Depois de ver a vaga de vice-prefeito ameaçada para o PSD, ou pior, para qualquer outro que traga mais votos à reeleição de Kleber, o PP de Gaspar bate pé - Jornal Cruzeiro do Vale

Depois de ver a vaga de vice-prefeito ameaçada para o PSD, ou pior, para qualquer outro que traga mais votos à reeleição de Kleber, o PP de Gaspar bate pé

06/02/2020

Tardiamente, lança a campanha:

“nenhum passo daremos atrás”

O passo torto do PP I

O PP de Gaspar está tentando retomar o prumo – e força - que ele começou a perder há mais de 20 anos como um eixo de importância política-administrativa na cidade. Na zona de conforto, o PP viu-se nanico diante do MDB. Pragmático – e não por vingança, ressalte-se neste momento do jogo – o MDB faz de tudo para tentar à reeleição do seu menino prodígio, aquele que mudaria o jeito de governar, daria eficiência e entregaria um monte de obras, o prefeito Kleber Edson Wan Dall. Qual é a ironia disso tudo? O PP é parceiro do resultado ruim e possui o vice, Luiz Carlos Spengler Filho, um agente de trânsito municipal.  E a razão da gritaria do PP? Devido à admissão pública do próprio Kleber e do prefeito de fato, presidente do MDB, ex-coordenador de campanha de Kleber, Carlos Roberto Pereira, de que o PSD, poderá ser o próximo aliado com direito à vaga de vice. Ou seja, o sonho do PP de se perpetuar como protagonista neste outubro se tornou um anunciado pesadelo real.

O passo torto do PP II

Devo abrir três parêntesis aos mais jovens – ou os desmemoriados e do próprio PP -, antes de prosseguir e concluir. O primeiro: o MDB e o PP de Gaspar sempre foram água e óleo. Uma mistura impossível até então. Um veio do velho PSD e outro da UDN. E assim foi quando eram os velhos MDB e Arena. Assim foi até chegar os anos 2.000. Eu particularmente penso, por conhecimento histórico e vivência da cidade, que o enfraquecimento do atual PP – que já foi o antigo PDS - começou com a desastrosa administração de Tarcísio Deschamps (1983/88), onde curiosamente, o vice era Luiz Carlos Spengler, pai do atual vice. Foi aquela gestão questionada nos resultados que levou à eleição do professor Francisco Hostins, originário da Arena e antigo PDS. Lá ele não tinha vez e nem estava na fila. Ganhou a prefeitura devido a sua postura de renovação e submissão a técnicos numa cidade “baleada”. Ganhou com o nanico e desconhecido PDC do deputado Francisco Mastella, executivo na ex-Ceval, ex-presidente da Acig e da Facisc.

O passo torto do PP III

Segundo parêntesis. Aos que preferem culpar a derrota de Francisco Hostins, - levado de volta ao PP, vejam só, pelo esquema do MDB que se aboletou na segunda parte do seu governo tido até hoje como uma referência administrativa pelos técnicos que tinha e os expurgou para dar lugar aos políticos do atraso- e Pedro Inácio Bornhausen, PP, engenheiro, gestor regional da Celesc, à prefeitura, em 2.000. A cidade não tolerou esses jogos. Surpreendente, Pedro Celso Zuchi, PT, venceu pela primeira vez. Mais, no poder Zuchi foi capaz de trancar a eleição – quase que deu - a deputado estadual de Bornhausen em 2002. Zuchi usou a sua mulher Liliane. Terceiro parêntesis: mas se a avaliação anterior não for válida, valerá então que a derrocada do PP de Gaspar começou em 2004 e, contraditoriamente, com uma vitória. Foi lá que finalmente se misturou a água com o óleo, tudo para derrubar o PT; uniu-se Adilson Luiz Schmitt, MDB e o empresário Clarindo Fantoni, PP. A cobra e o sapo numa mesma balaia. Não se reelegeram. Zuchi voltou e fez mais dois mandatos. E o MDB, PP, desta vez com outros, repetiram a velha fórmula da mistura do óleo com a água, com outros líquidos para Kleber e Luiz Carlos. Venceram. Estão repetindo a história na vitória e possivelmente, se não cuidarem muito, na derrota.

O passo torto do PP IV

A união da água com o óleo em Gaspar foi uma alquimia. Ela reconheceu que sozinhos, os então poderosos MDB e PP, tinham envelhecidos, não tinham eleitores, não tinham mais forças diante dos seus desastres nas administrações e na panelinha que criaram para si próprios, isto sem falar que ignoraram às mudanças e exigências da comunidade. Enquanto o MDB entendeu melhor o ambiente, o PP de Gaspar ficou saboreando o passado. Mais. Perdeu um interlocutor importante nas articulações: Luiz Carlos Spengler, falecido. Outra: a família Amim já não influencia como antes e o guru do PP daqui, o ex-deputado Federal João Alberto Pizzolllati Júnior, enlameado no petrolão, tornou-se um ex-político altamente tóxico. No governo Kleber, por exemplo, os espaços que o PP ocupa, deram mais preocupações do que soluções, até aqui, à cidade e ao governo. O próprio vice foi uma peça decorativa. Agora, diante da possível perda de espaço, tardiamente, se mexe. O PP está em dois outros pontos nevrálgicos de desgastes para o governo de Kleber: o Samae com o mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, que só foi eleito graças aos votos de legenda do nanico PSC, bem como a Secretaria de Agricultura e Aquicultura, onde o titular, André Paqual Waltrick, colocou o prefeito no centro de um inquérito. Ele poderá gerar danos irreversíveis à imagem do político Kleber.

O passo torto do PP I

O PP reúne a sua turma (foto) para contar versões, apontar “inimigos”, encontrar espaços amigos na imprensa, nas redes sociais, aplicativos de mensagens e animá-la num tal “nenhum passo daremos atrás”. Mas, o PP está dando passos para trás há mais de 20 anos. Agora, quer ir para frente? Como criança, é preciso reaprender a andar. Vai ter que competir com quem já está correndo. Nesta gestão de Kleber e Luiz Carlos, o primeiro passo dado para trás pelo PP foi quando aceitou a saída do chefe de gabinete, Pedro Inácio Bornhausen. E os outros? Quando aceitou ter vice sem voz; foi em insistir na exposição em postos chaves que ocupa na administração com gente sem votos ou resultados diferenciais (faltou quadro ou coragem à assepsia visando o fortalecimento do partido e do governo?); foi quando fingiu que isso só enlameava o MDB ou Kleber e não propôs ele mesmo, uma autolimpeza. É “lindo reagir”, mas poderá ser tarde demais. Política é ocupação de espaços. E a história não perdoa os relapsos e sem estratégia de médio e longo prazo. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

O PSL de Gaspar está encurralado e chateado. Quis ser o "Aliança pelo Brasil", não deu certo. Quis manter o grupo originário nos seus quadros: perdeu-os para do Aliança, PRTB, Patriotas, Podemos e quiçá os terá parte no PL. Quis também os evangélicos, mas estão cercados pelo esquema do poder de plantão.

Fator Ciro. A coluna de sexta-feira passada na edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale sobre os caminhos do vereador Ciro André Quintino, MDB, repercutiu muito fortemente na comunidade e no ambiente político. Credibilidade deste espaço.

Tanto, que o MDB que está no poder de plantão em Gaspar, mandou recados e emissários a Ibirama, Florianópolis, Jaraguá do Sul e a apoiadores do vereador por aqui.

Quer que Ciro “repense” à ideia dele em buscar espaço próprio. Se ele não fizer isso por bem, virá um saco de maldades – que a atual administração entende bem -, avisa. E depois esse pessoal diz não entender à razão da rejeição. Acorda, Gaspar!

 

Edição 1937

Comentários

Herculano
10/02/2020 16:20
COLUNA INÉDITA

Aos leitores e leitoras

A coluna inédita desta segunda-feira Olhando a Maré, já está pronta e será disponibilizada em breve.

O colunista pede desculpas aos que cobram a sua publicação
Miguel José Teixeira
10/02/2020 14:30
Senhores,

Só para PenTelhar:

A cineasta PeTra foi alvejada por um ParasiTa e colocou os esquerdoPaTas em vertigem, pois de democracia eles nunca entenderam!

E também nunca entenderam o significado de progresso:

1) O Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 721/19, de autoria do inovador (dólares na cueca) josé guimarães, PT-AC (irmão do falso genoíno), anula o decreto que incluiu os parques nacionais de Lençóis Maranhenses (MA), Jericoacoara (CE) e Iguaçu (PR) no programa do governo de concessões para o setor privado.

Êle sonha com a volta dos PeTralhas ao "pudê" e ter seus cabides de empregos. . .

2) O Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 719/19, de autoria do airton faleiro, PT-PA, susta o decreto do governo (10.140/19) de novembro que alterou a composição do comitê que dirige o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa).

É que muitas "ONG,s" que recebiam fortunas na era PeTralha sem prestar contas, foram excluídas. . .
Miguel José Teixeira
10/02/2020 08:29
Senhores,

Da Coluna do CH replicada abaixo e só para PenTelhar:

"...Bolsonaro está esperando que os adversários chamem de "sequestro" o resgate dos brasileiros e de "cativeiro" a quarentena."

Huuummm. . .se no grupo tiver pelo menos um PeTralha, já, já êle dirá que veio no avião acorrentado!
E, se tiver uma PeTralha, alegará que foi estuprada Por Todos, exceto pelo PeTralha, pois com êle, ela comParTilharia. . .
Herculano
09/02/2020 13:15
ADRIANO DA NóBREGA TINHA CERTEZA QUE SERIA ALVO DE "QUEIMA DE ARQUIVO", DIZ ADVOGADO

Conteúdo de O Antagonista. O miliciano Adriano da Nóbrega ligou nesta semana para seu advogado Paulo Emilio Catta Preta e mostrou preocupação com os últimos movimentos da polícia, relata o Estadão.

Adriano disse a ele que tinha "certeza" de que queriam matá-lo para "queimar arquivo".

A viúva do ex-capitão do Bope disse o mesmo, segundo o jornal.

O advogado Paulo Emílio Catta Preta, que atuava na defesa do miliciano Adriano Nóbrega, disse ao jornal Extra que conversou com seu cliente por telefone na semana passada e tentou convencê-lo a se entregar.

"Ele me disse assim: 'Doutor, ninguém está aqui para me prender. Eles querem me matar. Se me prenderem, vão matar na prisão. Tenho certeza que vão me matar por queima de arquivo'. Palavras dele", afirmou o advogado.

"Eu o aconselhei a se apresentar, pois temia que algo pior acontecesse. Ele não me disse porque achava que iria morrer. Acho que ele já suspeitava que seria morto por queima de arquivo."
Herculano
09/02/2020 13:08
da série: queima de arquivo e vai ser assunto da semana ligando os Bolsonaros

SUSPEITO DE ENVOLVIMENTO NA MORTE DE MARIELLE É MORTO PELA POLÍCIA NA BAHIA

Adriano Magalhães da Nóbrega foi encontrado na zona rural de Esplanada


Conteúdo do Correio, Salvador BA. Um ex-policial militar, suspeito de ter envolvimento na morte da vereadora carioca Marielle Franco, foi morto durante uma ação da polícia na cidade de Esplanada, no interior da Bahia. Adriano Magalhães da Nóbrega, conhecido como capitão Adriano, foi morto na manhã deste domingo (9). Ele é acusado de liderar uma das maiores milícias do Rio de Janeiro, o Escritório do Crime, e estava foragido desde janeiro de 2019.

De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP), Adriano começou a ser monitorado por equipes de inteligência da SSP após a informação de que ele teria buscado esconderijo na Bahia. Ele foi encontrado em um imóvel na zona rural de Esplanada.

Ainda segundo a SSP, Adriano resistiu à abordagem e disparou contra os policiais. Houve troca de tiros e ele acabou sendo ferido. Ele teria sido levado para um hospital da região, mas não resistiu.

"Procuramos sempre apoiar as polícias dos outros estados e, desta vez, priorizamos o caso por ser de relevância nacional. Buscamos efetuar a prisão, mas o procurado preferiu reagir atirando", comentou o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa.

Foram encontradas com ele uma pistola austríaca calibre 9mm e outras três armas. Participaram da operação equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Litoral Norte e da Superintendência de Inteligência (SI) da Secretaria da Segurança Pública.

Ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio de Janeiro, Adriano comandava o Escritório do Crime, um grupo de matadores de aluguel. Segundo informações do Uol, há suspeitas de que membros do Escritório tenham participação na morte de Marielle.

Ainda segundo reportagem do Uol, Adriano entrou no Bope em 1996, e fez o curso de operações especiais do Bope, onde conheceu Fabrício de Queiroz, que trabalhou como assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), quando este foi deputado estadual. Anos depois, Queiroz indicou a mãe e a mulher de Capitão Adriano para trabalhar no gabinete do filho mais velho do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Adriano foi um dos homenageados por Flávio Bolsonaro com a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa do Rio, em 2005, enquanto estava preso sob acusação de homicídio.

Comunidade controlada
O Escritório do Crime controlava a área da Muzema, onde dois prédios desabaram no ano passado. De acordo como Ministério Público, capitão Adriano dirigia o esquema de construção civil ilegal nessas comunidades. O major da Polícia Militar Ronald Alves Pereira por sua vez, foi denunciado por comandar negócios ilegais da milícia, entre eles, grilagem de terra e agiotagem.

O desabamento nesta sexta deixou ao menos três mortes e dez feridos. Segundo a prefeitura do Rio, as construções eram irregulares e tiveram as obras interditadas em novembro de 2018.

Rachadinha de Flávio
Em dezembro do ano passado, o Ministério Público do Rio concluiu que o Capitão Adriano, era beneficiado pelo dinheiro do suposto esquema de "rachadinha" que existia no gabinete do senador Flávio Bolsonaro quando ele era deputado estadual no Rio.

Os promotores chegaram a essa conclusão depois de analisar conversas via WhatsApp e dados de transações financeiras do ex-PM, segundo pedido do MP do Rio à Justiça para embasar mandados de busca e apreensão cumpridos na quarta, 18. Adriano é apontado por outro grupo do MP como chefe do Escritório do Crime, milícia que atua na zona oeste da cidade.

A mãe e a ex-mulher dele, Raimunda Veras Magalhães e Danielle Mendonça da Costa Nóbrega, respectivamente, foram nomeadas assessoras no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio, (Alerj), durante o período investigado. A investigação mostrou que elas transferiram para Fabrício Queiroz, então assessor parlamentar e considerado o operador do esquema, parte de seus salários, além de terem feito saques que poderiam indicar repasses em espécie para a "organização criminosa". O dinheiro 'vivo' seria uma forma de não deixar rastros no sistema financeiro.

Adriano "também era beneficiado por parte dos recursos desviados por seus parentes na Alerj", afirmam os promotores do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc) no documento. Em um trecho da conversa dele com Danielle, o ex-capitão do Bope diz que "contava com o que vinha do seu também", referindo-se ao salário dela que era repassado.

Em outro ponto da conversa, depois de ser exonerada do gabinete, no dia 6 de dezembro do ano passado, Danielle procurou o ex-marido para cobrar explicações e pedir que ele intercedesse para evitar sua demissão. O dia foi o mesmo em que o Estado revelou com exclusividade a investigação em curso no MP. "As coisas mudam", disse Adriano à ex-mulher, que cobrara dele uma explicação.

Um mês depois, no dia 6 de janeiro, ele admitiu que também contava com o dinheiro dela. Adriano também indica sabia correr risco de ser preso por integrar o Escritório do Crime e passava a maior parte do tempo fora do Rio.

"As coisas não estão fáceis para mim. Só vim no Rio pra passar o fim de ano com minha mãe e ajeitar umas coisas. Amanhã já tô indo de novo", disse, via WhatsApp.

Os dois voltaram a se falar no dia 15 do mesmo mês, quando Adriano informou que havia conversado com o "amigo" (Queiroz, segundo o MP). O ex-assessor de Flávio na Alerj teria recomendado a Danielle que não comparecesse ao depoimento para o qual havia sido convocada.

Uma tabela inserida no documento do MP, assinado no dia 5 deste mês pelo Gaecc, detalha os repasses e os saques feitos por Danielle e Raimunda. Enquanto foram lotadas no gabinete de Flávio, elas receberam cerca de R$ 1 milhão. Desse montante, 40% foram transferidos para Queiroz ou sacados em espécie, segundo a investigação.

Entre os repasses de Danielle, os promotores observaram que parte deles foi feita por meio de empresas controladas por Adriano: o Restaurante e Pizzaria Tatyara (R$ 45,3 mil) e o Restaurante e Pizzaria Rio Cap (R$ 26,9 mil).
Miguel José Teixeira
09/02/2020 09:28
Senhores,


Só porque hoje é domingo, dia de saborear uma galinha ensopada (como nas antigas o era), aperitive-se com o texto, antes porém, tome um chá de boldo, cuja manchete e seu link seguem abaixo:


"INSS tem 1 atendente para cada 3.100 segurados; RH do governo tem 1 para cada 40"

Aposentadoria sai em 15 dias no serviço público; setor privado espera 125 dias, e fila hoje é de 1,3 milhão"

+ em:

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/02/inss-tem-1-atendente-para-cada-3100-segurados-rh-do-governo-tem-1-para-cada-40.shtml?origin=folha

Desce uma "Moendão", aí, por favor!
Herculano
09/02/2020 07:04
OS BRASILEIROS QUE ESTAVAM NA CHINA E FUGIRAM DO CORONA VÍRUS, CHEGARAM NESTE DOMINGO AS SEIS DA MANHÃ A ANÁPOLIS, GOIÁS.

SERÃO 18 DIAS DE MANCHETES, EXPECTATIVAS, TODOS OS TIPOS DE DISCURSOS, DEMAGOGIA ATÉ A PRIMEIRA CONTAMINAÇÃO DE VERDADE PARA COLOCAR À PROVA O NOSSO SISTEMA DE SAÚDE PÚBLICA
Herculano
09/02/2020 06:56
ZIKA VITIMOU QUASE 3,5 MIL NO BRASIL DESDE 2015, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou neste domingo nos jornais brasileiros

O novo coronavírus monopoliza as atenções da mídia, no Brasil, mas há outros vírus por aqui que exigem preocupação. Entre 2015 e 2019, por exemplo, o Ministério da Saúde registrou 18.578 casos suspeitos do vírus Zika; 3.496 confirmados. Em 2019 houve queda acentuada, mas o Zika continua ativo: dos 1.462 casos suspeitos, só 72 ratificados. Recém-nascidos (77%) foram a maioria das suspeitas ano passado.

UM JÁ É DEMAIS

Em 2019 registraram-se dez mortes associadas ao vírus Zika no País, mas a taxa de mortalidade é bem menor que no coronavírus: 0,006%.

POBRES BEBÊS

Em 2019, dos 72 casos de Zika confirmados 64% são de bebês do sexo feminino. As bebezinhas também são 70% dos óbitos.

PREOCUPAÇÃO JOVEM

Dos 17.116 casos de suspeita de Zika entre 2015 e 2018, a maioria corresponde a recém-nascidos: 13.974, equivalente a 81,6%.

PREOCUPAÇÃO REGIONAL

Entre 2015 e 2018, a maioria dos casos se concentrou no Nordeste (62,6%), seguido pelo Sudeste (20,2%) e Centro-Oeste (8,1%).

SEGURADORA LÍDER ESCONDE ARRECADAÇÃO DO DPVAT

O relatório 2019 da Seguradora Líder, "dona" informal dos bilhões do DPVAT, contém estatísticas, detalhes de 353 mil indenizações pagas ano passado, dados sobre vítimas e acidentes etc. Entretanto, apesar de tratar da quantidade de pagamentos feitos por invalidez permanente e reembolsos de despesas médicas, os valores dessas indenizações pagas não podem ser encontrados no relatório de 31 páginas.

MEMóRIA DO CARTóRIO

Nos últimos 10 anos, o DPVAT faturou R$65,1 bilhões sem dar direito ao cliente de escolher uma seguradora para contratar o serviço.

CRESCIMENTO SUSPEITÍSSIMO

A arrecadação do DPVAT cresceu a níveis siderais durante governo Lula e até 2016, na era Dilma. Aí começou o declínio.

O GRANDE PERIGO

As motocicletas estão envolvidas em 50,7% das indenizações por morte e incríveis 82,5% dos pagamentos por invalidez permanente.

A QUEM INTERESSA

A proposta de emenda que trata do fim do foro privilegiado está parada na Câmara há 415 dias. A manutenção do privilégio, diz o deputado José Nelto (Pode-GO), só interessa a corruptos enrolados na justiça.

PEÇAS DO DESTINO

Velho amigo do presidente Jair Bolsonaro, o ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF) esteve cotado para a Secretaria de Governo, Segurança Pública e Desenvolvimento Regional. Três possibilidades frustradas.

IVES MANDOU BEM

Além de corajosa, a decisão do ministro Ives Gandra Martins Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), de bloquear as contas de sindicatos que promovem greve política e abusiva na Petrobras, está sintonizada com os novos tempos e a moderna legislação trabalhista.

MELHOR CHAMAR A POLÍCIA

A bancada da Educação na Câmara só esteve com o ministro Abraham Weintraub duas vezes, sem previsão de novo encontro. Deputados de oposição alegam que o ministro só fala sobre maconha em faculdade.

SOLDADO DA RESISTÊNCIA

Para Gilmar Mendes, "mulheres trans são sistematicamente torturadas e violentadas em presídios masculinos" após relatório do Ministério dos Direitos Humanos, que é baseado em apenas 131 entrevistas.

CONTABILIDADE CRIATIVA

A legislação manteve para 2020 o limite de gastos de campanha de prefeitos das últimas eleições: 40% no caso de 2º turno. Já o prazo para prestação de contas foi ampliado de 30 abril para 30 de junho.

UM ALENTO

Entre os caminhões, as vendas seguem em alta. O segmento teve aumento de 3,66% de janeiro para janeiro: 6.932 unidades em 2019 contra 7.186 em 2020. Entre as motos também houve uma alta, de 1,08%.

AZUL DESBOTADO

O Sindicato Nacional dos Aeronautas informa que 96,8% dos copilotos rejeitaram a proposta da Azul Linhas Aéreas e entre os comandantes a rejeição foi de 100%. A reivindicação? Aumento salarial, é claro.

PERGUNTA NA QUARENTENA

A turma do Ministério da Saúde deveria aliviar para os brasileiros, na quarentena de Anápolis, e prescrever uma Corona geladinha.
Herculano
09/02/2020 06:30
A VER NAVIOS, por Marcos Lisboa, economista, presidente do Insper, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda (2003-2005), no jornal Folha de S. Paulo

Lenta recuperação econômica surpreende esquerda e direita

A lenta recuperação da economia surpreende a esquerda e a direita. Um lado acreditava que sem a expansão dos gastos públicos não haveria retomada da atividade e do emprego. O governo afirmava que bastaria aprovar a reforma da Previdência para o país ser inundado por mais de U$ 100 bilhões em investimento estrangeiro e a economia voltar a crescer vigorosamente.

Ambos estavam errados.

A reforma da Previdência foi aprovada há mais de três meses, bem antes da crise na China, e não houve o propagado aumento de investimento estrangeiro.

Na contramão da crença à esquerda, o ajuste fiscal permitiu a continuação da queda da taxa de juros, iniciada no governo Temer, e o fim da grave recessão construída pela gestão Dilma. O resultado é a retomada, ainda que titubeante, da economia.

Para frustração da direita, a política econômica, até agora, apenas reduziu a taxa de crescimento da despesa do governo, porém foi insuficiente para zerar o déficit primário, como prometeram alguns em momentos de euforia.

A austeridade não é um dogma dos economistas liberais. A expansão do gasto público pode auxiliar a economia, mas não quando o crescimento da dívida ameaça sair de controle.

A sutiliza dos remédios que devem ser administrados em doses certas e nas circunstâncias adequadas parece surpreender os viúvos do PT, que preferem tratar temas de política econômica como um jogo de futebol, em que alguns sempre defendem o ajuste fiscal, enquanto outros bradam a relevância da intervenção estatal.

Curiosamente, esquerda e direita igualmente superestimam a importância da taxa de juros e parecem ignorar a relevância do ambiente de negócios para o crescimento sustentado.

Enquanto isso, o Brasil continua a afastar os investidores em razão da incerteza sobre a política para o meio ambiente, das frequentes alterações nas normas tributárias, das fragilidades do marco regulatório e da insegurança jurídica, incluindo um Supremo que parece não saber bem o seu papel em uma democracia.

