Gasparense Paulo Norberto Koerich será o novo Diretor Geral da Polícia Civil de Santa Catarina - Jornal Cruzeiro do Vale

Gasparense Paulo Norberto Koerich será o novo Diretor Geral da Polícia Civil de Santa Catarina

26/11/2018

Foi o primeiro nome indicado oficialmente até aqui pelo governador eleito Carlos Moisés da Silva, PSL.

Isso, por si só, é significativo!

Primeiro ato: o delegado Paulo Norberto Koerich nasceu em Blumenau. É circunstancial. Era onde os gasparenses nasciam e por uma imposição legal, era lá que tinham que ser registrados quando isso acontecia. Esclareço isso, para que não se reste a menor dúvida. Fui cobrado pelos leitores e leitoras num suposto erro. O doutor Paulo como é chamado entre os seus, é identificado com Gaspar e grato a Blumenau que o projetou na carreira policial. Eu discordo: foi o berço humilde, o de superação de dificuldades, aliada à oportunidade e à competência – e que alguns definem erradamente como sorte – que o fez uma referência naquilo que tinha no sangue desde as brincadeiras de criança. A família é daqui. Ela mora aqui. Ele também.

Segundo ato: não vou escrever sobre a competência dele, mas sobre a oportunidade não só a dele. A primeira, penso que é indiscutível até para os que foram alvejados por ela nas ações e inquéritos em que participou ou liderou; e não seria por outro motivo – que não a competência - a escolha dele para ser delegado geral dos catarinenses. Já a segunda – a oportunidade - é algo inerente de quem enxerga o futuro diferente do passado e reescreve uma nova história para ampliar os seus feitos. O delegado Paulo Norberto Koerich está diante de um novo desafio, num governo cheio de promessas de mudanças, como também nas dificuldades para superá-las; e ainda não sabe bem como sair dessa obrigação. E se não bastasse, o novo delegado – como qualquer outro indicado -, estaria em ambientes corporativos minados; ovos de cascas finas se espalham e alguns vão ser quebrados sem querer ou propositadamente nas escolhas; a indicação de Paulo Norberto, na verdade, é um teste para medir a temperatura de tudo isso.

Terceiro ato: não vou discorrer sobre o currículo do novo delegado geral de Santa Catarina; é extenso, apesar de jovem. Vou pinçar alguns trechos, ou um especial, até da minha convivência e que deixei muito tempo lá atrás, na busca de outras oportunidades e ter histórias próprias pelas nossas escolhas e caminhos diferentes que decidimos trilhar. Oficialmente, já estou aposentado, apesar de trabalhar como poucos. Esse negócio de relatar currículo fica para a notícia factual e à competente redação do Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o líder de circulação e da mais credibilidade em Gaspar e Ilhota.

Quarto ato: como lhes escrevi, a oportunidade é a que nos define como os únicos responsáveis pelos caminhos e resultados que empreendemos; só de nós depende à avaliação da oferta, ou aliar à nossa competência, à circunstância, à necessidade de resultados e rejeitar o exercício do poder pelo poder, títulos, relacionamentos convenientes e que nos é tentador a todo momento; o poder, os títulos e oportunistas que nos cercam, isto sim, sempre nos deixa expostos às nossas fraquezas, comprometem às nossas virtudes, o reconhecimento bem como a boa imagem que sempre projetamos ficticiamente.

Quinto ato: O primeiro desafio que compartilhei com o então estudante de Direito na Furb, de Blumenau, foi um projeto político marcante – até certo ponto, inclusive na decepção, pois restou o principal deles, o aprendizado – em Gaspar: o dele ser o chefe de Gabinete do então prefeito, o professor Francisco Hostins, PDC (1989/92). Paulo Norberto tinha 23 anos e desbancou – pela sua competência, foco no resultado, gestão de conflitos e unidade de grupo -as então velhas raposas daqui. Da sua obrigação, deu dinamismo, mas acabou sendo tragado pela autoconfiança da equipe de profissionais criada unicamente para resultados. Foi uma gestão municipal de apenas dois anos; é a única até agora, mesmo para os que não viveram naquela época, referência para a cidade; quase um mito; é lembrada e prometida para ser imitada ou repetida, mas que ninguém conseguiu até agora...

Sexto ato: qual era o currículo de Paulo Norberto Koerich quando a chefia de gabinete da prefeitura de Gaspar se apresentou com uma oportunidade? Ex-recruta do 23º Batalhão de Infantaria, ex-estagiário do Citibank e Banco do Brasil – em Blumenau. Paulo integrou uma equipe que tirou em dois anos Gaspar do lodo. Estabeleceu-se uma marca de gestão de resultados fundamentais para a sociedade em um prefeito sem qualquer experiência administrativa, sem expectativa para tal, a não ser pela equipe que aceitou e à promessa que fez aos eleitores em nome dela. A equipe pagou um preço caro pelo sucesso, à auto-confiança e principalmente à auto-proteção de um de seus membros sob dúvidas. Ela, foi simplesmente engolida e destituída pelos políticos quando a cidade já nadava na fama e já não precisava tanto dos profissionais apolíticos que a tiraram do atoleiro. Gaspar privou-se da evolução; atendeu aos grupos políticos de sempre; eles passaram a dominar o governo de Hostins. Mais: passaram a perna no então prefeito que não teve mais a chance de se candidatar a nada; mesmo com a fama que carregou por toda a vida. Infelizmente, uma oportunidade perdida para todos. É história. É passado. São lições.

Sétimo ato: Então está provado que a competência por si só não basta, e principalmente, aos bem-intencionados. É preciso mais do que isso: a de cortar na própria carne para se preservar o senso de oportunidade e resultados de uma equipe para a coletividade. Políticos são antes de tudo, oportunistas e não estão nem aí para a competência dos que indicam (e derrubam sem pudor, por intrigas e até conveniências de todos os tipos), não respeitam currículos e muito menos os mais fragilizados, normalmente, os que mais ganham com os resultados dos competentes técnicos, profissionais e altruístas. A sede e a disputa do poder removem a competência do cerne dos resultados. E nas urnas deste outubro pediu competência e mudanças. Elegeu um governador fora do cesto de políticos tradicionais. E o delegado Paulo Norberto Koerich pode representar à prevalência do técnico sobre o político partidário. Ressalto: pode!

Oitavo ato: Exemplo de como se perde a oportunidade protegendo o erro e os errados por mais competentes que possam ser, o então chefe de gabinete da prefeitura Gaspar já o tem desde 1991. E parece que aprendeu a lição. Depois de entrar para a Polícia Civil chegou ao que parecia ser o topo da carreira: delegado regional em Blumenau e Joinville; mas preferiu voltar a ser simples delegado em Ilhota e Gaspar para a sede de poder não lhe tragar. Preservou-se. Foi chefe de gabinete do então secretário de Justiça, o promotor linha dura Luiz Carlos de Carvalho (morto em 11 de junho de 1999 num acidente aéreo, onde Koerich desceu do helicóptero no meu da viagem entre Joinville e Florianópolis, para vir à sua casa em Gaspar); perdeu a chance de ser o diretor geral no governo de Raimundo Colombo, PSD, quando a saúde lhe traiu e preferiu representar a classe; foi do Gaeco em Blumenau, com o também promotor linha dura Odair Tramontim e que estava mapeado para ser o secretário da Justiça de Gelson Merísio, PSD. Saiu, exatamente para se preservar do embate político partidário; veio dar novamente na sua Gaspar para esperar a vez, a oportunidade.

Nono ato: nada será fácil ao futuro delegado geral Paulo Norberto Koerich. A Polícia Civil – e não é um retrato de Santa Catarina – sofre na sua imagem. Tornou-se retalhos político-partidário e de grupos de delegados na busca de poder. A eficiência técnica há muito lhe escapou. A inteligência também e se a possui, não a vende bem. Facções - catarinense e de fora - bem como o crime organizado como um todo, prosperaram. Mas, serão essas duas únicas performances – competência técnica e inteligência - que permitirão o retorno do brilho à corporação nesse ambiente de exigências do eleitorado pagador de pesados impostos e exposto aos criminosos de todos os tipos. Atuar antes. Criar um ambiente não apenas de solução – o que já seria um avanço e tanto -, mas de antecipação – o que daria uma sensação de recompensa à sociedade e de dúvidas aos bandidos. Outra. O governador vem de um espaço militarizado da Segurança Pública – coronel no Corpo de Bombeiros de onde alçou à reserva - e reduto de questionamentos à polícia civil. A indicação, e por primeiro de Paulo Norberto Koerich, é uma sinalização da técnica do bombeiro Moisés sobre um lugar tomado de fagulhas. Ali e ele sabe, qualquer sopro se tornará um incêndio sem controle. É uma oportunidade ímpar para ambos.

