Kleber e os seus precisam acertar o passo - Jornal Cruzeiro do Vale

Kleber e os seus precisam acertar o passo

30/01/2019

Estão prestes a errar novamente

Não é segredo para os leitores e leitoras desta coluna e na cidade que espalhei a notícia, sob a zomba do poder de plantão e de gente da mídia que vive noutro mundo, apesar de não sair da prefeitura, que Ciro André Quintino, MDB, não era o candidato de Kleber Edson Wan Dall, MDB, à presidência da Câmara. Muito menos era o candidato preferido do “articulador” e prefeito de fato, o ainda secretário da saúde, o advogado Carlos Roberto Pereira, MDB. Muito menos Ciro é um nome da simpatia do PP que divide o poder de plantão com o sumido vice, Luiz Carlos Spengler Filho e o agora desconfiado chefe de gabinete de que estão lhe rifando, Pedro Inácio Bornhausen.

Todos, com a articulação explícita do líder do governo no Legislativo, Francisco Hostins Júnior, MDB e o líder do partido, Francisco Solano Anhaia, apostaram no mais ferrenho dos oposicionista a Kleber na Câmara em 2018 e que mudou a casaca nas últimas semanas do ano passado, Roberto Procópio de Souza, PDT. Apostaram e perderam. Mais uma vez, pois tinham perdido com Franciele Daiane Back, PSDB, cujo partido não faz parte da coligação do poder.

Gente para apostar errada e em coisas que estão marcadas para darem erradas.

E por que Ciro não é o nome dessa gente? Porque ele se estruturou, tem vida própria e teima em dizer que quer ser mais do que vereador em e para Gaspar. E para ser mais que vereador, Ciro também não tem lugar no MDB de Gaspar. Simples assim.

UM DISCURSO PRÓPRIO

Ciro apostou na zebra estadual Jerry Comper, MDB, de Ibirama, que substituiu o falecido deputado Aldo Schneider, de quem virou cabo eleitoral ferrenhos depois que o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, mas nascido no MDB, trouxe Aldo – ex- prefeito de Ibirama -para cá. Ciro venceu contra todos os prognósticos dos novos donos do poder de plantão e de parte do MDB, pois como todos sabe, o MDB não é exatamente um partido, mas uma reunião de interesses.

Ciro, foi mais além, apostou no deputado Federal Carlos Chiodini, MDB, de Jaraguá do Sul. E surpreendeu até os da máquina do MDB de Gaspar que “cerraram” fileiras pelo queridinho do poder, Rogério Peninha Mendonça. Por fim, Ciro apostou na presidência da Câmara e silenciosamente a levou. De quebra, propôs um jogo casado. O poder plantão ainda não entendeu quem está com a carta do jogo na mão.

Ciro fez mais.

Ao invés de contratar para ser o seu assessor na presidência da Câmara alguém técnico e de confiança, foi na contramão: pegou um especialista em comunicação e que já vem trabalhando para ele em todas as mídias: Nelson Pereira Júnior.

Ou seja, há alguma dúvida sobre a intenção e o resultado que Ciro quer na sua gestão na Câmara? O “repórter” Kleber vai comer poeira, mais uma vez. O suporte técnico legislativo, por não ser um novato, por ter sido presidente e uma “mãe” para os servidores quando esteve como presidente em 2017, Ciro terá ajuda do corpo fixo de assessores especializados. O que ele precisa, é de marketing, para trucar, jogar as cartas certas na mesa e no momento que lhe convier.

Este é o dilema de Kleber, dos que estão no poder plantão e já fizeram uma conta mínima de 16 anos de poder e sucessão entre eles, e parece que esqueceram de Ciro e outros que correm por fora no mesmo bloco, sem falar em surpresas e da suposta oposição.

PIPOCANDO, PROVOCANDO E CIRO ANOTANDO

Na coluna de segunda-feira, eu registrei, como nos bastidores, o vereador e presidente da Câmara, Ciro André Quintino, interferiu na indicação da substituta da direção da Escola Mário Pederneiras, na Lagoa. O governo fez de tudo para disfarçar o mal-entendido, depois que relutou e deixou o problema se agravar. Sem alternativas próprias para uma solução política ao caso, deixou fugir do seu próprio controle.

Ciro é bem diferente de Silvio Cleffi, PSC, que dava a cara para o tapa e o governo se deliciava quando isso acontecia. Ciro, é ardiloso. Finge que não sentiu o tapa, apenas anota e o devolve em oportunidade mais adequada, como foi nas eleições gerais de outubro do ano passado, ou na sua escolha à presidência da Câmara.

E os do governo Kleber, arrogantes, não aprenderam. Veja mais esta.

A Chefia de Gabinete, o protocolo e o cerimonial da prefeitura de Gaspar não se emendam. Antes, todos tinham o ex-presidente da Casa, representante de um poder, Silvio Cleffi, PSC, como um traidor e um inimigo, mesmo sendo apenas um adversário, que migrou de aliado para um crítico contumaz, porque conhecia as entranhas do poder.

Silvio não conseguia se inserir nos eventos oficiais, ser ouvido e em muitos casos, foi passado para trás na cara dura como representante de um Poder, como se isso fosse um castigo, retaliação ou uma forçada para a “composição”.

E por conta desse jogo rasteiro, os convites da prefeitura eram “expedidos” para a Câmara em cima do laço; as cerimônias eram propositadamente armadas em horário colidente com o do servidor público – Silvio é funcionário médico municipal – ou até, “esqueciam-no” de mencionar nas cerimônias oficiais e protocolares onde estava presente. Vergonhoso, sob todos os aspectos. Protocolo, é protocolo, em qualquer lugar civilizado e as falhas, quando há, são formal e publicamente reparadas.

PROTOCOLO “ESQUECEU” OU NÃO APRENDEU A LIÇÃO COM AS DERROTAS?

O atual presidente da Câmara, Ciro, é do MDB é teoricamente, ainda é do grupo que está no poder. Mas, Cirro possui vida própria na política, na Câmara e no MDB de Gaspar.

Pois não é que na primeira solenidade pública com Ciro presidente da Câmara, e onde estava até o deputado Federal, Rogério Peninha Mendonça, MDB, o protocolo da prefeitura de Gaspar “esqueceu” de convidar não propriamente o Ciro, mas a Câmara? Ciro, sem muito estardalhaço em público, mas firme nos bastidores mandou o seguinte recado: “estou anotando no meu caderninho”.

Na solenidade seguinte, o paço resolveu seguir a regra, o protocolo e até mimar o presidente da Câmara de Gaspar. Está-se brincando com fogo. E por que?

Kleber e os seus “articuladores”, mesmo com a eleição a contragosto de Ciro, em tese, acabam de recuperar a maioria na Câmara. Este fato ainda vai ser testado e se saber então, o preço dessa maioria. Ou Kleber e os seus estão com saudades do sufoco da maior parte do ano passado quando foram levados às cordas pela maioria oposicionista onde estava a aposta do grupo, Roberto Procópio de Souza? Então vão acertar o passo ou errar novamente? Acorda, Gaspar!

