AFINAL QUEM MANDA NA SAÚDE DO GOVERNO KLEBER? - Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

AFINAL QUEM MANDA NA SAÚDE DO GOVERNO KLEBER? - Por Herculano Domício

10/04/2018

Não passa uma sessão da Câmara que o presidente Silvio Cleffi, PSC, que é médico, não lembre aos demais vereadores, ao seu fã clube (segundo ele, com mais de 12 mil só num artigo na internet) e aos do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, de que ele, Silvio, está sendo o “salvador” da caótica situação onde está metida a Saúde Pública de Gaspar.


Foi isso o que aconteceu, mais uma vez na sessão de terça-feira da semana passada. A de ontem não ainda não pude assisti-la. Tinha outra prioridade com o fedor do lixo.


Silvio noticiou, vejam só, que finalmente, o novo secretário da Saúde, o advogado Carlos Roberto Pereira, o prefeito de fato - e que ainda não deixou como prometeu a super-secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa -, está visitando os postinhos de saúde e conhecendo a realidade deles.


Não me diga que a secretária Maria Bernadete Tomazini e que Silvio “aprovou” depois de ajudar a derrubar a primeira secretária de Saúde do governo Kleber, a técnica Dilene Mello Jahn dos Santos, não fazia isso? Mostra-se a distância do gestor da linha de frente para lá encarar os problemas que diz administrar.


Então, Tomazini, por inversão da política de Saúde municipal, cuidava apenas da burocracia e das necessidades do Hospital – um sugadouro sem fim de dinheiro público -, ao invés de priorizar os postinhos, a policlínica e a farmácia básica no atendimento da população dos bairros, desassistida, doente e pobre? Não ia ao campo ver a dura realidade? Mais de um ano para se fazer o óbvio? Hum!


Já escrevi aqui sobre esse assunto e os passos de interferência que o doutor Silvio faz na gestão de algo que não está sob a sua responsabilidade administrativa na prefeitura. Ela é retratada numa frase atribuída ao político mineiro Tancredo Neves: “esperteza, quando é muita, vira bicho e como o dono”. Já comeu. Poderá comer outra vez.


E na terça-feira, ele mostrou, como atua nessa área, mesmo estando na oposição. Relatou as melhorias que foram e estão sendo feitas no postinho do Bela Vista, a seu pedido. Então é o não cúmplice do resultado?


QUEM INTERFERE PRECISA ASSUMIR O BÔNUS E ÔNUS

Segundo Silvio, o “Pacto” que ele propôs para “unir todos”, mas só uniu a oposição na Câmara já é, em menos de um mês, o propulsor desse “milagre”, no comportamento no governo de Kleber. Será? Mas, Kleber – que criou o político Silvio - não fazia exatamente o que Silvio tinha lhe orientado para continuar seu aliado, antes de Silvio lhe trair para ser presidente da Câmara e deixar Francieles Daiane Back, PSDB do MDB, viúva e choramingando pelo caminho?


Já desapareceram os problemas, é isso? Não há mais filas nos postinhos, no ambulatório do Hospital e nas especialidades da policlínica? Não faltam remédios na Farmácia Básica? Bastou um anúncio oficial de que mudou o secretário, um anúncio de um plano óbvio e mais dinheiro, com a promessa de manter o Hospital como sugadouro – come R$600 mil por mês e deixa uma dívida mensal de outros R$200 mil - que tudo se inverteu?


Salvam-se os médicos. Penalizam-se as pessoas pobres. O dinheiro que falta nos postinhos, policlínica e farmácia, está lá no Hospital, que ninguém sabe de quem é ele.


Kleber fez o que o doutor Silvio, quando aliado, recomendava e a Saúde dos pobres só piorou; já o Hospital se salvou, mais uma vez, para os médicos e agora nas mãos do doutor Pereira.


Silvio bandeou para o outro lado, e no outro lado, em maioria, com a faca e o queijo na mãos, com os votos do PT, PDT e PSD, arrumou um “pacto marqueteiro da saúde” para continuar a interferir nesse assunto. E como Kleber se mexeu, está tratando de dizer que continua interferindo, “melhorando”, naquilo que ainda não melhorou nada? E se tudo continuará ruim, quem o doutor Silvio culpará desta vez? Que saída e “pacto” irá bolar para se livrar da culpa solidária que tinha com a gestão de Tomazini?


PIOR DO QUE ESTÁ NÃO PODE FICAR. SIMPLES ASSIM!

O que fez o governo Kleber mudar de paradigma nesse assunto não foi apenas a oposição que embarcou tarde demais nesse assunto.


Foi, sinceramente, o gemido da população que não aguentava mais o sofrimento. Foi a aproximação de uma campanha eleitoral e que tornaria todos que estão no poder, fracos cabos eleitorais. Foi a possibilidade da oposição reocupar o espaço que perdeu, na armadilha que fez ao MDB e PP, com a intervenção marota do Hospital.


Era tão óbvio esta receita desastrosa para a Saúde Pública – três secretários em apenas 13 meses -, que não teve como escondê-lo da cidade, dos cidadãos, das redes sociais, da imprensa e especialmente aqui, onde martelei desde o primeiro dia de governo, antevendo o resultado que veio.


E o resultado veio, naturalmente. O erro era e continua sendo estratégico e tático. Dava-se voz e vez a curiosos, políticos e aos médicos que queriam salvar a si e o Hospital. Eles não se importaram com o deficiente atendimento na rede pública onde está a massa que os elege e até os sustenta nos impostos.


É só olhar os meus artigos desde janeiro de 2017. Simples assim! Não tenho votos. Não peço votos. Não quero votos. Nunca fui filiado a partido algum – que acho serem importante na vida de todos nós. Não sou gestor público. Apenas comento sobre resultados. E eles abundam.


Tanto abundam, que o principal secretário de governo de Kleber, deixou a presidência do MDB, a principal secretaria do governo para ser “apenas”, o secretário da Saúde. Há prova mais contundente do que essa?


Não fui eu quem mudei de opinião e de ação. Foi Kleber, Luiz Carlos, o doutor Pereira, o doutor Silvio e muitos outros que perderam a mão, não deram prioridade ao que se errava, não enxergaram o problema como solução e se meterem num buraco que eles próprios criaram. Destruíram até o próprio slogan de governo “eficiente” e estão obrigados a correrem atrás do prejuízo. E se mudaram é porque não estava dando certo.


Então Kleber tentará fazer diferente, e gastará o que o doutor Pereira orgulhosamente anunciou como “economia” à custa do sofrimento alheio e do desgaste do poder de plantão - arrotada como uma vantagem administrativa. Tentará dar lustro político – e será difícil -, para reparar um erro da sua teimosia e das suas frágeis alianças em defesa do corporativismo médico de Gaspar. Nada mais que isso. O resto é discurso para analfabeto, ignorante e desinformados, mesmo que estejam nas redes sociais e saibam escrever.


DISCURSO, PODER E OS SOFREDORES

O que o presidente da Câmara, o autor do “pacto unindo de todos pela saúde” e médico quis dizer com o seu discurso na terça-feira passada? Que o “todo-poderoso” secretário e prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, ajoelhou-se para ele? Pode ser! Afinal, Silvio está presidente de um poder que é constitucionalmente fiscalizador. Mais: está num bloco de maioria contra o governo Kleber e onde o doutor Pereira é assumidamente o articulador de tudo. Juízo é o mínimo que o vereador Silvio espera de Kleber e do doutor Pereira para a posição privilegiada em que ele se auto-estabeleceu.


Então Kleber e o doutor Pereira vão gastar as “economias” naquilo que não deviam ter economizado (mais de R$20 milhões no primeiro ano)? E de quebra, vão passar o recibo eleitoral e político – inclusive para um aprendiz - de que isso só aconteceu porque a oposição assim quis (aplicar recursos e arrumar a caótica Saúde Pública), por que o doutor Silvio que era o seu aliado, foi para o outro lado para reforçar o time de exigências e lá se tornar herói perante a cidade. É ruim, heim?


Afinal quem é ou será o secretário de Saúde de Gaspar? O doutor Pereira ou o doutor Silvio?


Dilene não servia porque era técnica e queria dar prioridade aos postinhos; Maria Bernadete não serviu porque fez o que lhe orientaram fazer, como era de se esperar, mas deu tudo errado. Já o doutor Pereira, não conhece a área. Então, ficará refém de gente conhecida do seu partido que interfere nesse assunto há anos? Ou ficará refém também do doutor Silvio quando aliado focou no Hospital, tanto que indicou o atual gestor de lá, e deixou os postinhos – onde trabalha em um deles, o do Bela Vista -, em segundo plano?

O vereador Silvio, não custa lembrar, agora é um oposicionista. E como nos resultados de Dilene e Maria Bernadete, não vai se responsabilizar se algo não der certo, inclusive naquilo que palpita e barganha para si, a corporação e o novo grupo político. Acorda, Gaspar!


OPOSIÇÃO CORTA O BARATO E FAZ PREFEITURA RECUAR EM MAIS CARCOS COMISSIONADOS

O Projeto de Lei Complementar 01/2018 de Kleber Edson Wan Dall, MDB, foi retirado pois seria rejeitado na sua proposta original. Ele voltou com uma Emenda Substitutiva Global. O PLC cria seis novas vagas de “auxiliar de direção”. Elas deixaram de existir em 2015 com a extinção do cargo de Diretor Adjunto nas escolas municipais de Gaspar. Esses auxiliares de direção são para escolas com mais de 400 alunos.


A emenda é dos vereadores Roberto Procópio de Souza, PDT e Rui Carlos Deschamps, PT. Ela altera a forma de ingresso nesses cargos e funções. Na proposta de Kleber elas eram reservadas a comissionados de livre nomeação e exoneração. Agora, será exclusivo para efetivos, em funções gratificadas.


E quem também assina a emenda com os dois vereadores da oposição? O vereador Francisco Hostins Júnior, MDB, líder do governo.


Ora, se era para ser assim como afiança o líder do governo, qual a razão de ter sido reservado incialmente essas vagas somente aos comissionados? Como se vê, o governo de Kleber, do vice Luiz Carlos Spengler Filho, PP, da secretária de Educação Zilma Mônica Sansão Benevenutti, MDB, e do prefeito de fato, secretário da Saúde, mas que ainda acumula a super secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa, Carlos Roberto Pereira, MDB, gosta de tropeçar nas próprias pernas.


O governo de plantão em Gaspar não entendeu que está em minoria na Câmara e que, em tudo, terá mais dificuldade e por isso precisará de mais negociação na barganha que a majoritária bancada da oposição imporá. Esse quadro de fragilidade para Kleber, só ficou assim, depois que sua cria política e amigo, inclusive de fé, o médico Sílvio Cleffi, PSC, trocou de lado para ter a presidência da Câmara.


E para encerrar e mostrar como o improviso domina o governo. Este PLC 01/2018, está emendando a Lei Complementar Municipal nº 80, de 2 de agosto de 2017. Ou seja, está emendando uma lei aprovada quando Kleber tinha a maioria na Câmara e podia lá, ter feito o que queria fazer agora, mas terá que aceitar o que é razoável – e correto - negociado com a oposição. Faltou organização e principalmente eficiência na visão até mesmo de curtíssimo prazo. Acorda, Gaspar!


UM MARCO NO CALENDÁRIO SOCIAL DA CIDADE. UM SHOW DE ORGANIZAÇÃO

Primeiro: festa sem pessoas que sabem festar, não é festa. E quem fez o sucesso do Baile do Havaii no último sábado em Gaspar, sem nenhuma dúvida, foram as pessoas de Gaspar, principalmente os jovens, os da Gaspar acordada.


Segundo: uma festa sem a organização é apenas um encontro. E a editora daqui, Indianara Schmitt, com a sua equipe, tratou disso com competência, mais uma vez. Continuou, inovou e remoçou o que seu pai, Gilberto, proprietário e editor sonhou, começou e é marca da cidade, do jornal e portal Cruzeiro do Vale.


Terceiro: eu perdi a festa por escolha, e lamento. Muitos perderam, até porque havia uma limitação de lotação. A foto “olho de peixe” de Michel Amilton, resume a wave do ambiente. Agora, só no ano que vem.


Quarto: o que se viu por lá foi pouco político. Bateram ponto o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, e o atual secretário de Desenvolvimento, Celso Oliveira, um habitué da festa. Também estava lá o secretário da Agricultura de Gaspar, André Pasqual Waltrick.


Quinto: não podia deixar de registrar. E pensar que políticos no poder de plantão até já tentaram terminar com a festa dos gasparenses arrumando dificuldades e até concorrência. Ninguém substitui na marra a competência, originalidade, credibilidade e a determinação. Acorda, Gaspar!


POLÍTICOS DE GASPAR AMALDIÇOAM OS INTERNAUTAS E AS REDES SOCIAIS, A VOZ DO POVO. INCOERENTES! A REPERCUSSÃO

Este foi o título tema da coluna de segunda-feira. Polêmica, como todas. Genuína. Bombou!


Mas o que os meus leitores e leitoras escreveram aos políticos e eles dizem que não precisam de retorno, apesar de necessitarem dos votos e dos impostos dos eleitores e eleitoras? Vou replicar alguns. Aos demais que deram opinião no facebook e na área de comentários do portal Cruzeiro do Vale, as minhas desculpas.


“Isso é o reflexo de uma classe que não consegue ler e interpretar uma única frase. Uma classe que por não conhecer sua função de homem público usa as redes para postar fotos em bairros e em locais recheados de puxa sacos. Uma classe medíocre que vive de conveniências. Pobre do infeliz que está no cargo querendo aplausos. Pobre do infeliz que acredita que é útil diante do descaso social. Medíocres façam o que se propuseram a fazer” (Sérgio Henning).


“Muito obrigada Senhor Herculano por nos defender dos políticos que ao invés de trabalhar pelo povo, usam a tribuna e suas confortáveis poltronas em couro almofadado para criticar quem ousa cobrar dignidade na prestação dos serviços públicos pagos com o dinheiro do nosso bolso. A saúde não está ruim só neste mandato. Faz tempo que estamos à deriva. Mas quem se elegeu o fez fazendo promessas. Os cargos de confiança prometidos foram empossados, mas a qualidade da saúde pública não seguiu o mesmo lema. Queremos só o que pagamos mas não levamos (Odete Fantoni).


“Eles que se preocupem em fazer um trabalho bem feito, em vez de se preocupar com o que falam na internet”. (Edgar e Ivanete Testoni).

“Engraçado que pra ganhar voto ninguém amaldiçoava as redes sociais. Espero que eles lembrem disso nas próximas eleições”! (Meri Zuchi).


