DIAGNÓSTICO MOSTRA QUE A GASPAR FALTA LIDERANÇA, PLANO E UNIÃO PARA SUPERAR SUAS DIFICULDADES DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

DIAGNÓSTICO MOSTRA QUE A GASPAR FALTA LIDERANÇA, PLANO E UNIÃO PARA SUPERAR SUAS DIFICULDADES DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - Por Herculano Domício

05/07/2018

OPORTUNIDADES PERDIDAS I

Estou de alma lavada, outra vez. Ou os leitores e leitoras estão muito bem informados por meio desta coluna e daí a ira de muitos políticos nas verdades cruas escritas aqui, ou os pesquisadores de entidades como a Facisc e que ajudam os municípios a descobrirem às suas potencialidades, estão se baseando os seus relatórios nos meus escritos, o que duvido muito. Durante semanas ouviu-se na Câmara de Gaspar o PT martelar sobre a tal pesquisa DELL. Ela levantou situações facilitadoras ou que emperram o desenvolvimento de Gaspar.

OPORTUNIDADES PERDIDAS II

O resultado não é bom! Entretanto, creditar a conclusão exposta no trabalho unicamente ao governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB e Luiz Carlos Spengler, PP, soa como um exagero que desacredita quem assim faz para analfabetos, ignorantes e desinformados. Os resultados são, em parte, decorrentes também do que deixou como legado o governo de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT. Interessante, todavia, é como a minoritária bancada governista baixou a crista e aceitou àquilo que não lhe cabia nas provocações recebidas. E nisso o diagnóstico acertou: falta liderança e isenção para mudar o quadro ruim.

OPORTUNIDADES PERDIDAS III

Há cinco alertas. O primeiro é “quanto a insegurança do momento econômico”, ou seja, não tem nada a ver com o governo local e sabe-se bem quem causou tudo isso no âmbito nacional e até mesmo estadual. O segundo, aponta para o “nível de confiança local abalada”, ou seja, não há dúvidas de que seja o atual governo de Kleber, pois é ele quem está no comando do município há quase dois anos. Empresários e investidores entrevistados não perceberam mudanças institucionais concretas para ir adiante em seus planos de desenvolvimento empresarial. O terceiro é a tal “sociedade pouco organizada”. Este tema é frequente aqui. E quem tratou de desorganizar nas entidades representativas? O PT aparelhando tudo, a seu modo, enfraquecendo-as, com os seus. Ou existe alguma dúvida disso? O quarto item conclusivo é o tal, “senso coletivo pouco praticado”. Discordo. Senso coletivo até temos. Quantas capelas, templos e igrejas construímos? Já no restante, é um deus nos acuda. Cada um por si, vaidades e brigaçadas partidárias. Veja o caso do Hospital, do Anel e Contorno, da ponte do Vale, do IFSC... E a quinta observação geral: “falta de projetos de visão de longo prazos”. Triste! Repetitivo ao que sempre escrevo aqui há anos e por isso, sou desqualificado. A realidade e este diagnóstico desmentem os meus críticos.

OPORTUNIDADES PERDIDAS IV

O espaço aqui é diminuto e voltarei ao tema, sem antes ir às recomendações do trabalho da Facisc, todas óbvias e já tratadas também aqui. Há oportunidades que desperdiçamos como a nossa localização, a disponibilidade de mão-de-obra (apesar do preocupante baixo nível de escolaridade), o ainda equilíbrio das finanças públicas, o de estar num raio de 200 quilômetros onde estão 40% da população catarinense (consumo, atração de negócios e mão-de-obra), parques industriais estabelecidos, potencial turístico natural ainda preservado, apesar da legislação frágil para tal e a urbanização das zonas rurais ou de mananciais.

OPORTUNIDADES PERDIDAS V

Entretanto, do outro lado conspiram contra Gaspar e os gasparenses a falta de plano de desenvolvimento e atração de investimento, um plano diretor defasado e irregularidades fundiárias, a falta de saneamento, a falta de mobilidade urbana, a falta de áreas de lazer, a falta de embelezamento da cidade, o alto índice de informalidade e baixa fiscalização, a falta de uma identidade gasparense, a danosa polarização política partidária e que foi vista na Câmara neste assunto, ao invés de se propor forças para transpor às muitas e difíceis barreiras constatadas, drogas, migração de baixo valor agregado, municípios ao redor se desenvolvendo mais, dependência da indústria têxtilentre outras.

OPORTUNIDADES PERDIDAS VI

Resumindo falta liderança para conduzir Gaspar nesses desafios permanentes. Ela já a teve em vários instantes. Ou se foram como Frei Godofredo, ou se rejeitou por pequenez, por ranço e para salvar o seu mundinho partidário ou do faz de conta para os amigos. Aqui até se falseia lei aprovada na Câmara para se tornar uma rua no Centro num beco particular para poucos. E fica por isso mesmo. Então sabe-se o que acontece em outros casos de interesses pessoais, políticos e de grupos no poder de plantão. Destaco três oportunidades do relatório: a primeira é o de “desenvolver o pensamento coletivo em torno de um objetivo comum (Gaspar), acabar com a visão fragmentada e pontual”. Sem isso, nada irá adiante, todavia será difícil. É cultural. O segundo é o de “definir o uso apropriado e consolidar o potencial entorno da BR 470 (distrito industrial logístico, centro de distribuição, etc...)”, e o terceiro, é o alerta para “Inovação e tecnologia que já estão na pauta, tem que aproveitar o entorno para consolidar o tema”. O que falta para recomeçar? Despir-se de PT, MDB, PP, PSDB, PSD e outros nanicos e se vestir de Gaspar. Acorda, Gaspar!

Edição 1858

Comentários

Miguel José Teixeira
08/07/2018 22:20
Senhores,

Imaginem a PaTifaria que ocorrerá tão logo o advogado-mor dos PeTralhas assumir o stf. . .

Já, já a Ministra Carmen Lúcia, assumirá interinamente a PR. Os três da hierarquia estarão no exterior. . .

Herculano,

Lembre-se que, PeTistas não trabalham. Muito menos aos domingos.
Os PeTralhas apenas PraTicam ilícitos "diuturna e noturnamente". . .

Herculano
08/07/2018 21:11
EX-MINISTRO DO STF E ADVOGADO DE LULA, SEPÚLVEDA PERTENCE DIZ QUE NUNCA VIU "ESSA COMÉDIA JUDICIÁRIA"

Conteúdo do jornal O Globo. Texto de Bela Megale, da sucursal de Brasília. Medalhão da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e advogado Sepúlveda Pertence disse ao GLOBO que nunca presenciou "essa comédia judiciária", referindo-se à série de decisões contraditórias proferidas pelo juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, e pelos desembargadores do Tribunal Federal Regional da 4a. Região (TRF-4) em relação a soltura do petista.

- Estou aterrorizado, vivi 21 anos de ditadura no meio judicial e nunca vi nada parecido. A única situação semelhante que presenciei foi um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal e que um comandante de um dos exércitos hesitou em cumprir. O ministro do STF Álvaro Moutinho Ribeiro da Costa determinou que se cumprisse a ordem judicial sob pena das sanções cabíveis e assim foi feito - disse Pertence, criticando a postura de Sergio Moro ao se posicionar contrariamente à soltura do petista após ela ser decidida em despacho de Rogerio Favreto, desembargador da o TRF-4.

O advogado relatou, porém, que não tinha conhecimento sobre o pedido de habeas corpus impetrado pelos deputados federais Paulo Pimenta (PT-RS), Paulo Teixeira (PT-SP) e Wadih Damous (PT-RJ) e que gerou a confusão envolvendo seu cliente.

- Foi uma iniciativa deles. - disse. Questionado se foi consultado ao longo do dia pelos defensores de Lula que tentavam resolver o imbróglio na sede da Polícia Federal, em Curitiba, disse que preferia não falar.

Pertence avalia se permanecerá na defesa do petista. Ele tem uma reunião marcada com Lula para debater sua eventual saída no caso esta semana.
Herculano
08/07/2018 21:02
De João Paulo de Andrade, da Rádio Bandeirantes, no Twitter

Fim da palhaçada: desembargador Gebran, relator do TRF-4, cassa liminar que soltava Lula, concedida por petista de toga. Lula poderá até ganhar liberdade, mas não com expediente espúrio, como aconteceu hoje. CNJ nesse Favretto, juiz sem compostura...
Herculano
08/07/2018 21:01
DESEMBARGADOR QUE ORDENOU SOLTURA DE LULA FEZ DOAÇÃO PARA A CAMPANHA DE PAULO PIMENTA EM 2006, por Murilo Ramos, da revista Época.

Deputado federal é um dos autores do pedido para soltar o ex-presidente. Rogério Favreto doou R$ 60

O desembargador do Tribunal Regional Federal da Quarta Região Rogério Favreto - que mandou soltar o ex-presidente Lula neste domingo (8) - fez em 2006 uma doação para a campanha do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), que é um dos autores do pedido de habeas corpus feito em nome de Lula.

Favreto, que foi filiado ao PT por quase 20 anos, doou R$ 60 para Pimenta, que conseguiu se reeleger.
Herculano
08/07/2018 19:57
PETISTA TAMBÉM TRABALHA AOS DOMINGOS

É raro, mas foi isso que se constatou na batalha que se trava para retirar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da cadeia.
Roberto Basei
08/07/2018 19:16
Os presídios em Curitiba agora tem porta giratória
Miguel José Teixeira
08/07/2018 19:15
Senhores,

Domingo repPleTo de PaTifarias, tal qual ocorriam durante os 13 anos do governo PeTralha!!!

Fora, PeTralhas!!!
Herculano
08/07/2018 15:23
LEITOR E LEITORA:

VOCÊ ENTENDE AGORA O PAPEL DA IMPRENSA NA DEMOCRACIA?

BASTOU A IMEDIATA REPERCUSSÃO DO FATO NA IMPRENSA QUE NÃO ESTAVA DE FÉRIAS E ATENTA, A QUE FAZ PERGUNTAS, A QUE NÃO SE SUBORDINA AOS PRESS RELEASES, ÀS IDEOLOGIAS E INTERESSES DE TODOS OS TIPOS- que o relator do Habeas Corpus tentou dar celeridade e quase em segredo a favor de Lula - PARA QUE O JUDICIÁRIO SE PRONUNCIASSE SOBRE A ESPERTEZA PROCESSUAL, O FATO E O REVOGASSE COM CLAREZA, COM BASE NA LEI EM VIGOR COM RAPIDEZ DIANTE DAS EXIGÊNCIAS TÃO ESTRANHAS DOS POLÍTICOS
Herculano
08/07/2018 15:05
GEBRAN NETO DERRUBA DECISÃO DE DESEMBARGADOR E MANTÉM LULA PRESO

conteúdo do Paraná Porta. Texto de Fernando Garcel. O juiz federal João Pedro Gebran Neto, relator dos processos da Operação Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), revogou a decisão do desembargador Rogerio Favreto que concedeu habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na manhã deste domingo (8).

"A decisão proferida em caráter de plantão poderia ser revista por mim, juiz natural para este processo, em qualquer momento, determino que a autoridade coatora e a Polícia Federal do Paraná se abstenham de praticar qualquer ato que modifique a decisão colegiada da 8ª Turma. Considerando a reiteração de pedidos de tal espécie em feitos já examinados por todas as instâncias recursais, o que afastaria, por si só o exame do caso em plantão, avoco os autos e determino o imediato retorno ao meu gabinete onde seguirá regular tramitação", determina Gebran Neto.

De acordo com o despacho do desembargador João Pedro Gebran Neto, o contexto que antes já se mostrava favorável à execução da pena do paciente, agora se revela ainda mais latente. "O recurso extraordinário interposto pela defesa não foi admitido nesta Corte, de maneira que sua eventual admissibilidade reclama a interposição de recurso de agravo específico para a Corte Constitucional", frisa.

O relator também destaca que o habeas corpus foi impetrado pelos deputados Paulo Teixeira, Wadih Nemer, Paulo Pimenta e que estes não possuem representação válida sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Gebran Neto relembra que a defesa do ex-presidente havia desautorizado qualquer forma de representação que não de seus advogados legalmente constituídos.

"Em casos semelhantes, tenho determinado a intimação dos representantes legais para que manifestem expressamente seu interesse no prosseguimento do feito, sobretudo para evitar possível incompatibilidade entre a ação dos impetrantes e o efetivo interesse processual do paciente", aponta o desembargador.

Habeas Corpus

Pela manhã, o desembargador federal Rogerio Favreto, do Tribunal Federal da 4ª Região (TRF4), concedeu habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo em que foi condenado na Operação Lava Jato a 12 anos e um mês de prisão.

Na sequência, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo na primeira instância, respondeu afirmando que o desembargador é "completamente incompetente" para libertar Lula e encaminhou o caso para apreciação do relator da Lava Jato no TRF4, desembargador João Pedro Gebran Neto, e determinou que a Polícia Federal aguarde o fim do impasse jurídico.

Após a manifestação do juiz federal Sérgio Moro, o desembargador Rogerio Favreto reforçou que a ordem de soltura seja cumprida imediatamente. Segundo Favreto, a Polícia Federal alega ausência de delegado na superintendencia, mas que o despacho determina urgência e que a ordem deve ser cumprida por qualquer autoridade policial.

"Registro ainda, que sem adentrar na funcionalidade interna da Polícia Federal, o cumprimento do Alvará de Soltura não requer maiores dificuldades e deve ser efetivado por qualquer agente federal que estiver na atividade plantonista, não havendo necessidade da presença de Delegado local", aponta o desembargador. O magistrado também aponta que o descumprimento poderá gerar pena de responsabilização de ordem judicial.

Caso triplex

O ex-presidente está preso, na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, desde o dia 7 de abril. Ele foi condenado a 12 anos e um mês de prisão no caso que envolvia o imóvel leiloado.