Em meio à balbúrdia, fica preservada a burocracia desnecessária construída pela gestão petista, como a PPSA, empresa estatal criada para fazer a gestão dos contratos de partilha em que a Petrobras entrega barris de petróleo ao Tesouro em troca da exploração do pré-sal.

Não seria mais fácil, e barato, a Petrobras simplesmente pagar em dinheiro?

O governo, em vez de extinguir a PPSA, aprovou recentemente a capitalização de outra estatal para construir navios, a Emgepron, além de ter decepcionado quem esperava uma agenda relevante de privatizações.

Pelo andar da carruagem, a agenda liberal está a ver navios no Brasil.
Herculano
09/02/2020 06:21
TENHAM MODOS, SENHORES! por Carlos Brickmann

Chega: o eleitor brasileiro tem o direito de não ser agredido com o tipo de palavreado de boa parte de nossos líderes políticos. Não é só a agressividade dos ataques mútuos; é também a falta de respeito por quem os ouve. Aquilo que minha avó Maria chamava de bons modos: "Tenha modos, menino!"

Bons modos são algo de que estamos necessitando. Aquela piada suja de botequim pode ser engraçada, mas não é para ser repetida diante de pessoas religiosas. Pode-se achar que uma jovem é extraordinariamente sensual, mas não gritar "gostosa" quando ela passa na rua. Há quem se vanglorie de sua incomum potência sexual, mas esse não é tema para tratar em público, e por dois motivos: o segundo é que mentir não é coisa de gente bem educada.

Nos últimos tempos, alguns (necessários) freios se romperam. Bolsonaro parece ter esquecido a liturgia do cargo, o comportamento que se espera de pessoas que lidam com o público. Imagine-se uma negociação diplomática em que um dos lados começa perguntando a mão de quem ele deve molhar. Ou um presidente chamando seus colegas de cucarachos ladrones. Na frase de um grande jornalista, Frederico Branco, "tem coisa que pode, tem coisa que não pode". Presidente da República mal educado não pode.

Lula passou bom tempo alardeando a grossura como estilo. Bolsonaro o emula. Gente educada não passa o tempo proclamando que é (ou não) imune à disfunção erétil. Se isto for problema, é deles. Nosso ouvido não é Viagra.

QUEM LÊ, E QUANDO

Durante muitos anos, jornais e revistas evitaram não apenas termos chulos como expressões insubstituíveis, mas que não eram bem aceitas em casas de família. "Bunda", por exemplo, palavra cujo significado é típico da língua falada no Brasil, podia aparecer como "bumbum", "derrière", "nádegas". O uso da palavra "camisinha" era tacitamente proibido - e assim foi até que as doenças sexualmente transmissíveis levaram os governos a utilizá-la.

Antes, eram "condoms", "preservativos" - camisinhas, mas com apelidos. Exagero, claro; mas a ideia de que o grande jornal era lido pela família toda se manteve até recentemente. Os políticos mantinham a compostura: Carlos Lacerda, o demolidor de adversários, nem falava palavrões. Jamais se ouviria Leonel Brizola falar de sua potência sexual, ou alguém se gabar de suas amantes.

DE QUEM É A CULPA

Em vez de entrevistas coletivas bem organizadas, em que os políticos têm a oportunidade de expor suas ideias ao eleitor, o Brasil optou pelas cenas de grosseria explícita das reuniões na porta do palácio, com ofensas a repórteres e participação de uma claque que aplaude o entrevistado e ataca quem quer entrevistá-lo. Culpa de quem? De todos, inclusive dos jornalistas. Vi muito, antes, fotógrafos com as câmeras no chão e repórteres indo embora para não participar de algo inaceitável. Perguntas e respostas. Saiu daí é bobagem.

LOUCURA

A tolerância aos maus modos chegou ao ponto de levar ao inacreditável: em Rondônia, a secretaria da Educação queria recolher das escolas uma lista de livros "com conteúdo inadequado". Por exemplo, Os Sertões, de Euclides da Cunha, ou Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis. E livros de Nelson Rodrigues, Carlos Heitor Cony, Edgar Allan Poe. Pior foi a explicação do secretário da Educação de Rondônia: a ordem foi escrita por técnicos, sem seu conhecimento - ele apenas a assinou. Nem demitido foi!

TEM OU NÃO TEM?

O Ministério Público não quis a delação premiada de Sérgio Cabral: o que nela constava, alegou, era conhecido, e a quantia que o ex-governador do Rio se propunha a devolver já estava bloqueada pela Justiça. A Polícia Federal topou negociar a delação, que foi homologada pelo ministro Edson Facchin, do Supremo.

Questão curiosa: se as revelações de Cabral não eram novas ou importantes, por que foram aceitas pelo ministro do Supremo? Se há algo novo ou surge a indicação de novos caminhos investigativos, por que o Ministério Público não a aceitou? Há ainda outra dúvida, agora deste colunista: será possível que Cabral tenha mergulhado no pudim ainda mais fundo do que o apurado até hoje? Teria ainda mais companheiros de butim?

SERÁ POSSÍVEL?

Para lembrar, Sérgio Cabral está condenado a quase 300 anos de prisão.

Terça veloz

Prepare-se: depois de amanhã, o Governo promete apresentar um grande estudo sobre monitoramento de trânsito. Traduzindo: mais uma tentativa de reduzir a segurança em ruas e estradas. O objetivo é criar normas que dificultem o uso de radares móveis no controle do excesso de velocidade. O objetivo não é claro, mas o Governo tem defendido medidas que vão contra as regras de segurança no trânsito - desde tentar proibir radares móveis que controlam o excesso de velocidade dos veículos até o aumento do número de pontos além do qual as carteiras de habilitação devem ser suspensas.
Herculano
09/02/2020 05:13
A GASOLINA E O DóLAR ESTÃO CAROS? por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

País está mais pobre do que em 2010, mas certos preços apenas estão no lugar

"Devolve meu dólar a R$ 1,99." Houve gente que foi às ruas pedir a cabeça de Dilma Rousseff carregando cartazes que criticavam a desvalorização do real, alguns por chacota, outros a sério. Nas manifestações finais a favor do impeachment, o dólar andava pela casa dos R$ 3,50.

A cada vez que o real cai da escada, como agora, a chacota muda de lado. As fotos dos manifestantes de amarelo se tornam objeto de ridículo e de memes que escarnecem também do governo, antes de Michel Temer, agora de Jair Bolsonaro.

O povo ainda faz troça de Eduardo Bolsonaro, republicando o tuíte em que o filho 03 recomendava "Não compre dólar agora!" em 14 de abril de 2016 (o dólar custava R$ 3,51).

É a conversa comum sobre economia no mundo real das redes sociais, feita de ódio ou deboche do preço do tomate, do bife, da gasolina ou do dólar. Graças à demagogia agressiva de Bolsonaro, os combustíveis voltaram a ser motivo de "tretas", piadas e ódios.

A gasolina está cara? Flutua em torno da média de R$ 4,41 desde janeiro de 2018. Custava R$ 4,58 na última semana de janeiro, segundo pesquisa semanal da Agência Nacional do Petróleo (esses valores são médias nacionais). Subiu uns 5% em um ano, um pouco mais do que os salários.

O salto grande de preços mais recente ocorreu no final de 2017. Em três anos, a gasolina subiu 23%; o salário médio, 14%. A inflação média foi de uns 11%. Na percepção e no bolso do povo mediano, a gasolina está cara.

O dólar está caro? Embora uma variação abrupta do preço da moeda americana possa ser importante, é tristemente tolo dizer que o dólar "bate recordes", como a gente lê por aí (dizer que o recorde é "nominal" apenas lambuza a tolice de ridículo).

Feitas as contas relevantes, em termos reais o dólar está onde esteve entre mais ou menos 2007 e 2009 (para ser específico, trata-se aqui de taxas de câmbio real). Entre 2010 e 2014, a moeda brasileira ficaria loucamente forte, em parte por causa da política econômica dos países centrais em crise braba, em parte devido às barbaridades da política econômica brasileira.

Foi a época do Bolsa Miami (gastos no exterior) e de alguma farra de importados. Foi também uma paulada extra na indústria brasileira, que desde 2010 parou de crescer.

O dólar nominal de janeiro de 2020 ficou 11% mais caro que o de um ano antes (30% em relação a janeiro de 2018). Suscita uma sensação de empobrecimento, em parte correta, embora de um ano para cá os gastos dos brasileiros em viagens no exterior tenham ficado praticamente na mesma.

O preço dos combustíveis, claro, sobe também com a alta do dólar. No entanto, essa desvalorização recente do real não buliu com a inflação geral, convém notar.

E daí? Por qualquer critério, estamos na média mais pobres do que em 2010: neste país já caro (de tão ineficiente), a crise aumentou a penúria, óbvio. Quanto a esses preços que causam celeuma, há mais realismo, é duro dizer, é duro ouvir.

Não há subsídio disfarçado no preço dos combustíveis. O dólar desvalorizado resulta de gasto público e inflação mais controlados, que contribuem para reduzir a taxa de juros (além da estagnação econômica).Bulir com esses preços, com tabelamentos e subsídios, não vai resolver nosso problema, apenas criar outros, como se fez em particular entre 2011 e 2014. Não resolve a falta de crescimento e de investimento, o emprego precário. É demagogia ou burrice ou as duas coisas.
Herculano
09/02/2020 05:04
A FORÇA DO PL EM BLUMENAU E NA REGIÃO, por Alexandre Gonçalves, no Informe Blumenau

O ato político de filiação do deputado estadual Ivan Naatz e a realização do seminário regional do PL em Blumenau permite muitas leituras e pretendo fazê-las neste post e em outros, inclusive com uma entrevista com o Senador Jorginho Mello, presidente estadual.

Neste post vou me ater apenas na representatividade do ato e dos presentes, realizado na Sociedade Fortaleza Tribess neste sábado.

Umas 150 pessoas, talvez 200 estavam presentes, de várias cidades da região.

Além do senador, quatro deputados estaduais participaram, sendo dois da ala dissidente do PSL, Sargento Lima e Ana Paula Campagnolo e os colegas de sigla, Nilton Berlanda e Mauricio Eskudlark. Os colegas da bancada de Blumenau, Ismael dos Santos (PSD) e Ricardo Alba (PSL) não compareceram.

Vereadores de várias cidades estavam presentes, entre eles Pedrão, de Florianópolis, que  é o com maior votação no estado e se filiará nos próximos dias, pré-candidato do PL na capital. De Blumenau, Marcelo Lanzarin (MDB), Professor Gilson (PSD), Adriano Pereira (PT) e o Aíton de Souza, o Ito, que ainda está filiado no PL, mas não deve permanecer. Dos três vereadores que estavam quase certos para filiar-se no PL segundo Ivan Naatz, dois não apareceram.

Tinham dois prefeitos do Alto Vale, um deles é de Pouso Redondo e o outro não anotei. O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (sem partido), que foi convidado a ingressar na sigla, também não apareceu.

Dois representantes de partidos em Blumenau participaram, do  Republicanos e do PRTB.

Outro destaque foi o Alexandro Fernandes, ex-braço direito e esquerdo de Napoleão Bernardes, ex-homem forte da Prefeitura, que será o coordenador regional. "O melhor quadro político de Blumenau a gente trouxe para construir o PL em Blumenau", disse o anfitrião Naatz.

Nas falas, palavras em defesa da pré-candidatura de Jorginho Mello para governador, alfinetadas no governador Carlos Moisés (PSL) e apoio fechado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Herculano
09/02/2020 04:55
DELAÇÃO DE CABRAL PODE TERMINAR COMO A DE PALOCCI, MUITO BARULHO E POUCO RESULTADO, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Colaboração de Palocci à Polícia Federal vazou mais que coador de macarrão

O ministro Edson Fachin homologou a colaboração de Sérgio Cabral, feita à Polícia Federal, determinando que seus anexos fiquem sob sigilo.

Eles poderão chegar à centena.

A última colaboração de magano à Federal, também rejeitada pelo Ministério Público, foi a de Antonio Palocci e teve um percurso desastroso. Vazou mais que coador de macarrão, e um de seus anexos foi divulgado pelo juiz Sergio Moro durante a campanha eleitoral.

As confissões de Palocci, com 39 anexos, geraram muito barulho e poucos resultados. Pelo andar da carruagem, a colaboração de Cabral pode ir pelo mesmo caminho, a menos que seja acompanhada pelas devidas investigações e necessárias prisões.