“Vereador Wando chamou o povo que o critica de ‘Hipócrita’! Dizendo que deveria falar pessoalmente pra ele e não pelas redes sociais! O que eles [vereadores] podem fazer é mudar o horário das sessões para começar às 18h. Aí poderemos falar na cara deles todos! Bora mudar?” (Nicolau Morais).


“Conquistaram seus cargos na base da mentira. Falta de caráter tanto que depois das eleições, pouco se vê realizações de obras importantes. O túnel do Sertão Verde é uma mata preservada dentro do túnel. Quando chove precisa de uma bateira. Se for falar tudo, passava o dia escrevendo etc. Respeito se conquista com bom caráter, já cargo tenho minhas dúvidas”. (Marlene Silva).

 

Edição 1846 - terça-feira

Comentários

Anônimo disse:
12/04/2018 18:45
Miguel José Teixeira, também li.
Diz que o LuLLinha Esterco de Zoo levou uma mochila e o neto do corrupto um cobertor.
A PF que fique atenta, bandidos fazem assim, usam crianças para transportar cachaça enrolada em cobertor.
Será que o cobertor é do sítio ou do tríplex?
Essa gente é muito baixa!
Miguel José Teixeira
12/04/2018 15:13
Senhores,

Na mídia:

"Lula recebe visita de familiares pela primeira vez desde a prisão"

Uau!!! Que bela chance de "guardar" todos!!!

Lembrem-se que família que "reza" unida, permanece unida. . .
Joanim MORO
12/04/2018 14:26
Oi, Herculano

Quem busca pela conta da comunista Manuela D'ávila no Twitter, encontra o aviso informando que a conta da deputada Manuela D'Ávila foi suspensa.

O Jornal da Cidade, que foi o primeiro a revelar a notícia, informou que a suspensão deveu-se a razões relacionadas com discursos de incitação ao ódio.

Nos últimos dias, Manuela tem registrado presença dominante nas manifestações lulopetistas de apoio ao réu condenado como corrupto Lula da Silva, inclusive com discursos incendiários.

Pudera, o partido dela, PCdoB é comunista e está impresso no DNA das esquerdas como mau caratismo.
Marmita do nine finger.
Mariazinha Beata
12/04/2018 13:48
Seu Herculano;

Não é de hoje que tenho notado que a Vermelha Escarlate "Fôia" de São Paulo está aos poucos se distanciando da Quadrilha Lulopetista.
No último parágrafo do editorial de hoje, nota-se nuances de Verde e Amarelo:

"Para condenar ou absolver, importa que as apurações caminhem de modo célere e rigoroso, a exemplo dos padrões estabelecidos em Curitiba, sem distinção partidária".

E tem bocó petista que diz que o Luladrão foi enjaulado sem provas.
Rindo até 2030 ...
Bye, bye!
Periquito Arrepiado
12/04/2018 13:28
Meodeos, não consigo imaginar a Mariluci Lula Rosa sem o dedo mindinho ...
Digite 13, delete
12/04/2018 12:44
"A cada 15 dias um estado ficará responsável por manter cheio o acampamento em frente à superintendência da PF", diz a Folha de S. Paulo. "Desta quinta-feira, dia 12, até 24 de abril, a tarefa será dos paulista".

Oi, Herculano
Os petistas gasparense também vão defender um bandido comum quando chegar a vez do estado de SC?
Joana Maria
12/04/2018 12:33
OPERAÇÃO RECICLAGEM.

Noticiando o que o Jornal Cruzeiro do Vale não noticiou (Porque será?)e a concorrência sim.

Segue link com video e matéria sobre o assunto divulgado na imprensa do Alto vale.

https://www.facebook.com/rbatv/videos/2092904560988089/
Erva Daninha
12/04/2018 12:28
BOA, José Antônio!
Ideia genial!!!
Sujiru Fuji
12/04/2018 12:20
Pra quem já tem a gleise, pra que uma vaquinha?
Sidnei Luis Reinert
12/04/2018 12:07

quinta-feira, 12 de abril de 2018
Delação de Palocci e e-mails de Odebrecht arrasam Lula



Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A criminosa Petelândia quer nos assassinar de rir. A senadora e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, lidera o movimento demagógico junto com 36 parlamentares da legenda, para a troca da identidade parlamentar. Todos querem incluir Lula no meio de suas denominações. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Congresso e do Senado, Eunício Oliveira, precisam autorizar tamanha babaquice. Botar Lula entre o nome e o sobrenome é um protesto idiota contra a prisão justíssima do ex-Presidente.

Enquanto a petralhândia se desmoraliza ainda mais, a caríssima defesa de Lula alopra com duas ofensivas que devem piorar a situação judicial do ex-Presidente. A primeira é a delação premiada que o ex-petista e ex-amigo de Lula, Antônio Palocci Filho, negocia com a Polícia Federal. Palocci ameaça contar tudo que sabe e um pouco mais. O Supremo Tribunal Federal decide, nesta quinta-feira, se Palocci tem direito a ganhar um Habeas Corpus de Ofício, mesmo já condenado a 12 anos e dois meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A segunda é o conteúdo de milhares de e-mails trocados por Marcelo Odebrecht com os membros do Mecanismo Criminoso. Em "prisão domiciliar", Marcelo comprova que Lula não só sabia de todas as falcatruas, como também liderava os esquemas corruptos. Marcelo deu até uma ironizada, de leve, no defensor do $talinácio: "Eu já devo ter encaminhado mais de 3 mil e-mails. É melhor que a defesa de Lula fique com os e-mails, porque quanto mais eu vou, mais complica a defesa dele"...

As correspondências eletrônicas foram mais um motivo de um barraco judicial entre o advogado Cristiano Zanin e o juiz Sérgio Moro, na audiência convocada pela defesa de Lula com Marcelo Odebrecht. Os defensores de Lula se ferraram mais uma vez, já que Moro liberou amplo acesso não só dos e-mails como também de todo o conteúdo do disco rígido (HD) do computador de Marcelo. Gratuita e burramente, a defesa de Lula conseguiu legitimar provas contra ela mesma.

Lula também é motivo de discordância entre o Sindicato dos Delegados da Polícia Federal no Paraná e a Federação Nacional dos Policiais Federais. O sindicato ameaça recorrer ao judiciário para pedir a transferência de Lula da sede da Superintendência em Curitiba. A entidade alega prejuízos ao trabalho dos delegados e também a quem precisa dos serviços prestados pela PF. Já a Federação considera inviável transferir Lula para outra unidade, inclusive militar. A Federação também adverte para o aumento da possibilidade de confrontos entre apoiadores e pessoas contrárias ao político. Moro não quer se pronunciar sobre a polêmica, que agora é responsabilidade da juíza Carolina Moura Lebbos, da 12ª Vara Criminal.

Polêmicas à parte, as revelações de Palocci e Odebrecht, com provas objetivas, têm tudo para arrasar com o companheiro $talinácio. #LulaLivre parece um desejo cada vez mais distante e impossível para a petelândia... #LulaPresidente é missão impossível.

A vingança é uma cachaça que se toma fervendo, na temperatura ambiente do inferno. Lula, em fase abstenção forçada pela cana judicial deve saber disto...
Herculano
12/04/2018 10:28
VAQUINHA DO PT PARA AMAMENTAR LULA

Conteúdo de O Antagonista. Lula tinha 200 milhões de reais no departamento de propinas da Odebrecht.

Agora, porém, ele está morrendo de fome, segundo Paulo Okamotto.

A colunista social da Folha de S. Paulo informa que deputados e senadores do PT, para tirar Lula da miséria, resolveram "contribuir mensalmente com uma vaquinha para pagar suas contas pessoais".

O RODÍZIO LULISTA

Falta gente para animar o terreiro de Lula em Curitiba.

Por isso mesmo, o PT decidiu fazer um rodízio.

"A cada 15 dias um estado ficará responsável por manter cheio o acampamento em frente à superintendência da PF", diz a Folha de S. Paulo. "Desta quinta-feira, dia 12, até 24 de abril, a tarefa será dos paulistas.
José Antonio
12/04/2018 10:12
Herculano

Vamos sugerir aos deputados petistas, em vez de adicionar o nome lula aos seus nomes politicos, que cortem seus dedos mindinhos, seria muito mais original, não acha? Aos petistas aqui de Gaspar tbém, já pensou? Será que teriam coragem?
Herculano
12/04/2018 09:50
AMANHÃ É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA E FEITA ESPECIALMENTE PARA A EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE, O MAIS ANTIGO E DE MAIOR CIRCULAÇÃO EM GASPAR E ILHOTA

Ela está um pouco menor. Parte do espaço, exepcionalmente, foi tomado por comerciais. Entretanto, o conteúdo analítico continua o mesmo.
Herculano
12/04/2018 09:47
'UMA IDEIA', por William Waack, no jornal O Estado de S. Paulo

Será que se percebe que a crise em que estamos é resultado do apego a ideias equivocadas?

Lula preso deveria ser página virada na história política do País, mas temo que não seja. É óbvio que a prisão do principal chefe populista brasileiro em mais de meio século virou símbolo de enorme relevância numa esfera, a da política, que vive de símbolos. Não é pouca coisa ver atrás das grades um poderoso e rico, como Lula. Também não se pode ignorar o efeito para a autoestima de enorme parcela da população da noção do fim da impunidade. Um homem que nunca demonstrou grandeza exibiu-se apequenado e raivoso ao ser preso em meio a seguidores da seita que ainda conduz. Contudo, não é o destino do indivíduo aqui o mais relevante.

Ironicamente, Lula foi condenado e inicialmente preso por crime incomparavelmente menor em relação aos que cometeu, e não considero como pior deles o formidável aparato de corrupção que presidiu com a alegre colaboração de elites sindicais, acadêmicas, empresariais e o corporativismo público e privado. Apequenar o Brasil lá fora, diminuindo nosso peso específico, destruir o tecido de instituições (começando pelo da Presidência), fazer a apologia da ignorância e decretar o atraso no desenvolvimento econômico compõem pesada conta que mal começou a ser paga. O Brasil teve o azar de abraçar o lulopetismo na curva de subida de um benéfico superciclo global de commodities que não se repetirá por muito tempo. Em outras palavras, a pior e imperdoável obra lulista foi ter desperdiçado uma (única?) oportunidade de livrar o País rapidamente de desigualdade e injustiça sociais.

A prisão de Lula, paradoxalmente, não parece estar aprofundando entre nós o debate em torno dos eixos que seriam essenciais para recuperar o País em prazo mais dilatado - digamos, a próxima geração. Será que, além dos erros de conduta do indivíduo Lula, percebe-se que a crise em que estamos (começando pela econômica) é resultado do apego a ideias completamente equivocadas? O ímpeto de punir aumentou e, junto dele, consolida-se a perigosa noção de que vale tudo para pôr rápido na cadeia quem for denunciado - claro, diante da ineficiência da Justiça não chega a ser tão espantosa assim a evolução dessa mentalidade punitiva. Estamos na fase de mandar às favas os princípios (o verbo mais usado é outro, impublicável), contanto que o safado esteja preso. Porém, temo ter de afirmar que já caímos na armadilha, começando pelas elites pensantes, de acreditar ingenuamente que lavando a jato corruptos o sistema político volta a funcionar.

Não parece ter ganhado ainda sentido e direção claros essa onda de descontentamento e indignação que encurralou a política e agora fracionou perigosamente o Judiciário ?" que de fato manda hoje na política, por meio de figuras populares que não foram eleitas. Primeiras instâncias do Judiciário, por exemplo, pegaram o gosto de sangue e emparedam instâncias superiores pela atuação política em redes sociais e mídia. Por sua vez, as instâncias superiores estão profundamente divididas e renderam-se ao hábito de falar dentro e fora do plenário do STF para o que consideram que sejam suas audiências prediletas. Nesse quadro fluido e volátil não consigo identificar um Estado-Maior ou Central da Conspiração (muito menos das Forças Armadas).

No plano geral da política hoje não há quem puxe, só há empurrados. Por um fluxo que pede "mudança" sem apontar qual (fora o anseio, legítimo e correto, pelo impecável ficha-limpa). Falta algo importante ainda para que o encarceramento do populista sem caráter corresponda a uma página de histórica virada. Meu receio é de que a prisão de Lula acabe surgindo como grande evento que, na percepção do dia a dia, não se revela tão grande assim. Nesse sentido, vale a pena citar o que ele disse ao discursar para integrantes da seita no dia da prisão, quando declarou ser ele mesmo "uma ideia". É ela que nos atrasou e conduziu à beira do abismo. Precisa ser derrotada, e ainda não foi.
Herculano
12/04/2018 09:45
LULA E OS SEU RICOS, por Carlos Alberto Sardenberg, no jornal O Globo

Elites adoram quando mais pessoas voam e entram na universidade porque são donas de faculdades e de companhias aéreas

Lula repetiu em seu último discurso: estava sendo preso porque promove os pobres contra os ricos, já que estes, das elites, odeiam quando os pobres melhoram de vida.

Demagógico e falso.

Falso porque os ricos adoram quando mais pessoas, pobres ou não, entram nas faculdades, especialmente as particulares, e viajam de avião. Isso mesmo, adoram, porque as elites são donas das escolas, cujas ações subiram às nuvens com os programas de financiamento e bolsas pagas pelo governo. Assim como são donas das companhias aéreas - e dos hotéis e das lojas - cuja demanda disparou nos anos de ouro dos países emergentes.

Verdade que a vida dos pobres melhorou nos anos do governo Lula. Mas melhorou em todo o mundo emergente, dando origem à nova classe média. Isso resultou de uma feliz combinação de crescimento global, que puxou a demanda e os preços das commodities, com políticas econômicas que preservaram a estabilidade da moeda e das contas públicas.

Ou seja, não é que o Brasil de Lula cresceu porque ele aplicou políticas a favor dos mais pobres. Foi um puro ciclo de expansão capitalista, baseada na renda das commodities (soja, minério de ferro, carnes) e na ampliação do consumo, via renda e crédito. Isso aconteceu no Brasil, na Índia, no Chile, na Tailândia, no Peru e por todos os países parecidos.

Os capitalistas adoraram. O agronegócio decolou, a indústria automobilística dobrou sua capacidade, os shoppings se multiplicaram, as vendas no varejo esquentaram.

