13/01/2020
Aprendizados nenhum e temor zero. Apostou, como vários outros políticos e gestores, no corpo fechado diante dos órgãos de fiscalização, no silêncio da imprensa e nas relações com poderosos para tudo abafar.
O que relato abaixo foi tema de várias colunas, e só aqui. O que o contexto prova? Que, para os poderosos e políticos, o sistema caro que protege a sociedade é lento quando não trabalha a favor dos donos do poder.
O ex-prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi, PSD, desistiu da reeleição e foi pego pelo Gaeco em erros administrativos. O eleito para sucede-lo, Erico Oliveira, MDB, e seu tutor político, também ex-prefeito, Ademar Felisky, MDB, ao comemorarem o sucesso de uma investigação, descuidaram de si próprios. É o que prova o tempo.
Hoje é o primeiro dia 13 do ano de 2020. Então, é o dia mais apropriado para tratar desse tema. Pena que não seja uma sexta-feira. Mas, é Lua Cheia (começou na sexta, dia 10 e já está se “esvaziando”). Melhor fosse uma daquelas luas de superstições, como a de “sangue”.
Escrevi em dezembro, que eu tinha finalizado nas “férias”, e sem retoques, mais de uma dezena de colunas inéditas para este 2020. Escrevi que elas estavam tão atualizadas e que sempre ao relê-las, eu mesmo ficava impressionado com a atualidade e como tudo isso, não era visto nas páginas e manchetes da imprensa local.
Conclui que faz parte da credibilidade e audiência da coluna - a qual pode ser atestada pela ferramenta própria no meio digital, bem como pela perseguição, constrangimento e as pragas que rogam contra este escriba e ao próprio jornal e portal. É para se comemorar.
Mais uma vez, o tempo foi o senhor da razão. Não tem erro. Estou, mais uma vez, de alma lavada. E infelizmente. Pois como cidadão, não há nada a que celebrar. A sociedade é a atingida. O dinheiro do povo – e pobre - é que está sendo engolido nas impropriedades. E a disputa eleitoral e de poder, é desigual, suja.
Antes de prosseguir, quero pedir desculpas aos leitores e leitoras deste espaço. O texto é novo, escrito depois das férias então. O fato não é novo. É do dia 17 de outubro do ano passado. Mas, ao meu conhecimento só chegou recentemente. Este artigo antecipa um outro que já estava pronto, e que estampo abaixo.
DELAÇÃO PREMIADA PEGA ÉRICO DE CALÇAS CURTAS
Ilhota é conhecida como a “Capital da Moda Íntima”. Pegou! Eu escrevi desde o tempo do governo do advogado Daniel Christian Bosi, PSD, que foi eleito como o mote de quebrar a escrita de dúvidas entre o PP e MDB – numa “criação” do então presidente do diretório do PSD de Gaspar, Fernando Neves, que Ilhota estava se tornando a “Capital dos Loteamentos”.
Tudo irregular, cheio de dúvidas. Pior, o que era para ser saneado, não só foi continuado e fomentado pelo rival e eleito, Érico de Oliveira, MDB, mas nascido no PP, e que nunca – até aqui - o nomeei pelo apelido de Dida. Autoridade tem nome e não apelida. Veja o caso do Lula...
Não vou me estender no textão daquilo que já mostrei em dezenas de artigos e notas aqui. Vou me ater aquilo que escrevi de que os empresários para acertar os seus empreendimentos e perder menos, estavam fazendo delação premiada.
A primeira já saiu e foi homologada. É a da G. Lafitte. É o que informa o Ministério Público Estadual da Comarca de Gaspar ao repassar para a Justiça Eleitoral local a delegação feita no âmbito do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, devido a prerrogativa de foro do prefeito de Ilhota, Érico de Oliveira.
O que se apurou? Que Érico, como candidato, recebeu doações não declaradas da G. Laffite – uma das imobiliárias bem conhecida na região de Itajaí e Camboriú, com empreendimentos na cidade - para a campanha eleitoral de 2016. Ulalá. Como a legislação diz que este ato é eleitoral, é para lá que foi remetido a delação entregando o prefeito para ele se defender. E assim fará. E como os políticos mudaram a legislação a favor deles, vai se alegar caixa dois. E caixa dois não é crime. No máximo um erro administrativo de quem gerenciou a conta do partido e do candidato. E a vida continuará....
