A SAÚDE PÚBLICA CONTINUA EXPOSTA EM GASPAR. - Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

A SAÚDE PÚBLICA CONTINUA EXPOSTA EM GASPAR. - Por Herculano Domício

29/08/2018


da esquerda para a direita o secretário da Saúde, o advogado Carlos Roberto Pereira, MDB; o seu crítico e presidente da Câmara, o médico Silvio Cleffi, PSC; e o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, que teve três secretários de Saúde em 15 meses de governo.

O HOSPITAL, APESAR DAS MUDANÇAS DE ADMINISTRADOR, DIRETOR TÉCNICO E PRESTADORES DE SERVIÇOS NO AMBIENTE AMBULATORIAL DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA, MÃES SÃO LEVADAS PARA FILHOS NASCEREM EM BLUMENAU POR FALTA DE PEDIATRA DE PLANTÃO

Aconteceu na semana passada – passou “despercebido” na imprensa amiga -  e foi motivo para mais um acalorado debate na Câmara entre os vereadores da minoria governamental, e os da maioria oposicionista, liderada por seu presidente, médico e funcionário público municipal, Silvio Cleffi, PSC.

Fatos e realidades, como sempre, superam discursos dos políticos e gestores públicos que vivem da propaganda enganosa, ou não se antecipam e assumem eventuais erros, anunciando ao mesmo tempo correções.

E de nada adiantou, como se viu, trocar os que gerenciavam o Hospital de Gaspar se a velha cultura, o corporativismo e os problemas ainda perduram. Muito menos adiantará implantar a tal “ouvidoria”. É algo bonito – e necessário quando se tem a verdadeira intenção para o respeito e à correção. Do jeito que está, ela só vai registrar os problemas.

Soluções, efetivas para o Hospital, entretanto, estão bem longe do necessário e do supostamente ideal. Por enquanto, só propaganda oficial para quem não passa por perrengues no Hospital e na Rede pública de Saúde de Gaspar quando está doente, com dor, sem esperanças...

A crítica de Silvio é de que a nova empresa terceira contratada pela prefeitura para atuar no ambulatório do Hospital sob intervenção paço – coisa marota inventada e deixada pelo PT como armadilha ao MDB que caiu como um patinho – está falhando no sistema de plantão que implantou lá e anunciou como a solução de tudo.  Falou no mínimo, no básico. Imagina-se na complexidade.

“Eu avisei. Tenho 23 anos de experiência e trabalhei em quase 20 hospitais. Seria um erro, substituir o plantão presencial obrigatório pelo médico de sobreaviso”, advertiu Silvio para contar a história acontecida dias antes quando recebeu um relatório indignado de um colega médico ginecologista que atua no Hospital de Gaspar.

Segundo Silvio, esse médico teve que levar para Blumenau, a sua paciente, em trabalho de parto, correndo risco na vida para a mãe e o bebê, porque, vejam só, segundo ele, não havia no Hospital de Gaspar um pediatra de plantão ou disponível para aquela ação de assistência ao recém-nascido.

Ressalvo: isso é antes de tudo uma questão ética do profissional. Ele deveria estar disponível no Hospital, por sobreaviso, e não estava. Assumiu riscos.

É também, sintomático, que a Hórus falhou ou está falhando nesses casos onde está obrigada a disponibilizar profissionais na ausência daqueles que escalou e não estão cumprindo a escala. Ela, mais do que ninguém, sabe que para o parto, além do ginecologista, um hospital precisa ter um pediatra disponível para a assistência ao nascimento.

FALHA ANTIGA E DE TODOS. OU SEJA, NADA MUDOU DE FATO

Falhou, a administração do Hospital, porque até agora, não disse à comunidade, o que fez contra a Horus e a Horus à comunidade – na salvaguarda da sua imagem - não disse como agiu contra o profissional faltoso e quais as providências que tomou para o fato não se repetir, tranquilizando assim a população. Transparência zero. Ouvidoria nenhuma resolve isso se não houver a disposição de ouvir e solucionar imediatamente, incluindo punições, demissões....

Entretanto, essa “briga” é antes de tudo, palanqueira.

Na Câmara desde que Silvio se tornou presidente dela e se apresentou como o homem que poderia “salvar” o Hospital, mas ao seu modo, levou uma rasteira quando viu o prefeito de fato e todo poderoso secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, o advogado Carlos Roberto Pereira, MDB, tornar-se o secretário de Saúde de Gaspar, substituindo um pau mandado do esquema.

Essa disputa revela de como as coisas na área da Saúde e principalmente no Hospital de Gaspar continuam tão ruins quanto antes, escondem uma disputa política-administrativa e até mesmo partidária, de poder e de visões profissionais diferentes para um mesmo caso: a solução mínima para ineficiência da saúde pública e do Hospital.

O vereador Silvio – cria política de Kleber, irmão de templo evangélico e funcionário público municipal efetivo - desde que se “mudou” inesperadamente para a oposição de Kleber, perdeu o poder de influir e contribuir para o caos onde estava metida a Saúde Pública de Gaspar. Sem opções, virou um fiscal sem tréguas.

Se por um lado isso é muito bom e em tese, ganha a sociedade com o debate aberto e ideias antagônicas, contudo, é certo também, que há exageros próprios de quem está no palanque adversário e de quem perdeu o que dizia ter, ou seja, o de influenciar nos procedimentos dentro da Saúde Pública local.

O médico, vestido de vereador e presidente da Câmara, tem uma defesa ferrenha corporativa dos médicos. Recentemente, desta vez de forma acertada, pois foi pego trabalhando em suspensão do Conselho Regional de Medicina, espinafraram o médico regulador da secretaria de Saúde e que era também o diretor técnico do Hospital, mas quer não pertencia ao grupo.

Os médicos trabalham em copas no Hospital. Eles não se conformam de serem exclusivos naquele ambiente, e por conta disso contratados pela Horus, ao jeito e preço deles, para o plantão ambulatorial. Assunto antigo, delicado e para poucos.

RESISTÊNCIAS CONCEITUAIS E CORPORATIVAS COMPLICAM O DIÁLOGO. E A POPULAÇÃO SOFRE

Aos médicos do corpo clínico do Hospital de Gaspar até lhes foi oferecido pela Horus essa oportunidade, como ela e a prefeitura declaram, mas a recusaram, sob os mais diversos argumentos.

Todos os profissionais que estão no Hospital - e que ninguém sabe de quem ele é, e possui uma dívida de mais R$15 milhões para os gasparenses pagarem dos seus pesados impostos- há muitos anos. Por diversos motivos e argumentações, incluindo principalmente as técnicas e até éticas, influenciadores, são resistentes às mudanças, à economia e à reavaliação de custos e competitividade. E não é de hoje.

O próprio Silvio, um funcionário público municipal, além de corporativista, como político e servidor, quer o governo municipal possuindo e tocando tudo, como se essa fosse a obrigação do município e houvesse grana ilimitada para sustentar a máquina de servidores, quando está provado a carência de prestação da contrapartida de serviços de Gaspar aos seus munícipes .

A simples compra de radiografias e de serviços de imagens em clínicas particulares locais ou em redondezas, causa-lhe dissabores e críticas ácidas conceituais. É contra qualquer tipo terceirização, quando se sabe que até o próprio Tribunal de Justiça acaba de adotar tal sistema para atividades de suporte, diante da falta de agilidade e competitividade dos efetivos, além de ser na ponta do lápis, de menor custo para o Orçamento do Tribunal.

Resumindo, como explicitou na sessão da terça-feira passada, Silvio gostaria que os equipamentos fossem do município e operados por servidores especializados concursados.

DIMINUIR AS FILAS NÃO VALE SE O SERVIÇO NÃO FOR DO PRÓPRIO MUNICÍPIO?

Mas, o que vale? Gente na fila, sofrendo, à espera de compra de equipamentos, ou longos períodos inativos por cara e especializada manutenção que não chegam devido à burocracia para à manutenção? Mais: refém da difícil e cara contratações de servidores, suas férias, greves ou à falta de operadores – de uma hora para o outro - por motivos diversos?

Ou atendimento, quase imediato, num aparelho terceiro, numa clínica conveniada, a preço da tabela SUS para os gasparenses doentes e pagam os pesados impostos, mas tem que esperam eternamente para serem atendidos, como acontece em Gaspar nas questões de imagens, mamografia e Raio-X? Se a fila acaba, se há atendimento razoável – não só na saúde – os discursos terminam ou diminuem. Ou os oposicionistas não querem perder o discurso? Ai, ai, ai.

Chega de inchar à ineficiente máquina pública só por política, protecionismo corporativo, ideologia e empreguismo, enquanto os pagadores de pesados impostos que sustentam tudo isso, não conseguem por conta disso, o retorno na prestação de serviços que é dever do poder público, o arrecadador dos impostos, lhes dar.

Então essa briga, que deveria ser pela eficiência e atendimento aos doentes, pobres e gente sem esperanças em longas filas dos postinhos, da policlínica, da farmácia e do ambulatório do Hospital de Gaspar, na verdade, é tema para bate-boca, por políticos, para defender seus interesses corporativos e criar um falso debate.

E o governo de Kleber, Luiz Carlos, Carlos Roberto Pereira e seus vereadores da base na Câmara contribuem para esses desgastes. Pois lhe falta o essencial: resultados. E se há, a má imagem do passado a anula. E como não há estratégia deliberada para a transparência, o problema persiste e a majoritária oposição se esbalda naquilo que não é devidamente enfrentada, ou enfraquecida.

É o que dá contratar fazedores de press releases, ocupar entrevistas sem perguntas necessárias, fotografar papelinhos e publicá-los por aí, usar a rede social como propaganda de quinta categoria e ignorar os formadores de opinião de credibilidade.

A realidade e os fatos desmontam os discursos, as boas intenções e até as ações corretivas. A verdade, é que apesar da propaganda oficial, crianças estão nascendo em Blumenau porque falta pediatra de plantão no Hospital de Gaspar. Incrível! Acorda, Gaspar!

 

da esquerda para a direita, o superintendente da Defesa Civil, Rafael Araújo de Freitas e o diretor da Ditran – Diretoria de Trânsito -, Luciano Amaro Brandt

 

PROJETO DE LEI VAI DAR PODER A GASPAR NA ORIENTAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E AUTUAÇÃO NAS INFRAÇÕES DE CARGAS PERIGOSAS E TÓXICAS EM DESLOCAMENTO DENTRO DAS VIAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO

O Projeto de Lei Complementar 14/2018 deu entrada na Câmara. E já causou alguma polêmica na majoritária oposição. Ele vai dar mais segurança aos gasparenses expostos ao transporte de cargas perigosas, químicas e tóxicas que transitam no sistema viário local. Se aprovada e transformada em lei, o PL poderá além das pessoas, preventivamente, dar proteção aos mananciais do município. Eles são essenciais e usados para a coleta e abastecimento de água potável, irrigação intensiva de lavouras (arroz), bem como para alimentação de parque aquáticos.

Este assunto da exposição às cargas tóxicas e perigosas é delicado. E cada vez mais, as autoridades estão atentas à esta vulnerabilidade, descuido – intencional ou acidental -  e exposição. Eles afetam os humanos e a meio ambiente. A educação, orientação, fiscalização e punição no que tange ao deslocamento – de forma inadequada ou sem a devida habilitação, proteção e sinalização, estão reguladas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT. Subsidiariamente, também tratam desse assunto, os órgãos ambientais e de Defesa Civil nacional e estaduais.

A Defesa Civil de Gaspar, por intermédio do seu superintendente, o bombeiro militar, Rafael Araújo de Freitas e o diretor da Ditran – Diretoria de Trânsito, Luciano Amaro Brandt, tomaram a iniciativa técnica de “construir” esse PLC com procuradoria do município.

A decisão de criar e enviar o PLC à Câmara, está diretamente ligada ser Gaspar um importante eixo rodoviário de passagem para abastecimento de médios e grandes consumidores de produtos tóxicos, químicos de todos os tipos, gases ou perigosos, no Vale do Itajaí e à proximidade de Gaspar com os portos de Itajaí, Navegantes e até Paranaguá por onde entram ou escoam parte desse material.

O referido PLC dá poder para a Ditran – Diretoria de Trânsito -, orientada tecnicamente nesse particular pela Defesa Civil, de fiscalizar e punir os que transportam de forma irregular produtos químicos, perigosos e tóxicos nas ruas de Gaspar. E para isso, também está sendo criada uma JARI – Junta Administrativa de Recursos de Infrações -, especializada para os multados neste tema, terem um local com conhecimento técnico específico para recorrerem dessas autuações de origem também técnica.

