Gaspar transmite os pregões daquilo que contrata pela internet. Isso é bom? Excelente! - Jornal Cruzeiro do Vale

Gaspar transmite os pregões daquilo que contrata pela internet. Isso é bom? Excelente!

04/02/2019

Mas, se antes não houver interesse do cidadão e dos órgãos de fiscalização sobre o que se apregoa, incluindo os vereadores, para brechas, pegadinhas, erros e até armações de gente entendida, essa suposta transparência é mais um jogo para inglês ver.

Mais que isso: é preciso confrontar aquilo que se contratou com o que se efetivamente foi feito com o dinheiro dos gasparenses.

Eu tenho inimigos declarados. Eram os mesmos que me aplaudiam, eram as fontes de antes que fiscalizavam os adversários e que se beneficiaram do meu trabalho, sem qualquer paga, de ser vigilante à coerência e desvios no ambiente público.

Não reclamo. É o jogo jogado. Estou acostumado. Calejado. Apenas esclareço aos meus leitores e leitoras. Aliás, a coluna desta segunda-feira é praticamente escrita para desnudar certas fantasias.

Quase todos, quando estão fora do poder de mando e plantão, invariável e num aparente contrassenso, tornam-se minhas fontes secretas. Reclamo? Vingo-me? Desprezo-as? Não! É o do trabalho e reveses do jornalismo sério, independente e investigativo onde o jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo e de maior circulação, bem como o seu portal líder de acessos em Gaspar e Ilhota, fazem história e são icônicos.

Isso mostra que o papel que fiz, era correto; que o que faço possui valor à comunidade; os “vigiados” por mim, sabem disso, por isso, lançam-se a me desqualificar, encurralar e constranger. É o que lhes resta. Ou seja, também está claro para os meus leitores e leitoras fieis por anos o jogo dessa gente.

E qual a argumentação dos reclamões que ameaçam me pegar naquilo que tenho direito, nos desmentidos, versões e até imposição via Justiça? Que eu me meto onde não devia, anotando para o público, as dúvidas que consomem os pesados impostos de todos; também são intolerantes quando eu aponto às incoerências dos discursos com a prática deles, exatamente quando estão no poder. Ou seja, desejam ser intocáveis. E para que? Para se perpetuar no erro, na incoerência, na esperteza e na lambuzeira que um dia, vejam só, acertadamente foram contra.

Eu também sou inimigo declarado das coisas mal explicadas na gestão pública – em qualquer ambiente - e que levam o meu imposto para o ralo. Estamos empatados na inimizade. E não há negociata – como se acostumaram para ludibriar o distinto público - para que eu mude o meu jeito de ser e colocar o dedo nas feridas.

OBSERVATÓRIO SOCIAL INFORMAL DÁ VOZ AO CIDADÃO

Mas, tenho amigos que se declaram com a minha causa, que é da sociedade, como um todo. Eles, como eu, fazemos funcionar informalmente, um Observatório Social, que aqui não existe, mas se tentou via sucursal partidária – outro erro desproposital. Na semana passada, um leitor postou o seguinte na área de comentários, aproveitando o relato de compra de horas de máquinas que fiz em coluna, apenas reproduzindo o que se estabeleceu nos pregões.

“Novamente vou utilizar esse espaço para denunciar e mostrar aos munícipes onde os nossos impostos estão sendo aplicados pela administração municipal e como isso tudo tem funcionando. Ano passado encontrei vários casos estranhos relacionados com locação de horas máquina, vou compartilhar com os leitores desta coluna somente um desses casos. [notem: um só]

Empenho 6152/2018 (FORNECEDOR SAMIL TERRAPLANAGENS E TRANSPORTES) datado de 08/11/2018 tem como descrição:
- Contratação de empresa para prestação de serviços de hora caminhão para PAVIMENTAÇÃO da Rua José Jungles - Arraia, conforme ata 01/2018;
Ao verificar os itens do empenho tem-se:
- Serviço de Caminhão Basculante Truck com Motorista. Com capacidade mínima de 10m³, 6 X 4, potência entre 140 a 350 CV e ano de fabricação superior a 1999. Obs: poderá ser solicitado até 05 caminhões. MARCA: VOLKWAGEM 26.260 /2004. QUANTIDADE: 840 HORAS;
Ao verificar os pagamentos do empenho, observa-se:
- NF 1340/2018 datada em 13/11 e com ordem de pagamento na mesma data, no valor de R$ 61.572,00;

Analisando estes dados faço as seguintes considerações:

1) Observa-se que o lapso temporal entre a data do empenho (08/11) e data da NF (13/11) emitida pela empresa temos apenas 6 dias, observando a quantidade de horas (840) a quantidade de caminhões do empenho (5) e número máximo de dias trabalhados (6), tem-se que se dividirmos 840 horas por 5 caminhões por 6 dias obtem-se 28 horas trabalhadas por dia por caminhão, embora um dia tenha apenas 24 horas.

2) A pavimentação da Rua José Jungles foi entregue em 11/10, vésperas da festa de Nossa Senhora Aparecida (12/10) conforme noticiado na imprensa local (https://www.cruzeirodovale.com.br/geral/parceria-entre-britagem-barracao-e-prefeitura-resulta-em-pavimentacao-no-arraial-baixo/), já o empenho é datado em 08/11 praticamente um mês após a entrega da obra.

3) Para esta obra também observa-se no Portal da Transparência, o Empenho 5195/2018 datado em 26/09 com valor de R$ 42.697,68, o qual tem o mesmo fornecedor e este realizado em período condizente com a realização da obra de pavimentação da Rua José Jungles, pagos através das NFs 1323 e 1324 datadas em 25/10/2018.

Aos que se interessarem, os empenhos mencionados podem ser consultados no seguinte site:
http://grp.gaspar.sc.gov.br/grp/acessoexterno/programaAcessoExterno.faces?codigo=670063

Também disponibilizo a tela dos empenhos consultados nos seguintes links:
https://uploaddeimagens.com.br/imagens/emp6152_detalhes-jpg
https://uploaddeimagens.com.br/imagens/emp6152_itens-jpg
https://uploaddeimagens.com.br/imagens/emp6152_pagamentos-jpg
https://uploaddeimagens.com.br/imagens/emp5195-jpg

Depois da denúncia do passeio da Rua José Rafael Schmitt que fiz também neste espaço, novamente trago outro caso, vamos ver se desta vez a Prefeitura apresentará alguma justificativa.

Os casos "graúdos" estou confiante que virão à tona em momento oportuno, a lista é grande e os casos como sempre inexplicáveis!

Volto eu, para encerrar. Preciso comentar mais alguma coisa? Preciso! Ou a documentação oficial da prefeitura contém erros grosseiros e espelha a tal ineficiência de que tanto escrevo, ou os procedimentos são provas de outra eficiência, de que tanto orgulho o governo Kleber Edson Wan Dall e os seus no poder de plantão possuem e bavateiam-na nos discursos marqueteiros para analfabetos, ignorantes, desinformados e o seu grupo de combate. Entenderam a razão pela qual este espaço possui crédito e os políticos no poder de plantão – de hoje e ontem -, não? Acorda, Gaspar!

Os macacos de auditório precisam cumprir o seu papel contra os críticos para se manterem agarrados ao poder de plantão. Eu, como não devo nada a essa gente, estou me obrigando a esclarecer para os meus leitores e leitoras, em razão da liderança e confiança que me dão

O tempo é o senhor da razão. E mais uma vez estou de alma lavada. A coluna, o jornal e o portal Cruzeiro do Vale estão, outra vez, com mais créditos perante a comunidade. Li em algum lugar, há algum tempo e não sei precisar o autor que “não tenha medo de perder pessoas. Tenha medo de perder quem você é, ao tentar agradar todos ao seu redor”.

Escrito isso, o que relato a seguir não é para me orgulhar, mas faço como uma prestação de contas aos que me leem, por gosto e contragosto, também – e que não são poucos.

Um dos novos e maiores críticos do meu trabalho e desta coluna nas redes sociais, Marco Antônio Jacobsen, é bem conhecido na cidade. Então não vou me estender sobre ele. Marco acha que eu avacalho o governo do seu ídolo Kleber Edson Wan Dall, MDB, apontando, sucessivamente, com provas, como no comentário acima, os erros e incoerências da gestão pública do poder de plantão. E isso, na opinião dele, não pode. Respeito. Ele também é um pagador de pesados impostos em Gaspar como eu. Eu sou contra os desperdícios.

E por conta das minhas opiniões e denúncias, Marco vive convocando os leitores e leitoras do jornal, do portal a não lerem mais a minha coluna líder no jornal, no portal e nos links nas redes sociais, ao mesmo tempo em que pede o boicote ao jornal e o portal Cruzeiro do Vale, líderes de leitura e audiência como atestam as ferramentas digitais de contagem, enquanto eu não mudar o tom ou sair do ar.

Para ele, meio de comunicação bom, é manso, é extensão da propaganda gratuita e ufanista do poder de plantão. Se fosse assim, nunca teríamos uma Lava Jato, por exemplo

Primeiro, ao contrário do que ele escreve e diz por aí, Marco é assíduo leitor meu. Ao negar ele próprio confirma isso publicamente. E por que? Se assim não me lesse, não poderia me contestar pelo simples contestar. Antes, ele precisa ler, depois discordar e tentar me calar.

Segundo, Marco sabe que eu tenho créditos e que o que eu escrevo evita à vida fácil dos políticos – de todos os partidos, no poder ou não e a qualquer tempo - com o dinheiro de todos nós. Se não fosse assim, qual a razão para pedir que eu se ajoelhe ao erro ou que me cale diante de tantas dúvidas? Se não tenho influência, se não tenho leitores, se escrevo mentiras, não teria audiência e estaria desacreditado. Estaria Marco chutando cachorro morto? Seria, então um exercício pouco inteligente, pois ao mesmo tempo que flagela algo inerte, chama à atenção e atrai mais seguidores como registra a ferramenta virtual de contagem.

Terceiro, Marco sabe que eu não possuo rabo preso, então só lhe resta me desqualificar – e por extensão, o jornal e o portal que já lhe serviram como referência naquilo que desnudaram dos outros. Ou seja, luta contra a realidade e sem argumentos.

Quarto, Marco sabe que o jornal Cruzeiro do Vale possui história e personalidade: não foi a primeira e nem será a última vez que enfrentará os interesses dos poderosos de Gaspar e Ilhota, ou de gente sem argumento como Marco.

Quinto: eu não preciso de nenhum emprego público e favores, benesses, festões, boquinhas para os meus interesses no poder de plantão. Além disso, o jornal e o portal são exemplarmente comunitários. Seus críticos e concorrentes não foram capazes das iniciativas que o Cruzeiro do Vale teve, tem e foi vencedor. O Cruzeiro do Vale, usa a notícia com crédito e independente, para vender os produtos dos seus clientes, que trazem retorno comprovados aos seus investidores.

Resumindo: a alma de ninguém aqui está à venda, ainda mais sob constrangimentos juvenis ou interesseiros de terceiros. Simples assim!

INTERESSES POLÍTICOS E PESSOAIS ESTÃO EM JOGO

O prefeito Kleber quase teve uma CPI na Câmara contra si por constranger servidores via um aplicativo de mensagens, obrigando os funcionários em cargos de comissão e de confiança, a aplaudi-lo, postar comentários favoráveis e dilacerar seus críticos nas redes sociais onde ele está travestido de repórter das coisas que diz que está fazendo. Muitas delas são obras necessárias e boas, mas não prioritárias. Todas envolvem muito dinheiro e nenhuma delas estão plenamente acabadas. Sintomático!

