15/07/2019
Milhares de carradas de barro trazidas do Bela Vista foram colocadas na barranca do Rio Itajaí Açú. Na sexta-feira resolveram colocar pedras sobre o barro (não deveria ser o inverso?). E foi aí, que tudo virou notícia. Um caminhão tombou ao descarregar o material e por pouco não foi parar dentro no Rio
Pensando bem, um resumo da semana passada é na verdade um resumo de semanas. Ele dá a real dimensão da atual gestão e de como ela se encalacra nos próprios nós que faz contra si. Há dezenas. Mas, selecionei três. Um outro está a caminho.
UM: A Rua Frei Solano está empoeirada e enlameada há sete meses, com a prefeitura mentindo nos veículos de comunicação, reuniões, tribuna da Câmara de que ela não é a culpada disso. Mas, foi ela, só ela, vejam bem, quem “esqueceu” de fazer a licitação da urbanização e calçamento para completar o assentamento dos tubos da drenagem assunto cheio de dúvidas que foi parar no Tribunal de Contas e no Ministério Público da Comarca.
Pior. Nas redes sociais, tem gente que depende de emprego para si e seus parentes nas tetas públicas, defendendo o indefensável contra a realidade nua e crua. Tudo isso porque não passa, não mora e não tem prejuízos como os da Frei Solano.
DOIS: E a outra para emendar a mesma história? A urbanização da Rua Itajaí. Ela está parada. Por que? É que a prefeitura, vejam bem a repetição, "esqueceu" de fazer à licitação do esgotamento sanitário que é algo complementar a urbanização. Poeira, lama e comprometimento da qualidade de vida e do comércio do pessoal da Rua Itajaí e ruas dali como já acontece há tempos na Frei Solano.
Ah, mas para melhorias é preciso suportar o sacrifício das obras. Sim! Mas, não por meses seguidos, tudo originário de erros de planejamento da própria prefeitura, que ainda tenta lavar as mãos e colocar a culpa na minoritária oposição – e moradores indignados - que apenas quer esclarecimentos. São erros claros de execução.
TRÊS: Quer mais? A Rua Nereu Ramos está interditada porque a prefeitura não deu bolas para o sinal de que isso poderia acontecer; e há mais de um ano quando ruiu a barranca no Archer. Ou seja, o que poderia acontecer, aconteceu; também aconteceu porque ela própria não fiscalizou à extração de areia na região e que pode ter agravado o problema.
Mas, a explicação mais coerente para tudo isso, está na desculpa do seu engenheiro fiscal Ricardo Paulo Bernardino Duarte, de que estudo preventivo custa muito caro, como lhes relatei na coluna feita especialmente para a edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação, retorno aos investidores e credibilidade em Gaspar e Ilhota.
Agora, depois do solapamento e da interdição da Nereu Ramos, esta “economia” na prevenção mínima, óbvia e necessária, custou muito mais caro além de abalar a imagem do governo perante a população. Ela, mesmo o governo acionando o esquemão de comunicação para abafar tudo, ficou sabendo da omissão e ao mesmo tempo, teve que se sacrificar para suportar os transtornos decorrentes à falta de prevenção.
E para piorar nisso tudo, falta respeito. O precário desvio da Nereu Ramos, foi interditado para manutenção, vejam só, exatamente quando as pessoas estão no pico do horário para o deslocamento ao trabalho como aconteceu na sexta-feira pela manhã cedo. É prá acabar. O político, o gestor público, não consegue compreender e respeitar o pagador de pesados impostos. Teve a madrugada inteira para fazer o serviço, mas...
O que verdadeiramente avança em Gaspar com eficiência (o primeiro slogan de governo devida e acertadamente desaparecido)? A falta de transparência, a prevenção, a propaganda enganosa, a falta de liderança, a falta planejamento, a incapacidade das secretarias, técnicos e órgãos para se falarem entre si, tudo pelo menor custo e impacto sobre os cidadãos como nos três exemplos citados entre dezenas que há.
QUATRO: esta semana vai ser assinado mais um papelinho para fotos, propaganda e discursos. É a reurbanização da Rua Bonifácio Haendchen, a principal do Distrito do Belchior e que corta o Belchior Alto e Central até a BR 470. É uma briga quase pessoal da vereadora Franciele Daiane Back, PSDB. O que vai se descobrir que faltou para atrasar à execução da obra e deixar a vereadora exposta, ou ao menos a prefeitura aprendeu à lição com as ruas Frei Solano e Rua Itajaí?