Décimo ato: e antes de encerrar. O exemplo que o então chefe de gabinete do prefeito Francisco Hostins experimentou em Gaspar, serve ao próprio novo governador. Uma equipe técnica sólida e bem liderada – e não comandada – trazem resultados surpreendentes que causam ciúmes e até – pasmem! -, revoltas sórdidas e silenciosas dos políticos para a retomada do poder. Cuidado! E eficiência é resultado esperado do novo governo pela sociedade. Em Gaspar o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, por exemplo, possui a palavra “eficiência” na propaganda oficial. No resultado, pelas escolhas política que fez, onde desprezou os técnicos e os competentes, está metido numa cobrança sem paz que já domina as redes sociais, canal pelo qual achou que venceria a batalha da comunicação. A realidade – hoje - é também cruel com os políticos que desprezam os técnicos como meio de atingirem os seus resultados políticos. Tardiamente, Kleber quer refundar o governo...

Décimo primeiro ato: sou fã de Paulo Noberto Koerich, não de uma amizade que já se perdeu há décadas por caminhos de oportunidades diferentes que trilhamos desde aquele fim da década de 1980. Mas, como catarinense. Afinal, o acerto dele – que não será fácil por tudo o que escrevi – é a segurança de todos nós, e principalmente, daqueles vulneráveis pela violência de todos os tipos. A capacidade dele estará à prova. E só a motivação aos competentes, aos técnicos, aos jovens, aos audazes, aos que querem mudar a imagem da Polícia Civil e o reconhecimento dos capazes, dará nova dinâmica à corporação e percepção à sociedade de que algo mudou. E para isso terá, obrigatoriamente, que privilegiar às práticas técnicas e à inteligência do aparelho policial. Terá, ao mesmo tempo que diminuir os ranços entre as polícias Civil e a Militar. Não vou lhe desejar boa-sorte, por discordar dela com fator de sucesso – competência e oportunidade - de um profissional qualificado. “ Exerça com todas as suas prerrogativas e sabedoria essa boa-oportunidade em favor dos catarinenses, doutor Paulo”.

O dia em que, verdadeiramente, o prefeito Kleber tremeu pela exposição e desgaste do seu mandato

O cancelamento de uma viagem mensal à cata de diárias; dezenas de telefonemas da mulher Leila; um pedido de desculpas ao vivo na Câmara; um erro processual e um voto cabalado pelo presidente do diretório estadual do MDB, o deputado Federal Mauro Mariani, junto ao vereador Ciro André Quintino, MDB, devolveu à tranquilidade momentânea ao mandato do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, naquela sessão da terça-feira, dia seis de novembro. Mas, quase que isso tudo não acontece.

Era segunda-feira, dia cinco de novembro.

O prefeito de Gaspar, Kleber, como faz quase todos os meses como rotina, estava de malas prontas para ir a Brasília. E mais uma vez, sem avisar previamente à população – a quem deve prestar contas e dar transparência dos seus atos.

Mesmo eu estando longe de Santa Catarina naquele dia, e rompendo o silêncio da imprensa que vive no gabinete do prefeito, secretários e assessores e não percebem a agenda da manga, no final daquela segunda-feira até noticiei a viagem – na área de comentários - aos leitores e leitoras da coluna, baseado em fontes de Florianópolis, da prefeitura de Gaspar e até numa publicação da rede social do secretário de Assistência Social, Santiago Martin Navia. Ele se exibia para a viagem com o chefe.

No dia seguinte, leitores e leitoras da coluna rebatiam à minha informação no whatsapp. Fui atrás. Kleber tinha desistido, mas deixava uma ponta de dúvida aos interlocutores que o questionavam, insinuando que eu teria dado a informação errada. Jogo dos políticos para intencionalmente descreditar contra a imprensa séria e que não se estabelece no compadrio ou submete às migalhas. Provei que a informação da coluna estava certa. Ele é quem tinha desistido de viajar, já em Florianópolis e a caminho do aeroporto. É só olhar as passagens compradas.

E tem mais. Esta história eu ainda não lhes contei. Reservei-a. E é por isso que volto ao tema. E por que? Ela mostra como os bastidores do governo estão cheios de dúvidas, tramas e fogo amigo.

Kleber estava na Capital e emcarcaria para Brasília no início da noite daquela segunda-feira para cumprir uma desconhecida agenda para os gasparenses, a partir de terça-feira.

Antes, porém, resolveu ir a alguns contatos políticos e administrativos em Florianópolis. A favor de Gaspar e do seu mandato. Entre eles, com o pessoal do diretório estadual do MDB. É que no final da semana tinha dado entrada na Câmara uma denúncia de “assédio moral” do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Gaspar – Sintraspug.

Se fosse aceita, por votos de uma maioria simples, a peça denunciatória se tornaria um processo investigativo numa comissão temporária especial da Câmara, com inicialmente 30 dias para a apuração, depois de escolhido os seus membros. O prefeito, em teoria, ficaria em minoria. Isto sem contar as surpresas que poderiam surgir no decorrer do processo que poderia dar em nada, uma reprimenda pública ou até algo mais complicado como o afastamento do exercício do mandato, num embate jurídico complicado.

O VOTO DE CIRO

Se daria alguma coisa que impediria o prefeito de governar? Dificilmente, na minha avaliação. Entretanto, se aceita a denúncia do Sintraspug, viraria um longo desgaste político e público, negociações, chantagens, num governo que está sob questionamento devido aos resultados que prometeu e ainda não entregou. Se Kleber não tem uma marca, ficaria com uma para o palanque de outubro de 2020.

Resumindo. Um telefonema dado pelo gabinete de Mauro Mariani ao vereador Ciro André Quintino, MDB, revelou à fragilidade em que o governo de Kleber está metido no seu próprio círculo de apoio e que está em minoria na Câmara por uma barbeiragem do exercício político do poder de plantão. Havia dúvidas, naquele momento, sobre o voto de Ciro neste assunto. Ele poderia destoar da composição que o governo fazia com alguns da oposição, exatamente para barrar o assunto logo de cara na primeira sessão e era o embrião da retomada da maioria da Câmara para dar ao menos no ano que vem um mínimo de estabilidade ao governo de Kleber.

Bateu o desespero. A dona Leila lhe telefonava seguidamente. Orientado, e bem orientado nesse caso por gente de Florianópolis, Brasília e próximos daqui, de Florianópolis, Kleber voltou para Gaspar. Deixou Brasília para trás. Fez o simples, o óbvio. Desceu do pedestal e foi fazer política. Foi a campo na terça-feira. Foi salvar o mandato. Foi à Câmara naquela noite. Foi à tribuna – onde já foi vereador e presidente da Casa - e fez um pedido formal de desculpas aos servidores, à cidade e aos vereadores.

Desarmou o discurso político, isso sem contar que o pedido para o enquadrar no erro estava com vício de origem. O que se pediu na Câmara não poderia ter sido feito pelo Sintranspug, mas por servidores, cidadãos e até pela própria presidente do Sindicato, a Lucimara Rosanski Silva.

O resultado da votação daquela noite, todos sabem. Ciro votou a favor de Kleber e parte da oposição o salvou.

Publicamente, Ciro nunca disse que votaria contra. Entretanto, todos – na cidade e principalmente no governo de Kleber - sabem que Ciro quer ser mais que vereador reeleito outra vez. É espaçoso. Se Kleber for ainda bem-sucedido, Ciro não terá espaço nem dentro e nem fora do MDB para seus voos e planos. E nessa eventual oportunidade de troca dentro do próprio MDB, corre por fora o presidente licenciado do partido de Gaspar, Carlos Roberto Pereira, o prefeito de fato e que está estacionado na Saúde. Se Kleber continuar a patinar, não será ninguém do MDB e PP. E é aí que Ciro não sabe se fica ou corre.

E para encerrar. Se Kleber ficar esses dois anos que lhe resta mais focado no exercício político, ganhará mais do que indo a Brasília. Se ouvir o óbvio e menos quem o fez errar até aqui, avançará. A primeira lição prática ele já teve. Casa abandonada pelo dono sugere invasão. Por pouco ele não trocou Gaspar por Brasília, de onde ouviria a notícia de que estava a caminho de uma investigação na Câmara. Quem mesmo orienta o governo de Kleber. Acorda, Gaspar!

O PSL de Gaspar está oficialmente constituído. Mas...

O encontro do PSL referendou o corretor de imóveis Marciano da Silva, como presidente da Comissão Provisória do partido em Gaspar

O PSL de Gaspar já tem uma Comissão Provisória. Usou maciçamente as redes sociais para atrair para a reunião no tradicional Alvorada, aqui no Centro. Até usou a doação de ração para animais à um abrigo de cães abandonados da cidade – e que já foi protegido pelo PT - como uma identidade amigável com a comunidade. Falou-se em atrair em torno de 500 pessoas ao evento. Os organizadores anunciaram em torno de 100. Contou-se menos. Disse-se que 300 se filiaram.

E foram esses números, a primeira disputa dos adversários do PSL na cidade. Penso que todos – os do PSL e de outras siglas – erram. Parecem que já se esqueceram das lições de outubro. Esperar 500 adeptos e curiosos para um novo e até então nanico partido, é um exagero de quem ainda não se curou da ressaca. A campanha terminou e começou outra fase, a da realidade. E aí, a euforia juvenil é substituída pelo natural pragmatismo.

