07/06/2018
ECONOMIA DESASTROSA I
A majoritária oposição na Câmara de Gaspar constituída pelo PT, PDT, PSD e o recém-chegado e premiado por esses partidos com a presidência da Câmara, Silvio Cleffi, PSC, diz estar preocupada com a “economia” que a administração de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, está fazendo. Diz a oposição que, olhando os relatos contábeis disponíveis, já se tem no caixa da prefeitura quase R$50 milhões. Exageros à parte. Verdadeiramente? A oposição está atirando chumbinhos para todos os lados, choramingando e dormindo no ponto. Perdeu o foco naquilo que é sua obrigação – e foi eleita -, ou seja, a de fiscalizar e levar às últimas consequências para à correção e punir os responsáveis pelos erros ou irregularidades. Está passando à sua frente leões e ela está enxergando apenas gatinhos.
ECONOMIA DESASTROSA II
Uma gestão pública não economiza, no máximo prioriza ou dá performance ao seu desemprenho, a não ser que o gestor público não saiba a razão dessa tal “economia”, ou não tenha planos para investir à sociedade àquilo que “economizou” e deveria redirecionar para o outro. Se não faz isso, vai, necessariamente, ter prejuízos políticos e de imagem. E gestor público vive essencialmente de imagem. É histórico. Vamos apenas a um número e um fato: O governo Kleber, dirigido pelo então secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, e prefeito de fato, o advogado e ex-presidente do MDB, Carlos Roberto Pereira, anunciou uma economia de mais de R$20 milhões no exercício do ano passado. Essa contabilidade não fechou. E por que? Porque do outro lado da conta ele ficou no prejuízo entre tantas coisas, mas a principal delas, com o desastre da Saúde Pública, exatamente pelas más escolhas – e companhias - que fez e o economizou em recursos. Tanto que, num gesto de desespero, depois de perder a presidência e a maioria Câmara, Kleber teve que demitir a sua segunda secretária de Saúde em menos de 15 meses e colocar lá, emergencialmente, o doutor Pereira.
ECONOMIA DESASTROSA III
Pior retrato e retrocesso na gestão arrogante e sem rumo não poderia acontecer. Além de tirar o gestor de fato do município da secretaria que ele criou com a sua cara na tal “Reforma Administrativa” que deu polêmica, desgaste e aumentou custo, Kleber teve que anunciar que “devolveria” os tais R$20 milhões economizados para ações emergenciais na Saúde. Mais: outros tantos milhões não serão capazes de reverter a má imagem desses 15 meses desastrosos, onde todos metiam o bico para salvar seus interesses corporativos, incluindo o próprio Silvio Cleffi, PSC, que é médico, funcionário público e cria política, vejam só, do próprio Kleber. É isso que a oposição de Gaspar ainda não percebeu. Melhor fatia deixar atual gestão MDB/PP/PSC “economizar”. Ela não sabe o que é isso. E já provou ser desastrosa co ponto de vista político, comunicação e imagem. A oposição está, em alguns casos, penso, tirando a corda do pescoço de Kleber, e só aparecer para a plateia bem antes da hora.
ECONOMIA DESASTROSA IV
A audiência pública do Quadrimestre da Saúde realizada recentemente pela Comissão de Gestão Pública da Câmara, mostrou isso de forma insofismável e praticamente não houve questionamento da oposição que não estava lá, a não ser presidente da comissão Cícero Giovane Amaro, PSD, e o presidente da Casa, Silvio Cleffi, que chegou atrasado na audiência. Gaspar é a que menos investe em Saúde entre os municípios ao seu redor, mesmo assim, está acima dos 20% mínimos como determina a lei. E nos meses de abril e maio, houve um acréscimo, a cada mês, de um milhão nas despesas dessa área, valor praticamente direcionados para o Hospital, onde a prefeitura “montou” um Centro Ambulatorial só para ela, para desafogar os postinhos nos bairros, fato que por si só mostra o erro de cálculo e planejamento, sempre denunciado aqui e à vista de todos. Enfim, como explicou o próprio secretário de Saúde, Carlos Roberto Pereira na apresentação muito do tal desastre estava na “economia” de pessoas no “orçamento” deixado pelo PT de Pedro Celso Zuchi. Todavia, o que era óbvio destravar, só foi feito quando o doutor Pereira se tornou secretário, os outros dois tiveram que seguir as suas ordens e economia e comer o pão que o diabo amassou. Com o doutor Pereira contratou-se médicos e agentes comunitários, a Saúde tomou rumo, surpreendeu Silvio, que não se conforma em não estar interferindo no processo. Acorda, Gaspar!