E o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, o prefeito de fato, presidente do MDB local, o secretário de Fazenda e Administração, Carlos Roberto Pereira, reclamam e dizem por aí que não sabem a razão pela qual o governo deles está tão mal avaliado nas pesquisas que possuem. Estão atrás de culpados, entre eles, este colunista, esta coluna contra quem manobram de todas as formas – e transversas, incluindo a intimidação e o constrangimento - para censurá-la. Era só o que estava faltava e me dar asas e vantagens: estão tentando contrariar um adágio popular de que uma andorinha não faz verão. Ria macaco. Acorda, Gaspar!
O vereador Anhaia (a esquerda) quer saber do IMA se o órgão federal está fiscalizando o trabalho das dragas no Rio Itajaí e que podem estar causando o deslizamento das barrancas)
Começo com uma ressalva: o autor do requerimento, o líder do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, na Câmara, o vereador Francisco Solano Anhaia, MDB, não é de hoje que está preocupado com à possível dragagem irregular no Rio Itajaí Açú, em Gaspar, para a extração de areias e seus efeitos danosos contra as margens e proprietários de imóveis. Vem desde o tempo em que ainda estava no PT, há mais de uma década.
Faço a segunda ressalva: e neste assunto, Anhaia – por morar no bairro Margem Esquerda que foi muito afetado no passado pelo solapamento contínuo daquela margem do Rio, é quase uma voz solitária na Câmara. Esta “solidão” por si só, mostra como este tema é intrincado e delicado por aqui onde temos vários extratores instalados.
Feitas estas ressalvas, também devo informar que graças à insistência do vereador Anhaia, este serviço extrativo em Gaspar ficou sob relativo controle.
E a prova disso aconteceu em fevereiro do ano passado. Tão logo Anhaia voltou abordar o tema na Câmara e decorrente de queixas dos ribeirinhos, surpreendentemente, e para que não se gerasse polêmica na imprensa e principalmente nas redes sociais, constituindo provas contra o negócio, tanto os órgãos ambientais, bem como os empresários do ramo se apressaram e fizeram uma reunião com membros da comunidade no Rauls. E com os políticos se explicaram. Em resumo: provaram que estavam limpos e que seguiam tudo à risca do que preconiza a extração legal assim como o Termo de Ajustamento de Conduta a que estão sujeitos atualmente.
O que Anhaia teve aprovado na sessão de terça-feira da Câmara? Um requerimento endereçado ao gerente regional do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA, antigo Ibama), em Blumenau, Frankie Luiz Marin.
O que Anhaia quer saber dele? Se está sendo feita a fiscalização e a vistoria dos portos e dragas por aqui, de acordo com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e demais leis vigentes referentes à extração de areia; se existe algum agendamento para essas vistorias e fiscalizações; se o IMA possui técnicos suficientes para realizar as devidas vistorias e fiscalizações; quer saber qual é setor responsável por essas vistorias e quem é o chefe dele e finalmente, se há algum registro das vistorias e fiscalizações realizadas nos anos de 2018 e 2019, com à respectiva disponibilização de cópias desses relatórios.
Anhaia está no papel dele. Entretanto, a secretaria de Planejamento Territorial do governo de Kleber e que ele representa na Câmara tem uma superintendência de Meio-Ambiente. É de se perguntar, o que ela efetivamente está fazendo para, primariamente, fiscalizar, documentar e denunciar tais abusos, se eles realmente estão acontecendo, como testemunham muitos ribeirinhos, ao Ministério Público Federal, à Polícia Ambiental e ao próprio IMA?
Afinal, quem está deixando a porta ser arrombada, senão o dono da própria casa? É justa à preocupação do vereador Anhaia, mas trata-se de discurso político para os seus, até porque ele é governo e possui todas as ferramentas para esta fiscalização mínima e instrumentalização inquisitiva e punitiva aos supostos infratores. A boa intenção esconde uma perigosa omissão contra seus eleitores e principalmente à cidade.
