KLEBER AINDA NÃO SE DEU CONTA DE QUEM CONSPIRA CONTRA ELE, É ELE MESMO. - Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

KLEBER AINDA NÃO SE DEU CONTA DE QUEM CONSPIRA CONTRA ELE, É ELE MESMO. - Por Herculano Domício

14/05/2018

FALHA NA ESTRATÉGIA, FALHA NA COMUNICAÇÃO, FALHA NA EXECUÇÃO, FALHA NO RESULTADO E FALHA ATÉ PARA CONSTITUIR UMA MARCA DE GOVERNO E SER LEMBRADO PARA SER REELEITO OU RECONHECIDO DEPOIS DO MANDATO

O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, está se queixando de que está sendo exigido demais. Era só o que faltava. Foi ele quem quis ser prefeito com Luiz Carlos Spengler Filho, PP, de vice e disse aos seus eleitores e eleitoras, que era o novo, capaz e que faria um governo diferente e marcado pela eficiência. Eficiência começa pela capacidade das pessoas do time, passa pelas prioridades, planos bem constituídos e executados, bem como pelos resultados alcançados.

Ou eu estou exagerando, como sou lembrado pelos seus, frequentemente? Será que terei que gastar o precioso espaço dessa coluna para mostrar os discursos, a propaganda eleitoral, as promessas registradas no TRE e as juras de campanha que fez, só para comprovar o que escrevo e observo?

Ser cobrado pelo que prometeu, é o mínimo que Kleber deveria esperar dos seus eleitores e dos cidadãos que arriscaram nas outras opções e terão que se sujeitar ao seu jeito de governar! Afinal quem quis, repito, e prometeu, reforço, foi ele, seus aliados no partido, na fé e nas conveniências. Ninguém mais! Os adversários, sempre disseram que ele vendia mais do que poderia entregar. E mesmo que entregue tudo – o que não é o caso – ainda assim se sentirão sempre, no direito de cobrar mais. Esse é o jogo jogado. Nunca ninguém estará completamente satisfeito. Ainda bem! É assim que a sociedade avança. Todavia, ser cumprir o que prometeu será reconhecido, terá discurso, votos e crédito.

Não vou me estender nesta segunda-feira, numa semana que haverá todos os dias coluna inédita, de 18 que estão aguardando a vez. Entretanto, vou me repetir, infelizmente, e peço desculpas antecipadas aos meus leitores e leitoras da coluna.

 

VAMOS AO PRIMEIRO FATO

Na terça-feira, dia oito – depois de sugerir a pauta à redação do jornal - fiz um comentário favorável ao governo de Kleber, usando apenas um breve apanhado do líder do governo, Francisco Hostins Júnior, MDB, na tribuna da Câmara na terça-feira anterior. Ou seja, era notícia velha, com bons números, entretanto, sem repercussão na imprensa local até então: “deveria ser a manchete da cidade: saúde pública de Gaspar ganha rumo. Mas, nada. O fato em si, prova como Kleber errou, erra e falha na sua comunicação”.

O que antevi era uma notícia alvissareira, contudo, mais uma vez, mal comunicada. Ficou evidente, pelo resultado de que não só foi mal comunicada, mas foi malfeita e sem qualquer estratégia para sensibilizar os cidadãos e cidadãs. O resultado pífio da comunicação ressaltou apenas – o que é constrangedor por si só - que a cidade já tem uma marca no governo Kleber: a que que a saúde pública vai mal, incluindo o Hospital, mesmo que supostamente ela esteja bem – o que não é o caso, ou que esteja ganhando novo contornos, que pé o que se espera do terceiro secretário de Saúde do governo Kleber.

E não adianta arrumar desculpas que se trata de coisa da crítica pela crítica, desta coluna que vive colocando o dedo nessa ferida exposta para desespero do governo, da suposta perseguição da oposição etc.

Trata-se, na verdade, daquilo que as pessoas dizem terem experimentado ou estão experimentando na saúde pública em Gaspar. E no que me baseio? Nos comentários dos meus leitores e leitoras no portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o mais atualizado e acessado de Gaspar e Ilhota, bem como no link dele com o Facebook do jornal Cruzeiro do Vale, o de maior credibilidade.

Majoritariamente, os que leram aquele artigo, discordaram do que escrevi de que as coisas poderiam estar melhorando na área da Saúde. Escrevi sobre números. E eles, sendo verdadeiros, mostram avanços. Incrível essa percepção!

O Hospital que ninguém sabe de quem é, que come R$600 mil por mês dos postinhos – pelo jeito vai comer muito mais -, farmácia básica e policlínica, e deixa outros R$200 mil por mês de buraco para os gasparenses – isso sem falar nas dívidas milionárias das responsabilidades civis -  é o centro das queixas. Mas, a prefeitura, teima em esconder o problema e se nega a cortar o mal pela raiz.

É oficial. Já me disseram isso. Não tem como sair da intervenção inventada pelo PT com a desculpa esfarrapada de buscar os ladrões de R$200 mil que passavam por mês e que nunca encontraram. Então Kleber e os seus, vão ficar nas mãos de interesses dos médicos, de gente que explora a saúde não importando o resultado que isso traga para a sociedade, gente que nega atendimento e se farta na política partidária para levar vantagem eleitoral com a dores e a morte de doentes, bem como economicamente com o caos.

Aliás, no final de semana, o Jornal de Santa Catarina, mostrou ao prefeito de fato e secretário de Saúde de Gaspar, o advogado Carlos Roberto Pereira, qual é o jogo brutal da corporação médica neste assunto que não nasceu hoje e que conheço nas suas entranhas desde 1983. Volto mais adiante para completar o raciocínio e que dá o título ao comentário de hoje.

FATO DOIS: O QUE O PAGADOR DE IMPOSTOS FALA

Um governo não deve fechar os ouvidos e nariz ao povo. Kleber e os seus, insistem nesta conveniente e perigosa fórmula. E quando resolvem abrir os olhos e boca, fazem de forma equivocada para os amigos, os poderosos, o erro e principalmente às armadilhas dos interesses corporativos, políticos e de alguns que se grudam aos que se estabelecem no poder de plantão, ou seja, algo temporário. Aproveitadores de todos os tipos e qualquer coisa, estão lá, sempre como chupins, ao lado de gente de boas intenções.

E aí essa fórmula vira explosiva contra a solução, a cidade e os cidadãos. E neste caso da saúde pública, especialmente, contra o próprio prefeito, seu vice, seu secretário. Então leitores e leitoras, voltem a ler o título deste artigo e eu lhes pergunto: quem é mesmo o culpado disso tudo? Falta a Kleber um plano dele para ele acertar ou errar na área da saúde. Está gerenciando um que não é dele, que é tocado por mãos invisíveis e lhe deixa exposto. Falta a Kleber a transparência e com ela dizer claramente a cidade, aos cidadãos e cidadãs quem e por quem conspiram contra seus planos, mas não faz isso por medo do enfrentamento. E mesmo que tenha finalmente um plano, perdeu o timming: deixou tudo se agravar em 18 meses, este ano é de eleições e a partir do ano que vem, implantar algo novo é no mínimo temerário, pois poderá estar comprometido no tempo, o retorno do resultado.

