A PARTIR DE HOJE AS SESSÕES DA CÂMARA DE GASPAR COMEÇAM AS 18H30MIN. - Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

A PARTIR DE HOJE AS SESSÕES DA CÂMARA DE GASPAR COMEÇAM AS 18H30MIN. - Por Herculano Domício

15/05/2018

É PARA “FACILITAR” A PARTICIPAÇÃO POPULAR. DISFARCE. ATENDE INTERESSES DOS SERVIDORES PÚBLICOS PARA ACUMULAR SALÁRIOS DE VEREADORES E FUNCIONÁRIOS.

A Câmara de Gaspar já teve duas sessões noturnas por semana e com apenas quatro funcionários a assessorá-la. Virou e mexeu, sem a participação popular, entre eles, e nos segredos dos gabinetes, as suas excelências – não os atuais vereadores -, decidiram uma única sessão, às 15h30min. Hoje, gradativamente, com 28 funcionários (15 comissionados e 13 efetivos) a ajudá-los.


No ano passado, um grupo de vereadores pediu o que se aprovou na semana passada. O pedido, todavia, foi barrado no voto. Foi a turma da base de apoio de Kleber Edson Wan Dall, MDB, que fez isso, incluindo o atual presidente, Silvio Cleffi, PSC.


Desqualificaram todos os argumentos enumerados pelos autores daquele pedido, incluindo, o “melhor acesso da população” – fora do horário comercial - à discussão dos temas polêmicos, de interesse da coletividade e que os vereadores, no escurinho dos bastidores, viram e mexem, tramam e aprovam aos interesses deles, do governo ou como agora, da majoritária oposição.


Kleber e a sua bancada governista, na verdade, pensaram no ano passado em dois casos. O primeiro deles é que o governo estava fazendo várias intervenções em diversos privilégios dos servidores. E por isso, não queria sentir o bafo deles e do Sintraspug em plenário complicando a vida do ex-secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, Carlos Roberto Pereira, do prefeito e facilitando a vida da então minoritária oposição, ou de parcela da imprensa na cobertura dessas pautas factuais desgastantes no ambiente político do poder.


O segundo caso, estava numa queda de braço do mais longevo dos vereadores e que hoje está licenciado para ser presidente do Samae, José Hilário Melato, PP, com o seu subordinado naquela autarquia, o funcionário efetivo, vereador de oposição ao governo, Cícero Giovane Amaro, PSD. Cícero não amansou e com o conflito de horário de Cicero na Câmara e o seu trabalho no Samae, foi obrigado escolher à Câmara, com o vencimento maior dos dois.


Cicero queria trabalhar no Samae com algumas regalias, ganhar lá normalmente, e ao mesmo tempo exercer a vereança, acumulando assim, os salários de ambos.


A queda de braço de Cícero já tinha expressa quando foi defensor ferrenho e autor de uma proposta para que vereador eleito não assumisse secretaria ou presidências de autarquias e fundações, num ataque direto a Melato. “O leitor quando vota no vereador é para ele exercer o cargo, ser fiscal, e não se alinhar com quem devia ele fiscalizar”, sustentou. A proposta de Cícero não foi adiante.


A CONQUISTA DA SOCIEDADE

Resumindo. O que aconteceu na Câmara na terça-feira passada, na minha opinião, foi algo triste: não foi nada autêntico. Seja pelo que relatei ou pelo resultado em si. Reapresentado, o projeto. Não teve defensor nos 15 minutos concedidos regimentalmente. O toque frio foi do relator, Roberto Procópio de Souza, PDT e que sempre defendeu essa proposta. Depois, um silêncio só. Todos votaram a favor da ideia, inclusive Ciro André Quintino, MDB, o único que não assinou o Projeto de Lei.


E quem votou contra da outra vez como ficou no discurso trocado de terça-feira, menos de um ano depois? Ou seja, à realidade, mais uma vez se impôs. Desta vez, ninguém quis passar o recibo de “ser contra a suposta facilitação da participação popular nas sessões da Câmara” e assim, “manchar” o currículo pela segunda vez, ser cobrado no palanque deste ano, e principalmente no de 2020 quando haverá a possibilidade da reeleição.


Pior é saber que essa tal “conquista da sociedade” como se saudou e no fundo assim deveria ser considerada, vai beneficiar os vereadores servidores. Eles poderão acumular vencimentos, pois seus horários “de trabalho” não serão, digamos assim, coincidentes nas duas atividades. E até agora, não ouvi ninguém a renúncia a esse “direito” de acumular ganhos financeiros.


Com essa prática – o acumulo de funções e remuneração - desmancha-se a falsa ladainha de que o vereador é 24 horas sete dias por semana. Se é, não poderia acumular. Não sobraria tempo para focar no trabalho como servidor a favor da população quem o verdadeiramente lhe paga. No mínimo, não é ético esse acúmulo, apesar de legal.


Ética, entretanto, não é coisa – por tudo que se vê no noticiário – que combina com política e políticos.


Perguntar, não ofende: o vereador vai deixar de usar o caríssimo smartphone que a Câmara comprou para ele com o dinheiro do povo enquanto ele estiver no horário do serviço público? Vai deixar de representar e atender o seu eleitorado no horário de serviço na repartição, arriscando-se a perder votos, ter abalos na sua imagem? Pior: não vai usar o órgão público para fazer um eventual balcão de facilidades?


A lista perguntas inconvenientes, éticas, óbvias, necessárias e sem respostas, com dúvidas, é longa.


O próprio presidente da Câmara, Silvio Cleffi, PSC, que é médico cardiologista, já deixou a especialidade na policlínica porque a obrigação de dar expediente, cobrado, se mostrou incompatível com a função representativa de presidente da Casa. Ele ainda está no postinho do Bela Vista com funcionário público municipal na clínica geral, além de acumular essas obrigações com as atividades profissionais em ambientes particulares. Devido a isso, a sua ausência na representação do Poder Legislativo é notória, sentida e criticada. Então...


A INCOMPATIBILIDADE DE TAREFAS E HORÁRIOS

Tanto que devido a esse acúmulo, Cleffi está querendo inchar a Câmara como nunca viu antes. E é para fazer parte da função dele na representatividade legislativa, como está na exposição do polêmico projeto 20/2018 em trâmite na Casa. O PL tenta criar a tal função de “procurador geral” de mais de R$9 mil mensais para um comissionado; está nos discursos que Silvio fez, posteriormente, sobre esse assunto e já comentado aqui. Está naquilo que quer criar mais.


Outra. Quando alguém, servidor público ou trabalhador em qualquer outro ambiente, candidata-se a vereador ou vereadora, presume-se ele ou ela saber o que fará se eleito bem como as obrigações que terá perante à Câmara, diante às exigências dos seus eleitores e consequentemente, demanda que isso trará na disponibilidade do seu tempo para essa nova atividade política (e administrativa, pois gerencia um assessor, comissões, visitas, reuniões, fiscalização, eventos...), a qual gerará incompatibilidade ao que ele faz. Depois de eleito, fica mexendo os pauzinhos para a Câmara se adaptar às suas incompatibilidades? Hum!


Sabe onde isso vai dar? Na perda da credibilidade do político. Ou ele acha que o discurso que faz terá a mesma autoridade quando se sabe que ele faz as duas coisas mal, o trabalho e a vereança, só para acumular salários? Ai, ai, ai.


A outra ressalva que todos fizeram na aprovação da mudança de horário das sessões ordinárias da Câmara é que ela não vai alterar, ou trazer mais custos. É pagar para ver. Segundo, se anunciou, as horas noturnas serão compensadas. Será? Para quem já foi contratado para trabalhar 40h por semana, mas na isonomia está trabalhando apenas 30h por semana, mas com salários de 40h, tudo é possível e permitido.


As sessões na Câmara de Gaspar voltam a ser noturnas a partir de hoje, mas não foi exatamente uma conquista da sociedade, nem do presidente Silvio Cleffi, PSC, que já foi contra essa ideia. Acorda, Gaspar!



