ASSESSOR DE VEREADOR FAZ TURISMO PARTICULAR NO ORIENTE MÉDIO E EUROPA QUANDO DEVIA ESTAR TRABALHANDO EM GASPAR. - Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

ASSESSOR DE VEREADOR FAZ TURISMO PARTICULAR NO ORIENTE MÉDIO E EUROPA QUANDO DEVIA ESTAR TRABALHANDO EM GASPAR. - Por Herculano Domício

06/08/2018


Da esquerda para a direita: a promotora Andreza, o servidor José Carlos, o suplente Moura e o presidente Silvio
 

PEGO NO ERRO, VOLTA, PEDE PARA DESCONTAR OS DIAS AUSENTES, ANULA O POSSÍVEL ATO IMPROBO QUE O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTAVA APURANDO. O CÍRCULO POLÍTICO COMEMORA.

O que aconteceria a você se ao se empregar numa empresa, dois meses depois, sem direito a férias, sem negociar nenhuma licença especial, sem avisar ninguém, você resolvesse se ausentar por 15 dias do trabalho numa viagem particular e de lá, mandasse informações e fotos da viagem de turismo?

Provavelmente o seu emprego estaria comprometido, não exatamente pela ausência, mas pela falta de respeito e comprometimento com a empresa, com os seus colegas e com os objetivos do empreendedor empregador.

Pois não foi isso que aconteceu com o assessor José Carlos Spengler, do suplente de vereador José Ademir de Moura, PSC. Ele no mês de abril e amplamente noticiado só aqui, exatamente por não trabalhar numa empresa e sim no serviço público, como comissionado, com indicação política partidária, foi viajar e deixou o emprego aqui. Ou seja, só fez isso por estar protegido no ambiente dominados por políticos, com regras e controles frouxos, onde tudo – incluindo os privilégios - são pagos com os pesados impostos dos trabalhadores de verdade.

Pego de calças curtas, o até então eterno assessor do Programa Vereadores Mirins e protegido do mais longevo dos vereadores José Hilário Melato, PP, e dono da vaga de Moura, teve o caso exposto depois que a notícia do suposto ato improbo foi parar o Ministério Público. Consequentemente houve um inquérito e ele colocou em cheque o presidente da Câmara, Silvio Cleffi, PSC, além do próprio assessor e o vereador que o nomeou e não se importou com a gazeta.

Mas por que o presidente da Câmara entrou nessa dança? É que em tese, ele devia ter o controle administrativo de tudo isso.

A COMEMORAÇÃO DO ARQUIVAMENTO

Então, Silvio comemorou da tribuna da Câmara na sessão da semana passada a decisão do Ministério Público que desqualificou e arquivou a denúncia. “É o primeiro”, referindo-se as cinco que ele respondendo na mesma promotoria. Sobraram quatro.

Estranhos esses políticos. Comemoraram uma manobra lícita, mas eticamente, e até juridicamente, duvidosa. Silvio leu um trecho da decisão da promotora Andressa Borineli, que cuida da Moralidade Pública na Comarca. Trecho que lhe interessava como propaganda para si. É bom ele não fingir que não entendeu o recado claro de Andressa naquela peça.

É que por uma ação corporativa, de políticos e assessores experimentados da casa legislativa, José Carlos quando retornou do tour que fez pela Terra Santa e Roma, admitiu o erro. E aí o grupo de proteção política onde está Melato entrou em ação, e então José Carlos, orientado, pediu para descontar os dias em que ficou de “férias” sem tê-las direito e a princípio, sem pedi-las como testemunham vários.

A comprovação do acerto e desconto dos dias parados demorou para chegar no MP como registra a própria promotora Andreza Borineli na sua decisão de arquivar o inquérito. Diante dos ajustes e da descaracterização da improbidade administrativa, tudo ficou por isso mesmo. Afinal, há lastro de legalidade na correção do que supostamente estava errado.

O que diz a promotora sobre esse caso? “O teor da denúncia é procedente”. Ou seja, José Carlos realmente se ausentou entre os dias 16 e 27 de abril do serviço e isso é errado. Entretanto, na documentação que a Câmara mandou e demorou para enviuá-la para o MP, estão lá os comprovantes do devido desconto desses dias das “férias indevidas” do assessor. E foi por isso, pressupõe-se, que a documentação “demorou” para chegar ao MP.

A CONDUTA FOI ERRADA, MAS CORRIGIDA A TEMPO PARA EVITAR PUNIÇÕES

Para a promotora Andreza, “não se olvida que a conduta do servidor não conduz ao melhor atendimento do interesse público, contudo, não há como se imputar ao ato qualquer sanção por configuração de ato de improbidade administrativa”. Ou seja, nas entrelinhas, ela sabe muito bem o que aconteceu e como se “consertou”, pela esperteza dos políticos e assessores da Câmara que se movimentaram para desconstituir legalmente um erro de procedimento administrativo.

As provas materiais conspiram neste caso contra a dúvida e a necessária tipificação.

A promotora não vai dar murro em ponta de faca, ficar exposta. Contudo, os políticos também ficaram sabendo que ela não está cega para as manobras que se fazem para “consertar" o errado ou que foram feitas neste caso. Então, os vereadores e assessores deviam comemorar menos, enfiar a viola no saco, deixar de provocar, aprender com mais esse erro e criar mecanismos internos para evita-los em favor da sociedade que paga tudo isso.

Ganharam e pronto! Silencia-se, pois no fundo se provou que não há necessidade do assessor, que seu chefe vereador agiu sem diligência, que Silvio se livrou de algo solidário e que não teria causado ou patrocinado diretamente.

Se o caso não viesse a público e não houvesse o bafafá, tudo teria passado em branco naquele mês de abril, estabelecendo-se assim, às provas do suposto ato improbo do assessor. Resumindo, vale aqui o dito popular: quem tem pressa come quente e cru. A Câmara, Silvio, Melato e José Carlos estão comemorando aquilo que remendaram corporativamente para dar um nó na lambança que cometeram, ou permitiram, ou foram alcançados na co-responsabilidade.

E quem coloca luz sobre todo esse assunto é a própria promotora na sua decisão de arquivamento do caso, num recado cifrado à suposta esperteza procedida nesse caso.

PARA A PROMOTORA NÃO HÁ PORQUE DUVIDAR DA BOA FÉ DA CÂMARA

Escreve ela: “explico. Não há como determinar que o desconto salarial sofrido pelo servidor [José Carlos Spengler] aos dias que ele se afastou irregularmente de suas funções, somente foi efetuado em decorrência da instauração/tramitação deste procedimento. Há de se presumir, portanto, a boa-fé daquela Casa de Leis em que, independente deste procedimento, procederiam o desconto salarial do servidor que descumpriu sua jornada laboral, no mês de abril deste ano”.

O que realmente os políticos e assessores estão comemorando? Se a provocação continuar, esse caso pode voltar a feder. Afinal, sabe-se que na doutrina jurídica e no processo administrativo, não há possibilidade de licença sem remuneração para o servidor público comissionado. E a promotora não entrou nesta questão, talvez por falta de provocação. E essa questão pode ser suscitada pelos inconformados e de ofício pela promotora desarquivando o que mandou arquivar para refletir "melhor". Então...

A outra sorte do assessor José Carlos é quem foi atrás desse assunto, a bem da verdade, queria a punição de Silvio e viu, ao fim, que ela puniria e enfraqueceria também o seu eixo de relacionamento político: a base da já minoritária situação de onde pulou fora Silvio e onde está José Carlos, Moura, Melato...

Mais uma daquelas em que a esperteza come o dono, ou nos bastidores políticos, no fundo, pela conveniência, necessidade de sobrevivência, tudo se acerta quando se está no poder, mesmo sob vulnerabilidades. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Perguntaram-me o que era jornalismo tendencioso e se aqui em Gaspar havia alguém que o praticava. Eu respondi: no jornalismo tendencioso, o jornalista dá ênfase àquilo que o dinheiro, a amizade e os poderosos compram nos jogos de interesses, mesmo que isso contrarie à realidade, os fatos e assim, engana-se os seus clientes consumidores de notícias e anunciantes que pagam os veículos para eles apurarem os fatos.

Mas, esse julgamento, deixo a critério de quem acompanha e compara o noticiário de uma maneira em geral. Ninguém é líder de circulação ou audiência, respeitado e formador de opinião à toa. E ponto final!

João Pedro Sansão, PT, foi o mais jovem (20 anos) suplente de vereador de Santa Catarina que assumiu no rodízio do partido uma vaga na Câmara de Gaspar. Foi julho. Um baile aos titulares e exemplo aos suplentes, que, às vezes, ocupam essa rara oportunidade, sem se preparar adequadamente para serem notados para além do óbvio, da vaidade e do decorativo.

O Ministério Público e o juizado que cuida da Infância e Adolescência na Comarca de Gaspar precisam ficar atentos. O poder político de plantão está espalhando que o fechamento e a reabertura da Casa Lar Sementes do Amanhã, com o enfraquecimento proposital e troca da Ong GAIAA que a administrava, foi tramado todo ele no Fórum e que a prefeitura só seguiu um script. Ai, ai, ai.

Definidas as chapas ao governo do estado, a coisa ficará embrulhada em Gaspar. O MDB do prefeito Kleber Edson Wan Dall está de um lado, o PP do vice Luiz Carlos Spengler Filho, sumido, e do chefe de gabinete de Kleber, Pedro Inácio Bornhausen, de outro. Hum!

Na Câmara, repete-se, aparentemente, as mesmas situações desconfortáveis, entretanto, mais fáceis de serem superadas nestes dois meses de campanha. É esperar e ver como essas melancias vão se acomodarem ao longo do percurso, pois em política, tudo é possível.

Os vereadores de Gaspar são nestas eleições notórios cabos eleitorais. Eles estão focados em nomes e candidatos, pouco importando partidos e coligações. Vão ser medidos (e pagos) pelos votos prometidos e alcançados.

O suplente de vereador José Ademir de Moura, PSC, parece que continua sem assessoramento. Há duas sessões ordinárias na Câmara, ela foi interrompida, porque o vereador, sem avisar ninguém, desapareceu do plenário em plena votação de uma matéria que se discutia. A sessão foi suspensa para procurá-lo.

Sessões quentes. Na noite de terça-feira passada, por precaução, houve policiamento na Câmara. Não é comum isso. Cerca de duas dezenas servidores estavam lá para pressionar os vereadores a votarem a favor da volta do “vale alimentação” em dinheiro, e não em cartão como está aprovado e em implantação.

Como não houve votação do requerimento do vereador Cícero Giovani Amaro, PSD, servidor público municipal e lotado no Samae, contra o parecer de inconstitucionalidade da matéria, tentando assim fazê-la a voltar a Ordem do Dia, essa votação foi transferida para esta terça-feira. Então o policiamento, por precaução, deverá voltar.