Gente da casa

que deu muito certa

O lageano Gustavo Arruda não é um nome desconhecido para muitos gasparenses, principalmente os da área de comunicação e até mesmo do meio bancário. Formado em Comunicação Social, na Furb, em Blumenau, teve o seu primeiro emprego na área, exatamente aqui, no jornal Cruzeiro do Vale, o formador de gente que se espalha por redações Vale do Itajaí afora.

E como outros, Gustavo pela competência e oportunidade, deixou o jornalismo e se enveredou num concurso do Banco do Brasil, para ser bancário e não mais comunicador como profissão, mas ter a comunicação como senso de sobrevivência no novo ambiente: o relacionamento com clientes, com o público interno, as linhas de autoridades e às comunidades, por onde passou.

Já são 17 anos de Banco do Brasil. Trabalhou em Gaspar, Blumenau, Aracaju (SE), Brasília (DF), Criciúma, Maceió (AL) e agora está em Porto Velho, no estado de Rondônia, no Norte do país. É que no ano passado ele participou de uma seleção interna com mais de mil outros candidatos e hoje é simplesmente, um dos 25 Superintendentes Regionais do BB. Responde pelos negócios do Acre e Rondônia.

É casado com Gisele Censi e tem dois filhos.

 

TRAPICHE

Algumas pessoas não conseguem compreender como posso ser contra a esquerda do atraso e ao mesmo apontar os erros da direita xucra. É que eu me nego ser refém das ideologias ou dos patrulheiros imbecis dessas ideologias.

Sou apenas contra o roubo do dinheiro dos nossos pesados impostos contra os privilégios e a ineficiência da gestão pública. O resto é mimimi dos que queriam ver eu calado ou segurando as bandeiras deles ou dos seus interesses.

Ilhota em chamas. O advogado gasparense Aurélio Marcos de Souza está remontando o PPS em Gaspar e Ilhota. E avisou que vai trocar de domicílio eleitoral para a capital das calcinhas. Ele acha que tem muito político despido lá.

Mostrei no ano passado, em fotos, paralelepípedos – que é um patrimônio, que custou aos gasparenses - indo para bota-foras oficiais e clandestinos em Gaspar. Constato que até mesmo o material da fresagem do antigo asfalto das ruas que estão sendo pavimentadas e que é plenamente reciclado, sumiu. Uma pequena parte foi jogado para abater o pó em alguns becos da cidade.

Com a palavra a secretaria de Obras e Serviços Urbanos, a secretaria de Planejamento e o vereador Dionísio Luiz Bertoldi, PT. Ele pediu em requerimento que, ao menos, os paralelepípedos, fossem reaproveitados para o calçamento de novas ruas.

Afinal, o paralelepípedo e o material da fresagem são ou não um bem público? Se são, devem ser segregados e leiloados. Simples assim! Não é porque eles não possuem etiquetas do patrimônio que não devam ser considerados como tal.

A dúvida é se os paralepipedos usados e a sucata de asfalto são um bem permanente ou material de consumo. Se me dessem esse material, eu ganharia dinheiro com ele, muito menos é claro, do que gente que se especializou nisso. Hoje se lucra com aquilo que antes ou aparentemente hoje, se joga no lixo (ou “botas-foras”). É preciso olhar esta história à fundo. Acorda, Gaspar!

Começou. A Câmara abriu licitação para “a aquisição de piso vinílico com a espessura de 3mm e com a instalação e colocação incluindo o contra piso para a sala do Presidente, Vice-Presidente e Recepção da Câmara Municipal de Vereadores de Gaspar”. Custo? R$ 9.285,25

Em outra compra com dispensa de licitação e com dois dias para os interessados apresentarem propostas para a “locação de equipamentos com gereciamento e manutenção para rede Wi-Fi coorporativo contendo serviço de ativação de rede Wi-Fi; gerenciamento da rede Wi-Fi via nuvem; possibilidade de gerenciamento de velocidade de banda de conexão por grupo e usuário; configuração de toda a rede Wi-Fi com redes distintas para grupos de usuários distintos a serem definidos; liberação de sinal de Wi-Fi em todas as dependências da Câmara (com no mínimo quatro roteadores), com banda de variação entre 2.4ghz a 5 ghz”. Custo? R$8.040,00. Quem vai fazer? Dkiros Net

Na coluna feita sexta-feira para a edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale, o de maior circulação e credibilidade em Gaspar e Ilhota, detalhei à contratação de máquinas com operadores pela prefeitura de Gaspar e seus respectivos valores. Eles são os de partida.

É que sempre há os aditivos, como este feito pela segunda-vez na Ata nº 10/2018 do Pregão Presencial nº: 01/2018. Ele acrescenta o “quantitativo do item 10 - Serviços de Retroescavadeira traçada 4x4, com operador com a Gaspar Locações. O valor deste aditivo? R$ 139.966,00.

Comentários

Herculano
31/01/2019 11:24
O MDB NÃO É UM PARTIDO POLÍTICO É UMA SIGLA DE INTERESSES NEGóCIOS E CHANTAGENS CONTRA OS BRASILEIROS

MANCHETE DE HOJE: MDB reúne-se nesta 5ª para definir nome para a presidência do Senado. Renan Calheiros, aquele que define Lula como o exemplo brasileiro de estadista, manobra para eliminar qualquer concorrência na busca de mais uma presidência do Senado.
Herculano
31/01/2019 11:19
GENTE QUE É BANDIDA

'Vou começar a dizer as coisas que sei da nova Fifa', ameaça Maradona, depois de reclamar ter sido tratado como cachorro em evento da própria Fifa.

1. Chantagem explícita.
2. Se sabia e não denunciou antes, é conivente e tão culpado quanto.
3. Excepcional jogador, mas um péssimo cidadão e não pode servir de exemplo no mundo dos esportes para outros e os mais jovens.
Herculano
31/01/2019 11:05
COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA

A coluna feita especialmente para a edição impressa de sexta-feira do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação em Gaspar e Ilhota e retorno para os investidores, já está pronta desde ontem. Isto se deveu à minha mobilidade e ao processo industrial de impressão do jornal
Herculano
31/01/2019 11:02
da série: o governo se armando para a interlocução no Senado, de duvidosa maioria e visando a aprovação das reformas.

PAULO BAUER ASSUME A SECRETARIA ESPECIAL DA CASA CIVIL DO GOVERNO BOLSONARO

Senador do PSDB catarinense não conseguiu se reeleger nas eleições de 2018

Conteúdo do Diário Catarinense, NSC Florianópolis. Texto de Victor Pereira. O senador catarinense [nascido em Blumenau, mas com base eleitoral em Jaraguá do Sul e mais recentemente em Joinville] Paulo Bauer (PSDB), que não conseguiu se reeleger nas eleições de 2018, assume na próxima segunda-feira a Secretaria Especial da Casa Civil para o Senado no governo de Jair Bolsonaro (PSL). Na prática, o tucano será o responsável por tratar do relacionamento do Planalto com os senadores da próxima legislatura.

