25/10/2018
Da esquerda para direita: o prefeito Kleber, o líder do governo Hostins, o líder do MDB Anhaia e o secretário Carlos Roberto Pereira, MDB
Domingo, independente das pesquisas e da segurança das urnas eletrônicas ambas desacreditadas por extremistas – apesar de nada se provar contra as urnas por 22 anos e 13 eleições seguidas-, é dia de ratificar às mudanças e no voto livre. As mudanças começaram no dia sete, silenciosamente ao verde e amarelo. Revanche nascida em 2014 quando o PT e Dilma Vana Rousseff venceram sob claro estelionato marqueteiro. Chega de PT, seus sócios oportunistas e os da esquerda do atraso. Usam permanentemente os analfabetos, ignorantes e desinformados para ser poder e se estabelecer na roubalheira permanente.
E é bom que as mudanças mínimas e desejadas se concretizem. Que se destampem essa chaleira fervendo de radicalismos e irracionalidades. Que as mudanças, ao mesmo tempo, ensinem-nos a encontrar novos caminhos e que se registrem na nossa memória, este avanço ou retrocesso –e do qual não estamos a salvo. Sempre se diz que no Brasil não aconteceram guerras para que elas marcassem – pelo trauma, dor, perdas e prejuízo individual ou coletivo - o que não devemos mais repetir. Não há guerras, no sentido lato, mas há uma outra quase invisível e que nos traumatiza na esperança, na corrupção desenfreada, no bolso – inflação, recessão e caos econômico, desemprego, privilégios no setor público e a roubalheira dos pesados impostos de todos para o privilégio de poucos, nos grupos do poder de plantão. Ética? Zero.
O voto livre não fez parte daquele primeiro de abril de 1964 - que virou 31 de março para disfarçar a piada. Depois daqueles tenebrosos tempos que duraram 20 anos onde tudo se escondeu – não havia internet, redes sociais, aplicativos de mensagens para furar o bloqueio; telégrafo ou rádio amador não contam. A imprensa –jornais influentes nos grandes centros, tevês insipientes no jornalismo e rádios censuradas pelos militares de plantão – e eu fui testemunha em redações -, deve se reconhecer por outro lado que, a democracia e os votos livres dos brasileiros também foram responsáveis não só pelos avanços, a liberdade, mas pelas mazelas que queremos combatê-las neste domingo. Esta sim é a verdadeira revolução que ser quer contra os políticos. Ela surpreendeu os petistas, ladrões do erário público e o poder de plantão assentados com diversos políticos por intermédio de vários partidos tradicionais. Os petistas foram surpreendidos até nas fakes news. Inventores disso desde que chegaram no poder e que chamavam de marketing. Resumindo: este é o verdadeiro poder que emanou do povo como no enunciado da Constituição Cidadã: voto, para o desespero dos donos do velho circo.
Para chegar até aqui e nos lançar ao voto de protesto, que chamam de mudanças, passamos por várias ondas como a do “Ame-o ou Deixe-o”, a do bipartidarismo controlado, a do maior partido do hemisfério sul ( a direita Arena), o da eleição indireta, o das Diretas Já, o da democracia relativa, o da Constituição Cidadã, o da reconstrução econômica com o Plano Real, e até o populismo, onde os trabalhadores – usados apenas no nome - e os sindicatos tiveram a chance, de efetivamente colocar o povo no centro do poder no socialismo moreno. E o que restou? Um país delapidado moral, ético, econômico e socialmente. E pior: naquilo que já se tinha avançado, mas não consolidado como se constata agora. Tudo em nome de um poder sem limites, sem freios, corrompido, onde até as instituições foram perigosamente aparelhadas, subornadas ou ideologizadas. O resultado de tudo isso está aí: uma perigosa insatisfação radical contra o modelo político tradicional e desacreditado. Ruim sob todos os aspectos.