Na comunicação vale a percepção, não aquilo que você quer e propaga. A percepção é algo coletivo, incontrolável e em alguns casos, nem a origem se sabe ao certo - o que não é o caso de Gaspar, da saúde pública e do Hospital. A percepção, mesmo com bons números, é de que nada mudou, tudo continua ruim.

Tudo piora quando se agregam a vingança, a arrogância, a autossuficiência: o secretário Pereira – o prefeito de fato e é ele que faz questão de dar essa impressão, por gestos, estrutura e decisões. O doutor Pereira traz nos seus gestos à incapacidade de ter estômago para “engolir” certas coisas do ambiente político ou competitivo; ele se estabelece na teimosia e se nega a recuos prudentes ou necessários – mesmo que momentâneos -, além de relutar à obrigatória transparência mínima. Enfim, para complicar o que já é e está muito complicado para ele e para o governo Kleber, constrói muros de proteções excessivas a grupos de privilegiados. E para que? Para mostrar que tem poder de decisão.

Esta é uma opinião de um leitor: “nossa saúde tá uma vergonha. Meu cunhado sofreu um acidente. Precisava de um ortopedista pra ser liberado do Hospital. Foi mandado embora sem saber do seu problema. E agora até esperar o resultado de uma ressonância ele está numa cadeira de rodas porque não pode apoiar o pé no chão. A até que pagar essa ressonância. Segundo a médica da policlínica que tivemos que levar ele isso no dia 2/5 disse que o caso dele era sério

A manifestação acima é um fato real. É uma percepção real. É um problema real que exige uma solução real. O problema e a solução, numa normalidade, resultariam na melhoria dos procedimentos e consequentemente na melhora da imagem da saúde pública de Gaspar. Mas, na realidade, não é isso que acontece

O prefeito Kleber, o vice Luiz Carlos e o secretário Pereira, fingem que isso é apenas um ponto fora da curva. Não é. Eles sabem. É uma rotina. Nunca escrevi que foram eles fizeram de propósito. Seria um desatino. Mas, permitiram. Só o fato de terem três secretários de Saúde em 16 meses dá a verdadeira dimensão do erro.

Esse ponto não é feito exatamente por eles, mas são responsáveis, pois todos os problemas são da estrutura que comandam, ou possuem verdadeiras dificuldades para gerenciá-la, independente se receberam com defeitos. Ou seja, esse problema não é fruto de crítica pela crítica. É um fato. É real. A leitora Odete Fantoni resume o que os políticos assumidamente não entendem: “o povo recém saiu do casulo da ditadura, mas vem aprendendo rápido que a coletividade tem muita força e poder. 

Quem tem juízo, obedece”.

Selecionei outro testemunho de fato real relatado ao meu artigo:  “acabei de ir até o posto de saúde no Centro de Gaspar para marcar uma consulta com médico clínico geral e adivinha... Não estão marcando... Por que? A tal agenda está lotada... A por favor né, secretário da Saúde, Roberto Pereira, cadê o tal programa Gaspar mais Saúde que só vemos nas propagandas pela cidade...” Ou seja, o discurso de que as filas estão diminuindo, está desmentido. O caso que pode ser pontual, mas quando relatado por um paciente, vira uma percepção geral. E a prefeitura? Quieta! Então, quem cala consente. Erra na saúde, erra na comunicação. E assim vai.

Quer mais? Tem muito mais: “Sem contar que pra pedir uma receita no posto de saúde eles estão levando 10 dias para conseguir e isso é coisa de 2 minutos pro médico fazer; Vergonha”. Outra e que mostra o vício. Ele vai além da culpa do gestor político de plantão. “Quando entramos em uma unidade de saúde e vemos os médicos e enfermeiros mexendo no celular ao invés de atender a população... isso sim é pisar e esculachar a saúde pública...”

Mas, Herculano, não tem gente que defende a saúde, o prefeito, o secretário nos comentários do seu artigo favorável à administração de Kleber e as supostas melhorias na saúde pública? Há! Entretanto, é minoria e alguns que fazem esse papel, reconhecem até, que nem usam o serviço público de saúde de Gaspar. Então... ai não dá...

Pior, é que esses comentários são postados exatamente na cola de um artigo construído para se elogiar à iniciativa de melhorar um serviço reconhecidamente crítico. O poder de plantão ensaiou mostrar resultados práticos. Entretanto, logo é contestado com fatos da atualidade, uma nova informação, exatamente naquilo que supostamente mudou. ”É uma vergonha. Meu marido faz dois anos que espera por uma cirurgia da vesícula. Tá muito doente e espera, espera. Já não aguento mais gente! É desolante”.

Resumindo: a população que usa o serviço público de saúde pública de Gaspar não percebeu mudanças que o secretário Pereira relatou, que eu ampliei, e se mudou, os gestores públicos falharam na estratégia de como fazer isso ser percebido pela população que usa esse serviço e foi maltratada por 18 meses, falharam na comunicação, falharam no resultado político.

O TERCEIRO FATO: JOGOS COM A DOENÇA E DOR ALHEIA

Quem é o verdadeiro dono do Hospital de Gaspar? Essa pergunta feita repetidas vezes aqui, nunca teve resposta. E nem terá. E quando houver, será um escândalo. Fiz ela a diversas pessoas que lidam sobre este assunto no sábado no Stammtich de Gaspar criado, organizado e feito sucesso pelo Cruzeiro do Vale.

Mas quem vive do Hospital – sempre moribundo, pedinte e em perpétuo socorro - está muito bem, e não é de hoje. Todas pedras em Gaspar sabem disso.

E neste final de semana, o Jornal de Santa Catarina, que após a troca de dono parece ter voltado a fazer jornalismo das décadas de 1970 e 1980 depois de se tornar, infelizmente, um folhetim alienígena e distante da comunidade, nas trocas e negócios do ex-dono de três décadas, a RBS, mostrou esta face perversa da saúde pública de Gaspar com esta chamada: "Médico com registro suspenso no CRM é suspeito de atuar irregularmente em Gaspar" .

Primeiro registro: é gravíssimo o que se relatou, constatou e os envolvidos tentaram esconde-lo. Ele mostra como funciona o poder de plantão em Gaspar. A prefeitura diz que não sabia que o médico aposentado, anestesista, João Alberto Dantas, estava suspenso por 30 dias das atividades profissionais pelo Conselho Regional de Medicina, mas exercendo a atividade como nada lhe tivesse acontecido. Novidade? Nenhuma. A prefeitura também não sabia que o secretário de Planejamento Territorial, o engenheiro e professor Alexandre Gevaerd tinha dois empregos públicos vedados pela Constituição. Ela finge não saber que um técnico faz charlatanismo em profissão permitida somente a médico veterinário. Ela não sabe ...