ENERGIA SOLAR
A turma que pretende taxar a energia solar de forma ampla, geral e irrestrita continua ativa, trabalhando no escurinho do Congresso.

Um curioso acaba de descobrir um documento capaz de subsidiar essa discussão. Trata-se de um manifesto dos produtores de velas, paródia escrita em 1845 pelo economista francês Frédéric Bastiat. Ele defendia a liberdade de comércio e redigiu a petição destinada a enfrentar um concorrente estrangeiro (o sol), pedindo uma lei que mandasse fechar janelas e claraboias para impedir a entrada de sua luz, protegendo a indústria, o comércio e milhares de empregos.

Bastiat queria preços livres e na sua paródia argumentava que, se a luz do sol podia concorrer com a das velas, o governo não poderia taxar a importação de laranjas portuguesas, mais baratas que as francesas porque a lavoura de Portugal era beneficiada porque lá havia mais sol.

O CAóTICO MEC DE WEINTRAUB

Não seria muito pedir que se faça ao menos um Enem por ano sem desastres

Depois de ter anunciado "o melhor Enem" e de ter entregue o pior, o Ministério da Educação de Abraham Weintraub saiu-se com uma ideia nova, fatiando-o em três exames que seriam aplicados a partir
do primeiro do ensino médio.

Trata-se de uma parolagem típica de burocratas que não fazem seu serviço e, diante do fracasso, propõem uma reforma. Se os educatecas não conseguem fazer um exame que preste, como farão três?

O Enem é uma praga que aflige a juventude brasileira há mais de 50 anos, desde quando se chamava vestibular.

Em julho passado, o ministro Weintraub pôs luz nessa questão anunciando que a partir deste ano as provas seriam feitas por meio eletrônico. Prometeu tudo direitinho, dizendo que até 2026 a nova modalidade estaria implantada em todo o país: "Há cem anos a gente faz exame do mesmo jeito, em papel. Queremos fazer como é feito lá fora".

Lá fora, tomando-se o exemplo do SAT americano, o exame é feito por meio eletrônico e os jovens têm sete oportunidades a cada ano para fazer a prova. Foi mal num, tenta outro. Se a promessa de Weintraub fosse adiante, algum dia seria possível fazer mais de um exame por ano.

Passaram-se oito meses e um fracasso. O que se vê é o início de uma discussão maluca para esquecer o que foi dito. Não se pode pedir que Weintraub faça o que prometeu, mas não seria muito pedir que faça pelo menos o que está combinado, um Enem por ano, mesmo no papel, sem desastres como o das últimas semanas.

Weintraub foi o quarto ministro a prometer o Enem digital. Ele e todos os outros seguiram a mesma metodologia: prometeram a mudança e nunca mais tocaram no assunto.

QUE ELEIÇÃO?
Uma pesquisa realizada em São Paulo revelou que dois terços dos entrevistados não sabiam que em outubro haverá uma eleição municipal para a escolha do prefeito e dos vereadores.
Herculano
09/02/2020 04:37
AS CASTAS DO FUNCIONALISMO, CHEIAS DE PRIVILÉGIOS, FORAM ÀS REDES SOCIAIS E CAÍRAM DE PAU NO MINISTRO PAULO GUEDES DA ECONOMIA CONTESTANDO UMA REALIDADE: O PARASITA ESTÁ MATANDO O HOSPEDEIRO, NóS OS CONTRIBUINTES.

COMO ACONTECEU NA REFORMA DA PREVIDÊNCIA, O POVO NAS REDES APLAUDIU O MINISTRO.

De Ricardo Amorim, economista, palestrante, apresentador do Manhattan Conexion, no twitter:

Frase do Guedes: "Funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação, tem estabilidade, tem aposentadoria generosa. Hospedeiro está morrendo. Cara virou parasita, $ ñ está chegando no povo... aprovação de ref administrativa é necessária p + recursos irem p áreas essenciais".

De José Paulo de Andrade, da Rádio Band, no twitter:

Sufocação: é isso que o Fisco faz com o contribuinte brasileiro, asfixia. Num gasto de R$ 855,00 em remédios, R$ 222,00 de impostos. Absurdos, o preço dos medicamentos, e os impostos cobrados. Quantos brasileiros podem pagar tanto?

De Daniel Silveira, policial militar, deputado federal pelo Rio de Janeiro e vice-líder do governo, no twitter:

Mais um capitulo da série: A maior polêmica dos últimos tempos da última semana. Paulo Guedes e a verdade que machuca os hipersensíveis e preguiçosos.

"Vivemos numa geração de pessoas emocionalmente fracas. Tudo tem que ser abafado porque é ofensivo, inclusive a verdade."

Concluo com uma verdade que está no twitter @olhandoamare

Estamos - trabalhadores sem estabilidade, desempregados e aposentados de salário mínimo - cansados de pagar tantos pesados impostos sem retorno p sustentar uma casta cheia de privilégios na ativa,na aposentadoria precoce e integral, ñ permitida a maioria dos brasileiros
Herculano
08/02/2020 16:32
da série: o enfraquecimento dos poderosos sindicados. Isso era impensável há três anos.

PETROBRÁS INICIA CONTRATAÇÃO "IMEDIATA" DURANTE GREVE DOS PETROLEIROS

Conteúdo de O Antagonista. A Petrobras informou que iniciou a contratação "imediata" de pessoal para garantir a continuidade operacional durante a greve dos petroleiros, iniciada há uma semana.

A medida foi autorizada pelo TST.

Segundo a Petrobras, os sindicatos não estão cumprindo a determinação do TST de manter um contingente mínimo de 90% do efetivo nas unidades.
Herculano
08/02/2020 16:07
SETOR PRIVADO PODERÁ FAZER SHOPPING EM TERRENO DO GOVERNO EM TROCA DE CASA POPULAR

Novo ministro pode sepultar voucher e implantar projeto em que Estado dá terreno e incorporadora assume subsídio

Conteúdo de Folha de S. Paulo. Texto de Bernardo Caram e Danielle Brant, da sucursal de Brasília. A promoção de Rogério Marinho ao comando do Ministério do Desenvolvimento Regional abre caminho para o sepultamento de um sistema de distribuição de vouchers habitacionais. A medida estava em estudo na pasta.

Em seu lugar, deverá ser lançado um programa para oferecer moradias de baixo custo em regiões centrais de médias e grandes cidades. A ideia é atuar em pareceria com a iniciativa privada.

Batizado de Aproxima, o projeto não vai gerar custo direto ao Orçamento federal. A União, porém, vai ceder terrenos próprios sem uso para incorporadoras em áreas valorizadas de municípios com mais de 100 mil habitantes.

O governo pretende criar uma alternativa ao Minha Casa Minha Vida. O programa da era petista, com faixas subsidiadas, sofre com a falta de recursos públicos.

O novo modelo foi desenvolvido sob o guarda-chuva do ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele vinha se queixando da gestão do então ministro Gustavo Canuto, substituído por Marinho na quinta-feira (6).

Segundo auxiliares da Economia, apesar de o governo enfrentar forte aperto fiscal, Canuto insistia em pedir mais dinheiro.

O modelo de vouchers começou a ser desenvolvido por Canuto com a Economia e outras pastas. Mas divergências entre as equipes fizeram com que ele seguisse sozinho com os planos. O programa demandaria injeção direta de recursos do Orçamento.

Em Marinho, Guedes tem um aliado de primeira ordem na pasta, o que deve destravar os planos. Marinho discute com assessores a formação da equipe e ainda não se aprofundou nos detalhes de cada programa da pasta.

Formulador do Aproxima, o secretário de Desenvolvimento de Infraestrutura do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, afirmou à Folha que o programa está formatado. Ele já entrou em contato com Marinho.
Mapeamento do governo detectou 300 terrenos.

A proposta prevê a abertura de licitações para que essas áreas sejam entregues à iniciativa privada.

Vencerá a disputa a construtora que oferecer o maior número de moradias populares por empreendimento. A quantidade dessas unidade será definida em cada projeto.

De acordo com Mac Cord, o programa será direcionado a pessoas com rendimento familiar de 2 a 5 salários mínimos. Os beneficiários pagarão o imóvel em 20 anos, com parcelas de 20% da renda bruta.

O subsídio parcial será arcado pela própria incorporadora, sem ajuda do governo. As controladoras das obras vão compensar a despesa em outras áreas do empreendimento, com a obtenção de lucro.

O secretário explica que, respeitando o número mínimo de moradias direcionadas ao programa, a incorporadora terá liberdade para elaborar o projeto com outros tipos de moradia, pontos comerciais ou shoppings.

Segundo ele, o novo programa terá lógica inversa à do Minha Casa, que, muitas vezes, leva as famílias de baixa renda para complexos residenciais em áreas isoladas e sem infraestrutura urbana.

"Muitos terrenos da União estão sendo invadidos, desvalorizados. A gente vai trazer essa população que não conseguiria comprar um imóvel na região central, com acesso aos serviços públicos", disse.

"No Minha Casa Minha Vida, você promove segregação social, isola as famílias."

Para atrair as empresas, o governo federal vai negociar com as prefeituras a flexibilização de regras de construção na área. A intenção é que os imóveis possam ser maiores. As alterações dependem de aprovação de projetos de lei nas Câmaras Municipais.

Na indústria, a medida, desenhada dentro do plano nacional de habitação, não pode ser tratada como substituta ao Minha Casa.

"Existem ações isoladas que podem ser entendidas como ações isoladas, e nada mais do que isso", afirma José Carlos Martins, presidente da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).

"Não é com voucher ou entrega de terrenos públicos que vou resolver o problema de 7 milhões de moradias."

Ele considera engessada a proposta do governo de conceder terrenos. "É um desperdício. Você pode construir, mas não necessariamente no mesmo lugar. Ou você pode construir em um terreno e revitalizar um prédio público. Não é preciso criar amarras", diz Martins.

Canuto propunha um voucher de cerca de R$ 60 mil para famílias com renda até R$ 1.200 investirem na compra, construção ou reforma do imóvel. O dinheiro seria entregue ao responsável pela obra, e não à família. A equipe econômica, contudo, teme que haja desvio de recursos.

Outro entrave é a falta de interesse dos bancos em operacionalizar o programa. Canuto havia sugerido descontar do valor do voucher os custos que a instituição financeira teria na operação.

Auxiliares de Guedes afirmam que o Aproxima foi concebido porque o governo não tem recurso para subsídios.

Esse é o caso da faixa 1 do Minha Casa, com até 90% de subsídio, e do sistema de vouchers, que demandaria verba federal. Enquanto o sistema de vouchers é visto com ressalvas por Guedes, o ministro defende o modelo na educação, dando liberdade aos pais para escolherem a escola que acharem melhor para o filho.
Herculano
08/02/2020 07:57
AOS 40, PT SENTE AS DORES DE UMA VELHICE PRECOCE, por Josias de Souza, no UOL

O Partido dos Trabalhadores sempre foi uma legenda à frente do seu tempo. Aos 25, quando exalava a doce fragrância do poder, viveu a crise etária dos 40.

Trazia na cara aquele jeitão ávido de quem perdera muito tempo na vida. Sucumbiu com naturalidade singular às relações plurais.

Hoje, ao atingir de fato os 40, padece os males de uma velhice precoce. Enfrenta dissabores típicos de quem esqueceu de maneirar.

Com deficiência neurológica, o PT não consegue compreender sua própria realidade. Ainda não se deu conta de que tem um enorme passado pela frente.

Acorrentado a Lula e à fábula da perseguição, o partido se confunde com a imagem do dono. Mantém os pendores hegemônicos. Mas já não consegue liderar o que se convencionou chamar de "esquerda".

Batizada de 'Festival PT 40 anos', a festa de aniversário do PT oferece três dias de tédio. Exibe algo que Cazuza chamaria de museu de grandes novidades.

Lula discursará neste sábado como principal atração do evento, que ocorre no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Despejará sobre o microfone ideias que não correspondem aos fatos.

Não é que Lula tenha se tornado igual aos políticos que atacava. O problema é que Lula ficou diferente do personagem que ele dizia ser. Sua piscina está cheia de ratos.

Em novembro de 2002, falando à Folha, o historiador inglês Eric Hobsbawm disse ter visto na vitória que levou Lula ao Planalto um dos poucos eventos do começo do século 21 que inspiravam "esperança".

No prefácio de um livro lançado em dezembro de 2002 ("Lula, o filho do Brasil", de Denise Paraná), o escritor Antônio Cândido enxergou no PT um partido "vivo", capaz "de escolher no arsenal ideológico os instrumentos adequados à ação política transformadora desse Brasil pesado de iniquidades seculares".