O que restará? A mancha, a dúvida e o julgamento do eleitor e eleitora em quatro de outubro se o prefeito Érico resolver concorrer à reeleição. O antecessor, Daniel, olhando as pesquisas, o que fez, correu do páreo e abriu caminho para Érico.
PARA ENTENDER O CASO, É PRECISO RECUPERAR UMA NOTÍCIA DO CRUZEIRO DO VALE DE 23.06.2017
Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) resultou na prisão de empresários e políticos na manhã desta quinta-feira, 22 de junho [ a soltura aconteceu no dia 29 às 18h]. Entre os envolvidos está o ex-prefeito de Ilhota, Daniel Bosi, que foi preso no início da manhã, em sua casa.
Intitulada ‘Terra Prometida’, a operação teve sete mandados de prisão temporária e 25 mandados de busca e apreensão em residências e escritórios nas cidades de Ilhota, Camboriú, Balneário Camboriú, Itapema, Bombinhas e Tijucas. Além do ex-prefeito de Ilhota, Daniel Bosi, foram presos os proprietários da empresa G.Laffite, Gelson e Gilson Laffite; os ex-vereadores Carlos Alexandre Martins e Marcio Aquiles da Silva; o vereador Antônio Paulo da Silva Neto; e o ex-secretário da Fazenda, Sérgio Luiz Venâncio.
As ocorrências de busca e apreensão ocorreram na sede do Grupo Laffite, casa de Gelson Laffite , casa de Gilson Laffite Neto, casa de Vanda Regina Lucktemberg, casa de Roberto Poerner, casa de Roberto Jorge Freitag e Márcia Regina Oliveira Freitag, gabinete de Márcia Regina Oliveira Freitag, casa de Sérgio Luiz Venâncio, casa de Carlos Alexandre Martins, casa de Márcio Aquiles da Silva, casa de Antônio Paulo da Silva Neto, gabinete de Antônio Paulo da Silva Neto, casa de Gilberto de Souza, casa de Luiza Coppi Mathias e João José Mathias, sede Ibea Box e Alumínios, sede da Cibea Construtora, sede da Incorporadora Brasileira, sede da KDV Esquadrias de Alumínio, casa de Daniel Bosi, casa de Aurélio Rampelotti, casa de Josenildo Rosa, casa de Alexsander Alver Ribeiro, casa de José Pedro Costa, escritório de Abel Calixto Cardoso, sede da ECP Incorporações AS e sede da Cervi Construtora;
‘Terra Prometida’ é uma operação que teve início em 2015 e investiga políticos que estariam recebendo vantagens para alterar o plano diretor de suas cidades em benefício de determinados empresários, principalmente os ligados ao ramo imobiliário.
PARA FINALIZAR É PRECISO RECUPERAR O QUE ESCREVI NO DIA 26.06.2017 SOB O TÍTULO DE “ILHOTA EM CHAMAS”
O roto e o esfrangalhado. A Sucupira real supera a ficção de Dias Gomes. O ex-prefeito de Ilhota, o advogado Daniel Christian Bosi, PSD, foi preso na manhã de quinta-feira (na rede já circula a foto dele para identificação no presídio e que preferi o arquivo). Foi na operação "Terra Prometida", do Gaeco (um grupo de investigação com polícia especializada e Ministério Público) do litoral. Isso é já era notícia velha quando os políticos resolveram requentá-la à noite daquela quinta.
Esta, os jornais, portais (menos esta coluna), tevês e rádios não deram por preguiça ao bom jornalismo, medo ou conivência com os personagens. Foram mais uma vez, melancolicamente, superados pela realidade das redes sociais. O que aconteceu? À noite, o ex-prefeito Ademar Feliski, PMDB, o que verdadeiramente manda no atual, Érico de Oliveira - e isso fica claro mais uma vez no vídeo onde os dois estão abraçados e que pode ser assistido abaixo - reuniu “amigos” na sua churrasqueira. E com champagne, foguetes, petiscos, churrasco e discursos, comemorou a detenção provisória do adversário.