A diferença entre os governos do PT, Lula e Dilma, foi para pior. Reparem: na época de ouro, primeira década dos anos 2000, todos os emergentes cresceram forte. Depois da crise financeira global, o Brasil teve uma breve recuperação e depois afundou numa crise de recessão e inflação alta. Isto, sim, foi inédito. Tirante os bolivarianos Venezuela e Argentina, isso não aconteceu em nenhum outro emergente importante. Todos mantiveram um nível de crescimento, ainda que menor, e mantiveram a estabilidade da moeda e equilíbrio das contas públicas, com juros baixos, muito baixos.

Como os governos petistas conseguiram estragar tudo?

Porque o dinheiro público acabou, e a renda externa das commodities caiu. Lula do segundo mandato, Dilma, seus economistas e estrategistas continuaram acreditando que ampliar o número de beneficiados do Bolsa Família e elevar o salário mínimo, mandando os bancos públicos conceder crédito a torto e a direito - isso seria a mágica do eterno bem-estar.

Quando as famílias, endividadas e vítimas dos juros altíssimos, para combater uma inflação crescente, pararam de consumir, Lula colocou a culpa no ódio dos ricos.

Ora, os ricos estavam bravos era com a recessão. Quiseram se livrar do governo Dilma porque a gestão petista estava tirando os pobres das faculdades, dos aviões e das lojas.

Não foi porque Lula atacou os capitalistas. Mas porque estabeleceu uma relação espúria com boa parte do capital. Foi a perversa combinação de capitalismo de Estado com capitalismo de amigos, cujo resultado é corrupção e ineficiência. Isso não foi novo. Está nos livros.

Acontece assim: o governo amplia seu controle na economia, via estatais, aumento do gasto público direto e regulações, que dirigem crédito favorecido e isenção de impostos para setores selecionados. O governo entrega obras, compra serviços e mercadorias - de remédios e pontos de exploração de petróleo - das empresas amigas. Estas cobram preço superfaturado e devolvem parte de seus ganhos para os que controlam o governo.

O governo petista não foi o governo dos ricos. Foi o governo de parte dos ricos, os seus amigos. Quem mais se beneficiou não foi o pobre do Nordeste, mas a maior empreiteira nacional, a Odebrecht, levada por Lula (e pelo BNDES) a se tornar uma multinacional de obras e de corrupção.

O pobre do Nordeste ganhou mais Bolsa Família, mas não foi isso que o levou para a classe C. Foi a expansão das commodities, o crescimento e a consequente geração de empregos.

Essas pessoas voltaram à pobreza com a recessão e inflação ?" e, sobretudo, com a destruição de estatais como a Petrobras e Eletrobras. Estas foram levadas a gastar recursos de que não dispunham e obrigadas a entrar no maior esquema de corrupção do mundo emergente, um verdadeiro produto brasileiro de exportação.

A corrupção também foi global, mas pelo menos os governos de outros países mantiveram uma estabilidade macroeconômica.

Por aqui, ainda bem que surgiu a Lava-Jato. Ao contrário do que diz Lula, não se trata da reação dos ricos contra os pobres. A Lava-Jato só pega ricos ?" e de todos os lados da política.

E o povo não foi às ruas para defender Lula. De algum modo, entendeu que salvar Lula nesse processo é como salvar Odebrecht, Temer, Renan, Aécio e por aí vai
Herculano
12/04/2018 09:41
A NOVA SAÚVA, por Cora Rónai, no jornal O Globo

Milhões de eleitores foram agredidos pela retórica de Lula e pelo "ódio do bem" da esquerda

O antipetismo é o novo bicho papão dos intelectuais de esquerda. Ele acaba de ser comparado, por um amigo culto, inteligente e a quem respeito muito, ao antissemitismo na Alemanha de Hitler. Só posso atribuir a comparação ao calor do momento - vastas emoções, pensamentos imperfeitos. Mas acho que, em algum momento do futuro, serenados os ânimos, valeria à esquerda procurar, com honestidade, as origens desse suposto antipetismo, até porque é difícil encontrar a cura para um mal cuja causa se desconhece. Digo "suposto" não porque ele não exista, mas porque, da forma como vem sendo colocado, ele mais parece um movimento organizado, um conluio de vermes, o autêntico oposto de "democracia" - seja lá o que entenda por democracia alguém que defende o PT.

Ao contrário de tanta gente que denuncia o antipetismo, não tenho a menor pretensão de falar "pelo povo", "pelos brasileiros", "por todos nós". Falo única e exclusivamente por mim, e já é responsabilidade que me baste. Eu detesto o PT. E detesto o PT pelo que o PT é, pelo que o PT fez e continua fazendo, e pela forma como o PT se comporta.

Não há um único fator externo ao PT embutido no meu sentimento.

É lógico que a sua intensidade tem a ver com o fato de que este é o partido que estava no poder até ontem: a crise que vivemos é, em maior ou menor grau, o resultado das suas escolhas e das suas ações. Tem a ver também com a hipocrisia do partido, que sempre se apresentou como alternativa ética aos demais, e foi incapaz de um simples pedido de desculpas à população quando se viu no centro do maior escândalo de corrupção já apurado no país.

E olhem que a corrupção do PT é, para mim, o menor dos seus males - ainda que ele a tenha elevado à categoria de arte. Meu maior problema com o PT, e com a esquerda como um todo, é a sua incapacidade de diálogo, a sua aversão ao contraditório e, sobretudo, a sua militância arrogante e patrulheira, que exige que todos se posicionem exatamente da mesma forma. Já estive em países de pensamento único e não gostei.

Há movimentos de direita igualmente obtusos e intolerantes, mas de modo geral eles se apresentam exatamente como são, toscos e primitivos. A sua embalagem é mais sincera; eles não pretendem ser "bons", e nem falam do alto de um pedestal de virtudes.

****
Um dia, ainda naquela remota eleição que Lula disputou com Collor, eu estava na rua com o Millôr, e comentei com ele que, pelo visto, o Lula ia ganhar - todos os carros que passavam com adesivos eram PT. O Millôr olhou, olhou, e me disse para prestar mais atenção: a maioria dos carros simplesmente não tinha adesivos.

- Sabe o que isso significa, né?

Eu sabia. Usar um adesivo do Collor, pelo menos na Zona Sul do Rio de Janeiro, era se arriscar a ter o carro arranhado e enfrentar militantes petistas raivosos. Eu tinha passado por isso com o adesivo do Covas que havia usado no primeiro turno.

Collor ganhou a eleição sem adesivos, não exatamente com "votos envergonhados", como o PT disse à época, mas com votos intimidados.

Lula, um militante intolerante ele também, nunca desceu do palanque. Passou todos os seus anos de presidência, e mais os da Dilma, como vítima de um complô das elites, insistindo na divisão do nós contra eles: ricos contra pobres, brancos de olhos azuis contra negros, todos contra nordestinos.

Lula, como todos sabem, é uma mulher negra da periferia; agora, ainda por cima, encarcerada.

Um candidato pode ser o que quiser, mas um presidente não. O presidente de todos os brasileiros não pode dizer que quem não votou no seu partido odeia pobres e tem horror de ver os filhos dos pobres na universidade, porque além de divisiva, essa afirmação é extremamente ofensiva.

Há uma esquerda bem intencionada que talvez não tenha percebido o quanto de ódio havia, e ainda há, nesse discurso, porque ele a põe no pedestal ao qual ela imagina ter direito e massageia o seu ego. Ele reafirma a sua superioridade moral e apenas põe os inferiores no seu devido lugar.

Mas para quem não votou no PT - e que não é necessariamente de direita, de extrema direita ou, como está na moda, "fascista" - cada declaração dessas soou como um insulto. Durante 13 anos, os 50 milhões de eleitores que não votaram em Lula ou Dilma, e que, em sua vasta maioria, são apenas brasileiros como os demais brasileiros, ouviram que eram péssimas pessoas. Qualquer política de estado era invariavelmente apresentada como um desafio à sua intrínseca maldade: apesar de vocês, que não votam no PT, os pobres vão ter saúde, vão estudar, vão ter moradia e dignidade.

Como se qualquer ser humano, por não petista que seja, pudesse ser contra isso.

Cinquenta milhões de eleitores foram sistematicamente agredidos e desumanizados pela retórica de Lula e pelo "ódio do bem" da esquerda; agora não suportam o PT.

Mas por que será, não é mesmo?
Herculano
12/04/2018 09:36
reeditado das 07:26
DEBATE ENTRE ESQUERDA E DIREITA SOBRE PRISÃO DE LULA ERRA FEIO, por Mathias Spektor, professor de relações internacionais na FGV Sp, para o jornal Folha de S. Paulo

A prisão de Lula envergou o debate público numa direção tão patética quanto perigosa.

Segundo a interpretação dominante à esquerda, a Lava Jato estaria deslocando o poder político para a direita, revertendo uma década de progresso social no altar do conservadorismo que ganha adeptos a cada dia.

Segundo o papo à direita, a implosão do PT e dos movimentos que lhe dão apoio estaria abrindo espaço para uma renovação modernizante, capaz de produzir retidão fiscal com abertura econômica e segurança pública. Para essa turma, populismo fiscal, assistencialismo e corrupção desenfreada são atributos petistas. Basta fazer uma boa limpeza.

Esse debate é patético porque erra no diagnóstico e esconde o que interessa.

Tanto a esquerda quanto a direita que nasceram na redemocratização da década de 1980 foram para a cama com o atraso - aquela velha elite política que, sem ter ideologia, vende apoio ao governo de plantão em troca de privilégios para si e para os grupos que representa.

A lista de exemplos é extensa: FHC com Antonio Carlos Magalhães, Lula com José Sarney, Dilma Rousseff com Sérgio Cabral e todos eles com a família Odebrecht e tantas outras dinastias políticas e econômicas país afora.

Isso não significa que esquerda e direita tenham sido iguais. Cada uma fez as suas reformas preferidas. Mas tais reformas sempre foram lentas e parciais, sem jamais ameaçar a segurança da velha elite do atraso.

Para governar, esquerda e direita negociaram um pacto conservador. Ao fazê-lo, ambas contribuíram para manter mais ou menos intocado o esquema arcaico que faz do Brasil este celeiro de injustiça, violência e arbítrio.

Nesses 30 anos, nunca a esquerda ou a direita ameaçaram os alicerces institucionais que nos condenam ao subdesenvolvimento: clientelismo, patronagem e as outras práticas de colonização do Estado que inviabilizam a oferta de bens públicos para a maioria da população.

Portanto, não surpreende que tantos estejam dispostos a votar em Jair Bolsonaro. Afinal, no establishment não sobrou ninguém capaz de oferecer uma saída para o Brasil pós-Lava Jato.

Ocorre que Bolsonaro não é diferente. Defensor histórico dos interesses sindicais da corporação militar, ele também montará seu pacto com o atraso para tentar vencer esta eleição. Se ganhar, será incapaz de entregar a mudança profunda que a sociedade procura.

Enquanto a conversa pública não se dedicar a entender como se faz para mudar as regras do jogo que dão tanto poder ao atraso, estaremos condenados a repetir os erros do passado, esteja o Palácio do Planalto na mão da esquerda, da direita, de um centro amorfo ou de um pateta radical.
Herculano
12/04/2018 09:30
SUPERANDO O LULOPETISMO, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Movimento vem perdendo potência a olhos vistos, embora ainda conserve alguma força para causar danos ao País

Em que pesem as bravatas de Lula da Silva e de seus fanáticos seguidores, a prisão do ex-presidente foi a culminação de um longo processo de desmoralização do PT e, principalmente, do lulopetismo. Hoje basicamente restrito aos grotões remotos do País, a algumas centrais sindicais e a intelectuais teimosamente apegados a utopias, o movimento que leva o nome do demiurgo de Garanhuns vem perdendo potência a olhos vistos, embora ainda conserve alguma força para causar danos ao País.

Isso não significa, contudo, que aquilo que o lulopetismo representa tão bem - isto é, a ideia de que os problemas podem ser resolvidos por obra apenas da vontade de resolvê-los - esteja superado. Ao contrário: antes de ser causa, o lulopetismo é o produto mais bem-acabado da incapacidade atávica de uma parte considerável do País de enfrentar os problemas nacionais.

O sr. Lula da Silva descende de uma extensa linhagem de populistas e demagogos que há muito tempo alimentam as fantasias de milhões de brasileiros pobres. Quando chegou sua vez de exercer o poder, o chefão petista estimulou esses eleitores a imaginar que um carro popular comprado a prestações a perder de vista ou um diploma numa universidade de quinta categoria bastariam para alçá-los à sonhada classe média. Não à toa, em seu discurso de despedida antes de ser preso, o ex-presidente enfatizou que, em sua opinião, foram essas "conquistas" da era lulopetista que enfureceram "as elites" e resultaram na "perseguição política" destinada a alijá-lo da disputa eleitoral. No limite, assim diz o discurso de Lula, quem está preso não é ele, é o povo que ele encarna.

Descontando-se o exagero da retórica, o fato é que o lulopetismo personifica a ilusão, bastante disseminada, de que é possível melhorar as condições de vida no País e fazê-lo progredir sem a necessidade de esforço e responsabilidade. Seu inebriante sucesso desde que chegou ao poder, em 2003, e a manutenção de parte significativa de seu apoio popular mesmo em meio a tantos escândalos são a prova de que muitos brasileiros ?" e não apenas os mais pobres ?" continuam a considerar justo esperar que o Estado lhes seja um generoso provedor, que fornece subsídios de todo tipo, empregos públicos cheios de privilégios, bolsas assistencialistas para diversos fins, financiamentos a juros irreais, incentivos fiscais os mais variados e, para os mais ricos, participação no butim das estatais e dos contratos públicos.

Embora tenha nascido pregando a ideia de que era preciso ensinar a pescar em vez de dar o peixe, o lulopetismo cresceu e se tornou potência eleitoral ao prometer peixes para todos, à custa dos generosos cofres públicos. O PT aderiu alegremente à demagogia que tanto dizia combater em seus primeiros anos e transformou os arroubos palanqueiros de Lula em política de Estado de seus governos. O resultado disso, além dos devastadores escândalos de corrupção protagonizados pelo PT e por seus associados - mensalão e petrolão -, foi a mais profunda e duradoura crise econômica da história nacional. A realidade se impôs à ficção demagógica de Lula.

No entanto, nada garante que o retrocesso representado pelo lulopetismo será mesmo superado. Está cada vez mais claro que os candidatos que dizem disputar o espólio eleitoral de Lula não se dispõem a negar as premissas que engendraram o desastre lulopetista. Ainda está para ser testada a capacidade do presidiário Lula da Silva de transferir votos nessa vexatória condição, mas certamente haverá quem, na melhor tradição do atraso nacional, se apresente como seu herdeiro ?" se não direto, ao menos ideológico. E isso significa que, mais uma vez, a campanha eleitoral estará eivada da mesma mentalidade que resultou no lulopetismo e que alinha o País, em alguns aspectos, ao que há de mais persistentemente subdesenvolvido na América Latina.