Enquanto isso, à área social – ou seja, a que trata das pessoas, da cidadania, da qualidade de vida - está relegada a planos inferiores. Já escrevi muito, com vários exemplos na educação, na assistência social, saúde - e não vou repeti-los, como as tentativas de cortar o FIA, fechar a Casa Lar, o drama dos postinhos, da reurbanização do loteamento das Casinhas de Plásticos, à grave falta de vagas creches, a falta de água, de esgotos, à tentativa de politizar o Conselho Tutelar, o fechamento da escola do Macuco, a Defesa Civil...

Ufa! Volto.

E por que Marco tem a obrigação de defender Kleber e me repudiar? Simples: ele tem um filho servindo ao governo. Nada contra. Mas, esse seu interesse pessoal não lhe dá o direito de me constranger, desqualificar e me culpar.

Marco Antônio Jacobsen Júnior até o dia 29 de janeiro era o Diretor de Fiscalização de Obras e Posturas, cargo comissionado que assumiu no dia 22 de junho de 2018. Fiscalização de Posturas? Hum! Exonerado, agora é o novo assessor jurídico do Samae, cargo também comissionado que assumiu pelo decreto 8.600 deste 29 de janeiro assinado por Kleber.

E eu precisaria continuar a mostrar o porquê sou tão odiado pelas coisas que documento sobre os políticos e os poderosos de Gaspar? Não! Está na cara. Está esclarecido! Falta legitimidade, ao menos ética, para me atacar, denegrir, desmoralizar, constranger e me calar, por extensão ao jornal e ao portal.

Kleber para não ver uma CPI contra si, cancelou uma das suas idas mensais a Brasília – que se descobre só quando ele está lá. Já estava a caminho do aeroporto, lá, em Florianópolis. Veio correndo, para no dia seguinte ir à Câmara e se defender. Disse que não tinha intenção de obrigar seus comissionados e os de confiança à sua defesa pública. Não tinha? Hum!

Orientado, Kleber, pois era a única alternativa disponível, reconheceu o seu erro e pediu desculpas aos vereadores. Sensibilizou-os. Escapou da CPI. Mas, parece que de verdade, o prefeito não cessou, apenas a escamoteou uma prática governamental. Sem provas e cuidados ela continua para os seus e os agregados na máquina pública, com o dinheiro de todos.

Essa tática precisa ser avaliada urgentemente pelo poder de plantão em Gaspar. Primeiro, expõe a vexame como este que relato e desnudo. Segundo, essa prática se mostrou desastrosa na eleição de outubro e não retornou em votos como o projetado para os que empregam e arquitetam o descrédito dos vigilantes do poder. Terceiro, só provam com as atitudes escamoteadas por coordenação, necessidade ou paga, que elas podem ser danosas para cidade e os cidadãos. Acorda, Gaspar!

Três chapas se inscreveram para concorrer à presidência do Sintraspug.

A atual presidente não lidera nenhuma delas.

O prazo para impugná-las vai até sexta-feira. Eleição é no dia primeiro de março.

O primeiro candidato a protocolar o pedido de candidatura à presidência do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Gaspar – Sintraspug -, foi o servidor Serlau Antunes. Ele esteve na sede do sindicato às 8h35 do dia 1º fevereiro, último dia para tal. Serlau é identificado com o PT e é oposição à atual gestão do Sindicato. Às 8h38, foi a vez Jovino Emir Masson, ex-presidente por várias vezes e a quem a atual presidente Rosanski Silva – a primeira mulher eleita para o posto, sucedeu – protocolar a sua candidatura. Esta chapa, é claramente identificada com o atual governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e é oposição a atual diretoria do Sindicato. Quase no final do prazo (16h30), às 16h14, Lodemar Luciano Schmidt protocolou a sua chapa. Apesar de Lucimara negar, esta candidatura possui as características de ser da situação.

Até esta sexta-feira, dia oito, a comissão especial do Sintraspug composta por Jorge Luis Dallarosa, motorista de ambulância; Ivan Sandro Bruke, administrativo do Samae; e Onivaldo Ignaczuk, professor aposentado, vão analisar se os candidatos cumpriram às exigências do edital eleitoral. Dirão se estão aptas ou não para o pleito. E a partir daí começa a campanha, bem como os prazos para as impugnações e recursos. A eleição será no dia 1º de março, das 8h às 18h, com os votos sendo coletados no recinto da Câmara de Vereadores. Quem vencer, terá mandato até 2023.

A grande surpresa da sexta-feira passada, foi a atual presidente Lucimara não tentar a reeleição. Nem ela, nem da vice, a professora Kelli Cristine Silva Santos, que chegou a ser mapeada para tal. Lucimara não explica, mas entre os fatores está o enfraquecimento financeiro dos Sindicatos pela atual legislação, e na outra ponta, ela esperava alguns apoios fundamentais que não chegaram como o prometido e necessários para combater à determinação do atual governo de enfraquecer o Sindicato.

Entre as conquista do Sintraspug na gestão de Lucimara, uma telefonista, foi ao tempo do ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, conseguir o pagamento via negociação – sem judicalização - do retroativo do PMAQ aos servidores - um incentivo com verba federal e que é repassado para as equipes das Unidades Básicas de Saúde que aderiram ao programa; no âmbito judicial a atual diretoria finalizou duas ações em 2017 para a execução de pagamento de mais de R$436 mil aos servidores Agentes Comunitários de Saúde referente piso nacional que em 2014 foi reajustado nacionalmente e que Zuchi não repassou a categoria. Foi pago em novembro do ano passado. Outra ação ganha, foi a do direito à insalubridade para os ACTs. O pagamento ainda não foi liberado.

Eleita com a simpatia do então candidato Kleber Edson Wan Dall, MDB, Lucimara virou alvo do então secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, hoje na Saúde, prefeito de fato, o advogado, Carlos Roberto Pereira, MDB. Travou duras quedas de braços pelo o que ela diz ser direitos básicos ou adquiridos dos servidores. Algumas conseguiu. Outras, como a terceirização da merenda escolar ficou engasgada. Kleber sentiu o bafo do Sindicato quando teve que ir à Câmara se explicar e pedir desculpas num claro caso de assédio moral.

Grandes obras. Zero nos acabamentos. Incompletas. Um retrato da tal eficiência do governo de Gaspar, que avança na propaganda marqueteira

A foto, explica por si só. O governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, fez de Gaspar um grande canteiro de obras. Ele está certo. A cidade precisa. Não se sabe se tudo isso vai se traduzir em votos como ele e os seus planejam e contam antecipadamente. Desgastado em meio à tanta incoerência e arroubos, o ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, de três mandatos, não conseguiu fazer sucessor depois de entregar às pressas a Ponte do Vale e vários quilômetros de asfalto “nega maluca” por diversos becos dos bairros, redutos até então tidos como petistas.

Volto. Todas as obras que Kleber faz – com muito dinheiro emprestado ou do caixa disponível dos pesados impostos de todos os gasparenses – raramente ele as acaba. Faz o grosso, que demanda grandes aportes de dinheiro. Isso sem contar, que terá que refazer a maior parte dessas obras porque “esqueceu” ou não contemplou nelas, à ampliação da rede de água potável, ou à implantação do esgoto sanitário que dormita no Samae, o qual preferiu abrir valas para tudo correr a céu aberto, inundar narizes, criar doenças e poluir os cursos de água.As fotos, explicam por si só. O governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, fez de Gaspar um grande canteiro de obras. Ele está certo. A cidade precisa. Não se sabe se tudo isso vai se traduzir em votos como ele e os seus planejam e contam antecipadamente. Desgastado em meio à tanta incoerência e arroubos, o ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, de três mandatos, não conseguiu fazer sucessor depois de entregar às pressas a Ponte do Vale e vários quilômetros de asfalto “nega maluca” por diversos becos dos bairros, redutos até então tidos como petistas.

Aqui vão algumas anotações, que estão à vista de todos, mas não do pessoal da secretaria de Obras e Serviços Urbanos.

Cruzamento das Avenidas Frei Godofredo e Francisco Mastella, onde está instalado o Park Container: não recolheram a sobra dos materiais e não terminaram as calçadas no trecho do Park Container até o Dietrich Materiais de Construção no sentido Centro. Os pedestres ainda caminham pela pista. Um perigo!

Rua José Rafael Schmitt: há restos de materiais em vários pontos, bem como não há calçada no terreno do Supermercado Top, fazendo com o pedestre caminhe pela pista. Um perigo!

Binário da Parolli (Rua Barão do Rio Branco com a Avenida das Comunidades), também restos de materiais e faltam a conclusão das calçadas. Ainda estão faltando o ajardinamento. Começaram a colocar a grama. Outra: sinalização horizontal é de péssima qualidade. Em apenas um mês está sumindo...

Rua Leopoldo Alberto Schramm (popular Rua do Beco) há restos de materiais e ainda faltam as calçadas e pintura horizontal na pista.

Ruas Nereu Ramos e Anfilóquio Nunes Pires: ainda falta as obras complementares e sinalização horizontal naquilo que já foi entregue ao trânsito, bem como a reativação das lombadas eletrônicas. Um perigo!

A lista é bem maior, as que menciono mostram como as coisas mal funcionam como planejamento, necessidade, coordenação e execução óbvia.

Para finalizar, mas pontuar de como esse assunto é estranho na secretaria de Obras e na assessoria da Comunicação da prefeitura, as quais são feitas por gente que nasceu aqui, mora aqui, trabalha aqui lidando diretamente com o tema e é ao mesmo tempo, capaz de trocar as bolas.

O que diz o press-release do dia 1º de fevereiro sob o título “última semana de janeiro com alta demanda para os serviços da secretaria de Obras”? Que a ruas Rodolfo Vieira Pamplona e Ernesto Censi estão no bairro Santa Terezinha. A primeira fica no Gaspar Mirim e a segunda, no Macucos. Acorda, Gaspar!

Vamos falar sério?

Por politicagem, a Defesa Civil de Gaspar deu um passo para trás. Voltará a ser Indefesa Civil!

Isso mostra como age e erra o poder de plantão

Sábado, mais uma vez, alguns bairros de Gaspar ficaram inundados com as enxurradas. Isso mostra que, por enquanto, a tal drenagem do Samae é apenas parolagem, palanque de discursos que ainda vão sabotar o outubro do ano que vem. Ao lado e abaixo algumas fotos do bairro Bela Vista onde os moradores desesperados e “acostumados”, não sabem mais a quem apelar, depois de tantos políticos salvadores que apareceram por lá e nada deram conta, a não ser arrebanhar votos da falsa esperança.

Isso, também mostra o quanto o poder público quando no plantão e aí a culpa não é exatamente do governo de Kleber – mas ele vai na mesma toada e os resultados danosos virão logo -, por falta de planejamento, por politicagem e irresponsabilidade, aprovou ocupações e adensamentos urbanos em áreas com riscos de inundação, sem antes fazer a adequada infraestrutura na drenagem, ou de ampliá-la, ou até, de se proibir e fiscalizar essas ocupações.

Escrito isso, que já foi assunto de outros comentários ao longo dos anos passados, queria discorrer sobre o papel da Defesa Civil de Gaspar, que começa com a ameaça, ou depois do problema instalado e conhecido, baseando-se em previsões e alertas que existem disponíveis aos cidadãos.

É obrigação da Defesa Civil se instalar na prontidão para as emergências e atuar rapidamente para mitigar, quando os resultados das tempestades contra a cidade e os cidadãos aparecem. Ou estão economizando com vidas para fazer obras físicas?