O PT, o PSD e PDT se divertem em tempo de campanha eleitoral onde o vale tudo é para conquistar mentes e corações. Não era à toa que estavam lá na Câmara misturados sos servidores, candidatos a deputados como Pedro Celso Zuchi, PT (estadual) e Marcelo Brick de Souza, PSD (federal). Tudo intencional.

Afinal são quase 1.300 servidores ativos e que vão ser beneficiados por essa busca de reversão do benefício. O PT de hoje é arauto dos servidores, mas na gestão de Zuchi, foi algoz. Hoje, tudo devidamente esquecido. A campanha eleitoral se faz com o presente e no presente o PT é avalista da causa dos servidores. Acorda, Gaspar!

 

Edição 1863

Comentários

Herculano
07/08/2018 19:21
A 'VIAGEM LISÉRGICA' DO PT QUE IMPLODIU A ESQUERDA, por Rodrigo Constantino, no site da Gazeta do Povo, Curitiba, PR

Em seu editorial de hoje, o Estadão resumo a "viagem lisérgica" do PT de Lula, expressão que o próprio "companheiro traído" Ciro Gomes usou. O caso é tão esdrúxulo que tem gente brincando nas redes sociais que a chapa PT-PCdoB deveria se chamar "Triplex", em homenagem ao trio de candidatos - e ao apartamento que colocou Lula na prisão. Segue um trecho do editorial:

O Partido dos Trabalhadores (PT), dirigido da cadeia por seu chefão, tem e não tem candidato à Presidência. Ou melhor, tem dois candidatos - e uma candidata a vice-presidente que é sem ser. Se o leitor não entendeu, não se preocupe. Ninguém entendeu. É a "viagem lisérgica" de que falou o candidato Ciro Gomes a respeito da estratégia petista.

A oficialização da candidatura de Lula da Silva à Presidência, no sábado passado, torna o PT, na prática, um partido sem candidato, pois o demiurgo de Garanhuns é inelegível, de acordo com a Lei da Ficha Limpa. A ideia, claro, é desafiar a Justiça a impugnar a candidatura do messiânico líder petista - que, à moda dos velhos caudilhos de antanho, considera que somente a História e as urnas são capazes de julgá-lo, pois ele está acima dessa formalidade chamada "lei".

Esse tem sido o comportamento de Lula desde que foi flagrado em debochado contubérnio com empreiteiros, à custa de bons contratos de obras públicas e outros benefícios. Condenado a mais de 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro - isso apenas no primeiro dos processos aos quais responde - , Lula não se preocupa mais em se defender nos tribunais, posto que a presunção de inocência há muito deixou de existir, e passou a usar seu bom desempenho nas pesquisas de intenção de voto como argumento para qualificar a condenação como "perseguição política". Conforme essa linha de "defesa", todo o Judiciário, a imprensa, a CIA e os "grandes grupos estrangeiros" colocaram-no na cadeia "sem provas" somente para impedi-lo de voltar à Presidência.

Como fez ao longo de toda a sua trajetória política, Lula só está pensando em si mesmo. Usa a campanha presidencial e todo o aparato do PT com o objetivo de intimidar magistrados, provocar a desordem institucional e, assim, gerar um impasse no Judiciário a respeito de sua candidatura. Pouco importa se essa estratégia causa enorme confusão no País e se reduz o PT, outrora vistoso partido, à condição de mero leão de chácara de seu mandachuva.

E reduz, diga-se de passagem, Manuela do PCdoB em feminista obediente que atende aos anseios do "painho". O jornalista José Casado também escreveu em sua coluna de hoje sobre a "implosão" da esquerda causada pelos devaneios ególatras de Lula, o chefe que comanda a quadrilha de dentro da prisão:

É longa a lista dos supostos humilhados por Lula, mas nenhum pode se queixar. Todos aceitaram um papel nessa tragicomédia centrada na onipotência de um velho líder, incapaz de reconhecer seu lugar na sociedade de classe média poderosa e ansiosa pela conexão com a modernidade capitalista. Nos arquivos do PT há uma coletânea de pesquisas sobre tais contradições.

Lula segue com o seu plano de cativeiro - suicida, para muitos. A essência está registrada em documentos do partido. Eis as etapas: 1) cultua-se a imagem de "vítima" de um sistema judicial manipulado pela "elite"; 2) questiona-se a legalidade da disputa sem a sua participação ("Eleição sem Lula é fraude"); 3) estimula-se o "voto de protesto" em candidato-laranja; 4) se derrotado nas urnas, contesta-se a legitimidade do presidente escolhido em eleição "fraudada" pelo veto a uma "ideia" chamada Lula.

A derrota fica mais próxima, mas Lula não se importa, desde que possa investir em sua narrativa, usando a tudo e todos como peões em seu tabuleiro de xadrez. É o fim trágico, porém coerente, desse que sempre se mostrou um oportunista egoísta. Álvaro Dias, em entrevista ao Globo, disse sobre o condenado mais famoso do país:

Vai soltar Lula, como Ciro Gomes defendeu?

Se cometeu crime, o lugar dele é na cadeia. Não há outra alternativa. A ideia fundamental da refundação da República é que todos devemos nos submeter às leis.

Como avalia a liderança de Lula nas pesquisas?

Contesto essa liderança. Como alguém lidera as pesquisas com 50% de rejeição? O presidiário (em referência a Lula) está inelegível. Uma minoria insignificante o apoia. Temos de olhar o Brasil decente. Isso é uma afronta ao Brasil. É como se o PCC se transformasse em partido e o Marcola (líder) fosse candidato à Presidência. Esse é o Brasil que queremos?

Lula tem méritos?

Claro. Mas o que vale é o conjunto da obra. E ele foi perverso, destruiu sonhos e esperanças. Não apenas empregos e salários.

No "conjunto da obra", Lula é apenas isso mesmo: um criminoso esperto, com traços claramente psicopatas, que não se importa em mentir e usar os outros de olho apenas em seus próprios interesses, e que fez sua carreira política com demagogia, sensacionalismo e exploração da miséria alheia, e que agora, preso, não se importa em tocar o caos e avacalhar com a democracia se for para bancar a vítima, o perseguido político.

Na viagem alucinada dos seus seguidores alienados, esse sujeito é um herói injustiçado que luta contra as elites perversas. A esquerda vai levar uma merecida surra nas urnas, tanto pelo rastro de destruição que deixou após sua longa passagem pelo poder, como pela postura inaceitável de ditador de republiqueta do seu líder máximo, que cospe em nossas instituições republicanas.
Herculano
07/08/2018 19:16
da série: ia mudar, agora está afinando?

BOLSONARO: "O BRASIL ESTÁ QUEBRADO"

Conteúdo do BR 18. Texto de Marcelo Moraes. Jair Bolsonaro afirmou hoje que qualquer candidato que for eleito "vai ter seríssimas dificuldades para reeleição porque o Brasil está quebrado".

"O Brasil é aquele paciente que tem de deixar o dedo e amputar o corpo. Sei que estou pulando num caldeirão fervente. Sei disso", disse, admitindo que não tem como entregar o Brasil "arrumado", caso seja eleito, mas que é possível fazer um ponto de inflexão e começar a reverter esse problema.
Cauã Santana
07/08/2018 14:31
Senhor Herculano

O MP está passando a mão na cabeça da corja legislativa. Se assim for, osso roubar e devolver o produto, posso matar e me arrepender. Que saudades da doutora Chimenez
Herculano
07/08/2018 12:26
ELA ESTÁ COM A RAZÃO

De Elena Landau, economista, no twitter

A fala do Mourao não faz Bolsonaro perder votos, seus eleitores fanáticos pensam assim, mas eu espero que tire os eleitores que se escondem atrás do discurso "liberal" na economia e no Posto Ipiranga. Que deve pensar igual ou teria abandonado a função
Herculano
07/08/2018 12:19
ANA AMÉLIA DEFINE O QUE É SER CONSERVADOR

Conteúdo de O Antagonista. Ana Amélia, vice na chapa de Geraldo Alckmin, foi entrevistada pela Folha.

O jornal abriu a entrevista assim:

"Sua escolha como vice foi apontada como um esforço para atrair um eleitorado conservador. A sra. é uma política conservadora?

Conservadora da boa ética, dos bons princípios, da integridade, da defesa da Lava Jato. Conservadora desses princípios. O mundo não se divide mais entre esquerda e direita, mas entre rápidos e lerdos. Eu prefiro essa definição."

Ana Amélia deu uma definição perfeita de conservadorismo
Herculano
07/08/2018 12:17
A JOVEM COMUNISTA, O GENERAL VELHACO E AS RIRALISTAS DIVERGENTES, por Ricardo Miranda, em Os Divergentes

Vice não ganha eleição, mas ajuda a perder, dizem. No pleito mais esdrúxulo da história do país, Lula - ou, possivelmente Fernando Haddad, tirando a vantagem desproporcional do PT, mas mantendo sua frente rumo ao segundo turno, pela transferência de votos -, Jair Bolsonaro, Ciro Gomes e Geraldo Alckmin emergem como os favoritos para o filtro do provável segundo turno presidencial. Mas há que se olhar seus vices. E suas abissais diferenças, reveladoras do perfil de cada candidatura, de cada proposta para o país. Porque se os presidentes são ícones políticos que ofuscam, os vices são o retrato de seus óbvios desacordos ideológicos. A jovem comunista Manuela D'Ávila, do PCdoB, que em uma semana assumirá a vice de Lula/Haddad, o general de pijama Hamilton Mourão (PRTB), e as ruralistas divergentes Kátia Abreu (PDT) e Ana Amélia (PP), juntam-se no caleidoscópio político da campanha de 2018. Cada um no seu quadrado político.

Começando pelo final, nada poderia ser mais diferente, curiosamente, do que as senadoras-ruralistas Kátia Abreu e Ana Amélia. Confirmada como candidata na chapa por Ciro Gomes, Kátia tem um passado ambíguo: atraiu a ira dos ambientalistas - como presidente da CNA, a Confederação Nacional da Agricultura, e ministra da Agricultura de Dilma Rousseff, quando foi chamada pelo Greenpeace de "Miss Desmatamento". Mas, rara exceção entre os agropecuaristas, foi fiel a Dilma, futura senador por Minas, até o último minuto, enfrentando o PMDB fechado com Eduardo Cunha e Michel Temer, que demitiram a ex-presidente por "pedaladas fiscais". Algo, hoje, como acusar Temer de possessão demoníaca por mudar a voz em discursos oficiais. Kátia reconheceu no fim de semana ao jornal Valor Econômico que a legenda aguardou até este domingo 5 em uma última tentativa de fazer novas alianças. Com o apoio solitário do PMN, o PDT confirmou seu nome. Kátia é, assim, o que sobrou para Ciro. Resta saber o que sobrará de Ciro, o lisérgico, que sonhou ser presidente.