Lula foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele teria recebido propina da construtora OAS por meio do triplex, em troca de favorecimentos políticos junto à Petrobras. As investigações apontaram o pagamento de R$ 2,2 milhões em vantagens indevidas.
Herculano
08/07/2018 13:15
UM PODER DE DOIDOS, QUANDO DEVERIA SER O DO EQUILÍBRIO, DA SEGURANÇA INSTITUCIONAL, O DA LEGALIDADE

Moro envia despacho para PF afirmando que TRF4 não é juridicamente competente para soltar ex-presidente Lula. Lula continua preso.
Herculano
08/07/2018 13:12
A JUSTIÇA DO PT NÃO É A JUSTIÇA DOS CIDADÃOS. ISTO MOSTRA O QUANTO ESTÁ APARELHADO, IDEOLOGIZADO E CORROMPIDO O SISTEMA

O desembargador Rogério Favreto foi indicado por Dilma Vana Rousseff, PT. Os advogados do PT, esperaram o plantão dele para entrar com Habeas Corpus, pois sabiam o que ele faria. E fez. Como fez Dias Tófolli, a favor de José Dirceu, seu ex-chefe
Herculano
08/07/2018 13:08
A DECISÃO DE SOLTAR LULA NAS FÉRIAS DO JUDICIÁRIO -QUE SE SOMA AS DECISõES CONTRADITóRIAS E RECENTES DO SUPREMO - E COMO SE CONTA E SE MOSTRA PELA IMPRENSA NESTE DOMINGO, E LENDO O TEXTO DO DESEMBARGADOR QUE DIZ QUE ESTÁ FAZENDO DE FORMA QUASE SECRETA - MOSTRA O QUANTO ARDILOSO É O PT, O QUANTO É FRÁGIL O SISTEMA JUDICIÁRIO E SERVE AOS PODEROSOS DE TODOS OS TIPOS. E DE QUE A JUSTIÇA TEM PARTIDO, IDEOLOGIA, PREÇO E OPORTUNISTAS QUE A ENFRAQUECE PERANTE A SOCIEDADE QUE NÃO CONSEGUE ENTENDER TUDO ISSO
Herculano
08/07/2018 12:32
DESEMBARGADOR DO TRF-4 MANDA SOLTAR LULA DA PRISÃO AINDA NESTE DOMINGO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Mônica Bérgamo. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região deferiu uma liminar para que o ex-presidente Lula seja solto ainda neste domingo (7).

O desembargador Rogério Favreto acatou habeas corpus apresentado na sexta (6) pelos deputados Wadih Damous, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira, do PT, pedindo que ele fosse libertado imediatamente pois não haveria fundamento jurídico para a prisão dele.

O plantão do TRF-4 confirma a informação.

Segundo o plantonista Luís Felipe Santo, os parlamentares estão agora na sede da Polícia Federal tentando fazer com que a ordem seja cumprida.

Preso desde o dia 7 de abril, Lula foi condenado pelo juiz Sergio Moro, em julho de 2017, a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP).

Em janeiro deste ano, o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) aumentou a pena para 12 anos e um mês de detenção.

Na ação apresentada pelo Ministério Público Federal, Lula é acusado de receber R$ 3,7 milhões de propina da empreiteira OAS em decorrência de contratos da empresa com a Petrobras.

O valor, apontou a acusação, referia-se à cessão pela OAS de apartamento tríplex ao ex-presidente, a reformas feitas pela construtora nesse imóvel e ao transporte e armazenamento de seu acervo presidencial. Moro, porém, absolveu o ex-presidente na acusação sobre o acervo.

A defesa do ex-presidente nega irregularidades e afirma que ele nunca foi dono do apartamento.

Lula é o primeiro presidente da história do Brasil a ser preso após condenação penal. Em 1980, então líder sindical, ele foi preso por motivos políticos, sob acusação de "incitação à desordem", no período final da ditadura militar.
Herculano
08/07/2018 08:34
EM MENOS DE UM ANO, AUXÍLIO-MORADIA A MAGISTRADOS JÁ CUSTA R$ 1 BILHÃO

Conteúdo de O Antagonista. Segundo estimativa baseada em estudo da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados publicada pelo Estadão, o auxílio-moradia dos magistrados custou aos cofres públicos R$ 834,5 milhões apenas em 2018.

Até agosto, a despesa vai atingir quase R$ 1 bilhão (R$ 973,5 milhões).

A decisão tomada há quase quatro anos pelo ministro Luiz Fux de estender a todos os magistrados do país o benefício já custou mais de R$ 4 bilhões aos cofres públicos.
Herculano
08/07/2018 08:31
A MAIOR DERROTA DO BRASIL, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Não há mais dúvida de que estamos em crise de raridade secular e num pacto pelo desastre

"Não exagere. Já saímos de crises iguais a esta ou piores."

Em conversas com pessoas bem-postas na vida, da esquerda à direita, não raro é possível ouvir variantes desta frase depois de se expor com desânimo ou franca exasperação uma análise do que se passa com este país.

É uma atitude que revela conservadorismo, menosprezo pelos pobres, indiferença obstinada e obtusa por fatos elementares.

É conservadora porque tolera a reincidência de crises tremendas, que seriam inexoráveis como as estações do ano, e o crescimento pífio nas últimas quatro décadas.

É menosprezo pela miséria pelo motivo óbvio, porque os pobres se estrepam mais nos apagões nacionais.

É crença entre mágica e equivocada na ideia de que podemos sair, sem mais, desta outra temporada no inferno e de que o Brasil não tenha um problema de fundo, antigo e grave. Mas essa doença crônica pode ser uma outra aberração deste país tão aberrante (entre os líderes mundiais de desigualdade, taxas de juros, taxa de homicídio e de mortes no trânsito etc.).

Desde 1980, a renda (PIB) per capita brasileira cresce 0,8% ao ano (o que equivale a um crescimento atual da economia de 1,6% ao ano). Desde 1990, o Brasil foi o país que menos cresceu entre as 11 economias relevantes da América Latina, afora a Venezuela, extinta por um meteorito.

Desde 1980, tivemos três recessões cataclísmicas. Vamos completar neste 2018 o segundo pior quinquênio de crescimento desde que se tem notícia (1901).

Não há garantia de que saiamos deste pântano. Não existe necessariamente isso que se chama de "recuperação cíclica", apenas um conceito descritivo, pois existem depressões ou longas estagnações econômicas.

Esta crise já seria anormal devido à variedade de desastres coincidentes e à acumulação de problemas antigos. Mais impressionante é o impasse político, a paralisia provocada por omissão ou por ação de quem imagina poder saquear as ruínas e sobreviver.

Na economia, houve colapso fiscal, péssima alocação de capital, choques políticos de confiança (2013, estelionato eleitoral, luta política odienta, governo deposto, hecatombe político-policial), corrupção a ponto de causar desordem empresarial sistêmica, saturação de desordem tributária e regulatória, transbordamento do problema previdenciário, secas, o diabo.

Não há ao menos tentativas de pactuar uma saída deste desastre, nenhuma reação social organizada.

Há, por exemplo, veto a aumento de impostos, mas também saques adicionais como perdões tributários para empresas e ricos, planos bucaneiros de socializar prejuízos (o caminhonaço foi um deles, com apoio empresarial), castas burocráticas mordendo o seu butim, o entrincheiramento da casta política, na média corrupta etc. Há pois tentativas de levar o que resta do naufrágio.

O desprezo pelo pacto em favor de saída mais rápida e socialmente justa da crise alimenta as resistências a reformas intragáveis mas necessárias do Estado, a começar pela Previdência. Economistas parecem ignorar esse problema sociopolítico óbvio.

Dado o imobilismo, cresce a possibilidade de dobrarmos a aposta na barbárie nesta eleição, de nos tornarmos uma aberração até na violenta e autoritária América Latina, que, à esquerda ou à direita, tem eleito governos no espectro da civilização, no México ou na Argentina, no Chile ou no Uruguai. Nós estamos dançando na beira do abismo do inferno.
Herculano
08/07/2018 08:27
CÂMARA VAI GASTAR DE R$ 1,8 MILHÃO EM REFORMA DE SALAS

Conteúdo da Coluna Estadão (Andreza Matais), no jornal O Estado de S. Paulo. A Câmara dos Deputados vai gastar R$ 1,8 milhão com material para a reestruturação do seu edifício principal. O projeto inclui uma sala para os líderes partidários se reunirem e a transferência de órgãos de comando da Casa para espaços mais nobres. No processo de reforma, está anexada a autorização do Iphan para instalar o gabinete do presidente no local onde funciona o Comitê de Imprensa. "A repaginação vai ser feita durante o recesso, nesse período de eleição, quando a coisa está mais devagar", diz o primeiro-secretário, Giacobo (PR).

Troca tudo.
No projeto, a justificativa é que "atividades não relacionadas ao Parlamento foram instaladas em espaços nobres". É o caso do BB e da Caixa que serão desalojados para dar lugar as Terceira e Quarta secretarias.

Vai encarar?
Embora conste no processo, o deputado Giacobo diz não saber sobre mudança no gabinete do presidente da Casa, hoje Rodrigo Maia (DEM-RJ). A troca é polêmica. O ex-presidente Eduardo Cunha também tentou desalojar o Comitê de Imprensa, mas sem sucesso. O local é cobiçado por ser o único que dá acesso direto ao plenário.

Carta na manga.
Caciques do PSDB dizem contar com a ajuda do ex-presidente Fernando Henrique para tentar convencer o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) a abrir mão da disputa ao Planalto para o ex-prefeito João Doria.

Na pressão.
A estratégia é convencer líderes de partidos do Centro (DEM, PP, PR, PRB e SD) a dizer para Alckmin que só farão aliança com o PSDB caso ele passe o bastão a Doria.

Foi assim.
O assunto troca já foi tema de reunião de Alckmin com o Centro. O presidenciável descreveu seu empenho para eleger Doria prefeito. Disse que depois o correligionário percebeu que a Prefeitura era um "pepino" e quis deixá-la.

No forno.
A Operação Lava Jato em São Paulo se prepara para denunciar nos próximos dias Laurence Casagrande e Pedro Silva, ex-diretores da Dersa. Os dois estão presos acusados de suposto desvio e superfaturamento em obras do Rodoanel Trecho Norte.

Estratégia.
Advogados eleitorais apostam que o Ministério Público entrará com pedido de impugnação da candidatura de Lula ao Planalto no dia seguinte ao registro. O prazo para ele se inscrever na disputa se encerra em 15 de agosto.

Jogo de paciência.
Se até o dia 17 de setembro o TSE não impugnar a candidatura de Lula, a foto do petista estará na urna eletrônica mesmo que depois ele seja impedido de disputar.

Jeitinho.
Uma alternativa aventada por advogados eleitorais para garantir a foto de Lula nas urnas é registrar inicialmente a candidatura de Fernando Haddad e substituí-lo por Lula às vésperas do prazo-limite para a troca de candidatos, também em 17 de setembro.

Para poucos.
A Invepar abriu concorrência milionária para contratar agência de comunicação que vai atender suas onze empresas concessionárias na área de rodovias. Petros, Funcef e BB Fundo de Investimentos e Ações têm participação no grupo.

Com a palavra.
Procurada, a Invepar informou que não comenta por que restringiu a lista de empresas convidadas a participar da concorrência nem o valor do contrato por se tratar de negócio sigiloso.

A SEMANA

Quarta-feira, 11

Comissão Mista de Orçamento deve votar a LDO de 2019

A intenção é levar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para ser aprovado pelo plenário do Congresso no mesmo dia.

Quarta-feira, 11

Partidos do Centro se reúnem para discutir novas alianças

Líderes de DEM, PP, PRB e Solidariedade podem decidir se apoiam os presidenciáveis Ciro Gomes ou Geraldo Alckmin
Herculano
08/07/2018 08:19
MESMO SEM COPA, QUADRO ELEITORAL Só TERÁ DECISÃO NOS ACRÉSCIMOS, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Em 2014, mais de 20 milhões definiram voto na véspera ou no dia da eleição

A eliminação precoce do Brasil na Copa pode até redirecionar alguns holofotes para a eleição presidencial, mas a disputa deste ano só será resolvida nos acréscimos. Fora dos campos, o quadro político continua indefinido, os partidos prolongam suas articulações e os eleitores permanecem indecisos.

Em 2014, cerca de 15% dos brasileiros chegaram à véspera da abertura das urnas sem um candidato escolhido. Isso significa que 21 milhões de votos foram definidos nas 48 horas que antecederam o primeiro turno. Outros 19% se decidiram apenas duas semanas antes de votar.

Tradicionalmente, metade dos eleitores não consegue escolher um candidato de maneira espontânea antes do início da propaganda eleitoral na TV. Este ano, a indefinição deve se prolongar: a legislação mudou e os programas dos presidenciáveis só estrearão em setembro.

Os partidos aproveitam a confusão para adiar a definição de suas alianças e conseguir barganhar bons acordos com os candidatos.

As siglas que formaram um bloco de negociação liderado por DEM e PP, por exemplo, prometiam definir seus rumos após a participação da seleção brasileira na Copa, mas o martelo ainda pode levar de 10 a 15 dias para ser batido. O grupo tende a fechar com Ciro Gomes (PDT), mas Geraldo Alckmin (PSDB) continua de olho em algumas das legendas.

A disputa em ritmo de aquecimento favorece Jair Bolsonaro (PSL). O deputado lidera parte das pesquisas, consolida seu eleitorado e foge da exposição a ataques de rivais. O mesmo vale para o PT, que esconde seu verdadeiro candidato no banco de reservas e insiste no nome de Lula.

A eleição só começará a tomar forma quando os petistas lançarem esse substituto - provavelmente Fernando Haddad - e quando as coligações mostrarem se Bolsonaro e Ciro terão acesso a uma fatia razoável de tempo na propaganda eleitoral.