Gaspar já possui duas JARIs. Elas continuarão a funcionar no seu objetivo para as quais foram criadas, ou seja, analisar todos os tipos de infrações de trânsito. Estas duas JARIs não terão conexão com a terceira JARI e que está sendo proposta no PLC 14, a qual tratará apenas para recursos no transporte de cargas tóxicas e perigosas.

 O PLC foi parar na Câmara em caráter de urgência. Exagerada e repetida ação do Executivo. Quando ele faz isso, despreza o Legislativo e trabalha contra ele próprio, tratando tudo como se fosse urgente, quando não é. Um requerimento feito pelo relator da matéria, o vereador Cícero Giovane Amaro, PSD, e aprovado por todos, foi descaracterizado essa urgência para se compreender melhor esta matéria do PLC 14 e assim, ter uma tramitação normal na Câmara.

Amadurecida na Ditran e na Defesa Civil, o Executivo remeteu o PLC à Câmara para conhecimentos, discussão, emenda e aprovação. Editado, o primeiro passo será a conscientização e educação aos que aqui lidam com esses produtos químicos, tóxicos, inflamáveis, explosivos e perigosos.

O segundo é a fiscalização aos daqui e aos passantes. E a terceira, é a multa, que até aqui, quando aplicada, é toda revertida para a ANTT, em Brasília, mesmo havendo a participação dos agentes de trânsito, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil locais. Agora, se o PLC for aprovado, parte desses recursos arrecadados com as infrações, ficará em Gaspar, inclusive para equipar os Bombeiros e à própria Defesa Civil para essas ações de educação, fiscalização e de crises em casos de acidentes com transportadores desses produtos. Acorda, Gaspar!

 

REGISTRO

Henrique da Rosa Ziesemer, é promotor público. Ele passou pela Comarca de Gaspar, onde atuou como poucos na área ambiental (além do crime). Foi marcante. Transferiu-se para Blumenau e agora está em Joinville. Ele é autor e co-autor de livros especializados na área jurídica. O mais novo é “Interesses e Direitos, Difusos e Coletivos”. Assunto controverso e complexo. Uma boa fonte para profissionais e estudantes. É um compêndio de leis comentadas e frequente nos mais importantes editais de concursos.

 

Edição 1866

Comentários

Miguel José Teixeira
30/08/2018 17:18
Senhores,

"TV Globo recebeu R$ 6,2 bilhões de publicidade federal com PT no Planalto"

+ em:

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/06/1649933-tv-globo-recebeu-r-62-bilhoes-de-publicidade-federal-com-pt-no-planalto.shtml
Herculano
30/08/2018 15:56
da série: segurança jurídica, obviedade e um rompimento com o paternalismo protetivo sem sexo contra as vagas de trabalho

SUPREMO DÁ AVAL À TERCEIRIZAÇÃO IRRESTRITA

Com placar de 7 a 4, corte julgou casos anteriores à lei da terceirização

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Por Laís Alegretti, da sucursal de Brasília.

O STF (Supremo Tribunal Federal) deu aval à terceirização dos diferentes tipos de atividade das empresas, por 7 votos a 4, em julgamento concluído nesta quinta-feira (30). Os ministros analisaram dois casos anteriores à lei da terceirização.

A lei que permite a terceirização de todas as atividades foi sancionada pelo presidente Michel Temer no ano passado. Há ações no Supremo que questionam a constitucionalidade desse texto, mas elas ainda não foram votadas pelos ministros.

Antes da lei da terceirização, a jurisprudência do TST (Tribunal Superior do Trabalho) indicava vedação à terceirização da atividade-fim da empresa e permitia a contratação para atividades-meio. Empresários alegavam que a definição dos diferentes tipos de atividade causava confusão, inclusive na justiça trabalhista.

Votaram a favor da terceirização irrestrita Cármen Lúcia, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli, além dos relatores Luís Roberto Barroso e Luiz Fux.

Os ministros Marco Aurélio, Luiz Edson Fachin, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski se posicionaram contra a terceirização da atividade-fim.

Um dos casos analisados pelo Supremo trata da legalidade de decisões da justiça do trabalho proibindo a terceirização em alguns setores. O outro é um recurso sobre a possibilidade de terceirização da atividade-fim.

Primeiro a votar nesta quinta-feira, Celso de Mello argumentou que é legítima a terceirização de atividades-fim das empresas.

"A terceirização, notadamente em face de sua nova e recente regulação normativa, não acarreta a temida precarização social do direito do trabalho, nem expõe trabalhador terceirizado a condições laborais adversas", defendeu.

O ministro disse que as regras trabalhistas se mantêm preservadas na terceirização e que ofensa a direitos dos trabalhadores podem ocorrer em qualquer situação.

"Pode a terceirização constituir uma estratégia sofisticada e eventualmente imprescindível para aumentar a eficiência econômica, promover a competitividade das empresas brasileiras e, portanto, para manter e ampliar postos de trabalho", disse.

A presidente do STF, Cármen Lúcia, também usou argumentos relacionados à necessidade de criação de emprego no país para defender a terceirização.

"Com a proibição da terceirização, teríamos, talvez, uma possibilidade de as empresas deixarem de criar postos de trabalho e aumentar a condição de não emprego", disse.

Cármen Lúcia afirmou, ainda, que a terceirização não é causa da precarização do trabalho e que, se houver violação da dignidade do trabalho, o Judiciário deve impedir esses abusos.

Os críticos à terceirização dizem que ela pode prejudicar as condições a que os empregados são submetidos. Em outra sessão, a ministra Rosa Weber afirmou que o mecanismo, aplicado à atividade-fim, "nivela por baixo" o mercado de trabalho.

"A liberalização da terceirização de atividade-fim, longe de interferir na curva de emprego, tenderá a nivelar por baixo o nosso mercado de trabalho, expandindo condição de precariedade", defendeu.

Segundo a ministra, a terceirização não é capaz de estimular o emprego no país. Segundo ela, são demanda e desenvolvimento econômico que geram vagas de emprego, e não o custo da força de trabalho.

"A permissividade em relação à terceirização não gera empregos. Ela apenas determinará qual emprego será criado para atender demanda produtiva já existente: se um posto de trabalho direto e protegido ou se um posto de trabalho precário e terceirizado", disse Rosa Weber.


Herculano
30/08/2018 08:50
TODOS NA PREFEITURA DE GASPAR CHORAM E PRAGUEJAM. E CONTINUAM ENGANANDO A ELES PRóPRIOS OU ENTÃO RATIFICANDO O CRIME COMETIDO

O pessoal do MDB, PP, PSC e pastores de Igrejas Evangélicas, familiares do prefeito, que orienta e palpita de forma errática ou equivocada à atual gestão de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Luiz Carlos Spengler Filho,PP, além de Carlos Roberto Pereira, MDB, o prefeito de fato, acordou esta quinta-feira, dia do meu aniversário, de ressaca e inconformada.

Esse pessoal, por ingenuidade e por continuidade na prática escusa, não esperava a repercussão estadual do assédio ordenado em whatts pelo prefeito.

E a repercussão começou na própria rede whatts dos gasparenses. Ela se espalhou como rastilho de pólvora por todos s cantos ainda na noite de terça-feira. Não tardou, ela foi parar nas redes sociais e por primeiro apareceu aqui.

Quando soube e leu, praguejou-se contra esta coluna, espaço e autor. Normal. É rotina. Um prêmio verdadeiro, não aqueles inventados para a propaganda de quem se esconde da notícia, dos fatos e do que acontece de verdade nos bastidores da cidade. E faz mais de uma década que esta coluna é referência. E o jornal há mais de 28 anos.

A NSC ontem a noite, e o Jornal de Santa Catarina de hoje acabaram com a pressão que se fazia nos veículos na cidade de Gaspar para esconder o fato que era público há quase 24 horas.

Perderam, mais uma vez, os poderosos de plantão. Eles e seus assessores de meia-tigela, afeitos as boquinhas e à falta de conhecimento, não perceberam que o mundo mudou. A comunicação é digital, virtual e instantânea, como acesso ilimitado.

O portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o mais atualizado, o mais acreditado, e o mais acessado, também disponibilizou os tais áudios. Vergonhosos. Liderança em audiência só se confirmou mais uma vez.

Então, mais pragas e inconformismo do paço e seus cegos. Quem mesmo orienta esse pessoal do governo de Kleber, Luiz Carlos e Pereira? O governo precisa ser refundado. Eficiência, em tudo, zero!

Aprendizes. Não possuem estratégia e nem comunicação mínima. Contrataram uns fazedores de press releases por serem apenas partidários, amigos e familiares. Deu no que está dando.

Hilário mesmo foi o posicionamento da diretoria de comunicação da prefeitura de Gaspar sobre este lamentável episódio, que beira, se bem estudado, a um crime de assédio.

E adianta consultar essa gente da área de comunicação sem noção inclusive da obrigação profissional? Desperdício de tempo, dinheiro público e profissionalismo.

Mas consultada, ela se acha e até, informalmente, também pelo whatss, emitiu comentário maroto que destrincho ( é a palavra mais adequada), a seguir

NÃO VAMOS SOLTAR NENHUMA NOTA OFICIAL NESSE CASO. MAS, O POSICIONAMENTO OFICIAL DA PREFEITURA SOBRE ESSE CASO É QUE O OCORRIDO FOI DIRECIONADO A UM GRUPO FECHADO DE COMISSIONADOS E SECRETÁRIOS E TINHA COMO CONTEXTO A NOVA PROPOSTA AOS SERVIDORES RELATIVO RELATIVO AO AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO. INFELIZMENTE ALGUÉM ACABOU REPASSANDO. NÃO TEVE QUALQUER TIPO DE DIRECIONAMENTO AOS EFETIVOS

1. Não vão soltar nenhuma nota oficial, porque o fato é de prisão moral.

2. Uma assessoria profissional, conversaria com o seu assessorado, e emitira uma nota simples, e nela diria que o prefeito errou porque está desprotegido, foi autoritário e desprezou a sua assessoria para estruturar uma mentira para os gasparenses com os que são pagos com o dinheiro dos gasparenses, os comissionados.

3. Que não considera ninguém do seu entorno como traíra, como afirmou a assessoria em outras palavras, mas gente da sua confiança, esclarecida, que inconformada com o autoritarismo, apenas deu transparência àquilo que tinha característica de mafioso, armado e mentiroso. Acorda, Gaspar!




Herculano
30/08/2018 08:16
LAMA OCUPOU 62% DO TEMPO DE ALCKMIN NO JN, por Josias de Souza

Na entrevista que concedeu ao Jornal Nacional, Geraldo Alckmin tentou apresentar-se como candidato transformador pelo menos 18 vezes. Fez isso nas dez passagens em que repetiu a palavra "reforma", seis das quais no plural. Ou nas oito ocasiões em que pronunciou os vocábulos "mudar" ou "mudanças". A despeito do esforço, o presidenciável tucano revelou-se diante das câmeras uma novidade com aparência de pão dormido. Numa conversa de 27 minutos, a lama ocupou 62% do tempo.

Nos primeiros 17 minutos, Renata Vasconcelos e William Bonner abriram diante de Alckmin o gavetão das pendências tucanas: a companhia tóxica do centrão, com seus 41 caciques enrolados na Lava Jato; a convivência partidária com o réu Aécio Neves e o presidiário Eduardo Azeredo; a verba suja da Odebrecht, supostamente coletada pelo cunhado; o ex-secretário do governo paulista preso por desvios no Rodoanel; o operador Paulo Preto, com R$ 113 milhões escondidos no estrangeiro...

A reunião das encrencas apresentou ao pedaço despolitizado da audiência um fenômeno pós-Lava Jato: o fim da blindagem do tucanato. A cada nova resposta, Alckmin exibia ao telespectador a ferrugem que levou o PSDB a replicar a estratégia do PT. Antes, os tucanos acusavam os petistas de proteger corruptos. Agora, os petistas sustentam que protetores de corruptos são os tucanos. E a plateia fica autorizada a concluir que os dois lados estão cobertos de razão.

"Todos os partidos têm bons quadros", disse Alckmin sobre sua aliança com o centrão. Aécio "foi afastado da presidência do partido", alegou, como se ninguém tivesse notado que o achacador de Joesley Batista deixou o comando do partido voluntariamente. Azeredo "vai pedir o seu desligamento", declarou o candidato, abstendo-se de explicar por que o preso continua ocupando uma cadeira na Executiva Nacional do PSDB.

"É mentira", afirmou Alckmin sobre a delação em que executivos da Odebrecht revelaram a transferência de R$ 10,3 milhões do departamento de propinas da empreiteira para suas arcas eleitorais. O candidato levou a mão no fogo por Laurence Casagrande, o ex-secretário preso: "É um homem sério". Tomou distância de Paulo Preto, o operador do tucanato paulista: "Já estava fora do governo quando eu assumi."