Ana Amélia é de outra extirpe. Já foi chamada pelo El País de "amuleto de Alckmin para atrair bolsonaristas". Faz todo o sentido. Não por acaso, com o aval do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ela foi avalizada pelo PSDB, que desistiu de fortalecer o ex-governador no Nordeste, território petista - o que seria a lógica geopolítica-, e formalizar chapa com senadora sulista ultra-conservadora. Alckmin a chamou, usando um clichê marqueteiro, de "empoderamento" do PSDB. Alguns viriam um empobrecimento. O PSDB nunca esteve tão perto da extrema-direita do que com a chapa Chuchu-Relho. Amélia, a direitista de verdade, elogiou ataques violentos contra apoiadores do ex-presidente Lula na região Sul do país e, porque Gleisi Hoffmann, presidente do PT, deu uma entrevista à TV árabe Al Jazeera, disse que o PT se aliara ao Exército Islâmico. Se Kátia é a ruralista light, Amélia é a Miss Capitalismo Agrário. Que desmatem, exorcizem a reforma agrária, santifiquem os transgênicos, peguem empréstimos e deem calote aos bancos públicos. E viva a bancada ruralista!

Bolsonaro, por sua vez, escolheu o general Mourão - não pela patente, senão teriam que trocar de posição na chapa, mas por falta de opção. Chamar o Cabo Anselmo, o mais famoso agente duplo da ditadura civil-militar de 1964, não dava. A agenda dele de palestra não permitiria. Incapaz de costurar alianças, montou, assim, uma chapa pura-farda, ou puro-choque. Ambos defendem o golpe militar, idolatram torturadores, debocham dos direitos humanos, e imaginam o país como uma Miami em estado de sítio.

Se Mourão tiver o estômago que parece ter, vai aguentar Bolsonaro até o fim. Um capitão que o trata como soldado raso e diz que não pensou em vice para "ganhar voto". Escolhido ao apagar das luzes, no último dia para definição das chapas, o general de reserva não é nem de longe o vice dos sonhos do capitão-deputado. Acabou sendo uma solução caseira para quem acena para a extrema-direita e para essa parcela pantanosa da população, que vestiu a amarelinha pelo golpe, e hoje bate continência pelo autoritarismo ?" traduzido, de forma mais suave, na defesa dos "valores da família" e no combate à corrupção. Em seu útimo post no Facebook, Bolsonaro colocou uma mulher tocando o hino nacional com harpa, tratada biblicamente como o elo de ligação entre o céu e a terra. Involuntariamente, Bolsonaro homenageou a União de Myanmar, antiga Birmânia, ditadura militar que tem a harpa como símbolo nacional.

Finalmente, Manuela D'Ávila será vice de Lula - ou de Haddad, se o ex-presidente, como se imagina, for impugnado. Lula, preso, montou da cela da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, a estratégia e a chapa que disputará a hegemonia da esquerda e a permanência do PT no poder ?" após o catastrófico "intervalo" Temer. Se isso tem precedente na história me informem, porque desconheço. Analistas descartam qualquer rejeição prévia pelo fato de Manuela ser "comunista" - e, de certa forma, um possível segundo turno entre Bolsonaro-Mourão e Haddad-Manuela será mesmo a cara do país dividido que nos tornamos. Imaginar as tristes figuras do capitão e do general e confronta-las com a esperança de renovação que representam Haddad e Manuela - inclusive para a esquerda e o PT ?" chega a dar dó.

Veja os 14 presidenciáveis que saíram das convenções partidárias (esse número deve cair para 13 porque o PCdoB decidiu ingressar na coligação encabeçada pelo PT e não deverá registrar a candidatura da deputada Manuela D'Ávila - o prazo para registro dos candidatos na Justiça Eleitoral vai até o próximo dia 15):

- Álvaro Dias (Podemos). Vice Paulo Rabello de Castro (PSC). Coligação com PRP e PTC.
- Cabo Daciolo (Patriota). Vice Suelene Balduíno, do mesmo partido.
- Ciro Gomes (PDT). Vice Kátia Abreu, do mesmo partido. Coligação com Avante.
- Geraldo Alckmin (PSDB). Vice Ana Amélia (PP). Coligação com o Centrão (PTB, PSD, SD, PRB, PR), mais DEM e PPS.
- Guilherme Boulos (PSOL). Vice Sônia Guajajara, do mesmo partido. Aliança com PCB.
- Henrique Meirelles (MDB). Vice Germano Rigotto, do MDB. Coligação com PHS.
- Jair Bolsonaro (PSL). Vice General Hamilton Mourão (PRTB).
- João Amoêdo (Novo). Vice Christian Lohbauer, do mesmo partido.
- João Goulart Filho (PPL). Vice Léo Alves, do mesmo partido.
- José Maria Eymael (DC). Vice do Helvio Costa, do mesmo partido.
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Vice Fernando Haddad, do mesmo partido. Coligação com PROS e PCO.
- Manuela D'Ávila (PCdoB). Vice sem definição.
- Marina Silva (Rede). Vice Eduardo Jorge, do mesmo partido. Coligação com PV.
- Vera Lúcia (PSTU). Vice Hertz Dias, do mesmo partido.
Herculano
07/08/2018 11:52
O PLANO CATIVEIRO DE LULA,

Conteúdo de O Antagonista. Em O Globo, José Casado desmonta o plano de Lula - que acabou por fulminar aliados como Ciro Gomes:

"É longa a lista dos supostos humilhados por Lula, mas nenhum pode se queixar? Todos aceitaram um papel nessa tragicomédia centrada na onipotência de um velho líder, incapaz de reconhecer seu lugar na sociedade de classe média poderosa e ansiosa pela conexão com a modernidade capitalista. Nos arquivos do PT há uma coletânea de pesquisas sobre tais contradições."

E ainda:

"Lula segue com o seu plano de cativeiro - suicida, para muitos . A essência está registrada em documentos do partido. Eis as etapas: 1) cultua-se a imagem de 'vítima' de um sistema judicial manipulado pela 'elite'; 2) questiona-se a legalidade da disputa sem a sua participação ('Eleição sem Lula é fraude'); 3) estimula-se o 'voto de protesto' em candidato-laranja; 4) se derrotado nas urnas, contesta-se a legitimidade do presidente escolhido em eleição "fraudada" pelo veto a uma 'ideia' chamada Lula."
Herculano
07/08/2018 08:17
A SAÍDA DO SECRETÁRIO DE ASSISTÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, ERNESTO HOSTIN, É O PERFEITO RETRATO DA AGILIDADE E COMPETÊNCIA DO GOVERNO DE KLEBER EDSON WAN DALL, MDB, E LUIZ CARLOS SPENGLER FILHO, PP.

Não entendia nada do assunto, ganhou um prêmio por ser amigo do prefeito, ser da mesma igreja evangélica, ficou exposto, doente e desamparou uma área vital no ambiente para mitigar os graves problemas sociais da cidade.

Precisou de dois anos, para KLeber descobrir isso. Foi assim na saúde, está sendo assim na educação, Samae...
Herculano
07/08/2018 08:13
A 'RÉGUA MORAL" DE ANA AMÉLIA

Conteúdo do BR18. "Cobre de mim os meus atos." Assim a senadora Ana Amélia, candidata a vice na chapa de Geraldo Alckmin, responde, em entrevista à Folha, sobre casos de corrupção envolvendo políticos do seu partido, o PP. Ela também se esquivou de responder se o caso de Aécio Neves atinge a chapa, dizendo que se deve perguntar "ao eleitor". Ainda assim, assegura que sua "régua moral" é a mesma para aliados e adversários, e diz que coloca a mão no fogo pelo companheiro de chapa.
Herculano
07/08/2018 08:10
O CASUÍSMO DA JUSTIÇA Só PARA OS PODEROSOS

De José Neumanne Pinto, no twitter

A perpetuação do erro: A inadmissível rasura no artigo 52 da Constituição, feita por Renan e Lewandowski na votação do impeachment de Dilma, permite que, 2 anos e meio depois de deposta, ela possa ser eleita para uma vaga no Senado
Herculano
07/08/2018 08:07
IRRESPONSÁVEIS

Tabela do frete eleva em US$ 2,4 bilhões o custo para exportar grãos, diz Anec, é a manchete de hoje do jornal Valor Econômico.

Ué. Mas, não foram os ruralistas, bolsonaristas, intervencionistas e radicais de direita que alimentaram essa greve patronal e que usaram os caminhoneiros autônomos, que são minoria nesse processo, como bois de piranhas para mostrar a força que tinham? Então! Reclamam do que? Coloquem a mão no bolso e continuem na fantasia e irresponsabilidade não só contra o Brasil, os brasileiros, mas principalmente contra seus próprios negócios. Wake up, Brazil!
Herculano
07/08/2018 07:58
da série: o Brasil dos intolerantes, autoritários e ditadores e que os jovens brasileiros flertam para destruir a democracia mínima.

"TEMOS UMA CERTA HERANÇA DA INDOLÊNCIA, QUE VEM DA CULTURA INDÍGINA; A MALANDRAGEM É ORIUNDA DO AFRICANO". É O VICE DE BOLSONARO!!!, por Reinando Azevedo, na Rede TV

"Temos uma herança cultural, uma herança que tem muita gente que gosta do privilégio (...) Essa herança do privilégio é uma herança ibérica. Temos uma certa herança da indolência, que vem da cultura indígena. Eu sou indígena. Meu pai é amazonense. E a malandragem (...) é oriunda do africano (...). Então, esse é o nosso cadinho cultural. Infelizmente gostamos de mártires, líderes populistas e dos Macunaímas."

Essa fala detestável é do general da reserva Hamilton Mourão, que é vice na chapa de Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência. Foi pronunciada durante evento da Câmara de Indústria e Comércio de Caxias do Sul (RS). A tese não é de sua autoria. Ele apenas ecoa teorias racistas do século XIX sobre a miscigenação e sobre a formação do povo brasileiro. E, antes que preconceito de outra ordem venha a se juntar às estultices racistas do antropólogo amador, que fique claro: não é mais isso o que se ensina há muito tempo no Exército brasileiro. Essa não é a visão de mundo dos nossos militares. Esse é apenas o pensamento de Mourão. E se trata, sim, de racismo, segundo o que está previsto na lei 7.716, como vamos ver

Essa concepção torta de Hamilton Mourão sobre o negro e o índio já teve o status de ciência. Quando Euclides da Cunha, por exemplo, em "Os Sertões", afirma que "o sertanejo é, antes de tudo, um forte", não estava exaltando as virtudes dos guerreiros de Canudos. Não! Euclides partilhava das convicções da época, segundo as quais a miscigenação implicava a degeneração. Cumpre lembrar que o autor jamais renunciou à tese - embora a tenha relativizado depois - de que os seguidores de Antônio Conselheiro eram, sim, tipos que tinham sido algo abestalhados pela miscigenação. O "antes de tudo, um forte" decorre, na verdade, de uma comparação: ele via o sertanejo como um elemento com mais, digamos, viço do que o mestiço do litoral. Só por isso era "um forte".