A sondagem do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para Bauer assumir uma função no governo ocorreu ainda em dezembro de 2018, conforme divulgado pelo próprio senador. Qual cargo ele ocuparia, no entanto, não chegou a ser discutido à época.

Inicialmente o deputado federal Leonardo Quintão (MDB-MG) cuidaria da articulação com o Senado, mas nesta semana foi confirmado que o parlamentar mineiro tratará de projetos de interesse do governo no Congresso.

Nesta quinta-feira, Paulo Bauer divulgou mensagem nas redes sociais falando sobre o convite:

"Confirmado! Acabo de aceitar o convite do ministro da Casa Civil. A partir de segunda-feira, dia 4 de fevereiro, passo a trabalhar no 4° andar do Palácio do Planalto.

Cargo: secretário especial da Casa Civil para o Senado Federal.

Missão: interlocução do Palácio do Planalto com os senadores buscando a harmonia no relacionamento deles com o presidente da República, com o ministro da Casa Civil e com os demais ministros de Estado; acompanhamento dos trabalhos do Senado Federal; encaminhamento e apoio às reivindicações dos senadores junto aos órgãos da administração federal e fornecimento de informações aos senadores sobre as atividades do governo e das decisões do presidente da República.

Com a experiência que adquiri na vida pública, nos diversos mandatos que exerci, especialmente no de senador, espero corresponder às expectativas do ministro Onyx Lorenzoni, de quem sou amigo pessoal há mais de 15 anos, e do presidente Bolsonaro, em quem votei no 2º turno da eleição presidencial e de quem fui colega de bancada por quatro mandatos na Câmara dos Deputados. Esse governo vai dar certo porque o Brasil precisa disso. Vou ajudar com dedicação e empenho!"

Investigação
Paulo Bauer é alvo de uma investigação da Procuradoria-Geral da República, que apura um suposto repasse ilegal de R$ 11,5 milhões da empresa Hypermarcas para a campanha dele ao governo de Santa Catarina, em 2014. Na ocasião, o tucano foi derrotado por Raimundo Colombo (PSD), que foi reeleito para a função.

A investigação surgiu a partir da delação premiada de um ex-diretor da empresa, que disse ter repassado o dinheiro por meio de caixa 2, para manter laços de relação com o político, caso ele assumisse o governo catarinense.

A abertura da investigação sobre o caso foi autorizada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2018. O senador e a defesa dele negam as irregularidades.
Herculano
31/01/2019 10:55
da série: assim, são as criaturas

A VERGONHA DE BANDEIRA DE MELLO

Conteúdo de O Antagonista. Luiz Fernando Bandeira de Mello, conselheiro do CNMP, disse que sentiu "vergonha" do Ministério Público Federal, que negou a ida de Lula ao enterro de Vavá.

Em mensagem encaminhada aos seus colegas - e obtida, claro, pela Folha de S. Paulo - ele afirmou que não é "petista, não compactuo com tudo o que foi feito, mas essa indignidade eu não consigo aceitar".

Luiz Fernando Bandeira de Mello não é petista - ele é homem de Renan Calheiros. E não se envergonha disso.
Miguel José Teixeira
31/01/2019 08:56
Senhores,

Pensando bem, carnaval sem lula é Freud. . .

Em compensação, Sábado de Aleluia, é dia de malhar o judas. . .
Herculano
31/01/2019 07:03
GASTO MILITAR SE SEGURA NA CRISE, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Despesa geral do governo cresceu em relação aos anos Lula e Dilma; receita vai mal

Os militares ficaram com a maior fatia do que o governo federal gasta em máquinas, equipamentos e obras em 2018. É a primeira vez que isso acontece, pelo menos desde quando há estatísticas públicas comparáveis (2007). Levaram 21,6% do total das chamadas despesas de investimento em 2018.

O número tem interesse, mas não convém exagerar sua importância. As despesas em investimento se limitam agora a apenas 3,9% de tudo o que o governo gasta. Em dinheiro, isso dá uns R$ 54 bilhões de um total de gasto de R$ 1,37 trilhão em 2018 (não estão incluídas aqui as despesas com juros da dívida pública).

O gasto militar superou o dos ministérios dos Transportes (19,2% do total do investimento), da Saúde (12%), das Cidades (10,2%), da Educação (9,3%) e da Integração Nacional (6,4%). Tem havido cortes feios nas obras de estradas e nas Cidades, que cuida do Minha Casa, Minha Vida, programa que foi à míngua. Transportes e Cidades costumavam liderar o ranking.

Para onde foram os R$ 11,6 bilhões de investimento militar? Quase R$ 2,2 bilhões foram capital para a Emgepron, estatal que fabrica navios e equipamentos para a Marinha. Mais R$ 1,3 bilhão foi para os novos caças da Força Aérea. Quase R$ 1,3 bilhão para os submarinos da Marinha. Mais de R$ 600 milhões para os aviões cargueiros KC (aqueles novos, da Embraer) etc.

A despesa total de investimento até cresceu um pouquinho em 2018. Mas, repita-se, foi de apenas uns R$ 54 bilhões, ante o pico de R$ 100 bilhões, em 2014, no fim do primeiro mandato de Dilma Rousseff. País e governo foram à breca, os gastos obrigatórios continuaram a crescer e, como de costume, o talho foi feito nos investimentos.

A despesa geral do governo, no entanto, não caiu. Em 2018, foi 2% maior que em 2017 (já corrigida pela inflação). Maior também que a de 2016 e a de 2014, último ano de Dilma 1. Foi um pouco menor que a de 2015, mas os dados deste ano estão perturbados pelo ajuste de contas das pedaladas dilmianas. Por cabeça, por brasileiro, a despesa do governo é quase 11% maior que no final de Lula 2 (2010) e apenas 1,5% menor que em 2014, quando as contas públicas explodiam.

Fechado o balanço de 2018, convém outra vez mostrar para onde vai o grosso do dinheiro. As despesas previdenciárias levam 56,7% do gasto total. Estão incluídos aqui os gastos do INSS (aposentadorias, pensões, auxílios de acidente etc.), além dos BPC (benefícios para deficientes incapazes de trabalhar e idosos muito pobres) e aposentadorias e pensões de servidores civis e militares.

Outros 13% vão para os gastos com servidores ativos e algumas outras despesas relacionadas à folha de pessoal. Previdências e salários levam, pois, 69,7% da despesa. Em 2010, levavam 63%.

Não, o gasto total não caiu em relação a 2010, final de Lula 2, ressalte-se. Aumentou bem, em valores reais (R$ 214 bilhões), ou em relação ao tamanho da economia brasileira, como proporção do PIB (passou de 18,2% para 19,7% do PIB). Desde janeiro de 2017 a despesa federal flutua em torno desses 19,7% do PIB.

Sim, a receita caiu. Chegou a mais de 20% do PIB na virada de Lula 2 para Dilma 1, insustentável. A receita está agora em 17,9% do PIB.

Se e quando voltar a subir, a arrecadação extra servirá para cobrir o déficit, que anda na casa R$ 120 bilhões. Depois disso, por muitos anos, o eventual dinheiro que sobrar será usado para conter a dívida monstruosa.