O cenário deve continuar nebuloso por mais tempo. Os times ainda nem entraram em campo, e o placar só será definido nos minutos finais.
Herculano
08/07/2018 08:15
REEMBOLSO PARA POLÍTICOS PASSA DE R$100 MILHõES, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou neste domingo nos jornais brasileiros

Além dos salários de R$33,7 mil, os 513 deputados e 81 senadores fecharam o primeiro semestre com reembolsos de R$102,3 milhões por meio da Cota para Exercício da Atividade Parlamentar. De acordo com regras criadas pelos próprios políticos, eles têm direito a ressarcimento de até R$ 45 mil todos os meses para gastos com propaganda pessoal, almoços e jantares em restaurantes, bares, combustível, alugueis etc.

BOLADA MILIONÁRIA
Somados aos salários, os 594 deputados e senadores já nos custaram R$230,2 milhões em 2018. Sem contar o que foi pago aos suplentes.

PARA ELES NÃO HÁ CRISE
Os 513 deputados tiveram R$91 milhões ressarcidos só no primeiro semestre. Em média, cada parlamentar recebeu R$177,5 mil de volta.

SACO SEM FUNDOS
Os 81 senadores pediram e foram ressarcidos em R$11,3 milhões em apenas seis meses. A maioria deles gasta sem piedade.

'PENDURA' COM NOSSO BOLSO
É como se cada senador tivesse torrado R$771,58 por dia por seis meses, incluindo dias de folga, e mandado a dolorosa para pagarmos.

BOLSONARO QUER 12 DOS 21 MINISTROS DO FUTURO STF
As várias derrotas do deputado Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), que o tornou réu em três ações penais, fez cair a ficha no pré-candidato a presidente. Segundo aliados, ele se convenceu de que o STF pode virar a trincheira contra as medidas que pretende implantar, caso eleito. Ele quer "maioria" no STF, passando dos atuais 11 para 21 ministros. Ele terá outras duas vagas para preencher.

MAIS DUAS VAGAS
O sucessor de Temer nomeará no STF os substitutos dos ministros Celso de Mello, que se aposenta em 2020, e Marco Aurélio, em 2021.

ELEGIBILIDADE AMEAÇADA
Aliados temem a condenação de Bolsonaro no STF antes da eleição, para abrir caminho a alegações de inelegibilidade. Não é bem assim.

TRÂNSITO EM JULGADO
A artigo 15 da Constituição prevê a inelegibilidade, "enquanto durarem seus efeitos", de quem tem condenação criminal transitada em julgado.

TEMPO PARA VER FILMES
O tempo passa, o tempo voa, o cafezinho é servido frio e o presidente Michel Temer só tem um compromisso agendado para esta segunda (9): o presidente do BNDES, Dyogo de Oliveira, às 10h.

PRóXIMO QUE SE VIRE
Representante do Ministério da Fazenda, Marcos Mendes disse em audiência pública no Senado que o acordo para reduzir os preços do diesel vai até dezembro. O próximo governo que se vire em 2019.

RESPIRANDO POR APARELHOS
A pedido do staff de Geraldo Alckmin, João Dória deu nota reafirmando que disputará o governo estadual e que apoia o ex-governador. Se um candidato a presidente precisa disso é porque a coisa está feia mesmo.

PLANOS DELITUOSOS
Faz sucesso a frase do jornalista e escritor Ruy Castro, "meme" nas redes sociais: "Idoso tem direito a andar de graça em ônibus, pagar meia-entrada em teatro e o dobro do preço no plano de saúde".

CPI COSMÉTICA
No relatório final da CPI dos Cartões de Crédito, o senador Jorge Viana (PT-AC) quer incluir a obrigação de as administradoras informarem os juros máximos cobrados. Já a obrigação de reduzi-los, nem pensar.

O LADO BOM
O lado bom da eliminação do Brasil na Copa do Mundo é que os parlamentares terão de trabalhar mais três dias antes do recesso até o fim do mês. Eles contavam com outra folga.

FRANÇA EM ALERTA
Não é só o Brasil que luta contra a volta do sarampo. Após a terceira morte e mais de 400 casos desde novembro, o governo da França intensificou a campanha de vacinação para combater a epidemia.

DELÍCIA MADEIRENSE
O restaurante da mãe de Cristiano Ronaldo foi inaugurado em Gramado com direito a show de Roberta Miranda. Mas sucesso mesmo fez o bolinho de bacalhau com camarão dentro, típico da Madeira.

PENSANDO BEM...
...quando Temer diz não querer "aplausos fáceis" é porque eles estão quase impossíveis.
Herculano
08/07/2018 08:05
A SERVIÇO DO PÚBLICO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Portaria que autoriza transferência compulsória de funcionário federal abre caminho para racionalizar alocação de pessoal

O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão deu um passo até certo ponto óbvio, mas com algum potencial contencioso, na administração de pessoal: diminuiu as barreiras para remanejar servidores públicos federais entre órgãos, prescindindo da autorização destes para as transferências, que passam a ser obrigatórias.

A medida estava prevista em lei desde 1990, sem chegar a ser posta em prática por falta de regulamentação. Esta veio na quarta-feira (4), com a publicação de uma portaria no Diário Oficial da União.

Ninguém desconhece que as regras a disciplinar o funcionalismo compõem hoje um emaranhado que, em nome de proteger os empregados, levantam obstáculos consideráveis para os gestores. Premido por restrição orçamentária, o Planalto enfim buscou a flexibilidade necessária para racionalizar recursos disponíveis.

A nova norma afetará até cerca de 1,2 milhão de profissionais a serviço da União, aí incluídas administração direta e indireta e estatais.

Para o primeiro grupo, que abarca ministérios e institutos federais como o IBGE, a portaria torna compulsórias as transferências de uma entidade a outra para "promover o adequado dimensionamento da força de trabalho no âmbito do Poder Executivo federal". A decisão cabe ao Planejamento.

Nesse caso, o da administração direta e indireta (679 mil funcionários), desaparece o poder de veto antes exercido pelo órgão de origem do servidor. A obrigatoriedade vale também para aquelas estatais que dependem de repasses do Tesouro Nacional (75 mil pessoas), como a Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

A realocação de funcionários das empresas federais sustentadas com as receitas que geram, como o Banco do Brasil, prossegue na dependência de anuência de seus superiores. Nessa rubrica se encaixam 428 mil profissionais.

Sem algum ganho de maleabilidade, as distorções continuarão a multiplicar-se. Um exemplo claro está no número despropositado de servidores da União envolvidos na gestão de pessoal: 21 mil.

Com o plano de centralizar no Planejamento a administração de 697 mil funcionários inativos, o governo espera liberar 9.500 assalariados nos próximos dois anos. Estes poderão então ser realocados e suprir órgãos deficitários, sempre respeitadas a natureza do trabalho e as vantagens nas carreiras para as quais fizeram concurso.

Os profissionais imbuídos do espírito de servir ao público não deverão opor resistência significativa a mudanças retificadoras. Ela poderá vir dos bolsões corporativistas incrustados no Estado - e já passou da hora de enfrentá-los com maior determinação.
Herculano
07/07/2018 10:38
De Ricardo Amorim, no Twitter

Gilmar Mendes: "O Brasil precisa pensar em uma lei de abuso de autoridade". Tem razão, começando pela autoridade dele próprio.
Herculano
07/07/2018 09:53
DIREITA OPTOU POR RADICALIZAR, por André Singer, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, para o jornal Folha de S. Paulo

Em menos de cinco meses, as expectativas econômicas sofreram uma séria reversão. Conforme noticiou a Folha na última quinta (5), "em março, a alta esperada para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2018 encostava em 3%, com alguns economistas prevendo algo acima disso". Agora as projeções caíram para cerca de um terço daquele montante.

Em outras palavras, o Plano Meirelles deu errado e a ponte para o futuro nos levou ao passado de estagnação dos anos 1980 e 1990. Compreende-se, assim, que o ex-ministro da Fazenda amargue 1% das intenções de voto e Lula continue com mais de 30% nas pesquisas, apesar de preso.

Da metade da pirâmide para baixo, o eleitorado quer, sobretudo, voltar ao período em que havia emprego e renda.

O problema está em como reconstruir as condições para tal retomada. O processo do impeachment, iniciado em 2015 e concluído em 2016, abalou as bases do pacto que permitiu o "milagre" lulista de reduzir a pobreza sem confronto político. Na sequência, a conjuntura foi transformada por importantes mudanças locais e mundiais.

Na esteira do golpe parlamentar, e sem a legitimação de um pleito presidencial, houve bloqueio dos gastos públicos, retirada de direitos trabalhistas e abertura do pré-sal para empresas estrangeiras. No plano externo, a ascensão de Donald Trump significou o acirramento dos conflitos globais.

As vaias a Ciro Gomes (PDT) e os aplausos a Jair Bolsonaro (PSL) na CNI (Confederação Nacional da Indústria), quarta (4) passada, expressam bem o ambiente polarizado do qual não conseguimos escapar.

Os apupos vieram quando o candidato do PDT - longe de ser um radical, ainda que intempestivo - apenas afirmou que reabriria o debate sobre as mudanças na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). O postulante do PSL, por sua vez, foi ovacionado quando disse que iria colocar "generais nos ministérios".

Bolsonaro reiterou que não entende de economia, delegando ao economista ultraliberal Paulo Guedes a formulação dos planos para a área. Mas se propõe a garantir a ordem, por meio de presença militar, para que o capital possa reinar inconteste. "Os senhores são os nossos patrões", declarou o deputado na CNI.

Como disse um amigo, a direita está venezuelizando o país. Joga fora a Constituição de 1988 que, bem ou mal, garantiu a fase mais completamente democrática que o Brasil teve. Se forem bem-sucedidos, a instabilidade prosseguirá. Diante de tal ofensiva, fica difícil conciliar.
Herculano
07/07/2018 09:42
SC A CAMINHO DA INSOLVÊNCIA

Parte desse problema é do jornalismo catarinense. E a culpada é a RBS SC, que fez do jornalismo de negócios, empregando disfarçadamente o seu principal executivo como o principal secretário de influência no governo de Luiz Henrique da Silveira, MDB, e que perdurou no governo de Raimundo Colombo, PSD.

Quando teve certeza que o governo estava falido e exaurido, depois de décadas não questionando nada das contas e mazelas de todos os poderes, a RBS foi embora para o Rio Grande do Sul.

Sempre escrevi isso aqui. Sempre escrevi que o estado estava falido, apesar das milionárias propagandas oficiais venderem um estado exemplo. Com a saída da RBS vieram os questionamentos, incrível, dos mesmos profissionais que nunca se interessaram pelo assunto que estava à vista de todos e eram comuns nas rodas da Ilha da Magia e do ócio, algumas delas, por acaso, onde estive presente.

Veja mais este artigo de alguém que entrou no bololô quando a RBS já saiu do cenário e por isso, tem mais credibilidade e se sobrepõe aos "figurões" do jornalismos que fizeram o jogo de esconder a realidade que sabiam, que não investigaram ou por conveniência, esconderam dos seus clientes leitores, ouvintes e telespectadores.

O CAOS NAS CONTAS DO ESTADO, por Upiara Boschi, no Diário Catarinense, da NSC Florianópolis. Na lógica política que conhecemos, a máquina do governo costuma ser um bom cabo eleitoral. Era nessa lógica que o governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) tentava colocar em pé sua candidatura à reeleição a partir do momento que assumiu, em fevereiro, com as licenças e posterior renúncia de Raimundo Colombo (PSD). Ao abrir mão da pretensão e endossar Mauro Mariani como candidato do MDB, o governador citou as dificuldades da máquina com um dos motivos da desistência.

Havia outros, mas a situação das contas do Estado inverte a lógica do governo/cabo eleitoral. A palavra que resume a situação - dita por integrantes da gestão - é "caótica". Já é pública a estimativa de que vão faltar R$ 1 bilhão para fechar o caixa no final de 2018. O orçamento proposto para o ano que vem apresenta déficit de R$ 3 bilhões.

Neste momento, o governo calcula como fazer a antecipação da metade do 13º salário dos servidores - tradicionalmente feita no final de julho. Há quem defenda não fazer a antecipação este ano, mas existe também a possibilidade de pagar 25% do valor este mês e outros 25% até setembro. Nas calculadoras da Fazenda, a segunda metade do 13º e o salário de dezembro estão em risco.

O cenário pessimista ganha força pela constatação de que não há mais coelhos contábeis para serem tirados da cartola. Nos últimos anos da gestão Colombo recursos extras surgiram para salvar as contas - a fusão dos fundos de previdência, a renegociação da dívida da União e até pelas polêmicas pedaladas com o ICMS pago pela Celesc. Na ponta do lápis, quase R$ 1 bilhão por ano - justamente o bilhão que falta agora.

Desde que assumiu, Moreira tenta criar fatos de repercussão apesar do pouco dinheiro em caixa - como a desativação de agências regionais e, mais recentemente, a decretação de situação de emergência no sistema prisional. Tenta liberar R$ 700 milhões junto ao BNDES- aqueles com que Colombo pretendia fazer um nova edição do Fundam, mas que devem ir para grandes obras de infraestrutura. Com os recursos, poderia mostrar ganhar força - inclusive eleitoral -, mas o BNDES mostra-se receoso. Para fazer a folha de pagamento voltar aos patamares permitidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal foi necessário adotar artifícios como considerar o adicional de férias dos servidores como verba indenizatória.

