18/11/2019
Eu deveria nesta segunda-feira abrir a coluna e desnudar às incoerências que cercam às obras – de mais de um ano de enrolação - da Rua Frei Solano, bem como à grave omissão do Ministério Público neste e outros assuntos sob dúvidas intensas. Entretanto, a realidade me fez mudar de prioridade e mudar o comentário.
Também não vou abrir a coluna escrevendo sobre as obras malfeitas de recuperação da barranca do Rio na Rua Nereu Ramos e anunciadas só aqui que, por isso, elas dariam problemas e comeriam ainda mais dinheiro dos pesados impostos de todos. Os problemas naquele aterro fake apareceram mais cedo do que o previsto.
Antes de prosseguir no inferno astral da atual administração e que só ela escolheu o tipo de informo, quero lhes lembrar à lição básica de Nicolau Maquiavel, a qual Kleber e os seus renegam. Por isso, tendem a pagar um preço caro nas próximas eleições. O pensador florentino sustentava a ideia de que o bom exercício da vida política dependia da felicidade do homem e da sociedade, pois nenhum príncipe, mesmo o mais sábio, podia ser tão sábio quanto o povo.
Entenderam? Leiam de novo, por favor! O povo é sábio, mesmo enrolado por seus governantes.
E o povo de Gaspar – que influencia - no universo das redes sociais e aplicativos sociais – para desespero dos políticos e dos poderosos de plantão que não possuem controle algum sobre essas redes e aplicativos - está sendo esclarecido, enquanto a imprensa tradicional local e regional está obedientemente calada por migalhas, medo ou descomprometimento com à sua cidade.
Poderia eu, ainda divagar sobre esse assunto teórico, mínimo, e somar a amplamente conhecida como escala de necessidades de Abraham Maslow, a qual não deveria ser desconhecida do prefeito e principalmente de seus luas-pretas, alguns deles, avessos ao conhecimento mínimo. O que diz a base da pirâmide de Maslow?
“Necessidades fisiológicas: aquelas que se relacionam com o ser humano como ser biológico. São as mais importantes. São as necessidades de se manter vivo, de respirar, de comer, de descansar, beber, dormir, ter relações sexuais, etc.
Já as necessidades de auto-realização estão no topo da pirâmide. Os políticos pouco entendem disso e se entendem, via seus luas-pretas, desafiam em pleno século 21, a ampla comunicação global, a era da informação e manipulação virtual, de que eles não são mais virtuosos, indispensáveis, donos da verdade como incorporam e propagam como únicos. Os políticos estão sob intensa vigilância, cobrança e punição. E não é dos adversários como alegam, mas da sociedade que lhes sustenta.
O QUE ADIANTA OBRAS FÍSICA, MESMO QUE NECESSÁRIAS E URGENTE, SE O POVO NÃO TEM ACESSO AO MÍNIMO PARA SUA SOBREVIVÊNCIA, SEGURANÇA, RESPEITO E CONFORTO?
Então vou reabrir a coluna depois deste esclarecimento acadêmico, escrevendo sobre aquilo em que erradamente se insiste como uma marca do governo de Gaspar: o de fazedor de obras.
É assim que o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, o vice Luiz Carlos Spengler Filho, PP e o prefeito de fato, ex-coordenador da campanha, o Maquiavel de Kleber, presidente do MDB de Gaspar e secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, Carlos Roberto Pereira, nenhum engenheiro de ofício, querem ser reconhecidos para serem aplaudidos, reeleitos e se manterem no poder de plantão.
Na verdade, o aprendizado da História das civilizações e mações mostra que a maior obra para a estabilidade social e política, a qual leva ao reconhecimento de um líder, está na estabilidade proporcionada pela hierarquia na escala de Maslow. Ou seja, naquele mínimo como a educação (conhecimento, inovação, reconhecimento), a assistência social aos vulneráveis (diminuição das desigualdades), na saúde pública aos que sentem dor, são pobres e sem esperanças de cura, além bem como o direito de ir e vir pela sobrevivência e integração, via o transporte coletivo acessível e mínimo.
E é sobre o transporte coletivo urbano que Gaspar só o conheceu pela primeira vez na sua história no início dos anos 2000 – apesar de 75 anos de emancipação política de hoje - que vou escrever outra vez.
Qual era mesmo o título da coluna do dia 28 de outubro deste ano em que eu mostrava o resultado de outras colunas sobre o mesmo tema, as quais antecipavam um desastroso desfecho e a realidade contra os humildes, depois de ver uma audiência pública sobre o assunto esvaziada em algo tão essencial para a cidade, os cidadãos e os poderosos que se dizem serem os salvadores da cidade e do povo humilde?