O que acontece em Gaspar? O titular da Defesa Civil, Evandro Mello do Amaral, um bombeiro militar aposentado, do ramo, indicado pelo prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, da secretaria da Saúde, que já foi soldado bombeiro, mora em Brusque, e invariavelmente, no verão, aos finais de semana, está descansando na praia.

No evento de sábado, mais uma vez, faltou, claramente, coordenação. Primeiro, não há mais plantão na Defesa Civil. Segundo, alega-se que é muito barulho dos moradores afetados por pouca coisa. Como assim?

Mesmo que isso fosse verdade, a Defesa Civil, como o próprio nome diz, deveria prestar a atenção ao que o povo reclama, e por dever, prevenindo, acalmando ou reagindo, deveria, no mínimo, proteger a administração de Kleber, das queixas dos cidadãos com ações mínimas de atenção. A impressão que fica para os atingidos, com dor e desespero, que o poder público está desdenhando, está longe dos problemas e dos cidadãos fragilizados. O que é pouca coisa para o titular da Defesa Civil se muitas vezes, o que o cidadão perde ou está ameaçado de prejuízos, é tudo o que ele possui na vida, inclusive a própria vida?

É a mesma coisa que fechar o pronto socorro ou a emergência de um hospital, porque poucas pessoas procuram num determinado dia. Como o próprio nome de ambos dizem, ele tem que estar pronto para o atendimento no volume e na qualidade das demandas. Quem mesmo orienta essa gente no governo Kleber que depois de avançar na área da Defesa Civil, que voltar ao tempo das trevas de Pedro Celso Zuchi, PT, quando tínhamos a Indefesa Civil, a qual sempre critiquei por ser assim? Ai, ai, ai.

Ao menos o atual titular da Defesa Civil de Gaspar voltou a usar o sistema de previsão da Epagri Ciram, que é o oficial para Santa Catarina. Ele possui maior assertividade devido à rede de fontes (radares) meteorológicos de que dispõem para isso. A outra, que Evandro precisa atentar quando trasmite no seu grupo os alertas: ele está em Gaspar e não em Blumenau. Cada cidade tem o seu alerta próprio. Além disso, socorro se faz com transparência, comunicação e envolvimento na rede de apoio. Não adianta apenas disponibilizar informações para grupos de amigos e privilegiados no poder de plantão. Acorda, Gaspar!

E para encerrar. Ah, Herculano, contra a imprevisível fúria da natureza não há nada como contê-la. Pode ser. É uma tese duvidosa, quando se olha a previsão, a prevenção e a mitigação. E exatamente contra o que parece ser mais forte e imprevisível, que há a Defesa Civil. Ela não é um mais um emprego público, de status, politicagem, autorizações duvidosas para ocupação de área de riscos, mas sim, uma delicada ação técnica a favor da vida e do patrimônio – mesmo que escasso - dos cidadãos pagadores de pesados impostos.

Com a palavra os vereadores que comemoraram esse retrocesso, usando o boné da Defesa Civil, como escárnio nas sessões da Câmara. Olharam apenas os votos fáceis e não a real proteção do cidadão contra a fúria incontrolável da natureza. Acorda, Gaspar!

 

Samae inundado

Quando se pensa apenas no presente, não se toma as lições do passado e se despreza o futuro que vem a galope

Na coluna da edição impressa desta sexta-feira do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação e credibilidade em Gaspar e Ilhota, porque coisas assim, você não lerá em outros, escrevi isto.

Samae inundado III. Quando inauguraram o novo reservatório no alto do morro da Matriz, os discursos eram de que ele garantiria, no mínimo oito, e até 12 horas de abastecimento da cidade. Bastou uma pane elétrica, de madrugada da semana passada [agora, retrasada], hora de menor consumo, para provar que a duração dele, é de apenas duas horas. Gente ruim de cálculo e boa de propaganda enganosa. Acorda, Gaspar!

Escrevi a nota acima na quarta-feira quando disponibilizei a coluna para a edição. Atendia à minha logística e principalmente às exigências industriais do jornal. Era fato passado. Era apenas, um registro.

O que aconteceu sexta-feira à noite, da semana passada?

O reservatório do Samae de Gaspar estava vazio. O que se tratava de água ia direto para a rede, comprometendo o abastecimento de áreas mais altas ou as que necessitam de mais pressão.

O que significa isso? Falta de visão. Eleição equivocada de prioridades quando se decidiu e se fez o errado: ampliar reservatório central (construir um novo, que realmente precisa).

Entretanto, o que se deveria ter sido feito antes do novo reservatório ou em paralelo, olhando para o crescimento da cidade e do consumo? O aumento da capacidade de captação e tratamento de água. Simples para todos os técnicos – daqui e de Blumenau que conhecem o drama daqui - que consultei já na época em que se decidiu pelo novo reservatório

Parece óbvio? Mas, não aqui em Gaspar!

Ou seja, este é o resultado de uma administração política, sem nenhum sentido tático e descomprometida estrategicamente com o futuro do próprio Samae. Todos enxergam, menos os que foram eleitos para dar sentido prático a tudo isso.

E sobre a alta rotatividade em determinadas funções comissionadas ou gratificadas no Samae? Nem é preciso qualquer comentário sobre este assunto. Está explícita a qualquer um com senso de gestão em RH. É pura incapacidade de administração e de relacionamento, num ambiente com exigências técnicas, mas que é, até, malusado para as composições políticas que deveriam fortalecer o poder de plantão. Ao contrário: está deixando exposto e enfraquecendo-o.

É tipo do tiro saindo pela culatra contra o próprio governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB.O presidente do Samae, o mais longevo dos vereadores de Gaspar e que se diz um executivo de alta competência, José Hilário Melato, PP, parece que trabalha contra os próprios patrões: o povo consumidor de água e quem lhe indicou para a função, a aliança política MDB/PP. Por conveniências, o poder de plantão finge não enxergar o que se faz contra a autarquia e a cidade. Acorda, Gaspar!

Quando você depende do poder político e administrativo de plantão, perde até a liberdade e autonomia para defender a sua comunidade

Manchete da edição de sexta-feira jornal Cruzeiro do Vale nos deu conta sobre o fechamento da escola multiseriada do Macucos. Um fato triste. E não vou entrar sobre o mérito da decisão da prefeitura de Gaspar. Vou pontuar sobre três reflexões e ligadas a quem deveria ou estaria obrigado a defender a comunidade que representa.

A primeira delas. O jornal ouviu o presidente da Associação de Moradores do bairro Macucos, José Carlos Spengler que disse ser este é um assunto muito complicado. "Tínhamos poucos alunos e existem outras prioridades. Mas é complicado nos posicionarmos sobre isso. A prefeitura me chamou para conversar sobre a situação e explicou tudo. Essa situação me deixa profundamente triste".

Por que é complicado ao engenheiro químico José Carlos Spengler se posicionar sobre o assunto? Ele é governo, e protegido do mais longevo dos vereadores de Gaspar, José Hilário Melato, PP. Está lotado como assessor no gabinete do suplente José Ademir de Moura, PSC, depois de perder o “comando prolongado” do projeto Câmara Mirim. Antes, e no emprego, pago com os pesados impostos dos gasparenses, sem direito a férias, sem avisar, foi passear no exterior e quando o caso veio à tona, tudo foi abafado e por pouco, quem divulgou o fato não passou por mentiroso e caluniador.

A segunda reflexão é: o José Carlos – como líder comunitário - sabe que o prédio da escola foi reformado pela maior empresa do bairro, a Ceramifix, a quem ele vive pedindo favores. Ingrato José Carlos e os políticos que permitiram este investimento social e comunitário da empresa, sabendo que a escola estava com os dias contados; a decisão de fechá-la e transportar as crianças para longe da comunidade, não nasceu do dia para noite. Não se pode falar em custos.

A antiga Ceval, hoje Bunge, comprou, reformou e fez do prédio a Casa Lar, para abrigar menores. Kleber também tentou e os do poder de plantão queriam desativá-la. Gente irresponsável. Esses políticos perderam o respeito, não com os investidores, mas com a comunidade e os comunitários.

A terceira reflexão veio na área de comentários da coluna na internet e está assinada pelo ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido.

“Só para lembrar em 2009 o mesmo José Carlos Spengler foi decisivo e sua posição ajudou a barrar o grande empreendimento na Rua Teobaldo Sansão, no Bairro Macucos, do empresário Sérgio Waldrich [ex-empregador de José Carlos], no qual Gaspar teria o primeiro Condomínio Industrial do Médio Vale do Itajaí. Até hoje tudo está suspenso, já se passaram dez anos. Quem perdeu? Na época mais de 40 empresas tinham interesse em se instalar em Gaspar. Nestes dez anos quanto de arrecadação se deixou de ter, quantos empregos deixaram de ser criados e pior quantas oportunidades a nossa Gaspar perdeu?”, perguntou Adilson.

Ou seja, volta e meia, a história de Gaspar se repete, com os mesmos personagens do atraso e agarrado às tetas públicas, sem autonomia para defender a comunidade. José Carlos está certo quando diz que é muito complicado falar sobre tudo isso. Acorda, Gaspar!


TRAPICHE

Amanhã é dia da primeira sessão da Câmara de Vereadores de Gaspar. Até o fechamento da coluna hão havia disponibilidade da pauta, depois de quase um mês para prepara-la.

Ilhota em chamas. A prefeitura vai gastar R$42.480,00, para comprar água e abastecer os reservatórios da Pedra de Amolar e Central. Quem fará isso? Venturi Transportes.

A minha sugestão de nome do mirante é de Rodrigo Fontes Schramm, falecido no ano passado. Desde antes da posse do primeiro mandato de Pedro Celso Zuchi, PT, em 2000, ouvia dele planos e projeto sobre este mirante. Obstinado na ideia, nunca a viu de verdade.

Futebol de salão. Novamente, meto-me numa área que não é minha. É do Jerry de Oliveira, o titular do “Campo Neutro”. Registro nas três fotos abaixo que a gasparense do Distrito do Belchior, Mariele Theiss (filha do Odair e da Caroline, a Nega), goleira da seleção brasileira de Futsal, promoveu e participou de um jogo beneficente na quadra do ginásio da Escola Frei Policarpo.

O ingresso da exibição eram alimentos não perecíveis. Eles vão ser doados esta semana para a Casa Lar, aqui em Gaspar. Os vereadores do Distrito foram convidados para essa promoção comunitária feita entre jovens. Ninguém apareceu.

 

Comentários

Miguel José Teixeira
06/02/2019 09:26
Senhores,

+ da Cicciolina Catarinense:

Portal Universa/Paulo Sampaio, hoje

Atacada violentamente nas redes sociais por usar um macacão decotado vermelho no dia de sua posse na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, a deputada estadual Ana Paula da Silva (PDT-SC), 43 anos, diz que "a participação da mulher na sociedade é tão minúscula que um decote pode ficar enorme". Assumidamente vaidosa, ela diz gosta de usar calças justas e saias curtas: "Vou continuar vestindo o que eu quero. Não pretendo me violentar para agradar ninguém."
---

Falou duras verdades.

E quem fala duras verdades acaba cometendo o "sincericídio"

Portanto, precaução e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém!