Pode-se dizer que haverá uma verdadeira revolução no Brasil se, apesar de tudo isso, das urnas emergir um governo com disposição para convencer os brasileiros de que simplesmente não é possível atingir o desenvolvimento sem trabalho, esforço e sacrifícios.
Herculano
12/04/2018 07:40
PSDB TENTA ALCKMIN SENADOR E DORIA PRESIDENTE, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Políticos do PSDB tentam atrair Geraldo Alckmin para uma conversa difícil. Com pesquisas nas mãos, eles se convenceram de que sua candidatura presidencial é fraca. Pior: temem que eventual delação premiada do operador tucano Paulo Preto inviabilize todo o projeto do PSDB. A parte mais delicada da conversa será convencer Alckmin, comandante do partido, a trabalhar pelo projeto João Doria presidente.

'PEGADA' NECESSÁRIA
As pesquisas identificam a necessidade de um candidato de centro, equilibrado, mas com "pegada" para enfrentar petistas e bolsonaristas.

SENADOR ALCKMIN
As pesquisas também indicam uma eleição fácil de Geraldo Alckmin para o Senado, em São Paulo, onde mantém eleitorado fiel.

FATOR FRANÇA
Se Doria virar o candidato, os tucanos admitem honrar o compromisso de Alckmin, apoiando a reeleição do governador Márcio França (PSB).

REPETINDO MACRON
Pelas pesquisas, com o País radicalizado entre direita e esquerda, há chances de êxito de um nome do centro atrair votos dos dois lados.

CONDENADO, LULA MANTÉM SUAS MEDALHAS MILITARES
Já cumprindo pena de 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o ex-presidente Lula não corre o risco de perder a Ordem do Mérito Naval: a Marinha informou que "não se aplica" ao caso de Lula a "exclusão automática". No Exército é um pouco diferente: a Ordem do Mérito Militar prevê excluir o condenado por "atentado contra o erário, instituições e a sociedade". Mas prefere aguardar o trânsito em julgado da condenação do meliante preso.

POR QUE CALOU?
O comando da Aeronáutica preferiu se omitir, sem responder a indagação da coluna sobre as condecorações concedidas a Lula.

VAGO DEMAIS
A Ordem do Mérito Judiciário Militar, do Superior Tribunal Militar, prevê a expulsão de agraciado que "invalide a razão da condecoração".

PRECEDENTE NÃO ANIMA
Mensaleiros como Zé Dirceu e José Genoino mantiveram por anos as condecorações militares, mesmo com sentença transitada em julgado.

PRISÃO MILITAR PARA LULA
A ideia original foi do jornalista Pedro Rogério Moreira, no artigo "Lula pode cumprir pena em presídio militar", para o site Diário do Poder, segunda (9). Agora, até delegados federais defendem isso. Continuar com pose de hóspede na sede da PF, em Curitiba, é que não dá mais.

CHEGOU PARA DESTRAVAR
O ministro Moreira Franco (Minas e Energia), em seu discurso de posse, deu uma boa notícia: o presidente Michel Temer assina nesta quinta (12) o decreto de desestatização no setor. Incluindo Eletrobrás.

BATE O PONTO E VAZA
É oficial: o ano acabou na Câmara. Rodrigo Maia liberou o registro de presença dos parlamentares a partir da 6h da manhã desta quinta para possibilitar deputados de antecipar o fim de semana, longe de Brasília.

BAGUNÇOU GERAL
Petistas adotaram o nome do meliante e deputados de outros partidos fizeram o mesmo para homenagear o juiz Sérgio Moro, que o prendeu. E ainda teve os que adicionaram "Bolsonaro" ao nome. Está na hora de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pôr ordem nessa bagunça.

VOTO DISTRITAL DE VOLTA
O "voto distrital" deve voltar à pauta do Congresso este ano. A ideia de grupos de apoio é emplacar depois da eleição a análise do projeto que alteraria o sistema "distrital misto", aprovado pelo Senado em 2017.

PERNAS CURTAS
A Universidade de Brasília, a que mais gasta no País, fez badernaço a pretexto de pedir "mais verbas para educação". Mas o objetivo era vandalizar, queimar a bandeira do Brasil e ameaçar Temer de morte.

SOBE E DESCE
O MDB continua com a maior bancada do Senado (18 senadores), mesmo após as saídas de Raimundo Lira (Pode-PB) e Rose de Freitas (PSD-ES). É o maior partido do Senado desde 1994.

FROSSARD: Tô FORA
A juíza Denise Frossard, que foi deputada federal, filiada ao PPS, não vai disputar vaga no Senado ou o governo do Rio: "Descobri, embora um pouco tarde, que sou feliz como montanhista de alta altitude."

ORIGINALIDADE
Entre opositores, tem gente achando que adotar Lula no sobrenome é pouco, porque original mesmo seria cortar fora o dedo mindinho.
Herculano
12/04/2018 07:38
O BRASIL CRUEL, NOS ANOS DE PT E DE TEMER, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

A RENDA média dos brasileiros que estão no 1% mais rico equivale a 36 vezes a renda média da metade mais pobre, diziam manchetes desta quarta (11). Em uma ou outra publicação virtual da esquerda, se dizia que isso era um "retrato do país do golpe".

A distribuição da renda piorou nos anos da recessão? Não sabemos. O IBGE mudou o jeito de fazer a pesquisa, a Pnad Contínua, que estreou em 2012, mas foi retocada de 2015 para 2016. De 2016 para 2017, a desigualdade praticamente não mudou.

Entre 2013 e 2015, pela pesquisa "antiga", a desigualdade de rendimentos ficara também praticamente na mesma.

A desigualdade aumentou na pior recessão dos séculos 20 e 21, aquela de 1981-1983. Mas não cresceu na crise de 1990-1992, por um motivo ruim. Os ricos perderam mais, mas os pobres estavam massacrados por perdas de renda, pioradas pela inflação, desastre que vinha desde 1987.

Considere o tamanho da miséria daqueles tempos: a renda da metade mais pobre em 1992 equivalia a 37% da registrada em 2014.

Há indícios de que os pobres perderam mais nesta crise? Até que o IBGE refaça a série estatísticas de 2012 a 2017, o que deve acontecer ainda neste ano, difícil saber. Os dados parciais sobre renda por nível de escolaridade ou por décimos da população, por exemplo, não permitem um chute informado.

De menos incerto, todo o mundo sabe que há agora um colchão para proteger os mais pobres de tombos ainda mais horríveis na vida. Além do Bolsa Família, existem também a Previdência Rural e os Benefícios de Prestação Continuada (para idosos muito pobres, deficientes etc.). Esses benefícios de algum modo se espalham por famílias e comunidades pobres, evitando desgraças ainda mais tristes, por mais que existam críticas técnicas (várias corretas) ao formato (não aos objetivos) desses programas.

Em suma, vai ser difícil partidarizar os dados divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE.

Também não é possível comparar a série de dados entre 2004-2015 (PT) com a de 2016-17 ("golpe"). Os dados até 2015 são os da Pnad anual; desde 2012, a pesquisa se tornou mais extensa, abrangente e precisa.

Pela pesquisa "antiga", a concentração de renda do 1% caíra bastante entre o começo do século até 2015. Os rendimentos no topo eram de 55 vezes os da média da metade mais pobre, em 2001; em 2015, cerca de 32 vezes.

Os 10% mais ricos tinham cerca de 40% da renda do país em meados desta década, pelo IBGE. Mas, como se recorda, essas contas de desigualdade foram refeitas em estudos inspirados por técnicas aprimoradas pelo pesquisador francês Thomas Piketty.

Na pesquisa do IBGE, o rendimento é o declarado pelos entrevistados. Nos trabalhos de pesquisadores como o brasileiro Pedro Ferreira de Souza, do Ipea, e o irlandês Marc Morgan, aluno de Piketty, dados da Pnad são complementados também por declarações de Imposto de Renda.

Segundo essas contas, os 10% mais ricos têm entre 50% e 55% do rendimento nacional; a desigualdade total não teria variado muito ao longo deste século (teria havido redistribuição dos mais ricos para os mais pobres, mas poupando os 10% ou 20% mais ricos).

De um modo ou de outro, o Brasil ainda é uma aberração cruel.
Herculano
12/04/2018 07:35
da série: se as escolas de jornalismo se transformaram madrassas da esquerda do atraso, as redações que minguam, são os templos e refúgios dessa ideia sem pluralidade, dai apanhar pela causa, é mais do que justo. Escrevo isso há anos num ambiente que frequento há 40

JORNALISTAS APANHAM DE PETISTAS... E PEDEM MAIS! por Rodrigo Constantino, no site Gazeta do Povo, Curitiba PR

Vimos vários casos de jornalistas que foram agredidos pela militância petista usada como escudo humano de Lula antes de sua prisão. Alguns receberam ovadas bem de perto, outros foram ameaçados abertamente, expulsos do local, ou chegaram mesmo a apanhar. Isso deveria mostrar a realidade sobre a verdadeira ameaça fascista, àqueles que falavam tanto sobre "o perigo da onda conservadora". Deveria...

Mas jornalista, no Brasil, tem um caso estranho de amor pelo algoz, sofre de Síndrome de Estocolmo. A maioria saiu deformada das faculdades tomadas por militantes comunistas disfarçados de professores, e depois passou a ocupar as redações dos jornais e emissoras de televisão para seguir com sua missão de vida: a revolução socialista, criar um "mundo melhor".

Para tanto, vale tudo. Vale detonar qualquer movimento mais à direita do que o esquerdista PSDB. Vale alertar aos leitores sobre o imenso perigo do "fascismo", da "onda conservadora", mesmo enquanto apanha nas ruas de petistas que ameaçam abertamente com guerra civil, desobediência à Justiça, confusão geral e caos. Saem umas notinhas de "repúdio" contra as agressões e só.

Depois ainda vem uma nota oficial do sindicato culpando a própria imprensa pela situação, ou seja, jornalistas que endossam a narrativa petista de que os veículos de comunicação "golpistas" são parte do problema e devem ser perseguidos se a esquerda voltar ao poder, como foram na Venezuela defendida pelo PT e pelo PSOL. O Antagonista resumiu bem a coisa: são "os milicianos do jornalismo":

O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo disse que a imprensa vai continuar apanhando dos milicianos do PT enquanto Lula estiver na cadeia.

Leia um trecho da nota dos sindicalistas:

"Essa situação lamentável é resultado da política das grandes empresas de comunicação, que apoiam o golpe, e que adotam uma linha editorial de hostilidade contra as organizações populares (...).

Para impedir que casos de agressão e tentativas de censura se repitam é preciso que se retome a democracia, o que só será possível com Lula livre e com a garantia de o povo brasileiro poder votar legitimamente nas eleições de 2018."

O Sindicato dos Jornalistas é ligado à FENAJ de Franklin Martins, que também está na mira da Lava Jato.

Franklin Martins, aquele que participou de sequestro de embaixador americano e sempre nutriu paixão pelo regime cubano, e que foi ministro de Lula, já foi figura importante na Globo. Temos vários outros casos parecidos. O jornalismo brasileiro está quase completamente tomado pelo câncer vermelho.

Lula mesmo cita nominalmente alguns desses grandes veículos como inimigos, e o que eles fazem? Contratam mais esquerdistas radicais, mais petistas ou psolistas, enquanto demitem os últimos jornalistas imparciais, para ver se são deixados em paz. Dão mais espaço ainda para a extrema-esquerda. Tentam canonizar a vereadora do PSOL morta no Rio, ignorando que seu partido está lá, defendendo aqueles que agridem os jornalistas. Adotam a narrativa do PT, chamam os terroristas do MST de "movimento social", chamam as invasões criminosas de Boulos de "ocupações", e detonam a "extrema-direita" (qualquer um mais conservador do que um tucano).

Nosso jornalismo da mídia mainstream é parte do problema, é cúmplice em grande parte desse caos, da verdadeira ameaça fascista, que vem da esquerda. Mas hoje não é dia de tripudiar desses jornalistas, desses repórteres e apresentadores. Chegamos a quase ter pena quando vemos alguns deles tendo de dar a notícia da prisão de seu líder. Quase escorre uma lágrima de seus olhos ao proferir tais palavras. E quase escorre uma lágrima dos nossos ao ver ato tão comovente.

Mas aí lembramos o que eles fizeram e fazem com nosso país, por quem estão quase chorando, e a peninha logo passa. Dá até para rir de alguns deles chorando, não é mesmo?
Herculano
12/04/2018 07:23
O ROUBO DOS POLÍTICOS DAS APOSENTADORIAS DOS SERVIDORES. OPERAÇÃO LAVA JATO CUMPRE MANDADOS DE PRISÃO CONTRA SUSPEITOS DE FRAUDAR FUNDOS DE PENSÃO

Conteúdo do portal G1. Texto de Fernanda Rouvenat, Guilherme Peixoto, Leslie Leitão, Paulo Renato Soares, Pedro Figueiredo e Bárbara Carvalho, G1 Rio, TV Globo e GloboNews

Agentes da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) estão nas ruas do Rio, São Paulo e Brasília para cumprir 10 mandados de prisão contra suspeitos de fraudar os fundos de pensão Postalis (dos Correios) e Serpros (Serpro - empresa pública de tecnologia da informação). Essa é a primeira vez que a Lava Jato do Rio chega a fundos de pensão.

Até as 6h30 a PF já havia confirmado a prisão do empresário Arthur Pinheiro Machado, que já foi dono de corretora e tem mais de 100 empresas ligadas ao CPF dele. Arthur foi preso em São Paulo no início desta manhã. O esquema funcionava através de dois doleiros do ex-governador Sérgio Cabral, que ajudavam a trazer dinheiro em espécie oriundo do esquema de volta ao Brasil.

Por volta das 6h, os agentes chegaram em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, para cumprir mandado de prisão contra Marcelo Sereno, economista que é ligado há muitos anos ao PT. Ele já foi assessor especial do Ministério da Casa Civil durante o governo Lula, na época que José Dirceu era ministro da Casa Civil. Sereno já exerceu cargo de confiança na refinaria de Manguinhos e foi secretário de Desenvolvimento, Indústria e Petróleo da prefeitura de Maricá durante o governo de Washington Quaquá.