“Todos em sepulcral silêncio desde o dia 22 naquilo que lida com a integração e a mobilidade da cidade para os trabalhadores e estudantes. E tudo continuará precário. Incrível! A licitação para a concessão do transporte coletivo de Gaspar ficou novamente deserta. Ninguém apareceu para encher as burras da prefeitura nos R$174 milhões que ela queria por 20 anos. Pudera. Era algo com cheiro de mofo e dúvidas. Estava escrito que ninguém queria”.
Alguma dúvida? Mais uma obra imperfeita com desfecho previsível. Nada de azar. É erro mesmo na prioridade do governante, da gestão pública. E olha que isso aparece em todas as pesquisas (DEL), inclusive a feita pela Associação Comercial e Industrial de Gaspar sobre as fraquezas que impedem ou dificultam o seu desenvolvimento. Também já mostrei isso.
Estou de alma lavada outra vez? Não. Desapontado. É que quase tudo o que escrevo aqui, e sou permanentemente constrangido por isso, perseguido, humilhado e desacreditado, se estabelece como verdade a meu favor e contra os poderosos de plantão pela realidade. Incrível! A quem esses políticos querem enganar, se não eles próprios?
Eu poderia encerrar por aqui este comentário e comemorar aquilo que estava à vista de todos, principalmente do prefeito Kleber e dos que, incompreensivelmente, mal lhe orientam? Até porque no dia três de outubro, ou seja, bem antes da fatídica licitação do dia 22, outro título da coluna já antecipava e esclarecia o desfecho disso tudo: “A 'nova' licitação do transporte coletivo de Gaspar no século 21, mas concebido como se estivesse no século 20, não é prioridade para o governo. A chance de se perpetuar à precariedade contra a cidade, a mobilidade e os cidadãos é grande”.
E qual a razão disso. Premonição? Um jogo para dar tudo errado e a população mais carente pagar o pato? E ela pagando pela incapacidade dos gestores, serem eles punidos nas eleições do ano que vem?
Nada disso: bastava ler o edital - referendado no atraso pelo Tribunal de Contas e uma agência de Regulação da AMMVI - que só se preocuparam com as possíveis brechas para suposta corrupção ou favorecimento. Ignoraram às mudanças de comportamento, o avanço de tecnologias e às novas exigências das pessoas ao nosso redor.
Resumindo. Gaspar fez uma licitação para autorizar carroças a explorarem o transporte de pessoas, quando no mundo de hoje, até o modelo de concessão de táxi é algo ultrapassado e engolido pelos aplicativos de mobilidade, inclusive de ônibus. A licitação ignorou não apenas o futuro, mas pessoas do presente, a conturbação, a integração, o pagamento daquilo que efetivamente se usa, contra o subsídio de uma massa para sustentar o deficitário, que deveria ser coberto pelos R$174 milhões que a prefeitura queria colocar no seu bolso.
Agora, nem aquele dinheiro, nem solução, só prejuízos, inclusive de imagem que vai refletir ainda mais contra nas urnas de outubro do ano que vem pela incapacidade de estruturar uma solução mínima.
O QUE ADIANTA PONTE, ANEL DE CONTORNO, ASFALTO SE O TRABALHADOR, POBRES E ESTUDANTES NÃO PODEM COMPRAR OU DIRIGIR CARROS?
Se Kleber e os seus levassem a sério essa necessidade básica da população, o transporte coletivo urbano – que é obrigação da prefeitura disponibilizar à população - teria entrado de cabeça neste assunto, para pelo armar um circo fingido de que estaria com disposição de resolver isso para o seu povo, mas que vencido pelas forças do atraso com as quais lutou como com todas as forças e como um herói, perdeu a corrida para gente que vive permanentemente com as costas contra o povo humilde e fraco.
Perdeu a oportunidade de ouro, até para fingir.
Nem isso Kleber foi capaz. Preferiu se expor com obras físicas que deixou a projeção e a execução na mão de gente incompetente. Gente que ele emprega com o dinheiro dos pesados impostos do povo, mas, como ingratos ou incompetentes, o expõe até hoje como gestor de qualidade duvidosa.
Não vou longe na incapacidade do prefeito que se diz jovem para colocar a casa minimamente em ordem e se dar ao respeito como gestor público. Quem é o diretor de Transporte Coletivo de Gaspar? Douglas José Scottini. Experiência? Zero neste assunto. E mesmo que entendesse profundamente, pegou o caso andando. E se quisesse colocar o bedelho nele, estaria impedido pela máquina que está centralizada neste e outros assuntos na secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa, bem como a Procuradoria Geral.