Se foi 100 ou 80 que foram ao evento, na minha avaliação, é muito. Quem consegue reunir tudo isso depois das eleições para fundar um partido na cidade sem os velhos esquemas, mesmo ele sendo uma promessa do poder já eleito e prestes a se instalar? E com gente quase toda desconhecida no meio político, a começar pelo seu próprio presidente? Então é preciso ir devagar e respeitar.

Entretanto, uma observação se faz necessária. O encontro foi de denominações religiosas neopentecostais e não exatamente um encontro político. E a partir desse ponto, ele pode ter sido avaliado como pouco representativo no número de presentes e na pluralidade que convém a um partido político.

O sucesso do PSL como partido, está atrelado, contudo, ao sucesso dos governos de Carlos Moisés da Silva e Jair Messias Bolsonaro. E sucesso significa não repetir à prática, ou exercício político e administrativo propostos ou executados pelo PT, MDB, PP, PSDB, PDT, Rede, PCdoB, PSD... em Gaspar, em Santa Catarina e no Brasil.

De qualquer forma vamos reescrever uma história. É muito cedo antecipar o resultado dela. E para reescrever, é preciso começar. E começou... Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

A edição especial de sexta-feira do jornal Cruzeiro do Vale sobre os dez anos da tragédia natural severa de 2008 foi de fôlego. Só cabia ao mais antigo, ao líder de circulação e credibilidade em Gaspar e Ilhota produzir jornalisticamente esses resultados para a memória, à comunidade, seus leitores e leitoras.

Inconformado. O ex-prefeito da época em Gaspar, Adilson Luiz Schmitt, PPS de então, estava derrotado nas urnas quando a tragédia aconteceu sobre o município. Nem por isso ele se omitiu. Ao contrário. Hoje, ele reclama de como Gaspar é tratada pela imprensa regional e estadual sobre aquele assunto.

A minha opinião. Isso não terá conserto. É uma visão. É um ponto de vista. Os detalhes – que afloram da memória privilegiada de Adilson – são ricos, mas também seletivos. E Adilson paga pelos confrontos do passado, incluindo a imprensa ontem tentou pauta-la. É um preço que deveria estar calculado. Então, como se resolve isso se ele está inconformado? É o próprio Adilson fazer uma parceria e editar um livro com versão dele sobre o trágico episódio. Será ao menos uma fonte de pesquisas e uma contribuição histórica irrefutável.

Mais uma vez o site da Câmara de vereadores de Gaspar se mostra instável. Ele estava fora do ar em parte deste final de semana. Parece – e não é de hoje – que o site também está tomado pela síndrome do ponto facultativo. No serviço público até a tecnologia para a transparência para nos feriados, sábados, domingos e cumpre horários de barnabés.

Outro delegado que atuou em Gaspar e adotou por longos anos a cidade como domicílio – possui parte da família aqui, mas aposentado, reside hoje Balneário Camboriú onde também atuou – foi Ademir Serafim. Ele se projetou no estado a partir do trabalho desenvolvido aqui e na regional da Polícia Civil em Blumenau.

Entre várias funções de destaque, Ademir Serafim foi delegado regional, diretor geral da Detran (2001 a 2003) e diretor geral da Polícia de Santa Catarina em 2010. Serafim é de Florianópolis. Ingressou na Polícia Militar e lá ficou por dois anos. Fez concurso para Comissário na Civil e fez nela uma carreira por 42 anos.

Amuleto. O gasparense Doraci Darolt – delegado aqui - também chegou à titularidade da delegacia regional de Blumenau depois de atuar em Gaspar. E recentemente, o jovem ex-delegado aqui, Egidio Ferrari, foi nomeado e está na titularidade da regional de Blumenau. Então....

A prefeitura de Gaspar quer arrematar em leilão público o antigo prédio do Besc aquii no centro e que agora pertence ao Banco do Brasil. Pediu autorização para a Câmara via o PL 111/2018 e cujo relator é o vereador Wilson Luiz Lenfers, PSD. O imóvel vai a leilão e está avaliado para o lance mínimo de R$1.864.000,00. Segundo a avaliação da própria prefeitura, ele vale no mínimo R$3.200.000,00 – se houver comprador para esse valor, frise-se desde logo.

E é exatamente devido a essa suposta diferença – lance mínimo fixado e a presunção de um suposto valor de mercado - que faz a prefeitura se interessar em adquirir o imóvel. É que pelas regras do edital, o poder público se tiver interessado, pode arrematá-lo antecipadamente e pelo valor mínimo. E o leilão termina aí. Ou seja, é a regra do mercado e que o poder público não enxergou em outras oportunidades que teve em Gaspar e deixou passar e agora prefere patrocinar enfrentamentos na Justiça. Acorda, Gaspar!

Registro. A promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon que atuou aqui na Comarca e está na de Navegantes, lança quinta-feira à noite, no Café Cultura, na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, o livro “Já que viver é [ser e ] ser livre”. É resultado da sua dissertação de mestrado. Ele é prefaciado por um dos membros da sua banca, Paulo de Tarso Brandão.

O livro, em resumo, trata da proteção dos direitos humanos das mulheres a uma vida sem violência. Chymelli – é integrante do Grupo de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Ministério Público de Santa Catarina – atualmente mima dois filhos: o livro e a pequena Olívia.

Comentários

Miguel José Teixeira
27/11/2018 22:26
Senhores,

". . .os autointitulados progressistas, capitaneados pelo Lulopetismo, não tinham, de fato, compromisso algum com a democracia e muito menos com a chamada classe trabalhadora na qual se apoiavam apenas para se manterem no poder. . ."

"Os dois lados do mesmo rio"

Uma frase escrita nesse domingo pelo jornalista Fernando Gabeira, em sua coluna no O Globo, chamou a atenção pela síntese que faz do momento atual que vivenciamos nessa travessia que nos conduz da margem esquerda para a margem direita do Brasil. Disse o articulista : "Ideologias se interessam pelas ideias, não pelas pessoas."

De fato, em todo o tempo e lugar, a preocupação fundamental das ideologias sempre foi a defesa do pensamento e das ideias daqueles núcleos que estão momentaneamente no controle do Estado, exercendo o poder e, por conseguinte, ditando regras aos demais. Regras que, se sabem, não são seguidas pela classe dominante. Na verdade, as ideologias têm servido apenas para ajustar a sociedade ou massas aos ditames emanados de cima, sejam elas de que matiz político for.

Na atual situação experimentada pelos brasileiros, ficou mais do que evidente que os autointitulados progressistas, capitaneados pelo Lulopetismo, não tinham, de fato, compromisso algum com a democracia e muito menos com a chamada classe trabalhadora na qual se apoiavam apenas para se manterem no poder. Exemplo desse descompromisso e desdém pode ser comprovado com a razia promovida por aquele governo nos Fundos de Pensão do Banco do Brasil, da Caixa Econômica, da Petrobras, dos Correios e, por que não dizer, no FGTS dos trabalhadores brasileiros.

Trata-se, nada mais, nada menos, do dinheiro da poupança feita com o suor da labuta diária, com vistas a uma aposentadoria mais digna ao fim da vida. Mesmo na questão do Programa Mais Médicos, o petismo mostrou toda a indiferença para com os profissionais cubanos, transformados em meras commodities de Cuba e exercendo um trabalho que muitos consideraram análogo à escravidão, inclusive os próprios médicos.

O mesmo se pode dizer das investigações da Operação Custo Brasil, deflagrada pela Polícia Federal em junho de 2016, que mostrou como o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo e outros petistas desviaram entre 2009 e 2015, mais de R$ 100 milhões de milhares de funcionários públicos que recorriam ao crédito consignado. Exemplos desse pouco caso com a classe trabalhadora promovido pelo partido que se dizia "dos trabalhadores" estão por toda a parte e confirmam a questão central das ideologias.

De fato, as ideologias se interessam pelas ideias, não pelas pessoas. Com isso, é preciso ficar atento, também, às condições que serão postas aos brasileiros que ousaram atravessar a ponte, fugindo dos progressistas, rumo às terras prometidas pelos conservadores. É preciso observar, com cuidado, se nesse novo paraíso as ideologias ficarão focadas apenas nas ideias, distantes ainda do desejo real da população.

fonte: Correio Braziliense, hoje, na Coluna Visto, lido e ouvido
Miguel José Teixeira
27/11/2018 10:36
Senhores,

Eis a força do 4º poder:

"Piauí suspende contratação de jatinho para mordomia de governador do PT"

"Conforme noticiado pelo Diário do Poder no último domingo (25), seriam gastos R$26,2 milhões dos impostos do contribuinte piauiense para locação das aeronaves para serem usadas por um ano."

+ em:

https://diariodopoder.com.br/governo-do-piaui-suspende-contratacao-de-aeronaves-para-uso-de-wellington-dias/

A franquia "quadrilhão PeTralha" utiliza sempre o mesmo modus operandi.

