30/01/2019
Não é segredo para os leitores e leitoras desta coluna e na cidade que espalhei a notícia, sob a zomba do poder de plantão e de gente da mídia que vive noutro mundo, apesar de não sair da prefeitura, que Ciro André Quintino, MDB, não era o candidato de Kleber Edson Wan Dall, MDB, à presidência da Câmara. Muito menos era o candidato preferido do “articulador” e prefeito de fato, o ainda secretário da saúde, o advogado Carlos Roberto Pereira, MDB. Muito menos Ciro é um nome da simpatia do PP que divide o poder de plantão com o sumido vice, Luiz Carlos Spengler Filho e o agora desconfiado chefe de gabinete de que estão lhe rifando, Pedro Inácio Bornhausen.
Todos, com a articulação explícita do líder do governo no Legislativo, Francisco Hostins Júnior, MDB e o líder do partido, Francisco Solano Anhaia, apostaram no mais ferrenho dos oposicionista a Kleber na Câmara em 2018 e que mudou a casaca nas últimas semanas do ano passado, Roberto Procópio de Souza, PDT. Apostaram e perderam. Mais uma vez, pois tinham perdido com Franciele Daiane Back, PSDB, cujo partido não faz parte da coligação do poder.
Gente para apostar errada e em coisas que estão marcadas para darem erradas.
E por que Ciro não é o nome dessa gente? Porque ele se estruturou, tem vida própria e teima em dizer que quer ser mais do que vereador em e para Gaspar. E para ser mais que vereador, Ciro também não tem lugar no MDB de Gaspar. Simples assim.
UM DISCURSO PRÓPRIO
Ciro apostou na zebra estadual Jerry Comper, MDB, de Ibirama, que substituiu o falecido deputado Aldo Schneider, de quem virou cabo eleitoral ferrenhos depois que o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, mas nascido no MDB, trouxe Aldo – ex- prefeito de Ibirama -para cá. Ciro venceu contra todos os prognósticos dos novos donos do poder de plantão e de parte do MDB, pois como todos sabe, o MDB não é exatamente um partido, mas uma reunião de interesses.
Ciro, foi mais além, apostou no deputado Federal Carlos Chiodini, MDB, de Jaraguá do Sul. E surpreendeu até os da máquina do MDB de Gaspar que “cerraram” fileiras pelo queridinho do poder, Rogério Peninha Mendonça. Por fim, Ciro apostou na presidência da Câmara e silenciosamente a levou. De quebra, propôs um jogo casado. O poder plantão ainda não entendeu quem está com a carta do jogo na mão.
Ciro fez mais.
Ao invés de contratar para ser o seu assessor na presidência da Câmara alguém técnico e de confiança, foi na contramão: pegou um especialista em comunicação e que já vem trabalhando para ele em todas as mídias: Nelson Pereira Júnior.
Ou seja, há alguma dúvida sobre a intenção e o resultado que Ciro quer na sua gestão na Câmara? O “repórter” Kleber vai comer poeira, mais uma vez. O suporte técnico legislativo, por não ser um novato, por ter sido presidente e uma “mãe” para os servidores quando esteve como presidente em 2017, Ciro terá ajuda do corpo fixo de assessores especializados. O que ele precisa, é de marketing, para trucar, jogar as cartas certas na mesa e no momento que lhe convier.
Este é o dilema de Kleber, dos que estão no poder plantão e já fizeram uma conta mínima de 16 anos de poder e sucessão entre eles, e parece que esqueceram de Ciro e outros que correm por fora no mesmo bloco, sem falar em surpresas e da suposta oposição.
PIPOCANDO, PROVOCANDO E CIRO ANOTANDO
Na coluna de segunda-feira, eu registrei, como nos bastidores, o vereador e presidente da Câmara, Ciro André Quintino, interferiu na indicação da substituta da direção da Escola Mário Pederneiras, na Lagoa. O governo fez de tudo para disfarçar o mal-entendido, depois que relutou e deixou o problema se agravar. Sem alternativas próprias para uma solução política ao caso, deixou fugir do seu próprio controle.