E quem é o chefe de Douglas? A Diretoria de Trânsito – Ditran – cujo titular, Salésio Antônio da Conceição, conhecido como Nem e pré-candidato a vereador pelo PP e é isso que o faz ocupar cargos no governo de Kleber, fez um “estágio” de algumas semanas como diretor de Transportes, como passou no Samae qual um relâmpago.
Esta diretoria de Douglas é tão desimportante para a cidade e o governo Kleber, que ela já foi ocupada até, pela irmã da namorada do irmão do prefeito....
Se este assunto de mobilidade urbana fosse algo sério para o atual governo, ele estaria como a maioria das cidades do mundo está: cuidando desse assunto áspero, cheio de dúvidas, mas que exige zelo e desafio permanentes. Ela estaria dentro da secretaria de Planejamento Territorial, a que estuda, controla e ordena o crescimento e a sustentabilidade de ocupação da cidade.
Em Gaspar, diante dos graves problemas – e que não são poucos como já expus em vários artigos anteriores - que precisam ser enfrentados, a mobilidade urbana deveria estar num gabinete de crise ao lado da sala de Kleber, numa ação direta para o mínimo de eficiência, não a eficiência da falsa propaganda do governo feito por marqueteiros profissionais e bem pagos.
Enfim. O desastre estava escrito não aqui, mas anunciado quando muito tardiamente no dia 25 de setembro, pedida pelo vereador Cícero Giovane Amaro, PSD foi realizada aquela audiência pública sobre o transporte coletivo e a licitação que se consumou deserta pela segunda vez, devido aos mesmos vícios e interesses não satisfeitos dos que exploram esse tipo de serviço à moda antiga.
Nem a empresa que o faz precária e emergencialmente, dando as cartas nos preços, nos itinerários, horários e colocando o poder público de joelhos e o povo chupando o dedo; nem a maioria dos vereadores, os ditos representantes do povo; nem o alto escalão da prefeitura que deveria estar preocupado com algo tão importante; nem a sociedade organizada (a não ser o pessoal do Bela Vista e do IFSC) apareceram lá para mudar os contornos de um desastre anunciado.
A CATURANI AMEAÇA IR EMBORA. A CHANTAGEM ESTAVA NA CARA. PIOR: KLEBER E OS SEUS “ÇÁBIOS” NÃO POSSUEM UM PLANO B PARA OS TRABALHADORES, HUMILDES E ESTUDANTES
O tempo é a senhor da razão e implacável para os espertos e aos que renegam à transparência. Ainda mais nos dias de hoje, onde toda e qualquer informação e contra-informação circulam no tempo da luz de um raio.
As exigências e chantagens da Caturani foram assuntos dominantes na sessão de terça-feira da Câmara de Gaspar. Tarde demais. Ou os vereadores acham que todos são tão tolos assim.
Tratam-se de atrasadas lágrimas de crocodilo. E por que? É uma tardia reação dos vereadores às queixas dos seus eleitores que infestaram as redes sociais, os aplicativos de mensagens e até mesmo no face-to-face ao que anunciou unilateralmente à Caturani para se auto proteger no seu negócio. Ou os políticos da Câmara e da prefeitura esperavam outra coisa diante de tanta inércia para com este assunto espinhoso?
E a Caturani ficou mais valente contra Gaspar, os gasparenses e seus políticos, só depois que ela viu que ninguém apareceu na licitação – nem ela que até fez uma consulta-aviso -. Ela não é doida. Conheceu a tranqueira onde está metida. Sem contrato, sem licitação que vai demorar no mínimo mais um ano, com o povo berrando, com as eleições se aproximando, com o tempo de enrolação contra os políticos, este é o melhor dos mundos para a Caturani. Está agora, com faca e o queijo na mão.
A Caturani, de verdade, já não tem mais contrato precário e emergencial com Gaspar. Está vencido desde dia 30 de setembro. Ou seja: de verdade? Está fazendo um favor. Por isso, ela quer aumentar os preços das passagens, as quais já são as mais caras na região. Ela quer cortar linhas que diz serem deficitárias – dane-se o povo e à necessária expansão urbana. Quer fazer apenas os horários mais rentáveis, pois não pode ter prejuízos e está certa. Consequências óbvias: deixará os trabalhadores, gente humilde e humilhada, além estudantes, os mais pobres, na mão.