O governo Colombo/Pinho Moreira acaba em 31 de dezembro, mas a situação do Estado não volta aos patamares anterior à crise por mágica. Neste momento, os pré-candidatos à sucessão precisam estar preparado para discutir e enfrentar uma máquina que precisa ser reconstruída além da lógica eleitoral que conhecemos.
Herculano
07/07/2018 09:06
EMPREENDEDORA NATA, INOVOU NO COMÉRCIO DE BRUSQUE

Conteúdo e texto da Coluna Obituário do jornal Folha de S. Paulo. Atividades comerciais da empresária fizeram história na cidade catarinense

Certa vez, quando soube que um navio estava atracado em Santa Catarina e demoraria uns dias para deixar a região, Nayr Gracher pediu ao marido Arno Carlos Gracher para trazer o cozinheiro da embarcação ao restaurante da família, em Brusque (SC).

Quando se viu diante do profissional, ela não perdeu tempo para pedir dicas e aprender as novidades do cardápio e do serviço a bordo. O objetivo simples, mas ousado, era trazer novidades aos clientes de seu estabelecimento.

Nayr levava a sério um ditado que gostava de repetir: "quem engorda o boi é o olho do dono". Por isso, acordava muito cedo, dormia muito tarde, estava sempre à frente dos negócios e colocava a mão na massa. Excelente cozinheira, ela prestava muito atenção em tudo o que experimentava em suas viagens, para reproduzir novas receitas. Muitas vezes foi para São Paulo só para buscar inovação.

Apesar das restrições impostas às mulheres na época de sua juventude, Nayr rompeu barreiras e mostrou a força feminina nos negócios. O marido era um grande idealizador, mas era ela quem conseguia colocar os novos projetos em prática.

Filha de um alfaiate, ainda aprendeu o ofício do pai e chegou a pensar em ser estilista. Este sonho ela não realizou, mas a elegância era uma de suas marca registrada. Ela podia ter trabalhado o dia todo, mas conseguia estar pronta em pouco tempo para ir a qualquer evento ou festa.

Durante o casamento, ela e o marido ampliaram o hotel da família, abriram a primeira sala de cinema da cidade, montaram um restaurante, uma fábrica de sorvetes e uma casa dançante.

Mãe dedicada, ela ainda encontrava tempo para ajudar em ações sociais.

Morreu no último dia 2, aos 90 anos, após complicações de uma cirurgia. Deixa três filhos.
Herculano
07/07/2018 08:59
BOLSONARO PROCURA UMA VICE. DESESPERADAMENTE, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nos jornais brasileiros

O deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) procura desesperadamente uma mulher que aceite o convite para ser sua companheira de chapa, como vice-presidente. Até agora, todas as tentativas se revelaram frustradas. A vice ideal para Bolsonaro, segundo aliados próximos, seria a senadora gaúcha Ana Amélia (PP), mas o projeto dela é disputar a reeleição. O candidato não faz a menor ideia de quem será sua vice.

REJEIÇÃO FEMININA
A ideia é tentar superar a rejeição do eleitorado feminino, em razão da habitual troca de insultos de Bolsonaro com mulheres, no Congresso.

CASOS CONHECIDOS
Bolsonaro virou réu no STF por suposta incitação ao crime de estupro, injúria e por "racismo". Se condenado, pode correr o risco de inelegível.

OUTRO NOME IDEAL
Outra senadora também encanta o staff de Bolsonaro, como eventual candidata a vice: Simone Tebet (MT), líder do MDB no Senado.

UM 'VICE' DE PLANTÃO
O senador capixaba Magno Malta (PR) continua fazendo plantão de "pré-candidato" a vice, para o caso de não restar outra opção.

PT QUIS PREJUDICAR DIPLOMATA QUE DILMA PERSEGUIU
Senadores bolivarianos ligados a Dilma (PT) tentaram impedir a indicação de Eduardo Saboia, herói da diplomacia, para embaixador em Tóquio. Ele foi aprovado por 41? - 8, goleada, mas aprovações assim em geral são unânimes. Petistas têm raiva porque Saboia ajudou na fuga de um senador ameaçado de morte pela turma do cocaleiro Evo Moraes, na Bolívia. Desde então, Saboia sofreu dura perseguição de Dilma. A maioria antipetista do Senado agora ameaça barrar Antônio Simões, o bolivariano "Simões Bolívar", para a embaixada no Uruguai.

ASILO POLÍTICO EM LA PAZ
O senador Roger Molina era opositor de Morales e, ameaçado, asilou-se na embaixada do Brasil, onde permaneceria por quase 500 dias.

CRUELDADE RECUSADA
Diplomatas em La Paz como Saboia ignoraram ordens do Itamaraty, do petista Antônio Patriota, para forçar a saída de Molina da embaixada.

TRISTE DESPEDIDA DO SENADO
Tipos como Humberto Costa (PT) e Vanessa Grazziotin (PCdoB) se prestaram ao papel no Senado de atacar Saboia, profissional correto.

TUDO DOMINADO
O aumento de 10% nos planos individuais e a criação do sistema de "franquias" são apenas duas evidências da submissão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aos interesses das operadoras, como acreditam senadores que apoiam a CPI dos Planos de Saúde.

CARTAS DO ATRASO
Os Correios trombeteiam a entrega, nos últimos anos, de 337.920 kits gratuitos com antena e conversor digital para famílias do Distrito Federal. Já entregar cartas e encomendas de Sedex, que é bom...

Só FALTA ARMA NA MÃO
No DF, o setor público foi definitivamente capturado pelas corporações. O lobby de agentes de trânsito fez o governo propor e conseguiu aprovar no mesmo dia um projeto criando o prêmio de R$300 para agentes de trânsito que multem cidadãos incautos nos dias de folga.

APENAS UM AFILHADO
Ao desistir de disputar para o Senado, o ex-ministro do Turismo Marx Beltrão falou em "ser mais forte". Lorota. Apenas mostrou sua estatura de afilhado: vai apoiar Renan Calheiros, que anulou sua candidatura.

CHUPA, BÉLGICA
A brasileira Regina Vanderlinde foi eleita ontem em Paris presidente da Organização Internacional da Vinha e do Vinho, que define padrões mundiais de vinho, uva etc. Teve 36 dos 45 votos dos países-membros.

LULA PERDE RELEVÂNCIA
Preso por corrupção, Lula perde relevância. Em uma semana, de 28 de junho a 3 de julho, referências a ele despencaram à metade: foram de 47,3 mil para 23,9 mil, segundo levantamento do Dapp Report, da Fundação Getúlio Vargas. Bolsonaro subiu de 58,8 mil para 64,3 mil.

SEM CONTAR SALÁRIOS
Segundo o portal da Transparência do governo federal, já foram distribuídas mais de R$200 milhões em diárias, este ano, para servidores públicos. O campeão levou R$97 mil, além dos salários.

BRASIL POR ÚLTIMO
Estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação mostra que o Brasil é o 30º colocado (entre 30 países) no Índice de Retorno (de impostos) de Bem-Estar à sociedade. É o 30º colocado desde 2013.

PENSANDO BEM...
...sem nenhuma defesa importante, o "cone" brasileiro na Copa 2018 foi escalado no gol: Alisson.
Herculano
07/07/2018 08:50
LULAKU! PROIBIDO TROCADILHOS!, por José Simão no jornal Folha de S. Paulo

Bélgica treina em Dedovsk e o astro é Lukaku; isso é time ou exame de próstata?

Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República!

Breaking News! "Cabral condenado pela sexta vez." Hexa! Ganhamos o Hexa! Rarará! Brasil x Bélgica! Estou entregando a coluna sem saber o resultado. Se o Brasil passou de fase ou passou desta pra melhor! Rarará!

E só sei que a Bélgica treinou numa cidade chamada Dedovsk! E astro é o Lukaku! Dedovsk e Lukaku, isso é time ou exame de próstata? Rarará!

E eu gosto de Bruxelas porque fica a uma hora de Paris! E assisto ao jogo do Brasil igual a todo brasileiro, como técnico. Em pé, em frente à TV, gritando: "Nããããão! Isso! Passa pro Fernandinho. Vai Neymar". Rarará! E esta: "Seleção brasileira troca pastores por cabeleireiros em concentração". Trocaram o Crivella pelo Jassa! Rarará!

Bolão erótico no WhatsApp: "Bolão Brasil e Bélgica! O prêmio será uma noite de amor comigo e mais dois amigos. Além da surubinha terá uma polenta com frango! Vaaamooo Brasil". Vaaamo, pela polenta! Rarará!

E França e Uruguai? O Suárez tá sempre impedido porque os dentes chegam antes. E eu tenho uma amiga com a mesma arcada dentária do Suárez. E o apelido dela é: Marina Rapa Coco! Rarará!

E o lema da França: Liberté, Égalité, Mbappé, Beyoncé e Vancifudê! E a única coisa que não podia vencer é o desodorante da torcida francesa! Rarará! E o Uruguai é o oásis da América do Sul: pode fumar um, legalizaram casamento gay e descriminalizaram o aborto. E inventaram o tango. Foram os uruguaios que inventaram o tango! Chupa, Maradona! Rarará!

E os coxinhas não gostam do Mujica porque ele anda de sandália e unha sem cortar! Rarará! E hoje tem Croácia x Rússia! Um jogo fofo! Pitbull x Rottweiler! E o Putin vai dopar até o gandula! Se a Rússia ganhar, festa na KGB! Se a Rússia perder, o Putin toma a bola e ACABA A COPA! Rarará!

Vai dopar até o VAR! O árbitro de vídeo olha pra tela e aparece o Putin: "Pênalti pra Rússia". VAR Pra Sibéria! E vocês viram que o Temer acertou o bolão Brasil x México? Acertar bolão é com ele mesmo! Quero ver ele acertar a economia! Bolão ele acerta no porão do Jaburu! Rarará!

Nóis sofre, mas nóis goza!

Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
Herculano
07/07/2018 08:47
IMPRESSIONANTE

Os políticos não mudam.Mário Pera justifica um erro do passado para que a Globo não aponte no presente, os erros dos atuais políticos e gestores públicos. Guardadas as proporções, tratam-se se atos de que ferem a impessoalbilidade, discriminam, criam-se privilégios para alguns em detrimentos do direito de todos e se caracterizam como corrupção. Hoje é menor e se não fiscalizado, se tornará tão grave quanto foi os atos de Cabral

Ou seja, não é porque a Igreja Católica escondia, tolerava e os seus contra a doutrina e ética praticavam a pedofilia, sob os olhos fechados da imprensa que esses mesmos veículos não tenham autoridade para divulgar hoje os casos do passado e do presente.

Um erro não autoriza ou impõe aos errados a permanecer no mesmo ou novo erro.
Mário Pera
07/07/2018 08:10
Sobre o Crivella, não sou evangélico é muito seria seguidor de Edir Macedo e seus próximos porém no caso da tal reunião secreta com pastores que a Globo teve acesso , incrível como a Globo alcança informações quando quer e políticos são seus desafetos. Nunca tiveram acesso nas festanças de Cabral e seus amigos corruptos q saquearam o Rio. Pior tão dando corda aoEduardo Pães pra se eleger governador ele da turma do Cabral ...Então quando a corrupção corria solta não conseguiram ver....
Herculano
06/07/2018 19:20
PARA LEMBRAR: ILHOTA É BELGA
Herculano
06/07/2018 19:19
O USO DA RELIGIÃO COMO MEIO DE PODER, CORRUPÇÃO E PRIVILÉGIOS. QUANDO ALGUÉM É ELEITO PARA SER PREFEITO, GOVERNADOR OU PRESIDENTE, É OBRIGATóRIO QUE GOVERNE PARA TODOS E QUE NÃO OFEREÇA VANTAGENS PARA OS SEUS OU GRUPOS

Áudio: Crivella oferece privilégios a líderes religiosos em agenda secreta, estampa manchete do jornal O Globo.

Prefeito do Rio (Marcello Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal de Deus] ofereceu ajuda a pastores que queiram angariar fiéis que necessitem de cirurgias de catarata e varizes

Em agenda secreta no Palácio da Cidade, na quinta-feira, o prefeito Marcelo Crivella ofereceu ajuda a pastores e líderes de igrejas que tenham problemas com IPTU em seus templos ou que queiram angariar fiéis que necessitem de cirurgias de catarata e varizes.

Intitulado "Café da Comunhão", o encontro foi combinado por WhatsApp, em mensagem à qual O GLOBO teve acesso. Os organizadores pediram aos presentes que levassem "reivindicações por escrito, relações de suas igrejas e número de membros".

O prefeito discursou por mais de uma hora, na presença do pré-candidato a deputado federal pelo PRB, Rubens Teixeira.

"É ESSE BRASIL EVANGÉLICO QUE VAI DAR JEITO NESSA PÁTRIA", DIZ CRIVELLA EM AGENDA SECRETA NO PALÁCIO DA CIDADE

Prefeito do Rio recebeu 250 pastores e líderes de igrejas na presença de pré-candidato a deputado federal pelo PRB, segundo a reportagem de O Globo assinada por Bruno Abbud e Berenice Seara

No fim da tarde de quarta-feira, o prefeito Marcello Crivella (PRB-RJ) recebeu cerca de 250 pastores e líderes de várias igrejas evangélicas no Palácio da Cidade, em Botafogo. Os convidados foram acomodados no salão do segundo andar do prédio construído em estilo georgiano, uma das sedes da administração municipal, onde garçons serviam croissants de geleia, sanduíches de queijo com damasco e bebidas em taças. No evento, Crivella discursou por cerca de uma hora na presença do pré-candidato a deputado federal pelo PRB, Rubens Teixeira.

Antes do início do discurso de Crivella, uma assessora pediu para que ninguém tirasse 'selfies' nem fotografasse o evento. Intitulado "Café da Comunhão", o encontro foi combinado por WhatsApp, em mensagem à qual O GLOBO teve acesso. Os organizadores pediram aos presentes que levassem "reivindicações por escrito, relações de suas igrejas e número de membros".