No mesmo livro de Denise Paraná, à altura da página 147, Lula pintou assim o seu autorretrato:

"(...) Se eu não tivesse algumas [qualidades pessoais] não teria chegado aonde cheguei. Eu não sou bobo. Acho que cheguei aonde cheguei pela fidelidade aos propósitos que não são meus, são de centenas, milhares de pessoas."

Decorridas quase duas décadas, o Lula de 2020 não faz jus nem às avaliações de Hobsbawm e Cândido nem à imagem que fazia de si mesmo. Ele agora reivindica a condição de bobo.

A "esperança" foi derrotada pelo dinheiro. Tomado de assalto por vivaldinos, o partido "vivo" flerta com o pior tipo de morte: a irrelevância.

Lula nunca soube de nada. Mas as nove ações penais que coleciona indicam que, no seu caso, nada é um vocábulo que ultrapassa tudo.

Como não enxerga no espelho a figura de um desbravador do Código Penal, Lula recusa a ideia da autocrítica. Admite, no máximo, que o PT "cometeu erros".

Ao usar a palavra "erro" como eufemismo para corrupção, Lula revela uma desconexão voluntária com a realidade. Virou paródia grotesca do heroi idílico do PT.

Lula vendeu os ideais para financiar sua aventura. Trocou o ascetismo pela propina. Daquele sonho de de 40 anos atrás só sobrou o esboço de um epitáfio: "Cometemos erros."
Herculano
08/02/2020 07:26
da série: a milícia digital bolsonarista, e neste caso, veio dos filhos, é um caso patológico e na maioria dos casos se assemelha ao que se viu e vê com os petistas.

"ESSE VAGABUNDINHOS FORAM TÃO AMADORES QUE SEQUER CHECARAM QUE EU ESTAVA EM VOO"

Conteúdo de O Antagonista. "Não quero desculpas por ele ter duvidado de mim."

A frase é do general Santos Cruz, a propósito das mensagens de WhatsApp forjadas que levaram Jair Bolsonaro a demiti-lo.

Em entrevista à Época, ele disse também:

"Esses vagabundinhos que fizeram isso foram tão amadores que sequer checaram que na hora da falsa mensagem eu estava em voo. São amadores, para minha sorte."

O general Santos Cruz afirmou que as próximas etapas da investigação passarão pelas vias oficiais, e que o entorno do presidente está na mira:

"Vou até o fim nisso aí, com qualquer consequência. Não é só pela honra pessoal. É funcional também. Eu era ministro! Quem é que tem a ousadia de fabricar um documento grotescamente falso e fazer chegar ao presidente da República? É crime. É uma ousadia, porra! Quero saber como isso chegou ao celular do presidente. Quem enviou?"
Herculano
08/02/2020 07:17
da série: cada vez mais nanico por evitar a limpeza de seus quadros enlameados

ANASTASIA CONFIRMA SAÍDA DO PSDB

Conteúdo de O Antagonista. Como O Antagonista antecipou no mês passado, Antonio Anastasia mudará do PSDB para o PSD. O senador mineiro informou a saída oficialmente a Bruno Araújo, presidente de seu atual partido.

Nos bastidores, tucanos dizem que Anastasia saiu para evitar ser ainda mais atingido pelo desgaste de Aécio Neves.
Herculano
08/02/2020 07:10
da série: a conta da irresponsabilidade petista chegou e continua com a irresponsabilidade dos políticos que vão perder a teta, mas retardam à solução repassando a conta para os que pagam as pesadas contas de luz e o os escorchantes impostos


BOLSONARO SUGERE A PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS PARA EVITAR "COLAPSO"

Conteúdo de O Antagonista. Jair Bolsonaro sugeriu nesta sexta-feira que a Eletrobras deve passar por um processo de privatização para evitar o colapso da estatal, registra a Exame.

A empresa responde por cerca de um terço da capacidade de geração de energia e detém metade do sistema de transmissão do Brasil.

O presidente respondeu à pergunta de uma pessoa no portão do Palácio da Alvorada que, após se dizer funcionária da Eletrobras, questionou se ela seria desestatizada.

"Olha, o que aconteceu? Quando a Dilma baixou o preço [da energia], houve um déficit enorme. Hoje, você precisa investir para o sistema não entrar em colapso. Eu não tenho R$ 28 bilhões. Esse é o problema. Tem muita estatal aí que tem que ser negociada", declarou Bolsonaro.
Herculano
08/02/2020 07:04
ATENÇÃO

A ESTRADA DO GASPAR ALTO ESTÁ INTERDITADA PRóXIMO AO MOTTI. ISSO IMPEDE A LIGAÇÃO COM BLUMENAU VIA GARCIA OU RIBEIRÃO FRESCO
Herculano
08/02/2020 07:02
VOCÊ VOLTARIA? por Rodrigo Zeidan, economista, professor da New York University Shanghai (China) e da Fundação Dom Cabral.

O vírus vai gerar crise na China, muitos vão sofrer; nada diferente do que acontece no Brasil

Minha vida foi sempre peripatética. Por escolha. Agora, estou em autoexílio por causa do coronavírus, até minha família se sentir segura para voltar para a China (o plano, hoje, é voltar no dia 24).

O impacto econômico da epidemia se dá nos grandes dados, como o PIB, mas também no dia a dia de quem mora no país.

Meus amigos chineses no país estão vivendo um misto de incerteza e ansiedade, mesmo aqueles com contratos de trabalho permanentes. O que poucos entendem sobre a China capitalista é que, nos últimos 30 anos, todos os empregos novos foram gerados por empresas privadas - em 1990, somente 25 milhões de chineses trabalhavam em empresas privadas; em 2000, já eram 114 milhões; hoje, são mais de 280 milhões.

Enquanto isso, o número de funcionários de estatais caiu de 103 milhões, em 1990, para 57 milhões, hoje. A China é movida pelo dinamismo de empresas privadas num ambiente ultracompetitivo.

Um exemplo é o de um amigo, dono de um restaurante e um bar em Xangai. Ele sempre se orgulhou de ter estabelecimentos de primeira - num exemplo prosaico, abriu o primeiro restaurante com comida apimentada regional de Sichuan a não reutilizar óleo. Os próprios chefs achavam um absurdo, já que lá essa prática é comum e eles diziam que isso contribuía para o sabor único da sua culinária. No momento, os estabelecimentos estão fechados.

"Você está preocupado?", perguntei. "Não, já que somos bem gerenciados. Mas, se durar mais de quatro meses, teremos problemas. Ao mesmo tempo, vou poder alugar um ponto mais barato para meu próximo projeto, se a crise não durar tanto."

No outro extremo está outro amigo, que tem uma agência de marketing pequena. Ele já está planejando reduzir a equipe, já enxuta, para poder sobreviver.

Professores de língua tiveram a maioria das suas aulas canceladas. Um amigo já decidiu sair da China, de vez ?"não tinha como sobreviver sem nenhuma renda e sem saber quando as aulas, mesmo que virtuais, voltariam.

O vírus vai gerar crise econômica, só não sabemos se temporária. Muita gente vai sofrer muito. Não diferente do que acontece hoje no Brasil, com o desemprego de dois dígitos e imensa desigualdade. Crise não é só grandes números.

Tem gente que acha que os números dos infectados com o coronavírus estão sendo manipulados por autoridades chinesas. Não estão. Se houvesse manipulação, os casos no exterior estariam aumentando mais rapidamente que os divulgados na China. Mas não é o caso.

Além disso, há dias em que o número de casos aumenta mais de 15%. Se há manipulador de dados, ele deveria ser demitido por incompetência.

Também tem gente que acha que o coronavírus é tempestade em copo d'água. "A gripe comum mata mais gente; a taxa de letalidade desse vírus é só de 2%; não tem por que se assustar." Infelizmente, não é bem assim.

Sabemos o que esperar no caso de uma gripe - qual a frequência de novos casos, como se transmite, qual a mortalidade esperada. No caso do coronavírus, o grau de incerteza é muito mais alto. Pode começar a se espalhar mais rápido. Ou a epidemia pode terminar repentinamente. Um novo vírus não nos permite fazer previsões com o que já sabemos de epidemias passadas.

Ainda assim, depois de conversar com vários especialistas, a chance de epidemia no Brasil é extremamente baixa. Estamos no verão, época de difícil propagação de vírus, assim como a Austrália, onde os poucos casos estão mais que controlados.
Herculano
08/02/2020 06:54
SE 'CADUCAR', BOLSONARO REEDITA A MP DA CARTEIRINHA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Se deixar caducar a medida provisória que criou a carteirinha estudantil digital e gratuita, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, passará vergonha: o presidente Bolsonaro reeditará a MP, até porque 2020 é outro ano legislativo. Maia quer estudantes pagando R$35 à UNE/Ubes pela carteirinha. Em 2017, quando ainda não escondiam os valores, essas entidades ligadas ao PCdoB admitiram faturar R$14,3 milhões.

ACORDO COM O ATRASO

Maia tem acordo com o PCdoB para devolver o negócio de carteirinhas pagas às entidades "estudantis" que aparelham, como UNE e Uneb.

SEMPRE PRóXIMO DE TETAS

Parceiro de Maia para ressuscitar o negócio, Orlando Silva (PCdoB-SP), ex-ministro de Lula, pagava até tapioca com cartão corporativo.

ELE BLINDOU A UNE

A aliança com o PCdoB não é recente: foi Rodrigo Maia quem impediu a instalação da CPI da UNE, para investigar maracutaias na entidade.

NEM POR CONVENIÊNCIA

Maia, que se gaba da própria esperteza, parece acreditar que o PCdoB faria um casamento (de jacaré com cobra d'água) com o DEM.

MORO AVISOU A IBANEIS SOBRE O EXÉRCITO NAS RUAS

A grita de Ibaneis Rocha surtiu efeito. Desta vez, antes da publicação no Diário Oficial da União de sexta (7), o ministro Sérgio Moro (Justiça) telefonou ao governador do DF para avisar da assinatura de decreto presidencial autorizando o Exército a fazer a vigilância externa do presídio federal da Papuda, em Brasília. Melhorou o clima, mas não removeu de Ibaneis a certeza de que foi ideia de jerico transferir para Brasília os mais perigosos bandidos do País, como o chefão do PCC.

CLIMA É DE GUERRA

A Polícia Civil do DF prendeu líder do PCC com um plano de ataques simultâneos nas ruas e na Papuda, para resgatar o bandidão Marcola.

CHAMOU, TÁ CHAMADO

Logo após a publicação do decreto no D.O.U., grande comboio do Exército se deslocou à Papuda para assumir o controle da área.

COM URUTU NÃO DÁ

Blindados como Urutu estão no cerco do Exército à Papuda. "Vai ser difícil fim de semana tranquilo com Urutu nas ruas", lamentou Ibaneis.

WILSON PIMPÃO

Acusado pelo STF de colocar o mandato a serviço do crime, Wilson Santiago (PTB-BA), circula pimpão após ter sido reintegrado à Câmara. Nem parece que é acusado de roubar dinheiro público.

REZA ECONOMIZADA

Um verde oliva foi designado à missão de rezar a cartilha para a reverenda Jane Silva, a secretária executiva da Cultura, que estava se achando. Não deu tempo. Rápida, a atriz Regina Duarte a dispensou.

CLÍNICA CONGRESSO

Frases entreouvidas na cerimônia de início do ano legislativo no Congresso, esta semana: "Você está ótima!" Ou "Está mais magro?" Ou ainda "Mexeu nas pálpebras?" E até a confissão: "Dei uma geral!".

OS INSACIÁVEIS

Ministro de quatro estrelas definiu assim no Planalto a demissão do "roda presa" Gustavo Canuto: "Ele estava antipatizado no Congresso e com dificuldade para conciliar pedidos insaciáveis dos parlamentares."

A SANGUE FRIO

O senador Humberto Costa (PT) sofreu o pão que o Lula amassou, na disputa pela prefeitura do Recife, em 2012. Lula exigiu dele campanha de "faz de conta", para não atrapalhar Geraldo Júlio (PSB) e se negou até a fazer fotos com Costa, que aguentou firme. Nunca deixou o PT.

OLHO NO FUTURO

A taxação da energia solar acima de 60% é um "desserviço da Aneel" para o deputado Lafayette de Andrada (Rep-MG). Ele propõe marco legal para garantir incentivos e dar segurança jurídica a quem investe.