Mas, a Caturani é a culpada de tudo isso? Não! Repito, absolutamente não. É o governo de Kleber, Luiz Carlos, Roberto Pereira, Salésio, Douglas, vereadores e pasmem: o Ministério Público da Comarca. Se ele estivesse realmente se antenado ao que acontece por aqui, estaria “vigiando” tudo isso em nome da sociedade contra a omissão dos gestores públicos, dos políticos e da própria imprensa, a qual deixou este assunto no fundo da gaveta para não incomodar o poder de plantão que se acha dono dela.
Quem tem a obrigação de dar transporte coletivo à cidade e ao povo? O poder público. Como não quer ou não pode fazer, ele concede a um privado. E o poder público, neste caso, a prefeitura de Gaspar, não teve competência para fazer isso, porque o povo trabalhador, os mais humildes e os estudantes não são suas prioridades, a não ser na busca de votos em dia comício, panfletagem e de eleição.
Então o resultado não poderia ser outro e os vereadores que não deram bola para este assunto até aqui como registrei anteriormente em vários artigos não têm do que reclamar. A própria cidade não debateu esse assunto porque a imprensa ficou – apesar das evidências e da importância do tema - em silêncio contra a sua cidade e os cidadãos. Ressalvo o jornal Cruzeiro do Vale via esta coluna e o Miro Sálvio, na sua rádio comunitária Vila Nova, a 98,3.
PREFEITURA TARDIAMENTE SE FAZ DE VÍTIMA. QUEM ACREDITA NELA?
Quando a esperteza é muita, ela come o dono, dizia o político mineiro Tancredo de Almeida Neves.
Só depois de chantageada pela Caturani, a enxurrada de queixas e fortes críticas nas redes sociais, a prefeitura de Gaspar resolver sair do seu silêncio esperto em que estava metida neste assunto. E após encerrado o expediente de terça-feira, dia 12, ela colocou no site oficial este comunicado:
“A Prefeitura de Gaspar informa que notificou a empresa Caturani, responsável pelo transporte coletivo municipal. A concessionária foi informada de que não é permitido, pelo contrato, que tome decisões quanto ao cancelamento ou mudança de linhas pré-estabelecidas. Caso a empresa não cumpra a notificação, serão tomadas as devidas providências administrativas, uma vez que a comunidade gasparense não pode ficar desassistida”.
Vamos por partes, como diria Jack, o Estripador:
Primeiro: a prefeitura notificou a empresa? E daí? Que validade legal tem isso se a Caturani – que desde o início é orientada por advogado que já chegou a ocupar a tribuna da Câmara para denunciar concorrência desleal antiga feita por empresas que atuam no serviço interestadual, permitida, não fiscalizada por Gaspar e ao mesmo tempo pedir privilégios - está fazendo um “favor” à cidade, ao povo e aos gestores públicos?
Segundo: o contrato já não expirou? Então quais as providências serão tomadas se não há legalidade naquilo que promete exigir a prefeitura, e muito tardiamente agir? Essa ameaça da prefeitura é conversa para boi dormir, para fazer espuma a analfabetos, ignorantes e desinformados. Kleber está se fazendo de vítima quando – como prefeito - é o único responsável por tudo isso. Nem mais, nem menos.
Terceiro: supondo que a Caturani por simplesmente continuar no serviço precário mesmo depois dele contratualmente ter sido encerrado no dia 30 de setembro e por essa continuidade espontânea, em tese, estar obrigada às cláusulas que estavam em vigor anteriormente, o que fará a prefeitura como punição em favor do povo? Obrigar a Caturani ter prejuízos naquilo que não está mais contratado? Quem acompanha as planilhas? Por que isso não é público desde o início? Por que a prefeitura se nega em tudo à transparência?
Quarto: supondo que a Caturani resolva, como fez a Viação do Vale – que era a licitada de verdade e não cumpriu o que se comprometeu na licitação que ganhou – ir embora de Gaspar. Você leitor e leitora já imaginaram as consequências desse gesto? Teria Kleber e seu grupo uma carta na manga e que a esconderam até agora para não ficarem expostos política e eleitoralmente?
Quinto: Kleber que não se importou com o assunto até agora criou ao mesmo tempo a oportunidade para se redimir e calar a boca de seus críticos. Mas, os riscos são altos demais. Querem um exemplo. Foi assim que o antigo Consórcio Siga e o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Blumenau tentaram fazer com o ex-prefeito de lá, Napoleão Bernardes, quando ele ainda estava no PSDB – hoje está no PSD. Napoleão mandou às favas da noite para o dia o Consórcio. Impensável. Arriscou todas as fichas. Tinha uma carta na manga: a Piracicabana. E venceu o cartel do atraso que dominava o transporte coletivo de Blumenau. Libertou – ainda no velho modelo de concessão - uma cidade cansada das greves. Não foi fácil. Houve sacrifícios. Napoleão se reelegeu contra todas as apostas de que este seu gesto não daria certo e comprometeria a sua candidatura. E aqui, quem é a Piracicabana para salvar Kleber e seu grupo de notáveis – mesmo no velho modelo de concessão ou permissão?