IMPROVISO E ERROS PRODUZEM RESULTADOS DESASTROSOS PARA A SOCIEDADE E OS GESTORES
E qual a razão da preocupação do vereador Anhaia? A interdição de parte da Rua Nereu Ramos que foi parar dentro do Rio Itajaí Açú com outra parte da Anfilóquio Nunes Pires. Justa. É preciso cercar o bode que está na sala.
Em discurso duro há dias, Anhaia disse não ter certeza de que os extratores estivessem cumprindo na totalidade de não buscar areia a menos de 35 metros das margens, obedecendo horários – tinha notícia de extração noturna e até de madrugada - e usando um sistema chamado de “maroca”, com canos móveis e longos, que fazem buracos no leito do Rio, que podem desviar cursos, criar novas correntezas contra as barrancas ou então serem preenchidos não apenas com o natural assoreamento, mas com o deslizamento das barrancas.
Hoje em dia na construção civil moderna, a areia natural, de todas as granulações, é substituída por material vindo de pedreira regulares. E aí começa outra disputa industrial e comercial por espaços no mercado. Mas, é um caminho sem volta. E Gaspar e arredores já possuem pedreiras com este tipo de material substituto.
O que custa mais para os pagadores de pesados impostos? A exploração de areia que compromete as margens dos rios ou o reparo dessas margens? As duas!
Em casos como os de Gaspar estradas, ruas e rodovias estão ameaçadas e alguns casos, efetivamente foram parar no Rio.
Na Margem Esquerda, teve gente que perdeu casas, terrenos, ou o único bem de família que se tinha por décadas até para a criação de animais e sustento familiar. E para não ir ao passado, pois nem todos têm memória ou lembranças para isso, só em um trecho de 500 metros das ruas Nereu Ramos e Anfilóquio Nunes Pires, num espaço de pouco mais de um ano, dois trechos se solaparam e foram tragados pelo Rio.
Um, no Archer, acabou de ser reparado. E não foi coisa fácil e custou milhões de Reais, cujos números não foram divulgados oficialmente até agora.
Agora, é na curva da ex-churrascaria Líder. Lá primeiro colocaram barro. Agora estão finalizando com enrocamento de pedras (não deveria ser o contrário?).
E para complicar, depois de tanta barbeiragem como caminhões transportando material sem enlonamento por ruas movimentadas e prestes a provocar acidentes; depois do desvio pela “picada” da Águas Negras e que virou manchete estadual; depois da criação acertada do novo e atual desvio que só se fez devido a “gritaria”, mas na primeira chuva se tornou intransitável por falta de mínima e prudente manutenção; depois da proibição de araque de caminhões passarem pelo desvio e que por falta de simples sinalização obrigatória da Ditran a porteira se abriu para eles; depois da grande ideia da secretaria de Obras e Serviços Urbanos de se fazer a manutenção do desvio em horário de pico, a semana se encerrou com um caminhão basculante de terceiro prestador de serviço despencando no barranco e quase parando dentro do Rio.
Realmente não foi uma semana fácil. E pela lista acima, tudo por falta de controle, planejamento e liderança. E se não bastasse o que já se conserta: há uma ameaça real de deslizamento na mesma Anfilóquio, perto das Malhas Soft, como lhes relatei na sexta-feira e que a prefeitura insiste, por arrogância, ignorar para avaliação minimamente preventiva.
MANUTENÇÃO E PREVENÇÃO SÃO TAMBÉM GRANDES OBRAS SÓ VALORIZADAS – PELA SOCIEDADE E PELOS GESTORES - QUANDO HÁ COLAPSO DAQUILO QUE OUTROS LEVARAM VANTAGEM POLÍTICA QUANDO ERGUERAM E INAUGURARAM
Para encerrar. O poder público só pensa em mega novas obras. Tudo para buscar votos e se qualificar como gestores. Contudo, a realidade mostra que esse mesmo poder público as faz mal, sem planejamento, como relatei no artigo de abertura da coluna de hoje. Esquece do mínimo: a manutenção daquilo que já existe, incluindo até coisas simples como patrolamento, molhar as estradas empoeiradas, repor a iluminação pública danificada, restaurar prédios públicos como escolas, postos de saúde e creches, desentupimento de bueiros, consertos de pavimentações, ou capinação de ruas e calçadas.
