05/02/2018
Nunca a expressão que cunhei, “Ilhota em Chamas” para sintetizar o desastroso governo de Daniel Christian Bosi, PSD, caiu tão bem para o seu adversário e sucessor, Érico de Oliveira, mais conhecido pelo apelido de Dida, bem como para o “seu” velho MDB de guerra, como ele e o seu padrinho político, o outro ex-prefeito, Ademar Felisky e enrolado na Justiça, gostam de salientar nas churrascadas, cervejadas, foguetórios e discursos que fazem para comemorar a prisão dos adversários.
Érico, para começar, é o estranho no ninho do “nosso MDB de guerra”. Érico veio do PP, o partido de Amarildo Avelino Laureano, o Keka, a quem Érico derrotou na contenda de outubro de 2016. Ou seja, Érico não domina esse terreno, vai rebolar para juntar os cacos. O vice dele é Joel José Soares, do DEM.
Bosi deve estar agora de alma lavada. Tanto que até a concorrência, aliada do ex-prefeito, acaba de admitir que em Ilhota existem lambanças do jogo e disputa de poder, isso tudo depois da continuada exposição aqui; de um longo e conveniente silêncio dela à espera de uma beiradinha oficial. Antes tarde do que nunca, pois ficava a impressão de que só eu é que enxergava essas misérias da falta de transparência do poder político.
E quem a lavou a alma de Bosi? Dida, sem origem no MDB e o MDB raiz de Ilhota que quer dar lugar ao sol para os seus, mesmo sem uma liderança forte depois de tudo que aconteceu ao seu astro Ademar, o que centralizava tudo. Nada como um dia após o outro. E a minha alma, marcada por políticos e poderosos desalmados que intimidam, humilham e constrangem, também se lava. E pelos erros e pegadas que eles próprios negam quando expostos aqui. Só aqui, ou nas redes sociais das quais não possuem controle algum e não podem calá-la.
E o barco segue...
O governo MDB de Ilhota, infiltrado por correligionários desembarcados de Balneário Camboriú (ex-prefeito Edson Renato Periquito Dias) e que já bateu em retirada (ou foi corrido?), bem como pelo desempregado de Luiz Alves, liderado pelo ex-prefeito, Viland Bork, que é secretário de Obras em Ilhota e quer o mando na administração, bateu cabeça.
Foi coisa feia. Mal deu um ano de “união” e governo. Logo em ano de eleições gerais, tempo em que toda essa gente se torna cabo eleitoral, com os mais variados preços nos esquemas para presidente, governador, senadores e deputados.
A “desunião” deflaciona esse mercado, ainda mais num ambiente com “restrições” de patrocinadores privados de campanha.
Quem vai pagá-la, somos nós. Assim decidiram, espertamente deputados e senadores que querem se reeleger, em nosso nome. Na verdade, é dinheiro dos pesados impostos que estão faltando na saúde, educação, segurança ou obras como a duplicação da rodovia BR 470, o Contorno de Gaspar e agora, até para o improvisado Contorno Urbano inventado pela turma do prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, parcialmente melado pela falta de pulso de Kleber.
BAIXARIA
Foi um final de semana quente – no tempo e na política, principalmente - na Capital da Moda Íntima de Santa Catarina. Apropriado! Os políticos de Ilhota resolveram tirar a roupa suja do corpo e mostram a sua intimidade. Bom e ruim? Depende como se analisa o assunto. Tudo via o whatsapp e as redes sociais.
Resultado? Viu-se, então, mais claramente, como se dá o loteamento político do poder na cidade. Aliás, é outro tipo de negócio em terreno minado. Ilhota também quer ser a Capital dos Loteamentos. Mas, quase todos com problemas de origem. Tanto que o secretário de Meio Ambiente, Robson Antônio Dias, acaba de dar no pé.
E depois dessa baixaria deste final de semana, os políticos e os que estão no poder de plantão ainda querem culpar a imprensa. Mas, a que funciona para seus clientes leitores, a que não é comprada por migalhas, nem a silenciada pela chantagem, pressão, omissão, preguiça ou versões fantasiosas Vergonha!