Sexto: mas Kleber, com a equipe que só olha o “dinheiro em caixa” bem como obras cheias de dúvidas para saltarem aos olhos do povo desinformado, terão capacidade, coragem, tempo e saídas que não prejudiquem os trabalhadores, os pobres e os estudantes para esse impasse, todos criados pela teimosia de gente como Carlos Roberto Pereira e outros que mandam e desmandam no atual governo gasparense? Pela cidade e os cidadãos mais humildes, eu, sinceramente estou torcendo por esta saída, mesmo que isso livre os políticos se livrem do castigo que merece pela omissão que tiveram neste assunto até aqui. Acorda, Gaspar!
Kleber tirou das suas costas a culpa dele e do Samae para jogar nos outros
Depois de um ano, o prefeito Kleber Wan Dall, MDB (à esquerda) resolveu reconhecer publicamente que errou no caso das obras de drenagem da Rua Frei Solano, que é tocada pelo Samae, de José Hilário Melato, PP, (centro) e que não tinha experiência neste tipo ação. As denúncias foram feitas sistematicamente pelo morador do bairro Gasparinho, o vereador Dionísio Luis Bertoldi, PT (à direita).
Esta é a declaração do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, na quinta-feira passada nas rádios, redes sociais – onde as críticas foram, no mínimo, desmoralizantes, diante de tanto tempo que levou para toma-las - e aplicativos de mensagens. Prestem bem atenção!
“Problemas a gente encara de frente. A empresa que estava trabalhando na obra da Frei Solano não atendeu às expectativas e por isso cancelei o contrato. Foram diversas cobranças, reuniões, e-mails, notificações para agilizar a obra e cumprir as obrigações. Tudo sem resultado efetivo para nossa população. Desde que assumi a Prefeitura este é o sexto contrato rescindido. Essa é a única forma de garantir que empresas assumam obras públicas sem condições de cumpri-las. Os moradores e comerciantes da Frei Solano estão cansados com esse transtorno, e nós também. Apoiamos a nossa comunidade e vamos fazer tudo que estiver ao nosso alcance para melhorar a qualidade de vida das pessoas. #gaspar #atitude #freisolano”.
Primeiro: eu não vou repetir as quase duas dezenas de artigos e notas que dei neste espaço sobre este lamentável assunto da Rua Frei Solano, uma obra simples e que com alguém sério, levaria menos de três meses para ser entregue à população.
Ela se enrola há mais de um ano, sob as mais variadas justificativas. Seria cansativo. Seria me vangloriar que fui praticamente o único a tratar seriamente dele e prever esse desfecho trágico para com os que moram, os comerciantes que dependem da rua livre para gerar negócios, impostos e pagar suas dívidas.
Segundo: o prefeito Kleber acaba de me dar razão; mais uma vez. Estou de alma lavada. Ele assinou à credibilidade dos meus artigos sobre este assunto que o seu pessoal renegou e me amaldiçoou por publicá-los aqui. Obrigado! Ao mesmo tempo, Kleber calou a boca de seus próprios puxa-sacos. Eles foram escalados para me desmoralizar. Entre eles, gente sem credibilidade e moral que fez a difamação unicamente para defender às boquinhas públicas para seus filhos. Acusaram-me de exageros, mentiras, perseguição política (?)...
Terceiro: estava na hora de se criar um fato novo. Tudo para arrumar culpados fora do governo e do Samae, este tocado pelo mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, PP, que no fundo é o responsável por tudo isso. Um ano de enrolação e contra os cofres da prefeitura, sustentado pelos pagadores de pesados impostos.
Quarto: “Problemas a gente encara de frente”, diz Kleber na nota articulada pelos marqueteiros dele e por quem efetivamente manda no seu governo. “Todos mandam ali, menos ele”, sublinha o morador do Gasparinho, crítico desde o início sobre demora, à falta de transparência e projeto das obras da Rua Frei Solano, o vereador Dionísio Luiz Bertoldi, PT.
Quinto: se “problemas se encaram de frente”, o que é certíssimo, perguntar não ofende ao prefeito Kleber? Qual a razão para não ter encarado esses problemas muito antes, evitando os desgastes tão fortes, quando os problemas já abundavam em provas de que havia erros aparentes? Por que submeter o povo do Gasparinho a um sacrifício por tanto tempo?