- O pastor Rubens Teixeira, da Assembleia de Deus Campo de Madureira, foi diretor da Transpetro por sete anos. Ali era o epicentro da crise, era a Petrobras, diretores ali juntaram 100 milhões, 120 milhões (de reais). O presidente era o Sérgio Machado, delatou todo mundo, foi ao Sarney, que na época estava no hospital, e gravou a conversa com Sarney, com Renan, fez uma confusão danada, para livrar ele e o filho dele. Quando perguntaram sobre o diretor de administração e finanças da Transpetro, ele disse: 'desse aí não tenho nada a falar'. Ele (Rubens Teixeira) passou pelo fogo e nem um fio de cabelo queimou - disse o prefeito.

Durante o evento, Crivella também ressaltou a importância de "vigiar" para que políticos corruptos não voltem ao poder. Também avisou que é preciso "votar em homens e mulheres de Deus".

- Os meus irmãos precisam estar de olhos abertos, precisam saber que a política é o altar de sacrifício para nós. Nós temos que orar para Deus levantar homens e mulheres de fé, que sejam muito melhores do que nós somos, que possam crescer, que possam governar esse país com justiça e sobretudo não deixando o pobre ser explorado - disse o prefeito.

- Vamos aproveitar esse tempo e acima de tudo vamos vigiar para a corrupção não voltar. Os políticos estão falando assim: 'a onda vai passar, calma que daqui a pouco a gente volta, a gente faz tudo de novo do jeito que a gente quer'. E nós temos que vigiar. Nós precisamos votar em homens e mulheres de Deus, ainda que não seja um grande conhecedor da política é menos um corrupto. É menos um ladrão. Faço esse apelo a meus irmãos porque os políticos de ontem, envolvidos nos piores escândalos, vão trocar de camisa, vai vir em outro partido, vai contar outra história. Eles trocam de partido e de camisa mas não trocam de coração. O negócio é vigiar, meus irmãos. Eu peço a vocês com todo coração. Só Jesus para nos ajudar. É vigiar para não piorar.

Crivella traçou diferenças entre os evangélicos e os demais cidadãos, associando os seguidores da igreja à política:

- É diferente nosso espírito, é diferente a nossa maneira de pensar, e o Brasil precisa conhecer isso. Não importa se vai ser um trauma no princípio, se as pessoas vão reclamar, criticar. Nós temos que mudar esse país. É um sacrifício grande a gente estar na política, mas não podemos fugir, porque só o povo evangélico pode mudar esse país. Entre nós não há corrupção. A gente recebe o dinheiro do povo e a gente faz a casa de Deus. Os políticos sabem que só nós podemos dar jeito nesse país - disse, acrescentando:

- O que nós precisamos é de ter uma política que faça com que esse país encontre o caminho do seu progresso e se liberte da corrupção. Nós somos a esperança. Nós pegamos a oferta do povo, levamos pro escritório, contamos tudo e a gente constrói igrejas. É esse Brasil evangélico que vai dar jeito nessa pátria.

EDUARDO PAES, O NABUCODONOSOR

Crivella abriu o evento tecendo comentários sobre o ex-governador Sérgio Cabral, o governador Luiz Fernando Pezão e o ex-prefeito Eduardo Paes, pré-candidato do DEM ao governo do Estado. Ele comparou Paes ao rei da Babilônia, Nabucodonosor, que na Bíblia é descrito como um líder arrogante que acabou louco.

- O governador do Estado tinha um projeto de ficar rico, muito rico, juntar muito dinheiro. O que aconteceu é que os comandantes da PM, policiais civis, diretores de hospitais, diretor de escola, vendo aquela roubalheira, disseram: 'também quero, tá todo mundo ganhando dinheiro, governador riquíssimo, então quando eu comprar remédio ou merenda escolar vou querer uma propina'. Fica incontrolável. Na capital, não houve isso. O Eduardo não roubou. O Eduardo não tinha interesse de ficar rico até porque o Eduardo já era um menino rico. O Eduardo é rico de berço, o pai dele tem muito dinheiro, o irmão é dono de banco, então ele não tinha? Mas ao mesmo tempo que lá (governo estadual) existia um projeto de enriquecimento pessoal, no município havia um projeto megalomaníaco de poder, de ascender, que é legítimo, mas não da maneira que foi feito, usando dinheiro do povo para elevar o seu nome, uma coisa de babilônia, de Nabucodonosor, de criar uma estátua de si mesmo.

Ao mencionar que a reforma no Porto Maravilha custou R$ 7 bilhões, o prefeito também aproveitou para criticar a construção do Museu do Amanhã:

- Tinha 400 milhões (de reais) reservados para urbanizar a primeira favela do Brasil, que é o Morro da Providência, e uma área degradada do centro da cidade. O dinheiro destinado para isso foi tirado para fazer o Museu do Amanhã. Isso é um projeto de poder. Um grande museu, imponente, na beira do mar. É tão cara a manutenção que nem daqui a cem anos a bilheteria vai pagar. Ano passado eu tive que botar 20 milhões de reais para poder cobrir o custo. Vai ser sempre uma facada nas costas do povo do Rio e um sangramento perpétuo do tesouro. Se pensou nisso antes? Claro. Mas dane-se, quero fazer o meu monumento. É o Nabucodonosor. Isso é uma espécie de corrupção.

Crivella também acusou Eduardo Paes de implantar escolas e creches no último ano de sua gestão e deixar a conta para o próximo prefeito, no caso Crivella. De acordo com ele, Eduardo Paes deixou um caixa de R$ 800 milhões que constituía um empréstimo do BNDES que "desapareceu" com o pagamento do décimo terceiro de servidores municipais.

- Se não fosse o empréstimo do BNDES de 800 milhões (de reais), não teria pago os servidores, nem os aposentados, nem o décimo terceiro. Estava igualzinho o Pezão, quebradão.

OFERTAS PARA OS IRMÃOS

O prefeito também aproveitou o evento para oferecer ajuda aos pastores que tenham problemas com IPTU em seus templos ou que queiram angariar fiéis que necessitem de cirurgias de catarata e varizes, por exemplo.

- Na prefeitura, estamos fazendo mutirão da catarata. A Márcia trabalha comigo há quinze anos. Ela conhece os diretores de toda a rede federal, Ipanema, Lagoa, Andaraí, Bonsucesso, do Fundão, ela conhece os diretores de todos os hospitais da rede municipal que eu já apresentei a ela, que já vieram e almoçaram conosco, de maneira que ela me representa em todos esses setores, Miguel Couto, Souza Aguiar, Lourenço, Salgado, Piedade e por aí afora. Nós estamos fazendo o mutirão da catarata. Contratei 15 mil cirurgias até o final do ano. Então se os irmãos tiverem alguém na igreja com problema de catarata, se os irmãos conhecerem alguém, por favor falem com a Márcia. É só conversar com a Márcia que ela vai anotar, vai encaminhar, e daqui uma semana ou duas eles estão operando - disse, emendando:

- A outra são varizes. A maioria são mulheres que estouram uma variz na perna e abre uma ferida que não fecha. E a senhora apenas troca o curativo. Hoje existe uma maneira, injeta na veia dela uma espuma medicinal e fecha a ferida, uma benção. Também por favor falem com a Márcia. E tem a vasectomia para os homens, estamos zerando a fila. É muito importante os irmãos ficarem com o telefone da Márcia ou do Marquinhos porque às vezes ocorre um imprevisto. Se houver caso de emergência, liga. Liga para a Márcia e ela liga para mim, para o Marquinhos? É importante você ter um canal para poder socorrer num momento de emergência.

Sobre problemas de pastores com impostos, Crivella informou que é preciso "dar um fim nisso".

- Tem pastores que estão com problemas de IPTU. Igreja não pode pagar IPTU, nem em caso de salão alugado. Mas se você não falar com o doutor Milton, esse processo pode demorar e demorar. Nós temos que aproveitar que Deus nos deu a oportunidade de estar na Prefeitura para esses processos andarem. Temos que dar um fim nisso.

Crivella também ofereceu soluções para outros problemas, como, por exemplo, pontos de ônibus distantes de igrejas.

- Às vezes o pastor está na porta da igreja e diz assim: 'quando o povo atravessa, pode ser atropelado'. Vamos botar um sinal de trânsito. Vamos botar um quebra-molas. Ou então o pastor diz assim: 'o ponto de ônibus é lá longe, o povo desce e vem tomando chuva até a porta da igreja'. Então vamos trazer o ponto pra cá. Vamos aproveitar esse tempo que nós estamos na prefeitura para arrumar nossas igrejas. Se vocês quiserem fazer eventos no parque Madureira, está aqui o nosso líder, que é o doutor Valmir. Se vocês tiverem problema, tem o Manassés, o nosso companheiro, que cuida das pessoas com problema de vícios em drogas. Contem conosco, este palácio está aberto a vocês. Qualquer coisa, nossa equipe está aqui. Se as igrejas estiverem bem, crescendo, quantas tragédias não vamos evitar?

No fim do evento, a mulher de Crivella puxou uma oração:

- Que a Justiça venha a reinar nessa cidade, Senhor - disse ela.

Na sequência, a equipe de assessores de Crivella passou a anotar as demandas e pedidos dos presentes. Um dos organizadores anunciou que um novo encontro com "novos pastores" está previsto para acontecer "em breve", e disse que, na ocasião de qualquer problema, os fiéis poderiam procurar a sala 1501 no prédio da prefeitura.

PRÉ-CANDIDATO NEGA TEOR POLÍTICO DO ENCONTRO

Pré-candidato a deputado federal pelo PRB, Rubens Teixeira negou que tenha feito pré-campanha durante o evento. Na ocasião, ele se sentou à mesma mesa que a mulher do prefeito Crivella, de frente para o prefeito.

- O evento não era para isso. Ele (Crivella) faz várias reuniões para ouvir as pessoas, ele tem esse hábito. Ali eu nem sei se tinha pré-candidatos. Como o filho dele é pré-candidato e não estava lá, qualquer pré-candidato que quisesse aparecer ali certamente ia ou descumprir a lei ou gerar um constrangimento para o anfitrião. Um troço que causa efeito negativo do ponto de vista político. Ali era o Rubens Teixeira. Lá eu não era pré-candidato. Eu sou pré-candidato no local em que estou fazendo pré-campanha. Aqui sou Rubens Teixeira, como sou no Banco Central. Eu nem posso ser pré-candidato, a lei me veda, lá e aqui. Não teve pré-campanha. Imagina se eu ia fazer pré-campanha na frente do prefeito, dentro do Palácio da Cidade, com o filho dele pré-candidato e ausente. Não teria sentido. Eu não teria essa cara-de-pau.

Para Teixeira, Crivella o mencionou no discurso aos pastores por ser educado:

- Ele me viu ali e disse isso como um gesto de gentileza. Um gesto de educação.

Em 2017, no início da gestão Crivella na Prefeitura do Rio, Teixeira foi nomeado secretário de Conservação e Meio Ambiente. Nove meses depois, deixou o cargo para assumir a presidência da Comlurb, mas depois de dois meses acabou afastado por uma liminar com base na lei federal 13.303/16, que proíbe a nomeação para cargos de administração em empresas públicas de quem tenha atuado em campanhas eleitorais nos últimos 36 meses antes da nomeação. O pastor havia concorrido ao cargo de vereador em 2016.

No início deste ano, Crivella escolheu o pastor para controlar a Secretaria Municipal de Transportes, onde Rubens permaneceu até abril, quando deixou o cargo para lançar-se pré-candidato a deputado federal.

Capitão da reserva do Exército, pastor evangélico e analista concursado do Banco Central, Teixeira trabalhou na Transpetro por sete anos, entre 2008 e 2015. Desde 2017, promotores do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC) investigam a gestão de Teixeira à frente da Diretoria Financeira e Administrativa da subsidiária da Petrobras. O GLOBO revelou em novembro que Teixeira é alvo de seis inquéritos no Ministério Público que investigam fraudes em contratos firmados pela Transpetro. Em abril, a casa do pastor na Barra da Tijuca foi alvo de um mandado de busca e apreensão.

Sobre a sua situação perante o Ministério Público, Teixeira disse:

- A minha situação com o Ministério Público do Rio está muito bem, obrigado. O que eles colocaram nas ações que moveram contra mim é uma oportunidade de mostrar que aquilo foi fundamentado em muitas mentiras.

OUTRO LADO

Em resposta à reportagem do GLOBO, a prefeitura encaminhou uma nota. Leia a íntegra:

A Prefeitura do Rio informa que a reunião citada teve como objetivo prestar contas e divulgar serviços importantes para a sociedade, entre eles o mutirão de cirurgias de catarata e o programa sem varizes. A Prefeitura conta, inclusive, com o apoio dos meios de comunicação para ampliar essa divulgação.

É importante esclarecer também que, de acordo com a Constituição Federal, templos de todas as denominações religiosas estão isentos do pagamento de IPTU.

Desde o início de sua gestão, o prefeito Marcelo Crivella já recebeu os mais diversos representantes da sociedade civil, para tratar dos mais variados assuntos, tanto em seu gabinete quanto no Palácio da Cidade.

Sobre os custos do encontro, o lanche simples foi preparado pela própria equipe de cozinheiros e foi servido pelos garçons que já fazem parte do staff do Palácio da Cidade.

Vale lembrar que, ao final do governo passado, parte da imprensa foi convidada para uma festa, essa sim com todas as pompas e circunstâncias, nas dependências do mesmo Palácio da Cidade, em que foi servido champanhe à vontade. Só esse evento custou cerca de R$ 200 mil aos cofres do município.