Pior mesmo, é ver um assessor de comunicação transformado em X9, alcagueta e espião de categoria duvidosa, ao invés de exercer a sua função de comunicar, de dar transparência, de facilitar relacionamentos, prover as informações para e com os veículos de comunicação. É isso que ensinam nas faculdades de comunicação hoje em dia? No áudio, o prefeito Érico, humilhantemente, o trata como um bobinho, como se nem isso, o assessor soubesse fazer.
Voltando. O prefeito Érico estufou o peito na sexta-feira logo cedo. E direto do litoral do Ceará (Beach Park Acqua Ressort) onde está de férias com a família – sem o pedido formal de licença por aqui – disse que quando chegar de volta a Ilhota nesta quarta-feira (se não se antecipar por conta da quizomba que fez), vai promover uma “revolução” dentro da sua equipe de governo. E segundo Érico, se não mudar de ideia até lá, todos em cargos de comissão e confiança na secretaria de Saúde, vão cair. Uau! Ouçam!
Ouviram? Não é montagem, não! É a realidade dos nossos políticos e que querem vê-la escondida; pressão de todos os tipos e desmoralização de veículos de comunicação, jornalistas e especialmente para colunista. É assim que funciona os bastidores do poder. Este áudio é fruto de um grande erro, armadilhas, falta de liderança, habilidade e até inteligência. Quanto a titular da secretaria da Saúde de Ilhota, Érico não precisa se preocupar. Como ele, queria e não sabia como fazer, a secretária, nem apareceu na sexta-feira e já avisou aos seus que pediu as contas. Nem deve aparecer mais lá. O caminho está aberto.
NOTÍCIA FALSA
Aos leitoras e leitores de Ilhota, Gaspar e outras paragens, que tornam esta coluna a mais lida do portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o mais atualizado e o mais acessado daqui, vou lhes explicar o passo a passo desse pastelão de quinta categoria. Ele, todavia, criou o maior desacerto já visto no MDB quando no poder em Ilhota. Pelo menos, não há registro anteriores de algo semelhante.
Sexta-feira, logo cedo, circulou no whats app e redes sociais, uma notícia tida como falsa; uma praga na internet. Este exemplo, mostra o porquê dos jornais tradicionais, como o Cruzeiro do Vale, o mais antigo e de maior circulação em Gaspar e Ilhota, continuam como fontes da comunidade: é devido a sua credibilidade.
A notícia era de uma suposta prisão pela Polícia Federal de um comerciante em Luiz Alves. Ele teria desviado montanhas de dinheiro na venda de produtos para a prefeitura de lá. O exagero da notícia falava de cifras milionárias depositadas numa conta na Suíça. Essa notícia sem fonte crível, repito, a princípio, falsa “sugeria”, sem citar nomes, que o ex-prefeito de Luiz Alves, Viland Bork, estaria no meio dessa confusão.
Pronto! Daí não houve mais controle da situação.
O núcleo no poder de plantão em Ilhota, possui um grupo no whattsapp, chamado G15 (alusão número do MDB). Coisa de poucos para poucos. Normal!
A notícia, até agora falsa, foi postada nesse grupo. Viland, um dos fortes conselheiros de Érico, como secretário, “sentindo-se” atingido, justificou-se e se defendeu em particular ao prefeito Érico que estava já na sexta-feira no sol escaldante Nordeste.
Tomados pela raiva e emoção, ambos fizeram a pior escolha: desconfiaram de uma “armação” do médico Lucas Gonçalves, ex-candidato a prefeito e que perdeu exatamente para Bosi. Lucas já foi secretário da Saúde de Ilhota. Melhor: como médico público e secretário que foi, estabeleceu-se como fiador e garoto propaganda para Érico se eleger. Mas, contrariando o grupo de Érico, bem recentemente, Lucas se tornou presidente do MDB de Ilhota.
E aí nasceu as “desconfianças” de sexta-feira. E fantasmas caçam fantasmas. Ainda mais na política, na insaciável busca de poder e vantagens decorrentes dele.