E aos mais complexos, devido à morfologia do nosso solo e dos eventos climáticos severos é preciso o diagnóstico técnico e não eivado de pressões políticas – dos geólogos do Meio Ambiente da secretaria de Planejamento Territorial e da Defesa Civil. Exagero? Já tivemos um exemplo desastroso por aqui e de recente lembrança, quando a pressão política predominou sobre a evidência técnica.
Foi no tempo do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT. A sua Defesa Civil expediu um laudo dizendo que a ponte Hercílio Deecke estava doente. Tudo ficou entre poucos. Resolveu-se esconder o referido laudo. Descoberta a trama. Tudo foi parar no Ministério Público. E a então juíza Ana Paula Amaro da Silveira, determinou ao prefeito à interdição parcial para proteger os cidadãos, bem como a recuperação total da ponte, antes que ela caísse, para proteger o patrimônio e manter a única ligação física da cidade com a Margem Esquerda e com a BR 470.
Então esse faz de conta, não é de hoje. É da natureza dos gestores públicos. É coisa de político que precisa de palanque continuado só para seus “grandes” feitos. E arrumar o que se deteriora não passa por nenhum plano de governo. Então, não é à toa que tantas obras antigas estão doentes e caindo por aí – no Brasil inteiro -, como relata o noticiário.
Está certo o vereador Anhaia em se preocupar com a possível extração de areia irregular no leito do Rio Itajaí Açú, em Gaspar, mas o governo dele também tem culpa nesse cartório. Acorda, Gaspar!
Em dois anos e meio de governo, o prefeito Kleber, à esquerda e o secretário de Fazenda, Carlos Roberto Pereira, lançaram dois Refis aos devedores de impostos municipais
E por falar em finanças públicas de Gaspar, está na praça mais um Refis. Deu entrada na Câmara em regime de urgência, o Projeto de Lei 42/2019. Ele é mais um deboche da administração de Kleber Edson Wan Dall, MDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, contra os pontuais e bons pagadores de pesados impostos. E isso acontece, exatamente na volta do prefeito de fato Carlos Roberto Pereira, advogado e presidente do MDB local, à titularidade da secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa.
O que diz esse PL? Que o Programa de Recuperação Fiscal é para incentivar à regularização dos créditos tributários e não tributários do Município, decorrentes de débitos do sujeito passivo, pessoa física ou jurídica, constituídos ou não, inscritos ou não em dívida ativa, em execução fiscal ou a executar, com exigibilidade suspensa ou não, decorrentes de obrigação própria.
Qual a moleza? Quem estiver devendo para a prefeitura poderá pagar à vista com dispensa total da multa de mora e juros; de duas até parcelas com a dispensa total da multa de mora e 75% dos juros; de sete até 12 parcelas: dispensa total de multa de mora e 50% dos juros; ou de 13 até 24 e quatro parcelas: dispensa total da multa de mora e 25% dos juros. Uau!
Se vai ser aprovado? Vai. Qual é o vereador que vai queimar a sua ficha na praça e impedir isso a favor dos bons pagadores?
O governo Kleber já fez esse tipo de perdão as multas, juros e correções dos devedores de impostos municipais quando entrou no mandato, ou seja, há dois anos e o responsável por isso era exatamente Roberto Pereira.
Era até compreensível. Era um novo governo, argumentava-se que o passivo era alto e que nele poderiam estar gente que não combinava com o antigo governo do PT. Vergonhoso, pois o compromisso do cidadão é com a cidade e não com o político no poder de plantão. O outro argumento, era de que precisava se fazer caixa. Hoje, arrota-se que se está “sobrando” dinheiro.
Eu até tentei, em nome da transparência e do jogo limpo, por ser um pagador pontual de impostos em Gaspar, por meio da Lei de Acesso às Informações, saber quem eram os inadimplentes e quem poderia se beneficiaria desse Refis. O prefeito Kleber mandou a procuradoria responder que eu era um bisbilhoteiro indevido, que deveria enfiar a viola no saco em nome de uma suposta proteção a favor da inviolabilidade dos dados dos devedores.
Birra. As dívidas públicas, são públicas. Se não fosse assim, não saberíamos por exemplo quem são os maiores devedores para o INSS, ICMS....
Agora estão repetindo, no mesmo governo, em menos de três anos, à beira do ano de eleição, àquilo que parece que não deu certo ou a quem que não está nem aí para as obrigações tributárias em Gaspar.