TRAPICHE

O contabilista Rodrigo Fontes Schramm morreu prematuramente aos 53 anos e será sepultado hoje. Ele, como poucos, encarnou no PT de Gaspar o aparelhamento como arma de domínio das instituições e o enfrentamento ao establishment (a então a elite social, econômica e política local). Os meus comentários aqui, sempre desnudaram isso.

Conheci pessoalmente esse tipo de pensamento bem como as ações dele, na sua determinação para ter maioria no Conselho do Hospital e à tentativa de dominar a Acig, onde inicialmente foi o seu tesoureiro na gestão de Samir Buhatem. Neste último caso, não conseguiu plenamente a sua intenção. Preferiu, então desmoralizá-la e no outro passo, fortaleceu a Ampe para contrapor às ideias da Acig. Teve sucesso. E desde então a Acig se tornou fraca em relação à sua história e influência do passado.

A determinação sacerdotal de Rodrigo em favor do seu PT, do aparelhamento e poder de mando, todavia, só foi interrompida num erro operacional quando ele foi secretário de Comércio, Indústria e Turismo, no segundo mandato do ex-prefeito Pedro Celso Zuchi.

A promoção da ExpoGaspar virou peça de propaganda política. Ela respingou diretamente em Zuchi. Além disso, a prestação de contas do evento sofreu questionamentos administrativos. Consequentemente, interrompeu-se as edições seguintes da ExpoGaspar. Estes dois fatos custaram a carreira na gestão pública de Rodrigo. Inconformado, retirou-se e passou a atuar e influenciar fortemente nos bastidores. Nos últimos tempos, estava mais focado em projetos profissionais e pessoais.

José Carlos Spengler, cabo eleitoral do mais longevo vereador de Gaspar, José Hilário Melato, PP, e empregado por ele como assessor parlamentar do suplente José Ademir de Moura, PSC, depois de José Carlos perder a coordenação da Câmara Mirim e ser completamente indenizado por isso, está à procura de quem o delatou no Ministério Público, o que cuida da Moralidade. Ele acha que foi “traído” dentro da própria Câmara. Pode até ser...

Mas, José Carlos está caçando fantasmas. Ele reluta perceber que a sua própria rede social e sua natural exibição pela viagem que fazia à Terra Santa e Roma, a 12 mil quilômetros daqui, por mais de duas semanas, em pleno horário de serviço que deveria estar prestando em Gaspar, foram os que construíram as provas para o MP agir e abrir o inquérito civil público? Precisava alguém delatar? A cidade inteira sabia do passeio dele. Ingênuo!

Espera-se que José Carlos, Melato, Moura, mesa diretora e funcionários da Casa não inventem falsas provas como acúmulo de banco de horas trabalhadas para serem compensadas à ausência não anunciada, não registrada e não justificada até então. O que José Carlos parece não perceber é que o MP não é tão ingênuo quando ele. Aliás, a exigência de cartão ponto para os assessores parlamentares diminuiria essas dúvidas. Hoje, terminado o mês, o vereador assina uma folha à mesa diretora, afirmando que o assessor trabalhou o mês inteiro para ele.

Este registro é antigo e mostra como funciona o discurso do PT para enquadrar os outros e se comunicar com analfabetos, ignorantes e desinformados. É do dia em que a ex-líder do PT na Câmara, Mariluci Deschamps Rosa entrou de licença. Ela lembrou que os gasparenses estão pagando desde abril 40% a mais de Taxa de Iluminação nas contas de luz, graças aos votos do MDB e ao PSDB.

Seletiva. Mariluci excluiu da culpa gente como Silvio Cleffi, exatamente por ser seu aliado de agora, e o PSC, partido de Cleffi e de José Ademir de Moura, que votaram a favor desse aumento. E para desespero de Mariluci, Franciele Daiane Back, reforçou que voto dela naquela matéria foi pessoal, a favor da posição do governo que defende. A presidente do PSDB, Andreia Simone Zimmermann Nagel tinha dado orientação contrária. Fraciele resolveu ignorar. O fato, na época, que deu um bafafá nas redes sociais.

O vereador Francisco Solano Anhaia, MDB, empresário do ramo, sugeriu ao presidente Silvio Cleffi, PSC, economizar dinheiro com a água natural comprada e servida na Câmara. Ao invés das garrafas de 500ml, substituí-las, só pelas bombonas de 20l, mais em conta. Faz tempo. Até agora, todos bebendo das garrafinhas.

Ilhota em chamas I. Na coluna de sexta-feira, feita especialmente para os leitores e leitoras do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação e retorno em Gaspar e Ilhota, mostrei como o prefeito Érico de Oliveira, MDB, tentou, e não conseguiu, apesar de ter expressiva maioria na Câmara, reduzir o orçamento da Educação dos atuais 30% para o obrigatório mínimo constitucional de 25%.

Ilhota em chamas II. Impressionante. Na área de comentários do Facebook, onde o artigo estava disponível, apareceu gente para aplaudir à iniciativa do prefeito. Não devem ter filhos em escolas públicas. Ou seja, quanto mais analfabetos, ignorantes e desinformados melhor para os políticos e os que usufruem desse circo do atraso e poder.

Samae inundado. Quem paga a conta são os gasparenses. E várias vezes. Não será o primeiro e nem o último. Tudo mal feito. Mal sinalizado. E ninguém pessoalmente na autarquia responsabilizado. Está na Câmara para ser aprovado o Projeto de Lei 37/2018. O que ele diz? Autoriza o Samae de Gaspar indenizar Marília Luetzow, dos danos causados no seu veículo VW FOX, por conta do acidente ocorrido no dia 20 de fevereiro de 2018, na Rua Pedro Simon, defronte ao nº 663, ocasionado pelo rompimento da rede de distribuição de água, que provocou a abertura de um buraco na pista de rolamento. O acordo é de R$ 538,50. Acorda, Gaspar!

Joaquim Barbosa desistiu de ser candidato a presidente da República. Aliás, ele nunca se declarou candidato. Fez marolas e a imprensa, em busca do novo, fez manchetes. Entre as alegações dele, estava a de que não estaria disposto ser devassado durante a campanha.

Afinal, o que um juiz, ex-ministro do Supremo, tem a esconder da nação? O que ele não queria, de fato, era fazer campanha, mas sim ser nomeado presidente, como foi ministro do STF. Barbosa, reconhecidamente nunca foi muito afeito ao trabalho e de coisas trabalhosas, bem como o de ser contrariado nas suas teimosias ou ideias.

Documentos revelados pela CIA, o departamento de inteligência norte-americano, mostrou que o ex-presidente da ditadura militar, Ernesto Geisel, sabia e concordava com tortura e mortes do seu governo, executadas sob as ordens de um futuro outro presidente militar, João Figueiredo. Isso vinha desde a época de outro general, Emílio Garratazu Medici.

Quem viveu essa época, sabe o quanto foi perigoso ter opinião naquela época. Preocupa-me hoje são os jovens flertarem com o saudosismo que não conheceram, não viveram e nem se interessam no presente saber como e o que era. Os ditadores, sejam eles de esquerda ou de direita são em ambos os lados, incapazes ao diálogo, à transparência, à liberdade de expressão e ao respeito da posição divergente.

Alguns vereadores de Gaspar estão intrigados. A área de comunicação, comandada com a mão de ferro pela leiga mesa diretora da Câmara, sob a alegação de que houve uma falha técnica, diz não ter gravado um trecho do áudio de uma sessão recente. Exatamente nela, o presidente Silvio Cleffi, PSC, saudou um funcionário fantasma como sendo da Casa e que o serve, como se subordinado dele fosse e porta-voz de ordens internas.

Perguntar não ofende. A gravação da sessão da Câmara não possui valor de documento com fé pública? Não é a partir dela que se produz a ata das sessões do Legislativo Municipal? Omitir na ata fatos ocorridos na sessão não é algo grave que beira à falsidade ideológica? Pode um estranho ter autoridade num ambiente público administrativa e juridicamente organizado? Acorda, Gaspar!

