Em ano de eleição, finalmente o prefeito Kleber muda o discurso. Sai o homem das obras e entra o gestor exemplar - Jornal Cruzeiro do Vale

Em ano de eleição, finalmente o prefeito Kleber muda o discurso. Sai o homem das obras e entra o gestor exemplar

13/02/2020

O ensaio foi na Câmara de onde ele é originário. Mas, faltam resultados e uniformizar a propaganda

Gestor exemplar I

Sempre escrevi: o tempo é o senhor da razão. E depois de três anos, o governo do eleito Kleber Edson Wan Dall, MDB, do vice Luiz Carlos Spengler Filho, PP e do prefeito de fato, presidente do MDB, ex-coordenador da campanha vencedora e atual secretário de Fazenda e Gestão Administrativa de Gaspar, Carlos Roberto Pereira, lavou, outra vez, a minha alma. Na terça-feira da semana passada Kleber – ex-vereador e ex-presidente - foi à Câmara prestigiar a primeira sessão ordinária deste ano. Fez isso em 2017, 2018 e 2019. Desta vez, entretanto, dois fatos chamaram a atenção. Ele tinha 15 minutos para palanque eleitoral na tribuna – como registrei na coluna de segunda-feira escrita especialmente para o portal Cruzeiro do Vale -; usou menos de cinco. Mais. Kleber, o que transformou Gaspar num canteiro de obras, esqueceu-as. Preferiu uma outra faceta: a do gestor exemplar. E para isso, está percorrendo o Brasil para mostrar tal façanha. A nova narrativa, entretanto, não estava nos discursos dos seus vereadores.

Gestor exemplar II

Kleber voltava de uma apresentação na Associação dos municípios Mato Grosso do Sul. Foi caravana mostrar o tal Modelo de Excelência em Gestão Pública e que se propaga por aqui, não se entende e cola. Primeiro é preciso explicar aos leitores que a equipe – e sem demérito nenhum à ela – está fazendo apenas uma obrigação: o de preencher corretamente o novo modelo de prestação de contas de dados exigidos pelo governo de Jair Messias Bolsonaro, sem partido, e seu ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo, a mudança de discurso ocorre por dois motivos: é que à falta de transparência está corroendo à imagem do candidato Kleber perante à nova exigência do eleitorado. Outubro de 2018 foi sinalizador. E para complicar as obras estão sob dúvidas e podem não terminar a tempo para se comemorar e trocar por votos. Terceiro: o MS e outros municípios não vão eleger Kleber, mas podem alavancar a propaganda por aqui, se bem-feita, por aqui. Até nisso, estão falhando desde o primeiro dia de governo.

Gestor exemplar III

Ao invés de firulas na propaganda, os “çabios” que rodeiam Kleber e ele próprio, deveriam assumir que possuem uma equipe ruim, feito de amigos, com gente vingativa e que está devendo à cidade. A Controladoria, a Procuradoria Geral e a Secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa, por exemplo, deveriam ter preenchido corretamente a prestação de contas de 2017 e 2018 e que enviaram ao Tribunal de Contas do Estado. Elas foram merecedoras de longas reparações, incluindo queixas de que, instados a se explicarem, fizeram-se de surdos. Os próprios vereadores são testemunhas da falta de transparência do governo. Seus requerimentos atrasam-se nas respostas, a tal ponto de que alguns deles só foram respondidos e parcialmente, mas na marra e só por mandado de segurança. A Comissão Parlamentar Processante em pleno funcionamento, é resultado da dúvida que se instalou e da banana que um ex-presidente da Câmara e o do Samae, governado, vejam só, pelo mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, PP, mandou para Legislativo. E a lista é longa, muito longa. A cidade sabe. E agora, talvez, tardiamente, Kleber se deu conta que pode ser cobrado nas urnas em outubro por práticas da velha política em um político tão jovem. Entre esta prática está a de dizer que o preenchimento de um documento oficial para Brasília substituiu todos os erros que insistiu em outros formulários como para o TCE.

 

Gestor exemplar IV

E para piorar, o mais novo gestor exemplar de Gaspar admitiu no discurso que fez na Câmara, de que não é só de obras visíveis e necessárias que vive um político. Ufa! Gabou-se, por exemplo, que depois da duplicação da BR 470, a maior obra de infraestrutura é o tal Anel de Contorno que faz. Menos, prefeito! O que se aprontou até agora foi feito pela iniciativa privada usando à correta legislação compensatória. Daquilo que depende da prefeitura, no ritmo de hoje, nada deverá ser entregue até outubro. E se não bastasse, o projeto executivo do Contorno ainda não foi entregue pela Iguatemi. É que nas Águas Negras, há um loteamento aprovado no meio do caminho. Então e só para relembrar: o ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, foi quem primeiro testou para Kleber de que não é só de obras visíveis e necessárias que vive um político para ser reconhecido e receber votos. Zuchi construiu a Ponte do Vale e seu secretário de Obras, Lovídio Carlos Bertoldi, PT, candidato, perdeu para Kleber. O eleitor queria mudanças.  Agora, também!

Gestor exemplar V

Para encerrar, devo mostrar que o discurso do gestor exemplar para o atual prefeito ainda não chegou ao líder do governo na Câmara, Francisco Solano Anhaia, MDB, ex-petista. É preciso combinar com ele. Anhaia, na mesma sessão em que Kleber esteve para discursar, tentou provar à incoerência das narrativas e práticas da oposição, que as chama de esquerdistas. Ela acusa o governo Kleber de alto endividamento, comprometendo futuras gestões, inclusive a dele se for reeleito. Só de empréstimos, em três anos, Kleber conseguiu perto de R$140 milhões, ou seja, quase três e meia pontes do Vale. Zuchi, em oito anos de administração tomou emprestado, conforme números do próprio Anhaia, R$29 milhões. Então onde está´, verdadeiramente, a incoerência e os incoerentes apontados por Anhaia que tentava desqualificar o discurso de Zuchi. O ex-prefeito, por jogada e relacionamentos, fez a Ponte do Vale ao custo de R$44 milhões, sem praticamente dinheiro direto dos pesados impostos dos gasparenses.

 

TRAPICHE

O fator Ciro. Os emedebistas de Gaspar apostam em oito por dez que o presidente da Câmara, Ciro André Quintino não sairá do MDB. E que os seus ensaios de bastidores, na verdade são para sair da porta do ônibus do partido onde está pendurado e pegar uma poltrona mais confortável.

Já escrevi na coluna de segunda-feira, feita especialmente para o portal Cruzeiro do Vale: a direita e os conservadores de Gaspar ou estão como baratas tontas ou jogam juntos para o reeleger o poder de plantão. PSL, Aliança pelo Brasil, PRTB e agora o PL estão disputando o mesmo naco, sem verdadeiramente se diferenciarem do que aí está.

Manchete no dia 11 de fevereiro do gestor exemplar: “prefeitura de Gaspar tem crescimento econômico de 17,2% [em 2019]”. Não é econômico, e sim de receitas. Verdadeiro. Tanto que no dia 23 de janeiro, ou seja, 20 dias antes, fiz esta manchete aqui: “o orçamento de Gaspar continua sendo uma peça de ficção no atual governo. Despesa estoura de 2019 e receita dependeu de recursos externos e financiamentos”.

O que a manchete do gestor exemplar esconde e que esmiucei em 23 de janeiro? Que a outra parte da conta está embrulhada. “O orçado das despesas em R$256,8 milhões foi afogado pela assustadora cifra consolidada de R$317 milhões (receitas reais R$ 221,6 milhões). Dos empenhados R$261,4 milhões durante o exercício, só R$221,2 milhões foram pagos.”

Segunda-feira prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, anunciou a saída do seu chefe de Gabinete, Roni Muller. Ele veio promovido da tal Gecom – Gestão Compartilhada e que no tempo do PT tinha o apelido de Orçamento Participativo. Roni já foi assessor parlamentar de Ciro André Quintino, MDB. Mas, não convidem os dois para o mesmo café.

Houve uma troca e um claro desprestígio. Jorge Luiz Prucinio Pereira, evangélico, amigo de Kleber, até então titular da Fundação Municipal de Esporte e Lazer, presidente do PSDB, foi promovido. Vai para a chefia de gabinete – o lugar que sempre pleiteou - e Roni para a Fundação, segundo Kleber, área que ele sempre queria. Notoriamente Roni foi rebaixado.

A verdade. Jorge não tinha a chefia de gabinete porque o prefeito de fato e presidente do MDB, o secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, Carlos Roberto Pereira, não o queria lá. Roberto perdeu.

Roni era o “espião” do secretário Roberto no gabinete e não deu conta do recado. Como está na hora das amarrações políticas para se perpetuarem no poder, é melhor perder os anéis agora dos que os dedos em outubro. Outra: Jorge Luiz não tinha mais motivos para viajar com tanta frequência a Brasília. Agora, tem. Nem mais, nem menos. Acorda, Gaspar!

 

Edição 1938

Comentários

roberto fernandes
16/02/2020 20:19
Farra das diarias..

emissão de passagens de Navegantes a Brasilia, 11/02/2020 e retorno de Brasilia a Navegantes no dia 14/02/2020 para o Prefeito Kleber Edson Wan-DalL
R$ 2.212,41!!!

Além de receber a diária de R$ 2.640!!

Em torno de R$ 4.500 REAIS GASTO COM OS PESADOS IMPOSTOS DOS GASPARENSES!!>



Herculano
16/02/2020 07:34
CILADA I

BOLSONARO ATACA PM DE RUI COSTA: "CASO SEMELHANTE AO DE CELSO DANIEL"

Conteúdo de O Antagonista. Em nota divulgada na noite deste sábado, Jair Bolsonaro voltou a responsabilizar a PM de Rui Costa pela morte do miliciano Adriano da Nóbrega.

O presidente afirmou que o governador da Bahia "não procurou preservar a vida de um foragido, e sim sua provável execução sumária, como apontam peritos consultados pela revista Veja".

"É um caso semelhante à queima de arquivo do ex-prefeito Celso Daniel, onde seu partido, o PT, nunca se preocupou em elucidá-lo, muito pelo contrário."

E acrescentou:

"É irônico o governador petista falar de más companhias quando, nos últimos anos, os principais dirigentes nacionais do PT foram condenados e presos na Operação Lava Jato.

Os brasileiros honestos querem os nomes dos mandantes das mortes do prefeito Celso Daniel, da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, do ex-capitão Adriano da Nóbrega, bem como os nomes dos mandantes da tentativa de homicídio a Jair Bolsonaro."


CILADA II

RUI COSTA REBATE BOLSONARO: "BAHIA NÃO VAI TOLERAR NUNCA MILÍCIAS"

O governador petista Rui Costa disse neste sábado que a Bahia "não vai tolerar nunca milícias nem bandidagem".

A declaração é uma resposta a Jair Bolsonaro, que mais cedo acusou a PM do estado de ser responsável pela morte do miliciano Adriano da Nóbrega.

Sem citar o presidente, o petista disse também que "o governo do estado da Bahia não mantém laços de amizade nem presta homenagens a bandidos nem procurados pela Justiça".
Herculano
16/02/2020 07:22
'PARASITA' MOSTRA A FALTA DE LUGAR PARA PERDEDORES NUMA SOCIEDADE IGUALITÁRIA, por Samuel Pessôa, economista, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (FGV), no jornal Folha de S. Paulo.

É curioso que seja assim uma vez que a desigualdade sul-coreana é baixa

O grande vencedor do Oscar deste ano foi "Parasita", cuja narrativa tem como ponto de partida a desigualdade social na Coreia do Sul.

É curioso que seja assim, uma vez que a sociedade sul-coreana é relativamente igualitária. Segundo dados da OCDE, o coeficiente de Gini sul-coreano (que mede a desigualdade) é baixo: 30,2, ante 51,5 no Brasil, ambos para 2014.

A fração da renda apropriada pelos sul-coreanos que compõem os 10% mais ricos, de 22%, é das menores da OCDE. No Brasil, os 10% mais ricos se apropriam de 42% da renda.

A pobreza, contudo, é relativamente elevada na Coreia do Sul. Segundo a mesma base de dados, a taxa de pobreza, de 14,4%, é maior do que a média para a OCDE, de 11,4%. O problema é ainda maior na pobreza da população idosa: 48,8%, ante 12,1% da média da OCDE.

Os números sugerem ser uma sociedade que priorizou excessivamente o crescimento econômico e deu pouco peso para o bem-estar presente. Carece de um Estado de bem-estar social abrangente. Não faço a menor ideia de como esse equilíbrio consegue vigorar numa sociedade democrática.