Já o Ministério da Saúde afirmou "não escolhe pacientes para cirurgias, internações, consultas ambulatoriais ou quaisquer outros atendimentos realizados nos seis hospitais federais do Rio de Janeiro, sob seu controle". Ainda segundo a nota, "os hospitais federais recebem pacientes via sistemas de regulação municipal e estadual, que são os responsáveis pelo encaminhamento da população para os serviços hospitalares"
Herculano
06/07/2018 18:51
da série: o que a greve dos caminhoneiros - organizada e mantida por patrões, gente poderosa e intervencionistas os quais mostram o quanto danoso será o governo que defendem contra os brasileiros e eles mesmos.

JUNHO TEM MAIOR INFLAÇÃO PARA O MÊS EM 23 ANOS

IPCA fechou em 1,26%, pressionado para cima pelos preços dos alimentos, segundo IBGE

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. A mobilização dos caminhoneiros que paralisou o Brasil fez subir a inflação de junho, apontou o IBGE na manhã desta sexta-feira (6).

O IPCA, índice oficial de inflação no país, teve alta de 1,26%, na maior alta para o mês de junho desde 1995. Considerando todos os meses, foi o maior índice desde janeiro de 2016. Em maio, a inflação havia sido de 0,4%.

Pesquisas das agências Reuters e Bloomberg apontavam que a expectativa de analistas era de alta de 1,28%.

A paralisação de caminhoneiros começou dia 21 de maio e durou 11 dias. Bloqueios em estradas do país levaram ao desabastecimento de alimentos e combustíveis.

O grupo de alimentos e bebidas teve a maior variação, de 2,03% em junho, na esteira do aumento de preços observado em razão da escassez de produtos nas prateleiras.

O leite longa vida, que teve alta de 15,63%, e o frango inteiro, que variou em 8,02%, registraram fortes altas em junho.

A batata-inglesa, que disparou de preço nos principais centros de distribuição do país, teve alta de 17,16% em junho, após aumento de 17,51% em maio. Carnes bovinas ficaram 4,60% mais caras no período.

Segundo o IBGE, desde janeiro deste ano que o grupo alimentos e bebidas não registrava alta superior a 2%.

Como muitos alimentos ficaram retidos em bloqueios nas principais estradas dos país, centros de distribuição e supermercados ficaram sem produtos importantes da cesta básica do brasileiro. Após o fim da paralisação, houve uma corrida dos consumidores aos mercados, o que postergou por alguns dias a volta à normalidade no abastecimento.

O IPCA-15, que é uma prévia da inflação oficial, já havia apontado tendência de alta do indicador de junho.

Entre os nove grupos de bens e serviços investigados pelo IBGE, apenas dois não tiveram alta no período: vestuário e comunicação.

Habitação (2,48%), transportes (1,58%) e alimentos (2,03%) respondem por cerca de 60% das despesas das famílias e sua variação puxou para cima o índice de junho.

COMBUSTÍVEL
Além da alimentação, a mobilização de caminhoneiros também teve impacto no segmento de transportes, mais precisamente nos combustíveis. A gasolina subiu 5% em junho, enquanto o etanol teve alta de 4,22%. Houve quedas, contudo, no diesel (-5,66%) e nas passagens aéreas (2,05%), mas sem força para reverter as altas da gasolina e do álcool.

O diesel caiu em razão do esforço do governo federal em controlar os preços. Após conceder benefícios fiscais, o governo colocou a ANP (Agência Nacional do Petróleo) para fiscalizar se os postos estão repassando ao consumidor final o resultado das medidas para fazer cair o preço do diesel. A gasolina, que teve altas congeladas em meio à paralisação, voltou a subir em junho.

O gás encanado aumentou 2,37% e o de botijão, 4,08%. O motivo para o aumento do gás de botijão foi que houve falta do produto durante os protestos de caminhoneiros. Quando a mobilização foi encerrada, consumidores protagonizaram uma corrida aos postos de distribuição, o que estendeu por ainda mais alguns dias os efeitos do desabastecimento, pressionando os preços para cima.

O IBGE já havia indicado que apesar de os protestos dos caminhoneiros terem começado em maio, a inflação de junho também seria afetada.

Outros segmentos sofreram impactos sem relação com a paralisação de caminhoneiros, caso da energia elétrica, que subiu 7,93% em razão da mudança da bandeira tarifária e da redução do nível de alguns reservatórios de hidrelétricas no país.
Herculano
06/07/2018 18:30
A REALIDADE SUPERA A FANTASIA

1. Terça-feira não haverá mais um feriado. Num Brazil quebrado, sem perspectivas e onde se rouba os impostos de todos para poucos, havia uma anistia parcial dessas mazelas.

2. A campanha política, para desespero dos políticos, finalmente começará como num jogo onde nem sempre os favoritos poderão vencer.

3. Em outubro, novamente, alguém vai chorar, alguém vai comemorar, sem se importar que algo precisa mudar de verdade.
Miguel José Teixeira
06/07/2018 17:00
Senhores,

Pois é. . .os canários belgas comeram nosso alpiste e fizeram cocô em nossas cabeças!


Acorda, Brasil, pois o Dias Toffoli assumirá o stf JÁ, JÁ. . .
Gabriel
06/07/2018 13:51
Entrevista com Luiz Philippe de Orleans e Bragança, vale a pena assistir, fica bem claro o porquê do Brasil estar nessa situação e como poderia começar a melhorar:

https://www.youtube.com/watch?v=xocCDudeazg
Miguel José Teixeira
06/07/2018 10:34
Senhores,

1) Quanto a provável eleição da "dilmaracutaia" e do "menino do rio" em Minas Gerais:

"?"h! Minas Gerais
?"h! Minas Gerais
. . .
És bonita oh terra mineira
Esperança do nosso Brasil
. . ."
Livrai-nos da lambisgóia defenestrada!
Livrai-nos do jagunço da Friboi!

2) Quanto a provável eleição do abilolado suplicy em São Paulo:

"Paulista, pára um só instante
. . .
(Não) Deixa atrás o presente:
(Não) Olha o passado a frente!
. . .
Livrai-nos deste demente!!!
24 anos no Senado e o que fêz???
Herculano
06/07/2018 08:21
ROUBANÇA, ANTES, DURANTE E PóS-COPA, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Mesmo ligado no futebol, povo se choca com mais casos de corrupção

A revelação contínua de bandidagens no governo de Michel Temer e da participação de grandes empresas e altos executivos em piratarias tem causado choque até nestes dias em que nos sedamos temporariamente com a Copa. Chicanas no alto Judiciário e a atitude relaxada em relação a gente muito suspeita apimenta a raiva e a desesperança populares.

Não está fácil sustentar o velho clichê de que a impunidade propicia a corrupção: a punição parece inócua.

O risco agora algo maior de ser flagrado, processado e de passar um tempo na cadeia não tem tido efeito dissuasivo suficiente.

Talvez alguém diga que as penas ainda tenham alcance e força restritos.

No limite, a amputação de membros, a guilhotina ou a forca talvez inibissem os sociopatas da roubança.

Esta última frase poderia ser apenas sarcasmo de mau gosto sinistro.

Não é bem assim, pois serve também de metáfora para os desejos de parte da população, cada vez mais encantada com ideias ignorantes, violentas e autoritárias para lidar com a insegurança e a desordem política. Basta ler as pesquisas eleitorais.

Sim, ainda persistem muitas de outras condições que incentivam ou elevam a propensão a saquear o Tesouro público.

Além de cana, é preciso uma reforma demorada do Estado, de suas relações com empresas e também mudança na Justiça lenta e arbitrária.

Mas, para a percepção popular, pouco parece mudar; é preciso varrer todos os que estão aí ou uma intervenção autoritária.

O processo do mensalão tem mais de dez anos. Em 2007, o Supremo aceitou a denúncia de 40 mensaleiros pela Procuradoria-Geral da República. As duas dúzias de condenações têm quase seis anos. A festa continuou, porém.

Mesmo sob a Lava Jato, que tem mais de quatro anos, a gangue dos Odebrecht e a dos Batista Friboi corrompiam de modo sistemático, para citar os mais notórios. No governo Temer, rouba-se do INSS ao ministério do Trabalho, diz a polícia e suspeita um ministro do Supremo. O ex-secretário-geral do Governo, Geddel Vieira Lima, fazia mutretas no cargo e é um presidiário de longa duração, como outros caídos da cozinha temeriana.

O que foi o maior partido de esquerda, o PT, trata seus corruptos calados como heróis. O tucanistão, São Paulo, mas não só, protege a bandalha do PSDB com processos de lerdeza escarninha.

Ex e futuros presidiários comandam partidos do centrão, cortejados para alianças eleitorais decisivas.

É notório que quase nada se comente ou se faça a respeito de corrupções de governos estaduais por empreiteiras e firmas de engenharia, do Acre ao Rio Grande do Sul.

Viveriam em odor de santidade, ao contrário das grandes irmãs que contribuíram para a destruição do país?

De mais recente, quem frequenta as redes insociáveis pode notar que voltou a se disseminar a ideia de que progride um acordão; que os doleiros presos (alguns nem isso) serão protegidos por terem o que dizer "dos ricos".

Portanto, é fácil entender que, na economia política popular, a falência do país se deva à corrupção descarada, não à administração macroeconômica inepta.

Dadas a bandalheira persistente e aparente ineficácia do devido processo judicial, a esta fantasia vai se juntando a ideia de uma solução de força, "fora da política", "sem partido". É óbvio e assustador. Quem liga? As elites opinionadas e a casta política, alienada ou em parte sociopata, não parecem se comover.
Herculano
06/07/2018 08:17
"DILMA ESTÁ VOLTANDO, QUERIDOS!", editorial da revista Isto É, por Carlos José Marques

Por mais inacreditável que possa parecer, Dilma Rousseff, a mandatária estabanada nas ações e palavras, deposta por mutretagem nas contas públicas, resolveu testar de novo a paciência dos brasileiros e está retornando à cena política. Na ativa. E o que é mais surpreendente: desponta como candidata ao Senado por Minas Gerais com reais chances de se eleger, na dianteira das pesquisas, celebrada de novo na condição de "mãe dos pobres". Se brincar tenta até o governo do Estado. Não está fechada ainda a melhor posição. Os petistas a enxergam como um "ás" na manga. Trata-se de uma estranha patologia nacional, esta de não aprender com erros passados e, o que é pior, de insistir neles como a imaginar que no trêfego debruçar sobre experiências desastrosas o País vai acabar por encontrar a boa saída. Ledo engano. Nas últimas décadas, o Brasil exibiu qualidades invulgares como cenário de aprendizes de feiticeiro que deixaram de herança uma bagunça administrativa de alto custo a pagar. Foi assim nos idos de Collor, o primeiro a abrir a fila de "impichados" - depois reconduzido ao Congresso - e voltou a se repetir com Dilma, o célebre poste de Lula, inesquecível no plano das anedotas por suas lições de como estocar vento, de saudação à mandioca, de respeito ao ET de Varginha e de imprecações linguísticas do tipo "mulheres sapiens". Seu intuito de ir às urnas constitui, por um variado e amplo leque de motivos, uma aberração. O País que passou o que passou nas mãos dessa senhora - responsável por colocar a economia de joelhos praticando a mais devastadora recessão de todos os tempos, que esteve no comando quando os saqueadores dos cofres públicos fizeram a festa, quebraram a estatal de ouro Petrobras e roubaram a rodo - não poderia cogitar a hipótese de aceitá-la novamente saracoteando no poder. A não ser que tenha vocação para o sofrimento. Sob outro aspecto não menos danoso, do ponto de vista legal, a candidatura fere de forma gritante os preceitos da Constituição que atrela o impeachment à perda dos direitos políticos por oito anos. Está lá, letra por letra, disposto na Carta Magna o crime e respectiva descrição da pena decorrente da cassação. Ocorre que o ministro Ricardo Lewandovski, outro mestre do triunvirato da Segunda Turma do STF, ao lado de Toffoli e Gilmar Mendes, que de uns tempos para cá vem sacudindo o coreto legal com decisões arrepiantes, achou por bem costurar junto com o então presidente do Senado Renan Calheiros, mais uma gambiarra jurídica: a perda do cargo sem inabilitação. Fatiou as votações no parlamento em duas etapas e assim manteve a presidente deposta como apta a participar de futuros escrutínios. Diversos partidos se organizam para tentar impugnar essa possibilidade. Pareceres de magistrados são emitidos negando a condição de elegível para Dilma. Mas tribunais não se mostram muito receptivos a considerar a revisão ?" embora a dita cuja ex-presidente siga sob o peso de processos, inclusive da CVM, pela compra superfaturada de Pasadena, fio-condutor de toda operação Lava Jato.

Você pode estar se perguntando como é possível isso? Mas o ressurgimento de Dilma na atual circunstância simboliza, na prática, de maneira dramática, o enorme fosso de dificuldades e desânimo que tem tido o eleitor para garimpar e ungir ao comando seus líderes. Pode-se atribuir à índole cordata do povo a predisposição de, mesmo depois de ir às ruas gritar "Fora Dilma!", assumir logo a seguir um estágio de resiliência absoluta na qual é capaz de perdoar falhas dos vilões de outrora. Ou aduzir outros motivos, tal qual a propensão nata do eleitorado a mover-se quase sempre, cegamente, pelo recall de imagem dos postulantes a cargos públicos e pela enganação marqueteira de informações fabricadas que os programas partidários tratam de veicular. De um jeito ou de outro, a excrescência de uma candidatura Dilma está posta. Cabe a cada um repudiá-la, dizendo não na urna.
Herculano
06/07/2018 08:10
DIRCEU RI DA CARA DA JUSTIÇA

Conteúdo de O Antagonista. José Dirceu, alguns dias antes de ser solto por Dias Toffoli, mandou seus aliados pararem de bater no STF.

