06/01/2020
Desta vez, era para a iluminação pública
O fato passou quase despercebido e nem gerou notícias por aqui, ainda mais às portas dos prolongados feriados da sociedade e das férias das entidades públicas. A licitação 163/2019 na modalidade de pregão está suspensa por ordem judicial. É a mesma situação que já levou o Tribunal de Contas do Estado a condenar e impedir a contratação de obras especializadas de drenagens, infraestrutura e pavimentação de ruas pelo sistema global feito por pregão.
Neste modelo maroto e que Gaspar insiste, é realizado o registro global de preços e à medida que a prefeitura tiver que executar a obra ou usar produtos, recorre a um único fornecedor vencedor do pregão global. O que o TCE entende? Que se trata de um serviço especializado, técnico, e que cada obra deve ser licitada por projeto para se controlar exatamente o custo, investimento e o uso de recursos públicos.
O impedimento judicial mostra que a prefeitura de Gaspar e a secretaria de Fazenda e Gestão Administrativa tocada pelo prefeito de fato, o advogado Carlos Roberto Pereira, MDB, não só não entenderam à decisão aplicada pelo Tribunal em outro caso assemelhado, ou se entendeu, resolveu desafiar decisões e a legislação que o Tribunal diz ser clara, mais uma vez. E não deu certo.
A licitação 163/2019 era para “registro de preços visando à eventual e futura aquisição de materiais e equipamentos, incluindo os serviços de conservação, bem como as intervenções necessárias para readequação do sistema luminotécnico nos logradouros do município de Gaspar”. O valor? R$ 16.557.371,87. Ulala! É uma atrás da outra.
O interessante é que a prefeitura chegou a realizar o processo licitatório no dia 18. Entretanto, ninguém apareceu, conforme a ata da abertura dos envelopes. O pessoal que poderia ser fornecedor desse pregão, já sabia que daria zebra e que era perda de tempo.
O que chama a atenção, é que no mesmo dia da realização da licitação, e após a tentativa de efetivá-la, a prefeitura de Gaspar publicou o ofício 291/2019, assinado pelo pregoeiro Alan Vieira. Nele anunciou a suspensão “sine die” da licitação 163/2019 do processo administrativo 283/2019.
A causa alegada foi por imposição de uma decisão da segunda varada da Comarca de Gaspar. No site, todavia, a falta de transparência, não permitiu a prefeitura, mais uma vez, publicar à decisão judicial para amplo conhecimento da sociedade. E adianta transmitir esses certames pelo site e Youtube como propaganda de transparência e suposto controle externo do que se faz na sala de licitação, se os processos são concebidos com erros e vícios técnicos de origem?
HÁ PRECEDENTES. APRENDIZADO ZERO. PREFERE-SE TESTAR AS LIMITAÇÕES DA LEGISLAÇÃO
O que aconteceu neste caso, possui semelhança com o que já decidiu no plenário do Tribunal de Contas do Estado contra Gaspar em outubro do ano que passado, depois caso ser suspenso liminarmente e se arrastar por meses, na tentativa da prefeitura de Gaspar revertê-lo e sem sucesso no TCE.
O caso todo está explicado no artigo que fiz – e fui o único na imprensa de Gaspar – no dia 16 de outubro. Confira lá. Ele é longo e didático. Escrevi: “a Notícia desta terça-feira, dia 15, no Diário Oficial do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina: reunido em colegiado no dia 23 de setembro - e um silêncio sepulcral na cidade deste então -, o TCE julgou procedente a denúncia feita pelo vereador Cícero Giovane Amaro, PSD, de que a controversa licitação 58/2018, no valor de R$ 27.963.545,24, não podia ser feira na modalidade de pregão como queria a prefeitura, mas sim, por concorrência pública, como manda claramente a Lei das Licitações”.
Mais, o Tribunal aplicou multas no total superior a R$16 mil ao prefeito, comissionados e servidores envolvidos no processo. Eles estão recorrendo.
O que está claro nisso tudo? Que não houve aprendizado e se houve, aí, há método para persistir e incorrer em erros não permitidos e já julgados contra a administração de Gaspar. A prefeitura até agora, oficialmente não se pronunciou como vai tentar resolver mais este impasse. Acorda, Gaspar!
No balanço que fez de três anos de governo, o jovem Kleber está tão velho nas práticas quanto a maioria dos seus antecessores.
Se comparar com o balanço de um ano do Governador Moisés, é claro que o prefeito de Gaspar não arrumou a casa.