Se a entrevista de Alckmin teve alguma utilidade foi para demonstrar duas coisas: 1) O partido fundado por Franco Montoro, Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso fracassou na tarefa de formar novos quadros. Preocupou-se tanto em desconstruir Lula e seus súditos que esqueceu de reconstruir sua própria imagem. 2) Dezesseis anos depois de ter sido retirado do Planalto, falta ao PSDB uma agenda capaz de oferecer ao eleitorado a matéria-prima mais escassa no mercado eleitoral: esperança.

Cavalgando a inépcia dos rivais emplumados, Lula dá as cartas a partir da cadeia. E Jair Bolsonaro sapateia sobre Alckmin até em São Paulo, ameaçando desfazer o Fla-Flu que transformou as últimas seis sucessões presidenciais numa disputa particular entre PSDB e PT. Candidato dos sonhos da banca, Alckmin coleciona índices pífios nas pesquisas. Aposta que conseguirá chamar a atenção dos eleitores plantando bananeira no latifúndio televisivo que obteve graças à aliança com o rebotalho do centrão.

Na prévia do Jornal Nacional, o candidato tucano foi contestado mesmo naquilo que acha que fez de melhor: "A política de segurança de São Paulo é um exemplo", declarou, em meio a questionamentos sobre a pujança do PCC, multinacional do crime sediada no Estado em que nenhum outro político governou por mais tempo do que Alckmin. A julgar pelo que o presidenciável tucano conseguiu exibir na entrevista, sua presença no segundo turno está garantida apenas até certo ponto. O ponto de interrogação.
Herculano
30/08/2018 08:11
BAIRRISMO

O PCC facção perigosa e dominante em São Paulo, para a Globo é algo inominável e aceitável. Está certa. Mas, o Comando Vermelho, do Rio de Janeiro, glamourizada em filmes, não é tão perigosa e dominante no Brasil?

A Globo, por ser do Rio de Janeiro, estaria em defesa do crime organizado por bairrismo? É isso?
Herculano
30/08/2018 08:08
MT É CASO ÚNICO: 7 SECRETÁRIOS PRESOS, 4 AFASTADOS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O governo do Mato Grosso é caso único: em três anos e meio, sete secretários foram presos e outros quatro afastados por suspeita de irregularidades. Onze enrolados. O governador Pedro Taques (PSDB), um procurador da República aposentado, repete o mesmo discurso introduzido no noticiário político-policial pelo ex-presidente Lula: diz que não sabia de nada. Mas é alvo de graves denúncias e investigações.

PAPO DE POLÍTICO
Taques se elegeu jurando combater a corrupção e sanear as contas do Estado. A dívida saltou de R$900 milhões para R$3,6 bilhões.

DELAÇÃO QUENTE
O governador do MT foi delatado pelo ex-secretário de Educação Permínio Pinto por fraudar licitação para pagar dívidas de campanha.

TUTTI BUONA GENTE
Foram presos os secretários das Casas Civil e Militar, Educação, Segurança, Justiça, Saúde e o comandante da Polícia Militar.

O RESTANTE DO TIME
São investigados, além de Taques, os secretários do Meio Ambiente, Desenvolvimento, Comunicação e o secretário do Desenvolve MT.

USINAS ESTÃO PRONTAS PARA VENDA DIRETA DE ETANOL
As usinas de Pernambuco, Alagoas e Sergipe, que iniciaram a safra 2018/2019 esta semana, já estão preparadas para a venda direta de etanol aos postos. Até definiram com as secretarias de Fazenda a logística fiscal, preservando integralmente os impostos. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) ainda não revogou sua regra suspeita, prestes a ser anulada no Congresso ou na Justiça Federal, que obriga os produtores a venderem etanol só às distribuidoras de combustíveis.

CONSUMIDOR LESADO
As distribuidoras/atravessadoras cobram dos postos o dobro e até o triplo do valor que pagam pelos combustíveis às usinas e às refinarias.

VAI TER POLÍCIA NA PORTA
A proibição da venda direta do etanol e da gasolina aos postos, desde 2009, é tão suspeita que tem tudo para virar operação policial.

CARTA DESRESPEITADA
Além de indecorosa, a regra da ANP desrespeita o artigo 170 da Constituição, que garante o direito à livre concorrência.

SEQUESTRO É CRIME?
Não é possível que o Ministério Público Federal deixe barata a decisão dos Correios de "sequestrar" encomendas enviadas do exterior e exigir "resgate" de R$15 para levá-la ao destinatário. É abusivo: o pagamento pela entrega da encomenda é feito na origem, no momento da compra.

MEIRELLES CONTRA ARMAS
O candidato do MDB a presidente, Henrique Meirelles, é o único dos presidenciáveis que não defende a liberação do porte de armas de fogo em território nacional. Para ele, isso causaria "homicídios em massa".

FLEXIBILIZAÇÃO
A vice de Ciro Gomes (PDT), Kátia Abreu, defende a flexibilização das regras para obtenção de porte de arma, sobretudo para quem vive no campo à mercê de bandidos. "Nem precisa alterar a lei", diz ela.

NORONHA FARÁ HIST?"RIA
A posse do ministro João Otavio de Noronha na presidência inaugura uma novíssima fase no Superior Tribunal de Justiça. O Brasil não perde por esperar: o STJ, Tribunal da Cidadania, vai ficar mais forte, ágil, afirmativo, mais protagonista do que nunca. Noronha fará História.

A VIDA COMO ELA É
Em fim de governo, o diplomata que mais entende de China, Marcos Caramuru, foi retirado da embaixada do Brasil em Pequim para ceder lugar a Paulo Estivallet Mesquita, premiado pela cúpula do Itamaraty.

BAIXA SENTIDA
Os pequenos produtores de energia lamentaram a saída de Romero Jucá (MDB-RR) da liderança do governo no Congresso. O senador é relator do projeto do risco hidrológico e gerou "muita expectativa".

ESPERANÇA PETISTA
A resolução do TSE 23.548/17, que definiu as "regras do jogo" para as Eleições 2018, reforça o artigo 16-A da 9.504: candidaturas sub judice valem até o trânsito em julgado da ação. Pode ser o caso de Lula.

MUITO SUSPEITO
O procurador junto ao Tribunal de Contas da União, Júlio Marcelo de Oliveira pediu o veto ao modelo de concessão da Ferrovia Norte-Sul apresentado pelo governo. Para ele, não houve estudo de alternativa.

CHEIRINHO GARANTIDO
Após o Flamengo perder um diretor para a campanha de João Amoêdo (Novo), o candidato a presidente poderá ao menos sentir o cheirinho.
Herculano
30/08/2018 08:02
da série: sobrou, mais uma vez, para os 14 milhões de desempregados e os 27 milhões desempregados, e outros milhões com salários reduzidos ou empregos ameaçados, pagarem a conta bilionária conta do do reajuste de quem tem emprego e privilégios garantidos. É isso o que dá eleger políticos incompetentes, fracos e metidos em maracutaias, sujeitos as chantagens de corporações. Outubro está ai. Menos saúde pública, educação, segurança e obras. O dinheiro essencial para o bem estar e desenvolvimento do país irá para a máquina de funcionários.

TEME LIBERA AUMENTO SALARIAL PARA JUDICIÁRIO E SERVIDORES

STF promete fim de auxílio-moradia; próximo presidente herda gasto de R$ 8 bi

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Mariana Carneiro , Julio Wiziack , Gustavo Uribe e Talita Fernandes, da sucursal de Brasília. O presidente Michel Temer decidiu conceder o reajuste salarial para juízes federais e também para os servidores públicos da União.

Essas medidas impedirão o governo de economizar, pelo menos, R$ 8 bilhões no Orçamento do próximo ano.

A equipe econômica queria adiar o reajuste dos servidores federais para 2020 para garantir a maior parte dessa economia (R$ 6,9 bilhões, em 2019).

Nesta quarta-feira (29), porém, Temer fechou um acordo com o STF (Supremo Tribunal Federal) concedendo o reajuste de 16,38% para o Judiciário federal em troca do fim do auxílio-moradia.

Diante dessa situação, o presidente ficaria em uma saia justa se não concedesse o aumento para os servidores do Poder Executivo.

Os reajustes - de 4,75% a 6,65% - foram negociados em 2015, mantidos por Temer quando assumiu a Presidência e programados para os anos seguintes. São beneficiadas 23 carreiras.

Cálculos de técnicos da Câmara dos Deputados indicam que o acordo com o Judiciário federal acarretará mais R$ 930 milhões somente com despesas decorrentes do aumento salarial para juízes.

A conta pode chegar a R$ 1,1 bilhão considerando servidores do Executivo com rendimentos atrelados ao teto do Supremo. Com o reajuste, esse patamar passará de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil.

O Judiciário convenceu o presidente de que o aumento salarial poderia ser compensado pelo fim do auxílio-moradia de R$ 4.377 para os juízes.

Apesar disso, os técnicos da Câmara preveem que será preciso fazer cortes nos investimentos, fundamentais para a retomada econômica.

O Palácio do Planalto confirmou que o assunto está em análise pelos técnicos do Ministério do Planejamento, que entregará o Orçamento de 2019 ao Congresso nesta sexta-feira (31) com a previsão de reajuste.

Os ministros do STF Dias Toffoli e Luiz Fux negociaram diretamente com Temer e definiram o processo.

O reajuste já foi aprovado pela Câmara, em 2015. Assim que o Senado aprovar esse projeto, o auxílio-moradia será colocado em discussão no STF. Pelo arranjo, tudo isso deve ocorrer depois da eleição.

Paralelamente, o Congresso também, de acordo com o Planalto, deve impulsionar um projeto de lei acabando com o auxílio-moradia em todos os níveis. "Em princípio é isso que vai acontecer", disse o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (MDB-CE), também participaram das conversas.

O pagamento de auxílio-moradia está sendo feito graças a uma liminar concedida por Fux em 2013. A tendência é que a maioria do STF se pronuncie pelo fim do benefício para juízes que recebem o auxílio mesmo trabalhando na mesma cidade em que moram.

A ideia é que o auxílio seja mantido somente em casos justificáveis, onde há difícil provimento de juízes.

A preocupação que os representantes do Judiciário levaram a Temer é que não seria possível abrir mão do reajuste e do auxílio-moradia.

O pagamento do benefício gerou controvérsias porque, em boa parte, era direcionado a magistrados que tinham até mais de um imóvel.

A Receita chegou a autuar juízes em todo o país por considerar o auxílio parte do salário. O fisco cobra o Imposto de Renda supostamente devido. O acordo pacifica o assunto.

Os juízes federais aposentados serão os mais favorecidos, pois hoje não recebem o auxílio por estarem retirados e terão seus vencimentos corrigidos como os da ativa.

Apesar do acerto de contas que permitirá incluir o reajuste do Judiciário no Orçamento, técnicos da Câmara calculam que haverá um buraco a ser coberto. Isso porque a economia gerada com o fim do auxílio-moradia seria inferior ao aumento de gastos gerado pelo reajuste.

Segundo os técnicos da Câmara, o benefício custa R$ 530 milhões por ano.

O Judiciário reivindica a alta de 16,38% como uma correção de perdas inflacionárias, causa reconhecida desde 2015, e que pressupõem defasagem de 40% nas contas dos juízes.

Assessores de Temer afirmam que o acordo com o Judiciário não engloba a magistratura estadual. Cálculos iniciais de técnicos da Câmara indicam que o efeito cascata nos estados pode chegar a R$ 2,5 bilhões.

Nas negociações com os ministros do Supremo, o governo quis amarrar o fim do benefício na magistratura estadual. Os ministros, no entanto, afirmaram que não era possível vincular os estados.

Embora o presidente tenha se convencido de que as medidas serão neutras e não aumentarão gastos do Judiciário, os técnicos da Câmara preveem cortes em investimentos.

Para eles, será preciso destinar mais recursos do Orçamento do Executivo para compensar o estouro do teto pelo Judiciário federal que estava estimado em R$ 1,8 bilhão, sem o reajuste. Somando com o descumprimento do teto pelos demais Poderes, o valor já chegaria a R$ 2,2 bilhões.

Agora, com o reajuste, o Executivo bate no teto das compensações orçamentárias de outros Poderes.
vlad
30/08/2018 08:02
Nem toda ligação de presídio é golpe. Pode ser alguém pedindo voto.
Herculano
30/08/2018 07:54
E SE 4, OU 5, PERMANECEREM COMPETITIVOS? PERGUNTA ALON FEUERWERKER, para o Poder 360

1º turno se decidirá só nos últimos dias?, questiona

Se o não voto (branco/nulo/não foi votar) nesta eleição presidencial bater em 35%, o candidato que conseguir 20% do total fará 30% dos válidos. É um desempenho que traz alta probabilidade de ir a um eventual 2º turno, marcado para 28 de outubro. Que só não acontece se alguém fizer metade mais um dos válidos no primeiro. O que ainda parece distante, também pela quantidade de candidatos com pelo menos alguma musculatura.