Sabemos que a sociedade sul-coreana tem um sistema público de educação de altíssimo nível. Há, portanto, bastante igualdade de oportunidades. E, de fato, a baixa desigualdade aponta nessa direção.

Também sabemos que, em sociedades com elevada igualdade de oportunidades, as diferenças inatas têm maior peso para explicar o desempenho no mercado de trabalho. Se o berço não faz tanta diferença para sua vida profissional, os diferenciais de talento serão mais importantes.

Sociedades assim podem ser muito dolorosas. Se há igualdade de oportunidades - e se houver percepção desta igualdade -, somos os únicos responsáveis por onde estamos.

O excelente livro "As Crianças mais Inteligentes do Mundo" descreve a elevada competição dos alunos sul-coreanos e o excesso de horas que os jovens dedicam ao estudo. Nesse caso, trata-se, sem dúvida, de excesso.

Tanto que o MEC deles conduz políticas públicas para desestimular as longas jornadas sobre os livros.

Talvez este seja o tema de "Parasitas": a falta de lugar que há para os perdedores em uma sociedade igualitária, muito competitiva e sem Estado de bem-estar social.

Para mim, que tenho o hábito de olhar as coisas referenciadas ao Brasil, o que mais chamou a atenção no filme foi o enorme grau de homogeneidade daquela sociedade.

Os filhos da família que está na pobreza extrema compartilham do mesmo universo dos filhos da família mais rica. Têm o mesmo domínio do idioma, não se vestem de forma muito diferente e compartilham das mesmas referências culturais. Os pobres extremos conseguem dar aulas de inglês e atendimento psicológico aos filhos dos extremamente ricos.

Os extremamente pobres se distinguem, aos olhos dos extremamente ricos, só por um cheiro particular que incomoda os ricos. Fruto de diferenças de alimentação, segundo o filme.

A sociedade sul-coreana superou o subdesenvolvimento, é tecnologicamente muito avançada, equalizou as oportunidades e é socialmente homogênea. No entanto, há muita pobreza, principalmente entre os idosos, e há competição em demasia, principalmente entre os jovens.

"Parasita" é um manifesto em defesa do Estado de bem-estar. Bem-estar que equalize os resultados, e não bem-estar que promova a igualdade de oportunidades.

No Brasil temos a situação inversa: pobreza entre os idosos bem menor que na Coreia do Sul e desigualdade muito maior. Estamos muito atrasados na equalização das oportunidades.
Herculano
16/02/2020 07:17
POR QUE NÃO TE CALAS?. por Carlos Brickmann

É uma frase simples mas imortal: foi dita pelo rei da Espanha, Juan Carlos, ao dirigente venezuelano Hugo Chávez, que insistia em interromper o primeiro-ministro espanhol numa conferência. Paulo Guedes deveria saber que quem cuida de política econômica não fala: qualquer coisa que diga tem influência em preços, juros, câmbio. Se uma empresa listada em Bolsa fizer um comunicado, tem horário para isso: após o fechamento do pregão.

Paulo Guedes tem todo o direito de achar que o dólar mais alto é melhor (facilita exportações, dificulta importações, desestimula viagens ao Exterior, estimula estrangeiros a visitar o país). Tem todo o direito de preferir o dólar mais baixo (40% do valor de um automóvel, por exemplo, é importação; é mais fácil trazer equipamentos de última geração). Mas não tem o direito de se expor fora de hora, ainda mais com uma frase tão infeliz, segundo a qual, com o dólar baixo, "até domésticas estão voando para a Disney". Tomara fosse verdade. Mas não é: e ele ou não sabe disso, o que prejudica seu desempenho, ou sabe, e prejudica quem acredita no que ele diz. O custo do linguassoltismo de Sua Excelência é de no mínimo US$ 2 bilhões, que o Banco Central teve de leiloar para evitar que o dólar disparasse no mercado.

Há fatores externos puxando o dólar para cima. Mas é preciso lembrar que, no ano passado, quase US$ 45 bilhões saíram do país, desesperançados. E os dólares que choveriam com a reforma da Previdência nem garoaram.

PALAVRAS VÃS

O Governo previa também que, com a inflação em baixa (efeito de Temer) e as expectativas de crescimento de até 2% do PIB, as exportações subiriam. Esperanças vazias: em janeiro, o déficit brasileiro na balança comercial foi de algo como US$ 1,7 bilhão. As medidas oficiais, até agora, tiveram muito apoio mas pouco resultado. Se os dólares só saem, o câmbio só vai subir.

RICOS E POBRES

Paulo Guedes tem sólida formação acadêmica, em sua atividade privada obteve êxito, mas lembra a história da menina rica que teve de preparar uma redação sobre uma família pobre. Saiu assim: "Era uma família pobre. O pai era pobre, a mãe era pobre, os filhos eram pobres, o jardineiro era pobre, os motoristas eram pobres, o piloto era pobre, a chef de cuisine era pobre, as domésticas eram tão pobres que só podiam tirar férias no Exterior um ano sim, um ano não".

Deve ser ótimo trabalhar como doméstica para um patrão como Guedes.

MORO, DE NOVO

A pesquisa do portal jurídico Jota sobre as eleições presidenciais (calma: só ocorrerão em 2022) mostra Sérgio Moro em primeiro lugar, com 48,5%, Jair Bolsonaro em segundo (45,4%- praticamente empatado com Moro) e Lula (40,9%). Uma pesquisa tão longe das eleições está sujeita a todas as chuvas e trovoadas: uma campanha bem feita, o clima eleitoral, surpresas em geral. Não quer dizer rigorosamente nada. Vale apenas para acompanhar os acontecimentos e avaliar a movimentação dos candidatos. Pois a posição no grid de largada influi no ânimo de todos os presidenciáveis. Como estará a cabeça de Moro, por exemplo, sentindo que pode ser presidente e não vice?

ALEGRIA, ALEGRIA

O senador pernambucano Humberto Costa, do PT, gostou dos resultados da pesquisa. Motivo: Moro, embora tenha chegado perto, não alcançou 50%.

CHEGA

Hans River do Rio Nascimento, um ex-funcionário da Yacows, empresa de marketing digital que trabalhou para Bolsonaro em 2018, tenta se livrar de problemas na Comissão Parlamentar Mista de Inquéritos sobre Fake News inventando histórias sobre a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo. Depois de passar informações sobre a empresa (confirmados por processo que tramitava na Justiça do Trabalho), para a jornalista, a Folha publicou reportagem mostrando que muitas firmas, entre elas a Yacows, usavam irregularmente nome e CPF de idosos para registrar chips de celular a partir dos quais disparavam mais mensagens em favor de seus candidatos. Logo depois de chegar a um acordo com a Yacows, River do Rio enviou mensagem de texto a Patrícia Campos Mello, dizendo: "Pensei melhor, estou pedindo pra você retirar tudo que falei até agora, não contem mais comigo".

MENTIRAS DEMAIS

Até aí, tudo bem: mas, na CPMI, acusou Patrícia de ter "se insinuado sexualmente em troca de informações". Só que as conversas foram gravadas. E mentir à CPMI pode render-lhe um indiciamento O deputado Eduardo Bolsonaro disse que não duvida que a jornalista tenha "se insinuado sexualmente em troca de informações para tentar prejudicar a campanha do presidente Bolsonaro". Talvez acredite que mulheres não tenham capacidade para apurar uma reportagem. Só que não havia como: em dezembro, quando a história do assédio surgiu, as eleições já tinham se realizado.
Herculano
16/02/2020 07:11
TÉCNICOS BRASILEIROS DESCONFIARAM DAS MÁQUINAS DE CRIPTOGRAFIA SUÍÇAS, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

No maior golpe de um serviço de inteligência durante a Segunda Guerra Mundial, os ingleses quebraram os códigos alemães valendo-se dos melhores matemáticos do país e de uma equipe que chegou a reunir 10.000 pessoas em Bletchey Park.

Nos anos 70, a Central Intelligence Agency Americana conseguiu quebrar os códigos de mais de uma centena de países com pouco esforço. Brasil, Argentina, Líbia, Irã e até o Vaticano compravam máquinas codificadoras da empresa suíça Crypto. Desde 1970 e por quase 20 anos a CIA foi simplesmente sócia secreta da Crypto e as máquinas estavam grampeadas.

Enquanto os ingleses gastaram milhões de libras para manter sua operação, a CIA ganhou milhões de dólares com a venda dos equipamentos aos países-clientes.

Esse grande golpe acaba de ser revelado pelo repórter Greg Miller, do The Washington Post. O grampo americano funcionou durante 20 anos e nele estava, como sócio, o serviço de inteligência alemão.

O Brasil entrou na lista das vítimas, mas em 1976 o Serviço Nacional de Informações decidiu criar uma operação de criptografia, recrutando professores, militares e diplomatas. Nessa época, só dez pessoas sabiam da existência do projeto, e os equipamentos comprados no exterior eram trazidos como contrabando diplomático.

Os técnicos brasileiros disseram que as máquinas suíças eram cavalos de Troia e mostraram onde estavam os furos de suas concepções, decifrando mensagens de outros governos. Depois de 1978 as máquinas suíças foram desativadas. Mais tarde, a operação virou uma estatal, a Prólogo, e em 1981 ela tinha 350 funcionários.

Comprovadamente, em 1972 a Marinha brasileira fez uma compra de US$ 250 mil à Crypto. Segundo um documento da CIA de 1977, o Brasil forneceu máquinas do modelo CX52 da Crypto aos governos de Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai metidos na Operação Condor.

No mundo da criptografia há anos desconfiava-se que as máquina suíças estavam envenenadas. Em 1982, durante a Guerra das Malvinas, os militares argentinos suspeitaram que suas máquinas estivessem bichadas e interpelaram a Crypto, mas foram engambelados.

AS SPACETROOPERS

?Em 2017, seis jovens do Colégio Santa Teresinha, de São Gonçalo, entraram com a cara e a coragem numa competição internacional da Nasa, a agência espacial americana, destinada a estimular estudantes que projetassem veículos de transporte para outros planetas ou para a Lua. Voltaram com dois prêmios.

Participaram novamente nos anos seguintes e em 2019 conseguiram o sétimo lugar na classificação mundial.

A fundadora do grupo, Rafaela Bastos Costa, que em 2017 cursava o ensino médio, está hoje na Minerva University, nos Estados Unidos. Ingryd Andrade, da equipe de 2018, estuda nanotecnologia na UFRJ e Anna Clara Gonçalves faz o vestibular de Medicina.

Aimée Borges, Beatriz Mata e Rafael Moreira são alunas do ensino médio de Santa Terezinha e estão na equipe dos Spacetroopers Brasil de 2020. Irão em abril para a competição em Huntsville, no Alabama.

Como em todos os anos, esses jovens precisam de ajuda para a viagem. Quem acha que a ideia é boa, pode entrar em contato com a diretora do Colégio Santa Terezinha, Lucia Helena Bastos Vieira de Souza.

DECLARAÇõES DE GUEDES REVELAM O DESTEMPERO PESSOAL DE UMA MENTE AUTORITÁRIA E EGóLATRA

O "Posto Ipiranga" colocou-se num processo de autofritura. Suas declarações demófobas contra as mulheres que trabalham nas casas dos outros e os servidores públicos revelam o destempero pessoal de uma mente autoritária e ególatra.

Deixando-se de lado a retórica de Paulo Guedes (o que não é pouca coisa), o maior problema da quitanda do ministro está na entrega de berinjelas à freguesia.

A contração da indústria e a queda das vendas do varejo em dezembro são fatos reais. Os servidores poderiam ser parasitas e as domésticas poderiam ser proibidas de ir à Disney e a economia continuaria andando de lado. Se isso fosse pouco, Mansueto Almeida, o quadro mais qualificado de seu ministério, está com um pé e a alma fora do governo.

Guedes acumulou poder anexando órgãos da administração pública. O oposto do que fez Delfim Netto, o mais poderoso ministro da Fazenda dos últimos cem anos. Delfim nunca anexou repartições. Ele colocava seus valets nos postos chave e operava das 6h à meia-noite. Além disso, era coloquial até mesmo quando enrolava a audiência (na crise da dívida, por exemplo). Aulas como as do seminário ambulante de Paulo Guedes, Delfim nunca deu.