Ambos estão divulgando os seus balanços de governo. O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, e o governador Carlos Moisés da Silva, PSL mostram estilos diferentes nos resultados: Moisés é fruto das mudanças pedidas nas urnas em 2016. Já Kleber vai testar seu estilo em outubro deste ano
Esta é a primeira coluna do ano. Os assuntos, todavia, são velhos. E por que? Porque os discursos dos políticos no poder de plantão e na própria oposição também são velhos e manjados. O prefeito eleito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB, ocupou espaço na mídia neste início de ano para dizer que é candidato à reeleição. E desfiou para isso um rosário de feitos. E quando faz isso, precisa se explicar. É que muito dos feitos estão sob questionamentos.
Até a propaganda sobre esses feitos, é tema de uma Ação Popular que rola no Tribunal de Justiça.
Mais do que isso. As realizações de Kleber quando comparadas com o balanço de um ano do governador Carlos Moisés da Silva, PSL, sem experiência política (Kleber foi vereador e presidente da Câmara) e administrativa (Kleber trouxe o apoio dos velhos mandatários e caciques do MDB e PP) neste ambiente de governança, sem uma base de apoio confiável na Assembleia e boicotado dentro do próprio partido – por motivos amplamente conhecidos (Kleber perdeu por um ano a maioria da base apenas por viajar no autoritarismo e querer fazer da Câmara um puxadinho da prefeitura e do grupo de poder) – vê-se que Moisés, respondeu melhor aos humores de mudanças dos eleitores e eleitoras contra os políticos tradicionais ( que Kleber bem representa) sufragados nas urnas de outubro de 2018 e que fizeram de Moisés uma surpresa.
Kleber fala muito em obras e mobilidade urbana. Mas, o que saiu do papel de verdade foram os R$140 milhões de empréstimos aprovados pela Câmara sob a chantagem contra os vereadores que queriam detalhamento do assunto, bem como poucas centenas de metros do Anel de Contorno usando no discurso, mas até agora, realizado de prático, inaugurado e usável pelos gasparenses, apenas por particulares na contrapartida exigida pela lei de seus negócios imobiliários.
O ambiente público em Gaspar continua na velocidade uma tartaruga como sempre foi e que se prometeu muda-la.
A MOBILIDADE CAPENGA DESMONTA O DISCURSO DE RESULTADOS
A prova de que esta tal mobilidade está capenga foi o improviso, transtornos e descontentamento no desmoronamento Rua Nereu Ramos para o Rio Itajaí no ano passado.
A principal ligação com os bairros Figueira, Águas Negras, Bela Vista e Blumenau ficou comprometida. Ou seja, Kleber como outros prefeitos, Kleber se negou a implantar o óbvio, o mais barato, necessário e urgente que é a ligação interbairros antes do Anel de Contorno. Também se negou a olhar alternativas – não apenas de ligação com o Centro de Blumenau -, mas de desenvolvimento, via o Gaspar Alto e Ribeirão Fresco.
E o que falar do transporte coletivo urbano, essencial num ambiente de mobilidade. As licitações foram feitas para não trazer empresas competidoras e ficar aqui tudo num improviso só, cara, dependente das manhas de quem está explorando o serviço por emergência.
Pobres, trabalhadores – numa cidade dormitório - e estudantes excluídos de um transporte eficaz e minimamente decente. Ou seja, enfraqueceu-se à integração, comprometeu-se o adensamento territorial nos bairros e o próprio fortalecimento – e autonomia - do comércio local, que já sofrem a concorrência de Blumenau e agora do mundo digital.
As contradições no governo do prefeito Kleber são permanentes. E são elas que fizeram Kleber um dia, numa entrevista, ao vivo, na 97 FM, dizer que ele nem sabia se seria candidato a reeleição. Bastou lhe cobrar o tempo, os gastos e as dúvidas sobre as obrinhas da Rua Frei Solano que o próprio Kleber inventou para dar ao Samae, sem expertise para tal, e reduto do mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, PP. Era um resultado de problemas anunciado. E foi!
UMA CPI CRIADA POR TEIMOSIA CONTRA O ENFRENTAMENTO
Kleber sonegou informações básicas sobre o assunto aos vereadores. Kleber nega que tenha feito isso. O mandado de Segurança expedido pela Justiça ao Requerimento da Câmara obrigando-o à resposta – e que veio incompleta num desafio à Justiça - não deixa nenhuma dúvida sobre o erro – no mínimo – ou intenção.
O resultado está aí: Kleber e os seus esticaram a corda e tiveram contra uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Kleber a acusa de ser política. Até pode ser, mas quem pagou para ver? Kleber e seu entorno liderado pelo prefeito de fato, ex-coordenador de campanha, presidente do MDB local e secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, Carlos Roberto Pereira.