Esse é o cenário otimista.
Herculano
31/01/2019 06:58
da série: o retrato de hoje é o prenúncio da melhor foto de amanhã

O FIM MELANCóLICO DA LEGISLATURA EM SANTA CATARINA, por Upiara Boschi, no Diário Catarinense, da NSC Florianópolis

Este 31 de janeiro marca o melancólico final de uma legislatura estadual e de uma bancada federal catarinense. Nesta sexta-feira (01), quando tomam posse os parlamentares eleitos em outubro, 22 dos 40 deputados estaduais perdem suas cadeiras, 11 dos 16 federais perdem a vaga em Brasília. O resultado é parte da onda conservadora que catapultou o novato PSL a posições de destaque nos parlamentos, mas também fruto da própria incapacidade de parte importante da classe política em ouvir os pedidos da sociedade por renovação na forma de fazer política.

Nem toda essas mudanças aconteceram por derrotas diretas nas urnas. Na Assembleia, por exemplo, apenas metade dos 22 futuros ex-deputados disputaram a reeleição e perderam. O caso mais emblemático é o do próprio presidente da Alesc, Silvio Dreveck (PP), um caso único na política catarinense contemporânea.

Foi vítima da onda de renovação, mas também acabou desgastado em sua própria base eleitoral com o polêmico caso da compra de um prédio de R$ 83 milhões durante sua gestão. O parlamento perde um homem de conciliação e diálogo em um momento ambos os conceitos estão fora de moda - embora sejam mais necessários do que nunca.

Além dos 11 que perderam a reeleição na urna, quatro deputados nem sequer concorreram à reeleição. Dessa turma, fará falta o experiente Fernando Coruja (MDB), que marcou sua passagem pela Assembleia pelo estudo aprofundados dos temas que lhe caíram nas mãos e pela postura independente em relação aos governos e ao partido. O lageano sempre votou como quis.

Há, ainda, os que tentaram outros cargos. Bem sucedidos, Carlos Chiodini (MDB), Darci de Matos (PSD) e Ricardo Guidi (PSD) vão ajudar a renovar a bancada catarinense na Câmara dos Deputados. Entre os que perderam, o caso mais emblemático é o de Gelson Merisio (PSD), derrotado no segundo turno pelo governador Carlos Moisés da Silva (PSL). Na última década, Merisio comandou direta ou indiretamente o parlamento. Ganhou força política e criou inimigos quase na mesma dimensão. Agora é hora de ver como funciona a Alesc sem o pessedista e como ele se movimenta politicamente sem o mandato.

Na Câmara, impressiona o tamanho da mudança - apenas cinco dos 16 deputados federais catarinenses serão reempossados na sexta. Um olhar atento sobre esse ameniza um pouco a análise do que aconteceu. Apenas três tentaram a reeleição e perderam: Marco Tebaldi (PSDB), Ronaldo Benedet (MDB) e Valdir Colatto (MDB). Dois nem concorreram (Cesar Souza, do PSD, e Jorge Boeira, do PP), enquanto João Rodrigues (PSD) disputou a eleição e até conseguiu os votos necessários para o terceiro mandato em Brasília - não tivesse tido a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral.

Na turma que deixa a Câmara, Décio Lima (PT) e Mauro Mariani (MDB) ousaram disputar o governo do Estado, enquanto João Paulo Kleinübing (DEM) foi candidato a vice-governador. Há, no entanto, dois ausentes que foram promovidos: Esperidião Amin (PP) e Jorginho Mello (PR) serão empossados sexta-feira como senadores.
Herculano
31/01/2019 06:53
SENADOR AMERICANO PROPõE BARGANHA INÉDITA A BOLSONARO, por Matias Spektor, professor de Relações Internacionais da FGV, no jornal Folha de S. Paulo

Marco Rubio concentra esforços no Brasil, país que quer ver como aliado

Marco Rubio é chefe de facto da política externa dos Estados Unidos para a América Latina. Como senador do Partido Republicano pelo estado da Flórida, ele tem ascendência sobre a Casa Branca por força do voto latino, capaz de virar resultados numa eleição presidencial.

Rubio não dá ponto sem nó e apostou todas as fichas em virar líder da oposição à ditadura venezuelana. Com persistência ímpar, ele vem conseguindo empurrar o presidente Trump na direção que deseja.

As duas últimas vitórias foram acachapantes. Primeiro, conseguiu fazer com que os EUA liderassem uma coalizão internacional para negar reconhecimento a Nicolás Maduro. Segundo, transformou Juan Guaidó, jovem político desconhecido e sem experiência relevante, em rosto da oposição.

Agora, Rubio está concentrando seu esforço no Brasil, país que quer ver como aliado. O processo começou durante a viagem de Eduardo Bolsonaro a Washington, mas chegou a seu ponto de inflexão na terça (29).

Em artigo de opinião publicado pela CNN, Rubio fez a proposta mais audaciosa já apresentada por um líder político americano em décadas. Se vingar, afetará em cheio a posição do Brasil no mundo.

Rubio argumenta que os Estados Unidos deveriam fazer uma grande barganha diplomática com o Brasil.

O esquema funcionaria assim: os americanos ofereceriam um pacote de concessões ao governo Bolsonaro em troca de ajuda brasileira em temas de interesse geopolítico para Trump.

Na prática, o governo americano jogaria todo o seu peso para garantir a acessão do Brasil à OCDE, um pleito que, se efetivado, produziria enorme impacto positivo nas políticas públicas brasileiras e elevaria o status de Bolsonaro.

Na proposta do senador, a Casa Branca também se empenharia em fazer decolar os planos brasileiros para a base aérea de Alcântara. Com ela, viria uma enxurrada de oportunidades de negócios na área militar.

Em troca, o Brasil assumiria um papel maior na gestão da crise da Venezuela, que deve piorar muito durante os próximos meses e poderá criar instabilidade e insegurança na região. Rubio quer apoio brasileiro para atravessar a turbulência, que já está contratada.

O senador também pede ao Brasil um papel central no afastamento de China, Irã e Rússia, "inimigos da democracia", da América Latina. A medida forçaria a diplomacia brasileira a dar uma guinada em relação aos Brics.

É impossível saber se a proposta do republicano vai vingar. O processo decisório do governo Trump é caprichoso e avança por sobressaltos, não pela avaliação cuidadosa de cenários alternativos.

Mas o argumento está feito e a bola, em campo brasileiro.
Herculano
31/01/2019 06:49
SAÚDE PAGA ATÉ 600% MAIS A HOSPITAIS DE RICOS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Os seis hospitais considerados "de excelência" pelo Ministério da Saúde, muito procurados por suas excelências os políticos, possuem tabelas diferente quando atendem pelo SUS: recebem quase sete vezes mais (594%) por procedimento. De acordo com relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), enquanto qualquer hospital privado que realiza uma espirometria recebe R$10, os hospitais 'de excelência' recebem R$ 69,44 para fazer o mesmo procedimento.