No mais, Euclides, um militar, professava a crença ditada pelo cientificismo da época e por uma leitura torta de "A Origem das Espécies", de Darwin. Escreveu o autor de "Os Sertões":

"A mistura de raças mui diversas é, na maioria dos casos, prejudicial. Ante as conclusões do evolucionismo, ainda quando reaja sobre o produto o influxo de uma raça superior, despontam vivíssimos estigmas da inferior. A mestiçagem extremada é um retrocesso. O indo-europeu, o negro e o brasílio-guarani ou o tapuia, exprimem estádios evolutivos que se fronteiam, e o cruzamento, sobre obliterar as qualidades preeminentes do primeiro, é um estimulante à revivescência dos atributos primitivos dos últimos. De sorte que o mestiço - traço de união entre raças, breve existência individual em que se comprimem esforços seculares ?" é, quase sempre, um desequilibrado."

O que se pode dizer em favor de Euclides, além de ser um escritor fenomenal? Primeiramente, em "Os Sertões", de forma indisfarçável, denuncia-se a República e o aparelho estatal por terem relegado o sertanejo ao abandono. Sem jamais renunciar às concepções de seu tempo, o dedo se volta contra as omissões do Estado. Em segundo lugar, Euclides era um homem de seu tempo. Como se nota no seu texto, a teoria evolucionista havia saltado da biologia para a sociologia e a política.

Mourão, a despeito de si mesmo, é um homem do século XXI, não do fim do século XIX. Pela pena de Euclides, falava o que se considerava a ciência da época. Pela boca de Mourão, que não parece exatamente um sujeito dado aos livros, falam apenas o preconceito, a ignorância e a discriminação.

Começou bem! Esse foi o primeiro evento público de que o vice de Bolsonaro participou já na condição de vice de Jair Bolsonaro, o candidato que, em um evento no Rio, referiu-se à população quilombola nestes termos:
"O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada, eu acho que nem pra procriador servem mais".

Por essa afirmação, a Procuradoria-Geral da República apresentou contra ele no Supremo uma denúncia por racismo, da qual o candidato tenta se livrar afirmando que sua mulher tem ascendência negra e que seu sogro carrega no apelido a palavra "negão".

E daí? O racismo, ainda que negros contra negros - ou contra brancos - é inadmissível, como é o antissemitismo, ainda que venha a ser praticado por judeus. Afirmar, como faz o general Mourão, que a malandragem é intrínseca a negro, como a indolência, ao indígena não ofende um negro ou um índio em particular, mas todos os negros e todos os índios. Não há justificativa aceitável para isso.

Mas o general praticou crime de "racismo"? Bem, basta ver o que dispõe a Lei 7.716, de 1989. Para que tal crime se configure, não é preciso que alguém tenha tido um direito seu subtraído em razão de sua origem ou cor de pele. O Artigo 20 é claro:

"Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional:

Pena: reclusão de um a três anos e multa"

Afirmar que as dificuldades do Brasil decorrem da indolência dos índios e da malandragem dos africanos serve ou não como "incitação à discriminação ou preconceito de raça"? A resposta me parece óbvia. Que importa que ele tenha atacado também os brancos portugueses, que nos teriam legado o amor por privilégios?

Acompanho política desde os 14 anos. Estou com 56. Nunca vi um homem público se referir dessa maneira aos negros e aos indígenas. Ainda que possa existir quem realmente pense assim, essa pessoa se intimida - o que acho bom que aconteça -, sabendo quão incivilizado é seu ponto de vista. O bolsonarismo, no entanto, faz praça do desassombro xucro, do "digo o que me dá entre as orelhas, e ninguém tem nada com isso". Errado! Temos, sim!

E olhem que estamos falando de Hamilton Mourão, que, em recente entrevista, referiu-se a parte do eleitorado de seu novo chefe - capitão chefiando general... Tsc, tsc, tsc... - como "meio boçal".

Parece que Mourão se considera a banda intelectual da chapa.

Não! Não podemos tolerar falas assim. Pela simples e óbvia razão de que são intoleráveis porque estupidamente intolerantes.

A Lei 7.716 é clara na definição do crime de racismo. Cumpre ao Ministério Público Federal entrar em ação. O crime de racismo é de "ação púbica incondicionada" - vale dizer: ninguém precisa entrar com uma representação junto ao MPF para que este atue.

Mas e a liberdade de expressão? Em 2003, o Supremo bateu o martelo a respeito:

"O preceito fundamental da liberdade de expressão não consagra o 'direito à incitação ao racismo', dado que um direito individual não pode constituir-se em salvaguarda de condutas ilícitas, como sucede com os delitos contra a honra. Prevalência dos princípios da dignidade da pessoa humana e da igualdade jurídica".

Em síntese: o crime de racismo não está protegido pela liberdade de expressão. Ao trabalho, MPF!
Herculano
07/08/2018 07:48
da série: o paquiderme demorou para entender que o mundo estava mudando,apesar da sua liderança na área de comunicação. Esse status cegou como empreendedora vencedora e a Abril foi engolida pelas novas tecnologias, novos hábitos de consumo e a ausência do líder vencedor que não fez sucessores capazes

GRUPO ABRIL EXTINGUE PUBLICAÇõES E CORTA FUNCIONÁRIOS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Grupo diz que busca 'garantir saúde operacional em um ambiente de transformações tecnológicas'

Duas semanas depois de entregar a gestão do grupo à consultoria de reestruturação Alvarez & Marsal, a Abril começou nesta segunda (6) a implementar cortes de pessoal e de títulos.

A Folha apurou que, em todo o grupo, devem ser dispensados 570 profissionais até quarta (8).

Foi apurado também que devem ser encerradas as revistas Arquitetura & Construção, Boa Forma, Elle, Casa Claudia, Minha Casa e Mundo Estranho.

Em comunicado no qual anuncia a reformulação, a Abril afirma que passará a "concentrar seus recursos humanos e técnicos em suas marcas líderes: Veja, Veja São Paulo, Exame, Quatro Rodas, Claudia, Saúde, Superinteressante, Viagem e Turismo, Você S/A, Você RH, Guia do Estudante, Capricho, M de Mulher, VIP e Placar". Não detalha quais títulos sobreviverão em versão impressa.

Segundo a nota, esses 15 títulos "somam audiência qualificada de 125 milhões de visitantes únicos por mês". A editora não informou se há redundância.

Segundo o ?CGI.br (Comitê Gestor da Internet), 120,7 milhões de pessoas acessaram a internet brasileira nos últimos três meses.

O comunicado argumenta que a reformulação do portfólio tem "o objetivo de garantir sua saúde operacional em um ambiente de profundas transformações tecnológicas, cujo impacto vem sendo sentido por todo o setor de mídia".
Herculano
07/08/2018 07:44
LEI NÃO PREVÊ VICE NO LUGAR DE LULA EM DEBATES, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Os veículos de comunicação não estão obrigados a convidar o vice Fernando Haddad (PT) para substituir o ex-presidente Lula nos debates durante a campanha eleitoral. Na condição de presidiário, Lula não pode sair da cadeia, mas isso não inviabilizará a realização desses eventos. A Resolução 23.551/TSE prevê que organizadores convidem todos os candidatos, mas não comparecer não inviabiliza o debate.

QUATRO MESES EM CANA
Lula completa quatro meses de prisão nesta terça. Foi preso em 7 de abril para cumprir pena de 12 anos e 1 mês por corrupção e lavagem.

DEBATE NÃO É DE VICES
A Band não convidará o candidato a vice Fernando Haddad para o primeiro debate que tradicionalmente promove. Será na quinta-feira (9).

ANTECEDÊNCIA DE 3 DIAS
O artigo 40 da lei resolução 23.551 do TSE apenas impõe que as emissoras convidem os candidatos com 72 horas de antecedência.

COMPROVAÇÃO DE CONVITE
Para dispensar a presença do candidato, basta o veículo promotor do debate comprovar que o convite foi feito em tempo hábil.

CARTEL DAS ATRAVESSADORAS ESTÁ CHEGANDO AO FIM
Está chegando ao fim o reinado do cartel das distribuidoras de combustíveis. Após a greve dos caminhoneiros, quando os métodos do cartel na venda do etanol foram expostos, o País começou a reagir. A começar pelo Senado, que anulou por 47? - 2 votos a resolução da Agência Nacional do Petróleo (ANP) proibindo a venda direta de etanol aos postos. A Câmara aprovou regime de urgência do projeto. A ANP captou a mensagem, e agora fará consulta pública para discutir o tema.

CADE RECOMENDA
O Cade, órgão que combate os cartéis, recomendou a revogação da resolução da ANP, e a Receita Federal não se opôs a isso.

JUSTIÇA AUTORIZA
A Justiça Federal autorizou a venda direta de etanol em medida cautelar reiterada por decisão do próprio presidente do TRF-5.

CARTEL ESTABELECIDO
A proibição da venda direta de etanol ofende a livre concorrência, que a Constituição assegura. Foi que degenerou no cartel das distribuidoras.

ARITMETICAMENTE INELEGÍVEL
Em entrevista ao programa "Poder em Foco", de Debora Bergamasco, no SBT, o ministro Gilmar Mendes disse que a inelegibilidade de Lula é "aritmética". Para ele, a Lei da Ficha Limpa não deixa dúvidas.

VAQUEJADA CONTINUA
Grupos de ONGs têm espalhado a fake news de que o Supremo Tribunal Federal poderia proibir a vaquejada esta semana. Isso nem estará em discussão, mas apenas os recursos à ação (Adin 4983), em que o STF declarou inconstitucional uma lei cearense já revogada.

PALAVRA FINAL
A palavra final do STF sobre vaquejada, segundo o relator Marco Aurélio, ocorrerá na discussão da Adin 5772, que contesta a Emenda 96, autorizando o esporte desde que observado o bem-estar animal.

ARMAÇÃO ILIMITADA
A turma do PCdoB sabe que Lula será declarado inelegível, até torce por isso. Só assim Fernando Haddad (PT) será o candidato do PT, como Lula definiu há meses, e Manuel D'Ávila terá chance de ser vice.

APOIO IGNORADO
O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg (PSB) ignorou o acordo de "neutralidade" do seu partido com o PT, na campanha presidencial. Rollemberg apoia Ciro Gomes em troca do apoio do PDT local.

LANÇAMENTO ILUSTRE
Será lançado nesta terça em Brasília o livro "Código de Processo Civil no STF e no STJ", coordenado por Luiz Rodrigues Wambier e com um time de craques como o advogado Osmar Mendes Paixão Côrtes e o desembargador Arnoldo Camanho de Assis, do TJ do Distrito Federal.

FRAGILIDADE PETISTA
Para tentar de reeleger, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), exibiu fotos dele com Lula e Ciro Gomes no mesmo cartaz. Após quatro anos no poder, ele continua precisando de muletas para se viabilizar.

LEI ELEITORAL É UMA MÃE
Apesar de o prazo para as convenções partidárias ter se encerrado no domingo (5), o registro das candidaturas pode ser feito até o próximo dia 15. Há ainda um prazo de 9 dias para mudanças.