Agora, restou a Kleber e os seus, manobrarem e para inviabilizá-la no tapetão, negando-se, mais uma vez, à transparência. Ora, se a CPI é política, se nada temem, qual a razão de tantas manobras contra a CPI? Não era o momento certo para desmoralizar quem pediu e apoia a CPI, mantando a cobra e mostrando o pau? Kleber, prefere sangrar. E por que? Porque está exposto.
Sobrou então a Kleber se queixar. Na Saúde aponta os erros do passado do Hospital, mas não consegue dizer que foi ele quem colocou o foco errado nesta questão básica. Ele deixou os postinhos dos bairros em segundo plano para atender o Hospital – que não se sabe quem é o verdadeiro dono. Isso sem falar quando patrocinou atendimento de aparentados do poder de plantão que nem de Gaspar era e para tal se deu como endereço de moradia o posto do Centro.
Sobrou culpar a burocracia por aquilo que não conseguiu aproveitar das emendas parlamentares ou realizar de fato em favor da cidade.
Faltou a Kleber, por fim, dizer que inchou a máquina municipal –e desde o primeiro dia de governo -, para torná-la uma sem eficiência de resultados para a sociedade, mas máquina eleitoral ao desejo de seu grupo de poder. O teste deste modelo de governança será no dia quatro outubro.
Kleber e os seus, todavia, estão receosos. E por que? As pesquisas internas demonstram que o humor do eleitorado não mudou desde outubro de 2016. Ao contrário ficou mais exigente. Então Kleber está tentando eliminar qualquer concorrente e partiu para as negociações e acordos.
O OUTRO LADO DA MOEDA
A surpresa das urnas em Santa Catarina em outubro de 2018 e sinalizadora do que os eleitores e eleitoras estão esperando dos governantes e dos políticos, Carlos Moisés da Silva, PSL, não foi um exemplo acabado de mudanças. Ele próprio carrega contra si uma contradição: a forma precoce como foi para reserva e com alto soldo – como tenente coronel -, tudo permitido na lei que se estabelece em privilégios contra o cidadão que sustenta – e não aguenta – tudo isso.
Entretanto, em um ano como governador, o ex-comandante bombeiro militar Moisés tem resultados de fazer inveja aos ex-governadores afamados, onde a estrutura partidária, política, administrativa e privilégios engessava-os nas suas ideias e atitudes.
A entrevista de balanço do governador é sinalizadora do rompimento dessas mudanças óbvias, necessárias e urgentes contra a falta de transparência e mau uso dos pesados impostos de todos para os vícios e privilégios de poucos.
Vou pinçar um, que é representativo no exemplo: fim das cabulosas Agências de Desenvolvimento Regionais – ADR – criadas pelo ex-governador Luiz Henrique da Silveira (já falecido), MDB. Elas, na verdade, sob o discurso da esperteza para descentralização administrativa, foram criadas para ser um cabideiro de empregos para políticos sem votos, calar adversários e sustentar potenciais cabos eleitorais. Kleber já esteve empregado lá em Blumenau como comissionado. Seu irmão também.
Nesta canetada, Moisés conseguiu R$50 milhões (R$15 milhões na folha) de economia para os catarinense. Tudo sob o risco ter mais deputados contra ele do que já tinha na Assembleia, travando seus projetos. Raimundo Colombo, PSD, quando candidato, prometeu terminar esta excrecência. Ao se viabilizar candidato com a benção e parceria de LHS, o discurso mudou. E não foi por causa apenas da aliança que fez com LHS, mas devido à tal sustentabilidade de governo, incluindo, principalmente, na maioria a seu favor na Assembleia Legislativa.
Nos dias de hoje, o comportamento dos deputados estaduais também mudou. Afinal, eles foram eleitos também no ambiente de mudanças. E político é um bicho que cheira sobrevivência. Por isso, os deputados estaduais evitaram o embate frontal e em público contra Moisés. Preferiram as escaramuças, entretanto, foram “derrotados” pela realidade e exigências de seus eleitores e eleitoras, até porque os seus cabos eleitorais, empregados nesses cabideiros, não foram eficazes e há uma clareza que este expediente seja eficaz para cabalar votos nestes dias de mudanças.
Para finalizar: qual o exemplo que Kleber tem a mostrar nestes três anos? A Reforma Administrativa? Ela aumentou os custos. A legislação que mandou recentemente para a Câmara sobre cargos? Ela também cria mais despesas? Então! Kleber e os seus, ainda não perceberam que o mundo de exigência dos pagadores de pesados impostos mudou. E aposta alto no velho modelo. Outubro deste ano poderá finalizar esta dúvida. Acorda, Gaspar!