Para piorar, Lucas, com todas as ligações com Ilhota, está em Luiz Alves (terra de Viland Bork), onde é diretor do Hospital por lá, terra em que se passa um “pente fino” do ex-administrador. E para completar: o médico Lucas, o político Lucas é o marido da secretária de Saúde de Ilhota, a enfermeira Jocelene da Silveira, a que o prefeito Érico queria a cabeça.
A ESPIONAGEM
Perceberam o loteamento e como tudo se entrelaça no poder de plantão de um governo? A história é sempre a mesma. E sempre os mesmos! A conta sustentar tudo isso? É sempre paga pelo povo, ou “a minha gente” como se refere o prefeito Érico, com os pesados impostos.
Retomo mais uma vez. Dida envenenado por Viland, resolveu escolher um X9, um “investigador” – como um Cavalo de Troia – infiltrá-lo dentro da secretaria de Saúde. A missão? Como quem não quisesse nada, descobrir uma prova contra secretária Jocelene. Tudo para atingir o dr. Lucas, o suposto traíra político do grande esquemão do atual governo, o que estaria criando um fortalecimento político paralelo, para supostamente enfraquecer Érico, com a desmoralização do principal assessor do prefeito Érico, o ex de Luiz Alves, Viland.
Érico envenenado, sem cozinhar o galo direito, ao seu estilo do velho político, gravou o áudio abaixo. Era para o “assessor de comunicação”, José Carlos Macedo, uma área falida, cabide de emprego, e que ainda não disse a que veio em Ilhota. Pelo áudio, entretanto, fica claro que ela tem outra função diversa daquilo que prevê a legislação que contratou o titular. Presta-se ao servilismo. Ouçam!
O que aconteceu? Não há crime perfeito! O prefeito Erico, apressado, nervoso, raivoso, desconfiando da própria sombra, ou não sabendo manusear direito o seu smartphone, ao invés de enviar a gravação com as ordens e orientações para o espião Macedo, mandou para o seu grupo de poder, fofocas e desconfianças no whatsapp denominado de G15. Foi fogo em mato seco. Incendiou-se imediatamente. O mundo político do MDB de Ilhota veio abaixo. E até o MDB estadual entrou na parada. Um desastro só.
Desde sexta-feira cedo o MDB de Ilhota e seus coligados ardem. Uma desconfiança geral entre todos. Ninguém sabe em quem confiar. E a fogueira das vaidades, até o momento desta segunda-feira quando posto esta coluna, está sendo difícil para ser controlada. Torcidas se organizaram num Fla x Flu não na oposição, mas na coligação de governo.
Érico, avisado do erro sobre no envio da mensagem em que ensinava um assessor de imprensa onde e como espionar os seus, ainda falou grosso e tentou dar uma: fiz e daí. Reparem que alguém dita o que ele tem que dizer. Em síntese, foi mais ou menos assim: fiz, sou assim e vocês que se cuidem, porque aqui quem manda sou eu. Coisa de chefe e não de líder. Mais: gente da família que nem oficialmente está no governo bateu no mesmo tom para que não houvessem dúvidas. Ouçam, reflitam e concluam.
Um governo deve mesmo fazer mesmo pesquisa. Concordo. Todos de bom senso concordam. Quaisquer empresas bem-sucedidas, e o prefeito se diz antes de político, um empresário bem-sucedido, tomam decisões lastreadas em pesquisas, ouvindo o mercado sobre si, seus produtos e procedimentos nos relacionamentos com os clientes e fornecedores.
Um governo, em tese, é igual, se quiser ser bem-sucedido, atender o público e por decorrência, permanecer no poder. E governo deve mudar quando alguma coisa não funcionar para a sua boa imagem ou não atender o público como governo projetou ou espera que seja atendido.
O prefeito Érico, em postagens anteriores na sua rede, falas e discursos por aí, arrotou que a sua aprovação era de 95%. Agora, admite que é de 75%. Onde? Exatamente na secretaria de Obras, a tocada por Viland, o suposto rival de Lucas, de Jocelene. Sintomático, mais uma vez de onde partiu o veneno!