NOVO LÍDER

A crise econômica e garantia de salário pago em dia, fizeram o Rio passar o DF no ranking de procura por concursos públicos. Segundo Grancursos, representam 19,98% e 12,82% do total, respectivamente.

O BRASIL MUDOU

A Amcham pediu ao governo dos Estados Unidos a retirada do Brasil da lista de países que não protegem a propriedade intelectual. Relaciona avanços em várias áreas, incluindo combate à pirataria.

PENSANDO BEM...
08/02/2020
...Bolsodoria aparece de quatro em quatro anos. Quem viver, verá.
Herculano
08/02/2020 06:44
POR QUE O PAPA FRANCISCO DECIDIU MUDAR UM TRECHO DO PAI NOSSO EM ITALIANO

Conteúdo da BBC News Brasil. Texto de André Bernardo, do Rio de Janeiro. Em 2017, o papa Francisco já havia criticado a tradução do trecho 'não nos induzais à tentação'

Os fiéis da Igreja Católica na Itália passarão neste ano por uma provação: decorar um Pai Nosso diferente daquele a que estão acostumados.

A mudança não será tão grande - apenas uma frase - mas, tratando-se de uma das principais e mais conhecidas orações do catolicismo, qualquer alteração ganha relevância.

Até o primeiro domingo do Advento, que será celebrado este ano no dia 29 de novembro, uma nova edição (revista e atualizada) do Missal Romano, que reúne todas as orações que os padres rezam durante a missa, chegará a todas as paróquias italianas.

Na terceira edição do livro em italiano, o Pai Nosso mudará no trecho que, em português, é lido como "não nos deixeis cair em tentação". Em italiano, o trecho atualmente é "non ci indurre in tentazione", algo que poderia ser traduzido diretamente como "não nos induzais à tentação".

A nova versão será "non abbandonarci alla tentazione", com uma tradução direta que seria "não nos abandoneis à tentação". Não haverá alteração nas traduções para outros idiomas.

Também será alterado o hino Glória em italiano. O trecho "Paz na Terra aos homens de Boa Vontade" dará lugar a "Paz na Terra aos homens amados por Deus".

As mudanças foram propostas pelo presidente da Conferência Episcopal da Itália, o cardeal Gualtiero Bassetti, e aprovadas pelo papa Francisco no dia 22 de maio do ano passado, durante a 72ª Assembleia Geral dos bispos italianos.

"Deus não nos dá tentações. O papa Francisco recorda que a oração começa com pai e um pai não arma ciladas para seus filhos", explica dom Edmar Peron, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

"Nosso Deus é um Deus de misericórdia. Ele está sempre conosco e nos estende a mão sempre que precisamos."

O papa Francisco já tinha se pronunciado a respeito da versão em italiano do Pai Nosso em outubro de 2017. Em entrevista ao programa Padre Nostro, transmitido pelo canal TV 2000, o pontífice admitiu que "não nos induzais à tentação" não era uma boa tradução.

A versão brasileira não sofre com esse problema. Por aqui, há muito é rezada como "não nos deixeis cair em tentação", muito próximo do sentido que a nova tradução italiana pretende dar à frase.

"Sou eu quem cai em tentação; não é Deus que me joga nela", afirmou o papa ao apresentador, o padre Marco Pozza.

Aramaico x grego
No italiano, o verbo "indurre" ("induzir") foi traduzido do latim "inducere" ("empurrar") a partir do grego "eisféro" ("conduzir para dentro"), explica o padre Paulo Bazaglia, mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma e coordenador do Centro Bíblico Paulus.

"Jesus conversava em aramaico com seus discípulos, mas os evangelhos foram escritos em grego. O verbo grego não conseguiu traduzir a ideia presente no original aramaico. Enquanto um significa 'fazer entrar', ou seja, dá a ideia de entrar à força, o outro tem sentido permissivo, isso é, 'deixar entrar'. O Deus de Jesus não empurra ninguém para a queda, nem passa rasteiras ou contabiliza quantas vezes caímos para rir de nós", diz.

Segundo a tradição católica, todos os fiéis, sem exceção, estão sujeitos a cair em tentação. Até o próprio Jesus, relatam os Evangelhos, foi tentado pelo Diabo no deserto.

"Sim, Deus pode permitir que sejamos tentados, como aconteceu com Jesus no deserto. Mas, nunca nos propõe o mal como bem", afirma o padre Jesus Hortal, professor emérito do Departamento de Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

"Tentar é fazer uma prova a fim de ver o resultado. O que pedimos, portanto, é que Deus não nos coloque à prova, nem tente as nossas forças. Sabemos que somos fracos e que, se colocados à prova, vamos cair."

Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Teologia da PUC-SP, o padre Gilvan Leite de Araújo acrescenta que, se Deus concedeu ao homem o livre-arbítrio, não pode, então, privá-lo de exercer sua liberdade de escolha.

"Um pai ou uma mãe segura a mão de uma criança até que ela aprenda a andar. Depois, dependendo da idade, orientam e corrigem, mas, ao crescer, a pessoa deverá tomar suas próprias decisões, que podem edificá-la ou destruí-la. Os pais usam todas as possibilidades para salvar um filho que está em perigo, mas caberá a ele aceitar ou não", explica o teólogo.

Outras mudanças
Não é a primeira vez que uma congregação episcopal propõe uma alteração no Missal de seu país. Em 2017, a conferência dos bispos da França realizou um ajuste no mesmo trecho do Pai Nosso.

Desde o primeiro domingo do Advento daquele ano, que caiu no dia 3 de dezembro, a frase "não nos submeteis à tentação" ganhou nova tradução: "não nos deixeis cair em tentação" - a mesma utilizada na versão brasileira.

Em 2019, os bispos da Congregação Episcopal de Portugal optaram por tratar Deus como "Tu" e não mais como "Vós". A nova versão, coordenada por dom Anacleto Oliveira, bispo de Viana do Castelo, levou sete anos para ser concluída e contou com uma equipe formada por 34 especialistas.

"No Brasil, achamos mais conveniente tratar Deus como Vós. Já outros países, como Itália, França e Espanha, usa-se o Tu. É uma questão de adaptação ao uso de cada país", explica o exegeta e missionário redentorista Padre José Raimundo Vidigal, responsável pela tradução da Bíblia Sagrada, da Editora Santuário.

Todas as conferências episcopais, explica dom Edmar Peron, têm liberdade para propor alterações nas traduções de seus missais. Mas, tão logo traduzidos e aprovados, os textos devem ser enviados para Roma.

A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, chefiada pelo cardeal Robert Sarah, é o órgão da Santa Sé responsável por validar essas traduções.

Segundo os Evangelhos, o Pai Nosso foi ensinado pelo próprio Jesus a pedido de um de seus discípulos
No Brasil, o setor da CNBB encarregado de traduzir os textos litúrgicos é a Comissão Episcopal de Textos Litúrgicos (CETEL).

'Ofensas'
Outro trecho do Pai Nosso que costuma suscitar polêmica em congregações evangélicas é "Perdoai as nossas ofensas". Os mais puristas preferem "dívidas" em vez de "ofensas".

"A tradução por 'dívidas' está correta, mas a por 'ofensas' é ainda melhor. Afinal, essas 'dívidas' são morais e não monetárias", explica o pastor Vilson Scholz, consultor da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) e professor de Teologia Exegética da Universidade Luterana Brasileira (Ulbra), de Canoas (RS).

"Muitas pessoas não imaginam que exista linguagem metafórica na Bíblia e tendem a interpretar tudo ao pé da letra."

"Não nos deixeis cair em tentação" e "Perdoai as nossas ofensas" são apenas dois dos sete pedidos rezados no Pai Nosso.

Os três primeiros fazem referência a Deus: "Santificado seja o vosso nome", "Venha a nós o vosso reino" e "Seja feita a vossa vontade".

E os quatro últimos às nossas necessidades básicas: "O pão nosso de cada dia nos dai hoje", "Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nós têm ofendido", "Não nos deixeis cair em tentação" e "Livrai-nos do mal".

Segundo os Evangelhos, o Pai Nosso foi ensinado pelo próprio Jesus a pedido de um de seus discípulos. Há duas versões: uma, mais curta, em Lucas (11, 2-4), e outra, mais longa, em Mateus (6, 9-13).
Herculano
08/02/2020 06:24
da série: o medo que se espalha antecipadamente de que também nesta área devido a habilidade do novo titular, a casa também, primeiro, vá funcionar ( se não funcionar é um ponto de desgastes do governo com desgaste para a oposição e estava assim), e segundo com regras mais justas.

UM ESTRANHO NO NINHO, por Julianna Sofia, secretária de redação da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo

Novo ministro do Minha Casa Minha Vida taxou seguro-desemprego e endureceu regras de aposentadorias

Na gênese da demissão de Gustavo Canuto do comando do Ministério do Desenvolvimento Regional, diferenças irreconciliáveis. Técnico metódico, alheio ao tempo da política, o quinto ministro exonerado por Jair Bolsonaro não só falava dialeto diferente dos ocupantes do Congresso como divergia entre quatro paredes dos gabinetes ministeriais do ideário ultraliberal da equipe de Paulo Guedes (Economia).

Sua instabilidade no cargo começou ao sentar na cadeira. A pasta, que sucedeu o antigo Ministério das Cidades, é cobiçada historicamente pela classe política por seu volume de recursos e capilaridade. É lá que sempre se praticou o toma lá, dá cá das emendas parlamentares com verbas para cisternas, saneamento, habitação e transporte urbano.

Por não ser um animal político, Canuto vinha sendo fritado em fogo brando. No final do ano passado, houve coro de parlamentares pelo acerto de pendências governistas na liquidação da fatura da reforma da Previdência, e a batata passou a assar em temperatura mais elevada.

Foi a dissonância com a equipe econômica, no entanto, que fez Guedes pedir sua cabeça na bandeja. O ex-ministro foi contra o modelo de marco do saneamento do Ministério da Economia por discordar da privatização irrestrita do setor. Em outra frente, divergia da linha do Posto Ipiranga ao defender uma política habitacional para o país.

Se o Minha Casa Minha Vida travou, auxiliares do ex-ministro culpam Guedes: cortou os recursos previstos para 2019 e encolheu o orçamento de 2020 - redução de 40%. A Economia foi contra a reformulação do programa apresentada por Canuto, que previa subsídio federal para baixíssima renda via voucher.

Com Rogério Marinho agora no Desenvolvimento Regional, o Palácio do Planalto pretende azeitar o jogo legislativo e Guedes passa a ter um aliado no ministério. Para elucidar os novos rumos da pasta, essencial buscar pelas palavras-chave: reforma trabalhista e da Previdência e taxação do seguro-desemprego.
Aldo Goeberg
07/02/2020 17:25
Boa noite

O Superintende da defesa da Civil de Gaspar, Sr. Evandro que serviu a 3 governos distintos, ainda não aprendeu que a rua Bonifácio Haendchen e Rua Nova Biguaçu, ambas daqui do Distrito do Belchior, NÃO se chamam de Ruas Bonifácio Hentchen e Rua NOVA IGUAÇU, como tem dito nas entrevistas das "radias amigas do puder".
Miguel José Teixeira
07/02/2020 11:58
Senhores,

Só porque hoje é 6ª feira:

"Túlio Gadêlha é muito melhor que Marília', diz presidente do PDT sobre eleição do Recife"

(https://jconline.ne10.uol.com.br/canal/politica/pernambuco/noticia/2020/02/07/tulio-gadelha-e-muito-melhor-que-marilia-diz-presidente-do-pdt-sobre-eleicao-do-recife-399284.php)

A rádio corredor informa que o "Billy The Kid" irá transferir seu título eleitoral para Recife só para, de sacanagem, não votar nêle!
Clauido Souza
07/02/2020 08:44
Herculano, não é só de fazer maldades que a atual administração entende bem, eles também sabem ser bons, mas somente com os seus.
A mais nova bondade feita pelo prefeito de fato e pelo seu fantoche foi presentear um fiscal de obras da prefeitura obrigando o presidente do samae a nomear a filha desse fiscal para um cargo de direção no samae. Segundo relatos aqui na prefeitura, esse fiscal estaria "fechando os olhos" para algumas coisas feitas por amigos do poder e assim foi agraciado com um mimo.
O mais interessante é que a filha do fiscal não tem experiência nenhuma e foi nomeada para o cargo de diretora de compras, mas esta trabalhando como diretora de rh. Mais um desvio de função tão comum nesse desgoverno.
Miguel José Teixeira
07/02/2020 08:42
Senhores,

Ranking dos políticos 2019

No EndEl

https://www.politicos.org.br/

você poderá conhecer o ranking dos políticos 2019.