No mais Senhora Deputada, SAÚDE!
Servidor Público
06/02/2019 09:24
Caro candidato Serlau,
Quem está em campanha é você e não eu. Você quem deveria mostrar o que já conseguiu, mas deixa bem claro o quanto gosta de um bate boca, uma baixaria. Particularmente não tenho nada contra você mas por anos a fio os servidores viram vc e o Luis fazendo feio, envergonhando a classe e de concreto trouxeram nada.
Faltou vc dizer que seu primeiro voo no SAMAE foi como cargo comissionado, no tempo do PT. Desejo sorte (pois vai precisar), por fim obrigado, afinal síndico ninguém quer ser e sindical precisa de atitude pra ser sindic+ato.
José lana
05/02/2019 20:14
Samae inundado
É uma vergonha ver a situação do samae como se encontra hoje, o diretor presidente não aparece pra conversar com os funcionários, e ainda obriga os cargos comissionados dizerem que a decisão não é dela e sim da administração, colocando toda culpa no prefeito, esse perfeitinho que não tem poder, não faz nada, diretor presidente do samae sempre afirma que os cargos comissionados estão pra pensar, por isso falta material para trabalhar, a Sra Janete braço direito do presidente expulsa servidor da sala, o Sr Gilberto Goedert braço esquerdo do Sr Melato está sucateando a frota, o mesmo já fez isso na administração passada, quem tiver interesse vá até o samae e verifica a situação falta de material para os encanadores trabalharem, carros e caminhões sucateados, e mais uma na sexta feira começou a trabalhar mais um cargo comissionado o sétimo guardião que não sabe nada, nem o nome dos serviços e vem mais cargos ai
Anísio Dickmann
05/02/2019 19:23
Herculano

Gostaria de usar este espaço, para parabenizar o prefeito Kleber e sua equipe pelos seguintes motivos de um ótimo administrador:
1) - Por ter anunciado há meses que teria resolvido a situação da Madre Paulina, isto depois de dois anos, passado alguns meses e nada, isto pq só faltava a calçada;
2) - Por não ter resolvido o tão prometido binário; faltam calçadas, ciclovias;
3) - Calçadas da Rafael Schmitt Sobrinho, falta ciclovias, um perigo;
4) - Não de conta do projeto da Ria Itajaí em 2 anos;
5) - Casinhas de prasticos, abandono geral sem planejamento.
6) - Bonifácio Haendchen e
7) - Saneamento Básico, nada avanço,
8) - Troca d3 cadeiras é uma constante,
9) - Deu um chute no Vice Prefeito e
10) - E dividiu o município em mais de 150 milhões, valor este que beira ao orçamento de Rondônia. Este o prefeito do Avança ao caos financeiro.
Serlau Antunes
05/02/2019 13:11
Ao que se denomina SERVIDOR PUBLICO !
"latir feito vira lata e estragar tudo"
A pessoa é tão corajosa que se esconde atrás de um pseudônimo, quem é o vira lata? Eu que sempre dei e estou dando a cara a tapa ou você que se esconde?
Se apresente e mostre oque tem feito nos últimos anos pelos servidores!
Ou é só mais alguém que não faz nada em favor aos servidores, e fica só criticando quem esta tentando?
Tenha coragem que nem esse vira lata , e se apresente!!
Mostre suas idéias, coloque seu nome a disposição !

Traga suas sugestões já que você não é VIRA LATA !





Herculano
05/02/2019 11:44
CRAQUES MARRENTOS ANIVERSARIAM NO MESMO DIA. PARA QUE ACREDITA EM HORóSCOPO...

Neymar Junior, Cristiano Ronaldo e Tevez neste cinco de fevereiro estão trocando idade, sendo admirados, mesmo marrentos (e só o são, porque são craques)
Miguel José Teixeira
05/02/2019 10:41
Senhores,

". . .Sim, todos os dias, repórteres, subeditores e editores precisam conviver com seu trabalho sendo "corrigido" por inúmeras pessoas. E tudo bem: ser vidraça é próprio da profissão. . ."

"O saber nos mantêm livres"

LEONARDO MEIRELES, hoje no Correio Braziliense

O intervalo do Super Bowl ?" a final do futebol americano ?" custa caro e costuma apresentar propagandas e comerciais esperados pela produção e pelas mensagens. E entre lançamentos no cinema e promoções de carros e redes de restaurantes, lá estava um anúncio do The Washington Post. Na verdade, um dos mais tradicionais jornais norte-americanos ?" e, por que não, do mundo ?" não fazia publicidade dele mesmo. O "produto" era algo bem maior e mais importante: a liberdade de imprensa. Em uma época em que cada um possui a sua própria verdade e grita suas razões para quem quiser ouvir (e ler), o discurso era voltado para responsabilidades pessoais e coletivas, para ouvir e compreender o próximo. Era sobre empatia e futuro.

Aqui transcrevo o texto, mas indico que se procure na internet o vídeo inteiro ?" as imagens são bem fortes e se casam de forma perfeita com as palavras. "Quando vamos para a guerra. / Quando exercemos nossos direitos. / Quando nos elevamos a nossas maiores alturas. / Quando lamentamos e rezamos. / Quando nossos vizinhos estão em risco. / Quando nossa nação está ameaçada. / Há alguém para recolher os fatos. / Para te trazer a história. / Não importa o custo. / Porque saber nos fortalece. / Saber nos ajuda a decidir. / Saber nos mantém livres."

Em 1963, o então editor do mesmo The Washington Post, Philip Graham, definiu que o jornalismo seria um "primeiro rascunho" da história. Em vários níveis, o discurso é muito certeiro. O jornalista não tem qualquer prioridade quando o assunto é a verdade. Servir de filtro para o que é dito por alguém ?" que conta com suas próprias convicções e interesses ?" para um público específico ou geral ?" também com ideologias e pensamentos diferentes ?" se torna um exercício diário de paciência e autocrítica. Sim, todos os dias, repórteres, subeditores e editores precisam conviver com seu trabalho sendo "corrigido" por inúmeras pessoas. E tudo bem: ser vidraça é próprio da profissão.

Mais: ser o "primeiro rascunho" significa colher as primeiras impressões, a experiência dos menos favorecidos e as decisões dos poderosos. Não quer dizer escrever a história, mas ensaiar o que virá nos livros de história. E, em alguns casos, até dar mais espaço para os perdedores do que haverá nesses livros (lembrando da frase de George Orwell, de que a história é escrita pelos vencedores). O jornalismo e os jornalistas não pedem migalhas ou menos ataques de autoridades ou de defensores dessa ou daquela ideologia. O pedido, traduzido em vídeo pelo The Washington Post, é somente pela liberdade de continuar ajudando a sociedade a pensar e a ser livre. E a decidir pelo próprio futuro. Sempre com responsabilidade.
Miguel José Teixeira
05/02/2019 09:38
Senhores,

"Cicciolina Catarinense"

Recebi de um conhecido, crítica por meu comentário sobre o decote da nova deputada.E desafiou-me:
você sabe ao menos quais os projetos da deputada?

Prontamente respondi-lhe: sei-os. . .
Herculano
05/02/2019 09:18
AS 3 MIL PÁGINAS DE PROPINA CHAVISTA

Conteúdo de O Antagonista. A propina da ditadura chavista está sendo esquadrinhada pelos procuradores do Rio Grande do Sul.

Segundo o Estadão, eles receberam do Ministério Público de Genebra 3 mil páginas de dados bancários sobre um esquema de propinas envolvendo a PDVSA e operadores venezuelanos.

"Na origem do esquema está a PDVSA Agrícola, braço da gigante do setor de petróleo, que expandiu sua atuação para outros setores da economia durante a presidência de Hugo Chávez. O esquema envolvia a exportação de insumos e máquinas agrícolas superfaturados para a Venezuela. A diferença de valores foi parar no bolso de diretores de estatais venezuelanas e alimentou pelos menos quatro empresas offshore."

A Lava Jato também investigou a propina lulista que financiou Hugo Chávez e Nicolás Maduro, envolvendo João Santana e a onipresente Odebrecht.
Herculano
05/02/2019 09:15
SER NOVO NÃO É SER BOM, por Joel Pinheiro da Fonseca, no jornal Folha de S. Paulo

O ideal de anjos de pureza moral e ideológica é falso e contraproducente

Onyx Lorenzoni conseguiu uma grande vitória e se fortaleceu na cadeira ao emplacar Davi Alcolumbre na presidência do Senado. Renan Calheiros, ao mesmo tempo, se revelou muito mais frágil do que parecia, e as grosserias publicadas por ele contra a jornalista Dora Kramer só reforçam a alegria que é vê-lo longe dessa posição tão importante.

Renan perdeu, portanto o novo venceu? Não tão rápido. Alcolumbre, amigo pessoal de Onyx (e empregador de sua esposa no gabinete), votou contra cassar Aécio e tem investigações contra si correndo no STF.

Com Onyx tendo já admitido caixa dois no passado, Ricardo Salles (ministro do Meio Ambiente) condenado por improbidade administrativa, Marcelo Álvaro Antônio (ministro do Turismo) com sérias suspeitas de ter montado um esquema de candidatas laranjas e, por fim, Flávio e o próprio Jair Bolsonaro enrolados com um ex-assessor que tem vínculos preocupantes com milícia carioca, fica difícil ver no governo alguma grande revolução ética.

Seus defensores podem até argumentar que o que foi descoberto até agora é muito menor que a corrupção do PT, mas o fato é que o novo governo não corresponde ao ideal de incorruptibilidade e luta implacável contra todo e qualquer desvio.

Isso não é necessariamente ruim. Renovar não é fim em si mesmo. Queremos um governo que entregue mudanças importantes para o Brasil. O ideal de anjos de pureza moral e ideológica ?"em combate contra uma força do mal claramente identificada?" é, além de falso, contraproducente e perigoso.

Os seres humanos são sempre imperfeitos e muitas vezes corruptos, e é com isso que temos que trabalhar. Por vezes, alguém de práticas questionáveis ?"mas capaz de negociar?" entrega mais resultados do que o impoluto inflexível e, por isso, inútil.

Dito isso, o governo Bolsonaro será capaz de entregar o que promete? No curto prazo, sou otimista. Com Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre claramente a favor da reforma da Previdência e a equipe econômica do governo trazendo uma proposta ousada para mesa de negociação, a reforma deve passar, aliviando a corda no pescoço das contas públicas.

Com isso, o Brasil seguirá crescendo e mais investimentos serão feitos, de capital doméstico e internacional.

Neste momento, Renan Calheiros está muito enfraquecido, e a esquerda inexiste como força política relevante. Há um entendimento geral, na política e na população, que algum tipo de reforma terá que ser feito.

É uma pílula amarga, mas necessária. E que, a bem da verdade, acaba com muitos privilégios que, hoje em dia, tornam nossa distribuição de renda ainda mais injusta.

O pacote legislativo de Sergio Moro, ele próprio polêmico por conter trechos possivelmente inconstitucionais e por aumentar os casos em que policiais podem matar impunemente, deveria, sob essa lógica, ficar para um segundo momento.

Gastar capital político nele, em um Congresso que já é muito fragmentado e no qual as maiorias do governo podem facilmente se esfacelar, com novas denúncias surgindo toda semana, é jogar fora o grande bem que o governo pode fazer.

O governo Bolsonaro ?"analisado como um todo?" não prima pela coesão interna, pela pureza ética de seus membros e nem pela competência. No campo dos valores, traz posicionamentos abomináveis. Mesmo assim, é o que tem para hoje.

Se não errar de maneira espetacular (o que é sempre uma possibilidade) pode ser o protagonista de mudanças importantes. Política é assim: aquilo que abominamos pode trazer o bem.
Herculano
05/02/2019 09:10
PIOR DE TODOS. SERÁ?