Supondo que esta avaliação da administração de Érico seja verdadeira, pois se existe está entre paredes (e não há nenhuma obrigação de mostrá-la, ressalte-se), ela é bem alta, reconhece-se. Entretanto, se é tão baixa na Saúde como confessa o prefeito no próprio áudio acima –e as verdades são ditas nos momentos de raiva incontrolável -, a média ponderada pode mostrar que os números ainda são menores no total do que os 75% para o seu governo, e que Érico só admite agora. A mentira tem pernas curtas, dizia meu falecido pai.
A SAÚDE NÃO FUNCIONA?
Ora se a Saúde Pública não funciona em Ilhota, está certíssimo o prefeito Érico em tomar uma atitude em favor da sua gente (o povo) para melhorá-la. Mas, faz isso tarde demais e de forma torta. A reclamação estaria, segundo fontes internas e ele próprio dá pistas na gravação, na recepção e na vacinação do posto de Saúde. E para isso, bastaria lembrar que ali estão duas sobrinhas do prefeito (não atingidas pela lei do nepotismo por estarem no terceiro grau). Então? E são “imexíveis”, não haverá secretário de Saúde que possa mudá-las ou se tentar novas experiências.
Sem entrar no mérito do caso criado na sexta-feira passada. Ora, se a Saúde não funciona em Ilhota (não funciona em Gaspar também), isso não é de um dia para o outro, certo? Não precisa ser um expert no assunto. É porque alguma coisa não foi debatida pelo prefeito, cara a cara, com o setor. Faltou diálogo. Faltou disposição para a solução. Coisa de políticos e seus joguinhos, onde quem paga com a dor, a espera, o sofrimento é o doente, o pobre, o trabalhador, o desempregado, o aposentado. Aquele que Érico chama de “minha gente”.
E logo o prefeito Érico, presunçoso e que diz estar ouvindo a população permanentemente? Hum! Ou seja, aí tem. E nem disfarces há! Resumindo: Érico está arrumando um pé fora do ambiente da Saúde, para se livrar de um compromisso político com quem não é mais do seu agrado. Só isso! Basta olhar a sequência abaixo.
Para encerrar. O que disseram os principais envolvidos neste incêndio?
Viland Bork, pivô da confusão, está caladinho. Ele entende de tudo, afinal já foi prefeito por oito anos de Luiz Alves, um município assemelhado a Ilhota. E lá começa a se desnudar o passado.
O “espião” Macedo, como foi desmascarado na sua função de assessor de comunicação, está desconfiado que poderá sobrar nesta história de políticos matreiros. Afinal, pode também está sendo “espionado” num ambiente que deveria ser de confiança. Numa conversa com os donos do poder de plantão nas redes sociais, todavia, ele mostrou orgulhoso da confiança depositada. Hum!
Outros figurantes dessa história, estão esperando a recompensa pelo apoio incondicional ao prefeito. Alguns, todavia, estão preparados para desembarcar do velho MDB de guerra de Ilhota, ao menos sob a batuta de Érico e Ademar. É o jogo. Alguém vai se dar bem. Alguém vai se dar mal neste enredo repetido às centenas no noticiário político nacional e local.
QUEM TRAIU QUEM, AFINAL?
O dr. Lucas foi o primeiro a escrever. Nada de áudio privado. Um perigo, mesmo quando enviado para a pessoa certa. Afinal, neste jogo brutal de sobrevivência, lavação de roupa suja e de preservação da “honra” própria, hoje, ninguém é de ninguém! Entretanto, ontem, domingo, o perfil da sua rede, com sua mulher, saiu do ar. Os escritos só para quem os copiou.
O presidente do MDB de Ilhota, Lucas Gonçalves, reafirmou que não quer ser candidato a nada. Contudo sobre a sua mulher, silenciou. Ai pode morar o perigo. Lucas disse que estaria saindo da presidência do MDB, que até a edição da coluna não se confirmou. Está se procurando um nome para “harmonizar” o ambiente antes da possível troca. Lucas, mais inteligente no seu escrito, antes tratou o prefeito de “então amigo Dida” e lembrou que a eleição de Érico (64,22% dos votos válidos com 5.550 sufrágios) se deveu, segundo ele, à sua participação, sem contrapartidas (?) apesar da sua mulher Jocelene ter sido indicada secretária da Saúde de Ilhota.