Prestação de contas daquilo que já foi feito há menos dois anos, até agora, nada.
Então qual a sinalização que o governo de Gaspar está passando para a sociedade? Não pague impostos em Gaspar, use o dinheiro para outras coisas, porque um dia haverá um acerto nas supostas punições criadas em lei aos que se negam à obrigação e à sua pontualidade dela. Só trouxas pagam impostos em dia em Gaspar.
Não seria o caso do Ministério Público colocar a mão nesta cumbuca e saber a razão pela qual em menos de três anos, em um mesmo governo, lança-se mão de dois Refis? Acorda, Gaspar!
Ele jura que não está em campanha. Mas, o médico veterinário que atende na Agropecuária Trinca Ferro, Adilson Luiz Schmitt, tem tido uma agenda de causar inveja a qualquer político na ativa. Ele argumenta que só está aproveitando pelo e para os gasparenses que o procuram, as portas que abriu na máquina estadual quando foi funcionário comissionado na Capital durante o governo de Raimundo Colombo, PSD, bem como a insaciável vontade do exercício político.
O ex-prefeito eleito pelo MDB e saiu do partido porque não quis se submeter aos caprichos dos donos do MDB daqui, passando pelo PSB e PPS (hoje Cidadania), está sem partido. Olhando as suas constantes movimentações – tudo o que escrevo é público e está na sua rede social - e daquilo que é fantasia dos próprios adversários, o MDB de Gaspar que está no poder de plantão deu uma ordem para colocar olho grande e dificultar as movimentações de Adilson na região e principalmente no ambiente político em Florianópolis.
É de se perguntar: se Adilson é um político morto, qual a razão do MDB de Gaspar se desviar do foco de governo – que vai mal – e se preocupar com o ex-prefeito? Gente estranha: vive de fantasmas e envenenada pelo passado que não volta mais reage para que ninguém lhe faça suposta sombra. Talvez, o medo atual é do próprio MDB de Gaspar é pelo seu histórico no poder por aqui. Sempre saiu pior – e nisso se inclui o próprio Adilson - do que quando entrou nele como uma nova esperança e mudanças.
Na semana passada por exemplo, Adilson foi ao gabinete do deputado Jerry Comper, MDB, reuniu-se com o deputado Ricardo Alba, PSL, depois com deputado Laércio Schuster, PSB. Conversou com deputado Coronel Mocelin, PSL e ainda passou no gabinete do deputado José Milton Schaeffer, PP, para um agradecimento, afora ter passado na secretaria de Administração, no comando Geral do Corpo de Bombeiros, isto sem falar que há duas semanas fez um roteiro que incluiu a AMMVI, a ACIG, CDL e Sindicato patronal têxtil em Blumenau, isto sem falar nas entrevistas que concedeu para contar tudo isso e muitos outros encontros. Sem falar que na semana anterior se encontrou com outros deputados entre eles Milton Hobbus, PSD, e a ex-parlamentar, Dirce Heiderscheit, MDB, como registram as fotos. Ufa!
Uma das causas para essas peregrinações do ex-prefeito Adilson está relacionada à profissão e ao Conselho de Medicina Veterinária para o qual tem se dedicado. Mas, três outras estão incomodando sobremaneira o poder de plantão em Gaspar. E daí a orquestração decidida pelo boicote a Adilson.
A primeira só pode ser advinda da inveja e da incompetência, pois Adilson se tornou portador de algumas reivindicações que os políticos daqui não conseguem ou têm preguiça de levar e fazer andar em Florianópolis.
A segunda está relacionada à mobilidade urbana interna dos gasparenses, com a abertura de ruas internas, a qual complementaria os próprios planos do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, mas que Kleber, por orientação e teimosia, reluta em abraçá-la, fato que por si só, esvaziaria à causa que vai se tornando de outros.
E a terceira é à proximidade momentânea de Adilson com o pessoal do PSL, um adversário que ao que tudo indica, não terá composição por aqui com o poder de plantão, mesmo que o MDB esteja na base de apoio do governador Carlos Moisés da Silva, PSL, como já se ensaia em Florianópolis. “Nós teremos candidato próprio”, garante Marciano da Silva.