PENSANDO BEM...
...não poder participar dos debates é uma vantagem para Lula, que será dispensado da apresentação como presidiário.
Herculano
07/08/2018 07:35
AÇõES DE LULA LEVAM À VITRINE A FICHA SUJA DE LULA,
Josias de Souza

A sabedoria popular ensina: quem tem calos não deve se meter em apertos. Com a inelegibilidade latejando, Lula pediu ao Supremo que abrisse sua cela, para que ele pudesse mergulhar na campanha.

O feitiço acabou enfeitiçado no plenário da Suprema Corte, que cogitava não só manter Lula na tranca como carimbar sua ficha suja. Espremido, Lula solicitou ao Supremo que esqueça sua petição.

Na véspera, com receio de violar regras do TSE, Lula fora obrigado a colocar seu poste na rua. Com dez dias de antecedência, converteu Fernando Haddad em número dois de sua chapa, acomodando Manuela D'Ávila no banco de reserva.

Lula promoveu o strip-tease de sua suposta candidatura em apenas dois movimentos. Num, reconheceu a indigência jurídica do seu plano ao fugir do supremo veredicto sobre sua inelegibilidade. Noutro, deu à luz a chapa Haddad?"Manuela.

Com tanta desenvoltura, Lula acabou transportando sua ficha suja do fundo da loja do PT para a vitrine. Foi como se o estrategista do bunker carcerário desejasse criar um novo brocardo: nunca deixe para amanhã o que você pode deixar hoje.

O PT mantém a intenção de registrar a candidatura de Lula no Tribunal Superior Eleitoral na data-limite: 15 de agosto. Mas Lula, desde logo, vai se despindo da condição de candidato para assumir novamente o papel de levantador de postes.
Herculano
07/08/2018 07:33
O SUJEITO INDETERMINADO DO PT, por Hélio Schwartsman, no jornal Folha de S. Paulo

Quem ou o que está impedindo Lula de concorrer?

"Querem vetar o direito do povo de escolher livremente o próximo presidente", diz um trecho da carta de Lula lida na convenção nacional do PT. O uso do sujeito indeterminado, cuja marca aqui é o emprego da terceira pessoa do plural, é suspeito. Quem ou o que está impedindo Lula de concorrer?

Ora, o grande empecilho à candidatura do ex-presidente é a Lei da Ficha Limpa (LC n° 135/2010), que torna inelegíveis aqueles que tenham sofrido certos tipos de condenação penal, desde que proferida por órgão colegiado. Lula ficou nessa condição depois que o TRF-4 confirmou a sentença que lhe fora dada pelo juiz Sergio Moro pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

De minha parte, nunca fui muito simpático a essa norma, contra a qual escrevi algumas colunas. Mas a Ficha Limpa, é preciso lembrar, foi proposta por movimentos próximos ao PT e aprovada com o apoio unânime da bancada do partido. O próprio Lula, quando a sancionou, fez questão de divulgar que era favorável ao "espírito da lei".

Não me parece, portanto, que se justifique o uso do sujeito indeterminado. Lula e o PT, ao viabilizar a Ficha Limpa, estão entre aqueles que atuaram para impossibilitar a candidatura do ex-presidente agora, ainda que à época não soubessem disso.

E eu receio que essa tentativa de jogar as próprias responsabilidades para um sujeito indeterminado tenha se tornado um padrão. O site do partido, por exemplo, fala da crise econômica como se ela não tivesse nada a ver com a desastrosa gestão de Dilma Rousseff. Depois das forças ocultas erroneamente atribuídas a Jânio Quadros, nos vemos agora às voltas com os sujeitos indeterminados do PT.

O mais lamentável nessa história é que, enquanto insiste nas ficções que interessam a Lula, o PT deixa de fazer a autocrítica que o habilitaria a seguir como principal partido da esquerda de olho no futuro e não num passado com tanta coisa para ser esquecida.
Herculano
07/08/2018 07:28
da série: o vergonhoso uso dos políticos estaduais e locais da região de Blumenau, incluindo Pomerode, Indaial, Timbó, Gaspar e Ilhota como estoque de votos e desprezo pelos investimentos, incluindo a segurança pública.

A ELEIÇÃO PASSA POR BLUMENAU, por Upiara Boschi, no Diário Catarinense, na NSC Florianópolis SC

Na mesa de negociações das composições políticas, uma frase ecoou algumas vezes: "esta eleição vai passar por Blumenau". O acerto final das principais chapas no último dia do prazo legal, domingo, deixou claro esse componente com a definição dos candidaturas de Décio Lima (PT) a governador os acertos que fizeram de João Paulo Kleinübing (DEM) vice de Gelson Merisio (PSD) e de Napoleão Bernardes (PSDB) vice de Mauro Mariani (MDB).

Há tempos que a maior cidade do Vale do Itajaí e terceira mais populosa do Estado clama por maior força política e participação nas decisões do poder em Santa Catarina. Em parte, esse esforço fez colocou os últimos ex-prefeitos da cidade nas chapas majoritárias - o que garante um deles, e apenas um, no núcleo decisório do governo estadual ano que vem.

As condições que levaram os três as candidaturas foram muito diferentes. Azarão na disputa entre os maiores partidos, o deputado federal Décio Lima lidera a tentativa de reconstrução do PT catarinense. Encerrar o período de redução de votos e bancadas é a prioridade; o segundo turno, um sonho.

Duas vezes ex-prefeito, o deputado federal João Paulo Kleinübing buscar subir de nível na política estadual, alçar à majoritária. Viu seu caminho bloqueado no PSD pelo ímpeto e apetite de Merisio e buscou caminho alternativo no DEM - com as bênção de lideranças que acabaram ficando no ninho pessedista. Lançou-se ao governo sem estrutura, ensaiou negociações para ser vice de Paulo Bauer (PSDB) ou Mauro Mariani (MDB) e acabou atrelando seu destino ao de Esperidião Amin (PP) - aceitando ser vice de uma candidatura que não vingou. O acertou de Amin e Merisio fez com que precisasse aceitar ser vice do pessedista ou concorrer à reeleição como deputado federal com o MDB.

De todos, Napoleão Bernardes foi quem teve o final mais surpreendente no fim das contas. Até abril, era comum ver o nome do então prefeito de Blumenau como o vice dos sonhos de qualquer candidatura. Jovem, reeleito em 2016, carismático. Após a renúncia, no entanto, consolidou a pré-candidatura a senador e manteve-se fiel no apoio à candidatura de Bauer ao governo. Ignorou a mosca azul que pica aqueles que passam a ser constantemente apontados para a candidatura principal. Na última semana, seu nome foi colocado na mesa como o único que poderia aglutinar uma aliança ampla entre PSDB, PSD e PP.

Nunca será possível saber se a proposta, de origem pessedista e com a contrapartida cruel de que Bauer não poderia ser candidato a nada, era para valer ou um blefe para isolar e fragilizar os tucanos. Certo é que a reação do PSDB foi aceitar o convite oposto, dos emedebistas, e Napoleão virou candidato a vice de Mariani. O jovem tucano tinha uma eleição interessante para o Senado, como nome de renovação em um cenário de lideranças consolidadas, mas acabou convocado para uma missão partidária.

Ganhar ou perder é do jogo - o jogo que começa agora. Décio, João Paulo e Napoleão vão encarar uma disputa em que a vitória é sair do processo maiores do que entraram. Por enquanto, estão fazendo a eleição passar por Blumenau.
Herculano
07/08/2018 07:21
da série:gatinhos não devem fingir que são leões; em negociação todos conhecem a diferença entre os dois; se o PSDB tivesse liderança e desde o início tivesse assumido a condição de gatinho, teria, talvez, mais sorte

BAUER FAZ DESABAFO SOBRE AS ALIANÇAS, por Roberto Azevedo, no Makingof

Uma das dúvidas sobre a decisão do PSDB, que namorou com o Progressistas e o PSD, de Esperidião Amin e Gelson Merisio, com quem teriam chegado a um possível acordo, mas, no último domingo, fecharam com o MDB, de Mauro Mariani, começou a ser esclarecida em um vídeo de pouco mais de três minutos e meio, reproduzido nas redes sociais pelo senador Paulo Bauer, até então candidato ao governo.

Bauer explicou que, em nenhum momento, os que se colocavam como aliados aceitaram o PSDB na cabeça de chapa, tampouco quando ele admitiu deixar a condição de postulante e abrir espaço para o ex-prefeito (de Blumenau) Napoleão Bernardes.

Na sintonia fina da leitura política, mais do que encontrar um bom pretexto para sua desistência na disputa à sucessão de Eduardo Pinho Moreira, o senador tucano escancarou que os relatos vindos de progressistas e pessedistas, de que se alinhariam ao projeto tucanos, também em torno do palanque de Geraldo Alckmin à Presidência, não eram totalmente verdadeiros.

Os tucanos decidiram rumar com o MDB, indicaram Napoleão vice de Mariani e Bauer será candidato à reeleição ao Senado, certamente para fugir do inevitável isolamento. E com a garantia de que os emedebistas votarão em Alckmin sem constrangimento algum, o que já fizeram, em 2006, com vitória no Estado, embora agora tenham candidato ao Planalto, o ex-ministro da Fazenda e presidente do Banco Central Henrique Meirelles.
Herculano
07/08/2018 07:14
NOTAS POLITIQUEIRAS, por Carlos Tonet, no Jornal de Blumenau

Gérson Mérisio e Mauro Mariani se anulam.

Os dois não fazem parte do alto cacicado político.

Minha mãe nunca ouviu falar de nenhum dos dois.

Como os dois candidatos se anulam, a eleição vai depender das alianças.

Nesse sentido a coisa parece parece pender para a turma do Amin-JPK-Raimundo, uma galera boa de voto e conhecida de todo mundo, com muito mais densidade e peso eleitoral que Paulo Bauer, Napoleão e Jorginho Meloso.

PERCA

A maior perca de todos nessas coligações é do PSDB.

O PSDB tem uma joia rara a ser lapidada: o Napoleôncio.

Um sujeito jovem, que encanta plateias de Taió a Xanxerê, de Botuverá a Campos Novos.

Um projeto de muito futuro.

Deveria ser lançado a governador para marcar território.

Vilson Kleinübing fez isso em 1986.

Lançou-se em campanha sem chances mirando 1990, quando conseguiu se eleger.

Napoleão é o único representante dos grandes partidos com potencial de ser apresentado como algo novo e vai para a campanha eclipsado pela dupla Mauro & Mariani.

MÉTODO ROMÁRIO DE PULAR FORA

Ainda dá tempo de o Napoleão aplicar a técnica do Romário.

Lembram?

O time dele entrava no segundo tempo levando de um a zero, tomava o segundo gol e Romário começava a mancar.

Colocava a mão na coxa e minutos depois era substituído.

Napoleão pode sentir uma distenção muscular que o impeça de ser vice do Mariani e depois volta a campo como candidato a deputado federal.

Dá até pra pensar numa indisposição resultante de uma feijoada em Maravilha ou o cordeiro mal passado em Lebon Régis.