Enterrado. O projeto de lei 80/2017 do vereador Rui Carlos Deschamps, PT, funcionário público aposentado, acaba de ser arquivado. Ele reduzia em 25% os vencimentos do prefeito, vice e secretários de Gaspar, e que estão entre os maiores do estado, apesar do município não ser tão relevante economicamente assim como esses maiores em orçamento e arrecadação

A iniciativa do vereador foi uma retaliação a cortes e mudanças impostas por Kleber Edson Wan Dall, MDB e que desagradaram os servidores. Inócua. Só para dar manchetes. A oposição não tinha votos suficientes para ir adiante com o PL. E o seu arquivamento agora é algo natural e necessário, pois a redução deveria ter valido a partir de primeiro de janeiro deste ano.

Se as mesmas intenções alegadas pelo vereador Rui nas justificativas que estampou no projeto valerem, ele está obrigado a reapresentá-lo. E desta vez com chances reais de ser vencedor. Afinal, a oposição teria, em tese, votos na Câmara para tal. Acorda, Gaspar!

 

Edição 1851 - Terça-feira

Comentários

Herculano
15/05/2018 22:38
CAI O PANO

A imprensa de Gaspar acaba de descobrir o que os leitores e leitoras desta coluna há cinco meses sabem sobre as jogadas de poder do presidente da Câmara, Silvio Cleffi,PSC.

É sempre assim. Vira e mexe, os personagens da cena política e os críticos da coluna, lavam a alma deste escriba.

Afinal, o tempo é o senhor da razão.

E não se esqueçam: a proposta de inchamento da Câmara de Gaspar com polpudos cargos comissionados, não é apenas ideia de Silvio, mas dos que apoiam e o colocaram na presidência o PT, PDT e PSD, sempre gulosos por cargos.
Paty Farias
15/05/2018 18:57
Sidnei Luis Reinert, veja o comentário do jornalista Políbio Braga sobre as acusações da CIA aos militares.

"O editor não ficará surpreso se efetivamente for falso o memorando da CIA sobre execuções durante o regime militar.

Não seria a primeira vez que a política e a mídia tradicional usaria documentos falsos para interferir em processos eleitorais ou desmoralizar adversários.

Antes deste memorando, os brasileiros conheceram a Carta Brandi, 1955, o Plano Cohen, 1937, e mais recentemente o Dossiê Cayman, usado por colloridos nas eleições de 1998, visando atingir os tucanos Serra e FHC."

Acredito tanto quanto o Lula sairá da cadeia para concorrer nas próximas eleições.
É apenas a Globo, Vênus Platinada que agora mudou de cor, é Vermelha Encardida com medo da dupla Bolsonaro/Mourão.
Sidnei Luis Reinert
15/05/2018 14:58
O memorando da CIA! Geisel malvadão! E a trama contra Bolsonaro e os militares!

https://www.youtube.com/watch?v=ifylYO83m7o
Sidnei Luis Reinert
15/05/2018 14:49
Fake News dos supostos documentos da cia:

Quem manda no cara do CFR que ataca militares?


Artigo no Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Nelson Bruni

QUEM É Matias Spektor? É um professor e pesquisador de Relações Internacionais. Nascido em Rosário, na Argentina, cresceu na Bahia e em Brasília. Fez graduação e mestrado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília, e mestrado e doutorado em Relações Internacionais pela Universidade de Oxford. Spektor é professor e coordena o Centro de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas em São Paulo. Também é colunista do jornal Folha de S. Paulo.

Spektor foi o primeiro ocupante da Cátedra Rio Branco da King's College de Londres e o primeiro Global South Fellow da London School of Economics. Foi também pesquisador visitante no Woodrow Wilson International Center for Scholars e no Council on Foreign Relations, ambos em Washington.

Deste modo não necessitamos de mais nada para traçar um perfil deste "PROFESSOR" e suas "INTENÇÕES" em relação ao suposto documento encontrado "POR ACASO" com informações sobre execuções sumárias no Brasil ordenado por militares. Somente dois fatos sobre este "SR" já chama a atenção e me deixa preocupado:

A) é colunista da Folha de São Paulo

B) pesquisador visitante no Woodrow Wilson International Center for Scholars e no Council on Foreign Relations, ambos em Washington.
Esta entidade prega entre outras coisas a América única, sem fronteiras, nos moldes da URSAL.

O Council on Foreign Relations possui dentre outras atuações e funções o de introdução de regulamentações em escala mundial, que transferem a soberania das nações para organismos internacionais" procurando o estabelecimento de uma "Nova Ordem Global".

Tal ordem estaria associada à uma "uniformização econômica do planeta", e traria "no seu bojo as sementes de uma neo-religião híbrida, meio ecológica, meio ocultista (...) e cuja implantação resulta pura e simplesmente na destruição completa do cristianismo e do judaísmo".

Os principais agentes do globalismo seriam as fundações Ford, Rockefeller e MacArthur, como também George Soros e seus associados, o Clube Bilderberg, o Council on Foreign Relations, a Comissão Trilateral, como também, politicamente, o "Partido Democrata, Diálogo Interamericano.

Deste modo fica clara a atuação e ações deste "Sr" chamado "MATIAS SPEKTOR". São totalmente suspeitas, onde neste exato momento aparece com este "documento secreto" tentando denegrir as Forças Armadas do Brasil, quando um candidato apoiado por militares é o primeiro lugar nas pesquisas.

Diante do acima elencado fica fácil saber quem é o dono/controlador de "MATIAS SPEKTOR" e qual é o seu objetivo no Brasil.

A guerra de 5º geração continua!
Herculano
15/05/2018 12:29
E O ATRASO VAI VENCENDO, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

É surpreendente a dificuldade encontrada pelo governo para pôr em andamento o plano de privatizar a Eletrobrás

A situação da Eletrobrás é insustentável. Em vez de induzir o crescimento, ela está parada na contramão, acumulando resultados deficitários. Seu controlador, o Estado, não tem condições de realizar os investimentos necessários. A solução para o problema é, todos sabem, a sua privatização. Além de dar remédio às deficiências da estatal, a medida tem potencial de produzir efeitos muito benéficos para a economia do País, em tempos de difícil retomada.

Não deixa de ser surpreendente, portanto, a dificuldade encontrada para pôr em andamento o plano do governo federal de privatizar a Eletrobrás. Todos os passos encontram grandes resistências, em boa medida oriundas da própria base aliada do governo.

Em agosto de 2017, o governo de Michel Temer anunciou sua intenção de privatizar a Eletrobrás. Como a Lei 10.848/2004 havia excluído a estatal do Programa Nacional de Desestatização, o Palácio do Planalto expediu, no mês de dezembro, a Medida Provisória (MP) 814/2017, que retirou essa proibição. Tal medida encontra-se ainda em tramitação no Congresso, que parece não ter entendido a urgência do assunto.

Além disso, em janeiro de 2018, o Executivo apresentou ao Legislativo um projeto de lei definindo o modelo a ser adotado na privatização da Eletrobrás. Segundo a proposta do Palácio do Planalto, a desestatização deverá ser feita por aumento do capital social mediante subscrição pública de ações ordinárias. Assim, a participação da União seria diluída, deixando de ser majoritária. Também seria criada uma ação preferencial de classe especial, de propriedade exclusiva da União (golden share), de modo a assegurar poder de veto sobre algumas decisões de especial interesse público. No momento, o Projeto de Lei (PL) 9.463/2018 aguarda o parecer de uma comissão especial, sem previsão de data para ir a votação pela Câmara.

Como forma de destravar este complicado processo, o governo federal anunciou que incluiria, por decreto, a estatal no Programa Nacional de Desestatização. De fato, na quinta-feira passada, foi expedido o Decreto 9.351/2018 com o teor anunciado. No entanto, surgiu uma pequena novidade. Segundo o ato, o início dos "procedimentos necessários à contratação dos estudos pertinentes" à privatização da estatal ficará suspenso até que o Congresso aprove o PL 9.463/2018. Assim, mais do que agilizar a desestatização, o decreto presidencial oficializou a incerteza. Fez depender do Congresso o início dos trabalhos para a privatização.