AINDA TÊM ISENÇÃO
Fora tabela diferenciada, Sírio-Libanês, Albert Einstein, Samaritano, H Cor, Oswaldo Cruz e Moinhos de Vento têm isenção de R$3,2 bilhões.

QUATRO VEZES E MEIA
O TCU revelou que apenas cinco tipos de exame nesses hospitais nos custaram R$13 milhões. Em quaisquer outros seriam R$2,8 milhões.

MELHOR NÃO TER
Em face disso, o relatório afirma que cursos e pesquisas do programa de hospitais para ricos tem "efetividade e economicidade" irrelevante.

DE TIRAR O FôLEGO
Pelo relatório, foram feitas 50.400 espirometrias (exame de pulmão), ao custo de R$3,5 milhões. Pela tabela SUS, seriam apenas R$504 mil.

VICE DE BOLSONARO SE RECUSA A PAPEL DECORATIVO
Caiu do cavalo quem achava que o general Hamilton Mourão, da arma de cavalaria, seria figura decorativa na vice-presidência da República. Ele vem ocupando todos os espaços de poder, no governo e fora dele, tem agenda disputada e sempre se dispõe a fazer, de viva voz, o que o presidente Jair Bolsonaro limita às redes sociais: dar declarações principalmente às emissoras, garantindo espaço diário nos telejornais.

PROTAGONISMO
Sinal do protagonismo de Hamilton Mourão, que já mereceu reparos na família Bolsonaro, é a imprensa de plantão permanente na sua porta.

O VICE IDEAL
O pernambucano Marco Maciel sempre se destaca na definição do "vice ideal": discreto, só se movia cumprindo missão para o governo.

MEMóRIA CURTA
O vice do qual todos fogem é aquele que já no dia da posse esquece ser o titular o dono do caminhão de votos que o levou ao cargo.

INTENSIVÃO DE REGALIAS
Um cursinho mostrou aos novos deputados o que suas excelência têm direito. Além de mordomias, direito a ressarcimento de quaisquer despesas até R$45 mil mensais, além do salário de R$33,7 mil.

CABEÇA NA BANDEJA
Como esta coluna antecipou, Maurício Malta, irmão do senador Magno Malta (PR-ES), foi demitido da EPL, a Empresa de Planejamento e Logística. É aquela estatal do trem-bala, que não tem lá muito futuro.

AUDIÊNCIA VAPT-VUPT
O secretário de Governo, general Santos Cruz, do tipo objetivo, papo reto, recebeu nesta quarta (30) o deputado federal eleito Alexandre Frota (PSL-RJ). A audiência vapt-vupt durou vinte minutos.

OTIMISMO
Deputado federal eleito pelo Podemos-MT com votação expressiva, o senador José Medeiros passou pelo Planalto exalando otimismo. Ele abraçou a candidatura Jair Bolsonaro como poucos, na campanha.

IPÊS NAS BOAS-VINDAS
A Secretaria de Turismo do DF realiza ação muito simpática, adornada por uma alameda de ipês-amarelos no aeroporto de Brasília: são as boas-vindas aos novos parlamentares que chegam com suas famílias.

USANDO E ABUSANDO
Após mais de uma centena de recursos só na condenação de Lula pela propina em forma de tríplex, impressiona como o Judiciário continua se submetendo a manobras e caprichos da defesa do presidiário.

PORTA ABERTA À ESPERTEZA
Relatório do TCU contesta os benefícios da "devolução amigável", criada em 2017 para concessões de rodovias federais. Serve como incentivo para empresas não realizarem os investimentos prometidos.

É CRIME, DEPUTADO
Lincoln Portela (PR-MG) apresentou projeto dobrando a pena para o que chama de "prática de pedofilia". Pelo projeto, o agravamento da pena só se dará quando o pedófilo atacar a criança quando ela dorme.

PERGUNTA NA PORTA DA CADEIA
Quando será mesmo o primeiro saidão de Lula, no Carnaval?
Herculano
31/01/2019 06:37
DIÁLOGO DAS TREVAS

O enrolado senador Flávio Bolsonaro, PSL, metido em tirar dinheiro dos funcionários para si quando deputado estadual na Assembleia do Rio de Janeiro, e com relações estranhas e perigosa com a milícia matadora no Rio, filho do presidente Jair, agora virou interlocutor do governo com o também ficha suja, Renan Calheiros, MDB, candidato viável à presidência do Senado. Parece que o discurso de mudança já se desmanchou e os sujos estão todos alinhados novamente. Meu Deus!
Herculano
31/01/2019 06:34
da série: o presidente Jair Messias Bolsonaro, PSL, descartou um amalucado chamado Magno Malta, mas continua com outro, chamado Onyx Lorenzoni, DEM, num ambiente muito sensível para o governo, que é a interlocução com o parlamento, onde até o PSL - que deveria ser o esteio unânime - é um dos maiores poços de problemas e vaidades, com gente que se elegeu não com o nome dos próprios eleitos, mas com a grife Bolsonaro.

ELEIÇõES NO CONGRESSO PODEM QUEIMAR FUSÍVEL NO PLANALTO

Disputa pode esvaziar papel de Onyx e deixar governo nas mãos de Renan e Maia

O governo corre o risco de queimar seu primeiro fusível na relação com o Congresso. As eleições para as presidências da Câmara e do Senado podem instalar no comando do Legislativo dois personagens que têm relações já desgastadas com os articuladores do Planalto.

Ao ser anunciado por Jair Bolsonaro como chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni foi encarado com ceticismo. O deputado ganhou o cargo por ter sido um aliado fiel, mas sempre foi visto como uma figura pouco experiente, que acumulava anos de convivência conturbada com colegas.

Novo responsável pela articulação política do governo, ele conseguiu a proeza de acumular desavenças tanto com Rodrigo Maia quanto com Renan Calheiros - dois favoritos para comandar o Congresso a partir desta sexta-feira (1º).

Se a vitória da dupla se confirmar, o Planalto pode passar por apuros. Maia e Renan já disseram publicamente que estão alinhados com boa parte da agenda de Bolsonaro, mas Onyx certamente não terá vida fácil.

Embora tenha prometido não interferir nas eleições, o governo deixou digitais nas duas disputas. Maia e Onyx já não eram melhores amigos. Para piorar, aliados do presidente da Câmara atribuem ao ministro uma tentativa de lançar um nome alternativo a sua candidatura.

No Senado, a ação foi escancarada. O chefe da Casa Civil escalou um auxiliar, o deputado Leonardo Quintão, para angariar apoio para Davi Alcolumbre, do DEM. Ele rodou gabinetes e chegou a dizer que recebera o aval de Bolsonaro para a ação.

Caso Renan saia vitorioso da eleição, Onyx começa o ano prematuramente esvaziado. O alagoano construiu pontes alternativas com o ministro Paulo Guedes para discutir a pauta econômica e já fez até acenos a Flávio Bolsonaro, que estará no plenário que ele quer presidir.

