05/04/2018
Ilhota está entupindo por inquéritos e processos, bem como dando um trabalho danado ao Ministério Público de Gaspar que cuida da Moralidade. Ele é tocado pela jovem promotora Andreza Borelli. Essa trabalheira foi assim no tempo do ex-prefeito Daniel Christian Bosi, PSD. Está sendo assim, com o atual, Érico de Oliveira, MDB, que se elegeu, exatamente, nesse tipo de erros e escândalos do seu adversário antecessor. Aprendizado zero! Avanço, nenhum! E Érico os repete, talvez porque esteja governando por esporte, como propagou o seu filho Jean Carlos, uma espécie de porta-voz informal do governo ilhotense. Ele na sua rede social faz isso para zombar dos adversários, das autoridades e desta coluna. Se Érico não mudar e urgente – inclusive de orientação -, vai arcar com um alto preço político por esse “esporte” como já experimentam Ademar Feliski, MDB, seu mentor, e o próprio Daniel.
ILHOTA EM CHAMAS - REMÉDIOS DOS POLÍTICOS II
Há inquérito para investigar a demissão de uma professora na prefeitura e contratada posteriormente para ser empregada na loja do prefeito; para obras na trilha do trem, ou seja, fora da competência municipal; para a cobrança da impressão do carnê do IPTU; para funcionário desviado de função contratada e que se tornou espião do prefeito; para as super-diárias com aumento de 194% que o prefeito se autoconcedeu; para uma penca de dúvidas sobre os loteamentos, assunto perturbador e que é nitroglecerina puro. Todavia, o motivo da coluna de hoje é outro. Trata-se do inquérito do MP para apurar supostas irregularidades na compra de R$25.317,54 em medicamentos na Farmácia Glassen, tudo sem o devido empenho e que a Câmara, em maioria pró Érico, deu ares de regularização ao aprovar em março, o Projeto de Lei 04/2018, em frágil sustentação jurídica, reconhecendo uma “confissão de dívidas” proposta pelo município com o credor.
ILHOTA EM CHAMAS - REMÉDIOS DOS POLÍTICOS III
Não vou esticar o comentário. Beira o escárnio ao termo administração. Vou apenas ilustrá-lo com o que seria uma “nota”, que a própria prefeitura usa para demonstrar e reconhecer que é devedora ao seu fornecedor. Vergonha, pura. Coisa de grotão do século 19. O documento, na verdade é um “pedido”, sem valor fiscal, sem data, juridicamente frágil, não traz quem é o fornecedor, quem é o beneficiário e devedor, com duas rubricas não identificadas, discriminação do que teria sido “vendido” e números desconectados ou até, cifrados. Uma lástima! Tudo contra o que orienta ser uma gestão pública, ou algo minimamente organizado, mesmo para os casos de emergência ou excepcionais. E o povo pagando o descontrole, a falta de transparência, à dúvida criada pelos gestores e patrocinadas pelos políticos na prefeitura e na Câmara de Ilhota, a qual deveria ser dura, fiscalizar e impedir tais ações que mais parecem de um “buteco” de quinta. E depois sou eu quem deveria fechar olhos, ouvidos e nariz para se continuar na falha, na farra e no “buteco”.
A administração de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, em Gaspar, rotula-se como “eficiente”. Sempre discordei. E por razões óbvias. Trabalhei em ambientes de alta performance, inovação, eficácia e eficiência. E isso se traduz em resultados no tempo pretendido.
Por isso mesmo, sucessivamente, tenho provado, que este mote marqueteiro é irresponsável, trabalha para a desmoralização do governo, do seu titular e líder, bem como da equipe pela tal eficiência. Penso prudente, urgente e aconselhável mudar esse mote.
Há várias causas dessa desmoralização. Uma delas, à vista de todos, é que a resposta da nova administração diante dos desafios e das crises – que sempre existirão em qualquer ambiente privado ou público - é lenta demais. E não tem nada pior do que a percepção.
E qual a razão disso? Está nas pessoas políticas que Kleber e Luiz Carlos emprega para buscar esses resultados eficientes e diferenciais. Elas não entendem do e o que fazem.
As que entendem como a ex-secretária de Saúde, Dilene Mello Jahn dos Santos, Kleber mandou embora e a Saúde entrou em colapso.
O outro, o engenheiro Alexandre Gevaerd, ligado ao PT, está de mãos atadas pelo medo que tomou conta do prefeito na área de Gevaerd diante das “pressões” do próprio entorno de Kleber. Então as mudanças no trânsito anunciadas para o Natal, passada a Páscoa, nada!
Veja este exemplo da última leva de nomeações de comissionados de Kleber. É sintomático e repetitivo.
O decreto de 8.022 de 28 de março, colocou Antônio Carlos Schmitz, como “Coordenador de Alta Complexidade da secretaria de Assistência Social”. Coisa de doido, se o pastor Carlos Schmitz, não tivesse apenas o ensino fundamental incompleto e exercesse de fato, a função de motorista na secretaria.
Impressionante, como Kleber, o evangélico, se permite a isso. O Pastor foi candidato pelo PSC e obteve 452 votos. Quem toca a secretaria, é o presidente do PSC, Ernesto Hostin, que também não entende nada do assunto, e está lá por fidelidade partidária e afinidade religiosa. Foi assessor parlamentar de Kleber, quando vereador.
Esta é a prova de que essa secretaria não cumpre à sua função na estabilização social, apesar da cidade ter um alto índice de problemas nesta área. Basta ir ao Conselho Tutelar, ao Ministério Público, ao Judiciário que cuida desse assunto, e até mesmo, no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
A secretaria de Assistência Social de Gaspar virou – a verdade, já era no governo do PT de Pedro Celso Zuchi - uma extensão do compadrio, da igreja e do partido. Um cargo que deveria ser para alguém técnico, mesmo que por indicação partidária, é dado a um leigo no assunto e que serve de motorista. O que se olhou foi apenas o prêmio por uma remuneração maior ao correligionário e fiel.
Essa é mais uma demonstração que a tal “eficiência” possui outra explicação e que não é o resultado da gestão. Entretanto, penso, é Kleber quem trabalha contra ele, quando nomeia gente sem capacidade para assessorá-lo sem a tal “eficiência”.
Para lembrar e encerrar. O PSC é o partido do médico Silvio Cleffi. Foi Kleber, “irmão” da mesma igreja pentecostal que chocou o político e vereador Silvio. Silvio, eleito, interferiu o quanto pode na Saúde Pública para prometendo estabilidade e maioria na Câmara – não na Saúde que continua um caos.
Silvio se tornou oposição. Traiu Kleber só para ser presidente da Câmara, ganhar status, fazer a oposição liderada pelo PT, um calo do atual governo e assim interferir ainda mais na administração de Kleber. Coisa que o MBD mesmo com bancada majoritária jamais, por competência, conseguiu. Isto sim é alta complexidade. Acorda, Gaspar!
Durou um mês. O jornalista José Maurilio Moreira de Carvalho não é mais assessor de imprensa comissionado da Câmara de Gaspar. Pasmem! Ele não teria feito um “press release” “ao gosto” do presidente Silvio Cleffi, PSC. O texto deveria esconder os adversários.
O assessor efetivo, Vagner Campos Maciel, não tomou conhecimento do pedido desta coluna pela confirmação da demissão. João Paulo de Souza confirmou após uma semana. É assim que as notícias oficiais se escondem em Gaspar. Enrolam, manobram, pressionam e praguejam para o esquecimento.
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