Traição? Lucas lembrou que pela frente Érico sempre pedia pela sua mulher Jocelene na Saúde. “Agora venho descobrir pelas suas próprias palavras que ele pressionava minha esposa para sair. Isso para mim além de ser uma traição sem medida, me transparece mais um ato de covardia, mas para que”?
No texto, o dr. Lucas, esposo de Jocelene e ainda presidente do MDB de Ilhota, em alguns momentos pisou fundo e não se conteve. Disse querer respostas do político e prefeito Érico: “mas que não seja leviano de levantar falsas acusações sem provas, pois aí o processo deixa de ser corriqueiro e vamos até às últimas consequências...”. Ou seja, no fundo o dr. Lucas não fechou às portas. Deixou-as, providencialmente abertas, para o prefeito Érico fazer isso. E aí ter discursos.
E para se aproximar do fim deste textão e mostrar que as queixas do prefeito Érico contra a imprensa livre não têm razão de ser.
É o próprio ainda presidente do MDB, Lucas Gonçalves quem atesta: “apesar dos seus rampantes de insanidade em determinadas situações, ele tem a chance de ser o melhor prefeito de ilhota, de se reeleger e perpetuar sua ideologia por muitos anos, mas como pessoa o Dida morreu, querer destruir quem só o ajudou e nunca pediu nada troca, e o mesmo que cortar a mão de quem sempre só o alimentou. Me afasto definitivamente e de forma irrevogável da política e da administração de ilhota, mas permanecerei ilhotense de corpo e alma...”.
Como assim? Alguém com rompantes de insanidade, atestado por um aliado, presidente do partido, o garoto propaganda da campanha e médico, poderá ser o melhor prefeito de Ilhota? Estranho isso, não é? Coisa de políticos! Coisas do jogo. Coisa das fogueiras. Lucas, mais uma vez não fechou as portas. Deixo-as, providencialmente abertas, para o prefeito Érico fazer isso. E ai ter discursos.
OS ILHOTENSES ESTÃO SORRINDO
Diferente dos áudios e das primeiras postagens na sua página social, normalmente feita por familiares para louvá-lo (e não é demérito nenhum), o prefeito Érico de Oliveira, o Dida, mudou o tom. A “carta” bem escrita, aparentemente também mudou o foco da discussão. Mas, só aparentemente. Pois de verdade, criou é mais confusão. Nas entrelinhas continuou a beligerância.
E o que “escreveu”, ou assinou, o prefeito Érico lá nas suas férias no Nordeste aos ilhotenses na sua rede social, na tentativa de apagar as chamas de Ilhota? Quase nada que pudesse por água na fervura.
“Para os poucos que ainda insistem em nos atacar de forma rasteira e covarde, informo que os resultados da administração Dida e Joel estão aí para quem quiser ver. Não são promessas, são realizações. E muitas! Os Ilhotenses estão sorrindo”!
Espera aí: mandar um espião disfarçado de assessor de imprensa arrumar razões para detonar uma secretária e sua equipe em outra área; dizer pela frente que a sua secretária de Saúde é a melhor, mas por detrás tramar à sua saída é o que, se não algo rasteiro? A pergunta que corria no final de semana na rede de alguns do MDB, ligado ao dr. Lucas, era a quem mesmo o prefeito estaria se referindo, se não a ele próprio na Carta Aberta aos cidadãos de Ilhota, os quais Érico os trata de “minha gente”.
Esta quarta-feira será o “dia da revolução” em Ilhota. Vamos apurar o tamanho dela.