Quando Eduardo Cunha se elegeu presidente da Câmara contra a vontade do governo petista, em 2015, disse que não conversaria com o ministro da articulação política. Pepe Vargas durou só dois meses no cargo.
Herculano
31/01/2019 06:26
IGREJA CATóLICA

De Olhando a Maré, no twitter, sobre o comício no enterro do irmão de Lula, quase ignorado pelos políticos na hora da cerimônia religiosa, como aconteceu com Marisa, ex-mulher de Lula:

Assombroso como a Igreja Católica participa desse tipo circo da esquerda do atraso e do PT, onde se distorce a fé e se usa a religião p criar mártires, santos do pau oco e demônios
Herculano
31/01/2019 06:23
da série: daqui não saio, daqui ninguém me tira. Triste repetição do poder pelo poder, mesmo podre, e agarrado em galho seco. Este é o novo, a mudança e o exemplo de ética e moralidade que discursou em outubro do ano passado movendo mentes e corações

FLÁVIO BOLSONARO RECUA SOBRE CHEFIA DO PSL NO RIO

Conteúdo de O Antagonista. Um dia após dizer que deixaria a presidência do PSL no Rio, Flávio Bolsonaro recuou e agora afirma que permanecerá no comando do partido no estado até junho, quando acaba seu mandato.

Aliados do senador eleito disseram a O Globo que o objetivo é conter o clima de disputa pela chefia do diretório estadual que foi criado por alas da legenda.

Outra versão para a permanência de Flávio é que, dessa forma, ele não demonstraria perda de força diante das investigações sobre seu ex-assessor Fabrício Queiroz.
Herculano
31/01/2019 06:18
A IMPRENSA INDEPENDENTE, LIVRE E INVESTIGATIVA SEMPRE SERÁ UM GRANDE PROBLEMA PARA QUALQUER GOVERNANTE E PODEROSOS DE QUALQUER ESPÉCIE, EM QUALQUER LUGAR, AINDA MAIS NUMA DITADURA

Ditadura de Maduro aumenta perseguição à imprensa estrangeira

Conteúdo de o Antagonista. Na Venezuela, depois da retenção do repórter Rodrigo Lopes, da Zero Hora - que teve de deixar o país- , foram reportadas detenções de dois jornalistas chilenos e dois franceses, informa Sylvia Colombo, da Folha.

Na terça, Rodrigo Pérez e Gonzalo Barahona, da TV Nacional do Chile, ficaram presos durante 12 horas e passaram a noite no mesmo lugar em que Lopes fora detido - uma estação policial em frente ao Palácio de Miraflores.

Os franceses Pierre Caillet e Baptiste des Monstiers, do canal televisivo TMC, também foram detidos e não haviam sido liberados até agora à tarde.

A repórter da Folha conta ainda que, em uma semana na Venezuela, não viu o nome de Juan Guaidó e nenhum dos acontecimentos políticos recentes na cobertura das TVs e rádios regulares no país.
Herculano
31/01/2019 06:11
PLACAR DA TRAGÉDIA DE BRUMADINHO

99 mortos (corpos encontrados)

59 corpos identificados

259 desaparecidos
Herculano
31/01/2019 05:53
OUTRO COMÍCIO

De Augusto Nunes, de Veja, no twitter:

O ego gigantesco impede que Lula tenha afetos reais. Ele não queria despedir-se do irmão morto, nem rever parentes que nunca visitou quando estava em liberdade. Só queria fazer outro comício. Como faltou palanque, preferiu ficar em Curitiba
Herculano
31/01/2019 05:52
É óRIMO QUE A DEFESA ABERTA DA ECONOMIA PRIVADA TENHA TOMADO A AGENDA, por Roberto Dias, secretário de Redação do jornal Folha de S. Paulo

Movimento mostra-se positivo sobretudo após desastroso intervencionismo do governo Dilma

No governo federal, uma lista de 135 empresas - todas as estatais menos Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, sendo que da última entram na dança as áreas de loterias, seguros, cartões e gestão de recursos. Mais três novas ferrovias, a rodovia Rio-Santos, as BRs 101 e 470 em Santa Catarina.

Em São Paulo, as linhas de trem da CPTM, a hidrovia Tietê-Paraná, o porto de São Sebastião, a Sabesp, a área do Campo de Marte, 23 aeroportos regionais, o sistema de balsas marítimas, as novas penitenciárias, o ferroanel metropolitano da capital, duas linhas de trem intercidades. Em Minas, a Cemig. No Rio Grande do Sul, Sulgás, Companhia Riograndense de Mineração e Companhia Estadual de Energia Elétrica.

A transferência de tudo isso para mãos privadas foi anunciada pelos novos governos em algum momento deste quase interminável janeiro.

É ótimo que a defesa aberta da força privada na economia tenha tomado a agenda. Especialmente depois de uma década marcada pelo desastroso intervencionismo do governo Dilma, que acreditava ser possível estipular o preço da energia com discurso de 7 de Setembro.

Tampouco é com discurso de posse que as coisas andam. Na cidade de São Paulo, a gestão Doria/Covas muito prometeu e nada privatizou. É preciso gastar saliva e neurônio para aproveitar a onda, a maior desde os anos 90, quando foram vendidas Telebras, Embraer, Usiminas, CSN e Vale e concedidas rodovias de SP.
O leilão da Vale, por sinal, voltou à baila com o acidente em Brumadinho, e é difícil achar argumento mais torpe do que o "privatização mata".

Quem repete isso finge, por exemplo, que a Petrobras não era uma empresa pública quando a plataforma P-36 explodiu e deixou 11 mortos. Que os viadutos caindo aos pedaços não são responsabilidade de gestores eleitos. Que o edifício que desmoronou em SP não era federal. As coisas seriam mais fáceis se ou o Estado ou o empresariado detivesse o monopólio da barbeiragem.
Herculano
31/01/2019 05:48
OBSERVATóRIO SOCIAL DE GASPAR

Este relatório abaixo, indicando fontes e provas, é impressionante. O anterior, já teve um efeito de deixar a pulga atrás da orelha, não para corrigir o erro, mas para ir atrás do bisbilhoteiro.

Agora, falta o Ministério Público que cuida da Moralidade Pública, se interessar, ou diante da inércia, mais uma vez, acionar a Ouvidoria, em Florianópolis.

Tudo isso, ainda vai trazer o Gaeco a Gaspar.
Pedro Salvador
30/01/2019 21:52
Aproveitando o gancho do colunista, referente aos pagamentos e fornecedores de horas máquinas. Novamente vou utilizar esse espaço para denunciar e mostrar aos munícipes onde os nossos impostos estão sendo aplicados pela administração municipal e como isso tudo tem funcionando. Ano passado encontrei vários casos estranhos relacionados com locação de horas máquina, vou compartilhar com os leitores desta coluna somente um desses casos.