Essa previsão parece ter sido resultado de uma exigência da Câmara dos Deputados, que almeja precedência no assunto. Tivesse o Congresso uma maioria minimamente sintonizada com o interesse nacional, o texto do decreto não causaria maiores transtornos, já que, diante das evidentes razões para privatizar a Eletrobrás, certamente o PL 9.463/2018 seria rapidamente aprovado.

Como se sabe, a atual composição do Congresso não manifesta especial interesse na privatização da Eletrobrás. A cada dia, constata-se uma nova resistência por parte de alguns políticos, desejosos de continuarem contando com a estatal a serviço de seus interesses. Não querem perder o butim ?" e por isso é tão preocupante que o Decreto 9.351/2018 determine esperar a aprovação do Congresso. É sinal de que o pessoal contrário à privatização está conseguindo incluir todos os obstáculos necessários para que a Eletrobrás continue exatamente como está.

Nessa demora, quem perde, uma vez mais, é a população. O contribuinte vê-se obrigado a bancar uma estatal deficitária. A infraestrutura do País fica cada vez mais defasada. O mercado de energia torna-se menos competitivo e, portanto, a conta de luz para as famílias e as empresas fica mais cara. Tem-se, assim, a vitória do atraso. O resultado podia ser diferente, mas para isso o interesse nacional tem de ser defendido com mais empenho.
Herculano
15/05/2018 12:27
A CABO SASTRE EDUCA, por Carlos Andreazza, editor de livros, no jornal O Globo

O que o bandido faria quando, revistando aqueles que emparedava, encontrasse a pistola da policial e, de repente, até mesmo seu distintivo? Não seja cínico na resposta

Não integra a equação reativa de uma policial treinada - ademais mãe - se o criminoso, que aponta arma de fogo contra uma dezena de pessoas (inclusive crianças, entre as quais sua filha), é negro, amarelo, branco, cinza ou verde. Ponto final. Antepor filtros político-engajados a um cálculo de defesa imediato é doença; uma das patologias de nosso tempo, essa em decorrência da qual, em espetacular inversão de valores, uma policial que age em perfeito, estrito, cumprimento de seu dever profissional pode ser tratada, achincalhada, como assassina, promotora de uma tal faxina social contra pobres. Oi?

É preciso lembrar, em nome da distribuição de responsabilidades, que armas de fogo não disparam sozinhas - e que muitas vezes, oh!, são disparadas para o melhor. Contra a mentira permanente, é necessário escrever que: na mão de policiais, a grande maioria dos quais agentes públicos honestos, os tiros geralmente são para o melhor, contra criminosos armados e em defesa da sociedade mais desguarnecida, sobretudo daquela sua parcela pobre, oprimida pelo tráfico de drogas e por toda sorte de atividade criminosa relativizada, quando não badalada, por intelectuais da maconha e do pó cujo único chão pisado é o dos automóveis blindados.

É preciso dizer-lhes, aos oportunistas da penúria, que existe um mundo que não o do faz de conta, um em que as coisas ocorrem com violência e de repente, e onde as pessoas, aquelas desprovidas de seguranças particulares, vivem; um em que às vezes é preciso atirar, ou atirar primeiro ?" um em que as pessoas não gostam de armas tanto quanto sabem que, em situações extremas (às quais se habituaram como normalidade), só uma pistola, na mão precisa e preciosa de uma policial como Katia da Silva Sastre, representa alguma chance de integridade, talvez de sobrevivência.

Problematizar o fato de um sujeito - ademais policial - reagir a ataque de outro é expressão do longo processo de apagamento da consciência individual promovido, com sucesso, por grupos de pressão influentes dedicados à engenharia social e, pois, a políticas de segurança pública que exploram a miséria e criminalizam a pobreza; essas patotas pensadoras, mui infiltradas no jornalismo, segundo as quais o bandido é um homem bom, de natureza virtuosa, a quem, no entanto, tendo sido negada a cidadania, só restaria o crime.

Se há quem goste de ver um indivíduo baleado: é exceção desprezível. Alguém que se alegre com a morte alheia: desprezível exceção. Ninguém fica feliz em assistir ao vídeo em que a policial alveja o bandido. Não é essa a sensação. As imagens não causam prazer, bem ao contrário; mas, desmontando a mistificação que criminalizou a polícia como instituição, a ninguém pode ser interditada a percepção de que segurança pública também se faz no mundo real, conforme a ação da cabo Sastre.

Sim, o bandido morreu. A humanidade o preferia vivo, recuperando-se no hospital, preso em seguida. Pergunte-se, porém, sobre o ato deflagrador da reação: não carregava ostensivamente um revólver, que apontava contra adultos e crianças, colocando-se ele próprio em posição de risco, quando baleado? Que espécie de gente perverte a realidade a ponto de criminalizar a ação impecável da policial que reagiu ao ataque e interrompeu a investida do criminoso, sem quaisquer outras vítimas? Que atitude esses engenheiros sociais esperavam da cabo Sastre? Que, no calor da hora, em vez de no tórax, mirasse nos braços ou nas pernas, reduzindo a superfície para acerto tanto quanto aumentando a possibilidade de troca de tiros e - aí, sim - de uma tragédia? Ou, claro, que deixasse o bandido agir, para que, armado, fizesse, na mais generosa projeção, sua expropriação? Pensemos, assim, na melhor hipótese de desfecho - a mais provável: que fosse apenas um assaltante, com a única disposição de roubar. O que ele faria quando, revistando aqueles que emparedava, encontrasse a pistola da policial e, de repente, até mesmo seu distintivo? Não seja cínico na resposta.

Ainda que à paisana, Katia era ali uma militar, condição que (como a de mãe) se impõe 24 horas por dia, em pleno cumprimento de sua função pública: não a de matar bandidos, efeito colateral do confronto; mas a de proteger a sociedade contra bandidos. Não é uma heroína, mas alguém muito mais importante, curto-circuito na mente revolucionária: uma mulher, policial, profissional exemplar, que honra seu dever - que tem senso de dever - numa sociedade em que as pessoas são viciadas em direitos e propensas ao vitimismo. A cabo Sastre educa.
mario pera
15/05/2018 09:59
Parabéns aos vereadores de Gaspar que mudaram horário das sessões legislativas para o período de inicio da noite, como é em grande parte das cidades e que propicia a condição de o vereador poder atuar em sua principal atividade profissional e evitar transformar o cargo em profissão. Na minha legislatura tínhamos por exemplo o servidor público Jacó Goerdert que atuava na sua função e podia participar das sessões normalmente. Convém ressaltar que o cargo de vereador náo é profissão e nenhum deles deveria depender do soldo que recebe como forma de auxilio às despesas (nem se vai discutir se é muito ou não). E no caso pode o servidor Cicero Amaro cumprir sua jornada no SAMAE e estar presente às sessões e receber o seu salario da profissão que exerce e a parte da Câmara. O que deveria ser discutido é a existencia de soldos tao elevados na vereança. E sim na nossa Legislatura eram 3 servidores: Dona Ieda, Dona Elza e o advogado Hercules..depois foi contratado sr Joao Neves para a função de motorista.
Herculano
15/05/2018 09:46
ESPREMIDOS OS DADOS, PESQUISA ACENA PARA CIRO; DIFICULDADES DE NOMES PRó-MERCADO DECORREM DAS LAVA-JATICES. ESPECULAÇÃO ESTÁ EM FESTA! por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

O dólar fechou ontem a R$ 3,62, o maior valor desde 7 de abril de 2016, quando caiu então, momentaneamente, a esperança de que Dilma Rousseff fosse ser deposta. A que se deve o movimento? Bem, quando os nervos estão crispados, um mosquito é um boi. Bastou a pesquisa CNT/MDA vir a público, e a reação do mercado foi de pessimismo. A Bolsa andou de lado, com uma oscilação positiva de 0,01%. E só não foi negativa em razão da alta do petróleo e do minério de ferro no mercado internacional, o que sustentou as ações da Petrobras e da Vale. E olhem que eu teria alguns reparos técnicos a fazer ao levantamento. Mas que importa? No essencial, os motivos para preocupação estão lá. E eu ousaria dizer que ele seria a tradução de uma população esquizofrênica não fosse o fato de que o país se tornou refém de uma anomalia, que é o Partido da Polícia (PAPOL) ter tomado o lugar de boa parte dos partidos da política. Por que digo isso? Vamos ver.