Os agentes também tentam cumprir mandado contra Ricardo Siqueira Rodrigues, conhecido como Ricardo Grande, em um condomínio na Zona Oeste. Ele é apontado pela Polícia Federal como o maior operador de fundos de pensão no país. Também há mandado de prisão contra Patrícia Iriad, funcionária da empresa de Arthur Machado.

A Operação Rizoma investiga os crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção através de fraudes que geraram prejuízos aos fundos de pensão.

Ao todo são cumpridos 10 mandados de prisão preventiva e 21 mandados de busca e apreensão. Oito mandados de prisão estão sendo cumpridos no Rio, um em São Paulo e um no Distrito Federal.

Saiba como funcionava o esquema
As investigações apontam que valores oriundos dos fundos de pensão eram enviados para empresas no exterior gerenciadas por um operador financeiro brasileiro. As remessas, apesar de aparentemente regulares, referiam-se a operações comerciais e de prestação de serviços inexistentes.

Em seguida, os recursos eram pulverizados em contas de doleiros também no exterior, que disponibilizavam os valores em espécie no Brasil para suposto pagamento de propina aos gestores desse fundo.

Rizoma na Botânica é uma espécie de caule que se ramifica sob a terra, tratando-se de uma alusão ao processo de lavagem de dinheiro e ao entrelaçamento existente entre as empresas investigadas.
Herculano
12/04/2018 07:12
da série: começou a se expressar o álibi da bandidagem por meio de vários canais de pressões, incluindo partidos políticos e a imprensa. O simples fato de alguém não ter um passado criminal é salvo conduto para não pertencer à uma organização criminosa de alta periculosidade bandida e social

ESTADO SAI, MILÍCIA ENTRA, por Marco Aurélio Canônico, no jornal Folha de S. Paulo

Entre as diversas críticas que a intervenção federal no Rio recebeu em seu primeiro mês, uma das principais dizia respeito à falta de combate às milícias: várias operações haviam sido feitas, nenhuma em área de milicianos.

Depois do assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes - crime com características de execução comandada por milicianos, como as investigações vêm mostrando -, a pressão sobre os interventores atingiu níveis internacionais. E, no último dia 7, veio a resposta.

A operação Medusa prendeu 149 suspeitos de envolvimento com a maior milícia do Rio. Apreendeu também 12 fuzis, 19 pistolas, granadas, munição e 15 veículos roubados. Durante a ação, quatro homens morreram em troca de tiros com a polícia.

"A intervenção federal começa a apresentar resultados expressivos", comemorou o atual secretário de segurança, general Richard Nunes. "Esses últimos gestos do fenômeno interventivo da semana passada foram preciosos para o Rio e para o país", disse o presidente Temer.

Em vez dessa marquetagem hiperbólica, uma postura cautelosa seria mais recomendável. Entre os 149 presos, há dezenas sem antecedentes, cujo único crime foi o de estar num show em que também estavam criminosos. O chefão miliciano que a operação visava conseguiu fugir.

Na última década, foram presos cerca de 1.300 milicianos no Rio. O efeito disso nas milícias? Nulo: no mesmo período, o número de áreas dominadas pelos paramilitares passou de 41 para 88 favelas, segundo levantamento do Ministério Público revelado pelo jornal O Globo.

É bom que os milicianos sejam presos, não há dúvida. Mas a mão de obra para as milícias é infinita. Ou ataca-se a origem do problema - a ausência do Estado em áreas pobres - ou esse será apenas um outro tipo de gelo para enxugar
Herculano
12/04/2018 06:58
FARTO DE SER O MINISTRO 1 A 4, FACHIN VIROU 6 A 5, por Josias de Souza

Relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, o ministro Edson Fachin alcançou na Segunda Turma da Corte a minoria suprema. Num colegiado de 5, costuma perder de 1 a 4. De raro em raro, obtém um 2 a 3. De tanto sinalizarem que estava errado, Fachin armou-se da certeza de que tem razão. E começou a transferir o julgamento de pedidos de habeas corpus para o plenário do Supremo, com 11 ministros. Ali, vem prevalecendo por 6 a 5. Parece coisa mixuruca. Mas pode representar a sobrevida da Lava Jato.

Com sua maioria precária, Fachin já abriu caminho para o encarceramento de Lula. E molha a toga para manter atrás das grades Antonio Palocci, preso há quase um ano e meio e já condenado a mais de 12 anos por Sergio Moro. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, listou razões para manter Palocci em cana.

Adeptos da política das celas abertas irritaram-se com Fachin. Mas o pulo do gato está previsto no regimento interno do Supremo. Qualquer relator pode transferir encrencas da turma para o plenário, reconheceu Dias Toffoli. Sim, mas precisa justificar, ralhou Ricardo Lewandowski. Não há essa exigência, discordou Toffoli.

Puxa daqui, estica dali, Fachin justificou sua decisão, embora não estivesse obrigado a fazê-lo. No miolo do seu argumento, sustentou que é necessário pacificar a guerra decisória que separa a Segunda Turma - chamada de 'Jardim do Éden' dos encrencados - da Primeira Turma do Supremo - conhecida como 'Câmara de Gás'. No plenário geral, Fachin se alia a quatro ministros da outra turma. E a presidente Cármen Lúcia desempata a favor da tranca. Aliado de Fachin, Luís Roberto Barroso ecoa a ala que prende. Gilmar Mendes vocaliza a banda que solta.

A defesa de Palocci pediu que o habeas corpus fosse devolvido à Segunda Turma. Em nome do princípio do "juiz natural", pois é para o Jardim do Éden que são rotineiramente enviadas as questões relacionadas à Lava Jato. Da tribuna, o defensor recordou que foi ali, no paraíso dos transgressores, que José Dirceu ganhou a liberdade. Não colou. Quem é o juiz natural no Supremo? O relator sozinho? A Turma? Ou o plenário? Ora, todos têm o poder constitucional de decidir em nome do Supremo - os 11 supremos, em decisões monocráticas, ou as duas turmas, por maioria de votos. E nenhum juiz é mais "natural" do que o plenário,

Em tese, as decisões tomadas pelo plenário deveriam ser observadas nas turmas. Mas nem todo mundo tem a responsabilidade institucional de Rosa Weber, capaz de subordinar a convicção pessoal à decisão da maioria, em respeito aos princípios da colegialidade e da segurança jurídica. Quem mais perde é o próprio Supremo. Não há propriamente um plenário. Cada ministro se considera um supremo. Numa Corte em que a soma dos egos interfere no produto, o resultado é uma autofagia que converte a Justiça numa loteria.

Radicalizando-se a insensatez, chega-se à automutilação. No limite, o Supremo não decidirá coisa nenhuma definitivamente. Arrisca-se a virar um templo das liminares
Herculano
12/04/2018 06:52
TUCANOS NA MIRA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

A prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acirrou velhas queixas acerca de uma suposta parcialidade da Operação Lava Jato, ou da Justiça como um todo, que não investigaria e puniria com o mesmo ímpeto adversários do PT ?"em particular os tradicionais oponentes tucanos.

Tais acusações, claro, combinam muito de paixão militante e estratégia política. Elas são necessárias para sustentar a versão fantasiosa do golpe de que os petistas se dizem vítimas desde o impeachment de Dilma Rousseff.

Como já se recordou aqui, políticos das mais variadas tendências foram parar atrás das grades nos últimos tempos, alguns deles, como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ) e o deputado Paulo Maluf (PP-SP), insuspeitos de afinidades com a agenda esquerdista.

Mas é fato que, por diferentes razões, expoentes do PSDB sob investigação têm escapado de condenações e prisões preventivas. Também por motivos diversos, a relativa tranquilidade do partido sofreu abalos recentes.

Destinada, de início, a apurar um gigantesco esquema de corrupção na Petrobras, a Lava Jato naturalmente demorou a atingir o tucanato, que fazia parte da oposição na época dos desvios detectados.

Somente depois de uma sequência de delações de grandes empresários, figuras importantes como Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra (os três últimos candidatos do partido à Presidência) se tornaram alvo de inquéritos.

Nesta etapa, pesou a favor dos tucanos o direito ao foro especial e a lentidão dos tribunais superiores.

O caso de Aécio é especialmente escandaloso. Gravado a pedir R$ 2 milhões a Joesley Batista, da JBS, o mineiro contou com a ajuda de seus pares no Senado para se livrar, em outubro, das medidas cautelares a ele impostas pelo Supremo Tribunal Federal.

É notícia boa e tardia, pois, que enfim tenha sido marcado, para o próximo dia 17, o julgamento do STF que pode torná-lo réu sob acusação de corrupção passiva.

Já Alckmin ?"que, segundo delatores, recebeu R$ 10 milhões por meio de caixa dois para campanhas em 2010 e 2014?" perdeu o foro no Superior Tribunal de Justiça ao deixar o governo paulista para se lançar mais uma vez na corrida ao Palácio do Planalto.

Nesta quarta (11), a ministra Nancy Andrighi, do STJ, remeteu a investigação que envolve o tucano à Justiça Eleitoral de São Paulo. Na véspera, a seção paulista da Lava Jato havia manifestado a intenção de assumir o caso.

Convém cautela antes de avaliar a decisão da magistrada, dado que o processo corre sob sigilo. Ademais, nada impede, em tese, que informações sejam compartilhadas com a equipe de procuradores da operação ?"que já acusou de corrupção um ex-auxiliar das gestões tucanas, Paulo Vieira de Souza, preso há poucos dias.

Para condenar ou absolver, importa que as apurações caminhem de modo célere e rigoroso, a exemplo dos padrões estabelecidos em Curitiba, sem distinção partidária.
Ernesto MORO de Almeida
11/04/2018 20:22
Sr. Herculano;

Quero desafiar os fiscais da Prefeitura para saber o quão eficientes são os funcionários públicos do governo Kleber WanDall e Lu Spengler.
Há uma residência na rua João Barbieri, bairro Barracão que queima resíduos de malha intercalando na madrugada de sábado ou na manhã de domingo.
O cheiro forte do tóxico da pigmentação dos tecidos chega a irritar as mucosas gerando dor de cabeça.
Este crime ambiental ocorre há meses sem interferência do órgão público.
Sujiru Fuji
11/04/2018 14:46
Se Juliana e Joana Maria são as mesmas pessoas, é para "quebrar" a coluna Olhando a Maré?
Joana Maria
11/04/2018 12:48
Já que o Jornal de MAIOR CREDIBILIDADE não noticiou, trago aqui noticia publicada pelo joranal Diarinho.

Gaeco bate na prefeitura, na casa do prefeito e na empresa de lixo de Bombinhas
Publicada em: 10/04/2018 ás 18:57

Os policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) bateram em seis cidades na manhã de ontem para desvendar um esquema de corrupção na coleta do lixo descoberto na operação Reciclagem.

Na região, teve mandado de busca e apreensão cumpridos na prefeitura de Bombinhas, na casa do prefeito Paulo Henrique Dalago Muller, o Paulinho, e na sede da empresa Say Muller, que faz a coleta de lixo em Bombinhas, mas tem sede em Gaspar.

Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão e quatro ordens para ter acesso imediato a documentos públicos.

Todas as ordens foram expedidas pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina a pedido da subprocuradoria-Geral para Assuntos Jurídicos.

A investigação indica que empresas pagavam propina pra servidores públicos pra se beneficiar em contratos e licitações. Além de Bombinhas e Gaspar, a operação aconteceu em Rio do Sul, Timbó, Ituporanga e Lontras.

As suspeitas são de crimes de concussão, corrupção ativa e passiva, tráfico de influências, advocacia administrativa, prevaricação, entre outros.

A prefeitura de Bombinhas e o prefeito Paulinho não se pronunciaram sobre a operação.
Herculano
11/04/2018 10:56
LULA, ARROZ COM FEIJÃO AZEDO E DóLAR, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

OS DONOS do dinheiro grosso se deram conta de que, mesmo com Lula caçado e preso, o "centro" ainda não teria um candidato forte para eleição de 2018. Correu por aí essa explicação para os pulinhos do dólar, que passou de R$ 3,40, para o tombinho da Bolsa etc.

Essas conversas fiadas sobre idas e vindas do mercado são em geral inverificáveis, até porque no curto prazo faltam dados mais precisos de quem vendeu ou comprou o quê e em quais quantidades, para começar. Além do mais, alguma coisa acontecia no mercado brasileiro desde março.

Desde então, houve mudanças de tendências nos preços, as quais também discrepam do comportamento das variações em mercados mais ou menos primos do nosso (emergentes, países maiores da região ou que dependem de commodities etc.).

O dólar começou a ficar mais caro em meados de março. Na mesma época em que a Bovespa descia do pico de 87 mil pontos, do fim de fevereiro, para a casa dos 84-85 mil pontos. Desde a prisão de Lula, desceu apenas outro degrau, para a casa dos 83 mil pontos.

Os juros de prazo mais longo começaram a dar uma subidinha no fim de março. Nada dramático. Mas, agora, parece claro que algum vento parece ter deslocado a biruta do mercado desde o mês passado.
O que pode ter acontecido?

O enterro da reforma da Previdência aconteceu em 16 de fevereiro. No dia 21 de março, o Banco Central causou uma surpresinha, abrindo a porta para baixa adicional da Selic (juro de curtíssimo prazo). Na semana seguinte, os amigos de Michel Temer eram presos e, para efeitos reformistas, o governo morreu de vez.

Na semana passada, antes do tumulto do STF e da prisão de Lula, o Congresso derrubara vetos de Temer, alguns deles com a cumplicidade de um governo enfraquecido, entre outros favores que aumentaram o rombo fiscal deste ano e de 2019.

Juros (Selic) mais baixos barateiam especulações (ou o "hedge"), com dólar inclusive. A vaca leiteira da Bovespa parecia ter dado tudo o que podia, sendo difícil que rendesse mais durante a campanha eleitoral mais incerta em quase 30 anos.

O governo Temer virou bagaço. Já estava quase seco desde a temporada de escândalos do ano passado. Com o fim da reforma da Previdência, a prisão de quase todos os homens do presidente e a campanha eleitoral, ficaremos no lucro se a equipe econômica conseguir evitar avanços do Planalto e do governismo sobre o Tesouro ?"um risco. A política econômica será o feijão com arroz, como se dizia, aliás, no fim do governo Sarney, outro desastre da República.

O país está um tumulto, dominado em geral por gente indizível, com um governo inerte e outro, o de 2019, do qual não se tem ideia do que será. Juros (Selic) menores dão uma forcinha para o dólar, embora esse efeito quase nunca seja líquido e certo no curto prazo.