É a primeira vez que um local assume uma função no primeiro escalão do Governo Estadual
O Delegado Geral da Polícia Civil de Santa Catarina, o gasparense Paulo Norberto Koerich, assumiu na manhã desta segunda-feira, em solenidade realizada CIC – Centro Integrado de Cultura -, em Florianópolis, a presidência do Colegiado Segurança Pública e Perícia Oficial de Santa Catarina - equivalente ao cargo de secretário da ex-Secretaria de Segurança Pública.
É a primeiro gasparense a ocupar tal cargo e ao mesmo tempo, ter uma vaga titular no primeiro escalão do governo estatual de Santa Catarina.
A presidência do Colegiado era ocupada pelo Coronel Carlos Alberto de Araújo Gomes, comandante geral da Polícia Militar de Santa Catarina, que continuará comandante da PM e membro do Colegiado.
O Colegiado é integrado ainda pelo coronel bombeiro militar, Charles Alexandre Vieira. Ele deverá assumir a presidência do Colegiado no ano que vem. Ainda faz parte do Colegiado o diretor geral do Instituto Geral de Perícias, Giovani Eduardo Adriano. Ele deverá ser o titular do Colegiado em 2022.
O Colegiado foi a novidade, e experiência única no Brasil nesta área, apresentada pelo tenente coronel bombeiro militar da reserva, o governador eleito, Carlos Moisés da Silva, PSL, ao anunciar o seu staff de governo. Foi uma forma de aproximar as forças de segurança, principalmente as polícias militar e civil, em favor de resultados práticos e comuns para a sociedade.
A ideia e seu valor real vão ser testados de fato nesta mudança que aconteceu formalmente hoje. E um deles, será o sistema de previdência que o Congresso Nacional - por iniciativa do presidente Jair Messias Bolsonaro, sem partido - protegeu as forças militares e deixou as forças civis a cargo dos embates estaduais na busca de isonomias, e até privilégios.
Experiente delegado depois de deixar a chefia de gabinete (naquele grupo de profissionais sem experiência política que deu fama ao titular) do ex-prefeito Francisco Hostins, PDC (já falecido), Koerich atuou no Gaeco, delegacias regionais referências em Santa Catarina, na entidade de classe e até, foi chefe de gabinete de secretário de segurança - o promotor linha dura, Luiz Carlos Schmitt de Carvalho, morto na queda do helicóptero em 10 de junho de 1999 -, o novo líder da segurança pública catarinense precisará mais do que experiência investigativa, informações privilegiadas e habilidade para interrogatórios.
O cargo e a função, neste modelo criado por Carlos Moisés, exigirão jogo de cintura para estar acima dos interesses corporativos da sua origem (polícia civil ), por uma segurança dinâmica, inteligente, tecnológica e efetiva para os catarinenses.
Koerich terá ao mesmo tempo que comprovar à eficácia e consolidar o modelo de Moisés, até agora não plenamente testado. Quando anunciado, o modelo gerou expectativas e dúvidas entre especialistas e os próprios envolvidos. Se conseguir superar as dificuldades naturais da coexistência do modelo entre as forças, Koerich terá facilitado a presidência não apenas para ele no colegiado, mas também e principalmente para seus sucessores já nomeados pelo atual governo.
A segurança de Santa Catarina já fez história mudando na teoria o modelo de gestão e Koerich terá a difícil missão de provar que a criação dele, foi acertado.
Uma manchete que não pode ser repetida por aqui. Arrecadação de Santa Catarina cresceu 10,82% em 2019. Saiu de R$35,5 bilhões para R$39,9 bilhões, contra um déficit esperado de R$2,5 bilhões. Então...
O MDB de Gaspar não cria jeito nos erros e vingança que trabalha contra a estabilidade e imagem de Kleber Edson Wan Dall, MDB. Tentou articular na última hora, Rui Carlos Deschamps, PT, como presidente da Câmara para barrar a reeleição de Ciro André Quintino, MDB. Isso a imprensa de Gaspar não “plantou” e nem registrou o movimento que incluiria o PP, PDT e PSDB.
Coisa de amador. O mais longevo dos vereadores e presidente do Samae, José Hilário Melato, PP, “plantou” na imprensa local antes do Natal, que ele tinha sido sondado para ser candidato a prefeito de Gaspar pelo tal “Aliança pelo Brasil”, partido dos Bolsonaros em formação. Desastre para todos: à fonte e o mensageiro. Foram desmentidos imediatamente e na lata pelos que organizam o “Aliança”. Nem contato foi feito com Melato neste e outro sentido, garantiram os que estão à frente do novo partido.