Ciro é bem diferente de Silvio Cleffi, PSC, que dava a cara para o tapa e o governo se deliciava quando isso acontecia. Ciro, é ardiloso. Finge que não sentiu o tapa, apenas anota e o devolve em oportunidade mais adequada, como foi nas eleições gerais de outubro do ano passado, ou na sua escolha à presidência da Câmara.
E os do governo Kleber, arrogantes, não aprenderam. Veja mais esta.
A Chefia de Gabinete, o protocolo e o cerimonial da prefeitura de Gaspar não se emendam. Antes, todos tinham o ex-presidente da Casa, representante de um poder, Silvio Cleffi, PSC, como um traidor e um inimigo, mesmo sendo apenas um adversário, que migrou de aliado para um crítico contumaz, porque conhecia as entranhas do poder.
Silvio não conseguia se inserir nos eventos oficiais, ser ouvido e em muitos casos, foi passado para trás na cara dura como representante de um Poder, como se isso fosse um castigo, retaliação ou uma forçada para a “composição”.
E por conta desse jogo rasteiro, os convites da prefeitura eram “expedidos” para a Câmara em cima do laço; as cerimônias eram propositadamente armadas em horário colidente com o do servidor público – Silvio é funcionário médico municipal – ou até, “esqueciam-no” de mencionar nas cerimônias oficiais e protocolares onde estava presente. Vergonhoso, sob todos os aspectos. Protocolo, é protocolo, em qualquer lugar civilizado e as falhas, quando há, são formal e publicamente reparadas.
PROTOCOLO “ESQUECEU” OU NÃO APRENDEU A LIÇÃO COM AS DERROTAS?
O atual presidente da Câmara, Ciro, é do MDB é teoricamente, ainda é do grupo que está no poder. Mas, Cirro possui vida própria na política, na Câmara e no MDB de Gaspar.
Pois não é que na primeira solenidade pública com Ciro presidente da Câmara, e onde estava até o deputado Federal, Rogério Peninha Mendonça, MDB, o protocolo da prefeitura de Gaspar “esqueceu” de convidar não propriamente o Ciro, mas a Câmara? Ciro, sem muito estardalhaço em público, mas firme nos bastidores mandou o seguinte recado: “estou anotando no meu caderninho”.
Na solenidade seguinte, o paço resolveu seguir a regra, o protocolo e até mimar o presidente da Câmara de Gaspar. Está-se brincando com fogo. E por que?
Kleber e os seus “articuladores”, mesmo com a eleição a contragosto de Ciro, em tese, acabam de recuperar a maioria na Câmara. Este fato ainda vai ser testado e se saber então, o preço dessa maioria. Ou Kleber e os seus estão com saudades do sufoco da maior parte do ano passado quando foram levados às cordas pela maioria oposicionista onde estava a aposta do grupo, Roberto Procópio de Souza? Então vão acertar o passo ou errar novamente? Acorda, Gaspar!
O lageano Gustavo Arruda não é um nome desconhecido para muitos gasparenses, principalmente os da área de comunicação e até mesmo do meio bancário. Formado em Comunicação Social, na Furb, em Blumenau, teve o seu primeiro emprego na área, exatamente aqui, no jornal Cruzeiro do Vale, o formador de gente que se espalha por redações Vale do Itajaí afora.
E como outros, Gustavo pela competência e oportunidade, deixou o jornalismo e se enveredou num concurso do Banco do Brasil, para ser bancário e não mais comunicador como profissão, mas ter a comunicação como senso de sobrevivência no novo ambiente: o relacionamento com clientes, com o público interno, as linhas de autoridades e às comunidades, por onde passou.