O resumo da ópera é que o Brasil entrou no limbo eleitoral, está em suspenso, sem futuro à vista, sob risco de convulsões mais frequentes, com uma recuperação econômica medíocre. O caldinho parece ter entornado em março, com o povo do dinheiro grosso ficando mais prudente.

Pode não ser a explicação, mas parece um conjunto discreto de fatores que influenciaram algumas retiradas do mercado.
Herculano
11/04/2018 10:47
ILHOTA EM CHAMAS

O que estava ruim, pode piorar

Um áudio do presidente da Câmara de Ilhota, Jonatas de Oliveira Jacó, o Joaninha, PSDB, e que circula nas redes sociais e grupos de whatsapp, mostra que há um mensalinho de privilégios aos vereadores da base. Quem não vota com o prefeito Érico de Oliveira, é excluído dele. Ai, ai. ai...
Herculano
11/04/2018 08:16
O DERRETIMENTO DE LULA

Conteúdo de O Antagonista. Lula está preso há quatro dias.

E quase ninguém mais se lembra dele.

Entre os dirigentes do PT, segundo a Folha de S. Paulo, "há apreensão com o derretimento da adesão às manifestações em Curitiba".
Herculano
11/04/2018 08:15
FICHA Nº 700004553820, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Valerá para o sr. Lula da Silva a regra que vale para todos os detentos: visita familiar semanal, franqueada somente a presença dos advogados a qualquer dia e hora

Desde que foi recolhido à carceragem da Polícia Federal em Curitiba, na noite do sábado passado, o sr. Luiz Inácio Lula da Silva passou a ser mais um entre as centenas de milhares de presos sob custódia do Estado brasileiro.

No ofício de abertura de seu processo de execução provisória da pena de 12 anos e 1 mês de prisão a que foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro - encaminhado pelo juiz Sérgio Moro à juíza Caroline Moura Lebbos, da 12.ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela área de execuções penais daquele foro ?", o apenado foi devidamente qualificado e recebeu o número de identificação que titula este editorial.

A despeito do que possa parecer a uma parte do distinto público - e das piruetas narrativas de seu séquito de adoradores -, uma vez encarcerado após ter sido condenado em um processo no qual, diga-se, lhe foram asseguradas todas as garantias ao exercício da ampla defesa, o sr. Lula da Silva não é um reeducando diferente dos demais por sua condição de ex-presidente. A partir de agora, Lula é mais um número no Cadastro Nacional de Presos (CNP).

Tal fato inescapável não se presta a desumanizá-lo entre as paredes da sala improvisada na qual está preso; a propósito, em condições muito mais dignas do que as da esmagadora maioria da população carcerária. Ao sr. Lula da Silva, como a qualquer outro que esteja sob a guarda do Estado, devem ser dadas as condições básicas para o tranquilo cumprimento de sua pena, visando à harmônica integração social do interno, exatamente como determina a Lei n.º 7.210/1984. Nem mais, nem menos. No cumprimento da pena, há que se observar com desvelo o princípio da dignidade humana.

A realidade objetiva imposta pela atual condição de reeducando do sr. Lula da Silva deve pautar não só o comportamento dos agentes do Estado a cargo de sua custódia, mas também deve - ou pelo menos deveria - orientar as ações dos grupos simpáticos ao ex-presidente, dentro do espírito que inspira um regime republicano como o nosso. Mas talvez este seja um pedido muito além da capacidade de entendimento de seus destinatários, pois o que se viu até agora foi exatamente o contrário.

Insuflados pela irresponsável cúpula petista, um grupo de militantes se entrincheirou no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em uma espécie de círculo de "proteção" ao réu condenado, enquanto outro grupo, este composto por membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), realizava o já habitual bloqueio de alguns trechos de rodovias.

Fora os graves ataques perpetrados por grupelhos nada afeitos à democracia contra jornalistas em pleno exercício da profissão, tudo ocorreu dentro do script esperado das ações dos baderneiros, gente que compreende "democracia" tão somente como mais uma palavra de uma embolorada retórica de enfrentamento político carente de sentido.

Mais disparatadas foram a anunciada "caravana" de 11 governadores até Curitiba - incluindo os de todos os Estados do Nordeste - para visitar o sr. Lula da Silva na cadeia; e a intenção manifestada pela presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffmann, de "transferir" para a capital paranaense a sede do partido.

O pedido de visita especial dos governadores, feito pelo senador Roberto Requião (MDB-PR), foi negado pela juíza Caroline Lebbos, responsável pela execução penal. Ela afirmou inexistir "fundamento para a flexibilização do regime geral de visitas próprio à carceragem da Polícia Federal". Portanto, valerá para o sr. Lula da Silva a mesma regra que vale para todos os detentos: visita familiar semanal, franqueada somente a presença dos advogados a qualquer dia e hora.

A ocupação de Curitiba por um grupo de militantes do PT deve receber a devida atenção dos órgãos de segurança pública do Paraná. O prefeito Rafael Greca (PMN) relatou uma série de reclamações de moradores contra o mau comportamento dos invasores. Para o bem da população e para a própria tranquilidade da execução da pena do sr. Lula da Silva, é bom que as autoridades locais estejam atentas aos excessos.
Herculano
11/04/2018 08:10
RICARDO LULA LEWANDOWSKI

Conteúdo de O Antagonista. Ricardo Lula Lewandowski vai continuar soltando todos os criminosos condenados em segundo grau, diz a Folha Lula de S. Paulo:

"A eventual manutenção, pelo STF, da regra que prevê a prisão após condenação em segunda instância não deve mudar a posição de magistrados que resistem a ela e têm votado de forma diversa.

No entendimento de alguns desses ministros, a prisão está hoje apenas autorizada depois da condenação em segunda instância - mas não é obrigatória e deve ser fundamentada pelos juízes."
Herculano
11/04/2018 08:06
AO "FERNANDINHO", AO SECRETÁRIO CARLOS ROBERTO PEREIRA, AO PREFEITO E SEU VICE, AO PRESIDENTE DA CÂMARA SILVIO CLEFFI QUE DIZ QUE TUDO ESTÁ MELHORANDO NO HOSPITAL, E AOS VEREADORES DA BASE ALIADA QUE PERDERAM UMA SESSÃO DA CÂMARA NA SEMANA PASSADA PARA INTIMIDAR OS INTERNAUTAS, SEU ELEITORES, QUE USAM AS REDES SOCIAIS PARA EXPRESSAR O DESENCANTO E COM ISSO ATÉ, AJUDAR O PRóPRIO GOVERNO A MELHORAR, COMO RELATEI NA COLUNA DE SEGUNDA-FEIRA.

Esta é de hoje, está no facebook

Maycon Hames está com Patrícia Caroline em Hospital de Gaspar.
8 h · Gaspar ·
Acabei de sair do Hospital de Gaspar, entrei junto com minha filha as 13:04 e depois de 10 horas e meia saímos (23:26), porem saímos da mesma forma que entramos, com dúvidas, sem saber ao certo o que está acontecendo! Um atendimento desumano por parte de alguns funcionários.
Estávamos em frente a tal sala de descanso ( adivinhem que estava lá dentro??)
Agora adivinhem quem estava no leito ardendo em febre a mais de 10 horas esperando uma solução!?
Adivinhem quantas outras pessoas estavam na sala de espera!?

A pior coisa é um pai e uma mãe se sentirem impotentes nessas horas, sem poder fazer nada.

PEREGUNTO A TODOS QUE QUEREM ESCONDER ISSO É MENTIROSO O MAYCON? ACORDA, GASPAR!
Chico do Bateas
11/04/2018 08:00
Herculano,

Lendo os comentários, não posso deixar de dar razão a tal Juliana sobre o silêncio do jornal.
Independente ser fake ou não, levantou um assunto em que o jornal cruzeiro do vale como fonte de informação deveria ao menos ter noticiado.

Fico triste como leitor ver que o jornal falhou em informar os cidadãos.
Herculano
11/04/2018 07:57
GOVERNADORES PAGAM MICO COM DINHEIRO PÚBLICO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Nove governadores do Nordeste abandonaram os afazeres e torraram dinheiro público, inclusive no aluguel de jatinhos, para viverem um dos momentos mais desmoralizantes desde a prisão do ex-presidente Lula por corrupção. Os nove foram barrados por um despacho do juiz Sérgio Moro, assinado na véspera, proibindo demagogia rastaquera na carceragem da Polícia Federal, onde meliante comum cumpre pena.

GESTO ELEITORAL
O objetivo da visita não era político, destinado a Lula. Era a chance de fazer média com eleitor ignorante que ainda votaria do meliante.

INCOMPETÊNCIA
Ansiosos pelo gesto demagógico, os governadores nem sequer se deram ao trabalho de checar na PF se a visita seria autorizada.

INESQUECÍVEL
Governadores pagaram um mico inesquecível: até tiveram acesso à sede da PF em Curitiba, mas foram barrados.

SORRISOS AMARELOS
Barradas, suas excelências não reclamaram, não são loucos. Mas posaram para foto exibindo o despacho de Sérgio Moro. Foi engraçado.

EMPRESA DE R$50 QUER OPERAR SATÉLITE DE R$2,8 BILHõES
A americana Viasat Inc. usou participação de apenas R$50 (cinquenta reais) para criar uma empresa brasileira, a Exede Rio, para fingir que é nacional o grupo que a estatal Telebrás contratou sem licitação para explorar o único satélite brasileiro (SGDC), que deve gerar negócios bilionários todos os anos. A nova empresa foi criada em 2017 para se habilitar à contratação, pela estatal Telebrás, para operar o satélite.

TERCEIRA SEGUIDA
A Telebrás sofreu a terceira derrota na Justiça, dessa vez no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que manteve a suspensão do contrato.

TENTATIVA FRUSTRADA
O Brasil investiu mais R$ 2,8 bilhões no satélite SGDC, para baratear e democratizar o acesso a internet e proteger dados governamentais.

NÃO HAVERÁ SEGREDOS
Com a contratação da Viasat, os americanos poderiam ter acesso inclusive a dados miliares secretos, que em tese seriam protegidos.

DURA LEX, SED LEX
O Ministério Público deveria processar os governadores do Nordeste que abandonaram seus afazeres e torraram dinheiro público, alugando jatinhos, para tentar visitar um criminoso comum em Curitiba. Vexame.

PETISTA MILIONÁRIO
A rigor, Lula não é um preso comum. Primeiro ex-presidente cumprindo pena por roubar, é também um dos poucos milionários no cárcere: ontem, a Justiça paulista bloqueou bens dele no valor de R$30 milhões.

PAUDERNEY EM DESENCANTO
O deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) avalia chutar o balde e abandonar a política. Além do desencanto, não vê como seria possível ganhar eleição com o limite irreal de gastos fixado pela lei eleitoral.

TARDANÇA MAROTA
O STF adota atitudes diferentes para casos idênticos. Homologou rapidamente o direito de Lula não extraditar o terrorista Cesare Battisti, mas demora a reconhecer idêntica prerrogativa do presidente Temer.

CANSOU DE ESPERAR
A tucana Maria Helena Guimarães deixou a secretaria-executiva do MEC porque esperava virar ministra, com a saída de Mendonça Filho. O DEM fez barba, cabelos e bigodes e indicou o substituto.

FALTA ALGUÉM
A PGR quer condenar o tucano Aécio Neves por obstrução à Justiça pela lei contra abuso de autoridade, com "o objetivo de punir juízes e procuradores". Mas o seu autor é de Roberto Requião (MDB-PR).

DENÚNCIA EM FAMÍLIA
A ação contra Aécio Neves (PSDB-MG) que vai ser analisada pelo STF no dia 17 é oriunda da delação da JBS, onde o senador é acusado de pedir R$ 2 milhões em propina. A irmã e o primo também são réus.

'ALL IN'
Os governadores Raimundo Colombo (PSD-SC) e os tucanos Beto Richa (PR), Geraldo Alckmin (SP) e Marconi Perillo (GO), são citados na Lava Jato, mas estão sem foro privilegiado para disputar eleições.

CONTAGEM REGRESSIVA
Faltam só 64 dias para a Copa do Mundo, 179 para a eleição e 4.410 para acabar a primeira pena de prisão de Lula.
Herculano
11/04/2018 07:53
LAVA JATO PAULISTA CRESCE, ACELERA ATIVIDADES E MIRA ALCKMIN, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

A nova força-tarefa da Lava Jato em São Paulo começou a assustar o PSDB. Em apenas dois meses, a equipe de procuradores denunciou e prendeu um operador vinculado aos tucanos e, agora, busca conexões entre desvios no governo paulista e o financiamento de campanhas de Geraldo Alckmin.

O grupo do Ministério Público Federal apura se existem ligações entre o esquema de fraudes atribuído ao engenheiro Paulo Vieira de Souza (conhecido como Paulo Preto) e possíveis pagamentos ilegais para as eleições do tucano em 2010 e 2014.

Na segunda (9), os investigadores solicitaram à Procuradoria-Geral da República dados sobre repasses da Odebrecht às campanhas. O ofício pede "urgência, tendo em vista o andamento avançado de outras apurações correlatas", em referência indireta às investigações sobre a atuação de Paulo Preto no governo.

A força-tarefa paulista da Lava Jato foi reforçada em 6 de fevereiro, passando de 3 para 11 procuradores. Dois dos novos integrantes haviam atuado com Rodrigo Janot em inquéritos contra políticos.

O grupo acelerou a apuração de casos em que há suspeita de participação de agentes públicos. No fim de março, denunciou Paulo Preto por desvio de verbas e prendeu o engenheiro por ameaçar uma testemunha. Agora, os procuradores querem saber se Alckmin se beneficiou desse dinheiro em suas campanhas.

Por ora, há poucas informações públicas que comprometam o ex-governador diretamente. Alckmin foi quem nomeou Paulo Preto para a empresa de projetos rodoviários do governo paulista, mas as ligações do engenheiro são consideradas mais estreitas com outros tucanos ?"como José Serra e Aloysio Nunes.

Ainda assim, os últimos episódios revelam o apetite da força-tarefa ao mirar o ex-governador. Mesmo que Alckmin não seja atingido, o trabalho dos procuradores vai incomodar o presidenciável tucano às vésperas de uma dura batalha nas urnas.
Herculano
11/04/2018 07:50
'AUMENTO DE INSTÂNCIAS NÃO ELIMINA A POSSIBILIDADE DE ERRO', SUSTENTA MORO, por Josias de Souza

Sergio Moro declarou na noite desta terça-feira que o risco de erro judicial não pode servir como justificativa para condicionar a prisão de condenados ao julgamento de todos os recursos nas quatro instâncias do Judiciário. Para reforçar sua tese de que a prisão deve ocorrer após condenação na segunda instância, o juiz da Lava Jato usou uma "metáfora fantástica" que ouviu de Antonio Di Pietro, o promotor italiano mais famoso da Operação Mãos Limpas.