Empenho 6152/2018 (FORNECEDOR SAMIL TERRAPLANAGENS E TRANSPORTES) datado de 08/11/2018 tem como descrição:
- Contratação de empresa para prestação de serviços de hora caminhão para PAVIMENTAÇÃO da Rua José Jungles - Arraia, conforme ata 01/2018;
Ao verificar os itens do empenho tem-se:
- Serviço de Caminhão Basculante Truck com Motorista. Com capacidade mínima de 10m³, 6 X 4, potencia entre 140 a 350 CV e ano de fabricação superior a 1999. obs: poderá ser solicitado ate 05 caminhões. MARCA: VOLKWAGEM 26.260 /2004. QUANTIDADE: 840 HORAS;
Ao verificar os pagamentos do empenho, observa-se:
- NF 1340/2018 datada em 13/11 e com ordem de pagamento na mesma data, no valor de R$ 61.572,00;

Analisando estes dados faço as seguintes considerações:
1) Observa-se que o lapso temporal entre a data do empenho (08/11) e data da NF (13/11) emitada pela empresa temos apenas 6 dias, observando a quantidade de horas (840) a quantidade de caminhões do empenho (5) e número máximo de dias trabalhados (6), tem-se que se dividirmos 840 horas por 5 caminhões por 6 dias obtem-se 28 horas trabalhadas por dia por caminhão, embora um dia tenha apenas 24 horas.
2) A pavimentação da Rua José Jungles foi entregue em 11/10, vésperas da festa de Nossa Senhora Aparecida (12/10) conforme noticiado na imprensa local (https://www.cruzeirodovale.com.br/geral/parceria-entre-britagem-barracao-e-prefeitura-resulta-em-pavimentacao-no-arraial-baixo/), já o empenho é datado em 08/11 praticamente um mês após a entrega da obra.
3) Para esta obra também observa-se no portal da transparência o Empenho 5195/2018 datado em 26/09 com valor de R$ 42.697,68, o qual tem o mesmo fornecedor e este realizado em periodo condizente com a realização da obra de pavimentação da Rua José Jungles, pagos através das NFs 1323 e 1324 datadas em 25/10/2018.

Aos que se interessarem, os empenhos mencionados podem ser consultados no seguinte site:
http://grp.gaspar.sc.gov.br/grp/acessoexterno/programaAcessoExterno.faces?codigo=670063

Também disponibilizo a tela dos empenhos consultados nos seguintes links:
https://uploaddeimagens.com.br/imagens/emp6152_detalhes-jpg
https://uploaddeimagens.com.br/imagens/emp6152_itens-jpg
https://uploaddeimagens.com.br/imagens/emp6152_pagamentos-jpg
https://uploaddeimagens.com.br/imagens/emp5195-jpg

Depois da denuncia do passeio da Rua José Rafael Schmitt que fiz também neste espaço, novamente trago outro caso, vamos ver se desta vez a Prefeitura apresentará alguma justificativa.

Os casos "graúdos" estou confiante que virão à tona em momento oportuno, a lista é grande e os casos como sempre inexplicáveis!
Herculano
30/01/2019 19:28
UM ENGANADOR DE SI MESMO

de Cláudio Humberto, no twitter:

Lula é um enganador. Pediu para ir ao enterro de Vavá, mas nunca foi a enterro de irmão enquanto esteve solto. Em 2004, já presidente, nem sequer foi ao velório de João Inácio, que faleceu de câncer. Em 2005, também não foi ao enterro de Odair Inácio, irmão que morreu do coração.
Miguel José Teixeira
30/01/2019 19:06
Senhores,

Vale, leva.
Vale, vela.
Lave, Vale!!!
Herculano
30/01/2019 17:33
SIMPLES

De Felipe Moura Brasil, no twitter:

Método simples para poder comparecer ao enterro de familiares e amigos, sem depender de decisões judiciais e estrutura da PF: não cometa crimes.
Herculano
30/01/2019 17:29
VEXAMES

Manchete de O Globo:

Lula disse a advogado que encontrar família em quartel seria 'vexame'.

Resposta do MBL no twitter:

Vexame é estar preso pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Herculano
30/01/2019 17:26
DEPOIS DA PRESIDENTE DO PT, A DEPUTADA GLEISI HOFFMANN, MARCAR UM COMÍCIO NO CEMITÉRIO PELA LIBERTAÇÃO DE LULA E APAGÁ-LO DA REDE SOCIAL PARA NÃO SER MOTIVO DE NEGATIVA NO SUPREMO, O SEU PRESIDENTE DIAS TOFFOLI AUTORIZA LULA A ENCONTRAR FAMILIARES FORA DA CADEIA. LULA DECIDIU NÃO IR. QUERIA ESTAR NO COMÍCIO, QUERIA PALANQUE, QUERIA HOLOFOTES, QUERIA IMPRENSA. GENTE QUE FAZ DA MORTE DOS OUTROS O TEATRO DA INSENSATEZ

Conteúdo de O Antagonista. O ministro Dias Toffoli, presidente do STF, acaba de decidir que Lula pode deixar a cadeia, em razão da morte do irmão, para "se encontrar exclusivamente com os seus familiares, na data de hoje, em Unidade Militar na Região [de São Bernardo do Campo], inclusive com a possibilidade do corpo do de cujos ser levado à referida unidade militar, a critério da família".

Toffoli acrescentou que "fica assegurada a presença de um advogado constituído e vedado o uso de celulares e outros meios de comunicação externo, bem como a presença de imprensa e a realização de declarações públicas".

"Essas medidas visam garantir a segurança dos presentes, do requerente, e dos agentes públicos que o acompanharem. As autoridades competentes devem fornecer todos os meios necessários para viabilizar o cumprimento da decisão", continuou Toffoli.

Entenderam a razão pela qual a lona do circo caiu?
Herculano
30/01/2019 17:16
BRINCADEIRAS COM COISAS SÉRIAS

De J.R. Guzzo, da revista Veja, no twitter:

Toffoli brinca de "juiz sensível" e finge que está "trabalhando"'por Lula, mas só deixa que ele vá ao enterro do irmão depois que o enterro acabou. Agora: libertar Lula de verdade, não de brincadeirinha, Toffoli não vai. Sabe que fecham o STF em 5 minutos se ele &sócios tentarem.
Gustavo Arruda
30/01/2019 11:22
Obrigado ao colunista e à equipe do Cruzeiro do Vale pela nota. Abraço ao amigo Gilberto pela oportunidade em num dos períodos de maior dificuldade na vida pessoal. Por fim, agradecer aos amigos e familiares que mantenho em Gaspar. Vivi na cidade por 22 anos e tenho muita gratidão pelo carinho e aprendizado absorvidos. E a saudade é outro sentimento presente. Mais uma vez, obrigado!!
Herculano
30/01/2019 10:49
'NOVO RENAN' VEM AI, DEZ VELHO RENAN

Conteúdo de O Antagonista. Na saída da reunião do MDB na liderança do Senado, Renan Calheiros disse que quem tomará posse na próxima sexta será um "novo Renan", "renovado pelas urnas", registra o UOL.

"O velho Renan era estatizante, o novo Renan é liberal", disse o senador alagoano, que vem tentando se aproximar do governo de Jair Bolsonaro.

Renan voltou a negar que tentará retomar a presidência do Senado. Mas disse que vai respeitar a vontade da bancada do MDB.