Segundo registro: o doutor Dantas se tornou recentemente o regulador da secretaria de Saúde do município e o diretor técnico do Hospital. É o que determina, ou cuida, das prioridades nos procedimentos e exames de saúde. O doutor Dantas errou duas vezes e aí caiu na armadilha que os próprios doutores queriam para desmoralizá-lo. Errou em não ficar em casa e cumprir a determinação do CRM. Errou ao mentir pateticamente na frente da câmera quando pego na violação da pena imposta pelo Conselho independente dele ter culpa ou não. Irresponsável, caiu na armadilha. Ele a serviço da prefeitura, do secretário Pereira, estava enquadrando os médicos na secretaria de Saúde e no próprio Hospital ao novo modelo do novo secretário, mudando e contrariando. O doutor Dantas como técnico, a favor da prefeitura, colocou a mão num vespeiro, que tem donos e faz tempo. Nem mais, nem menos.

Terceiro registro: quando a primeira secretária de Saúde, Dilene Jahn Melo dos Santos, a técnica de reconhecido valor profissional e indicada – a pedido e por insistência dos eleitos - por um apoiador da candidatura de Kleber, o executivo Sérgio Roberto Waldrich, foi expurgada. Kleber atendia no início do seu governo às pressões da corporação médica que via Dilene uma ameaça. Desqualificaram-na. O processo foi liderado nos bastidores pelo médico Silvio Cleffi, PSC, político criado pelo próprio Kleber. O prefeito cedeu na composição política para ter maioria na Câmara. Cleffi interferiu e a área só piorou para chegar no caos em que se tenta retirá-la agora.

Quarto registro: Cleffi, só não interferiu mais danosamente na área onde indicou até o novo gestor do Hospital – e que já também foi expurgado -, por um erro de cálculo dele próprio em busca de status e poder, quando traiu Kleber, deixou o governo em minoria na Câmara, só para então ser presidente do Legislativo. O novo poder formal de Cleffi, as manobras que fazia para continuar interferindo na área de saúde pública – onde é servidor público -, bem como o agravamento das queixas e caos e a vulnerabilidade com a minoria de Kleber na Câmara, obrigaram o MDB mudar de rota: o todo poderoso Carlos Roberto Pereira “saiu” da gestão do município e foi para a “gestão” da saúde pública, além de entregar a presidência local do MDB. Só isso, mostra o tamanho do estrago

Quinto registro: o escândalo do doutor Dantas está ligado a uma série de erros da administração de Kleber e Luiz Carlos já relatados em vários artigos que escrevi aqui. Quem limpa deve antes estar limpo. Quem pede exemplo, devem dar exemplos. Ora, quem o denunciou para se tornar matéria no Santa foi alguém do ambiente médico e que estava a serviço da classe que está prestes a ser contrariada (poder, negócios, clube do bolinha...), ou que quer mandar preventivamente recados para os “valentes” do governo Kleber, os quais querem cortar ou mudar certos privilégios corporativos. Quem denunciou o doutor Dantas fez bem. O Santa e a NSC de Blumenau, fizeram melhor ainda ao expor os fatos à sociedade. Quem fez a denúncia do doutor Dantas, tinha o caminho da redação da TV, como no caso da entrevista ao vivo feito recentemente na Câmara anunciando um mandado de segurança para o prefeito esclarecer os pedidos de informações para os vereadores. Quem falhou mais uma vez foi Kleber, Luiz Carlos, Pereira, MDB, PP e seus agregados. Releiam, se esqueceram, o título deste artigo, por favor.

Sexto registro: a denúncia não foi exatamente contra o doutor Dantas, mas contra o secretário de Saúde, Carlos Roberto Pereira. Foi contra a sua autoridade, o seu trabalho, a sua determinação, mas principalmente, contra a sua forma de conduzir os processos sempre centralizados, a sua sede de poder, a sua arrogância, os seus recados de vingança, e neste caso, a sinalização para fazer mudanças numa área crítica. Agrava-se com a falta de transparência, incapacidade de se comunicar e não é de hoje. A manchete do Santa acontece exatamente na semana em que, sem sucesso de comunicação, o secretário Pereira tentou emplacar o que classificou como bons resultados na sua secretaria, como lhes relatei no artigo da semana passada e na primeira parte deste comentário.

Sétimo registro: digo-lhes, que o problema está na corporação médica que conseguiu com o PT de Pedro Celso Zuchi, a intervenção marota no Hospital. Ela “come” uma montanha de dinheiro bom dos pesados impostos dos gasparense para algo que ninguém sabe dizer de quem é, que não presta contas ao público, que não anima por conta disso os investidores sociais, que não quer se sujeitar à um diretor técnico que não seja do grupinho que sempre mandou no Hospital ou se dispor na regulação municipal. Mais: dentro do próprio MDB que disputou a pasta da Saúde e manda nela nos bastidores; que formou maioria no Conselho do Hospital e está no governo de Kleber, também conspira contra os planos do doutor Pereira. E essa conspiração não é de hoje, e não há nenhum segredo na cidade, inclusive para Kleber, Luiz Carlos, Pereira.  É preciso explicar mais o tamanho da encrenca?

Oitavo registro: O secretário da Saúde é novo na secretaria. Nunca lidou com o assunto. É assim com a comunicação, que também vai para o terceiro titular, e onde ele também manda e até proíbe contatos. Mas, a teimosia dele em qualquer coisa é antiga. Circula na cidade que há casos de gripe A por aqui, afetando inclusive CDIs. É boato? Se é, a secretaria deveria vir público por respeito aos pais, aos cidadãos e assumindo a autoridade para si, cortar o barato que rola nas redes sociais. O silêncio, só agrava tudo. Causa pânico, retira autoridade, enfraquece a confiança no governo. E depois Kleber diz não entender o que está acontecendo. Afinal quem conspira contra o seu próprio governo, se não ele próprio e a forma como governa o prefeito de fato, o doutor Pereira? E em coisas, simples, básicas, necessárias... Acorda, Gaspar!

 

Edição 1851

 

Comentários

Herculano
15/05/2018 08:22
DAQUI A POUCO COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA E EXCLUSIVA PARA OS LEITORES E LEITORAS DO PORTAL CRUZEIRO DO VALE, O MAIS ANTIGO, O MAIS ATUALIZADO E ACESSADO DE GASPAR E ILHOTA

Hoje é dia de sessão da Câmara em novo horário. Será mesmo que a mudança foi apenas para atender o "clamor popular" de horário mais acessível aos trabalhos dos "nobres edis"?
Herculano
14/05/2018 21:28
REGISTRO

MORREU RODRIGO FONTES SCHRAMM, CONTABILISTA E QUE TEVE FORTE ATIVIDADE POLÍTICA NOS GOVERNOS DO PT DE GASPAR. ELE FOI ENCONTRADO MORTO PELO SEU IRMÃO MARCELO. A PROVÁVEL CAUSA, É INFARTO
Sujiru Fuji
14/05/2018 19:16
MÃE POLICIAL QUE REAGIU A UM ASSALTO CUMPRIU SEU DEVER, de eliminar um petista.
Herculano
14/05/2018 14:44
TEMER É O MAIS REJEITADO. SEM LULA, BOLSONARO LIDERA EM TODOS OS CENÁRIOS, INDICA PESQUISA CNT/MDA. NO ENTANTO, EX-PRESIDENTE AINDA É LÍDER NO LEVANTAMENTO ESPONTÂNEO

Conteúdo do Diário do Poder, Brasília DF. Segundo levantamento realizado pelo CNT/MDA, divulgada nesta segunda-feira, 14, nos cenários sem o ex-presidente Lula (PT), o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) é o pré-candidato favorito de pesquisas estimuladas de intenção de votos para a Presidência da República.
No entanto, mesmo condenado e preso na Operação Lava Jato, Lula lidera os cenários nos quais participa do levantamento. O petista pode ser declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa.