Disse Moro: "Em aviões, temos o piloto e o copiloto. Um deles pode errar. O outro também pode errar. Eventualmente, os dois podem ter infartos simultâneos. Mas não é por essa hipótese de tragédia ou de erro que se colocam mais dois pilotos na cabine do avião. Ou seja: Sim, um juiz de primeira instância pode errar. Sim, o tribunal de apelação pode errar. Mas a perspectiva do erro prossegue. Não é porque você aumenta o número de instâncias que não pode haver um erro judiciário."

O magistrado fez essas observações durante uma aula que ministrou para alunos da PUC do Rio Grande do Sul. A aula foi transmitida ao vivo pelo UOL. Segundo Moro, o preço da protelação é a prescrição dos crimes, que leva à impunidade. Para ele, eventuais equívocos cometidos em instâncias inferiores, por excepcionais, podem ser corrigidos nos tribunais superiores por meio de habeas corpus.

Moro realçou que em países como Estados Unidos e França, berços do princípio da presunção de inocência, os condenados são encarcerados depois da sentença de primeira instância. No Brasil, disse ele, "alguns defendem equivocadamente a necessidade de se aguardar o último julgamento. Em tese, é perfeito, porque você diminui o risco do erro judiciário quando tem mais instâncias de revisão da decisão. Mas na prática isso é desastroso, porque a Justiça brasileira é morosa até para a cobrança de dívida de condomínio. Imaginem para a discussão de um caso criminal complexo."

O juiz prosseguiu: "Você tem um primeiro julgamento, um segundo julgamento. Nossa legislação processual é pródiga em recursos. É impressionante a sucessão de recursos que são disponibilizados pelo nosso sistema processual. Isso faz, na prática, com que os casos se eternizem. Leva à impunidade."

Sem mencionar o nome de Paulo Maluf, Moro declarou que o excesso de recursos gera, além de prescrição e impunidade, um outro fenômeno indesejável: Há "pessoas chegando a idades avançadas que, muitas vezes, têm que cumprir pena que deveriam ter cumprido lá atrás. Mas conseguiram retardar o processo. Daí reclamam que estão muito velhos para cumprir pena."

Maluf foi transferido da penitenciária brasiliense da Papuda para o conforto da prisão domiciliar em sua mansão paulistana. Deve-se a transferência a uma decisão liminar (temporária) do ministro Dias Toffoli, que invocou razões "humanitárias". Nesta quarta-feira, o plenário da Suprema Corte vai julgar o mérito do pedido de Maluf.

O caso envolve uma peculiaridade: condenado em última instância, Maluf teve a prisão decretada por Edson Fachin, relator da Lava Jato. Não é usual que ministros do Supremo concedam habeas corpus em decisões monocráticas (individuais) na contramão do despacho de um colega. Se referendar a decisão de Toffoli, a maioria do Supremo passará um trator sobre Fachin, abrindo um perigoso precedente.

Sergio Moro também estará na berlinda na sessão desta quarta no Supremo. Cármen Lúcia, a presidente da Corte, incluiu na pauta o julgamento de um habeas corpus de Antonio Palocci, ex-ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff. Condenado na Lava Jato apenas na primeira instância, Palocci está preso em Curitiba por ordem de Moro. Liderada por Gilmar Mendes, a ala do Supremo adepta da política de celas abertas deve submeter Moro a críticas ácidas.
Herculano
11/04/2018 07:42
REFORMAS NÃO SERÃO APROVAS POR QUEM NÃO AS DEFENDER NAS ELEIÇÃO, por Alexandre Schwartsman, economista, ex-diretor do Banco Central, para o jornal Folha de S. Paulo

Alertei novamente na semana passada sobre as perspectivas complicadas para as contas públicas nos próximos anos caso não avancemos com reformas que reduzam o grau de rigidez dos Orçamentos.

Soa repetitivo, sei, mas, dado que ninguém parece querer tratar do assunto e não falta quem negue a existência do problema, fazer o quê?

Há, porém, os que, embora de acordo acerca do mau estado das finanças públicas, acreditam que haverá conserto, independentemente de quem for eleito em 2018.

O exemplo, frequentemente citado, é o comportamento observado no primeiro governo Lula, quando, apesar de retórica em contrário (em 2001, é bom lembrar, o PT apoiou um referendo sobre o não pagamento da dívida), houve aprofundamento do ajuste fiscal.

Naquele momento, a despesa federal caiu de R$ 614 bilhões em 2002 para R$ 590 bilhões em 2003 (a preços de hoje), e o superavit primário do setor público se manteve até 2008 na casa de 3,5% do PIB.

É um bom argumento, mas acredito que não se aplica às condições atuais. Em primeiro lugar porque o problema fiscal não era tão agudo. Entre 1999 e 2002, por exemplo, o superávit primário médio já superava 3% do PIB. Não havia, pois, necessidade premente de um ajuste considerável. Assim, por mais que uns e outros esperneassem, o esforço fiscal adicional foi relativamente modesto comparado ao que se acredita ser necessário hoje.

Em segundo lugar, porque as condições políticas não poderiam ser mais distintas. Em que pese a ambiguidade da "Carta ao Povo Brasileiro", o desempenho fiscal no primeiro governo Lula não foi percebido como afronta ao que foi dito na campanha, a não ser, é claro, pelos economistas do PT, devidamente excluídos (ainda bem!) da tarefa de gerir a política econômica naquele momento (quando assumiram, nos colocaram na pior recessão dos últimos 40 anos).

Já a experiência do segundo governo Dilma não poderia ser mais ilustrativa. Depois de negar, anos a fio, a existência de problemas e sugerir, durante a campanha, que banqueiros roubariam a comida dos pobres, a ex-presidente colocou como ministro da Fazenda um vice-presidente de um dos maiores bancos privados do país (e apenas porque o presidente do dito banco recusou o convite) e tentou, de forma desastrada, reverter o rumo de sua (não menos desastrada) política econômica.

O fracasso veio daí, não de "pautas-bomba", o atual mimimi dos responsáveis pelo fiasco. A começar porque seu próprio partido jamais apoiou a iniciativa; ao contrário, quando não se omitiu, simplesmente a sabotou. E também porque a população, ao perceber o logro de que fora vítima, se mostrou indignada: a popularidade do governo, que superava 40% no final de 2014, despencou para menos de 10% seis meses depois. A perda de apoio no Congresso (e, portanto, sua incapacidade para avançar a pauta de reformas) resultou desses processos.

À luz da história recente, a crença de que um governo pode se eleger omitindo o que pretende fazer para, uma vez no poder, aprovar medidas complexas e impopulares me parece um claro caso de esperança ilusória (wishful thinking).

Reformas não serão aprovadas por quem não as defender na eleição e tentativas em contrário podem nos levar a crises políticas tão graves quanto vivemos em 2015-16.
Herculano
11/04/2018 07:36
LULA CÁ, por Carlos Brickmann

Hoje é o dia mais aguardado por Eduardo Cunha, por José Dirceu, pelo tucano Eduardo Azeredo. E pelo principal interessado, que talvez se livre da prisão menos de uma semana depois de ter ido para Curitiba: Lula. Hoje se decide se Lula fica em sua cela especial ou volta para cá, para as ruas.

É hoje que o ministro Marco Aurélio promete levar ao plenário do STF duas ações que acabam com a prisão de réus condenados em segunda instância [ não vai mais, ontem a noite o ministro decidiu isso]. Os réus só poderiam ser presos depois de encerrado o processo, como ocorria até recentemente. Caso uma das ações seja vitoriosa (o Supremo está dividido) Lula e Eduardo Cunha voltam para casa. Palocci também. José Dirceu se livra de riscos. E Eduardo Azeredo, ex-presidente nacional do PSDB, ex-governador de Minas, já condenado a 20 anos e 10 meses em duas instâncias, continuará livre, leve e solto.

Até 2016, os réus só podiam ser presos no fim do processo, sem apelo possível. Aceitava-se a multiplicação das garantias. Como se diz em latim, "quod abundat non nocet" (em português, "é melhor sobrar do que faltar", ou "o que abunda não prejudica"). O Supremo mudou de posição e passou a autorizar a prisão de condenados em segunda instância. Mas a divisão continua, 6? - 5 para um lado ou outro. Promotores acham que, assim, desaparece o incentivo à delação premiada, já que ninguém vai preso mesmo.

Pode ser - mas quais ministros e dirigentes ficam tristes com isso?

O X DA QUESTÃO

O voto-chave no Supremo é o da ministra Rosa Weber. Ela é a favor de prisões só no final do processo; mas Sérgio Moro, favorável a prender logo, foi seu auxiliar, e ela acha que não se pode mudar uma decisão após tão pouco tempo, pois isso afeta a segurança jurídica. O placar depende dela.

O CASO AZEREDO

O PT surgiu na política dizendo-se diferente dos outros partidos, entre outros motivos por não roubar nem deixar roubar. Não era bem assim, e os petistas passaram a dizer que os outros partidos também tinham malfeitos e eram protegidos pela Justiça. Dois nomes eram citados: Aécio (gravado por Joesley Batista pedindo dinheiro) e Azeredo, por participar de uma versão mineira do Mensalão.

No dia 17, o Supremo decide se Aécio deve se tornar réu no caso Joesley. No dia 24, o Tribunal de Justiça de Minas julga o último recurso de Azeredo no mensalão mineiro. Já condenado em duas instâncias, pode ser preso se o recurso for rejeitado (e esta é a tendência). Se o Supremo mudar, ele se livra. E o crime talvez prescreva sem punição.

FIRME COMO GELEIA

Lula foi preso - e daí, como isso influenciará as eleições? Talvez não dê tempo para saber: se a decisão do Supremo levá-lo a ser solto, como isso se refletirá em sua popularidade? Será visto (não pelos seguidores, claro, mas pela opinião majoritária) como um criminoso que escapou da punição ou como um vitorioso que nem a Justiça consegue submeter? A partir do que ocorrer hoje será possível começar a avaliar quem ganhou e quem perdeu. De qualquer forma, pela Lei da Ficha Limpa, Lula é inelegível. Mas, num país em que é difícil prever até o passado, como saber se não terá saída? Dilma não manteve direitos políticos mesmo tendo sofrido impeachment?

PT A NOCAUTE

Se Lula não puder ser o candidato do PT (e das esquerdas em geral, como Renan Calheiros, Ricardo Coutinho, Roberto Requião, Eunício Oliveira e outros), de acordo com a Lei da Ficha Limpa; e se não derem um jeito de interpretá-la, quem será o candidato em seu lugar? Em seu último discurso, Lula jogou o PT ao mar: não citou ninguém - nem Dilma! - a não ser, muito de leve, Fernando Haddad. Citou gente de outros partidos: o dirigente dos sem-teto, Guilherme Boulos, do PSOL, e Manuela D'Ávila, do PCdoB.

Não citou o melhor nome para uma composição: Ciro Gomes, do PDT. Lula não quer dar ao PT qualquer saída que não seja ele mesmo.

UM DE FORA

A Justiça Federal aceitou denúncia contra o Quadrilhão do PMDB. Dois amigos próximos de Temer, o coronel Lima (João Baptista Lima Filho) e o advogado José Yunes estão na lista, ao lado de Eduardo Cunha, Henrique Alves, Geddel, Rocha Loures, todos ligados a Temer, e três doleiros.

MUDA SEM MUDAR

A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Carmen Lúcia, deve assumir a Presidência da República depois de amanhã, e ocupar o cargo por algo como 24 horas. O presidente Michel Temer vai ao Peru, onde participa da Cúpula das Américas. Carmen Lúcia é a terceira na linha de sucessão, mas Rodrigo Maia, presidente da Câmara, não pode assumir por ser candidato à Presidência; Eunício Oliveira, presidente do Senado, é candidato ao Governo do Ceará, e por esse motivo também não pode assumir. Ambos têm viagens ao Exterior na época da saída de Temer.
Herculano
11/04/2018 07:31
TEMER SABIA DO TAMANHO DA ENCRENCA, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Em junho do ano passado, o presidente Michel Temer recebeu uma carta fraternal de um sábio com experiência e êxitos muito superiores aos dele. Nela havia um proposta, curta e grossa: Temer deveria enviar uma mensagem ao Congresso antecipando a eleição geral de outubro para abril ou maio de 2018, experimentando-se a instituição de candidaturas avulsas e o voto facultativo.

Para evitar mal-entendidos, Temer não buscaria a reeleição. Era isso ou viver o agravamento da crise com um governo que perderia vigor. Cada dia seria pior que o outro, e a cada hora aumentaria o risco de aparecimento de salvadores da pátria, tanto individuais como institucionais.

Até o início de maio, Temer parecia surfar bons indicadores da recuperação da economia. Pensava-se que estava aberta a pista para que disputasse a reeleição. Ele não sabia que Joesley Batista gravara um encontro que os dois tiveram em março, e no dia 17 de maio a casa caiu, com a divulgação de trechos da conversa.

De um dia para o outro Temer teve que usar a máquina de sua maioria parlamentar para salvar o próprio mandato. Nos grampos de Joesley Batista fritou-se também o tucano Aécio Neves, e sua irmã Andrea foi encarcerada.

A carta retratava a crise resultante do grampo de Batista, mas, dias antes da sua remessa, o Tribunal Superior Eleitoral salvou o mandato de Temer, ameaçado pelo pedido de cassação da chapa em que era o vice de Dilma Rousseff. Ele acabara de receber 83 perguntas da Polícia Federal. Oito delas relacionavam-se com atividades portuárias em Santos e com negócios da Rodrimar, e outras sete tratavam de relações com o operador Lúcio Funaro.

Em menos de um ano tudo o que podia dar errado, errado deu. Como era de se supor, os negócios do porto de Santos estão atracados nas colunas do Palácio do Planalto. Temer escapou de duas denúncias ao preço do congelamento de seus projetos, e confere as armas para a hipótese de ser obrigado a encarar uma terceira.

Como em qualquer época e em qualquer palácio, o mundo é sempre cor-de-rosa, pois os maus prenúncios são coisa de invejosos, golpistas e conspiradores. A ideia da antecipação do pleito perdeu-se no arquivo. Deu no que está dando.

