24/01/2019
Diante da inesperada repercussão negativa nas redes sociais quando do anúncio na semana passada da criação dos parques municipais e do mirante do Centro, o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, mudou o foco, queixou-se e trouxe imediatamente o debate para as suas principais obras do momento: a re-pavimentação da Nereu Ramos e Anfilóquio Nunes Pires, bem como a drenagem do Gasparinho.
Surpreendido pelas enxurradas de verão deste ano que não perdoaram não só Gaspar, mas como os nossos vizinhos, Kleber tratou de lavar as mãos. Escreveu sobre a foto abaixo, o seguinte: “as obras de drenagem e pavimentação da rua Frei Solano é uma das reinvindicações mais antigas dos moradores do Gasparinho em breve a primeira etapa (drenagem) estará concluída. Espero não ver novamente certas cenas lamentáveis dos últimos dias”.
Kleber, foi mais além: livrou-se da culpa que tem na cena que considerou “lamentável” e a transferiu para outros governos e principalmente aos vereadores da oposição que dificultaram, segundo ele, a “passagem” desse trabalho, uma obrigação original da prefeitura na secretaria de Obras e Serviços Urbanos, para o Samae. “Vencemos a burocracia e os entraves políticos para dar início à execução dessa obra. Infelizmente alguns com a visão pequena que só conseguem enxergar o próprio umbigo, fizeram com que a obra atrasasse”.
Primeiro: os que Kleber acusou de enxergarem somente o próprio umbigo, estão calados. Então não serviu a carapuça.
Segundo: este problema como bem salientou o prefeito é antigo, e fez parte das suas promessas não desta, mas da campanha que perdeu em 2012. Ou seja, quando ganhou em 2016, sabia o que tinha que fazer na Rua Frei Solano, em 2017, quando assumiu. Não fez.
Terceiro: Esperou 2018 chegar para economizar dinheiro o Orçamento da prefeitura e repassar esta obrigação e os custos das obras, para o Samae. E para isso, precisou ir ao embate na Câmara, onde por um erro político e estratégico dele próprio, que só viu o seu umbigo, criou um entrave político e perdeu a maioria; assistiu à sua cria política, o vereador Silvio Cleffi, PSC, contra a intenção e má-articulação do criador Kleber, ser eleito presidente da Casa. Simples assim.
Quarto: Então quando Kleber escreve para se justificar perante o seu eleitorado e transfere os erros para colo dos outros, falta-lhe a verdadeira reflexão sobre o papel dele nisso tudo. Nesta cena da foto em que a água invade a rua, as obras e inferniza os moradores da Frei Solano, a prefeitura como ente ordenador da ocupação urbana que não exerceu o seu papel por politicagens de seus ocupantes no poder de plantão, todos os prefeitos anteriores e inclusive ele, são parte desse resultado que Kleber classifica como “lamentável”.
Concluindo: Kleber poderia ter resolvido isto antes fazendo a obra, ou quando em maioria em 2017 poderia ter passado o projeto de lei que tira dinheiro da expansão da rede de água tratada para o Samae fazer valas no lugar da secretaria de Obras e Serviços Urbanos. Kleber errou duas vezes. E porque olhou para o seu próprio umbigo.
E duas observações sobre este assunto: técnicos já advertiram que há problemas nesta obra, então ela pode ficar pronta e não servir para a solução. A outra, é que esses temporais, cada vez mais intensos, teimam em desafiar essas drenagens. Ou seja, quem garante a solução de todos os problemas aos eleitores, corre um sério risco de ter que fazer um novo discurso para arrumar outros ou novos culpados. O caminho certo, que se demorou para encontra-lo, pode não ser a solução. Acorda, Gaspar!
Logo que o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, tomou posse, iniciou-se um processo – sem projeto e continuidade – de se plantar flores pela cidade. Era uma vontade pessoal da primeira-dama. Não deu certo pelo óbvio. Em pouco tempo as flores foram “engolidas” pelo mato como mostrei neste espaço com fartas provas em fotos. Diante da realidade, a cidade trocou as flores murchas – por que exige cuidados e replantio permanentes - e o mato pela capinação mínima.
Agora a cidade virou um “canteiro de obras”, segundo a atual administração. Se faz de um lado coisas novas, é obrigação e por planejamento, manter o que já se possui. Mas, não. O mato está crescendo por todos os lados da nossa cidade. E não é para se parecer ser ecologicamente corretos como atestam os avanços que se fez ou se permite sobre Áreas de Preservação Permanente, com casos parando no Ministério Público.
Ora, se a secretaria de Obras e Serviços Urbanos de Gaspar já não tem mais a obrigação com a drenagem, qual a razão para ela não se concentrar naquilo que sobrou para suas atividades obrigatórias e rotineiras, entre outras, a capinação das ruas da cidade? Ou isso também vai ser transferido para outro setor da prefeitura ou depende de alguma aprovação na Câmara de gente que olha só para o seu umbigo, por simplesmente exercer um ponto de vista diferente daquele do poder de plantão? Acorda, Gaspar!