Mas, gato escaldado tem medo é de água fria. E ele nunca esquece o susto que isso produz. No discurso que fez, Felisky, relembrou o dia em que “recebeu” a “visita” do então delegado de Ilhota, o gasparense Paulo Norberto Koerich. Já faz tempo, mas a lembrança, parece recente. Hoje, Koerich, coincidentemente está no Gaeco de Blumenau e que abrange a Comarca de Gaspar, com jurisdição sobre Ilhota, a que investiga os atuais e ex-mandatários na “terra arrasada”.
Então, Koerich se tornou, desde àquele episódio, um pesadelo torturante para Felisky. Ele não esquece àquele acontecimento daquela manhã à porta da sua casa. De verdade, Felisky, teme à repetição, e por isso, vive se justificando junto aos seus e fantasiando sobre àquele fato. Felisky que escolhe os da sua “famiglia”, colocou Koerich entre os que não poderiam ter feito uma busca e apreensão de documentos na sua casa para virar manchete nos meios de comunicação e principalmente instrumentalizar e integrar inquéritos. Mágoa.
Os políticos vivem cercados de “amigos”, batizam todos como de uma “família”. E ai daqueles que não ofereçam rendição incondicional aos prazeres e projetos pessoais do chefe ou da família de poder, com as coisas públicas. Ora, Koerich só cumpriu um mandado expedido por autoridade judiciária competente. O que Felisky queria? Que Koerich, em nome de uma suposta amizade institucional (Felisky ex-prefeito, político influente e Koerich, um delegado) falhasse ou mostrasse incompetência como Felisky exige da imprensa livre? Koerich, naquela época fez o seu serviço e foi embora. Não fez nenhum juízo de valor. Entregou o que arrecadou ao juízo do caso, como determinava o mandado. Cumpriu a missão.
E por que escrevo isso? Por causa do discurso; da justificativa; e até, pelo tom jocoso ou depreciativo que Felisky usou na gravação para o seu antigo caso, mas assertivo para o atual de Daniel. Então perguntar, não ofende? O quê mesmo Felisky e uma dúzia de achegados estavam festejando? Era uma comemoração segundo ele próprio cunhou, da "família PMDB"? Família? Do PMDB? Isso parece coisa de máfia! Eu poderia escrever muito mais, inclusive de que as justificativas do ex-prefeito, são, na verdade, expressões de medo e vitória de Pirro. Mas, este vídeo explica melhor tudo isso e evita os desmentidos de sempre dos políticos envolvidos em Ilhota e Gaspar. Sim, nós temos ainda Odoricos Paraguaçus, o roto, o esfrangalhado, o sucessor e a cópia,...
Quando a urucubaca bate, dizia meu falecido pai, não há água benta que a espante. Impressionante. E a urucubaca, como neste caso, não surge do nada. Ela está ali rondando e aguardando o melhor momento para infernizar que a criou.
O caso que vou lhes relatar é antigo. Mas, só agora, veio a público. E vou afirmar mais: Ilhota inteira toda sabe dele pelos aplicativos de mensagens. Áudios vazados de pessoa morta, dão conta que na prefeitura de Ilhota, sob a tutela do prefeito Érico de Oliveira, MDB, funcionava um esquema de dúvidas sem precedentes. Alguns deles já relatados aqui nesta coluna.
Numa cidade que não possui imprensa. Numa cidade onde até poucos anos atrás, os atos públicos e concorrências, quando existiam, eram colados na porta da prefeitura, nada assusta. Não vou me estender. Os áudios revelam e falam mais que minhas palavras
A voz, é do ex-contador Jaci Treis, conhecido então como “Garra”, irmão da mulher de Érico, Marli. “Garra”, nascido em 1957, faleceu no dia dois de agosto de 2019, após um infarto. Mereceu até ponto facultativo e um decreto de luto por três dias.
Vamos os personagens dos áudios. Dida é o prefeito de Ilhota, Érico Oliveira; Aline Michele Deschamps: secretária de Controle Interno de Ilhota; Rosi Voltolini: secretária de Assistência Social de Ilhota; Kamila de Azevedo: diretora de Departamento da Assistência Social; Diogo Werner: Secretário de Administração de Ilhota; Patrick Ubirajara Pereira: responsável pelo RH de Ilhota; Joni Everton de Oliveira: responsável pelos convênios de Ilhota; Rogério Peninha Mendonça, MDB, deputado Federal; Jader: proprietário da empresa Artefatos de Cimento Santa Terezinha; Keka, apelido de José Geraldo de Oliveira e irmão de Érico; Liliane. de Balneário Camboriú era a dona da empresa que presta assessoria contábil para a prefeitura. Na época que o Garra estava vivo, estava em processo de licitação; Daniel, é Daniel Christian Bosi, PSD, ex-prefeito.