Isso tudo são águas passadas. Fica uma pergunta inútil. Como estariam as coisas hoje se Temer tivesse aceito o conselho? Ele teria enviado a mensagem ao Congresso em julho do ano passado, e neste mês seria realizada uma eleição sem precedente. O voto seria facultativo e cada cidadão poderia inscrever-se como candidato avulso, sem o garrote dos partidos políticos.

Se Napoleão tivesse deixado a Rússia em paz, seu reinado teria sido outro. Se em 1910 Benito Mussolini tivesse aceito a direção de um jornal socialista no Brasil, a história da Itália teria sido outra. Se em 1940 o pintor Henri Matisse tivesse embarcado no navio que o traria ao Brasil, ele pintaria quadros de mulatas, certamente melhores que os das odaliscas. Em todos os casos o mundo ficaria melhor. Se Temer tivesse aceito os conselhos do sábio, ele, seu governo e o Brasil estariam vivendo dias de esperança e alívio.

(O nome do sábio fica preservado por respeito a etiqueta.)
Herculano
11/04/2018 07:24
Ao que se escondeu como Fernandinho

Você escreve: "pelo pouco que vejo em sua coluna ja deu pra notar que é daqueles que gosta de criticar sentado em frente ao computador".

Respondo: não é pelo pouco, é pelo muito! A coluna é uma referência em Gaspar e Ilhota. Outra, se eu escrevo,nos tempos de hoje só poderia estar na frente de um computador. Mas, lanço três desafios: primeiro saia do seu esconderijo, pois eu tenho nome, lugar e lhe dou até, mesmo no seu anonimato da vergonha ao que defende, até direito de se manifestar; segundo onde você quer que, com fundamentos, eu repita as criticas para você e os seus? Terceiro, o seu próprio texto, admite que eu estou com a razão, mais uma vez. Você lavou a minha alma observadora nas contradições narrativas para analfabetos, ignorantes, desinformados e a sua claque de interesses comuns no serviço público sustentado por votos e pesados impostos de todos nós. Senão vejamos.

Você escreve: "sua coluna de hoje é um escárnio, se a administração não age, o sr. critica, se age também critica"

Eu respondo: ou seja, "escárnio" como você próprio admitiu, é o que expus:a administração no poder de plantão não agiu no tempo em que deveria ter agido, criou um problema grave para si, a cidade e principalmente os cidadãos doentes, pobres e desassistidos, e agora, fragilizada, sem opções, sob criticas não desta coluna, mas dos cidadãos, está refém de outros, que mandam onde deveria ser de autonomia da administração pública.

Você escreve: "Os resultados na saude e nas demais areas estão aparecendo e claro os sanguessugas do legislativo fazem de tudo para levar a fama por aquilo que não fazem..."

Eu respondo: mais uma vez, você admite que o que escrevi e esclareci aos meus leitores e leitoras que as falhas ou faltas não são poucos em Gaspar e Ilhota, está correto, quando chama os vereadores da majoritária oposição que só o governo Kleber deixou se criar por única culpa dele, como "sanguessugas".
Eles estão no papel deles. Quem não fez o papel que lhe devia, cabia e está correndo depois de 16 meses foi o governo. Ele está atrás do tempo perdido. É Kleber (e sua equipe política e administrativa), por não ser "eficiente" como apregoa na peça marqueteira, e por empregar gente sem qualificação para dar conta do recado para o seu governo, a cidade e os cidadãos que está pulando na frigideira que nem pipoca.

Outra, se as coisas estão melhorando, ninguém está sentido. Então faltam resultados e ao mesmo comunicação estratégica. Há muita foto de papelinho. E ninguém mais acredita nisso. Está farta de promessas.

Você finaliza e diz claramente que o que escrevi, mas que você qualificou como "escárnio", está correto, só não queria ver escrito, na ciranda do silêncio que aplaude dos outros: "Aguardemos os resultados. Quero ver quando a fila diminuir, o remédio não faltar e o atendimento for de qualidade de havera aqui também elogios".

Eu respondo e também concluo: você mesmo admite que não há resultados e pede para aguardar. Duas coisas: enquanto se aguarda, se mostra a falha; se melhorar, e tem que melhorar pois quem vai perder é o político dependente de votos e poder, e não o colunista, o gestor público terá feito o que se espera dele quando o elegeu baseado em discursos e promessas. E o elogio da coluna não será mais necessário, pois a própria população saberá reconhecer o gestor público e político por intermédio do voto, este sim, o maior ativo de avaliação todos para quem almeja se perpetuar no poder e controlar uma máquina de realizações política e "negócios". Acorda, Gaspar!
Herculano
11/04/2018 06:32
Aos leitores e leitoras

Juliana e Joana Maria, são as mesmas pessoas. Ao que parece, também calada pelos poderosos de plantão ao ponto de não explicitar o que diz saber e sugerir que os outros escondem, mas certamente não sabe de nada, e nem se identificar para não sofrer tais pressões.
Joana Maria
10/04/2018 23:48
Operação Reciclagem

Gaeco recolhe documentos nas prefeituras de Bombinhas e Ituporanga

Dos nove mandados de busca e apreensão e quatro ordens judiciais para o acesso imediato a documentos que integraram a Operação Reciclagem, deflagrada nesta terça-feira em seis cidades do Litoral e do Vale do Itajaí, pelo menos dois foram cumpridos em órgãos públicos. Documentos foram recolhidos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Bombinhas e Ituporanga.

Outros mandados foram cumpridos em residências e empresas nas cidades de Gaspar, Rio do Sul, Timbó e Lontras. No Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí (CIMVI) foram solicitados documentos de uma licitação de transporte de resíduos, concluída em janeiro, em que a própria entidade identificou suspeita de fraude _ duas participantes tinham o mesmo endereço, e foram desclassificadas. Aparentemente, a documentação comprova como funcionaria o suposto esquema.

As investigações começaram no ano passado e indicam suspeitas de envolvimento de empresários do ramo de coleta de resíduos em crimes contra a administração pública. A apuração indica que empresas pagavam propina para agentes públicos para se beneficiarem em contratos e licitações. Entre os investigados estão servidores públicos, empresários e pessoas ligadas ao setor de coleta.

Fonte: santa.com.br

Já que o Jornal não se interessou pela matéria, segue noticias da concorrencia.
Juliana
10/04/2018 23:42
Fedor do Lixo.

Parece que o primeiro a se render ao silencio e ao pedido de segredo foi o Jornal Cruzeiro do Vale, que nem ao menos noticiou o assunto.
É Herculano, como você diz, os poderosos ainda mandam na cidade, e não é só no governo não, parece que até nos meios de comunicações.
Uma pena ver um jornal tão tradicional se curvar assim.
Mardição
10/04/2018 21:29
Os governadores acham que a PF em Curitiba é o zoológico, só porque Lula tá na jaula.
Herculano
10/04/2018 20:45
QUE VEXAME, SENHORES. JUSTIÇA NEGA TENTATIVA CONSTRANGEDORA DE VISITA DE GOVERNADORES A LULA
GOVERNADORES ABANDONARAM AFAZERES PARA TENTAR VISITAR LULA. COM CARAS DE TACHO, OS POLÍTICOS OPORTUNISTAS EXIBEM O DESPACHO DO JUIZ PROIBINDO A FARRA.

Conteúdo do Diário do Poder, Brasília. Nove governadores e três senadores foram barrados na tarde desta terça-feira (10), em Curitiba, quando tentaram fazer uma vexatória visita a Luiz Inácio Lula da Silva, primeiro ex-presidente brasileiro condenado à prisão por crimes comuns, de corrupção e lavagem de dinheiro, no rimeiro dos sete processos a que responde na Justiça Federal em Curitiba e em Brasília.

Quando chegaram à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde oLula está preso desde sábado (7), os governadores que abandonaram seus afazeres para protagonizar esse vexame foram informados de que visita do tipo estão proibidas pelo juiz Sérgio Moro, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba.

Em despacho ontem (9), Moro tratou das visitas ao ex-presidente. Ele escreveu que "além do recolhimento em Sala do Estado Maior, foi autorizado pelo juiz a disponibilização de um aparelho de televisão para o condenado. Nenhum outro privilégio foi concedido, inclusive sem privilégios quanto a visitações, aplicando-se o regime geral de visitas da carceragem da Polícia Federal, a fim de não inviabilizar o adequado funcionamento da repartição pública, também não se justificando novos privilégios em relação aos demais condenados".

"Infelizmente, não conseguimos, pois teve uma decisão judicial que contraria a lei", disse a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), senadora Gleisi Hoffmann (PR), que afirmou ter sido deixada uma carta para o ex-presidente. Governador do Maranhão e ex-juiz federal, Flávio Dino disse que "entre as regras da carceragem e a Lei de Execução Penal, todos sabemos que a lei tem primazia. E o artigo 41 da lei diz que o preso tem direito a visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos".

Além de Flávio Dino e Gleisi, compareceram à superintendência os governadores Camilo Santana (Ceará), Renan Filho (Alagoas), Ricardo Coutinho (Paraíba), Rui Costa (Bahia), Tião Viana (Acre), Paulo Câmara (Pernambuco), Valdez Gois (Amapá) e Wellington Dias (Piauí), bem como os senadores Lindberg Farias (PT-RJ) e Roberto Requião
Fernandinho
10/04/2018 20:35
Prezado Herculano, pelo pouco que vejo em sua coluna ja deu pra notar que é daqueles que gosta de criticar sentado em frente ao computador. sua coluna de hoje é um escárnio, se a administração não age, o sr. critica, se age também critica! Os resultados na saude e nas demais areas estão aparecendo e claro os sanguessugas do legislativo fazem de tudo para levar a fama por aquilo que não fazem... Aguardemos os resultados. Quero ver quando a fila diminuir, o remédio não faltar e o atendimento for de qualidade de havera aqui também elogios.
Mariazinha Beata
10/04/2018 19:42
Site da Revista Época

"A 1ª Vara de Execuções Fiscais de São Paulo decretou a indisponibilidade de bens de Lula, de Paulo Okamotto, do Instituto Lula e da LILS, a empresa de palestras do petista.

A decisão do juiz visa garantir o pagamento de uma dívida fiscal de R$ 30 milhões com o fisco federal.

O débito soma R$ 15 milhões em relação a Lula, ao instituto e à empresa de eventos. No caso de Okamotto, que preside o Instituto Lula, o valor supera R$ 14 milhões."

Seu Herculano, Lula com ativos de R$ 15 milhões (ainda que bloqueados) não é exatamente um ser em estado de pobreza, condição essencial para ser canonizado pelo papa de uma igreja com vieses esquerdistas. Não mesmo !!!

Mariluci, chora não coleguinha KKKKK....
Bye, bye!
Paty Farias
10/04/2018 19:24
Oi, Herculano

Olha só que coisa nojenta:

"O prefeito de Curitiba, Rafael Grecca quer que os manifestantes lulopetistas saiam do bairro Santa Cândida, onde acamparam, e concentrem-se no Parque Atuba, 3 kms além.

O prefeito disse que é solidário aos reclamos dos moradores do Santa Cândida, que reclamam do barulho, das dificuldades de locomoção para suas casas, mas sobretudo da sujeira provocada por lulopetistas que urinam, defecam e jogam lixo no chão. O mau cheiro é fétido no local.

1.500 pessoas seguem acampadas nas ruas ao redor da PF.

A alternativa de realocar os acampantes no Parque Atuba foi sugerida após uma decisão judicial que impede acampamento em frente à PF. Na liminar concedida no último sábado (7), o juiz substituto Ernani Mendes Silva Filho determinou que os manifestantes "não impeçam o trânsito de pessoas e coisas na mencionada área, bem como se abstenham de montar estruturas e acampamentos nas ruas e praças da cidade, sem prévia autorização municipal e nos termos da legislação vigente". O pedido foi feito pela prefeitura de Curitiba para 'garantir a segurança da população no entorno da Polícia Federal e evitar acontecimentos violentos'."
Blog do Políbio.

Se Bolsonaro fosse o Presidente, nada disso estaria acontecendo.
Herculano
10/04/2018 18:05
O FEDOR DO LIXO

Quem é leitor desta coluna, não se surpreendeu com a ação do Ministério Público e do Gaeco contra políticos da região e empresários da coleta de lixo.

Agora, todos estão pedindo segredo achando que assim, tudo será mais fácil para o acerto.
Herculano
10/04/2018 18:05
MAIS UMA DOS MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL GILMAR MENDES, RICARDO LEWANDOWSKI E DIAS TOFFOLI A FAVOR DOS BANDIDOS DA LAVA JATO.

LIVRARAM O EX-GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO, SÉRGIO CABRAL, MDB, DO PRESÍDIO DE CURITIBA E PERMITIRAM QUE ELE VOLTE PARA O RIO, ONDE TINHA REGALIAS E COMANDAVA O ESQUEMA PARA ISSO
Herculano
10/04/2018 18:04
DEBATE SOBRE PRISÃO VIROU UM BALÉ DE ELEFANTES, por Josias de Souza

O debate sobre a prisão de condenados na segunda instância virou um balé de elefantes. A questão parecia simples. O Supremo tinha uma jurisprudência. Que foi reafirmada no julgamento que negou um habeas corpus a Lula. O Partido Ecológico Nacional (PEN), uma legenda inexpressiva, entrou em cena. Autora hipotética de uma ação contra as prisões, a formiguinha do espectro partidário tentou abrir as celas por meio de uma liminar. A petição seria levada ao plenário do Supremo nesta quarta-feira pelo ministro Marco Aurélio Mello.

Súbito, o PEN irrompe em cena para informar que Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, o advogado que encabeça o rol de subscritores da liminar, não mais o representa. A formiguinha destituiu o doutor, defensor de vários réus na Lava Jato. A legenda informa: além de desistir da liminar, deseja retirar de circulação a própria ação que questiona as prisões na segunda instância.

"O povo está pedindo, não podemos favorecer o Lula", disse o presidente do partido, Adilson Barroso, às voltas com os seus 15 segundos de fama. "O nosso partido é de direita. Como não tenho o dom da futurologia, não sabia que essa ação serviria para beneficiar o PT." O advogado Kakay sustenta que, nesse tipo de ação, o autor não tem a opção de desistir.

No momento, graças à movimentação da formiguinha, o balé de elefantes foi congelado no seguinte estágio: um ministro do Supremo cogita submeter aos colegas um pedido de liminar anexado a uma ação que pode destrancar as celas. A ação que interessa a muita gente, sobretudo a Lula e aos outros corruptos com sentença de segunda instância. Mas a causa não interessa ao PEN, o suposto autor da ação. Tudo isso quatro dias depois do encarceramento de Lula.

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