O prestígio eleitoral de Lula segue inabalado. No cenário em que aparece seu nome, tem 32,4% das intenções de voto, seguido por Jair Bolsonaro, do PSL (16,7%); Marina Silva, da Rede (7,6%), Ciro Gomes, do PDT (5,4%) e Geraldo Alckmin , do PSDB (4%). Sem o ex-presidente, Bolsonaro assume a liderança, mas crescendo muito pouco ?" entre 18,3% e 20,7% ?", seguido por Marina (de 11,2% a 16,4%), que está, no entanto, tecnicamente empatada com Ciro (entre 9% e 12%). O tucano Geraldo Alckmin vem em seguida com 4% a 8,1%.

Os números que estão no site da CNT:
CENÁRIO 1: Lula 32,4%, Jair Bolsonaro 16,7%, Marina Silva 7,6%, Ciro Gomes 5,4%, Geraldo Alckmin 4,0%, Álvaro Dias 2,5%, Fernando Collor 0,9%, Michel Temer 0,9%, Guilherme Boulos 0,5%, Manuela D´Ávila 0,5%, João Amoêdo 0,4%, Flávio Rocha 0,4%, Henrique Meirelles 0,3%, Rodrigo Maia 0,2%, Paulo Rabello de Castro 0,1%, Branco/Nulo 18,0%, Indecisos 8,7%.

CENÁRIO 2: Jair Bolsonaro 18,3%, Marina Silva 11,2%, Ciro Gomes 9,0%, Geraldo Alckmin 5,3%, Álvaro Dias 3,0%, Fernando Haddad 2,3%, Fernando Collor 1,4%, Manuela D´Ávila 0,9%, Guilherme Boulos 0,6%, João Amoêdo 0,6%, Henrique Meirelles 0,5%, Flávio Rocha 0,4%, Rodrigo Maia 0,4%, Paulo Rabello de Castro 0,1%, Branco/Nulo 29,6%, Indecisos 16,1%.

CENÁRIO 3: Jair Bolsonaro 19,7%, Marina Silva 15,1%, Ciro Gomes 11,1%, Geraldo Alckmin 8,1%, Fernando Haddad 3,8%, Branco/Nulo 30,1%, Indecisos 12,1%.

CENÁRIO 4: Jair Bolsonaro 20,7%, Marina Silva 16,4%, Ciro Gomes 12,0%, Fernando Haddad 4,4%, Henrique Meirelles 1,4%, Branco/Nulo 31,7%, Indecisos 13,4%.

A pesquisa testou ainda 16 cenários de segundo turno. Poucas hipóteses fazem sentido. E as que fazem não são nada alvissareiras. Lula continuaria a vencer seus opositores com os pés nas costas, como se diz. Bateria Alckmin por 44,9% a 19,6%; Bolsonaro, por 45,7% a 25,9%, e Marina, por 44,4% a 21%. Já nesses casos, os índices de branco e nulos são enormes, variando de 23,3% a 29,3%. Estes chegariam a ser explosivos sem o petista na disputa. Querem ver? Bolsonaro ficaria tecnicamente empatado com Ciro: 28,2% a 24,2%, mas os votos inválidos chegariam a 37,8%. Poderiam saltar para 42,5% se o candidato do PSL enfrentasse Alckmin, que perderia por 20,2% a 27,8%. Marina e o militar reformado empatariam em rigorosos 27,2%, mas a montanha de brancos e nulos somaria 37,8%

Seguem todas as simulações. Volto em seguida.

CENÁRIO 1: Lula 44,9%, Geraldo Alckmin 19,6%, Branco/Nulo: 30,0%, Indecisos: 5,5%.

CENÁRIO 2: Lula 45,7%, Jair Bolsonaro 25,9%, Branco/Nulo: 23,3%, Indecisos: 5,1%.

CENÁRIO 3: Lula 47,1%, Henrique Meirelles 13,3%, Branco/Nulo: 33,0%, Indecisos: 6,6%.

CENÁRIO 4: Lula 44,4%, Marina Silva 21,0%, Branco/Nulo: 29,3%, Indecisos: 5,3%.

CENÁRIO 5: Lula 49,0%, Michel Temer 8,3%, Branco/Nulo: 37,3%, Indecisos: 5,4%.

CENÁRIO 6: Jair Bolsonaro 28,2%, Ciro Gomes 24,2%, Branco/Nulo: 37,8%, Indecisos: 9,8%.

CENÁRIO 7: Jair Bolsonaro 27,8%, Geraldo Alckmin 20,2%, Branco/Nulo: 42,5%, Indecisos: 9,5%.

CENÁRIO 8: Jair Bolsonaro 31,5%, Fernando Haddad 14,0%, Branco/Nulo: 43,4%, Indecisos: 11,1%.

CENÁRIO 9: Jair Bolsonaro 30,8%, Henrique Meirelles 11,7%, Branco/Nulo: 46,3%, Indecisos: 11,2%.

CENÁRIO 10: Marina Silva 27,2%, Jair Bolsonaro 27,2%, Branco/Nulo: 37,8%, Indecisos: 7,8%.

CENÁRIO 11: Jair Bolsonaro 34,7%, Michel Temer 5,3%, Branco/Nulo: 49,5%, Indecisos: 10,5%.

CENÁRIO 12: Ciro Gomes 20,9%, Geraldo Alckmin 20,4%, Branco/Nulo: 48,1%, Indecisos: 10,6%.

CENÁRIO 13: Geraldo Alckmin 25,0%, Fernando Haddad 10,0%, Branco/Nulo: 53,2%, Indecisos: 11,8%.

CENÁRIO 14: Marina Silva 26,6%, Geraldo Alckmin 18,9%, Branco/Nulo: 46,0%, Indecisos: 8,5%.

CENÁRIO 15: Ciro Gomes 25,7%, Henrique Meirelles 9,0%, Branco/Nulo: 52,6%, Indecisos: 12,7%.

CENÁRIO 16: Ciro Gomes 30,4%, Michel Temer 5,6%, Branco/Nulo: 52,9%, Indecisos: 11,1%.

Os investidores botaram o pé no freio, e o cenário começa a ficar perfeito para especuladores. Olhando-se os dados acima, nota-se que os candidatos considerados mais afinados com um estado menos intervencionista não decolaram ainda. O mercado sabe que Lula não será candidato. Na realidade dada, vê Alckmin estagnado e Ciro encostando em Marina, mesmo sem um acordo com o PT.

O pedetista está perto de fechar um acordo com o PSB, o que lhe garantirá mais tempo na televisão do que terão Marina e Bolsonaro. Notem que ele aparece em empate técnico com Bolsonaro no segundo turno. Não há a simulação contra Marina Silva, mas tenho pra mim que não seria difícil ao pedetista bater a candidata da Rede.

Tudo somando e subtraído, a pesquisa está a apontar que, com Lula fora do páreo, e ele está, é Ciro quem está em ascensão, o que torna ainda mais incompreensível a tática adotada pelo PT. Mais um pouco nessa toada, e vai ficar tarde tanto para Lula tentar transferir votos a alguém como para fechar uma coligação com Ciro em condições altivas.