A fritura de Guedes tem aspectos de uma autocombustão. A reforma tributária do ministro tornou-se um Rolls-Royce sem motor, lindo quando parado, mas sem a CPMF. A administrativa foi envenenada numa proeza de Asmodeu. Ele conseguiu viciar uma discussão sobre algo que não afetará os servidores que estão em atividade hoje. Sabendo-se que a máquina pública funciona mal, travar essa discussão equivale a dizer ao doente que ele não deve pensar em ir a um hospital.

Guedes, como todo "Posto Ipiranga", está em cima de um depósito de combustível e, ao contrário do que dizia Tiririca, pior fica.

BOAS NOTÍCIAS

Nas próximas semanas chegará às livrarias "Capitalismo na América", de Alan Greenspan, o ex-presidente do Fed, em parceria com o jornalista Adrian Wooldridge. São 460 páginas com uma história dos Estados Unidos de Cristovão Colombo a Donald Trump.

É uma exaltação erudita e documentada do capitalismo criador e destrutivo dos Estados Unidos. Só Alan Greenspan poderia assinar uma de suas frases, referindo-se a Alexander Hamilton, o primeiro formulador da grandeza econômica do país: "Ele era um gênio nato do calibre de Mozart e Bach".
(Hamilton morreu num duelo em 1804 e seu túmulo está no cemitério da igreja de Trinity, na entrada de Wall Street. Vale a visita.)

"Capitalismo na América" não tem índios, negros, pobres, nem mulheres. Daí a segunda boa notícia, pois ainda neste ano, ou no início de 2021, sairá a tradução de "These Truths" (Essas Verdades), da professora Jill Lepore. Ela conta a mesma história, vista do andar de baixo.

Para os agrotrogloditas, um petisco de Greenspan: "No Brasil colonial, o governo distribuía porções gigantes de terras para grandes proprietários. Na América capitalista ele distribuía terras entre pessoas comuns com a condição de que cultivassem o solo".

EREMILDO, O IDIOTA

Eremildo é um idiota e achou ótima a ideia de criar um Conselho da Amazônia sem a participação dos governadores da região. Ocorreu-lhe a ideia de criação de outro conselho, encarregado de tudo, sem conselheiros.

Outra hipótese seria preencher os lugares com notáveis. O Conselho Geral teria o Padre Feijó, o marechal Floriano Peixoto, o Barão do Rio Branco, Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves.
Herculano
16/02/2020 06:48
PETROBRAS SILENCIA SOBRE PRIVILÉGIO A BANCO FRANCÊS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A Petrobras se recusa a esclarecer os critérios que usou na escolha de um banco francês para vender seus ativos, no âmbito do seu "plano de resiliência" para se afastar da imagem de corrupção. O banco francês Crédit Agricole foi escolhido como "assessor financeiro" em 4 de 5 "oportunidades de negócios" de 2020. Indagada, a Petrobras silenciou sobre o processo de escolha, quanto a 'gentileza' vai custar e o que o banco do país de Emmanuel Macron fez para merecer o negócio.

MUITO ESTRANHO

Em outros anos, o serviço de "assessoria financeiras" foi prestado por vários bancos, mas este ano só dá o francês Crédit Agricole.

APAIXONADOS

Em 2019, a Petrobras contratou bancos como UBS e Citi. Em 2018, Bank of America e Itaú, entre outros. Em 2020, só dá Crédit Agricole.

TRANSPARÊNCIA PARA QUÊ?

A Petrobras alega que "é prática de mercado", e que o TCU chancelou a privatização. Mas não explica valores, nem o processo.

OLHA A 'EFICIÊNCIA'

O Crédit Agricole registrava prejuízos no Brasil em 2018, quando perdeu quase R$16 milhões apenas no primeiro semestre do ano.

IBANEIS: STF DECIDIRÁ SOBRE DESTINO DE MARCOLA

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, não quer polemizar com o governo federal sobre a transferência dos mais perigosos bandidos do País, entre eles Marcos Camacho, o "Marcola", criminoso condenado a 330 anos de cadeia, para o presídio federal de segurança máxima da Papuda, a cinco quilômetros do Palácio do Planalto. "Agora a responsabilidade está com o Supremo ", disse ele.

HORDAS DE BANDIDOS

Marcola atraiu para Brasília outros perigosos bandidos, e há um mês foi descoberto plano ambicioso para "resgatar" os facínoras da Papuda.

BARROSO DECIDIRÁ

O ministro Luís Barroso, relator da ação pedindo a saída de Marcola do DF, nesta sexta, deu prazo de 72 horas para o Planalto se explicar.

RESGATE, NEM PENSAR

O ministro Augusto Heleno (GSI) diz que a transferência desestruturou a gangue, e que o Exército impedirá qualquer tentativa de resgate.

CPI DOS BILHõES PARA CUBA

A deputada Caroline de Toni (PSL-SC) anunciou nas redes sociais que haverá CPI para "investigar investimentos do governo brasileiro na ditadura comunista de Cuba". O problema é Rodrigo Maia permitir.

ALô, POLÍCIA

A Anac fechou os olhos, que malandros, às empresas aéreas low cost que reduziram as dimensões da mala de mão. Agora, gratuito, só o que cabe debaixo da poltrona. Para guardar no bagageiro, só pagando.

PERGUNTAR NÃO OFENDE

O secretario de Regularização Fundiária do Ministério da Agricultura, Luiz Nabhan Garcia, que exige ser chamado de "ministro", mandou apurar "o comportamento nada ético" de uma servidora que, durante audiência pública em Marabá, teve a ousadia de lhe fazer perguntas.

OS INTOCÁVEIS

Projeto do senador major Olímpio (PSL-SP) que acaba a proibição de prender eleitores em período eleitoral recebeu parecer favorável do relator Jorginho Mello (PL-SC). Os candidatos continuarão intocáveis.

A LEI SOU EU

Após desqualificar decisão do presidente do STF, a federação dos petroleiros, ligada ao PT, questiona até a legitimidade da Petrobras de acionar a Justiça contra a greve política dos próprios funcionários.

FALTAM AS MANCHETES

Sempre que erram, as polícias aparecem como vilãs nas manchetes, mas a atuação eficiente evitou 10 mil mortes no ano passado em relação a 2018, segundo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

NA PONTA DO LÁPIS

A meta de arrecadar R$150 bilhões em vendas e concessões pareceu ousada quando anunciada pela Secretaria de Desestatizações no início do ano, mas R$29 bilhões arrecadados em 40 dias a tornaram factível.

NOVA TENTATIVA

Depois de ouvir o que não queria no depoimento de Hans River, o PT aposta todas as fichas em Flávia Alves, quarta (19). Ela é dona da Yacows, processada na justiça por River, seu ex-empregado.

PERGUNTA NA INVASÃO

Afinal, os sem-terra vão ou não processar o oportunista que posou com boné do MST em Hollywood, símbolo do "capitalismo decadente"?
Herculano
16/02/2020 06:36
NA GUERRA IDEOLóGICA, BOLSONARO GANHA ATÉ QUANDO PERDE, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Presidente estimula sua base mesmo quando não consegue entregar soluções concretas

Dias depois da eleição, Jair Bolsonaro anunciou a transferência da embaixada brasileira em Israel para Jerusalém. Parecia uma simples mudança de CEP, mas não era assim. Ainda no primeiro ano de mandato, os militares desmontaram a armadilha, já que o plano era visto como afronta pelos países árabes.

O presidente perdeu a queda de braço dentro do governo, mas não admitiu desistir e passou a empurrar a ideia com a barriga. Em dezembro, disse ao primeiro-ministro israelense que a troca aconteceria em 2020. Dois meses depois, deu uma entrevista a um pastor evangélico e disse que tudo seria feito até 2021.

Para Bolsonaro, as bravatas e a propaganda valem mais que resultados objetivos, na maior parte das vezes. O presidente se especializou em vender planos de difícil execução e soluções impossíveis para problemas fantasiosos, apenas para manter sua base política estimulada.

O governo sabe que uma transferência definitiva da embaixada para Jerusalém criaria complicações desnecessárias para o Brasil. Bolsonaro dá sinais de hesitação, mas continua balançando a cenourinha na frente de cavalos famintos pela mudança. Assim, ele reforça um discurso caro à comunidade evangélica, mesmo que o projeto não se concretize.

A mesma lógica está por trás de sua recente tentativa de emparedar os governadores no debate sobre o preço dos combustíveis. O presidente sabia que nenhum estado poderia zerar a cobrança de ICMS nesses casos, mas o próprio lançamento da ideia fracassada fez com que ele acumulasse pontos com seu eleitorado.

Incapaz de construir acordos, Bolsonaro deixou no papel sua pauta de costumes e viu o Congresso derrubar propostas como a flexibilização do acesso a armas de fogo. Ele não se importou. No círculo de seguidores fiéis, o mito ganha até quando perde.

Os acenos simbólicos são suficientes para reforçar as trincheiras ideológicas de Bolsonaro. Basta prometer acabar com o comunismo e combater a depravação nas escolas enquanto espera as curtidas nas redes.
eduardo costa
15/02/2020 21:19
A farra das diárias na prefeitura de Gaspra

O comissionado Ernesto hostin que atualmente trabalha no fundação de esportes

Justificativa: Participação no I Simpósio sobre Condutas Vedadas em Ano Eleitoral e o Final de Mandato.. Data e Hora Inicial: 12/02/2020 - 08:00hs. Data e Hora Final: 14/02/2020 - 18:00hs. Quantidade de Diárias: 2,00 Destino: Florianópolis/SC.

600 REAIS..!!

KLEBER EDSON WANDALL

2.640,00

Reunião com parlamentares para apoio na aprovação de emendas, reunião no Ministério do Desenvolvimento Regional. Data e Hora Inicial: 11/02/2020 - 05:30hs. Data e Hora Final: 14/02/2020 - 12:00hs. Quantidade de Diárias: 03,00. Destino:Brasília DF. Regulamentação da diária e valores conforme Decreto Municipal nº. 6.539/15. Deslocamento:Aéreo.


Agora para os servidores realizarem curso, participação em seminários, não tem diária para almoço de 30 reais.. ... Aos amigos do REI tudo aos meros servidores nada!!

Gestão avançadiária! Farra das diárias!!
Herculano
15/02/2020 14:07
QUEM AGUENTARÁ O TRANCO DOS PODER DE SACANEAR DAS CASTAS ORGANIZADAS DO SERVIÇO PÚBLICO?

De João Amoedo, presidente do Novo, no twitter:

O governo pode economizar R$330 BILHÕES em 10 anos com estas medidas no funcionalismo federal:

Reduzir salários de entrada ao máximo de R$5 mil

Congelar aumentos salariais durante 3 anos

Nos 7 anos seguintes repor salários apenas pela inflação
Herculano
15/02/2020 14:02
UMA VERDADE DOLORIDA

De Augusto Nunes, de Veja, no twitter:

Jornalistas brasileiros passaram anos fingindo entender as maluquices indecifráveis de Dilma Rousseff. Esses mesmos jornalistas fingem não entender as verdades ditas pelo ministro da Economia
Herculano
15/02/2020 14:00
BOLSONARO PRECISA FECHAR A SUA FÁBRICA DE INTRIGAS, por Josias de Souza, no UOL

O Palácio do Planalto sempre foi uma fábrica de intrigas. O que distingue o governo atual dos demais é que o motor da engrenagem que produz as desavenças funciona no gabinete presidencial. As crises saem da sala de Jair Bolsonaro maiores do que entram. E os principais fornecedores do veneno para a fabricação de discórdia são os filhos do presidente, sobretudo Carlos Bolsonaro, e Olavo de Carvalho, polemista de estimação da família real.

Animado com as últimas mexidas que promoveu na equipe de ministros, Bolsonaro celebra o fato de o Planalto ter ficado "completamente militarizado". Na aparência, a estrutura da Presidência ficou mais lógica com a chegada do general Braga Netto ao Gabinete Civil. Atribuiu-se ao general a tarefa de coordenar as atividades dos demais ministérios. Mas para que a nova engrenagem funcione adequadamente, será necessário adotar uma providência que não depende de nenhum general. É preciso desativar a usina de intrigas que funciona sob Bolsonaro. Isso é algo quer só o capitão pode fazer.

Bolsonaro mexe na equipe para consertar coisas que ele estragou. Foi o presidente quem transformou a Casa Civil num asterisco oco. No primeiro ano de governo, Bolsonaro esvaziou Onyx Lorenzoni, transferindo suas atribuições para Gustavo Bebianno e o general Carlos Alberto Santos Cruz. Depois, deu sobrevida à ineficiência de Onyx, demitindo Bebianno e Santos Cruz em episódios nos quais a intriga e o temperamento prevaleceram sobre o desempenho dos demitidos.