No cenário mais provável sem Lula, Bolsonaro tem 19,7%; Marina Silva (Rede) 15,1%; Ciro Gomes (PDT), 11,1%. O ex-governador tucano Geraldo Alckmin (PSDB) apareceriam em seguida, com 8,1%, seguido pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT), com 3,8%.

O nível mais alto de intenção de voto de Bolsonaro é de 20,7%, caso disputasse o Planalto com Marina (16,4%), Ciro (12%), Haddad (4,4%) e o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, do MDB, (1,4%).

Há ainda um terceiro cenário estimulado sem Lula. Nesse, Bolsonaro registra 18,3%; Marina, 11,2%; e Ciro, 9%. Alckmin aparece mais uma vez em quarto lugar, com 5,3% das intenções de voto, seguido pelo senador Álvaro Dias (Podemos), com 3% e Fernando Haddad, com 2,3%. Ainda nesse mesmo cenário, o ex-presidente Fernando Collor (PTC) registrou 1,4% e a deputada estadual Manuela D'Ávilla (PCdoB), 0,9%. Guilherme Boulos (PSOL) e João Amoedo (Novo) aparecem com 0,6%, seguidos por Meirelles, com 0,5% e Flávio Rocha (PRB) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, (DEM), com 0,4% cada.

Com Lula

No primeiro levantamento divulgado após a prisão do ex-presidente, o petista lidera com 32,4%, seguido de Bolsonaro, com 16,7%, Marina, com 7,6%, e Ciro, com 5,4%. Alckmin aparece em quinto lugar, com 4% das intenções de voto, seguido por Álvaro Dias, que teria 2,5%.

Collor aparece em seguida, com 0,9% das intenções de voto, empatado com o presidente Michel Temer (MDB). Boulos e Manuela aparecem empatados com 0,5%, seguidos por Amoedo e Flávio Rocha, ambos com 0,4%.

Meirelles, Rodrigo Maia e o ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro aparecem em últimos na pesquisa, com 0,3%; 0,2% e 0,1%, respectivamente. O nome do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa (PSB) não apareceu na pesquisa estimulada. O pessebista anunciou na semana passada que não será candidato à Presidência.

Espontânea

Na pesquisa espontânea, quando não são informadas opções de escolhas aos entrevistados, as opções de escolha, Lula também lidera, com 18,6% das intenções de voto, seguido por Bolsonaro, com 12,4%. Ciro aparece em terceiro, registrando 1,7%, seguido por Marina, com 1,3%; Alckmin, 1,2%; Joaquim Barbosa, 1%; e Álvaro Dias, 0,9%. O número de brancos/nulos e indecisos superou 50%, com 21,4% dizendo que votariam em branco ou nulo e 39,6%, como indecisos.

Segundo turno

Desde que Lula não participe da eleição, Marina é a pré-candidata que teria melhor desempenho em um eventual segundo turno contra Bolsonaro. Ambos empatariam com 27,2%, segundo a projeção da CNT/MDA. O deputado do PSL, porém, venceria em todos os outros cenários de segundo turno sem Lula testados pela pesquisa. Disputando contra Ciro, o parlamentar fluminense teria 28,2% contra 24,2% do pedetista - um empate técnico dentro da margem de erro. Em uma disputa com Alckmin, Bolsonaro registraria 27,8% e o tucano, 20,2%. Já se for ao segundo turno com Haddad, Bolsonaro teria 31,5% e o petista, 14%.

Rejeição é de Temer

A pesquisa CNT/MDA também mediu a rejeição dos pré-candidatos. O presidente Michel Temer tem a maior rejeição, com 87,8% dos entrevistas dizendo que não votariam de jeito nenhum nele. Marina Silva é a segunda mais rejeitada, com 56,5%, seguida por Alckmin, com 55,9%, e pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com 55,6%.

Bolsonaro tem a quinta maior rejeição: 52,8% dos entrevistados disseram que não votariam de jeito nenhum no deputado do PSL. O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles registra 48,8% de rejeição. Lula, Ciro e Haddad apresentaram as menores rejeições, respectivamente: 46,8%, 46,4% e 46,1%.

A pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira ouviu 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 Unidades Federativas das cinco regiões do País. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais. O levantamento foi feito entre os dias 9 e de 12 de maio e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-09430/2018. O nível de confiança é de 95%.
Herculano
14/05/2018 12:41
CENTRÃO INCONTORNÁVEL. Conteúdo da coluna Painel (Daniela Lima), no jornal Folha de S. Paulo. A união de PP, DEM, PRB e Solidariedade não mira só as eleições de 2018. O grupo, que ainda trabalha para atrair PTB e PR, quer se estabelecer como bloco partidário indispensável à governabilidade de qualquer que seja o presidente eleito. Somadas, as seis siglas chegam hoje a 181 deputados. A adesão daria a eles peso para desequilibrar a corrida deste ano - e também para se proteger: se escolherem o candidato errado, terão um tamanho que assegura assento na mesa de negociação do vencedor.

Compasso de espera?
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é pré-candidato ao Planalto e está à frente das negociações, mas sabe que o ponto central do acordo com as demais siglas é só definir o herdeiro do apoio do grupo entre junho e julho. Como publicado no sábado (11), ele é um dos escalados para falar com PTB e PR.

Biombo
Neste momento, PP e SD usam o que chamam de "pré-apoio" a Maia como rede de proteção à ofensiva de nomes como Geraldo Alckmin (PSDB) e o presidente Michel Temer (MDB), que tenta se posicionar como árbitro da própria sucessão.

Para a plateia?
Até a definição, Maia tem carta branca para rodar o país e divulgar suas ideias. Nesse cenário, dirigentes da Força Sindical sugeriram que o deputado encampe projeto que aumenta de cinco para sete o número parcelas do seguro-desemprego.

Mesma moeda
O PSDB começou a monitorar com lupa a atuação parlamentar de Jair Bolsonaro (PSL). Os tucanos repararam que o presidenciável, que abocanhou eleitores de Alckmin em SP, votou contra o cadastro positivo na semana passada. Disseminaram nas redes que ele escolheu o lado do PT.
Herculano
14/05/2018 12:37
O PSDB PRECISA DE UM PLANO B

Conteúdo de O Antagonista. Os números da pesquisa CNT/MDA não mudam nada.

Jair Bolsonaro e Marina Silva perderam uns pontinhos, Ciro Gomes subiu dentro da margem de erro.

O resultado só é um desastre para Geraldo Alckmin, porque ele continua a se distanciar de seus adversários, sem conseguir sair do lugar.

Ele tinha 5,4% dois meses atrás, agora tem 5,3%.