E nem poderia ser diferente. O “Aliança” representa um pensamento e um suposto novo. Melato, representa o pensamento oposto e o velho que o “Aliança”, como partido competitivo quer vender aos eleitores e eleitoras conservadores e da direita. Além disso, o “Aliança”, como fez o PSL de onde muitos terão origem, quer abrir espaços para novas lideranças, sufocadas na política, exatamente por gente como o Melato.
O que não se sabe é a razão pela qual Melato fez isso: se foi para desmoralizar a imprensa – que é sua amiga -; se foi para traumatizar à relação entre os que tentam construir o novo partido; ou se foi para mandar um recado ao poder de plantão que ensaia abortá-lo da chapa majoritária. É que vira e mexe, ele diz ter direito a ser vice, mas esta vaga está sendo oferecida a gente que nem estava no ônibus do atual governo.
Se se analisar bem, o PP de Gaspar, até aqui, tem sido um problema para Kleber. O vice-prefeito Luiz Carlos Spengler Filho, funcionário público licenciado (agente de trânsito) ainda não disse a que veio; a referência do partido, Pedro Inácio Bornhausen, cansou-se e deixou a chefia de gabinete; o presidente do Samae, José Hilário Melato tem causado desgastes à imagem do governo e o titular da secretária de Agricultura e Aquicultura, André Pasqual Waltrick, meteu Kleber numa fria que poderá lhe custar no futuro, até o mandato.
Frase de um “vereador legista” anunciando a “necropsia da obra” da Rua Frei Solano: se as fotos não servirem de provas, vamos abrir alguns pontos da rua para conferir e provar que a obra foi contratada de um jeito e feito de outro”, disse o vereador Dionísio Luiz Bertoldi, PT, na última sessão do ano.
O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, já abaixou a guarda. Antes não negava essa incoerência. Hoje já admite que pode ter havido essa mudança, mas segundo ele, foi para melhor. Ai, ai, ai. E o Ministério Público fechou o olho? Hum!
Imagem é tudo e rede social completa o serviço. Na imprensa, só esta coluna fez um breve registro. Uma árvore de Natal saiu de uma loja de decoração na garupa de uma pick up. Nela, gente pendurada e contra à legislação de trânsito. Todos foram parar na casa de uma autoridade do município, com direito a recepção honrosa. Tudo ia bem, até o filmete do traslado parar nas redes sociais e aplicativos de mensagens. E aí não teve jeito: árvore do político foi devolvida à origem.
Entenderam a razão pela qual a imprensa perdeu a importância dela? Se ela dá este assunto, vem a vingança do poder, do político, da família, dos amigos, dos puxa-sacos. Vem cortes de verbas e até processo para intimidar. O serviço da imprensa, neste e em outros casos, está sendo substituídos pelas redes sociais e principalmente pelos aplicativos de mensagens.
E diante da nova maneira de se comunicar, os políticos estão com as calças nas mãos e acuados. Entretanto, ainda intimidam alguns a retirarem as postagens. Contudo, neste ponto, o estrago já está complemente executado. Então resta culpar o povo vigilante? Ou está na hora desses políticos mudarem o comportamento e dar mais transparência a seus atos? O eleitor já mudou, mostraram as urnas de outubro de 2018.
Vejam só. O que chamou a atenção para a árvore e seu destino entre tantas corridas deste tipo que se deu na cidade de Gaspar antes do Natal? O segurador da árvore ricamente enfeitada. O puxa-saco do poder trabalhou na ânsia de agradar e aparecer ao mesmo tempo, deixou exposta uma prática e fuzilou o poder. Cômico se não fosse a triste realidade.
A área administrativa da Câmara de Gaspar volta a trabalhar hoje à tarde. Espera-se que aquele site que come dinheiro em permanente atualização, também saia das suas férias. Sessão dos vereadores só em fevereiro.
Este é um aperitivo de como será o ano de 2020, que terá uma interessante data para quem gosta de números e coincidências: 02.02.2020. Sexta-feira tem mais uma coluna na edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale.
Ela foi escrita como outra dezena antes do Natal, mas até o momento, por mais que eu leia, o tema da próxima coluna, ela continua atualizado, inexplorado na imprensa local e longe de retoques, mesmo passados quase 20 dias dos acontecimentos que geraram o comentário. Quer que eu antecipe o título: “os irmãos estão em pecado” Acorda, Gaspar!
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