Se não tiverem voz e espaço para trabalhar os generais submetidos às ordens do capitão tendem virar apenas novas demissões esperando na fila para acontecer. Há sinais animadores. Bolsonaro voltou a energizar o vice Hamilton Mourão, atribuindo-lhe missão na área ambiental. E começou a desligar da tomada auxiliares olavistas. Mas vai levar algum tempo para que se descubra como Bolsonaro pretende administrar o seu serpentário e até onde está disposto a deixar que o veneno escorra.
Herculano
15/02/2020 06:55
MAIS SALÁRIO, MENOS EDUCAÇÃO,por Marcos Mendes, pesquisador associado do Insper, é autor de 'Por que É Difícil Fazer Reformas Econômicas no Brasil?', no jornal Folha de S. Paulo

Aumentar os recursos do Fundeb é irresponsabilidade fiscal contra a União

Ganha força no Congresso PEC que renova o Fundeb (fundo de financiamento da educação básica). É importante garantir financiamento estável para a educação. Porém as mudanças que acompanham a renovação contêm erros de diagnóstico.

O principal erro é o aumento de recursos colocados no fundo. Pretende-se melhorar a educação aumentando o gasto público, quando o nosso problema é ineficiência na aplicação dos volumosos recursos já alocados no setor.

O Brasil aplica 6% do PIB em educação, mais do que 83% dos países. O governo federal aumentou o gasto em educação básica ao ritmo de 7% ao ano acima da inflação, na última década. E os resultados nos testes de avaliação parecem o eletrocardiograma de um morto.

Gastamos mais que Indonésia, México ou Colômbia e próximo aos valores de Chile e Turquia, porém com resultados muito piores que os desses países nos exames internacionais.

Vamos gastar mais em um sistema educacional antes de torná-lo capaz de transformar dinheiro em resultados?

Afinal, há outras políticas públicas também clamando por recursos, como a saúde, que precisará atender 43 milhões de idosos a mais em 2060, enquanto haverá 11 milhões a menos de pessoas em idade escolar.

Seria importante que o Fundeb estimulasse a busca por mais qualidade, premiando as redes que apresentassem melhorias nas avaliações dos alunos. Porém, a proposta ainda é muito tímida nesse tipo de estímulo.

Mais grave é o fato de que o aumento previsto virá de aporte da União que, no mínimo, custará R$ 20 bilhões por ano. Mas não se aponta de onde sairá o dinheiro.

Acena-se com o uso da receita do salário-educação. Mas ela não é suficiente (são R$ 9 bilhões por ano) e já custeia outros programas, como merenda escolar e livro didático. Se a verba for para o Fundeb, ou acabam esses programas ou terá que vir dinheiro de outro lugar para financiá-los.

Os problemas não param por aí. Em 2008 foi aprovada uma lei estipulando que o piso salarial dos professores da rede pública seria corrigido, anualmente, pelo mesmo índice de aumento do gasto por aluno do Fundeb. Isso fez o piso disparar, crescendo 204% entre 2009 e 2020, ante aumento de 82% do IPCA. As prefeituras não conseguem arcar com esse custo.

É fácil entender por que o gasto mínimo por aluno sobe acima da inflação. Ele é calculado pela divisão do valor total alocado ao Fundeb pelo número de alunos. O valor alocado ao Fundeb é uma cesta de tributos e transferências, que cresce acima da inflação ao longo dos anos. E o denominador dessa fração (o número de alunos) está caindo devido à queda na taxa de fecundidade.

Logo, há inequívoca tendência de crescimento real do gasto mínimo por aluno, empurrando para cima o piso do magistério.

A lei do piso determina, ainda, que, em caso de o professor se aposentar pelo INSS recebendo menos que o piso, o município tem que completar a remuneração. Mais de 3.500 prefeituras têm que pagar essa complementação.

O STF piorou as coisas, ao determinar que o reajuste do piso deve incidir sobre toda a escala de remuneração, e não só sobre o piso, que deixou de ser um "salário mínimo" para se tornar um indexador da carreira.

Se o Fundeb crescer 50%, a despesa de pessoal subirá mais do que 50%! Tudo o que for colocado no fundo vai virar folha de pagamento: um ciclo vicioso no qual sempre faltará dinheiro.

É incrível que os defensores da educação pública apoiem uma agenda insustentável, que representará mais folha de pagamento, mais aposentadorias e menos dinheiro para a gestão escolar, merenda e material didático.
Herculano
15/02/2020 06:46
FIEL A BOLSONARO, OLIVEIRA ESTÁ COM UM PÉ NO STF, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Se a escolha do presidente Jair Bolsonaro fosse hoje, não tinha para ninguém: o indicado para vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) seria o ministro Jorge Oliveira, da Secretaria Geral da Presidência. Ele orienta Bolsonaro na área jurídica há mais de uma década, e são amigos. Se o ministro não é "terrivelmente evangélico", como prefere Bolsonaro, reza no evangelho do presidente. Advogado experiente, Jorge Oliveira se aposentou como major da PM do Distrito Federal.

SUBCHEFIA DÁ SORTE

Antes, Jorge Oliveira foi subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, de onde o ministro Dias Toffoli saiu para STF, que preside atualmente.

ELE É O CARA

Bolsonaro já manifestou sua opção por Jorge Oliveira em pelo menos três ocasiões, durante conversas com ministros do Planalto.

PROTEÇÃO CONTRA FOGO

O presidente não cita publicamente Jorge Oliveira como opção para o STF para não expor o ministro a processo de "queimação".

COINCIDÊNCIA

Se nomeado, Jorge Oliveira vai virar ministro do STF aos 46 anos, quase a idade do dono da vaga Celso de Mello ao ingressar no STF.

QUADRILHA NO DETRAN/DF CANCELOU 50.000 MULTAS

A Policia Civil do Distrito Federal investiga 9 servidores e terceirizados suspeitos de vários crimes, inclusive formação de quadrilha, em um esquema de cancelamento de multas no Detran/DF. O próprio Detran pediu a investigação e estima que ao menos 50.000 multas foram "derrubadas". A expectativa é que a Polícia Civil denuncie o esquema à Justiça, solicitando inclusive a prisão dos envolvidos já identificados.

ESQUEMA CRIMINOSO

A quadrilha procurava motoristas multados e ofereciam o "serviço" em troca do pagamento de um percentual do valor da multa.

ASSÉDIO DE VIGARISTAS

Com faturamento superior a meio bilhão de reais em multas e tarifas, o Detran/DF tem sido alvo do assédio de organizações criminosas.

'MISTÉRIO' INVESTIGADO

O Detran/DF também investiga o "mistério" das faixas no asfalto, que apagam rapidamente. A Polícia Civil está periciando até as tintas.

PALHAÇADA

A Defensoria Pública obteve na Justiça ordem de banho quente para presos de São Paulo, alegando que água fria é "tortura". Palhaçada, dirão com razão famílias de bem que não têm banho quente em casa.

CONLUIO INVESTIGADO

O Ministério Público Federal investiga a brecha malandra, aberta pela "agência reguladora" Anac, para algumas empresas aéreas cobrarem a mala de mão. A Anac não proíbe a cobrança pelo uso do bagageiro.

QUASE BRASILIENSE

Quase ambientada em Brasília, a atriz Regina Duarte tem jantado com assessoras no restaurante Oscar do Hotel Brasília, que homenageia o arquiteto Niemeyer. Jatares sempre regados... a água mineral.

ESTRELA NA POSSE

O presidente do Brasil é o dignitário estrangeiro mais aguardado em Montevidéu, dia 1º, na cerimônia de posse do novo presidente. Ao cumprimentar Luis Lacalle Pou pela vitória, Bolsonaro prometeu ir.

DEZ MIL MORTES A MENOS

Em 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, o Brasil registrou o menor número de assassinatos desde o início da série histórica, em 2007, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

AGORA VAI?

O deputado Dudu da Fonte (PP-PE) diz ter enviado ao presidente Bolsonaro solicitação de contratação de veterinários para compor equipes de Saúde da Família para combater o... coronavírus (!?).

O PROBLEMA CONTINUA

A CCJ do Senado analisa projeto autorizando telefônicas a entregar dados de rastreamento dos celulares de consumidores à Justiça. Mas nada propõe contra essas empresas que nos rastreiam sem licença.

ALIADO GRINGO

Embaixador do Reino Unido, Vijay Rangarajan foi ao Rio Grande do Norte debater energia renovável. Com foco na eólica, o estado pode ter no diplomata aliado no combate ao lobby das distribuidoras na Aneel.

PERGUNTAR NÃO É ASSÉDIO

Hans River era confiável como fonte da denúncia de "impulsionamento ilegal" de Bolsonaro, mas mente quando diz que trabalhou para o PT?
Herculano
15/02/2020 06:28
da série: a esquerda que domina a imprensa, o parlamento e os sindicatos que defendem os privilégios das castas de servidores, estão criando justificativas para nada mudar e tudo ficar como está.

CHAMA O SÍNDICO, por Julianna Sofia, secretária de redação do jornal Folha de S. Paulo

Com Guedes fora da casinha, reformas e medidas econômicas correm risco.

As falas destrambelhadas do ministro Paulo Guedes (Economia) parecem traços de uma irritação enrustida pelas dificuldades de levar a cabo seus planos. No grito, na prensa, na declaração estapafúrdia, uma forma de fazer o Palácio do Planalto, o Congresso, a sociedade compreenderem a necessidade premente de efetivar suas propostas.

A reforma administrativa da equipe econômica, depois de arestas aparadas e vários reparos a pedido de Jair Bolsonaro, jaz pronta na mesa do presidente. Nem por isso de lá saiu - graças a pressões das alas política e militar do Planalto e à má vontade presidencial com a mudança considerada impopular. Já estava travada quando o "Posto Ipiranga" decidiu chamar servidores públicos de parasitas. Com a manifestação, quase degringolou, e agora Bolsonaro afirma que, se não houver "marola", será encaminhada na próxima semana.

A impaciência de Guedes para lidar com contrariedades e seus espasmos sincericidas provocam danos. Com o PIB rodando abaixo das expectativas, ninguém precisa de um ministro da Economia fora da casinha a fazer companhia ao núcleo ideológico radical do governo, distribuindo munição gratuita a opositores da agenda reformista.

Enquanto Guedes falava a uma plateia esvaziada barbaridades sobre o câmbio e a "festa danada" de empregadas domésticas na Disney com o real valorizado, o governo não conseguia cumprir um acordo para impedir que o Legislativo abocanhe um naco de R$ 30 bilhões do Orçamento. Sem um gerentão, o Executivo não conseguiu elaborar a tempo um projeto de lei para honrar o acerto.

O resultado de muita parolagem e pouca articulação também põe em risco uma das PECs do trio de propostas do ajuste fiscal, em tramitação no Senado. A equipe de Guedes comeu mosca, e uma manobra de aliados pode fazer com que a medida para extinção de 200 fundos públicos permita um furo de R$ 32 bilhões no teto de gastos.

Com o ministro a cometer asneiras, alguém chama o síndico?
Herculano
14/02/2020 12:25
da série: este artigo, complementa o meu, em que fala ser o tal novo, tão velho quanto foi o rejeitado nas urnas e vai ser testado em outubro

O VELHO NOVO

Conteúdo de O Antagonista. Um ano após a posse do Congresso mais renovado da história, os números revelam que os parlamentares novatos ainda não conseguem vencer alguns hábitos da velha política, mostra reportagem de Helena Mader e Igor Gadelha na Crusoé.

"A face mais clara da rendição ao status quo são os gastos da verba parlamentar, o chamado cotão. Crusoé fez um levantamento das despesas dos deputados, entre titulares e suplentes que em algum momento assumiram o mandato no ano passado. Separou os que já haviam exercido o cargo de federal no passado dos que pisaram na Câmara como representantes pela primeira vez em 2019. As estatísticas mostram o abismo entre o discurso e a prática. Entre os 282 parlamentares que haviam passado pelo cargo, o gasto total com o cotão foi de 95,1 milhões de reais, uma média de 337,4 mil reais por deputado. Os novatos que estrearam no Congresso no ano passado torraram juntos 80,2 milhões de reais, o que representa um valor médio de 313,6 mil reais para cada um - montante muito próximo do registrado pela turma da velha política."
Herculano
14/02/2020 11:57
A IRONIA DO GENERAL

Do General de Exército Augusto Heleno Ribeiro Pereira e Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Parabéns ao Papa Francisco pelo gesto de compaixão. Ele recebeu Lula, no Vaticano. Confraternizar com um criminoso, condenado, em 2ª instância, a mais de 29 anos de prisão, não chega a ser comovente, mas é um exemplo de solidariedade a malfeitores, tão a gosto dos esquerdistas.
Herculano
14/02/2020 11:54
SERÁ QUE AGORA VAI?