Do livreiro Carlos Andreazza, no twitter resumindo o seu artigo publicado hoje, em O Globo

Tomou posse aquele que será o pior Congresso da história. Uma mistura entre velhacos ameaçados e moleques oportunistas. Legislatura destinada à frustração dos crentes, aquela decorrente de se compreender mudança e renovação como valores virtuosos per se.
Funcionário Público
05/02/2019 08:50
Agora se sabe bem porque desde o tempo do PT o servidor só ganha migalhas. O Serlau tava lá pra atrapalhar, perder a razão, latir feito vira lata e estragar tudo. O sindicato serve pra nada e a telefonista deve ter seus interesses pra não tentar a reeleição. O Jovino tenha dó né já me deu sono. A prefeitura só dá o que quer e ponto, valia mais pagar um assessor jurídico pela associação da Prefeitura e fazer o plano de saúde por lá. Quem ganhar vai ter um suador danado.
Herculano
05/02/2019 07:44
GUEDES NEGOCIA REFORMA COM TOFFOLI

Conteúdo de O Antagonista. Paulo Guedes jantou ontem à noite com Dias Toffoli.

Guilherme Afif, que também participou do encontro, contou para Andréia Sadi o que foi discutido:

"Três assuntos básicos: o pacto federativo e as consequências que isso traz para o STF; a Previdência, mais do que prioritária; e um assunto que é caro para o ministro Toffoli, que é a identidade civil nacional, a biometria, que virou prioridade da agenda de desburocratização da área econômica também."

Paulo Guedes tenta evitar que o STF sabote seus projetos.
Herculano
05/02/2019 07:40
PACOTE DE MORO CONTRA CRIME ESBARRA EM DECISõES DO STF, por Eloísa Machado de Almeida é professora e coordenadora do Supremo em Pauta da FGV Direito SP, para o jornal Folha de S. Paulo

Se no âmbito político os obstáculos já são grandes, em relação ao Judiciário podem ser intransponíveis

A proposta de alteração legislativa apresentada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, prevê uma série de mudanças no Código Penal, no Código de Processo Penal e em mais de uma dezena de outras leis penais.

Cogita-se que, em breve, tal proposta será enviada ao Congresso Nacional, onde deverá ser debatida na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, podendo sofrer significativas alterações.

Além do óbvio desafio de mobilizar uma base governamental, a aprovação da proposta de Moro pode encontrar uma dificuldade a mais no Congresso Nacional, já que parte das medidas já foi objeto de debate pelo Legislativo.

Ou são contrárias a legislações aprovadas recentemente pelos parlamentares, como as regras sobre colaboração premiada e sobre organizações criminosas, ou procuram requentar propostas que foram desprezadas, como a criminalização do caixa dois e alteração das regras de prescrição, que constavam das medidas contra corrupção encabeçadas pelo Ministério Público.

Se no âmbito político os obstáculos já são grandes, no âmbito do Judiciário podem ser intransponíveis: apesar de se apresentarem como novidade, grande parte das medidas propostas pelo ministro Moro se relaciona com temas já debatidos e considerados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal.

Por exemplo, a vedação da progressão de regime prisional foi julgada contrária à garantia constitucional de individualização da pena, no célebre caso sobre a lei de crimes hediondos.

Da mesma forma, a impossibilidade de concessão de liberdade provisória (ou de medidas cautelares) foi considerada inconstitucional por violar a presunção de inocência e o devido processo legal, quando o STF julgou as penas impostas pelo Estatuto do Desarmamento.

O flagrante preparado, chamado de "introdução de agente encoberto" na proposta, foi julgado inconstitucional tantas vezes que gerou até edição de súmula pelo STF.

Além dessas, outras ações que dialogam com as propostas de Moro foram recentemente julgadas no Supremo.

O tribunal afastou o controle judicial prévio da negociação das colaborações premiadas; impediu que tribunais e juízes de primeira instância desmembrassem processos de réus com prerrogativa de foro por função; negou a execução provisória de pena restritiva de direitos e delimitou temporalmente a interceptação telefônica ao estrito período de autorização judicial. Todos indicam, a priori, posições contrárias às defendidas por Moro.

Um outro tema deve em breve entrar para a longa lista de medidas propostas por Moro e deliberadas pelo Supremo: trata-se da prisão após condenação em segunda instância, cujo julgamento está marcado para abril.

Algumas medidas, caso aprovadas, possuem grandes chances de provocarem reação do Judiciário, como a gravação de conversas entre advogados e seus clientes e a coleta de DNA de acusados.

Outras podem levar o país a também ser condenado internacionalmente: o afrouxamento do controle sobre a atividade policial e a flexibilização da legítima defesa podem ser considerados inventivos à prática de execuções sumárias, ou seja, "pró crime".

Como um todo, ao estimular o encarceramento provisório, restringir os direitos de defesa e diminuir o controle sobre a atividade investigatória e policial, a proposta de Moro encontra resistências em diversos e numerosos casos julgados pelo Supremo Tribunal Federal a que teoricamente estaria vinculado, além de encontrar limites na própria Constituição que adotou um sistema exigente e robusto de garantias processuais.
Herculano
05/02/2019 07:35
ALCOLUMBRE TERÁ 'ATITUDE' CONTRA FRAUDE DE SÁBADO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), confirmou a esta coluna e a senadores que vai tomar uma atitude em relação à fraude verificada na primeira votação para a Presidência do Senado, sábado (2), quando apareceram dois votos a mais. Esses dois votos foram rasgados rapidamente pelo presidente da sessão, José Maranhão (MDB-PB). O caso chocou a população e os meios políticos.

OBJETIVO ERA 'MELAR'
A investigação deve identificar o autor da inclusão ilegal de votos na urna, com objetivo de "melar" a eleição, talvez para "ganhar tempo".

É COMPROMISSO
Alcolumbre é do tipo que prefere a concórdia a retaliações, mas ele assumiu ainda no sábado, na TV, o compromisso de apurar a fraude.

DA URNA AO BOLSO
Imagens de TV mostraram que os votos enxertados na urna, conferidos ao candidato do MDB, acabaram no bolso do presidente da sessão.

DECISÃO COLEGIADA
O presidente do Senado começou sua gestão de maneira significativa, convocando reunião com líderes de bancada para definir prioridades.

ISRAEL USOU O DOBRO DOS HOMENS DA FORÇA NACIONAL
A Força Nacional de Segurança deu as caras na região de Brumadinho apenas dez dias após a catástrofe. E chegou com irrisórios 64 homens onde atuam 1200 profissionais, 950 só da Polícia Militar de Minas. O exército de Israel chegou ao Brasil três dias depois do rompimento da barragem da Vale, e trouxe, além de equipamentos, 130 homens, o dobro do contingente que a tal Força Nacional foi capaz de mobilizar.

EMBROMAÇÃO
A Força Nacional serve apenas para o governo federal fazer um gesto político no Estado que a solicita, mobilizando PMs de outros Estados.

PÉ DE MEIA
Policiais militares de outros estados recebem uma diária de R$300, além do salário, para atuar pela Força Nacional em outro Estado.

FARSA NACIONAL
Policiais federais costumam se referir à Força Nacional como "farsa nacional", exatamente por não fazer qualquer diferença onde atua.

CULPA É DA VALE
Levantamento do Paraná Pesquisa mostra que para a maioria esmagadora dos brasileiros (63,4%), a Vale é a maior responsável pela tragédia de Brumadinho. Só 10,4% culpam o governo federal.

ELOGIO AO PACOTE
O criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro disse que o pacote do ministro Sérgio Moro (Justiça) vai aumentar muito a população carcerária. A intenção era criticar, mas para o povo soa como elogio.

SABUJICE EXPLÍCITA
A sabujice do secretário-geral da mesa do Senado, logo após a vitória de Davi Alcolumbre, provocou reações de asco nas redes sociais. Como se ninguém soubesse quem é o seu senhor. Mas o presidente do Senado ainda vai decidir se reitera a demissão do burocrata.

GABINETE REFORMADO
Além do retrato do médium tarado João de Deus na parede, Ibaneis Rocha (MDB) encontrou no escuro gabinete do governador, no Palácio Buriti, cortinas fechadas há anos, móveis detonados etc. Parecia mais um bunker. Gastou R$200 mil para reformar tudo. Do próprio bolso.

OPORTUNISMO RASTAQUERA
Deputados continuam se aproveitando do cadáver da vereadora covardemente assassinada no Rio. Onde há um gabinete de deputado do PSOL na Câmara, instalaram placa "Rua Marielle Franco". De novo.

DECORO TRITURADO
Senadores, inclusive do MDB, esperam do presidente Davi Alcolumbre que não deixe barato a arruaça de Kátia Abreu (MDB-TO), surrupiando-lhe documentos. Querem a senadora julgada por quebra de decoro.

TRANSMISSÃO
O porta-voz do presidente Jair Bolsonaro, general Otávio do Rêgo Barros, vai transmitir às 16h do dia 14, em Brasília, a chefia do Centro de Comunicação Social do Exército - onde, aliás, mandou muito bem.

CONFIANÇA RECORDE
O Índice de Confiança do Empresário Industrial do Distrito Federal (ICEI-DF) bateu recorde para o mês de janeiro, desde 2010, início da série histórica do levantamento. O ICEI bateu a marca de 64,7 pontos.

PERGUNTA NO IML
Doze dias e 350 mortos depois, quando é que a polícia e o MP vão finalmente buscar os diretores da Vale ao menos para depor?
Herculano
05/02/2019 07:30
JOVENS RENANS, por Rainer Bragon, no jornal Folha de S. Paulo

Se o que vimos no Senado é 'o novo', estamos mesmo mal das pernas

Quarenta anos de carreira política, quatro mandatos de presidente do Senado, escândalos pra dar, vender e financiar, se há alguém com a cara da "velha política", esse é José Renan Vasconcelos Calheiros.

Pergunto-me, porém: o que representa esse grupo difuso e histriônico que barrou o quinto mandato do alagoano e instalou no lugar o obscuro Davi Alcolumbre (DEM-AP)?

Se isso é o que chamam de a nova política e se eles irão se portar como nessas inesquecíveis sessões de eleição do novo presidente do Senado, estamos mesmo mal das pernas.

A "nova política" começou a sexta (1) tentando aplicar um golpe digno de Renans, Jaders e Sarneys: pregou Davi na cadeira de presidente e sacou da cartola a defesa do voto aberto. A eleição para a chefia das casas legislativas é secreta, sempre foi, e por razões sólidas: entre elas, a de reduzir o poder dos governos de cabrestear o voto dos parlamentares.

Há, mesmo assim, argumentos razoáveis em prol do voto aberto. Mas, para isso, é preciso aprovar um projeto nesse sentido, tudo dentro de normas chatas, chatíssimas, mas essenciais no chamado Estado democrático de Direito. Passar por cima desse rito em nome do combate ao Renan, ao Godzilla, a quem quer que seja, é colocar um tijolinho a mais no castelo da republiqueta de banana que muitos querem construir.

Barrada a tosca manobra, o que pregaram alguns dos 81 senadores da nova política que de boca escancarada e braço erguido juraram horas antes respeitar a Constituição? Que fosse ignorada a decisão do órgão máximo da Justiça brasileira, segundo a Constituição que eles juraram defender. Tudo em nome de instituições mais ilustres, como o citado "tribunal dos aeroportos".

Ao fim, promoveram uma "Blitzkrieg" pelo voto aberto, mostrando cédulas e constrangendo outros a mostrar. Renan foi derrotado, comemore-se! Bimbalhem as panelas!