Há 5 nomes que já passaram a barreira da competitividade. E 2 que estão no limiar de ganhar alguma substância. Bolsonaro, Haddad (o candidato de Lula), Marina, Alckmin e Ciro. E Alvaro Dias e Amoêdo. É muita gente na pista. E com um detalhe: os 5 mais bem colocados têm caminhos possíveis para alcançar o número mágico de 20% do total, ou 30% dos válidos, se confirmada a hipótese que abre este texto.

Bolsonaro já está no patamar. Precisa pelo menos manter-se nele. Se ganhar uns pontinhos, uma gordurinha, fica menos vulnerável à lipoaspiração de que será alvo no horário eleitoral, onde tem desvantagem massacrante. As pesquisas dirão se o capitão usou bem sua aparição na TV esta semana para acumular um extra. Se tiver conseguido, será ótima notícia para ele e, portanto, péssima para quem disputa com ele os votos da direita.

Em todas as pesquisas, o PT aparece com pelo menos 20% da preferência popular. É razoável supor que seja um objetivo viável para o candidato do PT no 1º turno. Sem contar os pelo menos dez pontos percentuais de eleitores que dizem querer votar só em Lula e mais ninguém. Também é racional olhar esse contingente como uma oportunidade de mercado para o candidato do PT.

Nos cenários sem Lula, o tucano Alckmin ou bate nos 10% ou está perto. E tem abundância de recursos, principalmente tempo de tela, para passar sua mensagem. Se não se aproximar dos 20% terá sido por deficiência própria, e não pelas circunstâncias. Também porque tem a simpatia importante, medida em pesquisas, entre o assim chamado establishment ou a elite. O leitor ou leitora escolhe o rótulo que preferir.

Marina fez 20% dos votos válidos em 2010, quando não chegou a ser incomodada na campanha, e 22% em 2014, quando foi soterrada na TV pela aliança tática do PT com o PSDB para tirá-la do 2º turno. Sem Lula, ela está mais ou menos no patamar de quatro anos atrás. Se conseguir algum gás com base na plataforma progressista-liberal, muito na moda, não terá grande dificuldade para acumular uns pontinhos a mais.

Se Haddad não for tão eficiente assim na colheita do voto lulista, Ciro é outro que pode dar as caras na reta final deste 1º turno. Sem contar que Ciro é também palatável para um pedaço do eleitorado que não quer saber de Lula ou do PT, e o candidato do PDT não tem descuidado dessa turma. Ciro corre o risco de não ser totalmente confiável para nenhum lado da polarização? Sim, mas também é inegável que tem trânsito em ambos os campos.

Cada um é livre para apostar no que quiser. Mas é bom colocar as barbas de molho. Não é impensável que cheguemos na reta final do 1º turno com pelo menos 4 candidatos em condições de ir à final. E um detalhe: em 2014, Aécio passou Marina, nos últimos dias, para não dizer nas últimas horas. E São Paulo teve um peso decisivo para isso.
Herculano
30/08/2018 07:47
CARTA DE LULA CONTRA ALCKMIN E SUA VICE JÁ É UMA APOSTA: TUCANO IRIA AO 2º TURNO CONTRA HADDAD. SERÁ QUE TAL OTIMISMO PERMITE INCENDIAR NAVIOS? por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

O petista Fernando Haddad e o tucano Geraldo Alckmin: Lula já aposta que essa será a polarização
Mais do que os eventos de uma disputa eleitoral em si, o que interessa, nessa fase da corrida, é tentar entender a leitura que os contendores estão fazendo da disputa.

Lá da cadeia, Luiz Inácio Lula da Silva, ainda candidato do PT à Presidência, já faz o seu prognóstico, que até coincide com o de muitos "politicólogos". Mas há nele boa dose de crença. Não sendo isso, pode ser coisa pior: a aposta no dilúvio. Esclareço o que quero dizer.

Em carta endereçada a rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul, o líder petista desceu o sarrafo em Geraldo Alckmin, candidato tucano à Presidência, e em sua vice, a senadora Ana Amélia (PP). Pior: por caminhos tortos, ligou um episódio de violência, de que sua caravana foi vítima no Paraná, aos dois adversários. Afirmou ter sido recebido com muito carinho pelos pobres, mas com hostilidade pelas elites.

Escreve, então, o petista:

"Importante lembrar que tal ato de violência foi elogiado por uma senadora gaúcha, hoje candidata a vice-presidente na chapa tucana. Aliás, quando logo depois do ônibus em que eu viajava ser atingido a tiros no Paraná, o candidato do PSDB a presidente da República justificou o ato terrorista dizendo: 'O PT colhe o que planta' Esse é o retrato fiel da elite brasileira".

De fato, Alckmin pronunciou a frase infeliz. E eu o censurei aqui. Ele depois a retirou e condenou a violência. Com efeito, Ana Amélia assim se expressou sobre a hostilidade em cidades do Rio Grande do Sul à caravana liderada por Lula:

"Penso que nós, o Rio Grande, sabemos fazer política de maneira respeitosa. Atirar ovo, levantar o relho, é para mostrar onde estamos nós, onde estão os gaúchos. Nós respeitamos, eles nunca nos respeitaram (...). Vocês precisam saber da maldade que são capazes de fazer com seus adversários. Por isso que hoje quero cumprimentar Bagé, Santa Maria, Passo Fundo, Santana do Livramento, que botou a correr aquele povo que foi lá levando um condenado."

Uma nota: o discurso de Ana Amélia é do dia 24 de março e se referia a cidades gaúchas. O ataque a tiros ao ônibus do PT aconteceu só no dia 27, em Quedas do Iguaçu, no Paraná. Não são, é claro!, frases felizes, por mais que o PT, no poder, tenha dado reiteradas mostras de intolerância. A resposta, obviamente, não é a hostilidade que se viu, com ameaça de confronto físico. Sempre há alguém que resolve que é chegada a hora do tiro. Mas o que importa é outra coisa.

Por que Lula vem com essa história na antevéspera do início do horário eleitoral gratuito? Há duas apostas aí:

A primeira: Alckmin deve crescer e disputar o segundo turno; hoje, ele está empatado em terceiro lugar com Marina e Ciro quando o chefão petista aparece entre os candidatos, e fica também em terceiro na simulação sem o petista, mas aí só com Ciro, já que a candidata da Rede assume a segunda posição. Nessa prefiguração, Alckmin desbanca Bolsonaro como o candidato anti-esquerda;

A segunda: ele, Lula, vai conseguir operar a transferência de milhões de votos para Fernando Haddad. Na hipótese de uma leitura virtuosa, o ex-presidente vislumbraria um embate final Alckmin-Haddad.

Mas não se descarte a leitura perversa. O PT deve saber, a esta altura, que não será fácil impedir que Bolsonaro vá para o segundo turno. Pra começo de conversa, a transferência de votos para Haddad pode não acontecer no volume esperado. Bolsonaro, a exemplo de Lula, mantém uma conversa fácil com fatias do eleitorado que não tem lá grande apreço por instituições. Petistas e tucanos, aliás, correm o risco de ter de tomar uma decisão entre o candidato do PSL e a alternativa. O que faria um tucano entre Bolsonaro e um petista? O que faria um petista entre Bolsonaro e um tucano?

A despeito da colossal diferença entre PSDB e PT, seria prudente que um e outro não incendiassem os navios. A menos que já tenham começado um namoro com o caos.
Herculano
30/08/2018 07:42
AGENDA DA GAZETA DO POVO, DE CURITIBA PARA ESTA QUINTA-FEIRA

Tudo o que você precisa saber para começar o dia!

? TSE convoca sessão extraordinária para julgar caso Lula;
? Pedido de vista adia decisão do STF sobre denúncia contra Bolsonaro;
? Temer cogita limitar entrada diária de venezuelanos em Roraima.
Herculano
30/08/2018 07:39
ANTES OS CANDIDATOS OFERECIAM ESPERANÇA, PELOS MENOS DE MENTIRINHA, por Roberto Dias, secretário de redação do jornal Folha de S. Paulo

A maratona de entrevistas e sabatinas com presidenciáveis só tem resultado em calor sem luz

O pesquisador se aproxima do cidadão e lê o questionário: "Se as eleições fossem hoje e os candidatos fossem estes, para qual país o sr. gostaria de se mudar?". A charge, um viral da internet criado a partir de desenho do gaúcho Kayser, é antiga. A piada está atualizadíssima.

Caso pudessem, 70 milhões dos 208 milhões de brasileiros iriam embora do país, como mostrou pesquisa recente do Datafolha. Entre os jovens, a proporção é de 2 a cada 3.

Os que tiveram chance já picaram a mula. As declarações de saída definitiva do país entregues à Receita Federal mais do que dobraram ao longo desta década. A desidratação escorre do topo da pirâmide: cerca de 12 mil brasileiros com mais de US$ 1 milhão se mudaram para o exterior nos últimos três anos, colocando o país entre os líderes da emigração de elite no mundo.


Quem acredita que vai ligar a TV a partir desta sexta (31), início da campanha eleitoral, e ver as coisas clarearem está abusando do otimismo, para dizer o mínimo. Antigamente os candidatos apareciam na tela para oferecer esperança, mesmo que de mentirinha. Agora nem isso.

Os presidenciáveis talvez nunca tenham sido tão entrevistados e sabatinados numa campanha, e isso só tem resultado em calor sem luz.

Do lado do eleitor, quem se entusiasma com a campanha e sai da toca não deixa a coisa mais bonita não. O debate na rua e nas redes rasteja no nível do chão. Discussões sobre propostas não duram três minutos. Em alguns círculos, a impressão que fica é que as pessoas simplesmente não estão mais nem aí.

Enquanto isso, o governo fantasma coloca militares como policiais em diferentes cantos do país, sem que isso adiante de nada. Na fronteira de Roraima, os venezuelanos que fogem do péssimo para o ruim vão entrar num regime de senha para poderem ser atendidos. Quando chegarem aos postos de saúde, devem encontrar o Zé Gotinha redivivo lutando contra doenças que já não estavam mais por aqui.
Herculano
30/08/2018 07:35
Discurso de Bolsonaro é "perigoso", diz alto comissário da ONU, a reportagem é de Jamil Chade, Genebra, na Suíça, correspondente do jornal O Estado de S. Paulo
Herculano
30/08/2018 07:21
da série: mais um, entre muitos exemplos, de como o mito Forças Armadas, não é a solução que se prega, quando requeridas, mostram como são desastrosas dos resultados administrativos, inteligência e eficiência no âmbito social

PANACEIA MILITAR, editorial do jornal Folha de S. Paulo
Uso do Exército em crises se mostra um recurso desgastado, pouco eficaz e imprudente

Sempre que o governo Michel Temer (MDB) não sabe como resolver um problema referente à segurança pública, chama as Forças Armadas. Acaba de fazê-lo mais uma vez, agora pela incapacidade de lidar com o afluxo de imigrantes venezuelanos em Roraima.

O Executivo lança mão de operações conhecidas no jargão militar como Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que têm previsão constitucional e já foram deflagradas para enfrentar crises em outros quatro estados na breve gestão emedebista ?"Rio, Espírito Santo, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Até faz sentido utilizar o Exército, de forma pontual, para ajudar em situações críticas, como no caso do motim de policiais capixabas em fevereiro do ano passado ou, mais recentemente, da paralisação dos caminhoneiros.

Ainda assim, o adequado seria dispor, para tais ocasiões, de um efetivo maior da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), hoje formada por policiais cedidos pelas unidades da Federação.

Mais fora de propósito é o emprego de militares contra problemas crônicos, cuja solução envolve decisões políticas, como o da segurança pública fluminense.

O risco, além do desgaste institucional, consiste em expor as Forças Armadas ao contato com o crime organizado. Não por acaso, a cúpula da caserna se queixa de modo cada vez mais audível do excesso de intervenções.

Roraima se afigura como um caso intermediário entre a operação justificável, como foi a conduzida no Espírito Santo, e a missão impossível, como a do Rio.

Embora a nova GLO deva durar apenas um par de semanas e o Exército tenha treinamento para lidar com questões de fronteira e policiamento ostensivo, parece haver uma confusão de diagnóstico na decisão do governo.

Com efeito, os transtornos na região se devem mais aos meses de inação federal do que a uma súbita deterioração da segurança.

A imigração, em princípio, é bem-vinda. O Brasil, um país feito de imigrantes, tem o dever humanitário de atender aos que tentam escapar do caos econômico e da perseguição política imposta pelo regime autoritário da Venezuela.