Se colar, colou. . .
Herculano
27/11/2018 05:28
da série: justiça que tarda, sempre falha. Um retrato bizarro, incompreensível ao cidadão, irretocável, desesperador,fiel de como...

STJ JULGA POSSE DO PALÁCIO GUANABARA, AÇÃO MAIS ANTIGA DO JUDICIÁRIO, por Frederico Vasconcelos

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) volta a julgar processo em que herdeiros da família Orleans e Bragança reivindicam a devolução do Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro.

A ação é considerada a mais antiga do Judiciário e tramita desde 1895. Dois recursos especiais serão examinados nesta terça-feira (27) pela Quarta Turma do STJ.

Os herdeiros da Princesa Isabel e do seu marido, Conde d'Eu, alegam que o governo brasileiro não indenizou a família pela tomada do palácio, logo após a Proclamação da República.

Segundo informa o STJ, em 123 anos de tramitação o caso já teve decisões de diversos ramos da Justiça, incluindo a reabertura da discussão após o processo ter sido encerrado na década de 60.

Trata-se de recursos em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Segundo os autos, o Palácio Isabel ?"hoje Palácio Guanabara?" "foi adquirido especificamente para habitação de Suas altezas Imperial e Real, fundando-se um patrimônio em terras pertencentes à Nação (Art. 8º do Contrato de Casamento da Princesa Isabel e Gastão de Orléans, Conde e Condessa dÉu)".

De acordo com o contrato de matrimônio - e das Leis nº 166 de 29 de setembro de 1840 e 1217 de 7 de julho de 1864?" o imóvel é de propriedade da União.

Em 18 de julho de 1991, foi baixado o Decreto nº 447, incorporando ao patrimônio da União todos os bens que constituíram o dote ou patrimônio do casal.

O TJ-RJ negou provimento às apelações por entender que o Palácio Guanabara, hoje sede do governo do Estado, ficou definitivamente incorporado ao patrimônio da União.
Herculano
27/11/2018 05:24
PRÉDIO DA PETROBRÁS EM VITóRIA É OUTRO ESCÂNDALO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nesta terça-feira, nos jornais brasileiros

Outro edifício-sede da Petrobras vai gerar a qualquer momento mais um escândalo de gatunagem no governo do PT. Há dias, o edifício de R$680 milhões da estatal em Salvador resultou na operação Sem Fundos, da Polícia Federal. Mas há outro construído em Vitória (ES), cujo custo inicial era de R$90 milhões, na licitação subiu para R$436,6 milhões, no contrato foi a R$486,1 milhões e, após aditivos, totalizou mais de meio bilhão de reais, ou sejam, R$567,4 milhões. Os valores foram aferidos em investigação do Tribunal de Contas da União (TCU).

LAVA JATO DE OLHO
O TCU começou a investigar em setembro de 2015 a treta no edifício da Petrobras em Vitória. O caso é investigado também na Lava Jato.

TERCEIRIZAÇÃO AMPLA
O consórcio vencedor contratado (Odebrecht, Camargo Corrêa e Hochtief) realizou apenas 16,5% da obra e terceirizou todo o restante.

TRETA ANUNCIADA
Não tinha perigo de dar certo: duas das três empresas do consórcio contratado estão envolvidas na Lava Jato até o pescoço.

METERAM A MÃO
Em relatório, o TCU identificou "indícios robustos de sobrepreço" e acusou "falta transparência e confiabilidade nas cotações".

LOBBY DE LULA FOI DECISIVO PARA CONTRATO NA ÁFRICA
A participação de Lula no esquema que garantiu contrato na Guiné Equatorial à empresa mineira ARG foi a "cartada final" usada pela empreiteira para conquistar o negócio. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o lobby rendeu propina de R$1 milhão para o ex-presidente, disfarçada de "doação ao Instituto Lula". A informação é de alto funcionário do governo que acompanhou as negociações.

O ESTADO SOU EU
Na Guiné Equatorial não há órgãos de controle, tampouco leis sobre licitações: é o presidente quem decide a empreiteira a ser contratada.

HIPERFATURAMENTO
"Obras não são superfaturadas na Guiné; são hiperfaturadas, isso sim", ironiza o experiente funcionário brasileiro que atuou no país.

ESTRANHA COINCIDÊNCIA
O pai dos três irmãos donos do grupo ARG morreu em acidente aéreo ontem, mesmo dia em que foram denunciados com Lula à Justiça.

BATOM NA CUECA
Ao denunciar Lula por outro crime, agora de tráfico internacional de influência na Guiné Equatorial, o MPF incluiu entre as provas uma carta tipo batom na cueca do atual presidiário ao ditador Teodoro Obiang.

LOROTA ESFARRAPADA
Desistir do indecoroso auxílio-moradia, que custa R$1 bilhão por ano a um país quebrado, não compensa os R$6 bilhões do aumento da casta de servidores federais cujo teto agora ultrapassa os R$39 mil.

PEGANDO NO SUSTO
Após a promessa do presidente eleito Jair Bolsonaro de acabar com sigilo das operações, a direção do BNDES ficou subitamente humilde e acertou com o Tribunal de Contas da União "ações de transparência".

COMÍCIO EM SALA DE AULA
Relator do projeto Escola Sem Partido, o deputado Flavinho (PSC-SP) tem enfrentado a oposição estridente de colegas esquerdistas, que não querem perder a sala de aula como espaço de doutrinação política.

MEDO QUE FAZ BEM
Tem político em Brasília sem dormir com os planos do futuro ministro Sergio Moro (Justiça) de criar a Secretaria Nacional de Combate à Corrupção. Via Twitter, dizem "ver com preocupação" a ideia. Pudera.

SERIA QUERER DEMAIS
Os pagadores de impostos esperavam da Justiça a atitude digna de revogar a vinculação dos vencimentos do Supremo Tribunal Federal (STF) a inúmeras outras castas do serviço público federal. Em vão.

FALTOU ASSUNTO
Contando os dias para o recesso e a troca de governo, a Câmara inventou debate sobre o "legado" dos Jogos Olímpicos. A resposta todo mundo sabe: corrupção e dívidas, um ou outro ginásio fechado.

RICAS VIAGENS
O governo federal gastou R$875 milhões em viagens "a serviço", este ano. No total o pagador de impostos bancou 710.940 viagens. Foram R$140,3 milhões gastos somente em deslocamentos internacionais.

PENSANDO BEM...
...aumento de 16,3% em inflação de 3% que é como os ministros do STF gritarem lá do Olimpo para o brasileiro obrigado a se esfolar para pagar essa conta: "Te vira, malandro".
Herculano
27/11/2018 05:20
OS BLOGUEIROS ESTÃO CHEGANDO, por Álvaro Costa e Silva, no jornal Folha de S. Paulo

Futuros ministros revelam seu pensamento em páginas da internet

No auge da sua popularidade, durante a primeira década do século, alguns sábios acreditaram na hipótese de que os blogs poderiam substituir o jornalismo, em especial a mídia impressa. Não rolou. Eles não acabaram, nem provavelmente vão acabar. Procurando bem, alguns são excelentes. Mas sua importância, repercussão e audiência declinaram. Foram derrotados dentro da própria internet, pelo avanço de novas mídias sociais.

Jair Bolsonaro, no entanto, parece depositar uma fé cega neles. Já são dois os ministros blogueiros. Ernesto Araújo lançou em setembro, no início da campanha eleitoral, o Metapolítica 17: Contra o Globalismo. Ricardo Vélez Rodríguez mantém desde 2009 o Rocinante. Como no jogo do bicho, vale o escrito.

Araújo, o novo chanceler, bate-se contra conceitos tão esdrúxulos que nem ele sabe explicar direito do que tratam: "Globalismo é a globalização econômica que passou a ser pilotada pelo marxismo cultural. (...) A fé em Cristo significa, hoje, lutar contra o globalismo, cujo objetivo último é romper a conexão entre Deus e o homem, tornado o homem escravo e Deus irrelevante". Lembra um profeta de praça, Bíblia na mão.

Vélez Rodríguez, o futuro ministro da Educação, mostra em suas postagens que está a ponto de iniciar uma cruzada contra os "catecismos" de Carlos Zéfiro. Simpático à monarquia, afirma que a ditadura militar é fato a ser comemorado. Combate a "índole cientificista" no ensino, mas nada comenta sobre jovens que têm dificuldade em interpretar textos ou fazer simples operações de soma e subtração.

Responsável pelas duas indicações ao primeiro escalão do governo, o guru Olavo de Carvalho entende como ninguém o espírito que impulsionou o fenômeno dos blogs. "Eles leem as coisas que eu escrevo e levam a sério", revelou em recente entrevista ao jornal O Globo, acrescentando que se acha "irresistível". Eu, hein, Rosa!
Herculano
27/11/2018 05:17
SOB BOLSONARO, MILITARES OCUPAM ESPAÇO EQUIVALENTE AO QUE PT E MDB OCUPAVAM, por Josias de Souza

Ao indicar o general Carlos Alberto dos Santos Cruz para a pasta da Secretaria de Governo, Jair Bolsonaro elevou para quatro o número de ministros egressos dos quadros das Forças Armadas. A cota militar da Esplanada deve subir para cinco, pois Bolsonaro cogita indicar outro general para a Infraestrutura. Com isso, os militares ocuparão na equipe ministerial um espaço equiparável ao que foi destinado ao PT nas gestões de Lula e Dilma Rousseff e ao MDB no governo-tampão de Michel Temer.