ALGUNS TRECHOS QUE MOSTRAVAM O DESCONTENTAMENTO DE “GARRA”, QUE ESTAVA EM VIAS DE SER RIFADO
0:29 - Garra fala que Dida não trata os funcionários de Ilhota bem, só os de outras cidades porque dá 17 horas e eles vão embora, não vão ficar comentando pela cidade sobre os esquemas do prefeito.
1:47 - Garra fala que a Aline (Aline Michele Deschamps, controle interno) ensinou coisa errada para o Diogo (Diogo Werner, secretário de Administração). Garra estava bravo porque queriam colocar outro contador além dele, através de processo seletivo.
0:38 - Garra fala que Dida falou para ele [Garra] que ganhando a reeleição (em 2020) colocaria secretário de outras cidades e ninguém de Ilhota, porque se o pessoal de Ilhota sabe dos esquemas dele começam a falar pela cidade, aí complica.
0:28 - Rosi (Rosi Voltolini), Kamila (Kamila de Azevedo), Aline (Aline Michele Deschamps) foram para Brasília. Dida estava brigado com a Aline, aí Garra fala que Dida disse que é só pagar uma passagem para ela ir para Brasília que fica tudo de boa, fazem as pazes, ou seja, usando dinheiro público para ela ir a Brasília sem necessidade, só para agradar.
0:42 - Garra fala que antes todo mundo queria o sistema da Betha, agora querem o IPM, Patrick (Patrick Ubirajara Pereira), Joni (Joni Everton de Oliveira) e elas (Luciana Flávia Luciane e Francineide Pereira, elas são de Luiz Alves, vieram junto com o ex-prefeito de lá, Villand Bork, MDB. Uma é chefe de gabinete e outra a chefe da licitação) agora querem o IPM, o IPM que é o sistema bom agora. Processo de sistema está parado na justiça, porque a licitação teve tons de direcionamento.
1:58 - Fala que sabem que estão metendo a mão nas Oficinas de Luiz Alves (Mecanica RH, AutoMecri), Jader (dono da empresa de lajotas, Artefatos de Cimento Santa Terezinha), na empresa da Aguas de Ilhota (Sandrini e Botega). Querem colocar o Keka (irmão do Prefeito) como contador e não sabem como. Garra previu isso. Keka está trabalhando na prefeitura. Quando o Garra morreu, o Keka não trabalhava lá ainda.
1:22 - Garra fala que Dida botou Matheus da Cunha, Leandro Schmitt e Ariane da Silva para a rua (isso lá no final de 2018) e deixou a família dele toda lá dentro (prefeito tem vários parentes trabalhando na prefeitura, que entraram por Processos Seletivos, no mínimo suspeitos). Fala que o Keka que vai pegar a vaga para contador pelo processo seletivo. E isso aconteceu mesmo. A consultoria que ele fala é a Assessoria Contábil que o prefeito queria contratar, a dona é uma tal de Liliane, de Balneário Camboriú.
0:40 - Só tem bandidagem dentro da prefeitura diz o Garra.
0:19 - Na Ilhota ninguém ganha as licitações, quanto menas gente da Ilhota ganhar melhor, porque daí o prefeito consegue fazer esquema.
1:29 - Garra fala que Dida chamou ele para falar de que a Liliane iria ganhar a licitação de Assessoria, senão ele não fecharia contrato. Prefeito definiu quem iria ganhar a licitação antes de acontecer. E realmente ela ganhou a licitação.
0:25 - Garra diz que prefeito pegou 10 mil do Jader para dar para o deputado Federal Peninha arrumar recurso e que o Garra tinha que dar um jeito.
0:48 - Garra diz que Dida irá sair com mais processo que o ex-prefeito Daniel.
Perguntar não ofende I. Se esta coluna não é lida por ninguém e eu não tenho credibilidade alguma, qual é mesmo a razão do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, prefeito de Gaspar, perder tempo e estar se explicando nas suas redes sobre assuntos só abordados aqui?