E o prefeito Érico Oliveira precisa tomar providências urgentes, afinal foi ele mesmo quem assegurou na tal carta “aberta” ao povo da sua cidade que: “a lida de um chefe de governo sério é muito difícil porque nem sempre é possível contar com a integridade ética de todos aqueles que o cercam. O poder e o acesso fácil aos recursos públicos criam, infelizmente, um ambiente tentador para que alguns sucumbam à pratica de condutas moralmente questionáveis e por vezes até criminosas”.
Opa! Fala sério, prefeito Érico! É isso mesmo? Quem escreveu é seu amigo? O senhor leu o que postou? Ou está matando no peito mais uma achando que isso não terá consequências e desdobramentos?
Primeiro, o prefeito Érico acusou a gestora da saúde de não corresponder à eficiência técnica nos resultados para o governo e o povo da cidade. A princípio, ele está certo e no papel de administrador e na autonomia do gestor. Segundo, na carta, todavia, o mesmo prefeito insinua, que há alguém que está se desviando da integridade ética? É grave, pois parece conhecer o problema e ainda não resolveu. E se não eliminou é cúmplice. Está claro na lei. E ai é preciso investigar, representar...
Prefeito é preciso correr rápido. É preciso mesmo fazer uma “revolução”. E é para salvar a si próprio, depois de uma declaração como essa, feita de forma escrita e assinada como sendo sua.
O QUE FARÁ O NERO DE ILHOTA?
Então está na hora do prefeito Érico resmungar menos; de parar de acusar a imprensa, que não é a sua subordinada, de inimiga; de parar de falar uma coisa pela frente e fazer outra por detrás do seu próprio grupo de apoio político e de “confiança”; de empregar somente gente com ficha suja e não cheia de processos ou dúvidas; de ser mais transparente ao invés de “inventar” espiões fuleiros, desviando-os de suas funções originais para as quais foram contratados e pagos com o dinheiro do povo, da sua gente, para produzir resultados diversos da cizânia.
Enfim está na hora do prefeito Érico de Oliveira, do velho MDB de guerra, agir e dar nomes aos bois do que insinua nos próprios escritos, ampliando com isso, as dúvidas da imprensa séria e dos seus próprios conterrâneos. Não é à toa que o Ministério Público faz plantão em Ilhota.
Porque se prefeito Érico sabe que existem problemas, como insinua nas gravações e principalmente na tal carta aberta, e não tomar providências prudentes ou saneadoras, e urgente, é o prefeito Érico vai responder sozinho por esse grave erro que ele próprio levanta e tenta colar nos outros sem dar nomes, apenas para dar avisos cifrados aos seus.
Nero incendiou Roma, diz o dito popular. A verdade, dos historiadores é outra.
Nero nem estava em Roma nesse dia no ano de 64 DC. As construções naquela época eram de madeira, ligadas umas nas outras. O incêndio em uma, com o vento forte, o tempo seco, fez o fogo se espalhar rápido e incontrolavelmente.
Nero, quando voltou a Roma, teria ajudado no socorro aos desabrigados e até abriu os jardins do palácio para abrigo. Entretanto, ao comprar as terras das áreas devastadas pelo incêndio por preço vil para a ampliação do próprio palácio romano, criou desconfianças e fez perpetuar a história dos populares de que ele pôs fogo na cidade, enquanto assistia tudo, sarcasticamente, tocando harpa nos balcões do seu palácio.
Ilhota está em chamas. Exatamente quando o prefeito Érico de Oliveira está fora de Ilhota. Mas, neste caso, o prefeito Érico é o seu combustível das chamas. Quem será o bombeiro? O que fará o prefeito Érico quando voltar?Reunir os cacos ou ocupar os espaços devastados pela sua imprudência na comunicação, atitudes e desconfianças que possui dentro do seu próprio núcleo de poder e na direção do MDB local?
Roma e Ilhota se entrelaçam no tempo com os seus políticos e versões. A verdadeira história ainda será contada. E o final só depende do prefeito Érico.
A oposição está se deliciando! Mas, também não está com essa bola toda, para comemorar. Teve o poder nas mãos e o jogou fora pela ineficiência contra a cidade e os cidadãos. Ilhota está em chamas. E eu, mais uma vez, apenas olhando a maré!
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