ECONOMIA DESASTROSA V
A percepção para os gasparenses, entretanto, nada mudou. O que mostra o quanto Kleber, Luiz Carlos e o doutor Pereiram erraram na gestão, na prioridade, na economia e no resultado. A imagem dessa área é tão ruim, que até boa notícia como a contratação de mais médicos para o Hospital nesta semana – o sugador de dinheiro bom dos gasparenses e que ninguém sabe dizer quem é o dono dele -, quando anunciada e publicada pelos veículos de comunicação local, mereceu maciça crítica nas redes sociais. O alvo foi o que classificam como mau atendimento dos médicos e enfermeiros. Este fato por si só, revela o tamanho do prejuízo político de Kleber com a tal “economia” e que a oposição teme, como se fosse uma vantagem competitiva. Por enquanto, não é. A outra, é o gasto que se faz pelo ralo com comunicação no governo de Kleber. Gente amadora, apadrinhada, parente, que aceita ser mandada por que não entende nada do assunto, se entende. Inchou-se a área com estagiários. Não é à toa que a comunicação da prefeitura como a Saúde, está na terceira titular, que teve o status: de então uma superintendente passou a ser diretora. Acorda, Gaspar!
A majoritária oposição ao governo Kleber, Luiz Carlos e doutor Pereira por enquanto faz circo. Parte dele, reconhece-se, faz estragos ao menos na imagem, mas de fato não muda os rumos tortos da gestão e até do que se estabelece na imnprobidade.
A oposição foi acertadamente contra a Reforma Administrativa que criou R$600 mil de despesas novas com comissionados e cargos de confiança. Mas, se lambuzou meses depois ao propor do nada, um “procurador geral em cargo comissionado”, com mais de R$9 de despesas mensais, para servir praticamente ao presidente Silvio Cleffi, PSC e à mesa diretora. E mais: quer mais polpudos cargos comissionados inchando a Câmara para o povo pagar com seus pesados impostos que que estão faltando a saúde, educação, creches, assistência social, obras.
A oposição foi contra a Reforma Administrativa, mas dois dos seus, Rui Carlos Deschamps, PT, funcionário público aposentado, e Wilson luiz Lemfers, PSD, votaram a favor dela. Coerência no discurso e no resultado, zero. Rui até, mais tarde, ensaiou um espetáculo para diminuir em 25% os vencimentos do prefeito (um dos maiores do estado), vice e secretários. Só discursos. Acaba de ser engavetado.
A oposição acertadamente pediu vários requerimentos, foi até a Justiça atrás de mandado de segurança para vê-los respondidos pelo prefeito; fez um auê na afiliada da Rede Globo que diz não assistir. Ali há coisas explosivas, mas não estão explodindo nada e ninguém. Por que? Estranho. O Observatório Social de Blumenau, por exemplo, feito de voluntários, em horários de folgas e bancando seus próprios custos, por muito menos já enquadrou prefeito, autarquia, Câmara e vereadores de lá.
Há denúncias de engordamento da margem do Ribeirão Gaspar na sua foz no Centro da cidade. E até agora, nada. Espera-se pelo Ministério Público. Enquanto isso, a máquina do errado continua engordando, desnudando...
E para encerrar e mostrar que se o Executivo “economiza”, o Legislativo gasparense e principalmente a majoritária oposição faz um papel no mínimo questionável ao resultado que a sociedade reclama dela.
O secretário de Planejamento Territorial, o engenheiro Alexandre Gevaerd, infringiu ou não um dispositivo constitucional como denunciou Cicero Giovani Amaro, PSD?
A oposição está esperando o Ministério Público agir naquilo que não pode esperar e a Câmara tem várias prerrogativas para agir em defesa do cidadão e da legislação em vigor que define os atos contra a Moralidade Pública? Acorda, Gaspar!
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