Perguntar não ofende II. Se o Samae duplicou a capacidade de armazenamento de água potável em Gaspar na gestão do mais longevo dos vereadores e administrador revelação do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, o presidente José Hilário Melato, PP, qual é a razão para faltar água nos bairros? Gente com sede não quer saber de propaganda e explicações, quer água para matar a sede, para lavar roupa, louça, tomar banho e até molhar a rua empoeirada... Outubro está chegando.
Kleber Edson Wan Dall, MDB, tem contra si na Justiça uma Ação Popular questionando o uso irregular da propaganda de governo. Ação não afetou em nada à estratégia dos seus marqueteiros e da comunicação oficial que trabalha unicamente visando a reeleição.
Comandando por gente instalada na ante-sala da Assessoria de Comunicação (que em menos de três anos, trocou quatro vezes de titulares), e por entendidos em direito eleitoral, a propaganda questionada não recuou, mas ao contrário, ampliou pelas redes sociais, disfarçada de comunicação pessoal do prefeito. Tudo para recuperar o terreno que está faltando sob os pés.
Depois de lançar slogan de governo como “construir o futuro”, “ gestão eficiente” e o tal “avança Gaspar”, agora Kleber tem um novo mote marqueteiro: “trabalho e responsabilidade”.
Façam as apostas: com quais desses slogans de governo, Kleber e seu governo vão ser reconhecidos pelo que fez até agora? Essas mudanças, refletem um certo desespero para responder os questionamentos do povo nas próprias redes sociais e os indicadores das pesquisas internas do governo e partidos que o apoiam.
Na coluna de sexta-feira, feita para a edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale, contei como o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, fez do suplente de vereador José Ademir de Moura, um joguete.
Tiraram o Moura, na marra, do PSC e o colocaram no PP, do dia para a noite. Tudo para barrar a CPI que tenta apurar na Câmara as supostas irregularidades do governo Kleber nas obras da Rua Frei Solano.
O que não contei na sexta-feira, é que o PSC surgiu aqui pelas mãos de Roberto Basei. E quem filiou Moura ao PSC, foi o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, que nasceu no MDB e já estava na época sem partido. Mas, tudo fugiu de controle de ambos.
Kleber dominou o PSC de Gaspar via as denominações das igrejas neo-pentencostais, com ajuda do deputado Adelor Lessa, enrolado no caso dos Sanguessugas, mas protegido do finado governador Luiz Henrique da Silveira, MDB, que havia rompido com Adilson.
Encurtando a conversa. Roberto Basei por não ter identificação religiosa foi anulado no PSC e o MDB não deixou ninguém que não fosse do seu interesse criar asas no partido: ele virou uma filial religiosa do MDB de Gaspar.
E para tocá-lo e não ter surpresas, Kleber colocou lá seu assessor legislativo, Ernesto Hostin. Então, Moura chora (de verdade, como registrei), mas ele é parte do complô e do jogo de poder que está na prefeitura de Gaspar. E tem um papel de figurante para cumprir neste teatro onde nunca terá sequer, um papel secundário. Acorda, Gaspar!
Está disputadíssima a vaga para ser vice de Kleber Edson Wan Dall, MDB: o PP não quer lagar o osso e lança até mão de reiteradas fake news para chantagear o poder do qual é parte. Do outro lado, o PSD – sem dinheiro para as fakes news - monta enquetes marotas e dirigidas nas redes sociais.
Primeiro, com números sem qualquer base científica, o grupo do PSD tenta provar que o suposto candidato do PT está melhor posicionado que o atual governo. Depois que o candidato do PSD está melhor que o atual governo.
Tudo para justificar e valorizar uma negociação que já ocorreu nos bastidores. Quem tem café no bule, enche xícaras. Este jogo é antigo e já foi rejeitado nas eleições de outubro de 2018. E isso está sendo ignorado? Hum!
Enquanto isso, os novos agregados ao poder de plantão de Gaspar como PSDB e PDT, chupam o dedo e vão se contentar com mais espaços em áreas desgastadas. Depois do fechamento dos registros partidários poderão ser surpreendidos pelos arranjos que se arquitetam nos bastidores para eliminar a concorrência neste quatro de outubro.
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