Sexto: o prefeito Kleber como repórter de si próprio nas redes sociais, esteve no local e de lá não viu erros nenhum – ao contrário -, nem mesmo à falta de Equipamentos de Proteção Individual dos operários da primeira empreiteira que assentou os tubos de lá.
Onde está o projeto que foi executado naquele tempo, que se pediu na Câmara e até hoje não apareceu mesmo sob ordem judicial que foi desrespeitada até hoje? O que fez o engenheiro fiscal indicado para acompanhar a obra e permitiu ela chegar no ponto que chegou? Por que se esqueceu de fazer a licitação para a segunda parte das obras? Por que se não fossem as denúncias, os paralelepípedos originais da Frei Solano teriam ido para o lixo?
Sétimo: tudo começou errado e poderá terminar pior. O prefeito Kleber se negou dar explicações e ao mesmo tempo, forçou sob chantagem político-eleitoral à aprovação pela Câmara do Projeto de Lei que transferia da prefeitura para o Samae – sem experiência, conhecimento, dotação orçamentária e equipamentos - a obrigação de se fazer a drenagem em Gaspar. Alegou-se para isso, o “aproveitando” supostas sobras de caixa da autarquia para assim deixar dinheiro do Orçamento Original nos cofres da prefeitura. O castigo veio a cavalo.
Oitavo: a retirada na marra da atual empreiteira foi arquitetada pelo presidente do Samae, José Hilário Melato, numa reunião que ele fez na semana passada com os moradores e comerciantes da Frei Solano, articulada por um cabo eleitoral seu. Pediu um abaixo-assinado para suportar esta intervenção. Foi assim que Kleber "encarou o problema de frente". E esta forçada de barra vai gerar outros prejuízos para os gasparenses e o prefeito, pois tudo deve parar na Justiça. Afinal há um contrato em vigor.
Nono: os gasparenses – não só os que se sacrificaram no Gasparinho - estão pagando caro pelos erros de gestão de problemas de projeto (ou da falta dele), execução e fiscalização amplamente relatados aqui. É imposto bom sendo tragado pelos ralos, não só aqueles que a Raimondi colocou fora do gabarito e pela empreiteira que está sendo corrida agora de lá. Ela teve que desenterrá-los para asfaltar e as bocas de lobos coletarem água no meio-fio, numa rua com vários gabaritos de largura, numa verdadeira linguiça mal enchida.
O prefeito Kleber está tirando uma empreiteira e poderá sofrer revezes jurídicos que podem lhe complicar inclusive no seu mandato. Há possibilidade de se tipificar improbidade administrativa. Além disso, executar o serviço no lugar das empreiteiras vai custar ainda mais aos gasparenses. Quem controla isso?
Décimo: as três perguntas que não querem calar são: afinal quando termina esta obra e quanto a mais ela custará aos gasparenses daquilo que se orçou originalmente? A derradeira: por que o Samae do Melato está sendo protegido dessa forma? Não era ele que deveria ter encarado esse problema de frente? Acorda, Gaspar!
Esta foto à esquerda publicada aqui há meses, denunciava que a técnica usada no aterro e recomposição da barranca da Rua Nereu Ramos, resultaria em problemas futuros, como tardiamente, admitiram os técnicos da prefeitura e da Defesa Civil de Gaspar na semana passada
Aqui está um exemplo de qualidade da secretaria de Obras e Serviços Urbanos combinada com o cabide de empregos chamado de Defesa Civil. Ela voltou ao status da gestão petista de Indefesa Civil de Pedro Celso Zuchi. Escrevi na sessão Trapiche, da coluna da edição impressa da sexta-feira do dia 28 de agosto do jornal Cruzeiro do Vale esta pequena nota:
O preenchimento da barranca da Rua Nereu Ramos que foi solapada para o Rio Itajaí Açú, já apresenta fissuras. Entendidos da prefeitura apostam que é uma simples acomodação. Geólogos consultados pela coluna dizem que é muito cedo para qualquer conclusão, mas é um sinal forte para monitoramento para algo não muito bom.
O que aconteceu? Um Deus nos acuda. Uma choradeira sem fim. Uns queriam fazer eu engolir o que escrevi. Outros me desqualificaram – como sempre - por não ser geólogo ou engenheiro, mas por transmitir aos meus leitores e leitoras o que tais profissionais qualificados, minhas fontes protegidas por dever ético, afirmavam sobre o assunto.
Essa gente do poder de plantão em Gaspar que me desqualificava e tramava perseguição onde incluía o jornal e o portal, sabia o que estava fazendo e escondendo: a má qualidade da avaliação, da técnica e do material empregados na obra emergencial.