Além de Santos Cruz, Bolsonaro acomodou no topo da estrutura de sua futura gestão o general Augusto Heleno, lotado no Gabinete de Segurança Institucional; o general Fernando Azevedo e Silva, destacado para o Ministério da Defesa; e o tenente-coronel aviador Marcos Pontes, escalado para a Ciência e Tecnologia. Para a Infraestrutura, analisa o nome do general Joaquim Maia Brandão Júnior.

Considerando-se que o próprio Bolsonaro é capitão reformado e seu vice é o general Hamilton Mourão, a hegemonia militar tornou-se acachapante. Não se via tantos militares em postos estratégicos do governo desde o fim da ditadura, há 33 anos. Existe, entretanto, uma distinção entre os dois perídos: dessa vez, a ocupação do organograma ocorre em ambiente de democracia plena, com o aval e o aplauso da maioria do eleitorado.

Deve-se o fenômeno sobretudo à oxidação do sistema político. Potencializada pela corrupção, a ferrugem dos partidos conduz à ilusão de que a resposta para as mazelas nacionais veste farda. A confusão preocupa a própria cúpula das Forças Armadas, que saboreia a súbita valorização dos seus quadros com uma ponta dos efeitos que eventuais tropeços da gestão Bolsonaro terá sobre a imagem da instituição.

A nova realidade impõe uma dose de reflexão. O contrário do pró-militarismo inocente do eleitor de Bolsonaro é o antimilitarismo primário do opositor do capitão, que aceita qualquer preconceitos a respeito de militares. Isso inclui concordar com a tese segunda a qual todo militar tem uma vocação congênita para o autoritarismo. E se finge de democrata enquanto prepara o golpe.

Uma visão alternativa talvez leve em conta que os ex-oficiais guindados à Esplanada são servidores públicos que acumularam conhecimentos específicos em cursos de formação bancados pelo contribuinte. Alguns cumpriram missões no exterior por delegação das Nações Unidas.

Não há razão objetiva para deixar de aproveitar esse tipo de mão-de-obra. Pouco importa se o ministro já vestiu farda, interessa que esteja tecnicamente equipado para a função e que mostre serviço. De resto, convém não perder de vista que alguns dos gênios que representaram no primeiro escalão o PT, o MDB e assemelhados deixaram no caminho entre os gabinetes de Brasília e a cadeia um rastro pegajoso de perversões.
Herculano
27/11/2018 05:15
VELHO CONGRESSO FAZ QUEIMA DE ESTOQUE PARA SALVAR A PRóPRIA PELE, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Parlamentares tentam votar propostas que protejam classe política antes de 2019

Ainda no intervalo entre os dois turnos da eleição, o chefe de um dos partidos tradicionais do Congresso procurou Michel Temer para propor um pacto. O plano era fechar um acordo e aproveitar os meses finais do ano para votar a jato um projeto que desse anistia a quem recebeu dinheiro por caixa dois.

A proposta seria pautada na Câmara e no Senado às vésperas do feriado da proclamação da República. A trama naufragou após a hesitação de alguns líderes e com a escolha de Sergio Moro, detrator do financiamento eleitoral "por fora", como próximo ministro da Justiça.

Os políticos que não tiveram o passaporte carimbado para continuar no poder em 2019 ficaram com os sentidos de autopreservação aguçados. A renovação dos quadros do Congresso pode fazer com que as semanais finais do ano sejam a última oportunidade para emplacar artimanhas para proteger alguns deles.

A anistia ao caixa dois não foi adiante, mas PP, PR e companhia ainda tentam articular a votação de um projeto que afrouxa a punição a alguns crimes, incluindo corrupção. A Folha revelou que essas siglas pressionam o presidente da Câmara a pautar o texto até dezembro.

Moro criticou a ideia e disse confiar que os parlamentares tenham "a sensibilidade de aguardar o próximo governo para uma matéria tão importante". É exatamente o contrário.

No Congresso de hoje, o espírito de corpo é capaz de unir até partidos tão distintos quanto DEM e PC do B. No próximo ano, deputados e senadores devem ter mais dificuldade para convencer os novatos a aprovarem medidas que se choquem com o discurso de combate à corrupção que ajudou a elegê-los.

No pacote de fim de ano, os congressistas também tentaram reduzir o tempo pelo qual ficam inelegíveis alguns políticos enquadrados na Lei da Ficha Limpa, mas a ideia saiu de pauta. Só teve sucesso no saldão o aumento de salário de ministros do STF e juízes. A turma de Brasília não quer ficar mal com aqueles que poderão julgá-los daqui por diante.
Miguel José Teixeira
26/11/2018 21:59
Senhores,

A 4ªfrota náutica do Brasil

E nós, em Blumenau, tentando com o "Projeto Canoas", ou seria "Projeto Bateiras". . .

"A chuva frequente no Distrito Federal tem deixado os píeres do Lago Paranoá pouco movimentados. Espaço de lazer e diversão em dias ensolarados, o espelho d'água abriga mais de 52 mil embarcações. Essa quantidade coloca o Distrito Federal na quarta posição nacional em frota náutica."

fonte: Correio Braziliense, Coluna Cidades, Isto é Brasília, hoje.

Atenção, replico:

". . .abriga mais de 52 mil embarcações. Essa quantidade coloca o Distrito Federal na quarta posição nacional em frota náutica.". . .
Herculano
26/11/2018 13:38
OS SALVACIONISTAS

Do filósofo Luiz Felipe Pondé, no twitter:

Desde que a política se tornou objeto de fé, passamos a ter expectativas salvacionistas através da política. E a política não passa da conquista, gestão, manutenção e distribuição do poder.
Herculano
26/11/2018 13:36
da série: não tem jeito. Os deputados federais e senadores que elegemos para nos representar em Brasília e pagamos numa estrutura supercara com os nossos pesados impostos, querem passar mais uma milionária conta para o povo sem emprego, com salários achatados...O que adianta eleger um presidente se ele é refém das maldades do Congresso que dá as costas ao sentimento majoritário da população por mudanças e recentemente expresso nas urnas?

CONGRESSO DESISTE DE ADIAR REAJUSTE DE SERVIDOR, por Josias de Souza

O Congresso enviou para o gavetão dos assuntos pendentes a medida provisória de Michel Temer que adiaria para 2020 o reajuste salarial de 372 mil servidores públicos (209 mil ativos e 163 mil aposentados). Convencidos de que o presidente da República sancionará nesta semana o aumento de 16,38% para ministros do Supremo Tribunal Federal, os parlamentares concluíram que já não faz sentido arrochar o contracheque do funcionalismo.

Sem o adiamento, o governo de Jair Bolsonaro, a ser empossado em 1º de janeiro, deixará de economizar R$ 4,7 bilhões em 2019. Considerando-se que o reajuste do Supremo custará pelo menos R$ 4 bilhões, a nova administração terá de cavar no deficitário orçamento do ano que vem R$ 8,7 bilhões. O prazo para o anúncio da decisão de Temer sobre a folha do Supremo vence nesta quarta-feira (28).

Deputados e senadores enxergaram o provável aval do presidente para o tônico salarial do STF como um lavar de mãos. Estranharam que Bolsonaro e seus operadores não tenham se mobilizado para desarmar no Legislativo as bombas salariais. E optaram por não se indispor com as corporações beneficiadas com os reajustes ?"entre elas a elite da Polícia Federal, da Receita Federal e do Banco Central.

A MP do adiamento teria de passar por uma comissão especial antes de chegar aos plenários da Câmara e do Senado. O colegiado já se reuniu três vezes para escolher um presidente, um vice e um relator. Faltou quórum. Não há no calendário do Legislativo, por ora, nenhum vestígio de agendamento de uma nova reunião da comissão. A proposta de Temer deve caducar por decurso de prazo.
Raquel Azevedo
26/11/2018 13:07
Herculano,

O Ex-delegado Ademir Serafim, teve notória passagem pela Polícia Civil daqui na região não apontada pelo senhor.
Gostava de fiscalizar o jogo do bicho e casinos clandestinos. Ninguém esquece.
Herculano
26/11/2018 11:22
da série: os nossos representantes estão alienados e distantes do povo que lhes escolheu e paga muito caro por eles

PLATAFORMA DE BOLSONARO, SEGURANÇA PÚBLICA NÃO É PRIORIDADE NA CÂMARA

Conteúdo de O Antagonista. Principal plataforma da campanha de Jair Bolsonaro, a segurança pública não tem recebido tratamento prioritário da Câmara dos Deputados, registra O Globo.