PICADA DE COBRA

O PT vai de chapa puro-sangue.

Deciolino se valoriza, pode se firmar como a principal liderança do PT, mas corre o risco de ser picado pela cobra da Ideli, que estando na chapa ao Senado não se elegerá, mas aproveitará a visibilidade para dar o bote e retomar o papel de estrela que perdeu para o Décio.

Décio derrotado com atuação inexpressiva ajuda Ideli a retomar o controle do partido depois de ter sumido, permitindo o avanço do companheiro Décio.

Ideli é mais PT que o Décio, é maior, tem mais expressividade e deverá retomar seu posto de rainha nos próximos anos com facilidade, dependendo do desempenho do companheiro Décio.

PARTIDO BOQUISTA

Gentes de esquerdas lamuriando que o PCdoB aceitou ser plano B do Lula e que em SC apoia a direitona.

Nenhuma surpresa.

O B do PCdoB já diz que ele nasceu pra ser Plano B.

Além disso o PCdoB é um ser parasitário que visa apenas manter seus líderes em boquinhas governamentais.

PCdoB é uma entidade caricatural que sobrevive graças a uma base de filiados movidos por seus delírios juvenis de futuros desiludidos.

Quem se surpreende vendo o PCdoB defender #Lulalivre ao mesmo tempo em que se alia aos #golpistas do Bornhausen #fascista #nãopassarão não conhece o PCdoB.
Herculano
07/08/2018 07:10
O PSDB DE SANTA CATARINA SEM PENAS E SEM ASAS

Prometi não comentar nada sobre mais esta submissão dos tucanos ao pior do PMDB de Santa Catarina e que chamaram outra vez de coligação.

E não precisava. O que se estampa em todos os lugares, confirma que não exagero.

Leiam os comentários abaixo, e o que publico ainda no decorrer desta área de expressão, como o de Carlos Tonet.

Impressionante, como Napoleão Bernardes, se presta a este papel de joguete aos interesses dos velhos políticos que negam a renovação de liderança política. O que fizeram, foi colocá-lo numa sepultura, vivo, para assistir o seu definhamento político. Impressionante!
Servidor
07/08/2018 06:07
O que falar de uma autarquia onde 1 encarregado de sistemas administrativos (pq foram criados 2 cargos) trabalha como motorista da assistência social... e agora a encarregada de manutenção predial trabalha no faturamento. Ta feio o negócio. E quanto ao servidor que viajou pra Europa de atestado... se safou pois conseguiu a aposentadoria.
Roberto Basei
06/08/2018 23:06
UMA BAGUNÇA DE UNS CARAS MAUS

Uma caminhada interrompida de forma abrupta, em uma bagunça onde afunda mais a sociedade e faz com apertem seus cintos, atravessar um período e encher as bolsas deixa qualquer candidato animado.
Qualquer um ficaria babando com o vislumbramento do poder, não importa o que tenha que pagar.

O PT, o PSD e PDT se divertem em tempo de campanha eleitoral onde o vale tudo é para conquistar mentes e corações.

A verdade não se promete! Se conta.
Comissionado
06/08/2018 22:29
Falando em farra! Os comissionados do Samae tão numa zueira só. Nao tem hora pra chegar. Duas delas são vistas constantemente chegando tarde saindo mais cedo. Outro, em pleno horário de trabalho fica jogando sinuca. E o vereador que virou diretor, O Melato não vê isso? Ou finge nao ver ou simplesmente concorda com isso? Pior que se fosse um efetivo, de imediato seria aberto um processo... Será q ele não aprendeu que as leis são iguais pra todos? Sem privilégios?
Servidor de olho
06/08/2018 22:19
Parece que a farra de alguns servidores públicos de Gaspar não é so na câmarã. No Samae também têm dessas.. Dia desses um servidor espertalhão apresentou atestado médico de vários dias e saiu postando em seu Facebook fotos de sua viagem pela Europa. Todos do Samae sabiam do atestado e da viagem, inclusive o macaco veio, vulgo Melato. Oque ele fez? Nada. Pq o servidor em questão também ajudou na campanha de 2015.
Miguel José Teixeira
06/08/2018 22:11
Senhores,

Sobre as postagens do Leo e do Miro Sálvio, sobre o Napoleão, continuo afirmando:

o melhor lugar para o Napo nestas eleições, é o "sofazón de la salita"!!!

Preservará seus dedos e o anél de "adevogado". . .
LEO
06/08/2018 22:09
NÃO DEIXA SAUDADES. O EX SECRETARIO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL ERNESTO HOSTIN, NÃO VAI DEIXAR NENHUMA SAUDADES.FORAM PERTO DE 2 ANOS.E POUCO FEZ,ESPERAMOS QUE O NOVO SECRETARIO CONSIGA MUDAR AS COISAS NA ASSISTÊNCIA SOCIAL.
LEO
06/08/2018 21:43
JÁ VI ESTE FILME. SOBRE O COMENTÁRIO DO MIRO SÁLVIO SOBRE O NAPOLEÃO.JÁ VI ESTE FILME O LEONEL PAVAN .FOI VICE-GOVERNADOR DE LUIZ HENRIQUE,FOI GOVERNADOR EM UM MANDADO TAMPÃO .ATÉ HOJE ELE ESTA ESPERANDO O APOIO DO PMDB PARA SE ELEGER GOVERNADOR.E OLHA QUE JÃ SE PASSARAM ALGUNS ANOS.
Miro Sálvio Vila Nova FM 98,3
06/08/2018 18:04
Suavemente Arrumaram uma alternativa para dar sumiço na figura pública de Napoleão Bernardes. Ganhando ou perdendo Vai Evaporar. Tudo isso porque aceitou o jogo das Velhas raposas em Santa Catarina.
Herculano
06/08/2018 11:45
Ao que se identificou como servidor público, no comentário abaixo

Não é bem isso, que os vereadores representantes dos servidores argumentam nas sessões da Câmara.

Se esse problema, reconhecido por mim da má gestão nos principais mercados da cidade, fosse resolvido, por exemplo, a pecúnia, ou seja, o vale em dinheiro e não em cartão, é uma defesa unilateral de todos os envolvidos.

Esta defesa ficou bem clara no bom e objetivo discurso da presidente do Sintrapusg, Lucimara Rozanski da Silva na terça-feira, na tribuna livre da Câmara. Assiste-a. Está disponível no próprio site da Câmara.

Se quer o vale alimentação como incorporação nos vencimentos e pasmem, sem pagar Imposto de Renda, se isto assim incidir, outra aberração contra a legislação fiscal federal em vigor.
Herculano
06/08/2018 11:30
da série: aos poucos todos os iludidos por mudanças vão descobrindo o autoritarismo e o perigo para a democracia, a divergência e o livre pensar dessa candidatura

REUNIÃO TENSA SELOU CHAPA SEM PRINCÍPE, por Claudio Dantas, de O Antagonista.

Na nota que divulgou ontem sobre não ter sido confirmado como vice de Jair Bolsonaro, Luiz Philippe de Orleans e Bragança disse que não houve tempo para ambos se conhecerem o suficiente.

Tampouco houve sintonia entre o príncipe e o comando da campanha de Bolsonaro. No sábado à tarde, uma reunião tensa selou o destino de chapa sem o representante da família imperial.

Luiz Philippe teria demonstrado "uma certa prepotência incompatível com o espírito da campanha do capitão".
Servidor Publico
06/08/2018 11:30
herculano, são mais de 2.100 servidores ativos atualmente e não 1.300.
O problema não é o vale ter virado cartão, e sim por ser uma empresa desconhecida e que não aceita nos principais mercados da cidade (Galegão, Rede Top e Archer).
O cartão é somente aceito em mercadinhos de bairros, e restaurantes do centro da cidade, os inúmeros servidores que trabalham nos bairros e solicitam marmita para almoçar vão ficar sem essa opção, pois conversando com alguns comerciantes é difícil o contato com a tal empresa para se colocar o colocar o cartão no seu estabelecimento.
Herculano
06/08/2018 11:17
LEVIATÃ SEM LIMITES, por Elvira Caçada, na revista IstoÉ

Cármen Lúcia, ministra e presidente do Supremo Tribunal Federal, equivocou-se ao seguir uma tradição da nossa vida republicana - a de considerar que as mazelas sociais se resolvem por decretos. A própria República, aliás, veio à luz pela pena, não pelo povo, segundo o testemunho do jornalista e historiador Aristides Lobo. Criou-se, então, a cartorial cultura do decreto nos mais diversos estamentos burocráticos do País, a weberiana ação social racional foi aqui substituída por aquilo que podemos chamar de "atos da decretação".

Qual o equívoco de Cármen Lúcia e qual mazela quis resolver no exercício da Presidência da República durante viagem de Michel Temer para fora do Brasil? Trata-se da assinatura do decreto 9.450/2018 (de autoria de Temer), que estabelece a Política Nacional do Trabalho no Âmbito do Sistema Prisional. Por meio dele, a administração pública terá de exigir dos empresários, que queiram entrar em licitações, a garantia de que empregarão um número determinado de presidiários ou de egressos do sistema prisional.

Não resta a menor dúvida de que algo tem de ser feito (deveria ter sido feito desde 15 de novembro de 1889) para eliminar a barbárie que mina as instituições prisionais brasileiras.


É preciso que elas funcionem não apenas como engrenagem de despersonalização do indivíduo mas, ao contrário, que atuem para ressocializá-lo. Segundo o próprio governo federal, o País entrará em 2025 com mais de 1,5 milhão de prisioneiros (hoje tem-se a metade disso). O trabalho, é claro, faz-se eficaz meio de diminuição da reincidência e inibe o recrutamento de presos e egressos pelas facções criminosas. O erro da presidente do STF é achar que empresários têm a obrigação e o dever de se valer de mão de obra presidiária. Não se trata, aqui, do menor preconceito, mas o Estado não pode passar a mandar dentro do departamento de contratação de uma empresa, ainda que se trate de licitação pública.

Quem tem, por dever ético e legal, de empregar e ressocializar presos é o próprio Estado. É o Estado que arrecada impostos e tem de usar parte desses recursos na reinserção social. O que não se pode é impingir a contratação aos empresários. Vale solicitar-lhes ajuda, uma vez que, a cada ressocializado pode corresponder um furto a menos, um roubo a menos, um sequestro a menos, um homicídio a menos. Decretar a compulsoriedade de contratação nas licitações públicas, no entanto, é autorizar Leviatã a mandar na iniciativa privada, sem que haja um pacto social para isso.