Mesmo que boa parte da turma vencedora seja formada -com cabelos a mais e anos a menos?" pelos mesmos Renans de sempre.
Herculano
05/02/2019 07:06
COMEÇOU O JOGO DOS SETE ERROS

Neste posicionamento abaixo do Serlau Antunes, está em jogo, uma força brutal do Executivo para interferir no Sintraspug, e que quase sempre passa despercebida pela maioria da população e dos próprios servidores

1. Falta passar a fase da impugnação. Só ai que começa o jogo para valer.

2. Estranho é a não tentativa de reeleição da atual diretoria, tida como combativa

3. A volta de Jovino Masson, é emblemática

4. O próprio Serlau foi levado ao encontro do pessoal da prefeitura e MDB (Dulcineia) para compor um chapão e possivelmente numa candidatura única.

5. Percebeu a cilada e caiu fora, até porque não lhe faz bem como um combativo servidor

6. Se o atual comando do Sintraspug não tem candidato (ao menos não declara), se Jovino é a composição do poder de plantão, Serlau deveria ser oposição a tudo isso.

7. Serlau, na campanha pelo Sindicato, vai rejeitar apoios partidários? Ele não conduz o processo, será conduzido, até por falta de opções de quem quer ver o circo pegar fogo. Há um vale tudo para vencer e que ele não deve ignorar.
Serlau Antunes
04/02/2019 21:34
Olá, Sr.Herculano!
"Serlau é identificado com o PT"
Antes de o Sr. publicar esse comentário na sua matéria poderia ter me ligado ou mandado uma mensagem me questionando sobre o assunto, para ver se realmente isso procede, pois NÃO É VERDADE! Quem repassou a informação ao senhor só tem objetivo de vincular minha imagem ou me ligar a qualquer partido para me desqualificar perante aos servidores, mas quem me conhece sabe que nos sete anos que sou servidor público do SAMAE de Gaspar, (CONCURSADO) sempre participei de todas as assembleias, participei das mesas de negociações desde a época do PT sempre lutei pelos servidores, mesmo não fazendo parte da diretoria atual, sempre estive ao lado da presidente.
Meu OBJETIVO É, E SEMPRE SERÁ DEFENDER OS INTERESSES DE TODOS SERVIDORES PUBLICOS DE GASPAR. Isso sim, incomoda muita gente!! Esta é a VERDADE!!
Independentemente do partido que esteja no poder,
Vou LUTAR SEMPRE PELOS NOSSOS DIREITOS!!
Minha bandeira não tem cor e nem sigla!!
Nossa chapa não é do GOVERNO (CHAPA BRANCA) e nem de nenhum PARTIDO POLÍTICO (PARTIDÁRIO).
MEU PARTIDO SÃO OS SERVIDORES!!!!

Att

Serlau Antunes.
Herculano
04/02/2019 18:49
EXPERIENTES EM DESLIZAMENTOS, CÃES FAREJADORES DE SC JÁ ACHARAM TRÊS CORPOS EM BRUMADINHO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Estelita Hass Carazzai. Cedidos para o resgate de vítimas na tragédia da Vale, cães farejadores treinados pelo Corpo de Bombeiros de Santa Catarina já encontraram três corpos em quatro dias de trabalho em Brumadinho (MG).

Os cães, da raça labrador, são treinados desde a terceira semana de vida, e têm experiência em buscas na lama: Santa Catarina é um dos estados brasileiros com maior número de deslizamentos, que já vitimaram centenas de pessoas no passado.

O estado foi acionado a pedido do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, e é considerado referência internacional em cinotecnia (busca com cães).

Os quatro animais -Hunter, Bravo, Iron e Chewbacca- estão em Minas Gerais desde a última quinta-feira (31). Eles estão acompanhados de um tutor, bombeiro que é responsável pelo seu treinamento desde o início. Os cães moram nas casas desses bombeiros, que atuam em batalhões por todo o estado.

O treinamento dura de um a dois anos, e é reconhecido por certificação da IRO (Internacional Rescue Dog Organization). Os labradores atuam em buscas ativas até os oito anos de idade.
Miguel José Teixeira
04/02/2019 17:25
Senhores,

Da série "pensando bem":

Pelo decote do seu vestido, a nova deputada já disse a que veio.

"Mata o véio, mata", não tem?
Luís César Pereira
04/02/2019 16:08
Prezado Herculano,

Parabéns ao trabalho gratuito para os "pagadores de pesados impostos" que sustenta direta ou indiretamente, como Marcos Hansen e muitos outros que antes lhe aplaudiam e agora o odeiam.
O Marco Jacosen, nao tem moral nenhuma para criticá-lo, sempre viveu e vive de tetas, antes do pai, no Registro de Imóveis, depois na loja da esposa e agora o filho no Samae, diga-se de passagem, não tem competência para tamanha responsabilidade.
Marco, sempre foi mal educado, quem não lembra das cenas obscenas nos jogos do Tupi.
Cala Marco! Ah ele não lê sua coluna. kkkk
Miguel José Teixeira
04/02/2019 14:42
Senhores,

Só para inticar:

1) "Turma de Bolsonaro está ficando bem sujinha" diz a "membra" da quadrilha PeTralha, "suprema protegida".

2) Segundo o CH na coluna replicada abaixo, "o PT parece nanico". . .

Parece não, é nanico. No poder era nanomegalo ou megalocorruPTo.
5 elemento
04/02/2019 13:37
Sobre a rotatividade no Samae. Semana passada teve o início do 7 guardião (diretor operacional) Hoje, do 5 elemento (assessor jurídico). Só se espera que tenham vergonha na cara e busquem estudar e entender o que tão fazendo. Não apenas façam um "cópia e cola" como vinha sendo com seus demais antecessores neste desgoverno. Que façam jus ao salário que vão receber.
Alguém me disse
04/02/2019 11:58
Sou leitor antigo de sua coluna,e te digo vc aprende muito mais com as críticas,de com os elogios,pois críticas muitas vezes fazem vc ver seu erro,ou que nem os critérios percebem,já elogios vem de politiqueiros de plantão,ou de puxa sacos, e vc sabe o que significa puxa saco= incompetente,e a vida ensina a quem quer aprender...
Herculano
04/02/2019 11:56
COMISSõES MAIS IMPORTANTES SERÃO DO GOVERNO, por Cláudio Humberto. na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Mais que maioria no plenário, o blocão do governo Bolsonaro garantiu as nove primeiras escolhas para as presidências das comissões permanentes na Câmara dos Deputados, as mais importantes. O comando da Comissão Constituição e Justiça faz "andar" ou "travar" projetos como a reforma da Previdência. Governistas terão também comissões que cuidam de orçamento, economia, infraestrutura etc.

DESPETIZAÇÃO
Outras comissões, como Educação e Direitos Humanos, serão - como define o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) - "despetizadas".

SOBRANDO
Com 301 deputados de 11 partidos, o blocão terá direito, além das nove primeiras escolhas, a outras cinco comissões.

NOVA FORÇA
Liderado pelo PDT, o segundo bloco mais numeroso (105 deputados) terá direito a cinco comissões, mas a primeira escolha é só a décima.

PARTIDO MÍNIMO
O PT, que cantou de galo durante mais de uma década, agora terá cinco comissões, mas ficou atrás de PDT e PCdoB nas escolhas.

DISNEY WORLD PODERÁ SE INSTALAR EM BRASÍLIA
Poderá ser construída em Brasília a primeira unidade de Disney World, hoje existente em vários países. Em Tóquio e Paris (Eurodisney) os parques são casos de sucesso. O governo do DF tem negociado com outros investidores, além da Disney, inclusive com a entidade mundial dos parques temáticos, a Sindepat. O investimento, se confirmado, vai alterar o perfil econômico de Brasília, ainda ligado à condição de capital política. A expectativa é a geração de 100 mil empregos em dois anos.

ESTRUTURA
Além dos parques temáticos, está prevista também a construção de hotéis e restaurantes nas áreas do empreendimento.

CONTRAPARTIDAS
O governo se comprometerá com infraestrutura adequada, além de transporte público de qualidade ligando o aeroporto ao parque.

POLO DE CINEMA
O governo pretende disponibilizar para o investimento da Disney, em princípio, uma área de 800 hectares próxima do Polo de Cinema.

PARQUE MEMORIAL
O Brasil deveria plantar milhares de árvores em toda a área coberta pela lama assassina da Vale, tornando-a um parque memorial. E tocar a Vale com seus bilhões para fora. Para dentro, só se for da cadeia.

PROEZA E LEVIANDADE
O governo do Espírito Santo divulga que em 2018 gastou menos do que arrecadou. A proeza capixaba contrasta com o ex-governo do DF, que no mesmo ano de 2018 deixou um rombo superior a R$7,8 bilhões.

PT PARECE 'NANICO'
A eleição para presidente e demais cargos da Câmara evidenciou o declínio do poder petista PT no Legislativo. O partido conseguiu emplacar apenas uma suplência nos cargos da mesa diretora.

RECADO DADO
Do hospital, Bolsonaro parabenizou Rodrigo Maia pela vitória na Câmara passou o recado: espera a retribuição do apoio do PSL para que ele conduza os "projetos que o brasileiro tanto almeja".

QUEBROU O ESQUEMA
Reeleito presidente da Câmara, Rodrigo Maia, (DEM-RJ) convocou a sessão deliberativa para terça (5), mas deu a má notícia de que não haverá folga. "Lembro que há sessão do Congresso segunda, às 15h".

É PRA JÁ
Líder do governo, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), prevê rapidez na tramitação da reforma da Previdência após a reeleição de Rodrigo Maia (DEM) . "Esperamos que seja até o fim de fevereiro", disse.

RECORDE DE MULHERES
Apesar das reclamações da oposição, são mulheres 15% (ou 77, no total) dos deputados federais que tomaram posse do mandato. É o recorde desde a redemocratização.

PRIMEIRA MULHER
Grande surpresa da noite de sexta-feira (1º), a deputada Soraya Santos (PR) venceu a disputa como candidata avulsa à primeira-secretaria da Câmara. É a primeira a ocupar o cargo.

PERGUNTA NA LAMA
Até quando as autoridades policiais e o MP vão engolir as desculpas esfarrapadas da diretoria da Vale?
Herculano
04/02/2019 11:49
ELEIÇÃO NO SENADO CONFIRMA GOVERNO FORTE NA LARGADA, por Vinicius Mota, secretário de redação do jornal Folha de S. Paulo

Articulação política, no curto prazo, e investigações no Rio, no longo, são os principais pontos críticos

A possibilidade de vitória de Renan Calheiros para presidir o Senado estava em desacordo com tudo o que ocorre na política brasileira desde outubro. Ninguém deveria ficar surpreso com o resultado final, que acabou por atropelar a raposa emedebista.

A ascensão do jovem Davi Alcolumbre fecha um ciclo de definições institucionais coerentes com a voz das urnas. A agenda conservadora nos costumes e liberal na economia encontra no Executivo e no Legislativo um substrato favorável para vicejar, algo que nunca havia acontecido em 30 anos de regime constitucional democrático.

O governo confirma-se forte na largada. No curto prazo, a estrutura da articulação parlamentar, dividida entre um general de poucas palavras e um falastrão de pouco lastro, torna-se o principal ponto crítico. A negociação da reforma da Previdência na Câmara testará a fortaleza dessa configuração.

Paulo Guedes parece o jejuno em administração pública e artimanhas brasilienses que mais depressa avança na curva de aprendizado. Montou sob a sua alçada um mecanismo próprio de negociação com o Congresso, cujo pivô é o ex-deputado Rogério Marinho.