Nesse sentido, acertará o governo federal se mantiver distância da proposta xenófoba e eleitoreira, defendida entre políticos roraimenses, de fechar a fronteira.

Evidente, contudo, que a administração errou ao não auxiliar o estado a lidar com a chegada das grandes levas de estrangeiros. Estima-se que exista hoje, na capital Boa Vista, um contingente de 30 mil venezuelanos, boa parte dos quais precisa de quase tudo ?"comida, habitação, saúde, emprego.

O número representa cerca de 10% da população local, e nenhum município está preparado para lidar com aumento tão brusco da demanda por serviços básicos.

Cabe à União contribuir para o primeiro atendimento aos imigrantes e seu transporte para outras cidades do país ?"e buscar alternativas ao recurso desgastado e imprudente às Forças Armadas.
Roberto Basei
30/08/2018 00:31
Boa noite grupo..(cimixionado).que tenhamos uma excelente quinta feira...
Por favor...não se atrasem amanhã.....
Vcs tem até meia noite pra tomar banho...tomaram???
Amanhã vou cheirar um por um....??????? "Krebis BOZO"
Herculano
29/08/2018 22:21
GASPAR AMORDAÇADA, SURDA E CEGA? ACORDA, GASPAR!

Não é a toa que esta coluna é líder de acesso.

As estratégias de assédio, e produção de elogios falsos para si e seus atos - muito comum na atual administração e aos políticos em geral -, feitos ontem a noite pelo prefeito de Gaspar Kleber Edson Wan Dall, MDB, aos comissionados, estão providencialmente censuradas na maior parte da imprensa de Gaspar.

Mesmo assim, elas abundam nas redes sociais e nos milhares de whatsapp. O rei está nú. Ele não entendeu ainda, que a imprensa tradicional que se cala é vencida pela realidade e a tecnologia da comunicação.

A sua assessoria de comunicação, feita de amigos e aprendizes, não tem nada a dizer. Acha que este assunto éé de ordem pessoal (prefeito) e não institucional.

Ou sejam ainda são corajosos. Tratam-nos de burros e idiotas.

O prefeito, como prefeito, dá ordens para os seus subordinados, escolhidos por ele, para mentir, combater quem tiver opinião diferente, e se estabelecem como uma atitude privada.

Todos na imprensa com medo de retaliações, inclusive as de ordem financeira que sempre acompanham os casos de "desobediências". Incrível!

Vergonha sem tamanho e qualificação. Quem mesmo orienta o prefeito de Gaspar? Triste diretoria de comunicação. Os culpados não são os que produzem fatos exóticos e que beiram crime, mas os mensageiros deles.

Aqui, neste espaço, desde cedo, produzi um texto anunciando tal fato. Na prefeitura ensaiou-se nichos de pressão, ameaças e como sempre, descrédito.

Para um veículo que nestes últimos dias foi invadido e retirado do ar por quatro vezes, tudo é sintomático e faz sentido.

Como em Gaspar parte da imprensa ainda está na era do grotão, a oposição tratou de se proteger, colocar a boca no trombone e assim espalhar os áudios do episódios incríveis de Kleber, como chefe de máfia, e não do Executivo, nas redações veículos estaduais e nacionais.

Gaspar virou manchete. Oba! Até que enfim. Colocou a assessoria de comunicação no bolso. E o clipping de amanhã estará recheado para o cafezinho do prefeito Kleber e sua turma que está no mundo da lua, faz tempo. é ela que orienta as marés. E eu estou "olhando a maré", faz anos.

A barbeiragem do prefeito de plantão e que beira ao crime, foi notícia estadual no jornal da NSC e capa no site e edição impressa do Jornal de Santa Catarina, de Blumenau.

Foi motivo de pilhéria, por onde a notícia passou, foi lida, ouvida, vista e comentada. Vergonhoso, ainda mais para quem se diz um gestor "eficiente". Nem isso, foi capaz na enganação amadora que armou para enganar analfabetos, ignorantes e desinformados.

A coluna Olhando a Maré, líder de acessos, no portal do Cruzeiro do Vale, o mais antigo, a mais atualizada, a mais acessada de Gaspar e Ilhota, desta quarta-feira já estava pronta desde ontem, terça-feira.
Apesar de ser eletrônica, preferi não reediá-la, para não cair na vala comum e fazer comentários vitais para a atual crise da Saúde informações, e que ações de comunicação organizada da prefeitura e os seus, tenta, há meses, escondela.

Também não abordei, com profundidade, que o caso merece, principalmente para ver o comportamento da imprensa gasparense diante desse fato, que não é novo nessa e em outras administrações, vejam só, todos paridos pelo MDB.

Este assunto, só vou tratar na coluna de segunda-feira que vem. A de sexta-feira, já tem tema, dos muitos que estão engavetados pela imprensa local. Acorda, Gaspar!
Herculano
29/08/2018 13:46
da série: quem tem muitos, não tem nenhum. Este é o retrato da degradação de lideranças políticas em SC e que destrói o estado

ALCKMIN TEM PALANQUES TÍMIDOS NA LARGADA EM SC, por Upiara Boschi, no jornal Diário Catarinense, Florianópolis

Nas conversas, na televisão, nas redes sociais, nos grupos de troca de mensagens, a eleição presidencial gera mais atenção e entusiasmo que as demais, como é natural que seja. O curioso até o momento na eleição catarinense é que os efeitos do entrelaçamento das disputas ainda estão nebulosos.

Claro que há vinculações naturais. Décio Lima (PT) é o candidato de Lula - assim como Fernando Haddad será quando e se substituí-lo após a iminente negativa do registro de candidato ao ex-presidente pela Justiça Eleitoral. Moisés da Silva (PSL) é o nome de Jair Bolsonaro (PSL) em Santa Catarina, assim como Rogério Pornanova (Rede) representa Marina Silva e Leonel Camasão (PSOL) está com Guilherme Boulos. A coisa complica é nas duas megacoligações.

Os blocos liderados por Gelson Merisio (PSD mais 14 siglas) e Mauro Mariani (MDB mais oito partidos) têm diversas candidaturas presidenciais em seu palanque, mas seriam hospedeiros naturais de Geraldo Alckmin (PSDB). Não é o que se vê.

O MDB de Mariani tem como candidato a presidente Henrique Meirelles - autofinanciando sua campanha em uma espécie de aluguel de sigla. Sem cara e passado emedebista, tem sido deixado de lado. Quando o Mariani recebeu adesão de última hora do PSDB, com a indicação de Napoleão Bernardes (PSDB) para a vaga de vice, o apoio a Alckmin por parte dos emedebistas catarinenses foi citado como argumento. Se houve o acordo, ainda não saiu do papel.

Na outra trincheira, o presidenciável tucano é o candidato oficial dos partidos que integram majoritária de Merisio - o PSD dele e de Raimundo Colombo, candidato ao Senado, o DEM do vice João Paulo Kleinübing e o PP de Esperidião Amin, também postulante ao cargo de senador. Nos materiais de campanha, no entanto, o nome de Alckmin é difícil de encontrar. Em entrevistas, Amin diz que o PSDB "construiu um muro" ao abrir mão da candidatura própria e apoiar Mariani.

Claro que nem tudo são cicatrizes das coligações. Na pesquisa Ibope realizada em Santa Catarina, Alckmin não passa do quarto lugar, com 7% das intenções de voto no cenário sem Lula. Na ponta, Bolsonaro com 28%. O tucano hoje não agrega aos candidatos catarinenses.

Desde 1994, as eleições para presidente e governador são realizadas ao mesmo tempo. Sempre há algum efeito. Em 2002, Lula mexeu no cenário em favor dos petistas locais e de quem ele apoiou. Em 2014, foi Aécio Neves (PSDB) que virou onda e quase mudou a eleição estadual. Em outras disputas, é a força do palanque local que puxa o presidenciável - como aconteceu com José Serra (PSDB) em 2010 e o próprio Alckmin em 2006. De alguma forma, a eleição presidencial terá seus efeitos no cenário local. O mais provável, por enquanto, é que isso aconteça no segundo turno. É quando Merisio e Mariani farão suas escolhas - se chegarem até lá, é claro.
Herculano
29/08/2018 12:49
PETISTA ADMITE LIGAÇÃO COM APP do PTGATE, por José Fucs, no BR18

O petista Miguel Corrêa Júnior, deputado federal e candidato ao Senado em Minas Gerais, que estaria por trás do esquema de elogios fakes a candidatos do PT nas redes sociais, publicou nota oficial sobre a questão em seu perfil no Instagram na terça-feira, 28. Na nota, o petista nega informação revelada por ativistas envolvidos no PTgate, de que teria havido qualquer tipo de pagamento a eles pelo serviço.


Corrêa admite, porém, ser fundador do Follow, o app usado para fazer a propaganda dissimulada de candidatos do PT, e diz que ele é resultado de seu trabalho de desenvolvimento de startups digitais, no período em que foi secretário de Ciência e Tecnologia de Minas (2015-2018)
Herculano
29/08/2018 12:30
JAIR BOLSONARO FEZ DO JN SUA "PLATAFORMA" DE TIRO", por Josias de Souza

"A mesa é giratória, avisou William Bonner, recomendando a Jair Bolsonaro que ocupasse sua cadeira "com cuidado". O capitão exonerou o anfitrião de suas preocupações: "Isso aqui tá parecendo uma plataforma de tiro de artilharia. Então, estou confortável aqui." Elevado à categoria de mito por 22% do eleitorado, o imponderável carregava suas virtudes no coldre. Não tinha respostas a oferecer. Distribuiu rajadas. Mostrou que, bem treinado, adapta-se a qualquer cenário - ao Vietnã das redes sociais tanto quanto à trincheira da Rede Globo.

Bonner quis saber, por exemplo, como o entrevistado faria para combater a violência com "mais violência" sem ferir a "gente honesta e trabalhadora" que vive nas favelas brasileiras. Sem piscar e sem remorsos, Bolsonaro reiterou que o policial tem que ter licença para "ir com tudo para cima" dos bandidos. "...Se matar dez, 15 ou 20 - com dez ou 30 tiros cada um, ele tem que ser condecorado e não processado."

Em certos momentos, Bolsonaro parecia não enxergar entrevistadores à sua frente. Não falava para Bonner e Renata Vasconcelos. Dirigia sua mensagem à plateia que o assistia em casa. Não chegou ao topo das pesquisas entregando-se a dúvidas ético-existenciais sobre o direito de um presidente de exterminar a bandidagem. A violência é o próprio pretexto para Bolsonaro. E o eleitorado do capitão, na frente do televisor, eliminando o inimigo sem sair do sofá. Matando de mãos limpas, com o auxílio luxuoso da "plataforma de tiro" do Jornal Nacional.

A surra que tomou de Marina Silva no debate da Rede TV! deixou Bolsonaro em estado de alerta. Treinado, foi à jugular de Renata Vasconcelos quando indagado sobre a desigualdade de gênero. Chegando ao Planalto, não fará nada para evitar que mulheres recebam contracheques 25% menores que os dos homens?

Confrontado com suas contradições, Bolsonaro recorreu a uma velha tática de guerra: semeou a cizânia nas fileiras do inimigo. "Estou vendo aqui uma senhora e um senhor, eu não sei ao certo, mas com toda certeza há uma diferença salarial aqui, parece que é muito maior para ele do que para a senhora..."

Antes que Bonner balbuciasse uma resposta, Renata viu-se compelida a tomar as rédeas da reação: "...Vou interromper vocês dois. Eu poderia até, como cidadã, e como qualquer cidadão brasileiro, fazer questionamentos sobre os seus proventos, porque o senhor é um funcionário público, deputado há 27 anos, e eu, como contribuinte, ajudo a pagar o seu salário. O meu salário não diz respeito a ninguém. E eu posso garantir ao senhor, como mulher, que eu jamais aceitaria receber um salário menor de um homem que exercesse as mesmas funções e atribuições que eu."

Como que decidido a evitar que a jornalista virasse uma segunda Marina Silva, Bolsonaro preocupou-se em dar a última palavra. Insinuou que há dinheiro público também nos vencimentos dos entrevistadores: "Vocês vivem em grande parte aqui de recursos da União. São bilhões que recebem o sistema Globo, de recursos da propaganda oficial do governo."

Bolsonaro não estava interessado em redimir-se de eventuais pecados. Convencido de que seus eleitores perdoam tudo, queria dividir culpas. Como pode se apresentar como um cultor de novas práticas se recebeu auxílio-moradia da Câmara mesmo tendo apartamento em Brasília?, quis saber Renata. E Bolsonaro: "Agora, vão me desqualificar por ter recebido auxílio-moradia, que é legal, como a 'pejotização' de vocês também é legal?"