"Desde 2003, apenas 112 dos 1.834 projetos propostos para lidar com o aumento da violência no país foram aprovados - pouco mais de 6% do total.

O total está abaixo da média geral de propostas bem sucedidas da Câmara, que foi de 21,95% (no período, 10.258 de 46.734 viraram leis)."

Os parlamentares aprovaram 20 acordos de cooperação jurídica, ações de controle de aeronaves, combate ao narcotráfico e tráfico de armas e cooperação de segurança pública com países de América Latina, Europa, África, Ásia e Oriente Médio, mas os acordos servem apenas como um primeiro passo diplomático.

"Um exame mais atento das leis permite perceber que elas possuem textos bastante semelhantes e não preveem ações concretas."
Herculano
26/11/2018 11:14
Renato

Como escrevi, o evento do PSL foi praticamente um encontro de religiosos. E o presidente da Câmara, Silvio Cleffi, PSC, um partido também de viés religioso na cidade, pode ir ao evento por dois aspectos: como presidente - o Legislativo - de um poder para prestigiá-lo e como um irmão, depois que estremeceu com o irmão-padrinho, Kleber Edson Wan Dall, MDB. Acorda, Gaspar!
Herculano
26/11/2018 11:07
da série: os chantagistas do Congresso Nacional acostumados com mensalão, petrolão, caixa dois e grossa corrupção - na falsa "Casa do Povo" - já se movimentam para encurralar o novo governo e mostrar quem verdadeiramente manda o país para nos deixar no buraco permanente e manter os privilégios de poucos, pagos por todos, principalmente os mais pobres e até os desempregados.

BOLSONARO DÁ CONTEÚDO OPOSICIONISTA À ARTICULAÇÃO DE RODRIGO MAIA NA CÂMARA, por Josias de Souza

Jair Bolsonaro conseguiu o que parecia impossível: transformou Rodrigo Maia num deputado com viés de oposição. Três lances do futuro presidente da República deram conteúdo oposicionista ao projeto de Maia de se reeleger presidente da Câmara em fevereiro:

1) Num lance, Bolsonaro declarou publicamente que há outros bons candidatos à presidência da Câmara. Com isso, empurrou Rodrigo Maia para um voo solo.

2) Noutro lance, Bolsonaro alijou os partidos da composição do seu ministério. Em movimentos simultâneos, as legendas do centrão e os partidos adjacentes tomaram ojeriza por "outros candidatos", renovando seus acertos políticos com Rodrigo Maia.

3) Num terceiro lance, o capitão ouviu em silêncio o filho Eduardo Bolsonaro, o "Zero Três", declarar que o próximo presidente da Câmara precisa ter "um perfil-trator", para patrolar a esquerda no plenário. Súbito, começaram a cair no colo de Rodrigo Maia votos do PCdoB, do PSB e até do PT.

Os acertos de Maia para fechar um bloco suprapartidário de apoiadores envolvem quatro tipos de compromisso: respeito à minoria nas atividades legislativas, pluralidade na designação de relatores de medidas provisórias, equidade na composição das comissões da Câmara e independência em relação ao Planalto.

Se prevalecer na disputa, o que não é improvável, Rodrigo Maia permanecerá no trono da Câmara sem dever nada ao futuro inquilino do Planalto. Não tendo vocação para Eduardo Cunha, é improvável que o deputado do DEM toque fogo no circo. Mas o governo Bolsonaro não terá vida fácil.

O capitão e seus apologistas ainda não notaram, mas há digitais de Rodrigo Maia nas manobras que retardam a tramitação do projeto da Escola sem Partido.
Herculano
26/11/2018 10:58
ANP TENTA BURLAR LEI PARA BENEFICIAR ATRAVESSADORES, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Em defesa dos atravessadores de combustíveis, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) contraria recomendação do Cade (Conselho de Defesa Econômica), do Ministério da Justiça, e tenta burlar o novo Código de Processo Civil (CPC) para impedir que usinas vendam etanol direto aos postos, como autorizou o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5). A explicação é técnica: a tentativa é obter "efeito suspensivo" para apelação de sentença que confirmou liminar, em medida cautelar.

LOBBY PODEROSO
Acatando a manobra da ANP, a Justiça paralisaria a eficácia da decisão para beneficiar distribuidoras e

A REGRA É CLARA
A ANP ignorou os questionamentos da coluna sobre a burla ao artigo 1.012 do novo CPC, que não permite efeito suspensivo nessa hipótese.

DESRESPEITO À JUSTIÇA
A regra do CPC que a ANP tenta burlar representa uma conquista do Judiciário, destinada a agilizar processos e dar eficácia às decisões.

APENAS ATRAVESSADORES
A ANP obriga produtores a entregar todo etanol, gasolina e diesel às distribuidoras, que os revendem pelo dobro do preço aos postos.

PETROBRAS ENTRE AS MAIS INEFICIENTES DO MUNDO
Apesar do monopólio e da política de preços criminosa adotada em julho de 2017, preestabelecendo reajustes quase diários no preço ao consumidor, o desempenho da estatal Petrobras é um dos piores do mundo, comparado ao de petroleiras em condições privilegiadas bem parecidas. Hoje, a Petrobras tem valor de mercado equivalente a 20% do valor da China Petroleum & Chemical Corporation, por exemplo.

PERDE ATÉ DOS RUSSOS
O valor de mercado da petroleira brasileira equivale, atualmente, a cerca de metade do valor da concorrente russa Gazprom.

LUCRO BEM MODESTO
A Petrobras divulgou lucro de R$6,6 bilhões no 3º trimestre. A chinesa e russa lucraram R$32,5 bilhões e R$ 14,4 bilhões, respectivamente.

SEM COMPARAÇÃO
Privadas, sem monopólio e, no máximo, um terço dos funcionários, Shell, BP, Exxon e Chevron faturam e lucram mais que a Petrobras.

ADORAM GRANA FÁCIL
Pelas contas do Dieese, o imposto sindical representava 80% do faturamento de sindicatos e centrais sindicais. E de sindicalistas pilantras e mortadelas, faltou dizer. Querem a volta desse absurdo.

CNC BLINDADA
O artigo 16 da lei orgânica do Tribunal de Contas da União prevê até a emissão de certidão de inelegibilidade e inabilitação para função pública contra gestor público de contas rejeitadas. Mas declinou de fazê-lo no caso da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

ARMA COMO HERANÇA
A Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou projeto do deputado Major Olimpio (PSL-SP), que garante o direito a posse e propriedade da arma de fogo recebida como herança.

MAIS QUE DOBROU
O PT & puxadinhos decretaram o "caos", após o Brasil abandonar a exploração dos médicos pela ditadura de Cuba. Mas, três dias depois, o programa já contava com 17,5 mil médicos substitutos. Brasileiros.

É VOCÊ QUEM PAGA
Os cartões corporativos do governo federal custaram ao pagador de impostos mais de R$ 40 milhões em 2018, segundo o Portal da Transparência. São 5.364 portadores desse tipo de cartão.

CLÁSSICO E ROMÂNTICO
O futuro ministro da Educação, Ricardo Rodríguez se define como "apreciador de música clássica (Bach, Beethoven, Chopin, Vivaldi, Haydin, Hëndel)" e também da "canção romântica latino-americana".

SOB NOVA DIREÇÃO
Dois ilustres pernambucanos vão comandar o Tribunal de Contas da União (TCU) a partir do dia 11: o ministro José Múcio assumirá a presidência e a ministra Ana Arraes a vice-presidência.

CADA VEZ MAIS CARO
As diárias pagas este ano a servidores federais representam quase meio bilhão de reais no "custo Brasil". Foram exatos R$460,6 milhões com diárias e mais R$269 milhões em passagens aéreas. Ê beleza!

PENSANDO BEM...
...nos Estados Unidos acabou a Semana de Ação de Graças. No Brasil, começa mais uma semana sem graça no Congresso.
Renato
26/11/2018 10:52
Sr. Herculano é impressão minha ou o Presidente da Câmara estava no evento do PSL?
Herculano
26/11/2018 10:52
da série: se é um setor onde tudo está claro, organizado e há grandes chances de dar certo no governo de Bolsonaro é a economia, mas se o Congresso cheio de gigolôs e sacanas, deixar. É lá - a falsa e cara representação do povo - que as ideias devem ser aprovadas. É lá que se chantageou todos os governo democraticamente eleitos no Brasil e nos meteu num buraco do atraso e miséria, para o privilégios de castas.

BRASIL É PRISIONEIRO DA ARMADILHA SOCIAL-DEMOCRATA DO BAIXO CRESCIMENTO, DIZ GUEDES

Para economista de Bolsonaro, modelo levou à expansão de gastos e ao baixo crescimento

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Alexa Salomão e Flavia Lima. As luzes estavam apagadas quando o economista Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, entrou no grande salão do centro de eventos do WTC para falar no 4º Congresso Nacional do MBL (Movimento Brasil Livre). Exibia-se um vídeo com momentos apoteóticos do grupo no impeachment.