O ministro da Economia terá a faca e o queijo, pois também controla a execução orçamentária da União, a moeda mais efetiva para lidar com os congressistas. Enquanto isso, abranda o ritmo da abertura externa, para não perder votos na reforma, e estreita relações com o TCU, para catalisar o programa de venda de patrimônio federal.

No longo prazo, as investigações sobre o que os Bolsonaros faziam no Rio enquanto eram insignificantes na política nacional prometem ser o principal obstáculo à governabilidade. A relação com milícias tende a ficar paulatinamente estabelecida.

Será interessante notar como reagirão os militares e o ministro Sergio Moro caso essa evolução se efetive. Como tem sido regra desde 2013 no Brasil, não faltará emoção.
Herculano
04/02/2019 11:47
O PACOTE DE MORO. MINISTRO DA JUSTIÇA APRESENTA HOJE A GOVERNADORES PROPOSTAS CONTRA CORRUPÇÃO E CRIME ORGANIZADO COM "PLEA BARGAIN", por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, apresenta nesta segunda, em Brasília, numa reunião com governadores e secretários de Segurança Pública o seu pacote de propostas que têm a intenção, a declarada ao menos, de combater a corrupção e o crime organizado. Entre as medidas pretendidas, deve estar a criminalização do caixa dois de campanha, sem aquilo a que se convencionou chamar por aí, de maneira imprópria, de "anistia".

Estima-se também que Moro vai propor que o Brasil adote o sistema de "plea bargain" - literalmente: "barganha". A prática permite que os acusados admitam a culpa, com uma redução da punição, o que leva à extinção do processo, contribuindo para desafogar a Justiça e o Ministério Público. Será que é uma boa ideia? O ministro pretende alterar 14 leis em vigência no país, e seu alvo principal seria o combate à corrupção e aos chamados partidos do crime - como PCC, Comando Vermelho e milícias (que estariam explicitamente citados em sua proposta).

As medidas alterariam dispositivos do Código Penal, do Código de Processo Penal e do Código Eleitoral. E, tudo indica, também será preciso mudar a Constituição.

O texto já foi enviado à Casa Civil na sexta, cujo titular é o ministro Onyx Lorenzoni. Tem lá a sua graça. Este já admitiu ter recebido R$ 100 mil pelo caixa dois e se disse arrependido. Acontece que delatores falaram em outra parcela de igual valor - e essa ele não admitiu. Quando resolveu agasalhar a primeira, não sabia que era acusado também de ter recebido a segunda. O MPF abriu um procedimento investigativo prévio para apurar o caso.

O caixa dois vai render um bom debate. Não está na lista de crimes do Código Penal. A Lava Jato, sob os auspícios de Moro, transformou tudo em corrupção. E o ex-juiz é defensor dessa tese. A ser assim, Onyx seria, então, um corrupto arrependido, é isso? Sigamos. E há ainda os outros R$ 100 mil. A prática é punida com até cinco anos de cadeia pelo Artigo 350 do Código Eleitoral. Se passar a ser matéria penal, não poderá punir, por esse caminho, os que foram acusados de caixa dois antes da promulgação da lei. É o que define o Inciso XL do Artigo 5º da Constituição, que define:

"A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu". Trata-se de cláusula pétrea da Constituição. E isso não seria "anistia" porque não se pode anistiar o que não é considerado crime. Como agirá Moro?

Continuará a chamar de "corrupção" o caixa dois cometido antes de sua lei?

E a "plea bargain", a barganha? A The Economist publicou um artigo em novembro de 2017 intitulado "Barganhas economizam tempo e dinheiro, mas servem facilmente ao abuso". E com o seguinte subtítulo: "Enquanto uma ideia americana se espalha, pessoas inocentes estão em risco".

A revista cita um estudo, segundo o qual, em 1990, 19 países, num grupo de 90, adotavam tal prática. Em 2017, eram 66. Com efeito, economiza-se tempo e dinheiro. O acusado assume a culpa em troca da redução da punição ou extinção do processo. E se dá o caso por resolvido. Os críticos do modelo apontam:

1: o sistema, pensando na própria economia e celeridade, coage o acusado a fazer a barganha;

2: nos EUA, estima-se que 90% dos casos acabam na barganha ?" e, por óbvio, isso enfraquece a investigação;

3: é o modelo por excelência da culpabilização de inocentes, uma vez que o acusado que não cometeu o crime acaba considerando vantajoso fazer o acordo a enfrentar a justiça. Os EUA têm uma verdadeira indústria cinematográfica cujo pilar são casos assim;

4: vamos ver o que vai propor Moro; nos EUA, um juiz não é obrigado a aceitar a "barganha", que lá também é feita com o Ministério Público - e por aqui também seria;

5: barganhas eliminam a chance de apelar a instâncias superiores; e se aparecesse depois a evidência de inocência de quem assumiu a culpa só para ter uma pena menor?

6: os que não gostam do modelo acham também que acusados de crimes graves acabam pegando penas leves demais. Afinal, se assim não for, não valeria a pena admitir a culpa.

Querem um exemplo recente no Brasil?

Como esquecer o caso de Leonardo Nascimento, preso no dia 16 de janeiro, no Rio, acusado de ter matado Matheus dos Santos Lessa, durante o assalto a um mercadinho? Leonardo chegou a ser reconhecido por outras vítimas do assalto. A Polícia Civil do Rio estava absolutamente convicta da autoria. Os familiares do rapaz preso não se conformaram e foram eles próprios, não a autoridade policial, em busca de imagens de câmeras de segurança que evidenciavam ser impossível Leonardo ser o culpado porque, na hora em que Matheus foi morto, ele estava comprovadamente em outro lugar. O rapaz deixou a cadeia uma semana depois. O que ele tinha em comum com o verdadeiro assassino, que foi preso? Ambos são negros e jovens.

O reconhecimento foi feito por brancos. Não! O racismo não está em quem fez o reconhecimento. Está entranhado no sistema. Afinal, num país secularmente desigual, com tantos "pobres de tão pretos e pretos de tão pobres", todos "os escuros" se parecem, certo?. Estivesse em vigência o modelo de "plea bargain" e não fosse a família de Leonardo tão diligente, teria restado ao rapaz um acordo: aceitar a redução da pena, admitindo ser o criminoso que não é, em troca da redução da pena. Resolveria o problema da Justiça, de juízes, da Secretaria de Segurança etc. E teria sua vida destruída.

"Ah, mas o modelo que a gente tem aí também permite esse tipo de coisa..." É verdade. Afinal, como vimos, a polícia atua mal, a investigação é precária, faltam defensores públicos. E apenas 8% dos homicídios no Brasil são elucidados. Como é muito complicado e caro resolver isso tudo, por que não optar pela solução mágica do prestidigitador Sérgio Moro? Já que não se consegue investigar, por que não propor que os acusados assumam as culpas, sejam culpados ou inocentes? Muita gente vai achar a proposta o "ó" do borogodó.


Por aqui, o sistema de "plea bargain" já ganhou entusiastas. O Conselho Nacional dos Procuradores Gerais dos Ministérios Públicos nos Estados e da União (CNPG) enviou a Sérgio Moro em janeiro uma manifestação entusiasmada de apoio. O texto tem lá a sua graça porque admite a ineficiência do sistema. Lê-se no documento:
"Não se pode ignorar a dificuldade quem tem o Judiciário de solucionar tempestiva e satisfatoriamente todos os conflitos que a ele são levados. A Justiça negocial aparece como alternativa legítima, cumprindo de forma célere e segura, a solução dirimente do conflito".

Não está claro o que querem os doutores, não é? Como se nota, descarta-se o Judiciário, mas depois se chama o modelo de "justiça negocial". Justiça sem juízes? Ou os togados seriam meros homologadores dos acordos?

Os defensores públicos do Rio se manifestaram contra a proposta.

Sérgio Moro gravou um vídeo em que faz uma síntese de suas propostas. Afirma:

"O crime organizado alimenta a corrupção, que alimenta o crime violento. Boa parte dos homicídios está relacionada à disputa por tráfico de drogas ou dívida de drogas. Por outro lado, a corrupção esvazia os recursos públicos que são necessários para implementar políticas de segurança públicas efetivas".

Para palanque, está bem. Se a gente pedisse que fizesse uma redação do Enem, acho que não conseguiria desenvolver a ideia. Como é que a corrupção alimentaria o crime violento, por exemplo? Segundo se entende, porque tira recursos do Estado para combatê-lo. Assim, entende-se que, ao se prender um corrupto em Brasília, se estará, de algum modo, atacando o Comando Vermelho o PCC e as milícias. Parece simpático afirmá-lo, mas certamente ficaria difícil fazer uma dissertação a respeito,


No pacote do ministro estaria ainda a execução da pena depois da condenação em segunda instância, matéria que está pendente de decisão no Supremo. Não é apenas o Artigo 283 do Código Penal, que pode mudar por projeto de lei, a garantir que ninguém pode ser considerado culpado antes do trânsito em julgado. A garantia também está no Inciso LVII do Artigo 5º da Constituição, que é cláusula pétrea. Vem um bom debate por aí.

O surrealismo em terras nativas já vai levar o tribunal a discutir se é constitucional o que está na Constituição. Não deixa de ser um assombro. De todo modo, não estamos praticando o que dizem a Carta e a lei, e as prisões depois da segunda instância estão em curso. Se Sergio Moro conseguir emplacar a mudança do Artigo 283, seria preciso ver o que fazer com Lei Maior, em disposição que, segundo ela própria, não pode ser mudada. Parece loucura, mas é assim.

Sérgio Moro, consta, pretende endurecer as regras para a progressão da pena no caso de crimes de morte e quer a execução imediata da pena dos condenados por homicídio em tribunais de júri. Também estaria no pacote, informa a Folha, "o endurecimento do cumprimento de penas e sua elevação para crimes ligados a armas de fogo". Não deixa de ser curioso. Há alguns dias, Moro estava aplaudindo um decreto de Bolsonaro que facilita a posse de arma. E o presidente já prometeu uma liberalização do porte. Entendi. Numa ponta, as leis incentivam o armamento; na outra, punir-se-ia o uso indevido. Parece bom. Ocorre que, para que se realize a segunda parte, é preciso que o autor seja identificado. E o Brasil, reitero, identifica apenas 8% das autorias de homicídios. Punir com mais rigor crimes com armas faz sentido. Facilitar posse e porte, por óbvio, não.

Vamos ver. Entre as propostas de Sergio Moro, estaria um combate especial a organizações como PCC, Comando Vermelho e as milícias. Chega em boa hora, não é mesmo? Reportagem de ontem de O Globo informa, por exemplo, que a proximidade do senador Flávio Bolsonaro com as milícias, por exemplo, era ainda maior do que se sabia até havia pouco (199):

Além do ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega - apontado pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) como chefe da milícia do Rio das Pedras e do Escritório do Crime ?", o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) homenageou outros sete companheiros dele no 16º BPM (Olaria). Os integrantes do grupo, conhecido como "guarnição do mal" em comunidades da Zona Norte, receberam moções de louvor na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) no dia 4 de novembro de 2003. Só mais um policial militar da ativa foi homenageado na ocasião: Fabrício Queiroz, que viria a ser assessor parlamentar de Flávio. Após a homenagem, num período de cerca de um mês, Adriano e os mesmos colegas do Grupamento de Ações Táticas (GAT) se envolveram no sequestro, tortura e extorsão de três jovens da favela de Parada de Lucas, na Zona Norte. Até que, em 27 de novembro daquele ano, eles foram apontados como os executores do morador Leandro dos Santos Silva, de 24 anos. Nas homenagens, o ex-capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, foragido da Operação Intocáveis, do MP-RJ, e os colegas tiveram destacados a "dedicação, brilhantismo e galhardia" com que serviam à população. Nesse dia, o parlamentar deu a mesma honraria a Fabrício Queiroz, na época, policial do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais."