Diante da insistência da entrevistadora, Bolsonaro aproveitou a audiência do telejornal mais assistido do país para divulgar um anúncio da sessão de imóveis: "Meu apartamento está à venda. Quem quiser comprar está à disposição. Agora estou morando num funcional", disse, antes de insinuar novamente que os jornalistas também recorrem a subterfúgios legais para pagar menos imposto: "A forma de vocês receberem por PJ (Pessoa Jurídica) também é legal. Está na lei. E eu não estou criticando isso aí."

Imunizado contra o veneno de sua dependência em relação ao economista Paulo Guedes, Bolsonaro ensaiara também a resposta para a previsível pergunta sobre os riscos de uma separação. Provocado por Bonner, o candidato injetou na resposta um sujeito oculto: Fátima Bernardes.

"Bonner, quando nós nos casamos ?"eu com a minha esposa, você com a sua - nós juramos fidelidade eterna. E aconteceu um problema no meio do caminho, que não cabe a ninguém discutir esse assunto. Duvido, pelo que conheço de Paulo Guedes, (...) que esse descasamento venha, esse divórcio venha a acontecer."

E se acontecer? "O único insubstituível nessa história sou eu, que daí troca todo o ministério. Fora isso, se por ventura vier a acontecer, pode ter certeza, né?, que não será por um capricho meu ou o capricho dele. Que nós estamos imbuídos, eu e Paulo Guedes estamos imbuídos, em buscar dias melhores para o nosso Brasil. E nós não queremos uma aventura nesse processo."

No final da entrevista, Bonner questionou Bolsonaro sobre a pregação intervencionista do seu vice, o general Hamilton Mourão. "Vou ler aqui a frase dele: 'Os poderes terão que buscar solução. Se não conseguirem, chegará a hora que nós teremos que impor uma solução'. (...) Que solução seria essa que os militares teriam que impor ao Brasil?" E o capitão: "Isso aconteceu em 64, e na forma da lei..." Bonner perdeu até a noção do tempo: "Nós estamos em 2021, candidato."

Bolsonaro ensaiou uma defesa do golpe militar. Bonner atalhou: "Os historiadores sérios se referem a 1964, candidato, como um golpe militar..." A cena seguinte deixaria o entrevistador surpreso. Repetindo algo que fizera em sabatina da Globonews, o capitão escorou sua retórica num editorial escrito pelo fundador do Grupo Globo há 34 anos. "O senhor vai repetir isso?", reagiu Bonner. Bolsonaro não se deu por achado: "...Deixa os historiadores pra lá. Eu fico com Roberto Marinho, o que ele declarou no dia 7 de outubro de 1984, vou repetir aqui."

Bolsonaro recitou de cor o texto de Marinho: "Participamos da revolução democrática de 1964, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, distúrbios sociais, greves e corrupção generalizada". E completou: "Repito a pergunta aqui: Roberto Marinho foi um ditador ou um democrata? É a história..."

Está virando uma praxe. Pela segunda vez, o capitão empurrou a Globo para a defensiva. Assim como a sabatina da TV por assinatura, a entrevista no canal aberto terminou com uma nota de esclarecimento: "?O candidato Bolsonaro esqueceu-se, porém, de dizer que, em 30 de agosto de 2013, O Globo publicou editorial em que reconheceu que o apoio editorial ao golpe de 1964 foi um erro..."

Bolsonaro aproveitou a "plataforma de tiro" da Globo para disparar mensagens repetidas aos seus fieis. Com ridículos oito segundos no horário eleitoral que começará a ser veiculado no sábado, ganhou de presente 27 minutos de vitrine nacional. Usou o tempo para despertar a fidelidade dos seus eleitores às vésperas dos ataques que os adversários lhe farão na TV, especialmente o tucano Geraldo Alckmin.

O sucesso de Bolsonaro é proporcional à decadência do sistema político. A dúvida é se o candidato conseguirá amplificar o discurso para além do cercadinho em que está confinado o seu rebanho.

Os convertidos que deram a Bolsonaro o prestígio que o levou ao Jornal Nacional parecem decididos a promover um encontro da política com os seus limites. Os adversários do capitão colocam a culpa no povo, que ainda não aprendeu a votar.

O diabo é que as pesquisas informam que o capitão está bem posto nos nichos mais escolarizados e endinheirados do eleitorado. Nesse universo, há muita gente que está tão ocupada fazendo a história que não consegue compreendê-la. Há pessoas que querem virar a página de qualquer jeito. Nem que seja para trás. O cardápio de candidatos estimula a autoflagelação.
Herculano
29/08/2018 12:01
eM LIVRO, DIRCEU EXPõE FALTA DE MEMóRIA SOBRE COMISSARIADO PETISTA, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Quem quiser saber o que foi o PT no poder deve esperar o próximo volume

As memórias de José Dirceu que estão chegando às livrarias pararam em 2006, depois de sua saída da Casa Civil de Lula e da cassação do seu mandato. É um depoimento banal, mais preocupado com a discussão das facções petistas do que com o governo que pretendeu comandar.

Aos 72 anos, cumpriu a promessa de que só falaria do seu tempo de militante da ALN e do Molipo quando completasse 80 anos. Poderia ter detalhado seu momento de esplendor, como chefe da Casa Civil de Lula entre 2003 e 2005. Sua memória ficou burocrática, cansativa.

Dirceu anunciou que publicará o próximo volume no ano que vem. Tomara que elabore uma curta frase deixada quase a esmo: "Lula e o petismo são a mesma coisa e não o mesmo destino".

Dirceu fala em nome do petismo que ajudou a levar Lula ao poder. Aqui e ali o ex-ministro conta ursadas de seu chefe, mas quando ele se juntou ao companheiro, sabia que era um urso que comia os donos. Foi comido. Ao contrário de Antonio Palocci, seu rival no governo e companheiro de cárcere, não mordeu o urso. Deixou seu silêncio no ar.

O comissário arrependeu-se de poucas coisas, sempre pontuais. Às vésperas da eleição de outubro, um trecho de seu livro enuncia uma questão que é capaz de assombrar quem gostaria de votar em Lula ou no seu poste:

"Aqueles que no nosso campo aceitam discutir a partir da cruzada anticorrupção, mas exigem Lula como alternativa para o PT e a esquerda em 2018, são hipócritas e se rebaixam, ao usar as armas do inimigo para um ajuste de contas interno 'histórico' contra os que conciliaram com a burguesia e sua ideologia"."

É uma formulação confusa. Pode-se dizer que há uma cruzada, mas não se pode negar a corrupção.
Dirceu açoita seus adversários dentro do partido, mas, na essência, segue a linha geral de denunciar as denúncias. Ao tempo do escândalo do mensalão, o comissário sonhava com o povo na rua defendendo-o e ao governo. Agora explica as manifestações contra Dilma e sua deposição como consequência da desmobilização da militância, entregando as avenidas ao conservadorismo.

Dirceu e Lula acreditavam que as ruas seriam tomadas pelos seus defensores. Enganaram-se. O urso percebeu o engano e hoje, blindado pela cadeia, espera uma vitória eleitoral, atropelando o que seria a "cruzada anticorrupção".

O militante sonhador dos anos 1960, organizador do PT e capitão do time no primeiro governo de Lula continua capturado pela brilhante conclusão de sua biografia, escrita pelo repórter Otávio Cabral: "José Dirceu de Oliveira e Silva jamais chegou a lugar nenhum".

Percebe-se isso quando ele se refere com malícia e crueldade a Fernando Gabeira, um dos sequestradores do embaixador americano em 1969. Graças a essa aventura Dirceu foi libertado e viveu em Cuba. Gabeira deixou o PT, condenando o poder imperial de Dirceu e dele mereceu um semiepitáfio:

"Acabou sua carreira política de forma apagada, fugindo de supostas irregularidades praticadas em seu mandato. Anos mais tarde, engajar-se-ia entusiasticamente nas conspirações golpistas."

Gabeira deixou a política, voltou ao jornalismo e rala com sucesso percorrendo o Brasil para mostrar a vida de seu povo. Dirceu foi condenado a 11 anos de prisão e está em liberdade por decisão judicial.

No século passado o livro "O que é isso, companheiro", com as memórias lúdicas de Gabeira foram a apologia de um sonho. José Dirceu trouxe as memórias do pesadelo.
Herculano
29/08/2018 11:44
TSE AGE COM CORREÇÃO E DIZ "NÃO" A UM PLEITO DO PT, QUE QUERIA IMPOR ÀS EMISSORAS A FóRMULA DA COBERTURA. OU: CADA UM ARQUE COM SUAS ESCOLHAS, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

O PT foi derrotado por seis a um num estranho pleito encaminhado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O partido pedia que a Justiça Eleitoral obrigasse as emissoras de TV a fazer a cobertura diária da campanha do ainda presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva. O pleito parece piada, mas é verdadeiro.

Vamos lá: a melhor forma que têm as emissoras de fazer o seu trabalho é registrar o dia do candidato. Algumas optam por um relato das atividades do presidenciável e depois gravam uma fala exclusiva. Por óbvio, a cobertura tem como protagonista aquele que é cabeça de chapa. Afinal de contas, o que quer o PT?

Segundo a petição apresentada pela coligação "Povo Feliz", que reúne PT, PCdoB e PROS, algumas emissoras "omitem de sua programação comum a existência da campanha de Lula". É mesmo?

Ora, se as ditas-cujas resolveram dispensar rigorosamente o mesmo tratamento ao petismo, relatando o cotidiano do candidato, acredito que a legenda acusaria discriminação: "O candidato do PT acordou hoje, na Superintendência da Polícia Federal, tomou café da manhã junto a outros presos. Às 10h, foi encaminhado ao banho de sol. Às 14h, recebeu seus advogados. Às 22h, foram apagadas as luzes da cela".

É isso?

Não estou sendo nem jocoso nem cruel. Todos sabem o que penso sobre a sentença de Sérgio Moro e sobre a prisão - que afronta a Constituição. Mas e daí? Preso ele está. Condenado em segunda instância. É inelegível, segundo a Lei da Ficha Limpa, que é uma aberração que contou com a chancela do PT e de Lula. É claro que nem por isso deixa de ser uma deformidade. Mas não vai ser declarada sem efeito apenas para beneficiar o petista, certo?

Humberto Jacques de Medeiros, vice-procurador eleitoral, defendeu a liberdade que têm os veículos de comunicação de organizar a sua cobertura e afirmou que, em ultima instância, o juiz das escolhas feitas por ele é "Sua Majestade o público". Gosto da argumentação, mas ela poderia abrir o flanco para que se acusasse a emissora X ou Y de privilegiar o candidato A ou B em detrimento de outro ou outros.

A questão crucial, parece-me, é outra: as emissoras estão tocando a música conforme o próprio PT a escreveu, não é mesmo? Quem foi que fez um presidiário ser candidato? Não foi o partido? Quem é que decidiu esticar até o limite possível a candidatura impossível de Lula? O partido! Quem decidiu usar a eleição como instrumento e palco do proselitismo em favor do ex-presidente? A resposta e a mesma: o PT. Então não se cuida de discriminação nenhuma. Assim que Fernando Haddad for declarado o candidato da agremiação, é certo que passará a ser personagem do noticiário das emissoras ?" cada uma delas de acordo com os critérios que adotou.

Se o PT escolheu um candidato que sabidamente não pode viajar país afora; se escolheu um candidato que está impedido de conceder entrevistas; se escolheu um candidato que não pode participar de encontros e sabatinas, tal escolha está feita. As emissoras não têm nada com isso. Haddad só não tem garantido seu espaço diário nas TVs porque o partido diz que ele é candidato a vice. E recebe, pois, tratamento compatível. Ou vocês viram o noticiário se fixar no cotidiano dos vices?

Só o ministro Napoleão Nunes Maia divergiu do entendimento da maioria.

Lula na TV
Aqui e ali se comenta que o TSE estaria propenso a proibir a aparição de Lula no horário eleitoral do partido, mesmo que Roberto Barroso, o relator das múltiplas impugnações de sua candidatura, ainda não tenha levado a questão em votação.

Se isso acontecer, é claro que será uma violência contra a ordem legal. Até que o TSE não declare a inelegibilidade de Lula, candidato ele é. Não pode fazer campanha e estrelar novas peças publicitárias porque impedido pela rotina de um presidiário.

As tentações autoritárias estão na praça, não é? O PT quer impor ao jornalismo uma pauta avessa a fundamentos do? jornalismo, e membros do TSE pensam em impor restrições ao partido que não encontram amparo na lei. Estamos feitos!
Herculano
29/08/2018 11:38
BOLSONARO TERCEIRIZA RESPONSABILIDADE E PEDE CHEQUE EM BRANCO, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Sem respostas concretas, deputado se mostra disposto a ser candidato, não presidente

Convidado para o Ministério da Justiça em 1974, Armando Falcão prometeu alinhamento total com Ernesto Geisel. "Ministro não tem programa. O programa é do presidente. Como dizia Rodrigues Alves, o ministro faz tudo o que quer, menos o que o presidente não quer."