Imprevisibilidade
O que deixa o mercado em polvorosa? A imprevisibilidade, por enquanto, só aumenta. Querem ver? Segundo a pesquisa CNT/MDA, "para 65,6% dos entrevistados, a honestidade do candidato (?) será o principal fator levado em consideração; 47,7% considerarão novas propostas para o Brasil; 26,4%, a trajetória de vida; 12,1%, se o candidato é novo no meio político; 5,9%, o partido político ao qual o candidato pertence, e 3,4%, se ele é do meio empresarial."

Certo!

Durma-se com um barulho destes: 65,6% dizem que levarão em conta a honestidade, mas entre 44,4% e 49% poderiam votar em Lula no segundo turno. A equação não fecha porque nada fecha quando o país está submetido a um contínuo processo de descrédito da política e das instituições.

Resultado: o crescimento já entrou em marcha-a-ré, as expectativas se deterioram, e cresce a incerteza. Não é por acaso que os especuladores são hoje os maiores entusiastas do lava-jatismo, que é coisa distinta do combate à corrupção. Quanto mais bagunça, melhor. Mais eles ganham com a especulação
Herculano
15/05/2018 09:38
O QUE É POPULISMO, por Joel Pinheiro da Fonseca, economista, para o jornal Folha de S. Paulo

Como bons brasileiros, estamos sempre à espera de um milagre, de um bilhete premiado

Virou clichê acusar o político de que a gente não gosta de ser "populista". Se discorda de mim, que estou do lado dos fatos, é populista. Para evitar isso, procuro usar uma definição mais clara.

Considero populista o político que tem pelo menos uma dessas duas características, que costumam andar juntas: ele pratica a estratégia da divisão social, colocando de um lado o povo puro (seu eleitorado), e, do outro, uma minoria (em geral, uma elite) imoral ou corrupta.

Aqui pouco importa o conteúdo desse discurso: pode ser o povo trabalhador contra a elite do capital financeiro que o explora, ou os cidadãos de bem contra a elite progressista que quer corrompê-los. Em ambos os casos, o tipo de discurso é o mesmo, ainda que seja usado para defender políticas opostas.

Em vez de uma visão positiva de um bem comum ou de um objetivo nacional que nos leva a olhar para a frente, temos o ódio contra algum inimigo interno.

O segundo elemento, que em geral acompanha o primeiro, é negar que a realidade imponha limites ao que a política pode fazer. No caso do Brasil, negar a gravidade da crise fiscal do Estado brasileiro e minimizar as dificuldades para nosso crescimento acelerado.

Como bons brasileiros, estamos sempre à espera de um milagre, de um bilhete premiado que nos livre da necessidade de sacrifícios e escolhas difíceis. O populista já tem o remédio no bolso: propostas simples para resolver nossos problemas (ou ainda mostrar que eles não existem) sem que ninguém saia prejudicado, exceto talvez uma minúscula minoria de privilegiados.

Uns insistem que não existe déficit da Previdência; como se mudar definições mudasse a realidade. Outros prometem que aumentos de gasto público levam a um aumento da arrecadação. Ou ainda que nosso problema fiscal pode ser resolvido simplesmente com novos impostos sobre ricaços, passando longe de todo mundo que se vê como classe média.

Se isso não bastar, prometem a auditoria da dívida pública, que é uma roupagem legalista para o calote. Por fim, para fazer o Brasil crescer, não precisa se preocupar com os fundamentos da economia: basta baixar os juros na marra; ou o câmbio.

Se as soluções para o Brasil são simples e indolores, por que elas não foram aplicadas? Porque os interesses escusos, puramente malignos, das elites falam mais alto. Apenas o líder que representa os anseios virtuosos do povo conseguirá quebrar, por um ato de sua vontade, as forças do mal que mantêm o país no atraso.

Confiando na superioridade pessoal dele, somos vendados e caminhamos confiantes para o abismo, ao mesmo tempo em que os vínculos sociais que nos unem uns aos outros são destruídos para garantir seu poder.

A política de massas nunca será o campo para argumentação racional e de posições nuançadas. Ela trabalha com mensagens simples, valores e sentimentos.

E esses sentimentos podem apontar para destinos muito diferentes: o desejo de abrir mão de qualquer responsabilidade e jogar o trabalho a deus-dará; o medo reativo contra algum inimigo imaginário; a disposição de construir um futuro melhor. 2018 é um ano crucial para o Brasil: dentre as muitas opções ainda colocadas na mesa, a principal escolha é entre o populismo (à esquerda ou à direita) e a responsabilidade.
Herculano
15/05/2018 09:36
ATÉ QUANDO?, por Ana Carla Abrão, economista, no jornal O Estado de S. Paulo

Em tempos de revolução digital, é de surpreender que ainda dependamos de cartórios

Outro dia recebi uma ligação dizendo que o registro do meu imóvel estava vencido e que precisava de uma nova certidão emitida pelo cartório para evitar que meu pedido de remoção de uma árvore condenada fosse arquivado. Mais do que depressa, fui ao cartório e paguei as custas para a emissão da certidão ?" cujo prazo de validade é de 30 dias -, garantindo assim a autorização para retirar a árvore que ameaçava cair sobre a minha casa.

Fornecer essa informação à prefeitura me custou R$ 51, individualmente uma quantia irrisória. Mas significou também tempo, esforço e perda de produtividade, pois exigiu deslocamento e esperar numa fila para ter acesso a um pedaço de papel que ainda teve de ser entregue do outro lado da cidade. Além disso, meus R$ 51 ajudaram a engrossar uma receita que atingiu R$ 14,6 bilhões no ano de 2017 e que, além da parcela que entra como receita do cartório, alimenta um fundo do Tribunal de Justiça, outro do Ministério Público e em alguns Estados também ajuda os Tesouros estaduais a reforçar os caixas para custear despesas vinculadas ao sistema penitenciário.

Em tempos de revolução digital, não é difícil antever um futuro muito próximo em que a blockchain se torne a grande e única forma de conferir credibilidade às informações. É, portanto, de se surpreender que ainda dependamos tanto de instituições como os cartórios e que tenhamos de lançar mão de documentos físicos para garantir que as informações prestadas sejam verídicas. Ainda mais quando se trata de registros que deveriam estar unificados e acessíveis por órgãos públicos mediante uma simples autorização do cidadão. É como se manter na idade da pedra quando o mundo contemporâneo já se estabeleceu há muito e uma nova realidade digital já se impôs.

O Projeto de Lei 9.327/17, que cria a duplicata eletrônica, tenta trazer o avanço. Além do ganho generalizado de redução do custo do registro de garantias e do aumento da agilidade, o projeto traz um grande benefício às micro, pequenas e médias empresas que só têm no desconto de duplicatas o caminho para ampliar o seu pouco acesso a crédito. Ao tornar essas garantias mais seguras, o registro eletrônico reduz o custo de crédito não tanto para as grandes corporações, mas principalmente para um segmento que representa hoje 16 milhões de empresas, responde por 63% dos empregos com carteira assinada e 48% dos salários pagos no Brasil.

Conceitualmente, não diferimos muito do resto do mundo. Esse é um segmento que sofre os efeitos de balanços não confiáveis, da alta volatilidade e da pouca governança. A falta de acesso a dados sobre essas empresas gera incerteza quanto à qualidade do crédito e aumenta o prêmio de risco. Além disso, a falta de uma base de dados centralizada enfraquece a garantia. Com isso, a insegurança jurídica para cobrança e recuperação dos empréstimos é muito alta, o que se reflete em taxas de juros também mais altas.

Se essas garantias forem percebidas como de boa qualidade e críveis, ou seja, pouco sujeitas a fraudes, as evidências mostram que o mercado cresce e ajuda a alavancar empresas que, de outra forma, morrem sem acesso a financiamento para seus projetos. Isso reduz o diferencial de juros entre grandes e pequenas empresas. No Brasil, esse diferencial é hoje duas vezes maior do que na maioria dos países e é isso que o registro eletrônico das duplicatas quer combater.

Ao baratear o custo de registro e fortalecer as garantias, o registro eletrônico dá maior poder de barganha ao pequeno e médio empresário, ampliando a competição e diminuindo os juros do crédito. Todos ganham com isso, a não ser aqueles cujas receitas vêm do monopólio de atestar o que pode ser atestado de forma mais rápida, barata e transparente.

