhe é hostil. Como estamos distantes aqui do farisaísmo moral que assola o mundo contemporâneo dos bonzinhos de coração e suas causas! Bernanos diz na peça que escreveu seis romances para tentar mostrar aos homens e às mulheres a presença do mal no mundo e em nós mesmos. Mas, como em toda boa teologia, o percurso pelo mal serve, antes de tudo, ao esclarecimento da visão da beleza e do bem que se esconde entre as trevas da realidade.

O Dostoiévski francês, como é chamado em seu país, era um homem que buscava a esperança como quem busca uma gota de oxigênio em meio ao vazio de ar. E aqui reencontramos a intuição do hebraísmo antigo: a esperança, assim como a coragem, são virtudes que se arrancam das pedras.

O hebraísmo antigo sabia que somente os pecadores verão a Deus. Nelson Rodrigues, que entendia profundamente da psicologia do pecador, traduziu essa máxima para "só os neuróticos verão a Deus".

Se a humildade é a melhor resistência à estupidez e a coragem o melhor antídoto à mentira (temas também de Bernanos), a esperança é um trunfo contra o medo que nos assola todo dia, mesmo aqueles que se dizem felizes, belos e bons.

Deixe seu comentário


Seu e-mail não será divulgado.

Seu telefone não será divulgado.