De Rodrigo Constantino, no twitter:

Militares decentes resgatando espaço no governo Bolsonaro, olavetes oportunistas perdendo força. Será que o presidente acordou de vez? Sonhar não custa. É o que falta para AGREGAR em torno de uma agenda virtuosa. Não é tarde. Templários que brinquem de cosplay em casa. Deus vult!
Miguel José Teixeira
14/02/2020 10:33
Senhores,

Alguém perdeu uma excelente oportunidade de ficar com a boca fechada:

- "Na verdade, senhor Sergio, o senhor é um capanga. Capanga da milícia. Capanga da família Bolsonaro"
(Glauber Braga (PSol-RJ), deputado federal)

- "Não gosto deste jogo político. Mas verdades precisam ser ditas. No projeto de lei anticrime, propusemos que milícias fossem qualificadas expressamente como organizações criminosas (...) O PSol, de Freixo/Glauber, foi contra todas elas"

Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública

É melhor manter a boca fechada e parecer estúpido do que abri-la e remover a dúvida. . .

Só mesmo certos cariocas, chapados de águas impróprias para consumo, quando as tem, para eleger essa gente. . .
Miguel José Teixeira
14/02/2020 10:19
Senhores,

Na mídia:

"Aliança na live"

- Bolsonaro passou a aproveitar as lives das quintas-feiras para pedir apoio à criação do seu novo partido, o Aliança pelo Brasil. Nas palavras do presidente, "um partido para chamar de seu".

"Todo cuidado é pouco"

Como o pedido de apoio ao Aliança pelo Brasil foi feita de uma live transmitida ontem, na biblioteca do Alvorada, os advogados eleitorais não viram problemas na fala de Bolsonaro. Afinal, o presidente estava em casa. Mas, no Palácio do Planalto, aconselham alguns especialistas, é melhor evitar para não dar margem a reclamações da oposição.

Sei não. . .o ex-presidente e hoje ex-presidiário lula, quando ocupou o Palácio da Alvorada, agiu como se fosse seu: fez um canteiro com flores vermelhas no formato de uma (blaaargh) estrela (símbolo da quadrilha) em seus jardins e deu no que deu. . .

O Alvorada, independentemente de quem o ocupa, é patrimônio público!

E. . . não se deve fazer na vida pública o que se faz na privada. . .
Herculano
14/02/2020 10:03
LAVA JATO SC, por Cláudio Prisco Paraíso

A denúncia partiu do Ministério Público Federal em São Paulo, mas tem como alvo principal o ex-senador Paulo Bauer (PSDB). Os procuradores paulistas listaram mais nove pessoas na ação originada em investigações sobre um suposto esquema que teria favorecido os interesses do Grupo Hypermarcas no Senado entre 2013 e 2015.

De acordo com a denúncia, Bauer teria recebido, indevidamente, R$ 11, 8 milhões. "Esse valor foi transferido em parcelas por meio de contratos fraudulentos firmados com as empresas Ycatu Engenharia e Saneamento, Instituto Paraná de Pesquisa e Análise de Consumidor, Prade e Prade Advogados Associados e One Multimeios Tecnologia e Informática," diz trecho do texto informativo distribuído pela assessoria do MPF paulista.

A ação penal foi originada a partir da colaboração do ex-diretor de relações institucionais da Hypermarcas, Nelson José de Mello. "Ele apresentou provas que corroboram seus depoimentos, incluindo cópias de contratos fictícios, sem a devida contraprestação de serviços, e uma linha do tempo que mostra a correlação entre os pagamentos feitos para Paulo Bauer e a tramitação de proposta de emenda constitucional de sua autoria no Senado. A PEC 115/2011, arquivada em 2018, alterava o regime tributário sobre medicamentos de uso humano," acrescenta o texto do Ministério Público.

CONTRAPONTO

O renomado advogado José Eduardo Alckmin, responsável pela defesa de Paulo Bauer, se manifestou através de nota. O causídico afirma que a acusação não é verdadeira e que vai provar isso durante o processo. Ele argumenta, ainda, que a competência para processar e julgar, neste caso, seriada Justiça Eleitoral e cita matérias e notas em jornais para salientar que o MPF pediu, junto ao STF, a rescisão da delação de Nelson José de Mello porque ela estaria eivada de "mentiras e omissões."

DESDOBRAMENTOS

À Justiça Federal caberá a decisão de arquivar ou aceitar a denúncia do MPF. Em caso de arquivamento, Bauer sai ileso e fortalecido. Caso contrário, o tucano vira réu e certamente terá que avaliar o projeto, ora em curso, de concorrer à prefeitura de Joinville. Agora, é de se estranhar que novamente em período pré-eleitoral, este assunto volte à tona. Em 2018, Bauer, que era candidato à reeleição, já pagou caro em função deste caso.

DESEMBARQUE

Na semana passada, Paulo Bauer pediu exoneração do cargo que ocupava na Casa Civil do governo Jair Bolsonaro. Nesta terça-feira, antes de deixar definitivamente a Capital Federal, o tucano gravou um vídeo onde troca afagos com o presidente da República, um daqueles materiais para serem usados na campanha eleitoral. A conferir os desdobramentos jurídicos e políticos desta denúncia contra o ex-senador.

OPOSIÇÃO

O deputado estadual Milton Hobus (PSD) acusou o governador Carlos Moisés (PSL) de articular a cooptação de prefeitos e vereadores para o PSL em troca de dinheiro de fundo partidário e convênios com o governo do Estado. Em sessão da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), o parlamentar afirmou que vai apresentar uma denúncia ao Ministério Público do Estado.

FRASE

"(Eles dizem) se você se filiar ao PSL, você terá convênios para a sua cidade. Se você se filiar, vai ter dinheiro para fazer campanha. Não queremos mais dinheiro para isso. A campanha tem que ser feita por gente competente, com vontade de trabalhar. O dinheiro (de campanha) que proporcionou o grande processo de corrupção no Brasil. Enquanto políticos continuaram com esses artifícios na máquina pública, não vamos melhorar." Deputado Milton Hobus
Herculano
14/02/2020 09:57
da série: não é coisa séria mesmo a vida desses políticos sustentados pelos pesados impostos de todos os catarinenses.

Esta nota é Roberto Azevedo, no makingof

O "PSSSIU" DA DISC?"RDIA!

A deputada Anna Carolina Martins (PSDB) garantiu um mal-estar com os demais deputados, na sessão de quinta (13), quando, em meio à sua manifestação à tribuna da casa, soltou um "Psssiu, ô amigos, ô amigos! Não precisam escutar a deputada aqui, mas pelo menos não atrapalhem a fala, tá!" A parlamentar chamava a atenção ao grupo de deputados, entre eles Ricardo Alba (PSL), Nazareno Martins (PSB), Milton Hobus (PSD), Marlene Fengler (PSD), João Amin (PP) Volnei Weber (MDB) e Sargento Lima (PSL), que conversavam no plenário, enquanto ele discursava, algo normal na rotina da casa. E voltou a citar um por um dos presentes quando o silêncio não veio, e emendou, ao sair da tribuna, que estavam lhe tirando a concentração. Sorrisos amarelos foram os que sobraram quando ela se aproximou dos demais na planície sob o olhar estupefato de assessores, que nunca viram coisa semelhante.

VOLTO

Como é que é? Os assessores ficaram estupefatos por que uma deputada de primeiro mandato pediu o mínimo aos seus pares que se não a escutassem na tribuna, ao menos fizessem silêncio ou saíssem do plenário para a chacrinha?

Tudo errado. Nem educação os deputados demonstraram possuir, muito menos respeito pela voz de outro colega. Cada coisa... Talvez mudem, se em outubro os eleitores e eleitoras seguirem o exemplo, e não derem ouvidos aos seus discursos de promessas....
Herculano
14/02/2020 09:39
da série: milícia é lembrada como sendo de direita e quem eliminou um membro famoso, foi a esquerda, que vive com discurso pró bandidos e cadeias abertas. Na verdade, a milícia é uma facção criminosa tão perigosa quanto as outras e que se rivalizam entre si, sem se importar se são de direita ou esquerda, mas ambas, contra a lei e as instituições. Caracterizar a morte ou execução como um crime político é, no mínimo, dar as costas para um problema grave e superior: o poder e a rivalização das organizações criminosas

A AVENTADA "EXECUÇÃO" DO MILICIANO PELA PM, QUE HÁ 15 ANOS É COMANDADA PELO PT NA BAHIA, por  Flavia Ferronato, advogada, coordenadora Nacional do Movimento Advogados do Brasi, no site Jornal Cidade On Line, conhecido canal da direita e dos conservador.?

A Veja traz que provavelmente Adriano foi executado....
Quem me acompanha sabe que já tinha alertado sobre isso no meio da semana.

Vou reproduzir aqui o texto que fiz para que vocês leiam a reportagem da Veja com outros olhos:

"A Polícia confirmou que a voz áudio gravado na portaria do condomínio do Bolsonaro não é do porteiro que envolveu o presidente no assassinato de Marielle... ou seja, o porteiro foi plantado na investigação para acusar o presidente...

Para colocar mais lenha na fogueira, o vereador, dono do sítio que o miliciano, envolvido no assassinato, foi morto, é do PSL mas apoiou o Haddad para a presidência!! Se não bastasse isso, ele é apoiador do governador Rui Costa, que é do PT.

Agora começam as especulações que a morte do miliciano foi encomendada, após a descoberta que o porteiro foi plantado para atrapalhar as investigações....

Lembrando que até agora ninguém sabe como a polícia da Bahia encontrou o miliciano escondido e que, ao que parece, a cena do crime foi alterada....

Não tem jeito.... quanto mais mexe, mais o PT enfia o pé nessa história..."
Herculano
14/02/2020 09:29
FOTO COM LULA PIORA A IMAGEM DE FRANCISCO NA DIREITA, QUE TEM SAUDADE DE BENTO 16, por Fábio Zanini, no jornal Folha de S. Paulo.

A direita nunca foi muito com a cara do papa Francisco. Um pouco é em razão do estilo modernoso do argentino Jorge Bergoglio, e de suas ideias de atualizar algumas das características da Igreja Católica.

É também, em larga medida, um exemplo clássico de saudades do meu ex, no caso o antecessor do atual pontífice, Bento 16.

O fato de o impecavelmente conservador alemão Joseph Ratzinger ter renunciado e continuar vivo amplifica a comparação entre os dois papas.

A visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Francisco nesta quinta (13) turbinou esse sentimento de repulsa da direita ao líder dos católicos.

Para muitos, é um dilema, uma vez que seguidores do Vaticano devem obediência ao papa, ao mesmo tempo em que criticam uma suposta guinada à esquerda da Igreja.

Católico conservador, o deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PSL-SP) considerou "surreal" Francisco ter recebido o petista.

"É surreal que você tenha um condenado apadrinhado por um instituição tão importante como a Igreja, que se colocava no passado de forma contrária ao que o Lula representa", disse o deputado ao blog.

"Tudo indica que nos últimos anos houve uma reversão na Igreja, virou uma instituição de militância política que abraça toda sorte de populista e socialista", afirmou ele, que alerta para o crescimento da influência dos evangélicos.

Para o deputado, não há dúvida de que o papa tem tendências de esquerda.

O fato de o Vaticano ser um Estado teocrático, com um líder que não pode ser contestado, é perfeito, segundo ele. "Isso dá muita força para que ele implemente sua agenda progressista", declara.

Papas de verdade, sem uma agenda política, existem aos montes, na opinião do parlamentar. Além de Bento 16, ele menciona Pio 12 (1939-58) e, claro, João Paulo 2º (1978-2005). "São basicamente todos os que vieram antes deste", diz.

A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) foi outra que se indignou. Em suas redes sociais, ela publicou um vídeo endereçado ao pontífice citando a passagem bíblica em que Dimas, o "Bom Ladrão", crucificado junto de Cristo, se arrepende de seus pecados e é aceito no paraíso.

"Santo papa, como é possível que um homem como Dimas tenha tido que se arrepender de seus pecados para entrar no Reino dos Céus, enquanto um ladrão dos maiores do mundo, que nem sequer admitiu seus pecados, pode entrar no reino do Vaticano?", perguntou.