Concluindo. Os políticos de Gaspar não conseguem se unir por causas comuns para a cidade e seus cidadãos. Quando alguém toma a iniciativa, é boicotado pelo simples fato de que isso pode parecer uma concorrência política. Acorda, Gaspar!
Quase inacreditável a cena do presidente da Câmara de Florianópolis, Roberto Katumi, PSD exibida primeiramente na tevê e propagada aos milhares das redes sociais. Em 25 segundos, colocou na pauta um Projeto de Lei que não constava dela, não tinha passado pelas comissões, leu e deu como aprovado em primeiro turno, e o fez à aprovação dele em segundo turno em outros seis segundos, tudo sob o “silêncio” maroto da maioria dos vereadores, quando a Casa praticamente entrava no recesso.
É assim que funciona as sacanagens com o dinheiro do povo feito pelos políticos que dizem nos representar. O referido PL aumentava a verba de gabinete dos vereadores e o Vale Alimentação dos funcionários das Casa, que corporativamente, criaram clima para que isso acontecesse. Todos ganhavam uma beiradinha no conluio. Os pagadores de pesados impostos perdiam.
Tudo está prestes a ser abortado, porque as imagens das manobras foram parar nos veículos de comunicação tradicional e gerou uma comoção popular. A primeira desculpa dos políticos e seus assessores, e incrível, foi a de que não há nenhuma ilegalidade, mas há dúvidas sobre isso. A segunda, é de que não altera o Orçamento da Câmara e que a “nova” despesa será suportada pelo duodécimo. Altera sim: a sobra que terá que ser devolvida para a prefeitura será menor e engolida por vereadores, assessores e funcionários, com a aprovação do PL. Os vereadores ensaiaram voltar atrás, mas só na volta do recesso. Até lá, esperam que o povo – e a mídia, principalmente, esta carrasca, esqueça... É o jogo.
Por fim: entenderam a função da imprensa? Se não fosse ela a espalhar esta imoralidade e jogada da esperteza de políticos rápidos contra o dinheiro alheio, tudo estaria certo neste mundo onde os cidadãos só são chamados para dar votos, legitimar seus representantes a tais barbaridades e pagar as altas contas dos eleitos. Aliás, no tempo da RBS, esta denúncia dificilmente iria ao ar.
Quando o ex-secretário de Saúde, o advogado e presidente do MDB de Gaspar, Carlos Roberto Pereira, voltou para a secretaria de Fazenda e Gestão Administrativa – e que a criou na cara Reforma Administrativa de 2017 – disse que tinha terminado com as filas de espera em várias situações, inclusive nos postos de Saúde.
O vereador Dionísio Luiz Bertoldi, PT, está reclamando que no posto do Gasparinho, à marcação de atendimento de gente doente só para setembro. Talvez o pessoal do Gasparinho tenha que vir ao posto do Centro, onde até gente de fora de Gaspar, fornecendo o endereço no próprio posto foi atendida, nada se explicou até agora e só se amaldiçoou esta coluna que reportou tal indecência.
O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, postou na sua conta do Instagran uma foto do nascer do sol com a seguinte reflexão: "Bom dia, o amanhecer desta quinta-feira mais parece uma pintura do nosso Deus. Vamos trabalhar, pois o trabalho sempre engrandece o ser humano!!!"
Falta do que escrever? Pois não é que o atual prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB, e que se desvia de tudo para não topar com Adilson, também postou - uma hora depois do Adilson - na conta oficial dele no Instagran, uma outra foto com outro “nascer do sol” por aqui com a seguinte reflexão: "Bom dia amigos. Bora trabalhar por essa cidade que amo #Avança Gaspar!". Que coisa! Só faltava ele ser eleito por uma e trabalhar por outra cidade.
É este o resultado da nova assessoria de comunicação da prefeitura e de Kleber? Estão ressuscitando aquele personagem satírico "o meu nome é trabalho"? O outro, é trazer gente da Bahia para dizer nas redes sociais que notícias daqui são fakes. Acorda, Gaspar!
O presidente Jair Messias Bolsonaro, PSL, não vem como programou hoje a Florianópolis para entregar 74 ônibus escolares para 64 municípios fruto de emendas parlamentares da bancada catarinense em 2017. Oficialmente, foi a extração de um dente que o impediu de vir. Gaspar e Luiz Alves vão receber cada município um ônibus. Ilhota, nenhum.
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