Essa dúvida sobre a técnica e materiais empregos na obra da Nereu Ramos também tinha sido tema de várias outras colunas anteriores.
Elas geraram polêmicas entre os sabidos da prefeitura e da Defesa Civil. E a notinha simples e curta repetida acima muito mais. E por que? É que o prefeito garboso Kleber Edson Wan Dall, MDB, parabenizou nas entrevistas sem perguntas e na sua rede social à equipe que ele escolheu por questões políticas e não técnicas, “pelo brilhante resultado conseguido para o problema, a cidade e os cidadãos” encalacrados naquele pedaço da cidade por falta de caminho alternativo.
Como disse o prefeito Kleber na quinta-feira passada: “problemas a gente encara de frente”. O problema, de verdade, não é exatamente esse, como demonstra mais este. Ele se repete e como outros não se solucionam, geram dúvidas e conspiram contra o gestor.
O verdadeiro problema é que eles estão dinamitando a falsa imagem de eficiência e fazedor de obras de Kleber criada pelos marqueteiros bem pagos, contratados para alavancar Kleber à reeleição. E só Kleber é quem não percebeu ainda que está metido numa armadilha que terá pouco tempo para desarmá-la. Não terá obras, apesar de listar 50 em comerciais pagos com dinheiro público, não terá também cuidado das pessoas como já demonstrei nas duas últimas sexta-feiras.
O que escrevi no dia 29 de julho aqui neste espaço em “Os retratos do governo de Gaspar está na improvisação do solapamento lateral da rua Nereu Ramos para o rio Itajaí-Açu”?
“E a obra em si? Há controvérsias. Engenheiros e geólogos da prefeitura e da Defesa Civil garantem que está tudo dentro do normal e ‘planejado’. Outros especialistas que olham de fora o problema e o que se fez lá, relatam dúvidas técnicas.
Uma delas é à qualidade do material depositado e que veio em caminhões sem lona pela Anfilóquio como publiquei e sob a complacência da própria Ditran. A outra é a técnica: encheram de barro na base solapada e colocaram pedras na parte superior; alguns entendem que deveria ser o inverso. Finalmente, quem acompanhou o caso Archer, diz que a mesma solução criada à última hora com uma cortina de estacas de concreto deveria ser aplicada na Nereu Ramos. É que os solos e os problemas são iguais e não poderiam ter recebido tratamento diferentes.
Como eu não sou engenheiro ou geólogo e dependo deles para propagar essas verdades técnicas, o jeito é esperar o resultado para ver com quem está a razão e se não será preciso gastar mais, ou ver o que foi feito sob desgastes da imagem da atual gestão se perder novamente. Tudo pago pelos gasparenses”.
Volto.
Parece que foi escrito para esta segunda-feira. Então o que é repetitivo? Os meus assuntos ou erros da gestão de Kleber, Luiz Carlos Spengler Filho, PP e do prefeito de fato, ex-coordenador da campanha de Kleber, presidente do MDB de Gaspar e secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, Carlos Roberto Pereira.
Escrevi isso no final de julho. Fui ridicularizado. No final de agosto, informei sob o silêncio de todos, que o solo estava em plena mudança na área “recuperada”, isso sem chuva e aumento do nível do Rio Itajaí Açú. Fui demonizado.
Agora meados de novembro e à beira do movimento de verão, a secretaria de Obras e Serviços Urbanos e a Defesa Civil e Gaspar, reconhecem que fizeram o serviço mal feito. Não com essas palavras, é claro.
E como enrolam hoje para os sem memória, gente paciente, correligionários e cabos eleitorais este espinhoso assunto? Comparem?
Quando abriram o trecho recuperado da Rua Nereu Ramos afirmavam de pés juntos que era uma solução técnica definitiva e que eu era o bocudo.
Agora, o que dizem? Que fizeram uma obra emergencial, que sabiam desses riscos, ou seja, de rachar, desmoronar e se perder tudo o que foi feito para o Rio Itajaí Açú. O que está afundando ou desmoronando é na verdade, são os nossos pesados impostos e a paciência de muita gente de fazer fila nas ruas Olga Bohn e José Casas.
Entenderam a razão pela qual esta coluna possui credibilidade? Entenderam a razão pela qual o poder de plantão - e seus agarrados nas tetas dele - não suporta o que escrevo? Acorda, Gaspar!
Material das obras da Rua Rodolfo Vieira Pamplona, sendo desperdiçados. Isto tem custo para fazer e refazer. E quem paga tudo isso? O povo!