Nenhum chefe de poder é especialista em tudo, mas é ele quem tem a responsabilidade de tomar as decisões finais de um governo. Uma exceção parece ser Jair Bolsonaro.

Evasivo, o presidenciável continua usando seu economista como biombo. Paulo Guedes tem planos ousados e não tem vergonha de dizer que vai privatizar "todas" as estatais, por exemplo. O candidato não é obrigado a entender de economia, mas deveria dizer ao menos se concorda com o subordinado.

Guedes quer vender 100% das empresas públicas, embora Bolsonaro se oponha ao saldão. "Vai ter uma resultante interessante. Para mim, são todas. Se não tem nenhuma e tem todas, deve ter algo aí no meio", disse Guedes à GloboNews.

A 39 dias da eleição, não está claro o que é esse "algo aí no meio". O economista apresenta suas próprias ideias e pede a investidores, empresários e eleitores um cheque em branco em nome de Bolsonaro.

Divergências no governo são comuns. Às vezes, a Fazenda quer fechar o cofre e a Casa Civil quer gastar dinheiro. Nessa hora, o presidente bate o martelo. No poder, Bolsonaro cederia sempre a Guedes ou toparia contrariar seu principal fiador?

Já se sabe em detalhes o que o líder das pesquisas pensa sobre questões raciais, de gênero e sobre o PT ?"assuntos que lhe renderam votos até agora. Mas Bolsonaro não estará em campanha para sempre.

"Não jogue responsabilidade em cima de um candidato à Presidência para essa quantidade de problemas que nós temos", disse ao ser confrontado sobre a restrição de direitos trabalhistas no Jornal Nacional.

Ao terceirizar responsabilidades e fugir de desafios concretos, Bolsonaro só se mostra disposto a ser candidato, mas não presidente
Herculano
29/08/2018 11:35
ÚLTIMA CARTADA DO PT É CRIAR CONFUSÃO INSTITUCIONAL, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A defesa de Lula prepara o que é considerado a "última cartada" para tentar emplacar a candidatura do petista condenado por corrupção: criar uma confusão institucional, solicitando a aplicação do artigo 16-A da lei 9.504/97, prevendo que candidato cujo registro esteja sub judice (questionado na Justiça) efetue "todos os atos relativos à campanha". É por essa razão que o PT não se importa com a demora da Justiça para apreciar os recursos. Isso ajuda a configurar a candidatura sub judice".

CONFUSÃO JUDICIAL
A ideia é criar um conflito entre a Lei da Ficha da Limpa, que barra Lula, e a suposta brecha da Lei Eleitoral.

SONHO PETISTA
No caso de Lula permanecer sub judice até a eleição, seus votos não seriam contabilizados. Só valem os votos de candidato registrado.

REGISTRO É ESSENCIAL
O artigo 77 da Constituição é claro: para virar presidente, o candidato deve ter sido registrado. Sem isso não há diplomação, nem posse.

JUSTIÇA DE PRONTIDÃO
Entidades de juízes e de procuradores já se preparam para enfrentar, no STF, a última cartada de Lula: a de criar uma confusão institucional.

PF SUSPEITA DE CAIXA 2 NA COMPRA DE ELOGIOS AO PT
O caso da compra de elogios para o PT, nas redes sociais, denunciado esta semana, apresenta indícios de crime relacionado à prática ilegal de "caixa 2", segundo a especialista Tânia Prado, delegada da Polícia Federal que preside o sindicato da categoria no Estado de São Paulo. Ela levantou a hipótese nesta terça-feira (28) durante entrevista ao programa "Bastidores do Poder", da rádio Bandeirantes de São Paulo.

CLAQUE DIGITAL
O caso foi denunciado pela ativista Paula Holanda, contratada por uma agência para elogiar petistas. E detonar seus adversários, claro.

PAGAMENTOS OMITIDOS
Para a delegada, os valores usados para pagar influenciadores não aparecerão na prestação de contas do partido [PT] à Justiça Eleitoral.

INDÍCIO DE CAIXA 2
Especialista no combate às fake news, Tânia Prado adverte que o uso indevido de verba não declarada à Justiça Eleitoral configura o caixa 2.

LOBBY VEXATóRIO
Distribuidores de combustíveis ditam o ritmo de tartaruga, na Câmara, da tramitação do projeto de decreto legislativo já aprovado no Senado que autoriza os produtores a venderem etanol diretamente aos postos.

PT NO PODER
Designado por Dilma em julho de 2015, o ex-chefe do Cerimonial de Lula continua embaixador do presidente Temer em Paris. Em abril, Paulo Oliveira Campos completará o limite de dez anos no exterior.

AOS AMIGOS, TUDO
A cúpula do Itamaraty se finge de morta e não diz uma palavra sobre o "auxílio-palacete" de US$13.800 (R$57.000) que passou a pagar ao cônsul-geral do Brasil em San Francisco, Pedro Bório.

PELO EMPREENDEDORISMO
O Sebrae e o Bradesco assinam no dia 3, em São Paulo no espaço InovaBRA parceria para ajudar start-ups a saírem do chão. Foi fechada entre o presidente do banco Luiz Trabuco e do Sebrae, Afif Domingos.

TUDO A VER COM ELEIÇÃO
O ex-deputado Hildebrando Pascoal, que nos anos 1990 foi acusado de matar pessoas com motosserra, gravou vídeo apoiando a cunhada Vanda Milani (SD). Condenado a 106 anos, já está no semiaberto.

PAU QUE DÁ EM CHICO...
Pedidos de impugnação do registro de candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) alegam que réu na Justiça não pode disputar a presidência. Se o argumento for aceito, piora a situação de Lula, um réu condenado.
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SEM TETO, COM PÁTRIA
O direito à saúde é garantido na Constituição há 30 anos, mas agora o Congresso aprovou uma lei garantindo atendimento de morador de rua pelo SUS. Como se a rua fosse em outro país. Ou outro planeta.

PEGOU NO TRANCO
A empresa aérea Azul finalmente localizou a compra que um leitor fez pelo Azulbox e aguarda seus medicamentos há semanas. O serviço da voadeira entrega em domicílio compras feitas nos Estados Unidos.

PERGUNTA NO TSE
Se réus não podem substituir o presidente da República, por que um condenado por corrupção poderia ser titular?
Herculano
29/08/2018 11:29
PAPA FRANCISCO PRESSIONADO DOS DOIS LADOS, MAS Só HÁ UM LADO ACEITÁVEL SOBRE ABUSOS SEXUAIS, por Rodrigo Constantino, no site Gazeta do Povo, Curitiba PR

As declarações do Papa Francisco sobre temas polêmicos, como homossexualidade e abusos sexuais, ora desagradam conservadores, ora desagradam progressistas. Em meio a uma crise da Igreja Católica, o Pontífice recebe críticas dos dois lados da instituição.

Neste domingo, ao voltar de sua viagem à Irlanda, Francisco recomendou que os pais recorram à psiquiatria quando constatarem tendências homossexuais em seus filhos na infância. A frase foi interpretada por muitos como uma referência à "cura gay", embora ele não tenha usado esse termo, nem tenha deixado explícito que falava de "reverter" a orientação sexual.

Neste domingo, ao voltar de sua viagem à Irlanda, Francisco recomendou que os pais recorram à psiquiatria quando constatarem tendências homossexuais em seus filhos na infância. A frase foi interpretada por muitos como uma referência à "cura gay", embora ele não tenha usado esse termo, nem tenha deixado explícito que falava de "reverter" a orientação sexual.

- Eu diria, em primeiro lugar, que rezem, que não condenem, que dialoguem, que deem espaço ao filho ou filha - disse o Papa a um jornalista que o perguntou o que ele diria aos pais que observam orientações homossexuais em seus filhos. - Quando é observado a partir da infância, há muito o que pode ser feito por meio da psiquiatria, para ver como são as coisas. É outra coisa quando se manifesta depois dos 20 anos.

Nesta segunda-feira, o Vaticano omitiu a referência à psiquiatria na declaração do Papa sobre homossexualidade na transcrição oficial da Santa Sé.

No último final de semana, um ex-diplomata do Vaticano publicou uma carta em que acusa o Papa de saber que o cardeal americano Theodore McCarrick era assediador. Carlo Maria Viganò, sacerdote conservador e crítico ferrenho de Francisco, alega que o Pontífice ignorou os abusos de McCarrick e chega a pedir a renúncia do Papa. Na mesma carta, o sacerdote culpa "essas redes de homossexuais" pelos escândalos de abuso infantil que ocorrem dentro da Igreja.

Para a especialista em religião e socióloga Maria José Rosado, professora de Ciências Sociais da PUC-SP, Francisco está encurralado em meio a pressões de grupos opostos.

- Ele está acossado. Sofre ataques do setor que domina a Igreja, que é um grupo não só conservador, mas também autoritário. E, se por um lado a sua postura de maneira geral desagrada aos reacionários, o Papa também não consegue atender todos os anseios da ala mais progressista da Igreja.

Na visão da professora, o meio mais eficiente de frear a criminosa prática de abusos sexuais dentro do clero seria realizar uma mudança estrutural da forma como o sacerdócio é feito. Seria preciso, para ela, acabar com a obrigatoriedade do celibato, permitir o sacerdócio de mulheres e repensar a visão da Igreja sobre a moral sexual, de modo que a reprodução não fosse mais entendida como o único fim de relações sexuais.

O meu foco aqui não será a questão da homossexualidade, e sim do abuso sexual. Muitos querem alterar as tradições enraizadas há séculos na Igreja pois assumem que é o celibato o responsável pelos casos de pedofilia dentro do catolicismo. Mas por mais que casos de abuso dentro da Igreja sejam comuns e ainda assim sempre chocantes, há quem diga que as estatísticas existentes não comprovam uma proporção maior de pedofilia na Igreja do que na sociedade.

No fundo, a pedofilia entre os padres é extremamente rara, afetando 0,3% de todo o clero, segundo estimativas. Este número, citado no livro Pedhofiles and Priests, do historiador não-católico Philip Jenkins, vem do estudo mais completo feito até hoje que descobriu que 2.252 padres pesquisados durante um período de 30 anos apresentavam sintomas de serem atormentados pela pedofilia.

Há um sensacionalismo da mídia quando casos de abuso ocorrem dentro da Igreja, por motivos óbvios: é mais chocante quando pessoas que se propõem a dedicar a vida a Deus cometem atos bárbaros como esse. Há também um viés anticatólico presente na imprensa, quase toda "progressista". A esquerda, como sabemos, precisa minar os pilares da civilização ocidental judaico-cristã, entre eles justamente a Igreja e a família tradicional.

O celibato não tem nenhuma relação de causa com nenhum tipo de vício sexual, incluindo a pedofilia. Na verdade, homens casados são tão suscetíveis à violência sexual de crianças como os padres celibatários, segundo Jenkins. Na população em geral, a maioria dos violentadores são homens heterossexuais reprimidos que violentam sexualmente meninas. Também se encontram mulheres entre os violentadores sexuais.

Dito isso, é claro que há uma cobrança legítima da mídia e da sociedade por uma reação mais enérgica da Igreja quando casos de abuso são revelados. Muitas vezes, com receio de dar corda para a campanha difamatória da esquerda, o clero reage na defensiva e diminui o grau do escândalo, quando não tenta ocultar mesmo os fatos. Isso, como diz Ben Shapiro, é inaceitável, e típico da "mentalidade institucional", uma forma de coletivismo. Para preservar a sua "tribo", deixa-se de condenar os erros do "seu" time.

Para Shapiro, deveria ser exatamente o contrário: quem quer preservar a instituição a longo prazo tem a obrigação de sair da toca nessas horas e condenar sem medo os erros e absurdos que são cometidos dentro de sua instituição. É a única forma de depurar a coisa, de separar o joio do trigo, e de manter as pessoas boas por perto. Muitos devem ter se afastado da Igreja Católica justamente por considerar sua postura tímida demais com esses padres abusadores.