Assim como o PT, o PSDB também precisa de um plano B.
Herculano
14/05/2018 12:31
da série: a sociedade brasileira não é capaz de reconhecer os atos de dever e até heroísmo dos seus policiais em favor dos cidadãos. Quando isso acontece, desqualifica-se e diz ser uso do político. Afinal, quem é o chefe políticos deles? Não possui legitimidade para o reconhecimento?

MÃE POLICIAL QUE REAGIU A UM ASSALTO CUMPRIU SEU DEVER; EXPLORAÇÃO POLÍTICA DO CASO, FEITA POR FRANÇA, É DETESTÁVEL E CONSTITUI ERRO GRAVE, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Vamos ao "é da coisa".

E uma coisa é a atitude da policial militar e mãe Kátia da Silva Sastre, que, na manhã de sábado, reagiu a um assalto na porta de uma escola no Jardim dos Ipês, em Suzano, matando o ladrão. Outra coisa, muito distinta, é a atitude do governador Mário Franca (PSB), candidato à reeleição, que decidiu lhe prestar uma homenagem pública. Num caso, temos uma policial atuando, apesar dos riscos, para proteger um grupo de mães e crianças, incluindo a sua própria filha, de sete anos. Tratou-se também de legítima defesa. No outro, com a devida vênia, misturam-se populismo e irresponsabilidade.

A circunstância é conhecida, e o vídeo já foi visto por milhões de pessoas.

No sábado de manhã, na homenagem que a escola fazia às mães, Elivelton Neves Moreira, 21, decidiu render com uma arma um grupo de pessoas que estava em frente ao estabelecimento. Sabe-se lá o que tinha em mente. Um sujeito disposto a apontar uma arma contra um grupo de mulheres e crianças pode estar disposto a qualquer coisa. Submeti o vídeo a policiais que conheço. Todos disseram que, dada a situação de risco, Kátia agiu com um padrão aceitável de segurança. Estava a coisa de um metro do bandido. Acertou-lhe um tiro no peito e outro na perna.

Não há um só especialista em segurança que recomende que se reaja a um assalto em circunstâncias semelhantes. Kátia, no entanto, é treinada para situações de risco e tinha o fator surpresa a seu favor. O rapaz certamente não esperava que daquele grupo, em tese de baixo risco para ele, viesse a reação. E veio. Letal e certeira. Pessoas sem treinamento, ainda que armadas, não devem seguir o exemplo de Kátia.

Somos humanos, e nada do que é humano nos é estranho, como escreveu Terêncio. Há um morto. A questão tem seu aspecto dramático. Mas duvido que haja quem não se solidarize com a policial. É como se o caçador vivesse o seu dia de caça. O ato covarde teve uma resposta de pronto. Cuidado, no entanto! Se você sente prazer ao ver o ladrão agonizando... Aí pode ser coisa de outra natureza, que não senso de justiça.

Assim, nada tenho a opor à ação de Kátia. Mesmo sem uniforme, mesmo sem estar trabalhando, foi bem-sucedida no cumprimento do dever. E é óbvio que também correu risco. Há algo adicional a dizer: é provável que o assaltante fosse tomar pertences dos presentes, vasculhar as respectivas bolsas das mulheres. A arma de Kátia e a eventual identificação - uma policial - poderiam ter lhe custado a vida se não reagisse.

Assim, nada a opor à sua atuação. Dou-lhe os parabéns. Não porque matou um bandido. Mas porque cumpriu seu dever e protegeu a segurança de outras pessoas.

Agora o governador
Infelizmente, não dá para dizer o mesmo a Márcio França. Resolveu homenagear a policial, dando-lhe flores e posando para fotos. Disse-lhe o governador:
"A gente não pode deixar de enaltecer toda a técnica que você usou nesse episódio, a maneira rápida que você agiu e, ao mesmo tempo, a coragem que você teve, porque poderia simplesmente se omitir naquela situação, pois estava de folga, à paisana".

Kátia, que é cabo da PM, respondeu:

"Agi para defender as mães, as crianças, a minha própria vida e a da minha filha. É gratificante por ter salvado vidas. A gente não sabe como seria o decorrer disso. É para isso que estamos nessa profissão, para defender as vidas, e foi o que eu fiz."

Tudo certo com a fala dela. E até com a dele. Mas o governador poderia ter lhe mandado uma mensagem sem a publicidade eleitoreira que decidiu dar ao caso. Uma ação em que morre uma pessoa, mesmo um bandido, não tem de ser tratada pelo Estado como se fosse uma efeméride, como se fosse motivo de festa. Policiais matam e morrem em troca de tiros com bandidos todos os dias, e o governador não sai por aí distribuindo flores. Esse caso, no entanto, já chega empacotado para a exploração eleitoreira. E França não se fez de rogado.

Erro grotesco
Há um outro erro grotesco nisso tudo. A identidade de Kátia não tinha sido revelada pelo vídeo. E assim deveria ter continuado. É grande o número de policiais que são assassinados simplesmente por serem policiais. Ainda que a exposição da policial, com a revelação de sua identidade, pareça contar com a sua concordância, é claro que se trata de uma decisão estúpida. Parece-me evidente que ela está sendo exposta a um risco desnecessário.

Certa vez, debatendo com um candidato a político, observei - e não consta que tenha entendido esta e outras questões relevantes - que os fatos têm uma moralidade em si e que, postos em trânsito, na relação com outros fatos, podem assumir um caráter muito diverso, até contrário a seu significado quando tomado de forma isolada. Vale dizer: determinadas escolhas são ruins, muitas vezes, mais em razão das paixões que mobilizam do que em função de sua própria natureza.

A mãe policial que reage a um assalto e é bem-sucedida merece o nosso aplauso. Quando o governador arma uma cena que tem como moral da história o "bandido bom é bandido morto", bem, aí já há um flerte com as portas do inferno. Porque essa mensagem, se enviada à tropa, cria um problema gigantesco para o próprio comando da Polícia Militar, como me disse um oficial, cujo nome não declinarei aqui, é evidente. Até porque a experiência indica que essa mensagem se conta, depois, em corpos. Inclusive de policiais.

Kátia fez o que tinha de fazer. França fez o que não pode ser feito
Herculano
14/05/2018 11:54
NÃO VAI TER OUTSIDER, por Celso Rocha de Barros, sociólogo, para o jornal Folha de S. Paulo

A falta de alternativas talvez dê a vitória a um político tradicional

Com a saída de cena de Joaquim Barbosa, a eleição presidencial brasileira de 2018 parece caminhar para não ter mais nenhum candidato outsider. Isso não é necessariamente ruim. A esperança de um outsider era ao menos em parte baseada na ilusão de que o que falta para o sistema brasileiro é um presidente honesto. Isso é falso, e é bom que as pessoas sejam forçadas a reconhecer que é falso.

Mas, de qualquer forma, o fracasso dos outsiders é uma notável demonstração de força do sistema político.

Tanto Barbosa quanto Huck eram eleitoralmente viáveis e raciocinaram, com muita plausibilidade, que os partidos, depois da crise da Lava Jato, estariam desesperados atrás de candidatos viáveis. Huck esperava que o pessoal do campo tucano percebesse seu potencial e o aclamasse. Barbosa esperava algo semelhante no campo Marina/PSB.