Ainda assim, a plateia se desconcentrou. Das cadeiras, do chão, em pé, de onde fosse possível se espremer, todas as atenções se voltaram para Guedes.

"Ai, ai, ai, privatiza a Petrobras" repetia a plateia quando Guedes pegou o microfone e iniciou a sua fala -uma espécie de aula sobre a história econômica brasileira com pitadas de biologia.

Com os fortes investimentos em infraestrutura feitos nos anos de regime militar, disse ele, o Brasil se torna a economia que mais cresce no mundo, "em torno de 7,3% nos primeiros três quartos do século passado."

"Já no fim do regime militar, porém, a economia dá os primeiros sinais de desaceleração, com alta da inflação."

Vem a redemocratização e, segundo o economista, é natural que a esquerda se fortaleça em reação a um regime político que era de direita.

Numa democracia emergente, afirmou, também é natural que a esquerda comece a "esticar o cobertor em direção às áreas sociais - saúde, educação e saneamento."

O PMDB foi a primeira versão dessa esquerda, disse Guedes. O partido, porém, não consegue transformar o "estado dirigista" e o gasto público sai do controle.

Os preços sobem e surge o fenômeno da hiperinflação, com a correção diária também dos investimentos.

"O Brasil se torna prisioneiro dessa armadilha social-democrata do baixo crescimento", disse, um "inferno para os empreendedores e o paraíso dos rentistas."

Guedes fez um paralelo com a rotina de formigas vermelhas que vivem na selva.

Segundo ele, um grupo de formigas marcha em direção ao alimento enquanto o outro retorna à colônia.

Até que, para desviar de um obstáculo, o grupo que está voltando engata no que faz o caminho de ida, girando em círculos na selva até morrer.

"As formigas da bunda grande e vermelha parecem o social-democrata no Brasil. Eles vão um atrás do outro e começam a girar. As formigas morrem, as nações se perdem por décadas", concluiu em meio aplausos entusiasmados da plateia.

Segundo ele, costela do PMDB, o PSDB deixou o partido em nome da ética.

Também em nome da ética, o PT venceu o PSDB por quatro eleições seguidas, sendo substituído pelo PMDB.

"É o círculo que descrevi. Foi esse modelo dirigista que acabou corrompendo a política e derrubando a economia, e nós nos perdemos."

O governo de Jair Bolsonaro seria, assim, uma virada histórica inevitável.

"O Brasil era um saci-pererê que só pulava com a perninha esquerda. Você só podia votar no social-democrata; o social-democrata tucano, o do chão de fábrica petista, o populista", afirmou.

"Aí surge alguém que não é de esquerda e vira aquela comoção: 'olha, ele fala feio'. O presidente tem bons princípios. Qual o problema de ele não se expressar sempre de forma politicamente correta? Tem gente que se expressa assim e está com a mão no cofre", disse entre aplausos e gritos apaixonados.

Guedes frisou a necessidade de conter a escalada do gasto público, afirmando que o modelo como um todo abre espaço para corrupção. "Dirigismo econômico corrompe. A União Soviética é o exemplo mais antigo, mas não precisamos ir longe. A Venezuela está bem aqui do lado", disse.

Guedes detalhou que os gastos, no início do governo militar, equivaliam a 18% do PIB (Produto Interno Bruto), alcançou cerca de 24% ao final. Com os civis, foi a 30% com José Sarney; 35% com Fernando Henrique Cardoso; 36% com Lula. Chegou a 45% do PIB com Dilma Rousseff. "O governo virou uma gigantesca folha de pagamento."

O economista defendeu o equilíbrio dos gastos totais, mas disse querer um Estado "eficiente e fraterno".

E afirmou estar "implícito é uma reforma na politica: "Acabou o toma-lá-dá-cá".

Mas contemporizou. Apesar dessas paixões, disse ele, "estamos seguindo uma democracia virtuosa." "A grande verdade é que se não existisse o Corinthians, não existiria o São Paulo, então nós precisamos do outro lado."
Herculano
26/11/2018 10:38
da série: comandar é uma coisa, governar é outra bem diferente

OS ÚLTIMOS DIAS DA LULA DE MEL DO PSL CATARINENSE, por Upiara Boschi, no jornal Diário Catarinense, NSC Florianópolis.

O PSL catarinense ainda vive a lua de mel pelo resultado impressionante que conquistou nas urnas em outubro. É natural. A partir de janeiro, o partido passa de pedra a vidraça, de franco-atirador a alvo. Todos eles sabem disso, o governador eleito Carlos Moisés da Silva, o presidente estadual Lucas Esmeraldino, os quatro deputados federais e os seis deputados estaduais eleitos.

Boa parte dessa turma vitoriosa estava reunida no sábado para uma confraternização que teve como anfitrião o deputado federal eleito Daniel Freitas. Envolvidos em outros compromissos, apenas três integrantes das futuras bancadas do partido não puderam comparecer ao encontro - que contou também com a vice-governadora eleita Daniela Reinehr. Um dos momentos do encontro, registrado nas redes sociais, tinha Freitas entoando o refrão da canção "Pescador de Ilusões", da banda O Rappa, acompanhado por outros pesselistas e pelo próprio governador eleito Carlos Moisés. O refrão repete a expressão "valeu a pena", dando o tom do sentimento de um grupo que encarou uma missão impossível e venceu. Eles merecem essa lua de mel.

Fora do microfone, é óbvio que a política e a formação do governo Moisés entrou em discussão. O governador eleito pediu aos parlamentares que levem a suas bases uma mensagem tranquilizadora em relação à composição da gestão. O encontro com os governadores eleitos Ratinho Junior (PSC, do Paraná) e Eduardo Leite (PSDB, do Rio Grande do Sul), semana passada, fez Moisés se sentir tranquilo em relação ao tempo - eles também ainda não avançaram muito na composição de suas equipes.

Há uma expectativa, inclusive no próprio PSL, de que o governador eleito anuncie primeiro os nomes da área de segurança pública - caso do único nome já indicado, o futuro delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Koerich. Coronel da reserva do Corpo de Bombeiros, Moisés tem maior trânsito e intimidade no tema e sente menor necessidade de completar esse mergulho na máquina administrativa.

Foi justamente esse período de imersão que fez Moisés abrir mão de um curso de gestão pública que foi oferecido aos governadores eleitos em Oxford, na Inglaterra, em promoção da Fundação Lemann. Nove futuros governantes atenderam ao chamado, entre eles Ronaldo Caiado (DEM, Goiás), Paulo Câmara (PSB, Pernambuco) e o gaúcho Eduardo Leite. O evento começou ontem, dura uma semana e tem como um de seus focos aprimorar mecanismos de seleção para cargos de segundo e terceiro escalão.

Para Moisés, a prioridade neste momento é analisar o Estado e planejar a estrutura administrativa. O governador eleito disse, através da assessoria, que vai verificar a possibilidade de participar do curso em Oxford em um momento posterior. A permanência de Moisés indica que teremos uma semana de definições sobre o futuro governo.
Herculano
26/11/2018 10:26
da série: coisa estranha, pois quem advoga a escola sem partido é a igreja com partido; mais estranho é que quem permitiu à anulação dos valores morais e religiosos foi a própria Igreja Católica; e ela paga caro e míngua por aderir no Brasil à Teologia da Libertação e instrumentalizar as eclesiais de base para dar suporte ao petismo, à esquerda do atraso, os que desmoralizam os costumes como forma de contextualizar o poder social, incluindo a corrupção.

ESCOLA SEM PARTIDO, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, no jornal Folha de S. Paulo

Lei é como elefante numa loja de cristais no que diz respeito a costumes e afetos

Não sou simpático à lei da Escola sem Partido. Sou professor há 22 anos. Ela pode virar um belo sistema randômico de censura. Pais de alunos são imprevisíveis.

Um dia posso estar falando de darwinismo e um pai evangélico considerar que estou pregando ateísmo. Um dia posso estar dizendo que a espécie humana reproduziu e sobreviveu porque a maioria dela é heterossexual e algum aluno filho de um casal gay pode me acusar de homofobia.

Você duvida? Se sim é porque anda alienado da realidade ridícula que o mundo está vivendo. As mídias sociais tornaram o ressentimento uma categoria política de ação. Os ressentidos perderam a vergonha na cara.

Não gosto de leis, não confio em juízes, promotores ou procuradores.

O Ministério Público com frequência nos considera cidadãos hipossuficientes e decide processar você por descrever a relação entre peso e massa na lei da gravidade numa aula - e essa lei não respeitaria as sensibilidades de pessoas vulneráveis psicologicamente devido ao maior peso delas.

Minha oposição à lei da Escola sem Partido não é porque eu não saiba que grande parte dos professores prega marxismo e similares em sala de aula. Prega sim. E a universidade não é um espaço de debate livre de ideias. Isso é um fetiche, para não dizer diretamente que é uma mentira deslavada.

A universidade é um espaço de truculência na gestão, na sala de aula, nos colegiados, no movimento estudantil.