O youtuber católico Bernardo Kuster, bastante influente entre conservadores, também publicou um vídeo em que se dirige diretamente ao papa. Ele chamou o encontro de "lastimável".

Kuster não se abstém de demonstrar seu dilema pessoal ao criticar a atitude de Francisco. Ele se dirige ao "meu papa Francisco, o papa da Igreja Católica, à qual eu pertenço como batizado e da qual dependo para ser salvo".

Ele alerta no vídeo para a perda de influência da Igreja Católica na comparação com os evangélicos, que são uma das bases do bolsonarismo atualmente.

"Os evangélicos, Sua Santidade, têm crescido muito no Brasil, e o numero de católicos só cai. Os evangélicos mantiveram o espírito conservador do povo brasileiro", afirma.

Receber Lula, de acordo com o youtuber, é mandar uma mensagem errada.

"O que significa dar sua bênção para ele? Não estamos falando de um homem comum, banal, mas de um homem que é ex-presidiário, condenado. O Lula cresceu na política, Sua Santidade, hostilizando a base da Igreja Católica, com as Comunidades Eclesiais de Base e a Teologia da Libertação", afirma.
Herculano
14/02/2020 09:20
da série: véspera de eleições é hora de contar histórias...

O DESABAFO DOS AGORA ABSOLVIDOS NO PROCESSO ELEITORAL DO DESDOBRAMENTO DA OPERAÇÃO TAPETE NEGRO,por Alexandre Gonçalves, no Informe Blumenau
?
O Informe Blumenau foi ouvir os personagens do julgamento de um processo que durou oito anos, um dos de maior repercussão eleitoral já vistos na cidade. Afinal, quando na história, cinco vereadores, três titulares e dois suplentes, tiveram seus mandatos cassados em Blumenau

O inusitado, o fato sem precedentes e com interesse público, são algumas das molas do jornalismo. Foi o que aconteceu em 2012 com boa parte da imprensa - comigo não foi diferente -, que deu grande visibilidade ao tema, inclusive com repercussão nacional.

Foram cinco julgamentos, em diferentes instâncias. Por três vezes, duas em primeira instância e uma pelo TRE, foram condenados. Em duas, uma no TSE e agora novamente no TRE, foram inocentados.

Não é invenção da imprensa, aconteceu. Como a notícia da absolvição nesta quinta-feira.

O maior escândalo político da história recente de Blumenau não teve condenados. As fontes da imprensa sempre foram as oficiais, o Ministério Público e o Poder Judiciário.

Mas só os quatro absolvidos nesta quinta-feira, 13, pelo TRE ?" e seus familiares -, sabem o que passaram e o Informe Blumenau abre espaço para eles.

Fábio Fieldler e Robinson Soares, que está na Itália, mandaram mensagem, que está na íntegra. Falei com o Braz Roncáglio por telefone, tentei ser o mais literal possível.

O único que não quis se manifestar para o Informe Blumenau foi o vereador Almir Vieira (PP). Durante a sessão da Câmara nesta quinta, falou do seu sentimento na tribuna. Reproduzo o texto que veio da assessoria de imprensa do Legislativo.

Fábio Fiedler:
"Como estou definitivamente fora dos processos eleitorais faço reflexoes diferentes hoje. Essa decisão corrige um erro histórico do nosso poder judiciário.
Minha atuação política, depois de duas eleições históricas de mais de 4500 (2008) e 5500 (2012) votos pra vereador, foi abruptamente interrompida por essa irresponsabilidade. Passei 7 anos sendo acusado injustamente, tive o mandato cassado, a família constrangida, a imagem esmagada, e agora? Esse é o reflexo de um poder falido.

O poder judiciário mostra, com essa decisão tardia, que também merece uma reforma. Um promotor irresponsável que fez uma acusação sem provas e sem dar a nós, à época, a integralidade dos áudios de acusação pra fazermos nossas defesas. Um juiz substituto que, sem nunca ter atuado no direito eleitoral, deu uma sentença atendendo a sei lá que interesses, uma pressão das redes sociais que é indefensável quando se é vítima.

Conclusão, pessoas de bem que se metem na política tem que ter cuidado pra não serem esmagadas por esse sistema. Não desejo a ninguém passar pelo que passei, mas obrigado aos amigos e eleitores que confiaram em mim ao longo desse tempo".

Robinsom Soares, Robinho:
"...essa decisão, bastante consistente, com votos do relator e do juiz federal bastante estudadas e elaboradas, são o que sempre falamos desde o início. O ministério público escolheu alguns poucos áudios, selecionou trechos das conversas, interferiu na descrição destas conversas e realizou interpretações completamente fora do contexto. Vale a pena destacar que eu não sou réu e nem citado em nenhuma das 11 acoes decorrentes especificamente da operação Tapete Negro.

Dessa forma, sempre tive minha consciência tranquila em nunca ter realizado qualquer atividade ilícita, imoral ou injusta. Sempre pautei minha atuação com moral, bons costumes e elevado espírito público. Entendo que apesar da decisão ser tardia (nas últimas eleições não fui reeleito por 18 votos e certamente teríamos um resultado diferente), porém possibilita pra minha família, para os amigos e para todos que sempre nos apoiaram, o resgate da verdade e a possibilidade de reescrever essa triste passagem da minha vida pública. Certamente meu coração, minha alma e meus pensamentos estão leves e felizes com essa decisão.

Agradeço a todos que sempre confiaram e acreditaram que esse momento chegaria. Forte e Fraternal Abraço."

Braz Roncaglio:
"O senhor sabe que abrir um travesseiro em frente a um ventilador joga pena para tudo que é lado. Você consegue juntar algumas, todas não. A imagem que ficou contra nós desde aquela época até agora não apaga mais. Fiquei feliz pois foi feito justiça.  Posso afirmar que vivi o tempo inteiro de cabeça erguida, nunca baixei.
Vivi minha vida toda tranquila, no meio de todo mundo, conversando com todo mundo e sem medo, e a Justiça veio. Agradeço as pessoas que acreditaram na minha inocência e também as pessoas que tiveram a paciência de esperar, assim como eu, ter este resultado."

Almir Vieira : (texto assessoria de imprensa da CMB)
O vereador Almir Vieira (PP) destacou a absolvição de todos os investigados na Operação Tapete Negro. Fez um desabafo sobre a situação que viveu desde que foi citado como um dos envolvidos. Disse que não se sentiu revoltado com a Justiça, que estava cumprindo o seu papel, mas sim com a sociedade que o condenou. Afirmou que foram bocas alugadas e a imprensa suja que o condenaram sem saber do que falavam.

Disse que a situação atingiu toda a sua família, que pagou o preço por oito anos e que no dia de hoje estava se curando de uma doença, porque se sentia como se tivesse uma doença contagiosa, pois muitos deixaram de conversar e de se aproximar dele. Por fim fez agradecimentos especiais aos companheiros que passaram pela mesma situação, citando os ex-vereadores também envolvidos na operação e o ex-prefeito João Paulo Kleinübing.

Agradeceu sua família que sempre esteve ao seu lado lhe apoiando e também ao então vereador na época, Mário Hildebrandt, por ser o único a não usar a tribuna para condená-lo e que jamais deixou de recebê-lo.
Herculano
14/02/2020 04:24
da série: Justiça que tarda, falha...

STF JULGARÁ AÇÃO CONTRA JETONS AJUIZADA POR PT E TOFFOLI HÁ 24 ANOS

Conteúdo de O Antagonista. O STF vai julgar nesta sexta-feira, 14, uma ação direta de inconstitucionalidade ajuizada há 24 anos pelo PT e pelo PDT, contra o pagamento de jetons a servidores.

A inicial é assinada pelo atual presidente do Supremo, Dias Toffoli, na época advogado do PT. O processo exemplifica a lentidão da Justiça brasileira.
Herculano
14/02/2020 04:06
"DEFENSOR DE MARIGHELLA CHAMA MORO DE "CAPANGA DE MILÍCIA", por Rodrigo Constantino, no Gazeta do Povo, Curitiba PR

O clima esquentou na audiência pública da comissão especial da Câmara sobre a PEC da prisão da segunda instância, com a presença do ministro Sergio Moro, que defende o projeto necessário para combater a impunidade em nosso país. O deputado Glauber Braga, do PSOL do Rio, acusou Moro de blindar a relação do clã Bolsonaro com a milícia. Ele disparou: "capanga de milícia".

O ministro Moro rebateu com elegância, chamando o deputado de "desqualificado", e fez duas postagens ligadas ao tema:

Glauber Braga, para quem não lembra, é aquele que enalteceu o terrorista Marighella quando votou contra o impeachment de Dilma, a petista que destruiu o Brasil. Seu partido, o PSOL, é uma linha auxiliar do PT, e defende o ditador Maduro, que destruiu de vez a Venezuela. O PSOL vive defendendo marginais, especialmente aqueles que usam o manto da ideologia comunista para justificar seus crimes. Foi esse elemento que xingou Moro.

O PSOL é um partido cúmplice da quadrilha petista, defensor de ditaduras como Venezuela e Cuba e cujos representantes enaltecem terroristas como Marighella. Tem baixíssima adesão popular, elege políticos basicamente na elite da esquerda caviar, no Leblon carioca, mas tem representatividade desproporcional na imprensa. O que tem de jornalista simpatizante desse troço não está no gibi! Basta ver o Congresso em Foco todo ano, com a eleição dos melhores parlamentares segundo a ótica dos jornalistas. Só dá PSOL...

Eu queria ver apenas um décimo da indignação que os jornalistas demonstraram no caso da colega atacada na CPI das Fake News nesse episódio de um deputado desqualificado do PSOL atacando o ministro Sérgio Moro, um herói nacional, por demonstrar espírito público, coragem e firmeza em seu dever como funcionário público, colocando em risco, com grande sacrifício pessoal, sua integridade física e sua família para combater criminosos poderosos. Um décimo da indignação já estava de bom tamanho! Mas sabemos que, no fundo, muitos jornalistas concordam é com o desqualificado comunista, o que explica a baixa credibilidade de boa parte da mídia..."
Herculano
14/02/2020 03:58
CIDADANIA É ÚLTIMA CHANCE PARA ONYX NO GOVERNO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nesta sexta-feira nos jornais brasileiros

O ministro Onyx Lorenzoni escolheu o Ministério da Cidadania e o pediu a seu padrinho, presidente Jair Bolsonaro. Ele quer a chance de mostrar sua capacidade de pilotar um orçamento fabuloso, de R$100 bilhões, superando o desgaste do esvaziamento da Casa Civil. Tudo pelos fracassos na articulação política e no Programa de Parceria e Investimento (PPI). Mas está ciente de que não pode falhar de novo.

O DIA DO ACERTO

Onyx pediu nova chance quando foi chamado ao Alvorada, sábado (2), no escândalo do uso de jato da FAB pelo seu assessor Vicente Santini.

SOLUÇÃO IDEAL

Bolsonaro já colecionava queixas de aliados sobre a atuação de Osmar Terra, e Onyx no Ministério da Cidadania lhe pareceu a solução ideal.

OLHO NO DESEMPENHO

No Planalto, a expectativa é que Onyx rivalize em desempenho com Osmar Terra, admirado pela grande disposição para o trabalho.

MDB NA FUNASA

Como Cidadania fica com um gaúcho, ao presidente resta compensar o MDB, partido de Osmar Terra. A Funasa poderá ficar para o partido.

MAIA GARANTE 'FOLGA DAS QUINTAS' HÁ QUATRO ANOS

A Câmara viveu outra vez, nesta quinta (13), a mesma rotina desde a posse de Rodrigo Maia na presidência da Casa, em 2016: plenário vazio, mas fingindo estar lotado, para enganar trouxas, os brasileiros. Por ordem de Maia, às quintas, o registro de presença é aberto às 6h da manhã para permitir que assinem o ponto e viajem. O insulto pôde ser flagrado às 17h: o painel do plenário registrava 426 deputados, mas havia só um, Luiz Ovando (PSL-MS), que até discursou para ninguém.

'COMPROMISSO DE HONRA'

A liberação da assinatura do ponto às 6h da manhã de quinta foi um compromisso de Maia para conseguir se eleger presidente da Câmara.

SEMANA DE DOIS DIAS

Com a regra implantada por Rodrigo Maia, os deputados agora só trabalham ou têm obrigação de assinar o ponto às terças e quartas.

APERTOU, DANÇOU

Quando era presidente, Eduardo Cunha cobrava presença com "efeitos administrativos" às quintas, ao fim do dia. Isso ajudou na sua cassação.