Não aconteceu nada disso.

O sistema político, no momento, sente-se forte o suficiente para dispensar outsiders que complicariam alianças locais, poderiam revelar-se imprevisíveis no poder (como foi, em certa medida, Dilma Rousseff) e, no fim das contas, não possuem a rede de lealdades (inclusive as legítimas) que os dirigentes partidários organizam (e é importante que alguém as organize).

No momento, as pesquisas eleitorais ainda são lideradas por seminovidades: Bolsonaro, Marina, Ciro. São políticos profissionais que concorrem por partidos pequenos ou, no caso de Ciro, médio.

Talvez um ou mais entre eles consiga assumir a liderança dos campos antes organizados por PT e PSDB e talvez tragam ao menos alguma possibilidade de renovação para dentro de sua coalizão. No caso, o influxo de novos líderes que PT e PSDB se recusaram a fazer seria feita pela adesão a outras candidaturas dentro da mesma coalizão.

Vamos supor, entretanto, que o sistema partidário também consiga barrar as seminovidades e que os três sofram com as dificuldades que atormentaram as duas últimas candidaturas de Marina: falta de tempo de TV, de estrutura partidária, de dinheiro para a campanha, de capilaridade.

Será preciso então responder à seguinte questão: o sistema partidário, que terá demonstrado grande poder de veto, terá também poder de iniciativa? Além de barrar as candidaturas dos outsiders, os partidos vão conseguir propor agendas, lançar candidaturas fortes, conquistar votos?

Isso parece bastante incerto. Temer, por exemplo, conseguiu se defender com grande eficiência da Lava Jato, mas é evidente que sua capacidade de propor reformas caiu depois das denúncias contra ele. Os candidatos mais identificados com o establishment vão muito mal nas pesquisas.

Nos próximos meses saberemos se as seminovidades serão capazes de se sustentar eleitoralmente e que potencial de renovação elas realmente têm. Se fracassarem, caberá aos grandes partidos pensarem a sério sobre o que é possível fazer de renovação no sistema por dentro.

A falta de alternativas talvez dê a vitória a um político tradicional, ou a um dos grandes partidos. Mas isso não vai fazer o sistema parar de vazar legitimidade. Nessa situação, será um erro grosseiro se as lideranças políticas brasileiras acreditarem que a febre causada pela Lava Jato passou. O termômetro é que terá sido bastante avacalhado.
Herculano
14/05/2018 11:48
TRÊS CANDIDATOS QUERIAM SER VICE DE JOAQUIM, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A desistência de Joaquim Barbosa (PSB) na disputa pela presidência da República, gerou frustração também entre políticos tradicionais, outros nem tanto, que estavam interessados em compor sua chapa como vice. Fontes ligadas à cúpula do PSB garantem que o partido foi procurado por emissários de pré-candidatos querendo ser vice de Joaquim: Rodrigo Maia (DEM), Flávio Rocha (PRB) e Manoela D'Ávila (PCdoB).

NÃO HOUVE REUNIõES
As fontes do PSB não têm dúvida de que os emissários representavam os "candidatos a vice", mas negam reuniões pessoais com Joaquim.

O DOTE ERA ALICIANTE
No caso de Flávio Rocha, bem sucedido dono das Lojas Riachuelo, a campanha de Joaquim não teria problemas de financiamento.

ASSÉDIO COMEMORADO
Também não deu tempo para consultar o ministro aposentado do STF sobre essas possibilidades de vice, mas o PSB adorou o assédio.

OUTRO PATAMAR
No PSB, onde há dirigentes que jamais foram votados, o candidato Porcina, que foi sem nunca ter sido fez o partido "mudar de patamar".

NO RIO, PESQUISA REVELA DESINTERESSE PELA ELEIÇÃO
No Rio de Janeiro, num cenário sem Lula na disputa para presidente, mais de 15% dos jovens de 16 a 24 anos sugerem um nome diferente daqueles habituais nas pesquisas. A categoria "Outros" tem mais votos que Geraldo Alckmin (PSDB), Álvaro Dias (Pode), Michel Temer (MDB), Rodrigo Maia (DEM) e Fernando Haddad (PT) somados: em média, 9,6% querem outra opção e mais 5% não sabe em quem votar.

'NÃO SEI' É MAIORIA
A categoria "nenhum candidato" tem 17,1% no levantamento Paraná Pesquisa. Somados aos indefinidos, o índice supera 32% de eleitores.

CENÁRIO DESCARTADO
No cenário com Lula (PT) e o ministro aposentado Joaquim Barbosa (PSB) na disputa, a indefinição cairia apenas um ponto percentual.

PESQUISA REGISTRADA
O instituto Paraná Pesquisa entrevistou 1.850 eleitores no estado do Rio, entre 4 e 9 de maio. Pesquisa registrada nº: BR-04838/18/TSE.

BURRO NA SOMBRA
Após as denúncias da ex-mulher, o presidente da Corte de Direitos Humanos da OEA, Roberto Caldas, deve "mergulhar" até para se defender. Mas ficou rico graças à indústria de indenizações da Justiça do Trabalho. Pode ficar o tempo que quiser com o burro na sombra.

SETE MIL OBRAS
Ninguém sabe, parece até segredo, mas o governo Michel Temer toca sem preconceitos cerca de 7 mil obras que, iniciadas por Lula, estavam paralisadas desde a era Dilma. Serão entregues até 31 de dezembro.

REGALIA PRORROGADA
A MP 822 de Temer prorroga a medida provisória indecorosa, de Dilma, autorizando uso de cartão corporativo na compra de passagens aéreas. As empresas do setor são os únicos fornecedores pagos à vista e sem a exigência de retenção na fonte de ICMS, PIS e Cofins.

SUCESSO ENTRE JOVENS
Levantamento do Paraná Pesquisa no Rio mostra que Bolsonaro (PSL) é o preferido de 37,6% dos jovens eleitores de 16 a 24 anos. No cômputo geral, ele soma 27,4%, seguido por Marina (Rede), com 13%.

SAMBA DOIDO
O governador do Amazonas, Amazonino Mendes (PDT), abandonou os aliados e se juntou a um inimigo comum, Eduardo Braga (MDB), para tentar reeleição. Quem o ajudou antes promete derrotá-lo em outubro.

RETA FINAL
Pode acabar este ano a hegemonia do PT no Acre, após 19 anos. É o final do segundo mandato do governador Tião Vianna, cuja aposta como sucessor é o ex-prefeito de Rio Branco Marcus Alexandre.

MEGALONANICO 3,5%
O ex-chanceler Celso Amorim (PT), o "megalonanico", tem 3,7% em alguns cenários do Paraná Pesquisa na disputa pelo governo do Rio. Mas a margem de erro é de 3,5%. Ou seja, noves fora, zero.

SEM PANELAÇO
Em 2013, o aumento de 20 centavos na passagem de ônibus criou uma onda de protestos. Em 2017, parlamentares gastaram sem piedade R$56 milhões com passagens de avião (e ainda foram ressarcidos).