Já são 17 anos de Banco do Brasil. Trabalhou em Gaspar, Blumenau, Aracaju (SE), Brasília (DF), Criciúma, Maceió (AL) e agora está em Porto Velho, no estado de Rondônia, no Norte do país. É que no ano passado ele participou de uma seleção interna com mais de mil outros candidatos e hoje é simplesmente, um dos 25 Superintendentes Regionais do BB. Responde pelos negócios do Acre e Rondônia.
É casado com Gisele Censi e tem dois filhos.
Algumas pessoas não conseguem compreender como posso ser contra a esquerda do atraso e ao mesmo apontar os erros da direita xucra. É que eu me nego ser refém das ideologias ou dos patrulheiros imbecis dessas ideologias.
Sou apenas contra o roubo do dinheiro dos nossos pesados impostos contra os privilégios e a ineficiência da gestão pública. O resto é mimimi dos que queriam ver eu calado ou segurando as bandeiras deles ou dos seus interesses.
Ilhota em chamas. O advogado gasparense Aurélio Marcos de Souza está remontando o PPS em Gaspar e Ilhota. E avisou que vai trocar de domicílio eleitoral para a capital das calcinhas. Ele acha que tem muito político despido lá.
Mostrei no ano passado, em fotos, paralelepípedos – que é um patrimônio, que custou aos gasparenses - indo para bota-foras oficiais e clandestinos em Gaspar. Constato que até mesmo o material da fresagem do antigo asfalto das ruas que estão sendo pavimentadas e que é plenamente reciclado, sumiu. Uma pequena parte foi jogado para abater o pó em alguns becos da cidade.
Com a palavra a secretaria de Obras e Serviços Urbanos, a secretaria de Planejamento e o vereador Dionísio Luiz Bertoldi, PT. Ele pediu em requerimento que, ao menos, os paralelepípedos, fossem reaproveitados para o calçamento de novas ruas.
Afinal, o paralelepípedo e o material da fresagem são ou não um bem público? Se são, devem ser segregados e leiloados. Simples assim! Não é porque eles não possuem etiquetas do patrimônio que não devam ser considerados como tal.
A dúvida é se os paralepipedos usados e a sucata de asfalto são um bem permanente ou material de consumo. Se me dessem esse material, eu ganharia dinheiro com ele, muito menos é claro, do que gente que se especializou nisso. Hoje se lucra com aquilo que antes ou aparentemente hoje, se joga no lixo (ou “botas-foras”). É preciso olhar esta história à fundo. Acorda, Gaspar!
Começou. A Câmara abriu licitação para “a aquisição de piso vinílico com a espessura de 3mm e com a instalação e colocação incluindo o contra piso para a sala do Presidente, Vice-Presidente e Recepção da Câmara Municipal de Vereadores de Gaspar”. Custo? R$ 9.285,25
Em outra compra com dispensa de licitação e com dois dias para os interessados apresentarem propostas para a “locação de equipamentos com gereciamento e manutenção para rede Wi-Fi coorporativo contendo serviço de ativação de rede Wi-Fi; gerenciamento da rede Wi-Fi via nuvem; possibilidade de gerenciamento de velocidade de banda de conexão por grupo e usuário; configuração de toda a rede Wi-Fi com redes distintas para grupos de usuários distintos a serem definidos; liberação de sinal de Wi-Fi em todas as dependências da Câmara (com no mínimo quatro roteadores), com banda de variação entre 2.4ghz a 5 ghz”. Custo? R$8.040,00. Quem vai fazer? Dkiros Net
Na coluna feita sexta-feira para a edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale, o de maior circulação e credibilidade em Gaspar e Ilhota, detalhei à contratação de máquinas com operadores pela prefeitura de Gaspar e seus respectivos valores. Eles são os de partida.
É que sempre há os aditivos, como este feito pela segunda-vez na Ata nº 10/2018 do Pregão Presencial nº: 01/2018. Ele acrescenta o “quantitativo do item 10 - Serviços de Retroescavadeira traçada 4x4, com operador com a Gaspar Locações. O valor deste aditivo? R$ 139.966,00.
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