Ao tolerarmos que o atraso continue se sobrepondo ao avanço, estaremos também aceitando que empregos deixem de ser gerados, que boas empresas percam a chance de crescer e que pequenos empreendedores continuem presos aos juros altos. Até quando continuaremos presos ao passado, evitando que um futuro melhor nos garanta um país mais rico e próspero?
Herculano
15/05/2018 09:34
METADE DOS ELEITORES NÃO VOTARÁ EM PT OU MDB, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Levantamento Paraná Pesquisas sobre o perfil dos pré-candidatos procurados pelo eleitor revelou que 50,8% dos brasileiros não votarão em candidatos a deputado federal do PT. O nível de repúdio ao MDB é um pouco menor, mas a situação é de empate técnico: 49,5%. No caso do PSDB, o resultado tampouco é animador: 46,2% dos entrevistados declararam não pretender votar nos candidatos do partido, em outubro.

DEPENDE
Para 39,4%, votar no PSDB depende de quem é o candidato. No MDB, esse percentual é 36%. Apenas 27,7% poderiam ganhar o voto no PT.

VOTO RELIGIOSO
Curiosa coincidência: apenas 17,6% dizem que votarão em petistas e 17,6% afirmam que ser do PT eleva a chance de voto no candidato.

OLHA O PERIGO
Para 26% dos eleitores, ter a simpatia de juízes e promotores ligados à Lava Jato aumenta as chances de votar em determinado candidato.

PESQUISA REGISTRADA
O Paraná Pesquisa entrevistou 2.002 eleitores em 154 municípios entre 27 de abril e 2 de maio. Pesquisa registrada sob o nº BR- 02853/18.

EXPLORAÇÃO DOS PLANOS DE SAÚDE FICA PARA DEPOIS
A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara cancelou a audiência pública desta terça (15) para discutir aumentos abusivos dos planos de saúde, além da criação descarada, pela Agência Nacional de Saúde (ANS), do sistema de "franquia", semelhante a seguro de carro, para livrar os planos de despesas até determinado valor. Ninguém será obrigado a aderir à franquia, mas a ANS não impedirá que as operadoras, inescrupulosas, passem a oferecer apenas essa opção.

ESQUEMA CARA-DE-PAU
O usuário é quem vai pagar como particular, no sistema de franquia, exames e alguns procedimentos até o valor de R$3 mil até R$10 mil.

OLHA A MALANDRAGEM
Na "franquia", o usuário pagará como particular exames e consultas e terapias que representam 30% do total dos gastos das operadoras.

RELAÇõES NO ESCONDIDINHO
Pelo sistema de franquias, bolado no escondidinho das relações entre planos de saúde e ANS, mais uma vez o usuário sairá perdendo.

PRISÃO DE LULA É JUSTA
A pesquisa nacional CNT/MDA, divulgada nesta segunda-feira, 51% dos entrevistados classificaram como "justa" a prisão do ex-presidente Lula, petista condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.

RUIM PARA TODO MUNDO
A soma dos índices de confiança em partidos (0,2%) e no Congresso (0,6%) não chega a 1%. O governo federal tem a confiança de 2,2%, seguido pela polícia (4%) e a imprensa (5%). Dados são da CNT/MDA.

ISSO CUSTA CARO
A MP 826, na pautada semana, cria o cargo de Interventor Federal no Rio, além de 38 outros cargos comissionados e 28 funções gratificadas. Uma beleza. A boa notícia é que serão extintos até junho de 2019.

SERÁ CODINOME?
Nota enviada à imprensa por uma associação de empresas aéreas provocou estranhamento. Não pelas lorotas em defesa da cobrança criminosa pelo transporte de malas, mas porque não se chama "Anac".

CARÍSSIMO 'CACHORRÃO'
Após um período de tarifas civilizadas no trecho Brasília-Lisboa, a TAP aderiu à exploração das aéreas locais. Agora cobra até R$8 mil por assento "cachorrão", como brasileiros chamam a classe econômica.

ELE É A LEI
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), pediu em um evento partidário que "transformassem em votos" aplausos a ele. O ex-juiz Dino deveria saber que pedir votos antes de julho é proibido pela lei.

COISA MAIS ESTRANHA
Ex-craque da seleção, Anderson Polga criticou a estranha ausência dos gremistas Arthur e Luan na lista do Tite, que justificou Taison por sua suposta "experiência" (apenas na fase de grupos) na Champions.

DEMOROU
Está marcada na Câmara, nesta terça, a votação da MP 811, que muda regras para a venda do petróleo nos contratos de partilha do pré-sal. A União poderá receber valores e não apenas sua "cota" em barris.

PRIORIDADES
A Câmara cancelou o debate sobre aumentos abusivos dos planos de saúde. Preferiu priorizar importantíssimo tema de quiropraxia.
Herculano
15/05/2018 09:31
A GUERRA DO SEXO, por João Pereira Coutinho, escritor e sociólogo português, no jornal Folha de S. Paulo

Como esquecer as verdadeiras 'minorias sexuais' que sofrem na solidão dos lençóis?

Só agora conheci o movimento "incel". A culpa é do psicopata canadense que matou 10 pessoas e feriu 15 em ataque terrorista.

O psicopata era membro do clube. E o clube, como o próprio nome indica ("incel", ou seja, "involuntary celibates"), é constituído por legiões de infelizes que, incapazes de arranjarem mulheres, desatam a matar as mulheres dos outros (ou, então, os homens que conseguem conquistá-las).

Estranho mundo: antigamente, quem não conseguia mulheres, militava na extrema-esquerda ou na extrema-direita. Hoje, prefere dedicar-se ao terrorismo, seguindo o exemplo dos jihadistas tradicionais que descarregam o ressentimento e a abstinência na humanidade circundante. Que dizer?

Peço desculpa aos psiquiatras, mas a questão também é política. Sobretudo quando "acadêmicos" vários levam a sério o sofrimento dos "incels".

Escreve Ross Douthat, no New York Times, que o debate rola com vigor no mundo anglo-saxônico (curioso: houve tempos em que a imbecilidade teórica era um exclusivo dos franceses; não mais). E a pergunta que domina os melhores espíritos é esta: se a função de uma sociedade civilizada é distribuir de forma justa a propriedade e o dinheiro, por que não o sexo?

Ou, para usar uma linguagem mais polida, se a justiça social implica que os "bens primários" sejam alocados de forma equitativa, não será o prazer sexual um desses bens? Como defender, com cara séria, que o acesso à alimentação e à habitação são necessidades básicas ?"mas não o sexo?

O caso se adensa quando falamos das pessoas mais afetadas pela ausência de trepidação. Obesos, deficientes, feios. Toda gente fala em nome das minorias. Mas como esquecer as verdadeiras "minorias sexuais" que sofrem na solidão dos lençóis?

A preocupação não é nova. É velha. São incontáveis os tratados utópicos que, nas suas propostas, contemplam igualmente a satisfação carnal dos seus habitantes. Mas pergunto, de espírito aberto, como instituir uma política sexual "inclusiva" no mundo real?

Primeiro, seria necessário estabelecer quem poderia aceder a essa Bolsa Folia (nome hipotético). Ser feio, só por si, nada significa. Será preciso lembrar que Serge Gainsbourg namorou, por ordem alfabética, Brigitte Bardot, Catherine Deneuve, France Gall, Jane Birkin ou Vanessa Paradis? Desperdiçar "recursos" com um Gainsbourg seria o mesmo que dar o Bolsa Família a Jorge Paulo Lemann.

Seria mais útil, e mais decente, medir a atividade neuronal do candidato quando confrontado com uma foto de corpo inteiro de Gisele Bündchen ou, sei lá, de um João Pereira Coutinho. A massa cinzenta nunca mente.

E os "recursos" propriamente ditos para saciar os famintos?