O erro da presidente do STF é achar que empresários têm a obrigação e o dever de empregar presidiários
Herculano
06/08/2018 11:00
da série: o resultados dos blefes, vaidades e jogos de poder está na mesa dos catarinenses. Será uma decisão difícil entre os piores. O Vale do Itajaí dividiu-se e foi o maior perdedor

MERISIO E MARIANI VÃO PARA A DISPUTA COM CHAPAS QUE SEMPRE SONHARAM, por Upiara Boschi, no jornal Diário Catarinense, da NSC Florianópolis SC

A definição das principais chapas que vão disputar as eleições de Santa Catarina - nas últimas horas do prazo legal - passou a impressão de que nas últimas duas semanas de articulações, imposições e convenções, perdemos duas semanas. No final das contas, Gelson Merisio (PSD) e Mauro Mariani (MDB) conseguiram isolar caciques e garantiram sua candidaturas a governador com as alianças que eram praticamente as que sonhavam desde de sempre.

A queda de braço geracional que marcou os últimos dias da composição das alianças foi concluída com a vitória dos nomes que representam a nova cara da tradição política do Estado. Merisio e Mariani compuseram blocos partidários que lembram as antigas disputas de PDS e PMDB - antes da fragmentação partidária a partir dos anos 1990. Era exatamente o que pretendiam quando colocaram seus blocos na rua, ano passado, e fizeram de tudo para sobreviver às articulações que visavam a formação de coligações mais amplas.

Merisio conseguiu tomar o controle do processo eleitoral pessedista das mãos do ex-governador Raimundo Colombo, isolar o também candidato Esperidião Amin (PP) e dobrar a resistência de João Paulo Kleinübing (DEM), que não aceitava ser seu vice. É com essa chapa com jeito de PDS (ou PFL) que ele vai para a disputa.

Mariani enfrentou e venceu todos os adversários internos no MDB. Assim, ficaram pelo caminho o prefeito joinvilense Udo Döhler e o governador Eduardo Pinho Moreira. Ao fim, o flerte sem ameaças que manteve com o PSDB de Paulo Bauer nos últimos meses deu resultado. Os tucanos caíram no colo dele quando os tucanos acreditaram que os movimentos de Merisio nos últimos dias haviam isolado o partido. O emedebista herdou um vice peso: o ex-prefeito blumenauense Napoleão Bernardes (PSDB), enquanto Bauer disputa o Senado ao lado do deputado federal Jorginho Mello.

Esses movimentos aconteceram quase ao mesmo tempo e deixaram feridas que ainda precisam ser cicatrizadas. É uma história ainda por ser contada. As duas chapas apresentam um equilíbrio de forças que não se vê desde a eleição de 2002. Serão cerca de 4 minutos no horário eleitoral para Mariani, contra 3min30s para Merisio. O time dos emedebista conta com 150 prefeituras, enquanto 130 estão nas mãos de aliados do pessedista. Jogo aberto.

Com a confirmação da candidatura do deputado federal Décio Lima na convenção do PT realizada ontem, o cenário da eleição catarinense se consolidou com a marca do equilíbrio e da renovação de nomes. Nenhum dos três principais candidatos disputou o governo do Estado antes - o que não acontecia desde a longínqua eleição de 1986.

Há ainda outros quatro candidatos que precisam lutar contra a invisibilidade e vão apostar todas suas fichas nas redes sociais e no desencanto da sociedade com partidos e nomes tradicionais. Coronel Moisés da Silva (PSL), o candidato de Jair Bolsonaro; Rogério Portanova (Rede), o nome de Marina Silva; Leonel Camasão (PSOL) e Ingrid Assis (PSTU). Todos com menos de 15 segundos diários por programa eleitoral.
Herculano
06/08/2018 10:55
AINDA TEMOS UM PRESIDENTE, por Leandro Colon, diretor da sucursal de Brasília da Folha de S. Paulo

A Esplanada dos Ministérios respira um clima seco e melancólico de fim de governo

Com a oficialização das candidaturas ao Planalto, o governo de Michel Temer passa a cumprir um aviso prévio de 90 dias. A partir de novembro, o presidente eleito nomeará sua equipe de transição e o atual vai perder importância e protagonismo até a posse em janeiro.

Temer é o mais irrelevante comandante da República em uma corrida eleitoral desde a campanha de 1989, quando José Sarney virou figura radioativa na disputa vencida por Fernando Collor, do nanico PRN.

As convenções dos candidatos competitivos desprezaram o governo do MDB. Temos um presidente e ninguém lembra dele. Sobrou a Temer celebrar a candidatura do seu ex-ministro e neoemedebista Henrique Meirelles, aposta que não é levada a sério dentro da própria legenda.

O presidente aprovado por 3% da população joga as fichas em um nome cuja meta maior é superar o 1%.

Os partidos que sustentaram o processo de impeachment de Dilma Rousseff para subir no barco de Temer já pularam dele há tempos.

O sedento centrão pendurou-se nas asas do tucano Geraldo Alckmin, que, por sua vez, passou a contestar a legitimidade de Temer no cargo.

A Esplanada dos Ministérios respira um clima seco e melancólico de fim de governo. Ministros inexpressivos despacham nos gabinetes.

"Quando saio da minha sala e venho para cá, me engrandeço, me fortaleço", disse Temer em discurso de cinco minutos para 150 pessoas em Salgueiro (PE) durante visita a obras da transposição do São Francisco.

O caso JBS apequenou e enfraqueceu o emedebista, alvo de duas denúncias da PGR. A PF continua no encalço com o inquérito que investiga o pagamento de propinas de empresas do setor portuário ao presidente.

Parece pequena a possibilidade de uma terceira denúncia da Procuradoria - e, mesmo que surja, é improvável que o Congresso o tire da cadeira em período eleitoral ou de transição. Incerto é o que vai ocorrer a partir de janeiro. Se Temer não conseguir uma posição com foro especial, sua vida ficará bem mais difícil.
Herculano
06/08/2018 10:50
PAÍS DAS MARAVILHAS: LULA INVENTA A "FAKE CHAPA", por Josias de Souza

Aos pouquinhos, as cartas redigidas no bunker carcerário de Curitiba vão transformando a participação do PT na sucessão de 2018 num enredo de fazer inveja a Lewis Carrol. No País das Maravilhas de Lula, o papel de Alice esta reservado à Justiça Eleitoral.

Em sua penúltima carta, o prisioneiro petista inventou uma 'fake chapa'. Nela, nada corresponde à realidade. Mas quem ousa constatar que Lula aprisionou seu partido num universo de fantasia é tachado de "golpista" ou acusado de patrocinar uma "perseguição judicial".

"O presidente Lula pediu que eu convidasse o PCdoB para integrar a sua chapa, [...] indicando a Manuela D'Ávila para ser candidata a vice-presidente", disse a dirigente petista Gleisi Hoffmann, no início da madrugada desta segunda-feira. "Decidimos também colocar como candidato a vice, nesse momento, o companheiro Fernando Haddad".

Quer dizer: Lula é candidato à Presidência do país da fantasia. Mas sua foto não estará na urna, pois a Lei da Ficha Limpa proíbe que corruptos de segundo grau disputem eleições. Manuela foi convidada para ocupar a vice. Aceitou. Mas o PT informará ao TSE, nesta segunda-feira, que o vice de Lula é Haddad. Por quê? Alguém precisa representar Lula na campanha "enquanto a situação judicial não se regulariza", disse Gleisi. Melhor que seja "um companheiro petista".

É como se Lula enxergasse uma Alice em cada ministro do Tribunal Superior Eleitoral. Enfiado nos sapatos da Rainha criada por Lewis Carrol, o condenado petista ordena ao seu partido: "Cortem-lhes as cabeças, para que não vejam minha ficha suja." Mas a Justiça Eleitoral logo desafiará o petismo, restabelecendo a realidade: "Vocês não passam de um baralho de cartas."

A isso foi reduzido o PT: um baralho de cartas. No mundo real, Lula é um corrupto inelegível, Haddad é um poste e Manuela será sua vice. A margem de manobra da chapa Haddad-Manuela cresce na proporção direta da diminuição do prazo de validade da fantasia concebida no bunker carcerário.
Herculano
06/08/2018 10:48
Olhando a Maré, também está no twitter.

Vejam três opiniões postadas naquele espaço:

1.
Bolsonaristas e petistas bombardeiam Ana Amélia?Esta é a prova mais concreta delas d q ambos são farinhas do mesmo saco e q apenas se disfarçam c rótulos diferentes: extremistas,intolerantes e usam d baixaria p desqualificar gente limpa q n lhes serve.Perigo desnudado por Janaina

2.
Quantos atentados Maduro vem liderando contra o povo venezuelano?Sobre isso,o Psol,Boulos e a esquerda do atraso estão providencialmente quietinhos. A indignação é contra a integridade do ditador e ñ contra a fome,o desemprego,a inflação altíssima q sufoca e matam os venezuelanos.

3.
A estupidez é algo sagrado p o PT e os petistas.Esse gesto e ato d estabelecer como seu candidato um condenado,preso e inelegível é a exata negação do estado democrático d direito.Vale a norma particular d quem é incapaz d reconhecer suas próprias limitações eo direito dos outros

4.
O candidato Bolsonaro confessa claramente q ñ entende d governo e gestão. C a escolha d Mourao,mais linha dura e radical,p vice,está claro q Bolsonaro é boi d piranha p a intervenção militar,a ditadura e a escuridão q se abaterao se vencerem.O General ñ se subordinara ao Capitão
Herculano
06/08/2018 10:41
da série: as campanhas política desta última década tem desmontado verdades. Esta não será diferente. A comunicação mudou, e as checagens sobre as fakes news são novidades relevantes a se conferir.

CANDIDATO COM PODER DE FOGO NÃO ESTÁ BEM NAS PESQUISAS, por Vinicius Mota, secretário de Redação do jornal Folha de S. Paulo

Bolsonaro e Marina, com poucos recursos de campanha, apostam na incógnita das redes sociais

O fim das convenções nacionais consolida uma distribuição desigual dos recursos de campanha entre as principais candidaturas. O quadro contrasta com a situação das pesquisas, inalterada há meses.

Quem tem mais poderio em termos de dinheiro do fundo eleitoral, exposição na TV e capilaridade partidária não desponta no Datafolha. É o caso de Alckmin e do poste a ser nomeado da cadeia por Lula.

A condição material para fazer campanha dos líderes na pesquisa, Bolsonaro e Marina, é invisível a olho nu. Apostam na força eleitoral de uma incógnita chamada redes sociais.

Donald Trump foi eleito nos EUA pela força subterrânea dessas correntes digitais de opinião enviesada ou porque estava embalado na poderosa máquina do Partido Republicano? A segunda hipótese tem demonstrado maior poder explicativo.

Estudo de Levi Boxell, da Universidade Stanford, e colegas sugere que em 2016 a preferência por Trump nos grupos menos ativos online foi no mínimo tão grande quanto ?"mas provavelmente maior que?" vinha sendo a sua adesão aos candidatos republicanos desde 1996.

Por outro lado, os Estados Unidos não experimentaram nada parecido com a dilapidação da confiança nos partidos estabelecidos e nas instituições representativas que ocorre no Brasil desde 2014. Aqui os efeitos da Lava Jato foram catalisados por uma recessão longa e profunda, que parece desaguar agora na estagnação da renda com desemprego alto.