Há classificações de vário tipos.

Por exemplo: "Qualidade Legislativa", eis a posição dos parlamentares catarinenses no geral:

3º lugar: Gilson Marques ?" Novo-SC
e óbviamente, obtendo pleno êxito em sua luta, aparece entre os 594, em

590º lugar: PEDRO UCZAI (é-golpe-é-golpe-é-golpe. . .),

perdendo apenas para :

591º - herculano passos ?" MDB-SP
592º - aécio neves - PSDB-MG, o cangaceiro que já deveria ter sido decapitado e em
593º - acir Gurgacz

Curiosamente no ranking não há o 5º colocado.

Delicie-se! Pois quem banca esta INUTILIDADE PÚBLICA, somos nós, BURROS-DE-CARGAS!
Herculano
07/02/2020 07:23
SAMAE INUNDADO OU "O PASSO TORTO DO PP VI"

A coluna já estava fechada quando soube da exoneração do Roberto da Silva, o Betinho, ex-prefeito de Ilhota pelo PP de uma das diretorias do Samae de Gaspar,

Primeiro: está claro que é um caso típico de encosto político partidário para quem não tem emprego e fora do seu ambiente de domínio eleitoral, a Ilhota.

Segundo: Betinha viva a expectativa, vejam só, de que seria alçado a presidência da autarquia.

Terceiro: como o gato subiu no telhado do PP de Gaspar, ele começou a arrumar a casa para os seus, incluindo a volta do presidente à Câmara, o mais longevo dos vereadores de Gaspar, José Hilário Melato e que em 2016 só se elegeu graças aos votos do coligado PSC.

Quarto: se Melato voltar para a Câmara, o PP já escalou o engenheiro elétrico Pedro Inácio Bornhausen, que estava na chefia de gabinete e de lá saiu para dar vez ao MDB, para ter assento no Samae e de lá fazer uma trincheira mínima para o partido que não sabe se manterá a vice na corrida de reeleição do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB. Acorda, Gaspar!
Herculano
07/02/2020 07:12
DELAÇÃO DE CABRAL PODE ESTILHAÇAR A LAVA JATO DO RIO, por Josias de Souza, no Uol

À medida que as condenações de Sérgio Cabral foram se avolumando, o ex-governador do Rio de Janeiro foi se apaixonando pela ideia de virar um delator premiado. Por algum tempo, esse sentimento foi platônico. O Ministério Público Federal sempre rejeitou a ideia. De repente, a paixão de Cabral pelo instituto da delação foi correspondida pela Polícia Federal, que recebeu do Supremo Tribunal Federal poderes para negociar acordos de colaboração judicial. Deu-se, então, um casamento de conveniência.

Sabe-se agora que Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, homologou a delação de Cabral. Fez isso contra a posição da Procuradoria-Geral da República. O acordo é mantido sob sigilo. Mas ainda que Cabral tivesse revelado uma insuspeitada conexão entre a roubalheira que humilha o Rio de Janeiro e o Vaticano, a negociação de um acordo com um larápio dessa envergadura, chefe de uma organização criminosa, é um flerte com o escárnio.

Cabral ingressou na política como um homem de bem. Cresceu na vida pública como um homem que se dá bem. E caiu em desgraça ao ser flagrado com os bens. Suas sentenças somam mais de 280 anos de cana. Chegou a esse ponto escarnecendo dos investigadores. No início, negava todos os crimes. Cercado, admitiu o caixa dois. Virado do avesso, soltou a língua. Pela lógica da delação, Cabral precisa suar o dedo apontando para cima.

Diz-se que o neo-delator apresentou elementos capazes de incriminar gente do Judiciário, espirrando lama inclusive no Superior Tribunal de Justiça, o STJ. Alega-se que revelou podres novos de Lula e sua prole. É preciso verificar a qualidade das provas. Por ora, sabe-se apenas que a imagem de Cabral arrastando uma tornozeleira eletrônica entre o home theater e a sacada de um apartamento elegante de Ipanema tem potencial para estilhaçar a vitrine carioca da Lava Jato.
Herculano
07/02/2020 07:04
ALÉM DO HORIZONTE, por Alexandre Schwartsman, economista, ex-diretor do Banco Central, para o Infomoney

O comportamento do mercado de trabalho, em particular a redução da taxa de desemprego mesmo em cenário de baixo crescimento, sugere que capacidade de expansão sustentável do produto é reduzida, pouco superior a 1% ao ano. Não é um problema para os próximos anos, mas precisa ser resolvida antes de se tornar um obstáculo mais sério

O IBGE divulgou a taxa de desemprego aberto para o trimestre terminado em dezembro, registrando 11,0% no período, contra 11,2% no trimestre findo em novembro e 11,8% no terceiro trimestre do ano passado.

Como há, porém, um forte componente sazonal no comportamento do desemprego (que normalmente sobe entre dezembro e março e cai de março a dezembro), é sempre melhor nos basearmos nos números ajustados à sazonalidade, que - segundo nossas estimativas - registraram modesta queda entre novembro (11,8%) e dezembro (11,7%), levemente abaixo do registrado em setembro (12,0%). Na média de 2019 houve também recuo, 11,9% contra 12,3%, semelhante à observada em 2018 (12,3% contra 12,8%).

De acordo com esta métrica houve, portanto, pequena melhora no mercado de trabalho a partir de 2017. Outras medidas mais amplas de subutilização da força de trabalho, que levam em conta, entre outros fatores, pessoas trabalhando menos do que poderiam, assim como as desalentadas (que desistiram de buscar trabalho por falta de perspectivas), mostram também recuo, embora ainda menor (24,2% contra 24,3%).

O comportamento do desemprego, porém, é um tanto surpreendente. É verdade que a queda foi pequena, mas não é menos verdadeiro que o crescimento do ano passado, provavelmente pouco acima de 1%, assim como em 2018, foi muito fraco. Isto reforça a percepção que a capacidade de expansão sustentável da economia brasileira ("crescimento potencial") parece baixa. Explico.

Podemos definir o crescimento potencial (não o produto potencial, cuja definição e medidas são mais complicadas) como aquele consistente com uma taxa de desemprego constante, ou, de forma mais ampla, como aquele que mantem inalterado o nível de utilização de recursos na economia (trabalho e capital).

Obviamente esta definição não implica que devamos manter constante o nível de utilização de recursos na economia, mas apenas que taxas de crescimento superiores à potencial levarão à queda persistente do desemprego e da capacidade ociosa e que, portanto, não podem ser sustentadas indefinidamente. De fato, sob tais circunstâncias em algum momento a economia esbarraria nas restrições de mão-de-obra (qualificada e não-qualificada) e capital. Tal momento estará tanto mais próximo quanto menor for o desemprego e, consequentemente, mais longínquo quanto maior for a ociosidade da mão-de-obra.

É neste sentido que a queda da taxa de desemprego observada nos últimos anos é surpreendente, embora não indesejada, pois ocorre contra um pano de fundo de expansão do produto pouco acima de 1%. Usando dados trimestrais de variação do desemprego e do crescimento do produto do início de 2013 ao terceiro trimestre de 2019 (27 observações), conforme ilustrado pelo gráfico abaixo, estimamos que a taxa de desemprego congruente (em média) com desemprego estável durante este período amostral é pouco superior a 1% ao ano, sugerindo, pois, que o crescimento potencial do país neste período se encontra nesta casa, valor bastante reduzido.

Não é uma preocupação para os próximos meses e mesmo para os próximos anos. Existe, para começar, enorme ociosidade no mercado de trabalho. Nossa estimativa para a "taxa natural de desemprego", ou NAIRU no jargão da profissão, se encontra entre 9,0-9,5%, ainda bem distante dos números ao redor de 12% registrados pelo IBGE, o que permite crescimento além do potencial por alguns anos.

Em particular, as projeções de crescimento hoje consensuais para o período 2020-2022 (perto de 2,5% ao ano) são consistentes com folga no mercado de trabalho pelo menos até o último ano da atual administração. Pressões inflacionárias, assim, devem se manter bastante reduzidas, o que sugere espaço para queda adicional da taxa de juros.

Num horizonte mais longo, contudo, a coisa muda de figura. Mesmo 2,5% ao ano de crescimento é pouco para permitir o desenvolvimento que o país precisa para dotar a população de condições de vida mais dignas. O desafio, pois, dos próximos anos vai além de questões urgentes como o nó fiscal, explorado em outras colunas. Passa também, e crucialmente, pela capacidade de elevar o ritmo de expansão potencial da economia, o que só pode se materializar pelo aumento persistente da produtividade.

Neste sentido, as reformas microeconômicas, entre as quais incluo com destaque a questão tributária, são essenciais, ainda que não urgentes. Mas passarão a sê-lo num horizonte não tão distante.
Herculano
07/02/2020 06:57
BRASIL INVESTE MENOS E BOLSONARO BRINCA DE CARRINHO SEM GASOLINA, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Investimento desacelera e cresce apenas 2,1% em 2019, estima Ipea

Os brasileiros remediados compram mais carros e casas. Tomam mais dinheiro emprestado. O consumo de varejo cresce, dentro das possibilidades da nossa pobreza e com esse emprego tão precário.

Pelo andar da carruagem, tudo parece compatível com um crescimento de pouco mais de 2% neste 2020. Medíocre, mas melhor. Mas a carruagem está com uma roda quebrada.

O investimento em construções, máquinas, equipamentos e outros bens de produção cresceu apenas 2,1% no ano passado, segundo estimativa divulgada nesta quinta-feira (6) pelo Ipea (instituto federal de pesquisa econômica). E daí?

Para que o PIB cresça pouco mais de 2% em 2020, é preciso que o investimento avance muito mais do que em 2019: uns 5%. O investimento tem perdido ritmo. Os dados oficiais da produção de bens capital já indicavam cheiro de fracasso. Vamos ter certeza disso apenas no final do mês.

Por medíocre que seja, além de limitado à parcela mais rica (ou menos pobre) da população, o consumo tropeça, mas não cai, ao menos por enquanto.

Apesar do janeiro ruim, a venda de veículos nacionais ainda segue em bom ritmo (alta de 6% no trimestre encerrado em janeiro, na comparação anual). As vendas de imóveis novos crescem, em particular por causa do resultado excepcional da cidade de São Paulo (aumento de mais de 48% de unidades vendidas nos doze meses contados até novembro de 2019). As concessões de crédito imobiliário perderam um pouco de ritmo, mas crescem a mais de 5% ao ano no país.

Mesmo com o resultado horroroso da indústria em 2019 (queda de 1,1%), a produção de bens de consumo se manteve no azul. A massa de rendimentos, a soma de todos os rendimentos do trabalho, aumenta a 2,5% por ano. Devagar, sim, mas compatível com aquele crescimentozinho do PIB de 2%. Ressalte-se: estamos aqui falando apenas da possibilidade de que as nossas expectativas reduzidas não sejam frustradas, não de milagre do crescimento. Qual o risco?

A economia mundial lerda e a Argentina em particular avariaram a indústria já combalida, incapaz ou incapacitada de inventar novos produtos e mercados, clientes. A exportação de veículos caiu pavorosos 30% nos últimos 12 meses, por exemplo (184 mil carros a menos). O comércio exterior não vai nos ajudar a sair da estagnação. Ao contrário.

O investimento parece em um beco sem saída. Não haverá crescimento do gasto público em obras e equipamentos pelos próximos anos. Ao contrário. Caso o governo acorde, haverá um aumento mais notável de concessões de obras para a iniciativa privada apenas em 2021.

O governo abriu um olho nesta semana ao tirar da paralisia o processo de licitação do 5G. Como há muita capacidade ociosa nas empresas (que também por isso quase não investem), um aumento das despesas de capital teria de vir de setores não diretamente dependentes do ciclo econômico, da conjuntura, do curto prazo. É o caso do 5G, da renovação do setor de gás, talvez do saneamento, enfim, de estradas, ferrovias, portos e energia.

Alguém aí ouviu falar de alguma grande obra ou iniciativa nesses setores? Novos projetos ou nós regulatórios desfeitos com rapidez?