O presidente Jair Messias Bolsonaro saiu do PSL. Ele e seu filho Eduardo, deputado Federal vão fundar um novo partido para chamar de seu. O senador fluminense Flávio Bolsonaro já pediu desfiliação.
Outros, para atender os mais diversos interesses, já fundaram partidos para si, entre eles o próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Marina Silva (Rede), Leonel de Moura Brizola (PDT), Gilberto Kassab (PSD)...
O partido dos Bolsonaros vai se chamar Aliança pelo Brasil, num país que já teve a Aliança Renovadora Nacional, a Arena. Foi ele que deu aval e sustentação aos governos militares.
A raiz da velha Arena ficou no que se chama hoje PP, o partido dito conservador. Ele já teve o próprio Bolsonaro como filiado. Por dinheiro, o PP já deu sustentação aos governos do PT e é um dos mais envolvidos com a corrupção gerada no petrolão e apurada na Lava Jato, entre eles o ex-deputado e presidente do PP catarinense João Alberto Pizzolatti Júnior.
Esse novo partido do clã Bolsonaro pode não sair a tempo para participar do pleito de outubro do ano que vem. Então é bom os mais afoitos tomarem cuidado ao saírem do PSL. E se saírem, preventivamente, escolherem um novo partido, se estiverem a fim de concorrer a algum cargo proporcional ou majoritário.
E por que disso? Hoje oficialmente temos 32 partidos. Deles, 25 estão representados no Congresso e que atrapalham a vida de matérias essenciais ao povo brasileiro. Vivem do toma-lá-dá-cá. E pasmem: na fila, estão para serem criados oficialmente 37 outros partidos. E agora, mais um, o dos Bolsonaros.
Muitos dos os partidos que estão na fila da Justiça Eleitoral já cumpriram os pré-requisitos. Mas, ela tem sido “lenta” ou “criteriosa”, como justifica, neste sentido.
É que há uma tendência para diminuir número de partidos já existentes via várias cláusulas de barreiras. E um dos melhores caminhos é de dificultar ou impedir a criação de novos.
O partido de Bolsonaro precisará caminhar na velocidade da luz para cumprir a legislação e furar a fila de espera. Precisa estar redondo até março e ter 500 mil mínimas assinaturas. Quer fazê-las via meios digital. A Justiça já avisou que terá que ser nos meios tradicionais e que serão depois verificadas, como aconteceu e vem acontecendo com os demais. Resumindo: é arriscado demais.
Em Gaspar haverá uma debandada do PSL original. Alguns já saíram dele numa lavação de roupa suja pública de dois meses atrás. O problema por aqui, é o dono do PSL da região, o deputado Ricardo Alba, de Blumenau.
Os pesselistas acusam Alba de ser é centralizador e pouco transparente nos planos e contatos às costas da comissão de Gaspar. E isso incomodou muita gente defensora de Bolsonaro por aqui.
Alba é defensor na Assembleia do governador Carlos Moisés da Silva que já aviou que não sairá do PSL. Em pouco tempo de político, o ex-vereador de Blumenau e que só cumpriu dois anos dos quatro de mandato, Alba já está no seu quarto partido. E ele, por enquanto, não possui planos para sair do PSL.
A falha de cartórios do interior come o dinheiro dos brasileiros. Uma mulher morreu em Ilhota no início de setembro. Desde lá, gastou muito tempo e dinheiro para provar e não receber os benefícios que estão todos os meses desde então disponível na conta da falecida.
Foram a agência do INSS para comunicar o fato. Disseram que não era para se preocupar pois o cancelamento era automático com a informação que o cartório é obrigado a fazer ao INSS. Ligaram várias vezes para o 135. Nada. Só protocolos. Nem mesmo o cancelamento via o site foi possível.
Tudo isso explica o rombo da previdência e como o tal automático não funciona. Há um claro estímulo à fraude, pois o dinheiro está lá disponível e acumulando. Só os honestos têm a atitude dos familiares desta senhora.
E se fosse o benefício de um servidor público, que com os penduricalhos podem chegar a mais de R$100 mil por mês. Wake up, Brazil!
A Câmara de Vereadores de Gaspar continua fechada ao povo nesta segunda-feira, num prolongamento do feriadão iniciado na quinta-feira passada. A justificativa é a de realização de um curso de capacitação para vereadores e servidores públicos.
No final da semana que vem, a mesma Câmara fez um outro feriadão. Enforcou a sexta-feira com a argumentação de que estava fazendo manutenção na velha fiação elétrica do velho prédio que a abriga improvisadamente há anos. Acorda, Gaspar!
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