DE VOLTA À CÂMARA

Com a mulher cursando doutorado e os filhos em escola no Canadá, Osmar Terra (Cidadania) deu toda pinta de que estava de partida. Mas estava era perdendo o cargo, como esta coluna antecipou terça (11).

LADO ESQUERDO DO PEITO

A deputada Marília Arraes (PT-PE) vai botar o bloco na rua já neste fim de semana, na disputa pela prefeitura do Recife. Até definiu o slogan "Recife no lado esquerdo do peito", e sua marca é um simpático coração vermelho, criada pelo experiente marqueteiro Joel Lopes.

PROMESSA SOLENE

O deputado Marcelo Ramos (PL-AM) prometeu solenemente que até o meio do ano a Câmara vai aprovar execução de sentença em segunda instância em todas as áreas: penal, cível, trabalhista etc.

VOO DA BORBOLETA AMARELA

Após lançar Máfia das Caatingas em Maceió, seu 5º livro, o jornalista e cineasta Jorge Oliveira e o filho Pedro Zoca rodam O Voo da Borboleta Amarela, longa que conta a história do cronista capixaba Rubem Braga.

COMENDO MOSCA

O presidente Jair Bolsonaro, em suas coletivas diárias na grade, e seus ministros, continuam sem perceber que tudo o que dizem ou fazem de positivo será usado contra eles. Imagine quando falam absurdos.

CHINELO RENDE GRANA

Uma empresa terá que indenizar casal barrado em festa na virada do ano, em Xangri-lá, no Rio Grande do Sul, porque o rapaz usava chinelos. Decisão é da 2ª Turma dos Juizados Especiais Cíveis.

QUE VEXAME

Para visitar o Papa, Lula teve de pedir à Justiça adiar seu depoimento como réu no esquema de venda de medida provisória a montadoras de veículos. A PF está de olho: se não sumir, retorna ao País amanhã.

PENSANDO BEM...

...um encontro do chefe da Igreja com um chefe da quadrilha deveria ter chamado mais a atenção.

TERRA ATÉ JÁ MATRICULOU FILHO EM ESCOLA DO CANADÁ

O ministro Osmar Terra (Cidadania) parece se preparar para entregar o cargo a Onyx Lorenzoni (Casa Civil), que busca um ministério "operacional" para chamar de seu. Uma possibilidade considerada pelo presidente Jair Bolsonaro é nomear Terra embaixador do Brasil no Canadá, na gelada capital Ottawa. Talvez por coincidência, o filho de 13 anos de Osmar Terra já foi matriculado em escola canadense.
Herculano
14/02/2020 03:50
ORÇAMENTO IMPOSITIVO PODE LEVAR À PARALISIA DA MÁQUINA PÚBLICA, por Marcos Mendes, doutor em economia pela USP, consultor legislativo do Senado e ex-chefe da assessoria econômica do ministro da Fazenda (2016-2018), no jornal Folha de S. Paulo

Execução impositiva torna 97% da despesa total inflexível; derrubada de veto presidencial pode causar paralisia

O Orçamento de 2020 será o primeiro a ser executado sob as regras de Orçamento impositivo.

Em um contexto de forte restrição fiscal, reduzir o espaço de contingenciamento de despesas já é desafiador.

Ocorre, porém, que o Congresso foi além e transferiu do Executivo para o Legislativo (mais especificamente para o relator do Orçamento) o poder de decidir sobre ritmo e prioridades de execução de parcela significativa da despesa discricionária de custeio e investimento dos ministérios.

Este texto apresenta os grandes números dessas duas transformações no Orçamento: a) a impositividade dos gastos e; b) o controle de parte da despesa pelo relator do Orçamento.

Em primeiro lugar, percebe-se que a despesa primária total foi elevada em R$ 7,9 bilhões. Esse valor foi acrescentado pelo relator porque o Executivo enviou um Orçamento com despesas abaixo do limite dado pelo teto de gastos.

Isso foi feito porque a estimativa de receitas do Executivo indicava uma expectativa de desempenho ruim da arrecadação. Por isso, uma despesa fixada no limite do teto implicaria déficit primário acima da meta.

O relator reestimou a receita para cima, visando ampliar a despesa. Prática corriqueira no Congresso e que tende a gerar um viés de déficit público, a partir de estimativas muito otimistas para a receita.

Em segundo lugar, vê-se uma redução de R$ 18,5 bilhões nas despesas obrigatórias.

Isso se deu, por um lado, devido à reestimativa para baixo pelo próprio Executivo, principalmente por revisão das projeções das despesas de pessoal.

E, por outro, porque o relator resolveu incorporar nas projeções de despesa a redução de gastos que advirá da aprovação da PEC Emergencial, ainda em tramitação. A economia estimada é da ordem de R$ 7 bilhões em 2020.

Terceiro, nota-se a realocação de recursos que foram abatidos das despesa obrigatórias e de parte das despesas discricionárias para emendas parlamentares individuais, de bancada e de comissões, nos valores de R$ 9,5 bilhões, R$ 5,9 bilhões e R$ 0,7 bilhão, respectivamente. Isso não muda muito em relação à prática dos anos anteriores (exceto pelos valores que se tornaram maiores, conforme será visto adiante).

Todo ano ocorre esse tipo de realocação, em geral retirando recursos das chamadas "reservas de contingência" (que são despesas discricionárias) para financiar as emendas. Neste ano, como os recursos estão curtos e aumentou bastante a alocação para emendas, parte das emendas passou a ser financiada, também, pela redução de estimativa das receitas obrigatórias.

A redução das despesas obrigatórias e o aumento da despesa total geraram recursos disponíveis para serem alocados pelos parlamentares da ordem de R$ 26,3 bilhões.

As alocações nas tradicionais emendas (individuais, bancadas e comissões) consumiram R$ 16,1 bilhões. Ficando um resíduo, por alocar, de R$ 10,3 bilhões.

O procedimento habitual de alocação desse saldo de R$ 10,3 bilhões seria atribuí-lo aos ministérios, para gastos com investimento e custeio, na classificação de despesa discricionária (RP 2).

Mas aí entra a grande novidade. Em vez de adotar esse procedimento padrão, o Congresso inovou: reclassificou esses R$ 10,3 bilhões e parte das despesas discricionárias (R$ 19,9 bilhões), em um total de R$ 30,1 bilhões, como "despesa discricionária decorrente de emendas de relator" (classificação RP 9).

Esses recursos foram alocados no mesmo tipo de despesa - investimento e custeio dos ministérios -, mas o fato de terem sido reclassificadas como emenda de relator transfere o poder de decidir a execução dessas despesas ao relator do Orçamento.

Isso se deve a um dispositivo da LDO, introduzido pela lei nº 13.898/19, que estipula que:

"Art. 64-A. A execução das programações das emendas deverá observar as indicações de beneficiários e a ordem de prioridades feitas pelos respectivos autores.

§ 1º Nos casos das programações com identificador de resultado primário (RP 9), o Poder Executivo terá o prazo de 90 (noventa) dias para consecução do empenho.

§ 2º Caso exista necessidade de limitação de empenho e pagamento, aplicam-se os mesmos critérios definidos para emendas individuais às programações com identificadores de resultado
primário (RP 8) e (RP 9).

§ 3º O descumprimento do estabelecido nos §§ 1º, 2º e no caput sujeita os responsáveis às penalidades
previstas na legislação."

Trata-se de significativa mudança no processo orçamentário, no qual os ministros perdem poder de determinar as prioridades de gastos de suas pastas, que passarão a ser definidas pelo relator do Orçamento. O Legislativo passa a ter função executiva nas decisões relativas ao processo orçamentário.

O dispositivo legal acima citado foi vetado pelo presidente da República. Há, contudo, chance significativa de que o veto venha a ser derrubado pelo Congresso. Se isso acontecer, haverá elevado risco de paralisia na execução orçamentária.

Se estivessem classificadas como RP 2, essas dotações poderiam ser usadas para pagar tanto as despesas do exercício quanto restos a pagar, herdados de anos anteriores. Sob a nova regra, os recursos ficam presos às dotações reclassificadas como emendas de relator, inviabilizando-se o pagamento de restos a pagar.

Em um regime fiscal sujeito a forte restrição de recursos, o acúmulo de restos a pagar é usual. Impedir o seu pagamento terá o efeito de paralisar diversos projetos em execução.

Ademais, com o relator do Orçamento determinando prioridades de pagamento, há o risco de escolher uma despesa que, por inviabilidade técnica, não possa ser executada.

Quando o Poder Executivo está no comando da definição de prioridades, ele tem mais informações e flexibilidade, podendo realocar verbas rapidamente.

Há o risco de, por falta de informação e agilidade, algumas despesas não serem executadas, empoçando recursos escassos, que poderiam ser alocados em outras despesas.

Essa rigidez tem o poder de paralisar a provisão de serviços essenciais. Voltarão à cena as notícias de suspensão de emissão de passaportes, falta de refeições nos quartéis ou de remédios nos hospitais.

Percebe-se que as tradicionais emendas parlamentares (individuais, bancadas e comissões) tiveram aumento significativo de 17,2% em relação a 2019. Além disso, no ano passado podiam ser contingenciadas, e agora devem ser obrigatoriamente pagas.

O Orçamento também se torna mais rígido em 2020 porque, no ano passado, havia investimentos alocados na classificação de despesas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), passíveis de contingenciamento. Em 2020 não há essa alocação.

O terceiro fator de rigidez é a já citada alocação de despesas discricionárias como emendas de relator, que não só são de execução obrigatória como terão seu ritmo definido pelo relator do Orçamento.

Em 2019, as despesas efetivamente impositivas eram apenas aquelas classificadas como RP 1 (despesas obrigatórias). Elas representavam 92% do Orçamento total. Em 2020, a execução impositiva abarca, além das despesas com a classificação RP 1 (despesa obrigatória), também todas as categorias de emendas (RP 6, 7, 8 e 9). Assim, o grau de rigidez sobe para 97% da despesa total.

Em resumo, há dois fatores aumentando a rigidez do Orçamento. O primeiro é a execução impositiva de emendas tradicionais (individuais, bancadas e comissões).

O segundo é a transferência, para o Legislativo, do poder de decidir o ritmo e prioridades na execução das emendas de relator, que também impede o pagamento de restos a pagar com tais dotações.
Herculano
14/02/2020 03:35
da série: o que há de comum entre a esquerda do atraso e a direita xucra? A desqualificação do jornalismo. Vira e mexe, a Globo é unanimidade: não serve nem para um, nem para outro. Olhe só a manchete e o texto do site esquerdista que foi a mídia paga dos governos petistas.

JN DEDICA MAIS TEMPO ATACANDO LULA DO QUE NOTICIANDO SEU ENCONTRO COM O PAPA

Em um registro de 49 segundos, o Jornal Nacional noticiou que o ex-presidente Lula encontrou-se com o Papa Francisco nesta quinta-feira (13) no Vaticano, mas dedicou a maior parte do tempo para falar da condição jurídica do ex-presidente

Conteúdo do 247 - O Jornal Nacional dedicou 49 segundos da edição desta quinta-feira, 13, para falar sobre a visita que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Papa Francisco no Vaticano.

Do total do rápido registro, que não aparece declaração do ex-presidente, embora ele tenha feito vídeo nas redes sociais falando sobre o encontro, o apresentador William Bonner dedicou 31 segundos para falar da condição jurídica do ex-presidente.

"Lula não sofre restrições para sair do Brasil. Ele foi condenado à prisão em segunda instância, e está solto porque o Supremo Tribunal Federal entendeu que os condenados podem permanecer em liberdade até o esgotamento dos recursos judiciais. A defesa do ex-presidente conseguiu adiar o depoimento que ele prestaria nesta semana como réu na Operação Zelotes. Lula responde pela suposta venda de uma medida provisória para beneficiar empresas do setor automobilístico. O depoimento foi remarcado para quarta-feira que vem", disse Bonner.

Nas redes sociais, internautas protestaram contra a cobertura da Globo ao encontro.
Herculano
14/02/2020 03:30
AS ÚNICAS PALAVRAS

Nas suas redes sociais, o ex-presidiário e ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, PT, publica duas fotos dele com o argentino Papa Francisco, com a seguinte frase.

"Encontro com o Papa Francisco para conversar sobre um mundo mais justo e fraterno".

O que os dois entendem por mais justo?

14 milhões de de trabalhadores sem carteira assinada e desempregados?

A corrupção desenfreada dos poderosos de plantão, roubando os pesados impostos de todos - inclusive e principalmente dos mais pobres - para a farra e o privilégio de poucos?