O presidente dedica-se à demagogia dos combustíveis e outras picuinhas. Promete mais atrocidade ambiental, exploração de terras indígenas e faz diplomacia desvairada, colocando em risco a relação com parceiros comerciais e investidores externos. Deveria estar obcecado com investimento, mas não sabe do que se trata.
Herculano
07/02/2020 06:43
da série: políticos manhosos ainda ditam o comportamento antigo aos do executivo em Santa Catarina

FRITURA DE HASSLER COMEÇOU BEM ANTES DA RECLAMAÇÃO DOS DEPUTADOS, por Roberto Azevedo, no Makingof
?

O secretário Carlos Hassler (Infraestrutura e Mobilidade) foi exonerado do cargo nesta quinta (6) depois de longa conversa com o governador Carlos Moisés.

Indicado pelo vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), Hassler, que é engenheiro e coronel do Exército, não suportou os ataques que sofreu na Assembleia depois de um desentendimento com o deputado Valdir Cobalchini (MDB), na última terça (4), quando expulsou o parlamentar de uma reunião na sede da secretaria com uma comitiva de Pinheiro Preto.

Antes de comunicada a exoneração, já publicada no Diário Oficial Eletrônico do governo do Estado, Hassler enviou uma resposta à carta de repúdio assinada pela mesa diretora da Assembleia, que pode ser lida na íntegra abaixo, em que declarou respeitava os deputados e a admitia que, no episódio com Cobalchini, "cometi o erro de responder com deselegância a uma atitude deselegante. Como acredito que um erro não justifica outro, apresento minhas desculpas a essa Casa, caso algum parlamentar tenha se sentido ofendido com minha ação."

O substituto do secretário será Thiago Augusto Vieira, que, internamente, já fazia críticas à  postura do titular, assim como outra alta personalidade dentro da administração estadual.
 
"Resposta à Nota de Repúdio da ALESC
Face aos recentes acontecimentos envolvendo o senhor Valdir Cobalchini, não poderia furtar-me de levar a essa Casa Legislativa os devidos esclarecimentos. Devo reconhecer que muito me causou espanto a Nota de Repúdio emitida e muito mais espanto ainda seu argumento.

Após um ano de idas e vindas de Parlamentares a meu gabinete, sabem vossas excelências que a todos recebi, não de portas abertas, mas de ouvidos atentos. Acredito e pratiquei que respeito à posição de representante do povo é receber a qualquer Parlamentar com o mesmo nível de atenção, independentemente de sua cor partidária, de seu gênero, raça, credo ou seja lá qual for a diferença existente em meio à nossa diversidade.

Senhoras deputadas, senhores deputados, vossas excelências sabem que a Nota de Repúdio não faz justiça ao tratamento que lhes dispensei em um ano de trabalho conjunto. Houve 01 (uma) ocasião em que não tratei de forma cavalheiresca um deputado que chegou a meu Gabinete, o que ocorreu há dois dias. Cometi o erro de responder com deselegância a uma atitude deselegante.

Como acredito que um erro não justifica outro, apresento minhas desculpas a essa Casa, caso algum parlamentar tenha se sentido ofendido com minha ação. Porém, não posso aceitar vossa Nota de Repúdio, tanto pelo acima exposto, quanto pelo fato de que ela foi construída sobre um ardil político. O senhor Cobalchini, por inúmeras vezes, foi muito bem recebido em meu gabinete no ano de 2019 e tem plena consciência que o ocorrido na última terça-feira, 4, foi um desentendimento pontual.

Transformar diferenças pessoais em crises institucionais é uma estratégia vil, que só presta um desserviço à comunidade e configura um ato de deslealdade para com seus eleitores. Concluo dizendo que a necessidade do convívio e muitas vezes do trabalho em conjunto para a solução dos problemas que afetam a comunidade catarinense desvendou-me um lado do trabalho dos integrantes do Poder Legislativo que, além do respeito inerente à função, permitiu a construção de um sentimento de admiração para com muitos parlamentares.

E é por causa deste sentimento que reitero meu pedido de desculpas àqueles que se sentiram desconfortáveis com o ocorrido, asseverando que os fatos de modo algum tiveram caráter amplo, mas foram adstritos a duas pessoas falhas, uma das quais não tem problemas em reconhecer seus erros publicamente e outra cuja arrogância não lhe impede de criar transtornos institucionais a fim de aplacar seu orgulho ferido.

Carlos Hassler
Secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade"
Herculano
07/02/2020 06:35
da série: os privilégios de poucos e decididos sob pressão corporativa pelos representantes do povo, passa a conta para os cidadãos, inclusive aquele sem empregos e onde esses privilégios não passam de uma miragem

PREVIDÊNCIA DE POLICIAIS CAUSA CONFUSÃO NOS ESTADOS, por Camila Mattoso, na coluna painel do jornal Folha de S. Paulo

Previdência de policiais causa confusão nos estados

Letra miúda
O modelo de Previdência de PMs e bombeiros, alterado por lei federal no ano passado, está provocando um bate-cabeça nas secretarias estaduais de Fazenda. A legislação cria um novo regime: o de proteção social, e obriga os estados a apartar as aposentadorias e contribuições dos militares da dos demais servidores.

Sem controle
Com isso, secretários não sabem se os gastos com a Previdência de militares devem ser computados como despesa de pessoal. Se sim, os gastos dos estados com funcionalismo vão despencar, mas artificialmente.

Lupa Governadores
encomendaram estudo para saber se a mudança do regime de militares gera perdas ou ganhos. A secretaria de Previdência de Bolsonaro tinha informado que todos ganhariam, mas cálculos de Mato Grosso indicam perda ao estado de R$ 70 milhões neste ano.
Herculano
07/02/2020 06:29
DEMISSIONÁRIO, ROGÉRIO MARINHO GANHOU MINISTÉRIO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nesta sexta-feira, nos jornais brasileiros

O ex-ministro Gustavo Canuto estava marcado para ser demitido por ser um "roda presa" mesmo, como o definia o presidente Jair Bolsonaro. Mas a substituição foi precipitada após Rogério Marinho cogitar sua saída da Secretaria de Previdência e Trabalho. Para não perder um gestor que admira, Bolsonaro agiu rápido e ofereceu ao político potiguar o Ministério do Desenvolvimento Regional.

'RODA PRESA' CLÁSSICO

O ex-ministro Canuto era muito criticado pela lentidão. Solicitações de parlamentares e até do Planalto nunca andavam.

DEVAGAR, QUASE PARANDO

A pachorra com que Canuto tratava as demandas da Secretaria de Governo fazia parecer que ele as tratava com má vontade.

TÃO GRANDE, TÃO LERDO

Bolsonaro esperou do ministério, enorme, que cuidava de transposição do São Francisco, mobilidade, habitação, saneamento, defesa civil...

AINDA FALTA EXPLICAR

Um conflito com o ministro Paulo Guedes (Economia), chefe imediato de Marinho, pode estar por trás da sua intenção deixar o governo.

PROCON AGE CONTRA ABUSO ENQUANTO ANAC SILENCIA

A Anac, "agência reguladora" de aviação civil, ultrapassou todos os limites de subserviência às empresas aéreas. Enquanto se omitia, o Procon-SP agia, notificando a FB Líneas Aéreas, Flybondi, JetSmart e Sky Airline por cobrarem pelo uso do bagageiro acima das poltronas. Na prática, essas empresas estão cobrando pela bagagem de mão, cuja gratuidade foi determinada pela resolução nº 400, da Anac. Mas o que torna tudo ainda mais suspeito é que a agência não se importa com a burla à própria decisão. Questionada, manteve-se em silêncio.

ELES É QUE MANDAM

As empresas redefiniram as dimensões da bagagem de mão e consideram gratuito apenas o que cabe em baixo do assento.

DIREITO IGNORADO

O Procon também exigiu detalhes sobre como será cumprido o direito de levar uma bagagem de até 10kg gratuitamente dentro do avião.

INVESTIGAR É PRECISO

?"rgão de defesa do consumidor e políticos querem o Ministério Público Federal investigando as relações da Anac com as empresas aéreas.

ANARQUIA GERENCIAL

Visitas de avaliação de curso às universidades, a fim de classificá-las no ranking, não estão ocorrendo porque o MEC agenda, confirma, mas esquece de comprar passagem dos avaliadores.

LEILÃO SUSPEITO

Em mais uma estranha decisão, digna da atenção da corregedoria do CNJ, a Justiça do Trabalho de Sergipe manteve leilão do patrimônio de uma empresa de cimento, Itaguassu, incluindo seu parque industrial, mesmo após pagamento integral da dívida do processo. Tem coisa aí.

MAIS DO MESMO

Fugindo na Argentina de um mandado de prisão expedido pela Justiça da Bolívia, o cocaleiro Evo Morales anunciou candidatura ao Senado. Como tanto ladrões, tenta escapar pela via da imunidade parlamentar.

METADE DO DOBRO

O deputado Vinícius Poit (Novo-SP) defendeu o fim da meia-entrada por considerar que dá a "falsa aparência" de proteção ao consumidor. Na prática, é a metade do dobro e só quem ganha é o empresário.

BATENDO O BUMBO

Vai longe o diretor de Desburocratização do Ministério da Economia, Geanluca Lorezon. Marqueteiro, usa as redes sociais com frequência, vendendo seu peixe, seu trabalho e o governo Jair Bolsonaro.

AGENDA FAKE

O Itamaraty divulgou em sua agenda de fevereiro que os deputados Ricardo Santini (RS) e Pedro Augusto Bezerra (CE) viajariam em "missão oficial" à Coreia do Sul, entre os dias 2 e 9. Mas os deputados nem saíram do País. Santini foi convidado, mas declinou.

ZIKA NA BAHIA

Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, este ano, até o dia 20 de janeiro, foram registrados 85 casos de Zika no País. O pior quadro é a Bahia de Rui Costa (PT), que apresentou 18 dos casos.

BANCOS BEM NA FOTO

Segundo o ranking Brand Finance Global 500, há quatro empresas brasileiras entre as 500 marcas mais valiosas do mundo. As quatro são os nossos maiores bancos: Itaú, Bradesco, Caixa e Banco do Brasil.

PENSANDO BEM...

...ao homologar a delação, o STF confirma que há muito mais a revelar sobre a corrupção de Sérgio Cabral, aliados e subornados.
Herculano
07/02/2020 06:17
DELAÇÃO DE CABRAL PODE SER TROFÉU PARA CORRUPTO COM PENA DE 282 ANOS, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Divergência entre PF e procuradores escancara fragilidade de acordos da Lava Jato

Em 2017, Eduardo Cunha entregou aos investigadores da Lava Jato um calhamaço que narrava suas falcatruas. Da cadeia, o ex-deputado citava nomes de 120 políticos, incluindo o então presidente Michel Temer. Os procuradores leram a papelada e decidiram que o relato não valia um acordo de colaboração.

Numa troca de mensagens obtida pelo The Intercept Brasil, um integrante da força-tarefa alertou que Cunha dera "péssimos elementos de corroboração". Outro procurador, porém, foi obrigado a reconhecer:

"Caráter genérico e falta de elementos de corroboração, a rigor, estão em outros acordos com políticos".
Embora o Ministério Público tenha feito jogo duro com alguns de seus troféus, a Lava Jato foi mais do que generosa com os delatores da operação. Ao longo dos anos, investigadores fecharam acordos que se esfarelaram durante processos judiciais.

A cisão entre procuradores e policiais federais diante da colaboração assinada por Sérgio Cabral escancara a precariedade de uma das ferramentas favoritas dos investigadores. O Ministério Público avisou que a delação era imprestável, mas a PF correu atrás do ex-governador.

Cabral levou quase dois anos e meio para começar a confessar seus crimes. Primeiro, assumiu ter embolsado sobras de doações eleitorais e se disse aliviado. Mudou a versão até admitir corrupção pesada. Depois, resolveu entregar antigos aliados.

Os procuradores afirmam que a colaboração não tem novidades e que os R$ 380 milhões que o ex-governador reconheceu ter roubado já estão bloqueados. Os policiais, porém, se impressionaram com os anexos em que Cabral cita políticos com foro especial e integrantes do Judiciário.

Nesse segundo grupo, a Lava Jato pode abrir uma nova porta, mas o trunfo dependerá da consistência das provas apresentadas pelo ex-governador. O alerta dos procuradores mostra que há sérias dúvidas em relação a isso. Se a delação produzir só tiros n'água, o acordo será apenas um prêmio para um corrupto com penas de 282 anos nas costas.

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