ERA O QUE FALTAVA
Além de premiar cias. aéreas com o negócio milionário da cobrança de malas, a Anac aumentou a taxa de embarque dos aeroportos brasileiros, conhecidos pela má qualidade dos serviços.
Herculano
14/05/2018 11:45
A LóGICA DO "ESTADO-BABÁ", por Cláudio de Moura Castro, na revista Veja

A defesa da qualidade era mera cortina de fumaça

Em uma economia de mercado, como é a nossa (apesar das imperfeições), cabe ao Estado monitorar e estimular a qualidade da educação privada. Isso se faz por regulação e competição. Ele deve também garantir um amplo fluxo de informações, essencial para quem precisa tomar decisões. O risco de não haver demanda, ou seja, candidatos aos cursos, é de cada dono de faculdade. Se há emprego para quem se forma, isso é responsabilidade de quem pretende se matricular. O Estado fica de fora.

Universidades públicas devem incluir o interesse social e as necessidades da economia. Contudo, não faz sentido gastar em cursos em que não haja candidatos à matrícula ou cujos graduados não encontram empregos. O ministro Paulo Renato Souza descobriu que, até para reduzir vagas, o MEC exigia autorização. Naquele momento, florescia uma tal de "demanda social", conceito inexistente na teoria econômica. De fato, a demanda é apenas a função que associa o preço a pagar com o número de candidatos que se apresentam aos vestibulares. A palavra "social" apenas confunde.

No fundo, era uma cortina de fumaça para os lobbies dos que já estavam operando no local onde alguém ousava querer abrir um curso. O que parecia uma cruzada contra a "mercantilização do ensino" não passava de proteção ao capitalista que chegou primeiro. "Qualidade" era mera cortina de fumaça. Reinava o Estado-babá, exarando a sua sapiência para decretar se em Cabrobó havia mercado para mais um curso de fisioterapia. Como mais da metade dos graduados de ensino superior não exerce a profissão ?" o que é normal e esperado ?", como decidir se vender terrenos conta como mercado para fisioterapeutas? Em boa hora, a "demanda social" foi defenestrada.

Mas demos um passo atrás. Para deleite dos lobbies, o conceito foi exumado. Em particular na medicina, os grupos de interesse denunciam a má qualidade dos cursos, pregando que não se abram mais faculdades. Em que pese ser certeira, a denúncia de má qualidade refere-se aos cursos que estão operando legalmente. Impedir que outros sejam criados não mitiga as deficiências dos existentes. Se a preocupação é com a qualidade, cumpre levantar a barra para todos, novos e velhos. Se alguém apresenta um projeto convincente, não importa onde seja, ele deve ser autorizado. E, se algum curso existente não atinge o limiar de qualidade estipulado, que seja fechado. Os exames seria­dos que estão sendo instituídos fazem muito mais sentido. O mesmo com as provas para médicos recém-graduados em São Paulo. É preciso não confundir políticas públicas de estímulo à criação de escolas em regiões problemáticas com a liberdade para o setor privado de operar onde quiser, desde que ofereça a qualidade estipulada.

Pela regra da "demanda social", novas escolas de medicina foram autorizadas nos municípios vizinhos, mas não nas capitais, que estariam saturadas de outras escolas. O resultado é uma grande procissão de alunos das capitais às escolas dos municípios vizinhos. Ainda não foi encontrada a evidência de que isso promove a interiorização, mas o tamanho do fluxo nega a saturação do mercado.
Herculano
14/05/2018 11:42
?"RFÃOS DE CUNHA SE JUNTAM PARA ASSOMBRAR 2018, por Josias de Souza

O fantasma do centrão ocupa novamente o noticiário. ?"rfãos de Eduardo Cunha, os partidos que integram o grupo se reorganizam para assombrar a sucessão presidencial de 2018. A pretexto de assegurar a "governabilidade", equipam-se para impor ao próximo presidente uma espécie de projeto centrão de poder. Baseia-se na ocupação predatória do Estado.

Na origem, o centrão chamava-se blocão. Foi criado em fevereiro de 2014 por Eduardo Cunha, então líder do PMDB. Cercou e asfixiou a gestão de Dilma Rousseff. A estrutura colecionada pelo grupo na engrenagem governamental deslizou suavemente da administração petista para a gestão de Michel Temer. Agora, deseja-se sequestrar o próximo presidente antes da eleição.

Gravitando a esmo ao redor de presidenciáveis que não conseguem atravessar a fronteira dos dois dígitos nas pesquisas, partidos como PP, PSD, Solidariedade e PRB ensaiam para junho um movimento de adesão ao candidato de centro-direita que estiver mais bem-posto nas sondagens eleitorais. Participa da costura Rodrigo Maia, do DEM, cuja candidatura ao Planalto empolga 1% do eleitorado.

Nos tempos áureos, o centrão reuniu 12 partidos: PP, PR, PSD, PRB, PSC, PTB, Solidariedade, PHS, PROS, PSL, PTN e PEN? Isolados, piavam pouco. Juntos, gritaram muito, ajudando a eleger Eduardo Cunha à presidência da Câmara. A derrocada de Cunha estimulou a fantasia de que o grupo derreteria. Mas ele passou a extorquir o governo Temer que, crivado de denúncias, pagou a fatura.

No DNA do centrão está gravada a expressão "é dando que se recebe". Retirada da oração de São Francisco, passou a simbolizar uma prática profana: a exigência de vantagens, lícitas ou ilícitas, em troca de apoio político no Legislativo. Quem lançou a moda foi o deputado Roberto Cardoso Alves (1927-1996), do PMDB de São Paulo.

Cardosão, como era conhecido na intimidade, inaugurou a facção franciscana do fisiologismo em março de 1988. Na época, o Congresso Constituinte discutia a prorrogação do mandato do então presidente José Sarney para cinco anos. Foi dando que Sarney recebeu. A moda perdura até agora. No ano passado, Temer também teve que dar para receber da Câmara a bênção do congelamento de duas denúncias criminais.

No intervalo de 20 anos, o vocábulo "governabilidade" ganhou um sentido gangsterístico. Virou um outro nome para safadeza, gandaia, corrupção? Serve de álibi para que políticos invadam os cofres públicos. A anomalia marcou todos os governos desde a redemocratização. Ganhou escala industrial sob Lula e Dilma.

Imaginou-se que a Lava Jato, encurralaria o pedaço mais arcaico da política. Em maio de 2016, quando tomou posse, Temer disse, em discurso: "A moral pública será permanentemente buscada" no meu governo. Afirmou que a Lava Jato, "referência" no combate à corrupção, teria "proteção contra qualquer tentativa de enfraquecê-la."

As palavras de Temer viraram pó ?"ou lama. Hoje, o deputado Carlos Marun, que exibe na vitrine do Planalto sua estampa de trator, suas óbvias vinculações políticas com o centrão e sua truculenta atuação na milícia que tentou salvar o mandato de Eduardo Cunha, tornou-se uma espécie de símbolo do ocaso do governo Temer, a quem serve como ministro-chefe da coordenação política.