Na coluna de segunda-feira tinha este título acima e este texto abiaxo de abertura:
“Esta foto é do estacionamento do Samae de Gaspar na parte reservada especialmente para consumidores, fornecedores e visitantes. Quatro veículos que estão nela são de seus funcionários: um Polo da comissionada Janete da Silva, diretora administrativa, ou seja, a que devia exigir que isso não acontecesse; a Tucson do celetista pastor Carlos Antônio Schmitz, chefe da frota, que sabe perfeitamente que ali servidor não estaciona; o Meriva, do diretor de Contabilidade, Tesouraria e Patrimônio, Marcelo Heizen, bem esclarecido sobre isso; e um quarto, o Clio, é do engenheiro temporário admitido em meados de dezembro e que já aprendeu com os exemplos dos outros a desrespeitar o óbvio. Uma rotina. Sintomático a tudo que é feito pela autarquia à cidade”.
Sobre os fatos narrados, é preciso se fazerem dois registros:
O primeiro é de que os funcionários do Samae – a contragosto e alguns deles estimulados pelas chefias praguejando a coluna - tomaram tento. Passaram a respeitar à prioridade da área de estacionamento para os consumidores, visitantes e fornecedores. E precisava passar por esta? É preciso ver quanto tempo vai durar.
O segundo é necessário fazer uma correção. O pastor Carlos Antônio Schmitz, disse que nunca viu uma Tucson na vida dele. Ver, ele viu nos últimos os dias quando trabalhava no Samae, pois pediu para sair no dia 17 deste janeiro. Só que ao contrário da informação que escrevi, a Tucson não é dele ou dirigida por ele. Eu errei. E por isso peço desculpas aos leitores e leitoras pela informação equivocada, bem como ao pastor por esta falha. O utilitário do pastor é prata.
A Tucson que se vê na foto abaixo e publicada na segunda-feira aqui, é dirigida Salésio Antônio da Conceição, que entrou em novembro para ser o Coordenador Geral de Ligações de Água. O carro está estacionando em lugar errado e ele é comissionado. O veículo placas MJH 1081 não está no seu nome.
É cada vez mais relevante a influência do advogado Valmor Beduschi Junior nas mudanças administrativas e políticas que se articulam na prefeitura e no poder de plantão em Gaspar.
Depois de tentar aproximação para se empregar no gabinete do deputado Ivan Naatz, PV (Blumenau), Ana Paula da Silva, a Paulinha do PT (Bombinhas), e Laércio Schuster, PSB (Timbó), o ex-vereador, ex-presidente da Câmara e candidato derrotado a prefeito de Gaspar, Marcelo de Souza Brick, PSD, está participando de processo para instituir uma aliança de interesses com o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB.
Tenta-se um blocão para garantir à reeleição de Kleber e ao mesmo tempo, eliminar dependências na Câmara, onde Kleber, aparentemente recuperou a maioria, mas ela parece ser volátil e ter um preço caro. É que houve quebra de confiança tanto naquilo que se conhece como base e também na oposição. Enquanto isso, está cada vez mais atrasada as mexidas arquitetadas e alteradas nos gabinetes, sobre a refundação do governo de Kleber.
Qual o nó a ser desatado nesta nova arrumação de interesses se ela vingar? O papel do PP e do neo-situacionista Roberto Procópio de Souza, PDT, e que perdeu a presidência da Câmara na malsucedida articulação do MDB e Kleber, bem como o reposicionamento de um dos mais ferrenhos vereadores oposicionistas, o funcionário público lotado no Samae, Cícero Giovane Amaro, PSD.
O PSL de Gaspar logo depois da vitoriosa e surpreendente eleição de outubro do ano passado, formou a sua comissão provisória, numa solenidade na Sociedade Alvorada. Anunciou a filiação de mais de 300 pessoas. Oficialmente, até ontem, eram apenas seis.
O PSL de Gaspar tem até abril para fichar e homologar os seus novos filiados.
A consulta ao sistema de filiação partidária mostra que somente estão no PSL de Gaspar Elizangela da Silva Oliveira, Michael de Souza Correia, Pablito Cleiton Fausto, Taise Parma Fernandes Mafra, Wagner Mannes e Willian Dalsochio dos Santos.
O MDB é disparadamente o que possui mais filiados em Gaspar: 1.255. Ele é seguido por PP, 780; PT, 522; DEM, 516; PSDB, 409; PTB, 385; PPS, 237; PSD, 222; PDT, 201; PRB, 136; PSB, 110; PR, 91; PCdoB, 83; PV, 74; PSC, 63; PHS, 13; PPL, sete; PSDC e PSOL três cada uma; PTN, PTC e PNN, três cada um; PRTB e PRB um cada um.
O desaparecido vice-prefeito de Gaspar, Luiz Carlos Spengler Filho, PP, apareceu esta semana. Para uma foto com o casal Esperidião Amim Helou Filho (senador) e Ângela Heinzen Amim (deputada Federal), ambos do PP. Foi buscar uma camionete para ser usada pela Vigilância em Saúde.
O ex-todo-poderoso chefe de Gabinete do ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, o professor Doraci Vanz, vai dar menos aulas este ano. A carga horária foi reduzida de 40 para 30 horas semanais que se dividirão 15h na Dolores Krause, dez na Luiz de Franzoi e cinco horas na Zenaide Costa.
Na outra ponta, a ex-vice-prefeita e atual vereadora Mariluci Deschamps Rosa, PT, vai voltar para ser berçarista no CDI Vovó Lica. Foi revogada a sua licença para atividades políticas, concedida em dezembro de 2016.
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