Sei: a resposta óbvia seria recorrer às profissionais do ofício. Mas a prostituição sempre me pareceu uma degradação das mulheres (e dos homens) que nenhuma sociedade igualitária pode tolerar.

Os robôs sexuais vão pelo mesmo caminho: não são a mesma coisa (dizem, dizem) e, como se viu em Paris neste ano, algumas feministas não toleram a existência de prostíbulos onde os adultos brincam com bonecas e até abusam delas.

Além disso, oferecer simulacros a "celibatários involuntários" seria uma forma trágica de criar novas desigualdades: corpos reais para os privilegiados, robôs sexuais para os excluídos? Pior a emenda que o soneto.

Se todos nós concordamos que a) o sexo é um bem primário e b) todas as pessoas devem ter igual acesso a esses bens, o melhor é não inventar. E seguir um modelo próximo da cobrança de impostos: não existe redistribuição da riqueza pelos mais necessitados sem privar os indivíduos e as famílias de uma parte da sua renda.

Pois bem: se as pessoas já pagam impostos (em dinheiro), talvez o caminho para diminuir a angústia dos "celibatários involuntários" seja pagar outro tipo de imposto (em gêneros). Estou certo que os igualitaristas radicais seriam os primeiros a oferecer os seus serviços.

E para os céticos que tentassem resistir, aconselharia uma primeira abordagem pedagógica (antes da cadeia). Pagamos impostos, não apenas por solidariedade ?"mas porque esperamos do Estado certas funções sociais de que podemos precisar um dia.

O mesmo vale para o sexo, camaradas: nesta vida, só podemos receber o que estamos dispostos a dar.
Herculano
15/05/2018 09:26
A MULHER QUE MATOU O BANDIDO, por J.R. Guzzo, na revista Veja

Uma guerreira lava a alma das brasileiras oprimidas pelo crime

A cabo Kátia da Silva Sastre, da Polícia Militar de São Paulo, é uma heroína das mulheres brasileiras. No último sábado, em defesa da filha que tinha ido buscar na escola, de outras meninas que saíam com ela e das mães que as esperavam na calçada, matou com três tiros um bandido que apontava uma arma de fogo contra as crianças e mulheres. Foi uma cena que só se vê em série de TV americana, onde a polícia age sempre com heroísmo, competência, respeito à lei e boa pontaria. Kátia não errou nenhum dos três tiros que disparou do revólver que sacara da bolsa. Com o assaltante caído no chão, depois de atirar nela duas vezes, deu-lhe voz de prisão - e afastou com o pé, para fora do seu alcance, a arma que ele havia apontado para as meninas e suas mães. Em seguida, mantendo o criminoso imobilizado no chão, esperou pela chegada da polícia. Levado para o hospital, o sujeito morreu uma hora e tanto depois.

A cena, gravada em vídeo pelas câmeras de seguranças instaladas no lugar, está à disposição de todos, a qualquer momento, pelo Google ou o YouTube. Logo saiu da grande periferia de São Paulo e passou a correr o Brasil pela internet - é possível que tenha ido ainda além. Qual a surpresa? O ato da policial da PM paulista foi um desses casos claros - e raros - de vitória absoluta do bem sobre o mal. É o tipo do episódio pelo qual torcem nove entre dez brasileiros exaustos com a praga dos assaltos, com a crueldade demente dos bandidos ou com a humilhação de se verem toda hora obrigados a deitar no chão para tentarem sobreviver aos tiroteios nas "comunidades". É o dia em que o monstro perde ?"? dia de lavar a alma para os milhões de cidadãos decentes que sofrem a opressão diária dos criminosos e só têm guerreiras como a cabo Kátia para arriscar a vida em sua defesa. Para completar, o caso aconteceu justo na véspera do Dia das Mães. A imagem da mulher sem medo, defendendo de arma na mão as crianças e mães aterrorizadas sob a mira do bandido, ficará por longo tempo no pensamento de quem padece a angústia diária, sem descanso, de não saber se hoje os filhos vão voltar vivos da escola. Para todas essas mães, enquanto houver Kátias haverá alguma esperança.

Não é nenhuma surpresa, naturalmente, que nenhum de todos esses "movimentos femininos" que vivem de denunciar a "violência contra as mulheres" tenha dito uma única palavra em apoio a Kátia Sastre. Seu ato de heroísmo não existiu, simplesmente. Na verdade, a moça terá sorte se não acabar sendo denunciada, ou algo assim, por essas "lideranças" que estão todos os dias nas primeiras páginas e nos horários nobres. Ela não é negra, nem lésbica, nem favelada, nem líder comunitária, nem do PSOL-PCdoB-PT. É mãe de família, policial e vai buscar a filha na escola, como milhões de outras. Ou seja, é o tipo da pessoa detestada nesse ambiente ?"? e amada pela massa dos cidadãos, o que só comprova mais uma vez o quanto os movimentos "populares", na vida real, se afastam do povo. É o mesmo que acontece nos meios de comunicação, onde o bandido foi descrito como "suspeito" do assalto, embora tenha sido filmado, com o máximo de clareza, apontando o seu revólver para a cabeça de uma menina de seis ou sete anos de idade. Também foi chamado de "rapaz". Assim: "O rapaz foi atingido com três tiros". Rapaz? A preocupação central, como sempre acontece, é saber se a policial se excedeu ao atirar no criminoso que tinha atirado duas vezes nela, ou se a sua atitude não poderá incentivar a "letalidade" da polícia. Foram buscar a opinião de "criminalistas" para medir os prós e contras da questão - como se houvesse contras. É provável que passem a exigir, junto com as alas "militantes" do Ministério Público, uma apuração rigorosa do gesto da mãe que enfrentou o bandido. Cada vez mais, junto com os "movimentos" feministas e outros bichos parecidos, se descolam da realidade e se colocam como adversários do povo brasileiro
Herculano
15/05/2018 09:23
SEM RUMO, VELHOS PARTIDOS TENTARÃO EMPAREDAR NOVO PRESIDENTE, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Futuro governo será refém do Congresso e tomará posse sob ameaça de impeachment

Assim como seus antecessores, o novo presidente subirá a rampa do Palácio do Planalto como refém do velho Congresso. A fragmentação do quadro político e a ruína das contas públicas armaram uma bomba-relógio que poderá paralisar ou até derrubar o próximo governo.

Não é coincidência que partidos grandes e médios estejam sem pressa para definir seus rumos na corrida presidencial. A prioridade de siglas como MDB, PP, PR e PRB será ampliar suas bancadas na Câmara e no Senado para forçar o novo mandatário a bater em suas portas.

Essas legendas cobrarão um preço alto - cargos, emendas e outras negociatas?" para ajudar o governo a desviar de uma armadilha que está em fase de montagem.

A chamada regra de ouro obrigará o Executivo a pedir ao Congresso, já no primeiro ano, um crédito bilionário para cobrir o buraco das contas públicas. Se os deputados e senadores não aprovarem a verba, o presidente descumprirá a lei. Poderá ser processado por crime de responsabilidade e até sofrer impeachment.

Com essa ameaça, os partidos poderão manter sob rédea curta até mesmo um presidente como Jair Bolsonaro (PSL) e Ciro Gomes (PDT), que sustentam um discurso de repulsa ao balcão de negócios da política. Desiludidos com Geraldo Alckmin (PSDB) e outros candidatos do establishment, esses grupos buscam outras maneiras de exercer poder.

As regras eleitorais contribuirão para preservar a força dessas siglas. A legislação privilegia caciques na distribuição dos fundos de financiamento e cria barreiras para a renovação do Legislativo.

O velho MDB, que lidera esse movimento, pode repetir sua estratégia de 1998 e 2006. Nas duas ocasiões, o partido não deu apoio formal a nenhum presidenciável, mas negociou espaços no governo logo depois das vitórias de FHC e Lula, em troca de apoio no Congresso.

Apesar das incertezas da disputa deste ano, há um ponto claro: o MDB fará parte do próximo governo ou ameaçará derrubá-lo.

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