A volta da inflação que tira o poder de compra dos mais pobres que não possuem mecanismos financeiros para se protegerem dela?

A maior recessão econômica que se tem notícia na história do Brasil e que quebrou empregadores e empregados, mas manteve os privilégios das castas de servidores públicos, gestores comissionados e políticos de uma forma em geral instalados em todos os níveis de poderes da República?

Neste jogo de cena (e propaganda) perdeu feio foi a Igreja Católica no Brasil.
Herculano
14/02/2020 03:20
COMBATER O ATRASO ESCOLAR, TAREFA URGENTE!, por Claudia Costin,diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais, da FGV, e ex-diretora de educação do Banco Mundial, no jornal Folha de S. Paulo

23% dos jovens de 15/17 anos ainda estão no fundamental

Os desafios da educação brasileira não dizem respeito só à limitada aprendizagem dos alunos ou à ainda inconclusa universalização do acesso dos jovens ao ensino médio.

A defasagem idade-série, situação em que o aluno tem dois ou mais anos que a idade correta para a série cursada, vem a eles se somar e, em alguns casos, é o motivo principal dos problemas acima apontados.

Essa distorção é causada por entrada tardia na escola ou por altos índices de repetência e gera consequências sérias, como o desinteresse, dada a inadequação ou infantilização dos materiais didáticos, problemas de bullying e, em última instância, o abandono escolar. Além disso, acarreta uma ineficiência grande em todo o sistema.

De acordo com os dados da PNAD contínua de 2018, cerca de 23,1% dos jovens de 15 a 17 anos, que deveriam estar no ensino médio, ainda cursam os anos finais do fundamental e 12,4% dos de 11 a 14, idade correta para o 6º ao 9º anos, frequentam a etapa anterior de escolaridade.

E mais, aqui também a desigualdade educacional espelha a de renda: o atraso escolar por etapa de ensino dos jovens de 15 a 17 era 4 vezes maior entre os pertencentes aos 20% da população com os menores rendimentos que entre os que faziam parte dos 20% mais ricos.

Resolver essa questão é urgente, pois essa situação nos tem feito perder muitos jovens que não aprendem, portanto repetem de ano e, sem ninguém que lhes ajude a superar déficits de aprendizagem, acumulam insucessos. Eles acabam por abandonar os bancos escolares, e as chances são enormes de que, ao fazer isso, alimentem os exércitos da chamada economia paralela, para usar um eufemismo.

As soluções passam certamente por transformar as redes escolares, num esforço integrado e coerente para oferecer um ensino em que todos aprendam, monitorando a aprendizagem, detectando precocemente dificuldades e sanando-as a tempo. Evita-se, assim, o fenômeno da repetência.

É necessário também organizar um sistema de recuperação de aprendizagem competente, já que na escola pública poucos têm a oportunidade de contratar, como fazem alunos de escolas frequentadas por jovens de famílias mais afluentes, professores particulares ou contar com os pais para sanarem dúvidas.

No entanto, até que tudo isso se resolva, precisamos implementar - como fazem os municípios de Maragogipe, na Bahia, Muriaé, em Minas Gerais, ou Esteio, no Rio Grande do Sul - bons programas de aceleração dos alunos mais velhos do fundamental 2, para que cheguem à etapa seguinte mais cedo e mais preparados e, assim, não abandonem a escola.

Não podemos nos dar ao luxo de perder mais jovens!
Miguel José Teixeira
13/02/2020 20:10
Senhores,

"Alea jacta est". (A sorte está lançada)

O ex-presidiário lula não foi beatificado e, portanto, não pode ser canonizado.

No entanto, foi abençoado pelo papa chico!

Aguardemos pois, o desenrolar de mais esta PaTifaria, já que, segundo a a terceira lei de Newton "toda ação corresponde a uma reação".
Herculano
13/02/2020 19:08
da série: eles foram eleitos para serem os representantes do povo. Criam privilégios, custa muitos dos nossos impostos e defendem interesses contra o povo que lhes paga. Este retrato está nas Assembleias e Câmaras municipais quando se pesquisa sobre este tipo de assunto.

PESQUISA MOSTRA QUE CONGRESSO ATRÁS DO GOVERNO BOLSONARO EM POPULARIDADE

Conteúdo de Congresso em Foco. Texto de Samanta Sallum. Imagem do Legislativo não acompanha evolução do Executivo. Tese de que o Congresso Nacional é responsável pela melhora do ambiente econômico propagada pelos formadores de opinião não se reflete na população, é o que consta na pesquisa do Instituto FSB para a revista Veja.

Dos entrevistados, 44% consideram entre "ruim e péssimo" o trabalho do Congresso, liderado pelo senador Davi Alcolumbre e pelo deputado federal Rodrigo Maia (DEM). Já 40% avaliam como "regular" e 11% entre "bom e ótimo".

Na percepção dos entrevistados, o presidente é o protagonista no esforço de melhorias, como o combate ao desemprego, e não o Legislativo.

Esse é um dos recortes do levantamento que a coluna teve acesso. Enquanto o governo sobe, o Congresso Nacional se mantém estável.

Ainda há outras análises da pesquisa além do que já foi divulgado hoje no meio da tarde.

Foi perguntado a 2 mil eleitores qual era a avaliação do trabalho de deputados e senadores no Congresso. E a avaliação é mais baixa que a do governo.

A popularidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cresceu nos últimos dois meses e, pela primeira vez desde agosto do ano passado, atinge 50% dos entrevistados, aponta o levantamento Veja/Instituto FSB. Bolsonaro aparece também na liderança para uma reeleição em 2022.

Divulgada nesta quinta-feira (13), a pesquisa ouviu eleitores entre 7 e 10 de fevereiro.
Herculano
13/02/2020 18:52
AS IMAGENS SÃO IRRETOCÁVEIS

O Papa Francisco recebendo e abençoando o ditador cubano Fidel Castro, morto; o narco-ditador que quebrou a Venezuela, Nicolas Maduro; o cocaleiro que queria ser ditador, mas foi corrido na Bolívia, Evo Morales e agora, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, envolvido em escândalos como o mensalão e petrolão, este metido em condenações e processos de corrupção, depois que o PT quebrou o Brasil metendo-o numa depressão sem nada parecido antes, que desempregou 14 milhões de trabalhadores, que fez a inflação subir....
Herculano
13/02/2020 18:45
A IGREJA CATóLICA NÃO SABE A RAZÃO DA DIMINUIÇÃO DO REBANHO NO BRASIL

Então Guilherme Fiuza, desenha no twitter:

O Papa Francisco não se limitou a abençoar um ladrão. Deu-lhe status de honesto, ao recebê-lo para uma "reunião" sobre injustiças sociais. Lula é condenado a mais de 20 anos por corrupção - uma corrupção q espalhou sofrimento e injustiça social. O Papa deu um tapa na cara do povo
Herculano
13/02/2020 18:43
PODE DELATAR, MAS NÃO PODE ENVOLVER O JUDICIÁRIO

De Augusto Nunes, da TV Record, no twitter:

Ao recorrer da decisão q homologou a delação de Sérgio Cabral, Augusto Aras entendeu q o réu ocultou informações e protegeu pessoas. Faz sentido. Mas o estranho é que o acordo fica sempre + complicado quando as confissões do delator envolvem o Judiciário
Herculano
13/02/2020 18:40
VIDA DURA

Do horoscopista e mentor ideológico dos Bolsonaros, Olavo de Carvalho, no twitter:

Ninguém pode negar que a vida do Lula foi uma longa e bem sucedida luta contra a pobreza. Ele começou muito pobre e terminou muito rico.
Herculano
13/02/2020 18:36
SUBINDO O TOM, NO JOGO PESADO DOS POLÍTICOS QUE SE ACHAM OS DONOS DO BRASIL

do ministro da Justiça Sérgio Moro, no twitter. Ontem ele foi chamado de capanga dos Bolsonaros e dos milicianos, pelo deputado fluminense Glauber Braga, do PSOL, na Comissão de Constituição e Justiça quando defendia a prisão em segunda instância. Ao respondeu disse o deputado ter argumentos e por isso era um desqualificado. O mundo dos políticos caiu em cima do ministro.

Hoje, apesar da fama de comedido, Moro reforçou a tese e o discurso.

Não gosto deste jogo politico.Mas verdades precisam ser ditas. No projeto de lei anticrime,propusemos que milícias fossem qualificadas expressamente como organizações criminosas.Propusemos várias outras medidas contra crime organizado.O PSOL,de Freixo/Glauber,foi contra todas elas
Herculano
13/02/2020 18:23
FORTALECIMENTO DE MILITARES CRIA CONTRAPONTO À AGENDA LIBERAL DE GUEDES, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Historicamente, núcleo fardado tende ao nacionalismo e ao aumento de gastos, mesmo em tempos de dinheiro curto

Entre algumas cotoveladas, Paulo Guedes conseguiu provar sua influência durante o ano inaugural de Jair Bolsonaro. O ministro contornou resistências políticas dentro do governo e dobrou até o próprio presidente para emplacar uma agenda amarga de ajustes nas contas públicas.

A ampliação da presença de militares em postos-chave do Palácio do Planalto deve lançar o chefe da equipe econômica numa nova competição. Ao cercar Bolsonaro, a ala fardada reforça também sua participação em decisões políticas que envolvem diretamente a pauta de Guedes.

Os representantes das Forças Armadas com assento no governo não chegam a discordar da cartilha liberal do ministro da Economia. Determinadas posições, no entanto, produzem pontos de atrito com alguns desses planos.


Partiram da ala militar, por exemplo, sinais de resistência que levaram Bolsonaro a hesitar no envio da reforma administrativa ao Congresso, ainda no ano passado.

O núcleo de inteligência do governo, dominado pela caserna, foi o responsável por levar ao presidente o alerta de que a proposta poderia ser o estopim de protestos como os que ocorriam no Chile naquela época.

A consolidação do grupo fardado no entorno de Bolsonaro cria um contraponto relevante nas discussões que ocorrem no centro do poder. O presidente ouvirá com cada vez mais peso vozes que tendem, em certas ocasiões, a se opor aos dogmas do ministro da Economia.

Confirmada a nomeação do general Walter Braga Netto para a chefia da Casa Civil, agora serão quatro os militares instalados em gabinetes que ficam a apenas alguns passos da cadeira presidencial.

A importância que Bolsonaro dá aos assuntos do grupo verde-oliva é evidente, ainda que eles se choquem com o rigor fiscal de Guedes. O governo, por exemplo, aumentou os investimentos no Ministério da Defesa num ano de penúria orçamentária e entregou uma reforma da Previdência que acabou favorecendo os militares.

Alguns integrantes da equipe econômica enxergam ainda, no núcleo fardado, os genes nacionalistas que marcaram a carreira política de Bolsonaro antes de sua conversão relâmpago ao liberalismo na eleição de 2018.

Seria exagero, entretanto, dizer que os ministros militares vão necessariamente torpedear a tentativa de Guedes de reduzir a participação do Estado na economia. Um almirante, afinal, vem tocando o processo de privatização da Eletrobras no Ministério de Minas e Energia - sob resistência do Congresso, e não das Forças Armadas.

Em governos passados, era comum a disputa entre a ala política e a equipe econômica pela chave do cofre da União. O primeiro time queria ampliar despesas para atender aliados e ampliar a popularidade do presidente, enquanto o segundo fazia questão de bloquear esses avanços para cumprir suas metas.


Guedes escapou de parte desses conflitos. Primeiro, obteve o status de superministro da área econômica, eliminando outras pastas que poderiam se tornar vozes dissonantes nessa disputa.

Depois, construiu uma aliança direta com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), reduzindo a necessidade de participação política do Palácio do Planalto nas negociações para a aprovação de suas reformas.

Fiador da agenda econômica do governo, Guedes teve relativa liberdade para executar esse trabalho ao longo do ano passado. Mas, como em qualquer relação de poder, o fortalecimento de um novo grupo pode acabar fechando espaços para outros.
Herculano
13/02/2020 18:18
PRIVILÉGIO

Para compensar o atraso na liberação da coluna de segunda-feira, o pessoal da Redação do portal Cruzeiro do Vale, resolveu dar uma colher de chá para os leitores e leitoras da Olhando a Maré.

Liberou-a mais cedo nesta quinta-feira. Ela foi feita especialmente para a edição impressa do único jornal capaz de fazer 30 anos de circulação ininterrupta em Gaspar e sem se dobrar ao poder de plantão. Acorda, Gaspar!

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