É preciso, efetivamente, acabar com o que se perdeu o controle, o que assaltou o estado e se revelou criminoso contra a nação não apenas com o PT, mas quase todos os partidos. Não só em Brasília, mas aqui em Santa Catarina e na nossa aldeia como Gaspar e Ilhota. A mudança, entretanto, antes exige método, propostas e time. Estamos mudando sem esses pilares. Reflitam! Renunciar à mudança radical é adiar o teste, é alongar o sofrimento bem conhecidos com o PT e seus sócios (PP, MDB, PDT, PCdoB, PSOL, PSD, PSTU, PCO, MST, CUT, MTST, UNE, PROS, PSB...). É também se negar a conhecer o mais rapidamente possível, o outro lado da mesma moeda. Honestidade não é sinal de competência e capacidade. Comandar, nunca foi sinônimo de governar. Os arautos das mudanças vão ser governo sem estarem preparados? Cuidado. A possibilidade da avaliação logo é ali em 2022, sem se descartar um impeachment. Todos no fio da navalha. Escolher é preciso. Arriscar também. É uma modalidade de guerra. E se der certo, pois esta é a proposta sincera dos mudancistas? Ganharemos todos e se desmentirão toda as dúvidas, acusações e preconceitos próprios de campanha. Não nos restou outra alternativa. Wake up, Brazil!
Inacreditável. O líder do governo do prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB, Francisco Hostins Júnior, votou na terça-feira pela derrubada do veto no projeto 22/2018, tido como ilegal e inconstitucional no imbróglio do Vale Alimentação. Tudo para receber palmas dos servidores.
Se o líder do governo é contra o próprio governo, quem será ou está obrigado a ser a favor? O único dos 13 vereadores e dos seis da base governista fiel a Kleber, foi o líder do MDB, Francisco Solano Anhaia. Ufa! O poder traz bônus e ônus. Hostins quer o poder só com bônus. Anhaia que já foi petista, sabe bem o que é ônus numa tempestade.
Guardadas as proporções e razões que são bem diferentes das daqui, o gesto da base de Kleber na terça-feira – e que não é o primeiro e certamente não será o último -não lembra a angústia do presidente Michel Temer, também MDB? Ele prometeu fazer e acontecer, mas quem o desmoraliza é o Congresso, a própria base de “apoio” que vive traindo-o, apesar de levar tudo o que pede? Ai, ai, ai.
Quer mais? Kleber na noite da sua eleição, mandou às favas o PSDB e fez um acerto pessoal com a vereadora Franciele Daiane Back. Com a adesão dela à revelia dos tucanos, Kleber fez a maioria na Câmara. Bancou e prometeu a presidência da Casa à mais jovem vereadora já eleita por aqui. Ela surpreendente – por não fazer campanha e diante da arrogância do governo - foi derrotada com a máquina de Kleber e MDB “trabalhando” por ela.
O que aconteceu na terça? Mal-agradecida, Franciele não correspondeu a esse casamento sem o aval partidário e também traiu o seu protetor. Votou pela derrubada do veto de Kleber ao PL 22, em algo que ela conhece muito bem ser ilegal e institucional.
Kleber ficou sozinho com a bomba na mão e como o único malvado da história. A ira da oposição e o fingimento da situação foram criados exclusivamente pelo seu ex-secretário de Fazenda e Gestão Administrativa e prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, MDB.
Agora Kleber terá que patrocinar a discussão judicial para se livrar da condição de improbo. Enquanto isso, os seus vereadores da sua minoritária, aplaudidos, estão fazendo média, dando entrevistas, fazendo programas fakes nas rádios, como se não fizessem parte do governo que não quer o Vale como pecúnia incorporado aos vencimentos. Hum!
Para encerrar. Como um governo vai sobreviver sem vereadores fieis às suas ideias no Legislativo? Kleber já desistiu de governar e se reeleger? Ou os que votam pela mudança no domingo não estão votando contra a velha política, a esperteza e os privilégios cuja conta são apresentadas sem dó e piedade aos pagadores de pesados impostos todos os dias? A eleição é logo ali.
E Kleber e principalmente o doutor Pereira acham que o problema são os cabos eleitorais incompetentes em detrimento dos técnicos no empregocídio que faz sem pudor algum na máquina municipal. Deviam, antes, olhar bem quem são os que lhes faltam na Câmara. Acorda, Gaspar!
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