O abuso sexual de menores é um dos crimes mais hediondos que podem existir, pois destrói toda a inocência, os sonhos, a sexualidade normal em uma pessoa. É preciso ter um grau de perversidade muito grande para seduzir alguém menor de idade e ignorar os efeitos terríveis que isso pode causar na menina ou no menino. Mas não são só padres que fazem isso. Tem muito pai de família, com filhas, frequentador de cultos ou da igreja para manter as aparências perante a sociedade, que enxerga nos adolescentes um potencial alvo de sedução. Se a homossexualidade é caso de psiquiatra eu não sei, mas esses sim, são casos de psiquiatria, sem dúvida. E também de polícia."
Herculano
29/08/2018 11:25
NO PALÁCIO, MENDIGANDO TROCADOS, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Planos de candidatos vão se reduzir a administrar a ruína no dia após a eleição

É tão certo quanto haver um dia após o outro que candidatos a presidente apresentarão planos de Napoleão de hospício.

Como o dia depois do amanhã da eleição será dramático, o disparate parece maior nesta campanha.

Os sonhos de grandeza ou as mentiras desavergonhadas serão reduzidos logo de início a discussões sobre contas caseirinhas, emergências da ruína; a seguir, a uma conversa sobre como desiludir o eleitorado de modo não muito chocante. Qualquer pessoa adulta dirá que sempre foi assim. É verdade. A diferença é o tamanho do desastre, raro em quase 130 anos de República.

O presidente eleito no mais tardar no dia 28 de outubro deveria debater com o Congresso o Orçamento de 2019.

Isto é, discutir como arrumar uma ou duas dúzias de bilhões a fim de não furar o teto de gastos.

Ou seja, terá no mínimo de fazer pressão para que o Congresso de saída derrube reajustes salariais, por exemplo, entre eles os dos juízes.

Mesmo assim, verá o Orçamento de obras (investimento), reduzido à menos da metade do que foi entre 2010 e 2016.

Há cheiro de queimado no ar quanto às taxas de juros. Alarmistas no mercado financeiro começaram a mexericar que o Banco Central pode elevar a Selic depois da eleição, no dia 31 de outubro. O presidente eleito pode ter de pensar na sua penúria ainda com o agravante de juros em alta.

Nas estatísticas e nos números da praça financeira há um ligeiro indício da possibilidade de a Selic subir, embora as expectativas de inflação estejam comportadas pelo menos até 2020.

Sim, o dólar pode ir às alturas com mudanças na política econômica do mundo rico, com os incêndios de Donald Trump, o Nero Laranja, com a crise turca se alastrando pela argentina e, enfim, com os desdobramentos da eleição brasileira.

Mas, francamente, o dólar ainda não foi muito longe e o repasse de preços está controlado devido à estagnação econômica.

O mercado de trabalho voltou a piorar, uma tragédia.

As taxas de juros reais no mercado sobem desde maio, passando da casa de 2,3% ao ano para 4,1% (taxa de um ano, ex-ante). Pouco? Na campanha do BC para diminuir as taxas básicas de juros, levou tempo para o juro real na praça cair de 4,1% para 2,3%, mais ou menos de julho de 2017 a abril de 2018.

De qualquer modo, conhecido o presidente, haverá conversa imediata sobre juros, Orçamento e a necessidade de cancelar reduções de impostos ("reonerações"), na prática aumento de carga tributária. Se o presidente tiver algum apreço pelo futuro, o seu inclusive, pensará em articular a aprovação da reforma da Previdência ainda neste 2018.

Ideias como zerar o déficit público ainda em 2019 parecerão ainda mais lunáticas ou, se tentadas, provocarão um tumulto operístico, dos wagnerianos. Ficções ou desvarios como inventar um sistema previdenciário de contas individuais ou ignorar a necessidade de reforma terão efeito similar. "Refundar a federação" (dar mais dinheiro para Estados e municípios) é outra patranha vergonhosa.

A criatura eleita em outubro terá de contar moedas e evitar um modo de expectativas de inflação e juros começarem a decolar, começando a governar a miséria mesmo antes de tomar posse. Conviria que não piorassem ainda mais a situação propondo mirabolâncias na área econômica. A mera sugestão de besteiras por parte de candidatos favoritos será um tiro no pé do eventual eleito. Quiçá na cabeça!
Herculano
29/08/2018 11:17
ÁUDIOS QUE CIRCULAM COMO PRAGA EM GASPAR E ARREDORES, COLOCAM O PREFEITO KLEBER EDSON WAN DALL, MDB, DE GASPAR, NUMA SITUAÇÃO EXPLÍCITA DE ASSÉDIO CONTRA SEUS SERVIDORES COMISSIONADOS.

O REI FICOU NÚ NA SUA ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO, FEITA PELO ATRASO, CURIOSOS E FATOS FABRICADOS

O MDB DE GASPAR NÃO APRENDEU NADA COM O MANDATO DE BERNARDO LEONARDO SPENGLER - QUE NÃO TERMINOU - E COM ADILSON LUIZ SCHMITT, QUE NÃO SE REELEGEU.

VOLTAREI AO TEMA COM MAIS VAGAR ATÉ PORQUE ESSE TIPO DE ASSUNTO, QUANTO MAIS SE DEMORA NO COZIMENTO, MELHOR FICA.

ENTÃO HÁ TEMPO PARA ELE ORAR, PEDIR MILAGRES E ATÉ TIRAR DO AR OS MEIOS LÍDERES QUE LHE INCOMODA COM AS VERDADES QUE ELE PRóPRIO CRIA

ONTEM A NOITE (TERÇA-FEIRA), O MEU WHATSAPP FOI "INVADIDO" POR 89 MENSAGENS TRANSMITINDO OS MESMOS DOIS ÁUDIOS. NELES ORDENS EXPRESSAS PARA MENTIR E DOURAR SOBRE COISAS QUE ESTAVAM SEM BRILHO.

PASSEI A MANHÃ INTEIRA ATENDENDO GENTE DE GASPAR NO TELEFONE PARA CONTAR DETALHES, SE ESBALDANDO EM INDIGNAÇÃO E OUTRO TANTO, LENDO E.MAILS, WHATS OU RESPONDENDO-OS. E GRANDE PARTE DELES NÃO ERA DE SERVIDORES. INCRÍVEL!

DESSES, SEGURAMENTE, A METADE ERA DE COMISSIONADOS, SEUS FIÉIS, DA COLIGAÇÃO E PARTIDÁRIOS. OU SEJA, A TRAIÇÃO É ALTA. O ERRO, ENORME. Só O GOVERNO NÃO PERCEBE. QUEM MESMO ORIENTA ESSA GENTE? ACORDA, GASPAR!
Herculano
29/08/2018 11:06
23 DICAS PARA A CAMPANHA ELEITORAL, por César Maia, DEM, ex-prefeito do Rio de Janeito

... O voto mistura crenças e conjuntura. Esquecer quaisquer das duas é perder a eleição...

O centro é o alvo, não é o ponto de partida. Ou seja, se parte desde posições nítidas para se atingir espaços políticos de centro?Os ataques devem ser desconcertantes, surpreendentes...

1. O fracasso é certo quando se tenta agradar todo mundo. Escolha o seu lado, o seu discurso.

2. O seu adversário de votos é quem pensa como você ou se dirige ao mesmo perfil de eleitor.

3. O seu antagônico é atacado só para lhe dar nitidez.

4. Primeiro o eleitor decide em quem não se deve votar. Ajude.

5. Eleição é como lavoura. Os meios de comunicação irrigam. Mas só o contato direto semeia.

6. Candidato que se explica, perde.

7. Tenha sempre a iniciativa. Jogue com as peças "brancas".

8. Discuta só o tema que você propôs. O tema proposto pelo adversário deve ser simples ponte para você chegar ao seu.

9. Candidato tem que se comprometer.

10. Em debates perguntar é sempre mais arriscado que responder. Na resposta você fala por último. A pergunta tem que imobilizar o adversário e impedi-lo de mudar de tema.

11. O tema honestidade é visto pelo eleitor de outra forma. O tema certo é CONFIANÇA.

12. A comunicação de campanha tem que mostrar que os valores do candidato são os mesmos do eleitor. Valores e crenças básicas são a base da campanha.

13. A linguagem do marketing político é a do marketing de valores e não do marketing comercial.

14. O eleitor vota racionalmente, embora com pouca informação. Ou seja: relaciona causa e efeito.

15. O centro é o alvo, não é o ponto de partida. Ou seja, se parte desde posições nítidas para se atingir espaços políticos de centro.

16. O voto mistura crenças e conjuntura. Esquecer quaisquer das duas é perder a eleição.

17. Não necessariamente divulgue a agenda. Só a que interessa.

18. As pesquisas mexem com o animus de campanha. E com o financiamento.

19. Não ataque diretamente. Use "ouvi falar", "dizem", "soube", ou na TV locutor ou testemunhais.

20. Os ataques devem ser desconcertantes, surpreendentes. As agressões (gritos e palavras chulas) ofendem o eleitor.

21. Currículo não ganha eleição. O que ganha eleição é capacidade de desenvolver a campanha. É a campanha.

22. O eleitor vota pragmaticamente. Ele já sabe como usar as pesquisas. O voto útil é fundamental e já ocorre no primeiro turno.

23. Não ataque todas as candidaturas no primeiro turno. Você precisará de uma delas, pelo menos, no segundo turno.
Herculano
29/08/2018 11:01
FICÇÃO DE CAMPANHA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Candidatos lançam metas fantasiosas, enquanto incerteza pode agravar o cenário econômico

Às vésperas do início da propaganda eleitoral de rádio e TV, as teses e propostas apresentadas pelos principais candidatos à Presidência ainda não se mostram à altura da gravidade da situação do país.

De positivo, os postulantes mais bem colocados apontam, em declarações e documentos, a necessidade de uma reforma da Previdência. Entretanto as diretrizes mencionadas são vagas ou suscitam sérias dúvidas quanto a sua viabilidade - e, ainda mais preocupante, não transmitem a dimensão da urgência da medida.

Tudo se passa como se ela fosse apenas mais uma entre tantas outras intenções e platitudes de campanha, e não tarefa dificílima e decisiva, que provavelmente balizará as chances de sucesso do mandato.

Decerto pelo temor de aborrecer ou assustar os votantes, trata-se o enorme desequilíbrio orçamentário ?"o maior entre os países do G20?" como um obstáculo passageiro. Com imodéstia temerária, os candidatos fazem promessas pouco realistas, para dizer o mínimo, como noticiou esta Folha.

Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) preveem o fim do déficit primário (que não considera os gastos com juros) em dois anos; Jair Bolsonaro (PSL), em apenas um.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Marina Silva (Rede) e Ciro se comprometem sem ressalvas com os objetivos do Plano Nacional de Educação, que incluem um disparatado aumento do gasto público no setor de 6% para 10% do Produto Interno Bruto até 2024.

Bolsonaro apresentou um extenso programa de governo, mas o documento, tão palavroso quanto superficial, ignora as restrições políticas e técnicas a propostas como uma privatização geral ou o regime de capitalização na Previdência.

Já Alckmin, lacônico, limita-se a metas carentes de detalhamento. Parece crer que sua aceitação pelo establishment bastará para que o empresariado recupere a confiança e tire a economia do marasmo.
Contrastam também Marina Silva e Ciro Gomes, este agressivo na exposição de números inflados e ideias extravagantes, aquela cautelosa e genérica na medida para permanecer palatável a diferentes setores do espectro ideológico.

Mais tortuosa é a mensagem programática da chapa petista, ora encabeçada por Lula, condenado por corrupção, preso e virtualmente inelegível. Enquanto o partido se ocupa da mitologia em torno de seu líder, o vice e futuro candidato, Fernando Haddad, fica fora de debates e entrevistas.

Sem preparar as expectativas do eleitorado para mais tempos difíceis, o próximo presidente corre o risco de provocar uma frustração desestabilizadora em 2019. Sem a oferta de planos factíveis, pode tomar posse com o cenário econômico em deterioração ?"como já sugere a escalada da cotação do dólar.
Herculano
29/08/2018 10:32
MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL IMPUGNOU A CANDIDATURA DO EX-PREFEITO PEDRO CELSO ZUCHI, PT, A DEPUTADO ESTADUAL

Isso já era esperado. Escrevi sobre isso aqui, várias vezes. Agora é oficial e lhes repasso em primeira mão, apesar de toda a imprensa daqui já ter conhecimento disso nada foi veiculado.

A suposta inelegibilidade de Zuchi está nas irregularidades apontadas na tomada de contas do Tribunal de Contas do Estado. Foi uma decisão colegiada o que o enquadra no Instituto da Ficha Limpa

O caso se refere ao acúmulo de cargos na secretaria da Fazenda Estadual em 1999, 2000 e 2002. A defesa de Zuchi diz que este assunto está morto, prescrito, arquivado pelo MP e além disso, ele nunca teria ocupado tal cargo.

Parece frágil. E mesmo que fosse para valer, basta ver o que sucede com o ídolo de Zuchi, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, e que dá um baile, desdenha e humilha leis, juízes e tribunais, as mesmas que usa para com correção punir e excluir adversários. Acorda, Gaspar!

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