Fabrício vem a ser justamente aquele ex-assessor do senador Flávio, filho do presidente Bolsonaro, que está sendo investigado pelo Ministério Estadual do Rio, suspeito de participar da "rachadinha", modelo criminoso que vigia na Assembleia Legislativa do Rio e que consistia em sequestrar parte do salário dos servidores que ativam em gabinetes de deputados. O senador é investigado no caso, mas por meio de uma ação civil pública. Por enquanto, e alvo de investigação criminal.

Quando o assunto é milícia, diga-se, aquela fala de Moro no vídeo até pode fazer sentido: "O crime organizado alimenta a corrupção, que alimenta o crime violento"
Herculano
04/02/2019 11:34
REPEITAR OS MÉDICOS

O comentário de @olhandoamare no twitter:

Mais do q orações,o presidente Bolsonaro precisa entender a importância instrucional dele p a maioria dos brasileiros na proposta d mudanças e à obrigação no respeito às ordens médicas q pedem repouso e moderação.Esta autossuficiência e herói contra a lógica médica,só o expõe
Herculano
04/02/2019 11:33
da série: se não é o melhor, rompe um forte coronelismo instalado há décadas no Senado, que coloca de joelhos o Executivo, usando o nome do povo

DAVI ALCOLUMBRE NÃO REPRESENTA O NOVO JEITO DE FAZER POLÍTICA, por Leandro Colon, diretor da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo.

O presidente do Senado não tem nada de novato e precisou de velhas práticas para derrotar Renan

Em seu discurso de candidato a presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) falou em "formas ultrapassadas e injustas da velha política". Apresentou-se aos pares como uma alternativa ao modelo antigo de atuação parlamentar.

Aos 41 anos, Davi é uma figura jovem em uma Casa tradicionalmente ocupada por senhores e senhoras que já percorreram longa trajetória pública como governadores, vários mandatos no próprio Senado, e até como presidente da República.

A sua vitória depois de dois dias de vergonhosas sessões enfim solapou não só Renan Calheiros (MDB-AL), mas um grupo que, tutelado por José Sarney, mandou e desmandou, desde os anos 90, no plenário e na exagerada estrutura administrativa (incluindo a polícia legislativa). Fez (e mal) o que bem quis no Senado.

A mudança deveria então criar expectativas morais? Nem tanto. O presidente do Senado não tem nada de novato. Vive há quase 20 anos da política. Elegeu-se vereador em Macapá em 2000. Foi deputado federal por três mandatos, de 2003 a 2014, e é senador há quatro anos. Tem PhD no baixo clero, por onde passam negociatas das mais indecorosas do submundo parlamentar.

Seu principal padrinho na eleição do Senado foi Tasso Jereissati (PSDB-CE), que possui camarote vip no Carnaval dos coroneis do Congresso. Davi agradeceu os "conselhos" do tucano, desafeto público de Renan.

O novo comandante do Senado já mostrou do que é capaz ao usar a cadeira de presidente temporário para operar em plenário uma manobra em benefício próprio. O STF cassou rapidamente a maracutaia regimental do voto aberto, mas o circo já estava montado para derrotar Renan.

E nada é mais velho do que a interferência do Palácio do Planalto em uma disputa no Congresso. Davi deve muito ao ministro Onyx Lorenzoni por sua eleição e precisa ser grato ao enrolado senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, que abriu o voto a seu favor. As suspeitas sobre Flávio envolvem práticas corriqueiras da velha política.
Herculano
04/02/2019 11:29
da série: político é assim e vive de mimimis, ao invés de trabalhar pelos cidadãos, seus eleitores e à sua comunidade. Mais, exposto, acha que ninguém pode ter opinião própria e para mais mimimis, sugere enquadramentos. Ela pode ter a liberdade de expressão com a exposição do seu traje, os outros devem se restringir ao silêncio.

POLICIAL MILITAR ESTÁ ENTRE ENTRE OFENSORES DE DEPUTADA QUE USOU DECOTE NA POSSE, por Dagmara Spautz, no jornal de Santa Catarina, da NSC Blumenau

A deputada Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT), informou nesta segunda-feira que vai representar na Justiça contra os comentários ofensivos que vem recebendo nas redes sociais desde sexta-feira, devido ao decote que usou na cerimônia de posse da Assembleia Legislativa.

A primeira providência, divulgada em primeira mão pelo jornalista Renato Igor no Bom Dia SC, da NSC TV, será encaminhar um ofício ao Comando Geral da Polícia Militar, relatando a conduta de um policial do Sul do Estado, que foi autor de um dos comentários abusivos.

- Todos os comentários que estão dentro do limite do respeito, ainda que críticos, não me incomodam. Quanto aos que foram de fato ofensivos, tomarei providencias.

Durante o fim de semana, Paulinha diz ter recebido mensagens de diversos advogados que se ofereceram para cuidar das representações gratuitamente. Ela pretende registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil. Houve mensagens com conteúdo de violência sexual, inclusive com menção a estupro.

A parlamentar diz que as indenizações recebidas por eventuais condenações dos ofensores na Justiça serão doadas a instituições de apoio para mulheres agredidas.

A Assembleia Legislativa não se manifestou sobre o caso. O Comandante Geral da PM informou que vai abrir processo administrativo para investigar a postura do policial que postou comentário ofensivo nas redes sociais.
Herculano
04/02/2019 11:21
FALA POR ELE

De Dora Kramer, respondendo aos seguidores dela no twitter sobre o assunto abaixo:

"Como já disse no Facebook: agradeço as manifestações, mas não vou responder. O que ele diz fala por ele."
Herculano
04/02/2019 11:18
AS FERRAMENTAS DE RENAN

No twitter, Renan Calheiros, MDB AL, postou o seguinte da colunista de Veja (já foi do jornal O Estado de S. Paulo por longos anos). Mesmo que isso seja verdadeiro, revela bem o caráter, o banditismo, o coronelismo dessa gente contra opinião que não lhe favoreça, exatamente por não se ter argumentos.

Mostra que jornalista (e seus parentes) nunca deve se misturar com essa gente ou ser um político, na política e querer exercer o jornalismo. Sempre julguei incompatíveis, se não for no cargo técnico e específico de assessoramento

"A @DoraKramer (Veja) acha que sou arrogante.Não sou. Sou casado e por isso sempre fugi do seu assédio. Ora, seu marido era meu assessor, e preferi encorajar Geddel e Ramez, que chegou a usar um membro mecânico para namorá-la. Não foi presunção. Foi fidelidade"

Herculano
04/02/2019 10:58
A IGNORÂNCIA VESTE PRADA, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, no jornal Folha de S. Paulo

A felicidade como paradigma parece gerar uma epidemia de depressão

Você reconhece que uma pessoa tem repertório se ela ultrapassou os ditos comuns de muitos que reduzem o cristianismo a suas sombras históricas (ou suas sombras psicológicas em colégios de padres ou freiras). Inteligentinhos de todos os matizes gostam de cuspir no cristianismo, pregando um ateísmo de bolso.

A importância da compreensão do cristianismo, assim como de muitas outras religiões, é entender que elas falam da condição humana ancestral e contemporânea, apesar de muitos acharem que, porque temos um iPhone novo a cada ano, nasce uma humanidade a cada ano.

Se você ouvir alguém dizendo que a Bíblia é um livro opressor, patriarcal, ultrapassado, saiba que está diante de gente ignorante. Mesmo se essa gente estiver montada em títulos, viagens ao exterior, passaportes europeus, cursos em Paris com gente chique. A ignorância é mais difícil de ser reconhecida quando ela veste Prada.

Uma das pérolas do cristianismo é o conceito de pecado. Construído a partir de uma narrativa hebraica, o cristianismo deu a esta narrativa contornos operísticos de grande valor dramático existencial, e espiritual, é claro.

Uma das formas de identificar a espiritualidade de bolso que anda por aí é identificar nela uma certa boçalidade associada à ideia de assertividade e eliminação da auto-responsabilidade pelos próprios atos. Se ouvir que alguém descobriu a espiritualidade quântica, provavelmente você está diante da ignorância vestindo Prada - nada contra a marca, claro.

Uma das qualidades da tal mecânica quântica é que ninguém entende nada dela, e como alguém disse que nela tudo é nada e nada é tudo, o mundo fica fluído como os gêneros sexuais da moda.

Um autor muito responsável pelo aprofundamento do conceito de pecado foi Santo Agostinho, que viveu entre os anos de 354 e 430. Muitas foram as definições e descrições dadas ao pecado desde o período patrístico, como são chamados na história do cristianismo os séculos 2 a 7. Uma delas, dada por Agostinho, me parece excepcionalmente valorosa: o pecado de Adão e Eva, e o nosso por descendência, pode ser definido por um tripé: orgulho, revolta e cegueira.

Comecemos pelo orgulho. Por que nosso casal parental teria sido acometido pelo orgulho? Resposta: a dependência para com Deus os irritava e os fazia se sentir menores.

Agora, pergunto eu: quem não depende de alguém? Haverá um homem ou uma mulher sequer que seja de fato autossuficiente? A busca de nossos ancestrais originais seria ser como Deus, donos do próprio destino.

Apesar de viverem num suposto paraíso, não lhes bastava o bem-estar advindo desse paraíso; a raiva contra Aquele que os mantinha nessa "felicidade infinita" tomou conta de suas almas criadas e eles decidiram se tornar "almas incriadas", ou seja, deuses. O ridículo da empreitada nos assola até hoje.

Neste caso já vemos uma crítica interessante à boçalidade que se espalha hoje, da publicidade aos worshops de coaching para felicidade ou prosperidade. E mesmo ideias mais sofisticadas como o utilitarismo, que sustenta sua ética num cálculo de bem-estar, pode ser alvo dessa crítica.

A felicidade como paradigma parece gerar "dialeticamente" uma epidemia de depressão. A natureza humana é tal que nem sendo feliz, ela é feliz. Essa volatilidade do afeto, muitas vezes, nos cansa. Eis uma das causas de corrermos para a medicação: nos curar de nós mesmos.

A felicidade infinita do paraíso nos entediou. A estratégia usada pelo casal foi a seguinte: o problema não era a felicidade, mas sim ela ser dependente de Deus. Optar pela felicidade orgulhosa de seres supostamente autossuficientes os levou ao fracasso da empreitada e à revolta.

A revolta os tornou rancorosos, ressentidos e propagadores da "teoria" segundo a qual sua decisão de separar-se de Deus foi, de alguma forma, culpa Dele. Quem sabe, Adão e Eva se sentiam "sem espaço" para viver o que lhes era de direito: ser feliz sem depender de nenhuma fonte externa para essa felicidade.

A revolta e seus "filhos", o rancor, o ressentimento e a mentira sobre a própria condição, acabaram por levá-los cegueira.

Quanto mais orgulhosos e revoltados, mais cegos, e quanto mais cegos, mais orgulhos (como mentira acerca da própria cegueira) e mais revoltados.

Enfim, o pecado seria uma forma de cegueira. Neste sentido, a humanidade seria uma espécie cega que caminha sobre a Terra. Como morcegos sem asa. E o pecado seria uma forma de compulsão hereditária à cegueira.

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