Lobbies ideológicos ou não dilaceram as universidades quase as levando à inércia produtiva - principalmente nas "humanas".

Quem discordar da cartilha de esquerda é "fascista". Minha oposição à Escola sem Partido é porque ela é uma lei.

Sei. Ficou confuso? Vou repetir: minha oposição à Escola sem Partido é porque ela é uma lei. Com ela, aumentaríamos o mercado para advogados e a justificativa pra mais gasto com o Poder Judiciário.

Quem a defende parece não entender que lei em matéria de costumes é como um elefante em loja de cristais. Outra área em que lei é como um elefante em loja de cristais é no campo dos afetos.

Meu argumento, ao contrário do que podem pensar inteligentinhos de direita e de esquerda, é profundamente conservador, no sentido que o conceito tem na filosofia britânica a partir do século 19
- o conceito sem a palavra surge no final do 18 com Edmund Burke (1729-1797), a palavra surge na França nos primeiros anos do século 19, segundo o historiador das ideias Russel Kirk (1918-1994).

No sentido filosófico, e não no debate empobrecidos das militâncias, ser conservador é ser cético em matéria de invenções políticas, econômicas, sociais ou jurídicas.

Um temperamento conservador, como diria Michael Oakeshott (1901-1990), filósofo conservador britânico fundamental para o assunto, desconfia da fúria "racionalista" de se inventar, por exemplo, leis que interfiram sobre hábitos e costumes (estes, sim, pérolas para um cético em política).

Aliás, pouco se sabe entre nós sobre o que é, no sentido erudito e conceitual, ser conservador. Qual a razão de não sabermos? Pergunte aos professores e coordenadores de escolas e universidades. A bibliografia escolhida por eles é, na imensa maioria das vezes, uma pregação em si.

Alunos de escola, de graduação e pós-graduação, constantemente, são boicotados em sua intenção de conhecer outros títulos que não seja a cartilha com Marx e seus avatares.

A lei da Escola sem Partido é uma solução ruim para um problema real. A crítica a ela, sem reconhecer que sua motivação é justificada, presta um enorme desserviço ao debate.

Com isso não quero dizer que professores marxistas de história mentindo pura e simplesmente ou restringindo o acesso a múltiplas "narrativas" (como é chique falar agora) sejam a principal questão no Brasil de hoje em dia.

Existem muitas outras, como economia, corrupção, violência urbana, e outras mais. Mas, a formação educacional ideologicamente enviesada, por exemplo, faz muita gente "educada" abraçar movimentos como o Lula Livre, achando lindo.

A educação piorou muito depois que os professores resolveram pregar em sala de aula em vez de ensinar rios e capitais dos estados e países. Simples assim. Mas aumentar o mercado jurídico no país é um engano grave. Já somos presas demais do crescente lobby jurídico para não ver isso.
Herculano
26/11/2018 10:11
O QUE TERÁ PRETENDIDO O COMANDANTE DO EXÉRCITO COM UM TUÍTE SOBRE A "INTENTONA COMUNISTA"? VAI VER ESTAVA MANDANDO RECADO A FUTURO GOVERNO, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Pessoas que acompanham de perto os militares e suas relações com a política ainda tentam entender o significado de um tuíte publicado pelo general Eduardo Villas Boas, comandante do Exército. Lá se lê:

"Determinei ao @exercitooficial que rememorem a Intentona Comunista ocorrida há 83 anos (27 Nov 1935). Antecedentes, fatos e consequências serão apreciados para que não tenhamos nunca mais, irmãos contra irmãos vertendo sangue verde e amarelo em nome de uma ideologia diversionista"

Como fato histórico, a dita "intentona" pode ser apreciada a qualquer tempo. Nas escolas de formação das Forças Armadas, pode e deve ser estudada. E certamente a ninguém ocorrerá que se peça, nesses ambientes, uma abordagem "sem partido".

Por que, agora, a ênfase numa tentativa de levante comunista?

Vamos pensar um pouco.

Alguém anda a ver por aí algum comportamento exacerbado da esquerda?

Não.

Existem esquerdistas questionando a legitimidade do pleito que elegeu Bolsonaro?

Não.

A tal "ideologia diversionista" anda a assombrar o Brasil?

Não - a não ser na mente de alguns paranoicos, e não é o caso de Villas Boas.

Volto-me ao texto. O general pede que se rememorem antecedentes, fatos e consequências.

Antecedentes: um golpe "modernizador" (1930), a resistência em admitir um regime constitucional e maquinações que buscavam um novo golpe, que acabou sendo desferido em 1937. E, como sabe Villas Boas, correu sangue de todas as correntes ideológicas - e o de todos era, digamos, vermelho. Sem metáfora.

Com efeito, não é bom esse negócio de haver "irmãos contra irmãos", brasileiros contra brasileiros, em luta armada ou guerra civil.

Que se saiba, as forças comunistas que tentaram tomar o poder pelas armas em 1935 não conseguiriam hoje tomar um fusca velho.

À esteira da dita "intentona", veio a farsa do "Plano Cohen" (1937), que, suponho, por determinação de Villas Boas, deve também ser estudando no capítulo das "Consequências". Tratou-se de uma armação vigarista, de autoria, tudo indica, do então capitão Olímpio Mourão Filho - mais tarde, protagonista do golpe militar de 1964, já então general -, anunciado na rádio pelo general Góes Monteiro.

O falso plano - com um nome judeu para fazer as honras do antissemitismo da então extrema-direita brasileira - revelaria uma suposta trama comunista para tomar o poder e serviu de pretexto para deflagrar o Estado Novo. A ditadura liderada por Getúlio Vargas perdurou até 1945. Foi muito mais violenta e repressiva que a de 1964.

Vai ver Villas Boas está mandando um recado para os futuros ocupantes do poder. Nesse caso, estaria querendo dizer: cuidado com os antecedentes porque, como diria o Conselheiro Acácio, reinterpretado por Marco Maciel, "as consequências vêm sempre depois".

Considerando que o general certamente não está disposto a rever as anistias de 1945, é a única coisa que justificaria recomendação tão enfática.

E também acho que devemos tomar cuidado com ideologias diversionistas.

Chamo de "diversionista" tudo aquilo que se afasta dos valores consagrados pelo Artigo 5º da Constituição de 1988.
Herculano
26/11/2018 09:58
da série: o impressionante corporativismo dos mais fortes e protegidos pela lei, pagos com o dinheiro dos mais fracos. Penso que não entenderam direito o que a maioria dos eleitores e eleitoras deu como recado nas urnas.

NÃO HÁ GARANTIA DE FIM DO AUXÍLIO-MORADIA EM TROCA DE REAJUSTE PARA JUÍZES, por Leandro Colon, diretor da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo

Lobby de magistrados cresce e STF não sinaliza fim de benefício injustificável

Sob o lobby escancarado do Judiciário, o presidente Michel Temer tem até quarta-feira (28) para decidir se sanciona ou veta o aumento de 16,38% nos salários dos juízes.

Se o bom senso e o zelo pelas contas públicas prevalecessem nos bastidores do poder em Brasília, o reajuste não teria passado a toque de caixa no Congresso - no Senado, em uma votação relâmpago, às pressas.

Político não gosta de ter problema com juiz e juiz sabe disso. Temer negociou em encontro noturno (prática nada incomum no atual governo) no Alvorada com os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux a aprovação da medida que, segundo estudo de técnicos legislativos, pode ter um impacto de R$ 4 bilhões por ano.

Em troca de engordar o contracheque dos juízes, haveria um compromisso do STF de enfim colocar em julgamento o fim do auxílio-moradia de R$ 4.377 mensais pago aos magistrados, mordomia injustificável a uma classe abastada, bem remunerada na realidade brasileira e que já desfruta de outras regalias.

Pois, bem. O reajuste passou no Congresso e depende agora de uma canetada de Temer. Na semana passada, Toffoli e o presidente do STJ, João Otávio de Noronha, aproveitaram almoço com o chefe da economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, para defender a elevação salarial.

No caso de um ministro do STF, o valor subirá de R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil. Haverá um efeito cascata, classificado por Noronha de "papagaiada", na remuneração dos juízes das instâncias inferiores.

O lobby não ocorre apenas nos almoços fechados com chefes das altas cortes. Não satisfeita com um salário maior, a categoria arma um contragolpe para impedir o fim do auxílio-moradia. Na sexta-feira (23), a AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) entrou com pedido para que Fux, relator das ações sobre o benefício, não o revogue imediatamente.

Fux foi quem sentou em cima do tema por longo período. Não há, até agora, garantia de que os intocáveis de toga vão perder a ajuda de custo se Temer ceder e sancionar o aumento.
Miguel José Teixeira
26/11/2018 09:43
Senhores,

Atenção títeres (fantoches, bonecos, incautos & fanáticos):

Vem aí. . .o

"Réveillon do titeriteiro"

Mortadela: FREE!!!

Sidra: FREE!!!

Informações em qualquer pocilga do quadrilhão.

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