Nesse ambiente adverso, a força inercial de PT e PSDB, que polarizam a disputa federal desde 1994, conseguiu exercer uma filtragem notável das excentricidades antes mesmo do início da campanha. Bolsonaro foi minado a mais não poder pelas articulações tucanas. Ciro, bem mais próximo do statu quo partidário, foi asfixiado pelas negociações petistas.

A ver como se desenrola o torneio daqui para a frente. Parece mais uma corrida de 100 metros, e não a etapa final de uma maratona, como vinha ocorrendo nos últimos 24 anos
Herculano
06/08/2018 10:31
ENTIDADES INTERNACIONAIS PUNEM O BRASIL POR CALOTE, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nesta segunda-feira nos jornais brasileiros

O governo federal aplicou calote de R$4,3 bilhões (US$1,1 bilhão) nas contribuições de organismos internacionais, levando o País ao vexame de sofrer sanções como perda de direito a voto. Mas, embora tenha recuperado esse direito na Organização Internacional do Café (ICO) e na Organização Internacional do Açúcar (ISO), o Brasil está suspenso em entidades como Organização Mundial da Propriedade Intelectual.

DILMA NÃO AUTORIZOU
O calote do Brasil se deu nos anos de 2014 e 2015, auge da ojeriza da ex-presidente cassada Dilma Rousseff à diplomacia brasileira.

DOCUMENTADO
O valor da dívida do Brasil junto a organismos internacionais foi citado em documento do Itamaraty em poder da coluna.

TAMANHO CONHECIDO
O Itamaraty realizou um levantamento das pendências no começo do ano, e fez gestões para o Ministério do Planejamento pagar.

DEVO, NÃO NEGO
O Ministério do Planejamento promete pagar tudo até o fim do ano, mas não conta se e quanto já pagou e quais organismos receberam.

DESAFIOS DE MEIRELLES: PESQUISA E BIOGRAFIA PESADA
Além do desafio de uma candidatura com baixos índices de intenção de votos, o candidato do MDB, Henrique Meirelles, tem uma biografia pesada para quem deseja ser eleito presidente da República: foi um festejado executivo financeiro nos Estados Unidos, presidiu o Banco Central no governo Lula, foi executivo de Joesley Batista no grupo J&F/JBS e ainda ministro do governo Michel Temer. Apesar disso tudo, não responde a um só processo, nem mesmo administrativo.

APOSTA NA CAMPANHA
Meirelles é quase um desconhecido para 70% do eleitorado, por isso acha que a campanha na TV e nas redes sociais o fará crescer.

DICÇÃO MELHOROU
O entusiasmo quase juvenil de Meirelles contagia sua equipe. Aos 72 anos, aceitou submeter-se a fonoaudiologia para melhorar a dicção.

CORAÇÃO NA BOCA
Banqueiro pragmático, executivo cerebral, Meirelles tem dito a assessores, que quer aprender a "falar com o coração".

EXPLODE CORAÇÃO
A senadora Marta Suplicy ela fez questão de martirizar o presidente Michel Temer e a cúpula do MDB, divulgando na última hora, prazo final para confirmar sua candidatura, a nota sobre sua decisão de chutar o balde. Quase provocou ataque cardíaco coletivo no Planalto.

CONVERSA RUIM
Marta Suplicy achou que deveria comunicar ao presidente nacional do MDB, Romero Jucá, com quem se relaciona bem, sua decisão de abandonar o partido e a reeleição. Mas a conversa foi péssima.

PRESIDIÁRIO OU HóSPEDE?
País curioso o Brasil, que se indigna com flagrantes de bandidos controlando o crime organizado da cadeia, e poucos se queixam do fato de o ex-presidente Lula comandar seu partido do cárcere.

ANP TENTA SAÍDA HONROSA
Buscando uma saída honrosa, tentando antecipar-se às decisões em andamento do Congresso e da Justiça, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) convocou audiência pública para discutir a venda direta de etanol do produtor aos postos. Menos mal.

DESOBEDIÊNCIA
A CNI pediu ao STF para mandar a Justiça do Trabalho aplicar a lei de Terceirização. Juízes do trabalho têm usado um artigo da Lei Geral de Concessões para ignorar a nova lei de terceirização da atividade-fim.

DEBANDADA À VISTA
Vai custar caro ao PSB a crise gerada pela decisão de aliar-se ao PT para "rifar" a candidatura de Marília Arraes ao governo de Pernambuco. O partido deve sofrer uma debandada de insatisfeitos, pós-eleições.

QUESTÃO DE PERSPECTIVA
Segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas com o SPC Brasil, a maioria (60%) dos brasileiros consideram que os preços dos presentes estão mais caros em relação ao ano passado.

POSSE EM BOGOTÁ
O ministro Aloysio Nunes (Relações Exteriores) representará o presidente Michel Temer na posse do novo presidente da Colômbia, Iván Duque Márquez, em Bogotá, nesta terça-feira (7).

PENSANDO BEM...
...dar calote em organismos internacionais, como faz o Brasil, é coisa de "anão diplomático", como o governo israelense definiu a era Dilma.
Herculano
06/08/2018 10:25
POLÍTICA COMO ELA É, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, no jornal Folha de S. Paulo

Escravidão, ditadura, frases sexistas ou similares: a população não se importa

A literatura especializada tem apontado sintomas de crise da democracia: recessão democrática, "crise de meia idade", ruptura entre o povo e a classe política, populismo, e por aí vai.

Gostaria de apontar um pequeno e importante detalhe dentro desse universo: a incapacidade de grande parte da classe profissional especializada em política (o que chamarei de inteligência pública a seguir) de conseguir entender a política como ela é. E mais, de entender o cidadão comum, com quem muitos desses especialistas dizem se preocupar. Uma coisa é um "projeto de democracia", outra coisa é o que "o povo de fato quer".

Tivemos recentemente o espetáculo da entrevista do Bolsonaro no Roda Viva. Aqui não me interessa o aspecto ideológico do candidato nem dos jornalistas (também profundamente enviesados). Nem o destino do candidato nas eleições, nem os erros históricos cometidos por ele no programa nem as declarações infelizes que deu nos últimos tempos.

Com isso não quero dizer que muitos desses erros não toquem temas importantes e delicados da história brasileira. Quero apenas discutir o fato de que muitos jornalistas e intelectuais parecem saber falar apenas para "seus conversos".

Talvez, se tivéssemos um populista, como o líder do partido trabalhista inglês Jeremy Corbyn, crescendo nas pesquisas aqui no Brasil, prometendo comida para todo mundo de graça e paga pelo Estado, escola e saúde de qualidade para todo mundo e pagas pelo Estado, direitos civis e humanos para todos os refugiados do mundo de graça e pagos pelo Estado, essa inteligência pública poderia entender o que significa ouvir o que as pessoas querem "no final do dia".

A falha no entendimento do fenômeno Bolsonaro está no fato de que a inteligência pública, em grande medida, não olha para a realidade.

Ela olha para seus projetos sociais e políticos, para suas concepções de sociedade e justiça. Enfim, para o mundo como ela acha que deve ser (não entro no mérito se esse "mundo como deve ser" está errado).

Há um impasse cognitivo aqui. Como ela fica presa nos seus "temas", ela ajuda pouco a população a entender por que discursos populistas estão crescendo no mundo (Jeremy Corbyn de esquerda, Trump de direita) e no Brasil.

Escravidão, ditadura, anistia, frases racistas, sexistas e similares, a população não se importa. Você pode ficar irritado, irritada, a inteligência pode espumar de raiva, gente bacana pode dizer "que absurdo", mas de nada adiantará.

Se algumas pessoas podem entrar em um papo de comida, escola, saúde, direitos civis e humanos de graça, outras - a maioria - podem abraçar as seguintes causas: bandido deve ser preso ou morto, filhas devem poder ir à faculdade sem serem assaltadas; vamos deixar o passado para trás, porque ele já foi e as escolas não devem mandar seus filhos meninos brincar de boneca.

Vejamos. A ideia de consciência histórica que sustenta noções como a de responsabilidade moral pela escravidão é quase que totalmente opaca para quem junta trocados como salários durante a semana e tem na igreja evangélica no fim de semana o único "programa e lazer".

Portanto, alguém dizer "eu não tive escravo, logo, não sou responsável pela escravidão" está mais próximo do dia a dia da imensa maioria da população do que a ideia de que existe uma consciência histórica que justifique essa pessoa se sentir culpada pela escravidão.

Ela não se sente racista (não estou dizendo que seja nem que não seja) nem obrigada a pagar nada para os descendentes dos escravos.

E, se ela mesma for descendente de escravos, ela assimilará essa consciência histórica da culpa como ganho imediato objetivo: cotas nas universidades ou concursos públicos.

Vejamos de novo. A ideia de que a sociedade deve ser responsabilizada pelo crime soa estranha para quem nunca cometeu o crime, vive sua "vidinha honesta" - e sua para sobreviver. Ela entende que, sendo pobre ou quase pobre e resistindo à opção de roubar, ela própria comprova que aqueles que o fazem não prestam.

E, de novo, ditadura. Ninguém está nem aí para a ditadura ou para quem morreu ou deixou de morrer. As pessoas estão preocupadas se os filhos vão morrer na rua. Por isso querem bandido preso (não assumo que "prender bandidos" seja "a" solução).

Não adianta ficar batendo nessas teclas. São teclas que não decidem eleições.

À medida que os cidadãos comuns vão falando, a inteligência pública vai odiando a democracia.
Herculano
06/08/2018 10:22
da série: sempre escrevi que político novo é diferente de novo político. Gaspar é a prova disso. Usam a palavra novo para iludir analfabetos, ignorantes e desinformados, além de alimentar fanáticos e cegos.

O RANKING ETÁRIO DAS CHAPA PRESIDENCIÁVEIS

Conteúdo de O Antagonista. No ranking etário das principais chapas presidenciais (idades somadas), a mais velha é a de Henrique Meirelles/Germano Rigotto e a mais jovem, a de Fernando Haddad/Manuela D'Ávila, a única não centenária.

Veja:

Henrique Meirelles/Germano Rigotto: 142 anos;

Geraldo Alckmin/Ana Amélia: 139 anos;

Jair Bolsonaro/General Mourão: 128 anos

Ciro Gomes/Kátia Abreu: 117 anos;

Fernando Haddad/Manuela D'Ávila: 92 anos.

As duas chapas mais jovens têm as ideias econômicas mais velhas.
Herculano
06/08/2018 10:16
MEIRELLES POR SI Só

Conteúdo do BR 18. Henrique Meirelles centralizou a responsabilidade por "tirar o Brasil da maior recessão da história", em suas palavras. Em entrevista ao Globo, o candidato do MDB à Presidência procurou descolar com ainda mais veemência sua imagem do governo de Michel Temer e passar uma imagem independente, focada em sua figura e sua história.

Meirelles se esquivou de responder se vai dar cargos a nomes do atual governo, como Eliseu Padilha, Romero Jucá, Moreira Franco e o próprio Temer.

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