É contra esse pano de fundo que os partidos do centrão, movendo-se sempre com a grandeza da vista curta e a sutiliza de um elefante, se reagrupa para tentar assegurar, antes mesmo da abertura das urnas, que o melado continuará escorrendo em 2019.
Herculano
14/05/2018 11:36
INEVITÁVEIS REFORMAS, por Paulo Guedes, no jornal O Globo

Por despreparo ou covardia, vamos empurrar a falta crônica de empregos e o caos previdenciário para as futuras gerações?

Os regimes trabalhista e previdenciário brasileiros são politicamente anacrônicos, economicamente desastrosos e socialmente perversos. São armas de destruição em massa de nossos empregos, em meio à competição global. Reduzem a competitividade das empresas, fabricam desigualdades sociais, dissipam em consumo corrente a poupança compulsória dos encargos recolhidos, derrubam o crescimento da economia e o valor futuro das aposentadorias. Os excessivos encargos sociais e trabalhistas aumentam o custo de mão de obra para empresas, reduzem as oportunidades de emprego e os salários dos trabalhadores. Condenam à informalidade dezenas de milhões de brasileiros, que deixam por sua vez de contribuir para a Previdência. Com um novo regime, poderíamos baixar encargos, ampliar a base de contribuintes, criar milhões de empregos formais, aumentar a produtividade e os salários dos trabalhadores, aumentar a taxa de poupança, democratizar os lucros e a acumulação de riqueza, melhorar a eficiência dos investimentos e acelerar o crescimento econômico.

O atual regime previdenciário está estruturalmente condenado. Há bombas-relógios a serem pois desarmadas. a Previdência A quebrou primeira antes é demográfica, mesmo do envelhecimento da população. A segunda são os privilégios da classe política e do funcionalismo público em relação aos trabalhadores do setor privado. A terceira é a explosiva mistura de assistência social com benefícios previdenciários. A quarta são os proibitivos encargos sociais e trabalhistas, excluindo pelo menos 30 milhões de trabalhadores do mercado formal e impedindo suas contribuições. A quinta bomba é a dissipação de recursos num ineficiente e corrupto sistema público de repartição, em vez de acumular investimentos em sistema de capitalização da nova indústria previdenciária gerida por agentes privados, sob supervisão pública. A sexta é a dupla indexação dos privilégios previdenciários de uma casta superior, por múltiplos do salário mínimo.

Vamos condenar nossos filhos e netos a cair na mesma armadilha? Por despreparo ou covardia, vamos empurrar a falta crônica de empregos e o caos previdenciário para as futuras gerações? É tempo de escapar da insolvência, do desemprego em massa e do baixo crescimento com as reformas.
Herculano
14/05/2018 11:33
UMA RESPOSTA DESLAVADA, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, no jornal Folha de S. Paulo

Sacrificar 140 crianças, comer seus corações e sacrificar 200 baby llhamas tá OK?

Vou propor hoje uma questão para sua segunda-feira. Dedico-a aos inteligentinhos do Brasil. Sabe-se que a filosofia, desde a Grécia, indaga-se acerca do chamado "relativismo". Os sofistas eram os filósofos gregos que o defendiam: "o homem é a medida de todas as coisas" é uma máxima atribuída a Protágoras (481 a.C.?"411 a.C.).

Grosso modo, relativista é quem entende que não existe verdade absoluta, nem moral absoluta, nem crença absoluta. Tudo depende do ponto de vista, da cultura, do momento histórico, enfim, "cada um é cada um", como dizem os mais jovens. Claro que você já percebeu que ser relativista é bem contemporâneo.

Uma das formas mais importantes de relativismo é aquele "científico", abraçado pela antropologia moderna. Segundo esta, é o conjunto de crenças, práticas e hábitos que determina o universo do que é verdade e do que é mentira, do que é bem e do que é mal, do que é certo e do que é errado. Logo, não havendo um conjunto único de crenças, práticas e hábitos na história humana, podemos afirmar que não há uma compreensão única do que é verdade ou mentira, bem ou mal, certo ou errado.

Lamento, mas a moçada dos direitos humanos é etnocêntrica, eurocêntrica e, portanto, "opressora". Seria uma espécie de cristãos sem Jesus. Mas, não precisamos ir tão longe e estragar de forma tão radical a semana dos inteligentinhos. Nem temos esse poder. Mas, podemos, pelo menos, colocar uma questão para a moçada que defende o relativismo antropológico assim como quem toma chá natural. E para quem não defende também vale a reflexão.

Será que o que eu vou relatar é fake news? Ou verdade? Vamos aos fatos. Arqueólogos descobriram na costa norte do Peru, a cerca de 300 km do oceano Pacífico, região outrora habitada por uma civilização "pré-colombiana" (termo etnocêntrico, claro), conhecida como Chimú, 140 restos de crianças que, pelos sinais que os corpos apresentam, foram oferecidas em sacrifício.

A tinta encontrada nas cabeças das 140 crianças mortas parece ser a mesma tinta conhecida como a utilizada em seus rituais religiosos. Aliás, 200 baby lhamas também foram mortas no mesmo "evento". Coitadinhas das baby llhamas. Que diriam os veganos disso? Coitadinhas das crianças também, claro.

O peito aberto das crianças parece indicar que o coração delas foi retirado (não há traços dos corações) durante o processo. Talvez para rituais canibais religiosos. Esse fato parece ter ocorrido 550 anos atrás, antes de os terríveis espanhóis chegarem. Vale salientar que achados semelhantes foram encontrados na região da atual capital do México: 42 crianças mortas em rituais. Estas, fruto da civilização asteca, também destruída pelos terríveis espanhóis.

Agora voltemos ao tema do relativismo. A questão que proponho nesta segunda-feira é: o que dizer desses achados? Vou responder de modo relativista, tá? Não quero incorrer no pecado capital do etnocentrismo.

Sacrificar 140 crianças, comer seus corações e sacrificar 200 baby llhamas (não vamos ser humanocêntricos e esquecer dos baby llhamas mortos também!) não é errado. E por que não? Se levarmos em conta o conjunto de crenças, práticas e hábitos desses povos, sacrificar 140 crianças, comer seus corações e sacrificar 200 baby llhamas está justificado por esse mesmo conjunto de crenças, práticas e hábitos. Questão resolvida. Vamos trabalhar.

Mas, antes, peço um momento de reflexão. É fato evidente que, se não levarmos em conta esse conjunto de crenças, práticas e hábitos, nunca seremos capazes de entender esse mesmo conjunto de crenças, práticas e hábitos. E, por consequência, jamais entenderemos o "Outro". Como esse problema é uma questão de método, não podemos fugir da posição relativista se quisermos compreender o mundo dos diferentes conjuntos de crenças, práticas e hábitos culturais.

Imagino como reagiria o "novo mundo dos comentários", esse pequeno inferno de bolso criado pelas mídias sociais, a achados como esse. E também à minha "deslavada" resposta relativista. Como fica a tal ética do "Outro" nessa? Como alguém em sã consciência pode não se revoltar com tamanho ato de violência contra crianças e baby llhamas (não esqueçamos delas!)? Desafio a qualquer inteligentinho dar a mesma resposta "deslavada" que dei.

Difícil de engolir? Vou te ajudar. Entenda que sua absurda revolta é, apenas, um brutal ato de etnocentrismo, portanto cale-se e vá trabalhar.

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