Agora, como diz a reportagem de capa da Crusoé, "o operador voltou". E passou a articular a estratégia eleitoral do PT, rindo da cara da Justiça.
Herculano
06/07/2018 08:09
GOVERNO CALA DIANTE DE DISCRIMINAÇÃO A BRASILEIROS, por Cláudio Humberto, na publicação que fez nesta sexta-feira nos jornais brasileiros

O governo brasileiro não reagiu à decisão discriminatória, adotada pela União Europeia, que passará a exigir visto de entrada de brasileiros a partir de 2021. Em casos assim, nas relações diplomáticas, sempre se aplica o princípio da reciprocidade, por isso o Brasil impõe visto de entrada de nacionais de países que exigem o mesmo, como Estados Unidos e México, por exemplo. O silêncio do governo é constrangedor.

ATITUDE DIGNA
Os países respeitam as normas migratórias internas, mas se reservam direito de impor medidas idênticas até como sinal de autodeterminação.

RETICÊNCIAS OFICIAIS
Indagado, o Itamaraty não deixou claro se o Brasil vai exigir visto dos europeus a partir de 2021. "É a prática", informou sua assessoria.

O FUTURO A ELE PERTENCE
A dúvida, entre diplomatas, é como o futuro presidente do Brasil, que estará no cargo em 2021, reagirá à exigência de visto para brasileiros.

EFEITO TRUMP
Além do Brasil, outros países serão atingidos pela exigência de visto de entrada na Europa, até mesmo os Estados Unidos.

CÂMARA PROMOVE CONVESCOTE DE ATRAVESSADORES
A Comissão de Minas e Energia da Câmara decidiu realizar no próximo dia 11 uma audiência pública para discutir a venda direta de etanol aos postos, definida por sentença da Justiça Federal e sob exame do Congresso e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), mas convidou apenas quem é contra a medida: representantes dos distribuidores, que atuam como atravessadores, e seus defensores

TUDO DOMINADO
À exceção do senador Otto Alencar (PSD-BA), foram chamados para a audiência pública só políticos ligados aos distribuidores.

Só PARA PAULISTAS
Todas as entidades controladas por atravessadores de combustíveis estarão no convescote. Todas elas sediadas em São Paulo.

OUTROS ESTADOS DE FORA
Entidades que defendem venda direta de etanol não foram convidadas à audiência pública. Atravessadores têm medo de concorrência.

DATENA EMPOLGA
O DEM está tão empolgado com favoritismo de José Luiz Datena ao Senado, em São Paulo, que já cogita fazê-lo disputar o Planalto. Até porque Rodrigo Maia, pré-candidato do DEM, continua colado ao traço.

FAZENDO ÁGUA
Geraldo Alckmin demorou demais a tentar viabilizar sua candidatura. Já nem lhe dão ouvidos, como na constrangedora reunião com as cúpulas dos partidos do centrão (DEM, PP, PRB, SD e PSC). Deram pra trás.

BOIA SALVA-VIDAS
Em nota, João Doria diz estar "inteiramente focado" na campanha ao governo e que seu candidato a presidente é Alckmin. Para ele, dizer o contrário é coisa "de quem quer mal a ambas as candidaturas".

JORNADA ESPANTOSA
Durante a batida Polícia Federal no gabinete de Nelson Marquezelli (PTB-SP), espantou a presença do deputado às 6h da manhã. Como deputado não dá duro tão cedo, suspeita-se até de vazamento da ação.

DIA DA DEMAGOGIA
A Câmara consome seu tempo com projetos inócuos. É o caso da discussão de parecer sobre a criação do Dia Nacional de Combate à Tortura. Que se combate com ações concretas e não com demagogia.

BARBIERI VICE
A despedida do ex-deputado Marcelo Barbieri da Subchefia de Assuntos Federativos do Planalto foi bem concorrida. Ele deverá ser o vice na chapa de Paulo Skaf ao governo de São Paulo, pelo MDB.

CULPA DA AUSTERIDADE
Habituados à gastança que levou o País à pior crise da História, sindicalistas ligados a senadores petistas foram ao Congresso atacar a austeridade. Culpam-na pelo impacto nas políticas sociais.

DESCARAMENTO
Na semana em que começou o segundo semestre de 2018, deputados bateram recorde de uso de óleo de peroba ao aprovar a programação monetária para o quarto trimestre de 2016.

PENSANDO BEM...
...hoje é dia de o Brasil ensinar a Bélgica como se faz um chocolate.
Herculano
06/07/2018 08:00
POR QUE NEYMAR NOS INCOMODA TANTO? por Renato Terra, roteirista, no jornal Folha de S. Paulo

Até o tombo do técnico brasileiro é mais apropriado que as quedas do craque

A seleção é a projeção das nossas maiores qualidades. Neymar precisa embarcar nessa.

Enquanto a bola rola, de quatro em quatro anos, não é o poder econômico, religioso ou bélico que impõe respeito. Chapados pelo coletivo efeito lisérgico da Copa, somos plugados num realismo fantástico em que o Brasil é o gigante imperialista. Mais do que isso: nossa maneira de dominar o mundo é quase uma utopia.

Alemães carregam o fardo de um futebol pragmático, sem brilho. Argentinos misturam faíscas de encanto com malandragens pueris, como a água batizada que ofereceram para o nosso Branco na Copa de 90.

Em alguns momentos, o encanto e a malandragem se fundem, como no gol de mão de Maradona. Italianos são retranqueiros. Uruguaios vivem de ecos do passado.

No G5 das seleções com mais de um título mundial, somos o exemplo a ser seguido: vencemos, dominamos, encantamos. Jogamos numa base coletiva, bem arrumada, que abre espaço para iniciativas e lampejos individuais. Somos pretos, brancos, mestiços. Marta fez mais gols que Pelé. Tudo isso embalado com ousadia e alegria.

Quando a bola rola, tudo é ressignificado. A jogada que culminou com o gol de Carlos Alberto na final da Copa de 70 é nossa Capela Sistina. A poesia de Garrincha é tão relevante quanto a de Fernando Pessoa. A bomba de Branco contra a Holanda em 94 é nossa Guernica. Rivaldo é nossa escultura de Giacometti que desvia da bola para o gol de Ronaldo em 2002.

Dentro de campo, numa Copa do Mundo, a seleção é muito diferente de nosso país. Ali no gramado, estão potencializadas todas as nossas qualidades.

Ali, o Brasil é quase uma projeção do que gostaríamos de ter sido como nação. Está ali a palavra nova que queremos dar ao mundo.

Por isso, Neymar nos incomoda tanto. O craque tem as credenciais para fazer parte dessa projeção coletiva. Mas insiste em simulações, exageros, chistes. Tudo o que brasileiro não quer. Não em uma Copa do Mundo.

Ainda dá tempo do Neymar se conectar nessa atmosfera e se colocar à altura da seleção em Copas do Mundo.

E fica aqui um apelo: pelo amor de Deus, vençam a Bélgica e nos mantenham sedados por mais tempo. Não temos estrutura para lidar com o Temer novamente.
Herculano
06/07/2018 07:55
O LARANJA DE LULA ENTRA EM CENA

Conteúdo de O Antagonista. "A grande novidade da eleição presidencial, tão pulverizada e incerta, está para surgir: a entrada em cena do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que une o útil, a força do ex-presidente Lula, ao agradável, a sua própria imagem, que extrapola o PT."

Assim como a Veja, o Estadão também crava o nome de Fernando Haddad como o escolhido pelo presidiário.
Herculano
06/07/2018 07:52
PARTIDOS EXPLORAM SERVIÇOS PÚBLICOS PARA FAZER NEGóCIOS PRIVADOS, por Bruno Boghossian

Investigações mostram que PTB transformou ministério em patrimônio particular

De uma só vez, o chefe de gabinete do deputado Nelson Marquezelli (PTB) pediu a um servidor do Ministério do Trabalho a liberação dos registros de seis sindicatos de caminhoneiros do interior paulista. O parlamentar, dono de uma empresa de transporte de cargas, queria agilidade naquele processo e recorreu ao órgão que é feudo de seu partido desde 2016.

Investigações sobre a concessão de registros sindicais mostram que serviços públicos são tocados como negócios privados por partidos políticos. As siglas se apropriam de ministérios para transformar essas estruturas em patrimônio particular.

Segundo a Polícia Federal, a cúpula do PTB manipulava processos de inscrição de sindicatos para obter "tratamento diferenciado" para algumas entidades.

Uma troca de mensagens entre servidores mostra que a deputada Cristiane Brasil (PTB) pediu o favorecimento de um sindicato de mototaxistas. Um dos interlocutores acrescenta que "eles iriam 'ganhar na loteria' com o processo", anotou a PF.

Cristiane Brasil, filha do ex-deputado Roberto Jefferson, é quem dá as cartas no Ministério do Trabalho, embora o Supremo tenha barrado sua posse na chefia da pasta. Ela dita a nomeação de funcionários e interfere na concessão de registros.

A criação de entidades de trabalhadores era um negócio lucrativo até o ano passado, quando foi extinto o imposto sindical obrigatório. As associações, entretanto, continuam a ter peso político, já que pertencem à base social de partidos e turbinam a mobilização de eleitores.

Apesar de sua origem trabalhista, que remonta a Getúlio Vargas, o PTB não tem vínculos com os principais sindicatos do país. Ainda assim, foi alçado ao ministério e usou a pasta para fazer política e negócios.

O aparelhamento e a exploração dessa área do governo são uma tradição. Em 2011, o ministro Carlos Lupi (PDT) se demitiu depois que funcionários do ministério foram acusados de cobrar propina para liberar convênios para ONGs.
Herculano
06/07/2018 07:46
da série: os exemplos não autorizam o apelo, é só olhar Gaspar tanto no executivo como no legislativo mas...

CRIVELLA: 'Só O POVO EVANGÉLICO PODE MUDAR O PAÍS'

Conteúdo do BR 18. O prefeito Marcelo Crivella (PRB) "pregou" para vários líderes evangélicos e pastores no Palácio Guanabara, nesta tarde de quarta, 5: "Só o povo evangélico pode mudar esse país. Entre nós não há corrupção. A gente recebe o dinheiro do povo e a gente faz a casa de Deus".

Em outro trecho de sua fala, segundo O Globo, diz: "Nós precisamos votar em homens e mulheres de Deus, ainda que não seja um grande conhecedor da política é menos um corrupto. É menos um ladrão. Faço esse apelo a meus irmãos".
Herculano
06/07/2018 07:41
POR QUE BANANAS PODEM CORRER RISCO DE EXTINÇÃO - E O QUE FAZER

Conteúdo da BBC News. Texto de Helen Briggs

Uma banana selvagem que pode ser crucial para a proteção das plantações de banana comestível foi posta na lista de espécies ameaçadas de extinção.

Ela só existe em Madagascar, na África, onde ficam os últimos cinco pés adultos da planta na natureza.

Cientistas dizem que a espécie precisa ser preservada, pois pode conter o segredo para manter as bananas em segurança no futuro.

A maioria das bananas consumidas pelo mundo são do tipo Cavendish, grupo da banana nanica. Essas bananas são especialmente vulneráveis a uma praga conhecida como mal do Panamá. Também estão sujeitas à doença as bananas prata e maçã, bastante populares no Brasil.

Pesquisadores tentam desenvolver novas variedades que sejam ao mesmo tempo saborosas e resistentes à praga.

A banana selvagem de Madagascar se desenvolveu isolada, já que o país é uma ilha no Índico, e pode ter propriedades especiais.

Richard Allen, assessor do Jardim Botânico Real de Kew, em Londres, diz que a espécie (Ensete perrieri) pode ter desenvolvido uma resistência a secas e ao mal do Panamá.

"Ela não sofre com o mal do Panamá, então, talvez tenha traços genéticos que a protejam da doença", afirma.

"Não saberemos até pesquisar a banana, mas não poderemos fazer a pesquisa até que ela esteja a salvo."

Pesquisadores do jardim botânico procuraram a planta em Madagascar e concluíram que ela está praticamente extinta na natureza.

Eles esperam que a inclusão da espécie na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza trará visibilidade ao tema.

Hélène Ralimanana, do jardim botânico londrino, diz que a planta integra o rico ecossistema de Madagascar.

"É muito importante conservar a banana selvagem porque ela tem grandes sementes que podem oferecer uma oportunidade para encontrar um gene que melhore a banana cultivada", afirmou.

Se a banana selvagem for protegida, haverá como coletar as sementes e analisar a composição genética da planta.

A banana de Madagascar produz sementes dentro da fruta, ou seja, não é comestível.

Mas cruzamentos com a planta podem gerar um novo tipo de banana que seja comestível e resistente.

Por que as bananeiras são vulneráveis à doença?
Bananas se reproduzem por clonagem, portanto, há pouca variação genética entre seus diferentes tipos.

Se a doença atinge uma planta, pode rapidamente afetar toda a população dessa variedade.

Por enquanto, os mercados oferecem a fruta em abundância. Mas a situação pode mudar no futuro.

A doença que ataca a Cavendish está, por enquanto, confinada à Ásia. Se chegar às Américas, pode liquidar as plantações por todo o mundo.

Isso já ocorreu nos anos 1950 com um tipo de banana chamado Gros Michel. Acredita-se que a música "Yes! We Have No Bananas" (Sim! Não temos bananas), do trompetista americano Louis Prima, tenha sido inspirada na falta de bananas Gros Michel, afetadas pelo mesmo fungo por trás do mal do Panamá.

Essas bananas foram substituídas pelas Cavendish, batizadas em homenagem a William Cavendish, o sexto Duque de Devonshire, na Inglaterra.
Herculano
06/07/2018 07:30
PRESERVOBRAS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Fábrica estatal de preservativos no Acre mostra não ser a resposta adequada a desafios

No papel, os argumentos poderiam parecer sedutores. A iniciativa ajudaria a enfrentar um problema de saúde pública, geraria renda para comunidades carentes e promoveria o desenvolvimento sustentável de um município amazônico.

Pautados por tais ideias, o Ministério da Saúde e o governo do Acre decidiram, em 2008, criar e financiar a Natex, empreendimento estatal instalado em Xapuri ?"que utilizaria o látex de seringueiras nativas para produzir preservativos destinados a suprir parte da demanda da própria pasta em seus programas de controle da Aids.

Como se pode imaginar, o plano não funcionou tão bem na prática, e a fábrica corre o risco de fechar as portas pelo acúmulo de prejuízos que, cedo ou tarde, recairão sobre os contribuintes.

Não se trata de contestar os objetivos declarados. Constitui função do poder público manter programas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, bem como buscar a harmonia entre expansão econômica e cuidado com as áreas de floresta.

O erro, como de hábito, esteve em imaginar que mais uma aventura empresarial do Estado fosse a resposta adequada a esses desafios.

Para o ministério, faz mais sentido obter camisinhas no mercado internacional do que por meio de uma instalação em local que não seria a primeira escolha de agentes privados. Para o Acre, é pouco eficaz estimular a atividade em Xapuri valendo-se de uma fábrica que basicamente conta com um único cliente importante.

A pasta deveria comprar a produção de 100 milhões de unidades anuais, correspondente a cerca de um quarto do total a ser distribuído no país. Com a crise orçamentária, as compras para o período 2016-17 limitaram-se a 41 milhões.

No ano retrasado, a administração estadual de Tião Viana (PT) tentou privatizar a instalação, mas não houve interessados.

Deveria ser desnecessário, a esta altura, expor as fragilidades inerentes a empreitadas do gênero. Não bastasse a viabilidade duvidosa do negócio, investimentos estatais estão naturalmente sujeitos a ingerência política, gestão deficiente e dificuldades burocráticas.

Eles se justificam, em tese ao menos, para o fornecimento de bens e serviços essenciais que não podem ser providos pela iniciativa privada. Este certamente não é o caso da produção de preservativos.
Herculano
05/07/2018 20:54
da série: o incontrolável

"VOCÊ QUE UM MARIDO OU UM PRESIDENTE?" DIZ LUPI SOBRE TEMPERAMENTO DE CIRO


Conteúdo Coluna Estadão (Naira Trindade), no jornal O Estado de S. Paulo. O presidente do PDT, Carlos Lupi, conversava, ontem, com uma antiga servidora na Câmara dos Deputados quando ouviu críticas sobre o "temperamento" do presidenciável Ciro Gomes. "Você quer um marido ou um presidente?", perguntou. Ele garante que virou o voto dela.

Quarta-feira, o presidenciável se irritou novamente ao ser vaiado em evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao criticar a reforma trabalhista. "Pois é, vai ser assim mesmo. Se quiserem presidente fraco, escolham um desses aí que vêm com conversa fiada para vocês", respondeu o candidato.
Herculano
05/07/2018 20:34
STF NO CAMINHO DO MP

Conteúdo do BR 18. No último mês, o STF arquivou, sem o pedido da PGR, seis inquéritos. Antes disso, o arquivamento "de ofício", como é chamado, só havia ocorrido uma vez desde a promulgação da Constituição de 1988. Maria Cristina Fernandes usa esse levantamento para refletir, em coluna no Valor, sobre o impacto do Supremo nos poderes conquistados pelo MP nos últimos 30 anos.
Herculano
05/07/2018 20:30
PARA QUE SERVE A ESCOLA?,por Cristiane Lasmar, antropóloga e titular do excelente blog infanciabemcuidada.com

É ponto pacífico, no Brasil, que a nossa educação escolar vai mal. Já estamos habituados a indicadores alarmantes. A cada três anos, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) nos informa que os alunos brasileiros estão entre os piores do mundo no desempenho de ciências, leitura e matemática.

Confrontados com esses e outros resultados igualmente ruins, especialistas em políticas públicas educacionais apontam falhas de investimento, planejamento ou gestão.

Não restam dúvidas de que a educação escolar brasileira vem sendo, há muito tempo, mal planejada e mal gerida. Pouco se discute, porém, um outro fator, anterior, e de certo modo determinante de todos os outros. Como estabelecer metas, planejar e gerir na ausência de um consenso social a respeito do papel que o tempo passado na escola cumpre na formação de uma pessoa? Afinal, para que serve a escola? Enquanto a sociedade não for capaz de enfrentar essa questão, só conseguiremos estabelecer metas equivocadas e metodologias confusas.

Educar uma criança é criar condições para que ela desenvolva o seu potencial da maneira mais elevada possível, com autonomia e liberdade, sempre na direção do que é bom, justo e verdadeiro. Isso envolve oferecer-lhe recursos tanto para uma boa formação moral e ética, quanto para a aquisição de uma bagagem cultural e intelectual que lhe permita transcender a sua realidade imediata. A educação de princípios e valores é responsabilidade de quem participa integralmente da vida da criança, de quem a ama o suficiente para ser capaz de aceitar, com paciência, o seu temperamento, o seu ritmo pessoal, os seus limites.

É em casa que a criança deve ser levada a distinguir entre o certo e o errado, a adquirir noções de respeito, a se comportar de maneira adequada e civilizada, a desenvolver capacidades como empatia, respeito pelo outro, autocontrole, disciplina. Também é função da família a orientação religiosa, quando é o caso, e a critério próprio, assim como a preparação para o exercício da vida sexual, conjugal e parental no futuro. Quando esse tipo de orientação é dado na escola, é preciso que a família esteja a par e de acordo.

A escola, por sua vez, deve garantir o acesso da criança ao conjunto de conhecimentos universais acumulados pelas gerações anteriores, e estimular o desenvolvimento de habilidades que permitam o seu manejo inteligente e pessoalizado. Esse saber está distribuído nas disciplinas que chamamos de matemática, gramática, arte, literatura, ciências, história, geografia. Desde a Antiguidade, várias gerações de gente criativa e sábia vêm se dando ao trabalho de produzí-lo e organizá-lo, para que ele possa ser transmitido aos mais jovens. É esta, portanto, a função essencial da escola: mediar o acesso do aluno a esse corpo de conhecimentos compartilhados, de modo a ampliar os seus meios de compreensão e ação no mundo. Numa perspectiva mais pragmática, a tarefa é ajudar o estudante a formar uma base intelectual sólida, a partir da qual, posteriormente, ele poderá se dedicar seja à aprendizagem de saberes técnicos avançados, seja ao estudo aprofundado das próprias disciplinas acadêmicas.

Haverá, evidentemente, contextos e situações em que as ações da família e da escola vão confluir e se sobrepor. Sendo a escola um ambiente de interação humana intensa e regulada, as relações e trocas ali ocorridas podem e devem ajudar a formar positivamente o caráter da pessoa. Por outro lado, a família também transmite, quase que naturalmente, os seus conhecimentos a respeito do mundo real e da cultura. Porém, de uma maneira geral, o que vem ocorrendo hoje em dia é uma dupla demissão. Os pais transferem à escola a responsabilidade de educar integralmente a criança. E a escola, por sua vez, vem se recusando a cumprir a sua missão tradicional de instruir.

É cada vez mais difícil encontrar uma escola efetiva e prioritariamente comprometida com o ensino das disciplinas acadêmicas. Esse problema tem uma origem. Por volta dos anos sessenta, a escola foi deixando de ser pensada como lugar de transmissão do patrimônio de conhecimentos acumulados pela nossa civilização, passando a instrumento de crítica e desconstrução de seus princípios e valores. Isso se deu como desdobramento de um movimento político e intelectual de crítica massiva aos cânones da cultura ocidental. Originado em boa parte no mundo acadêmico, esse movimento tomou forma nítida na Europa e nos Estados Unidos no final dos anos 60, com a afirmação de uma série de agendas sociais específicas como o feminismo, a liberação sexual e a exaltação das culturas minoritárias ou marginais. A maioria das pautas dessa contracultura estava ligada, de alguma forma, à Nova Esquerda.

Ao aderir ao programa da contracultura esquerdista, a escola passou então a ser compreendida mais como um espaço de questionamento e desconstrução do que de instrução. Novas gerações de educadores começaram a ser formadas não mais com o propósito de ensinar os saberes de suas áreas e sim de promover, nos alunos, por meio de uma versão politizada desses saberes, o senso de que a cultura ocidental é fonte de injustiças e precisa ser transformada. Ao mesmo tempo, a escola tornou-se um laboratório de práticas pedagógicas libertárias, que desvalorizam o rigor, o mérito, o esforço, e a autoridade do professor, princípios nos quais se assentavam os sistemas de ensino tradicionais. A crítica à escola tradicional era parte da crítica à civilização ocidental.

Da mesma forma que buscou desconstruir as balizas pedagógicas anteriores, a escola começou a avançar em domínios que sempre foram da alçada da família, como, por exemplo, a educação sexual, que se tornou matéria curricular. Nessa empreitada, porém, a escola não só não se preocupou em pedir autorização aos pais, como passou a atuar à sua revelia, não raro infantilizando-os e colocando-se frente a eles em posição de superioridade moral. Importante lembrar que a família também é um dos alvos principais do movimento de desconstrução da cultura ocidental. E que o questionamento da autoridade parental é um dos meios mais eficazes de promover o esgarçamento da estrutura familiar. Essa pressão sobre a família, que teve efeitos concretos na própria relação entre pais e filhos, pode explicar, em parte, porque tantos pais, atualmente, são incapazes de educar. E pode explicar também o fato do ambiente escolar ter se tornado tão inadequado à aprendizagem: alunos indisciplinados, irreverentes, e eventualmente agressivos, porém tratados com complacência.

A educação escolar "não-cognitiva", como definem os próprios pedagogos, espalhou-se por todo o Ocidente. No livro "A Escola dos Bárbaros" (1987), Isabelle Stal & Françoise Thom descrevem com detalhes todos os estragos feitos pela contracultura educacional no ensino público francês. Porém, é provável que, pelo menos no que diz respeito à dimensão mais propriamente cognitiva, o estrago tenha sido menor ali do que aqui, pois a França já contava com uma tradição sólida de valorização e transmissão do conhecimento antes dos anos sessenta. A situação do Brasil é bem diferente. A escola nem bem havia se universalizado quando abraçou o ideário da desconstrução. Além disso, a cultura brasileira já apresentava traços de anti-intelectualismo bem anteriores à crise do ensino escolar. A aversão brasileira ao estudo e ao conhecimento foi brilhantemente satirizada em nossa melhor literatura. Veja-se, por exemplo, os contos "A Teoria do Medalhão" de Machado de Assis, e "A Biblioteca", de Lima Barreto. Em resumo, o nosso anti-intelectualismo apenas se aprofundou. E, nas últimas duas décadas, drasticamente.

Nossa escola está hoje dominada por uma mentalidade que não diferencia qualitativamente um texto de Camões de uma letra de funk. Os alunos não são apresentados aos clássicos da literatura, nem encorajados a memorizar conteúdos. O mérito e o esforço não são valorizados. Mas nada disso deve nos soar estranho, se lembrarmos que a pessoa escolhida por nossos educadores influentes para ser o "patrono da educação brasileira", nos deixou, como legado, frases do tipo: "quem aprende ensina ao aprender, quem ensina aprende ao ensinar", ou, ainda, "não há saber de mais ou saber de menos: só há saberes diferentes". Hoje apenas colhemos os resultados de décadas de celebração desse tipo de pensamento representado por Paulo Freire: universitários incapazes de fazer conta, interpretar um texto de mínima complexidade ou apontar a capital de um estado brasileiro. Numa escola em que aprender e ensinar são a mesma coisa, ninguém ensina e ninguém aprende.

Nos casos em que a escola consegue dar aos alunos uma boa formação intelectual, é porque ainda existem professores e diretores honestos e amantes do conhecimento. Mas uma andorinha só não faz verão, como sabemos. E as exceções, como sempre, só fazem confirmar a regra. Escolas que apostam todas as fichas na transmissão de conteúdos são, em geral, olhadas com desdém e chamadas de "conteudistas", como se isso não fosse o esperado de uma escola. A verdade é que podemos contar nos dedos as que estão verdadeiramente empenhadas na missão de transmitir conhecimento acadêmico e estimular nos alunos o rigor e a disciplina intelectual. Na maioria das vezes, o que temos é mediocridade disfarçada sob o alegado pretexto de "formar cidadãos". Sempre que ouço ou leio esse slogan, penso que, se um dia eu precisar da ajuda da escola para fazer de meus filhos cidadãos, terei chegado ao nível mais baixo de minha autoestima parental ?" e pessoal.

O fato é que as famílias das camadas médias e altas sempre podem escolher, fiscalizar, exigir conteúdo, e cobrar resultados das escolas que recolhem suas mensalidades, enquanto as de baixa renda ficam de pés e mãos atados, mesmo quando não gostam do que estão vendo. É do seu lado ?" ou seja, na escola pública ?" que a corda arrebenta. Se do ponto de vista cultural/civilizacional mais amplo a catástrofe é geral e irrestrita, no que se refere às trajetórias individuais, a demissão intelectual da escola afeta de maneira mais direta e irreversível os estudantes cujas perspectivas de vida já são, de saída, mais limitadas. Amplia-se a desvantagem dos mais pobres e aprofunda-se a desigualdade social. No momento em que a escola se recusa a cumprir a missão para a qual foi criada, perde a preciosa oportunidade de transformar justamente a vida de quem possui menos recursos para prescindir dela.
Herculano
05/07/2018 20:27
"NÃO QUERO DIZER MAIS NADA ANTES DE FALAR COM O PRESIDENTE", por Diego Amorim, de O Antagonista.

Sepúlveda Pertence, advogado de Lula, confirmou a O Antagonista que se reunirá na próxima semana com o presidiário, ainda em data a ser definida.

O ex-presidente do STF disse que, por ora, continua integrando a equipe de defesa do corrupto e lavador de dinheiro.

"Não quero dizer mais nada antes de falar com o presidente."

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