Ou seja, não vai se opor se a bancada quiser muito indicá-lo.
Herculano
30/01/2019 10:37
UMA CONCLUSÃO óBVIA

Somos o país da melhor e da legislação exemplar na área ambiental.

Na prática ela serve p burocratizar, ideoligizar e para a atuação de atravessadores negociais e de "especialistas".

Quando chega à hora de responsabilizar, descobrimos que a legislação é letra morta para os poderosos e espertos de sempre
Miguel José Teixeira
30/01/2019 10:35
Senhores,

Acessem:

https://www.camara.leg.br/internet/agencia/infograficos-html5/deputadosEleitos2019/index.html

e conheçam seus representantes na Câmara dos Deputados

---

"Veja de onde saíram os votos que elegeram cada deputado federal"

Infográfico mostra as informações do perfil dos 513 deputados federais que tomarão posse nesta sexta-feira e de onde saíram os votos que elegeram cada um deles. Selecione o estado e escolha o deputado que quer pesquisar.

Se quiser saber quais deputados foram mais votados em sua cidade, faça a pesquisa na caixa seguinte, do município. Lá vão aparecer os três mais votados. Clicando em cada um, aparecem os mapas do estado, indicando de onde vieram os votos.

Clique aqui para pesquisar

(https://www.camara.leg.br/internet/agencia/infograficos-html5/deputadosEleitos2019/index.html)

Este infográfico inclui as três alterações no resultado da eleição informadas pelo Tribunal Superior Eleitoral e duas alterações resultantes de morte e desistência do mandato -- Wagner Montes e Jean Wyllys, ambos do Rio.

Da Redação - WS

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'
Herculano
30/01/2019 10:35
UMA CPI DAS BARRAGENS?

A tresloucada presidente do PT, a deputada paranaense Gleisi Hoffmann, está propondo agora uma CPI das barragens?

Hum!Para tomar dinheiro das mineradoras como mostram as diversas investigações em curso na Polícia Federal e Ministério Público Federal sobre as manobras parlamentares durante as CPI, ou quer ser holofote e assim se desviar das tramas e roubalheiras da Lava Jato?

Quem era mesmo o governador de Minas no acidente da Samarco, em Mariana e no tempo para se fiscalizar a barragem do Feijão da Vale? Fernando Pimentel, do PT.

Essa gente vive de oportunismos, de analfabetos, ignorantes e desinformados.
Herculano
30/01/2019 10:29
ATIVISMO

O PT e a esquerda ou o campo progressista, perdeu Lédio Rosa de Andrade, 60 anos, que foi candidato a senador e arrastou poucos eleitores para o seu discurso contundente, morreu aos 60 anos.

Lédio foi juiz e desembargador. Com o discurso dele na campanha eleitoral em defesa de Lula, minimizando a Lava Jato e arrumando fantasmas, mostrou a face ativista do judiciário.
Herculano
30/01/2019 10:23
REVELADOR E ASSUSTADOR. ESTA ERA A MANCHETE DE ONTEM

STJ manda soltar homem preso com fuzil AR-15 em Florianópolis. Defesa entrou com recurso alegando erro de procedimento jurídico no pedido de prisão. Ele está solto para esconder, estocar e fornecer fuzis, tudo dentro da lei.

Esse episódio mostra que a bandidagem está bem armada não apenas só com fuzis, mas com os melhores advogados.

Eles provaram para nós que conhecem a lei melhor do que os magistrados e para quem pagamos muito bem para nos defender dos bandidos organizados, o Ministério Público.

Erro de procedimento jurídico? Ninguém percebeu? Ninguém emendou ou corrigiu a tempo? Só a Defesa?

Bandidos 1 x 0 Cidadãos
Herculano
30/01/2019 10:05
da série: gato escaldado, tem medo de água fria...

Pois é: é desumano? Não sei! Mas, não é adequado. Entretanto, Lula paga pela fama, pelo jogo rasteiro que sustenta contra as instituições que o investigam e julgam, e pelo discurso ativista...

TRF-4 NEGA RECURSO DE LULA PARA IR AO VELóRIO DO SEU IRMÃO VAVÁ

O TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) negou nesta quarta-feira (30) recurso do ex-presidente Lula para uma saída temporária da prisão para acompanhar o velório e enterro de seu irmão Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá.

O desembargador Leandro Paulsen lembrou, em sua decisão, que o velório acontecerá na tarde desta quarta-feira em São Bernardo do Campo, cidade em que "centenas de manifestantes" atrasaram a prisão do ex-presidente no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em abril do ano passado.
Herculano
30/01/2019 09:58
O OLAVISMO PODE ATRAPALHAR AS REFORMAS DA ECONOMIA?, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Ala populista e nacionalista do governo Bolsonaro pode entrar em conflito com ajustes

Ao tomar posse, Paulo Guedes descreveu o novo governo como "uma aliança entre conservadores nos costumes e liberais na economia". Embora políticos de direita se apresentem como um cruzamento das duas espécies, o ministro diz estar diante de dois bichos diferentes.

O funcionamento dessa união será testado agora. A pauta de corte de despesas é tradicionalmente impopular porque mexe em investimentos do governo e benefícios como aposentadorias. De outro lado, a agenda conservadora tem apoio oscilante e pode consumir parte do capital político do presidente.

Uma coalizão é sempre um ajuste de interesses. Às vezes, um lado precisa ceder para abrir espaço para o outro. A aliança conservadores-liberais nem sempre será compatível.

No jantar oferecido ao ideólogo Olavo de Carvalho, o estrategista Steve Bannon disse que Guedes poderia atrapalhar o avanço de uma agenda nacionalista. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Bannon perguntou se Olavo conseguiria influenciar o ministro. O brasileiro negou.

Olavo personifica os conservadores da aliança. Ele não ataca a cartilha liberal, mas prioriza a pauta dos costumes, defende o nacionalismo e criticou relações com a China.

Os principais atores políticos do governo Jair Bolsonaro soam mais como Olavo. Aliás, o próprio presidente, seu chefe da Casa Civil e deputados do PSL fizeram críticas recentes à reforma da Previdência.

Os conservadores precisam que a economia se recupere para ganhar fôlego e para aplicarem sua pauta de costumes. Eles também sabem, contudo, que ajustes amargos tendem a causar danos na face populista do governo. O olavismo pode entrar em conflito com a agenda de reformas.

A Polícia Federal negou o pedido de Lula para participar do sepultamento do irmão. Antes, o vice Hamilton Mourão dissera que a liberação era "uma questão humanitária". Além de corrigir erros do presidente, o general acerta mais do que o delegado.
Herculano
30/01/2019 09:52
HISTóRIAS DE HORROR E óDIO, por Carlos Brickmann

Uma tragédia como a de Brumadinho tem tudo para unir o país. Tirando os responsáveis por ela, que devem ser identificados e processados, o Brasil todo, sem distinção ideológica, torcendo para que mais sobreviventes sejam encontrados, e enaltecendo todos os que participam das buscas. Só que não.

E o ódio ideológico não está apenas na Internet: transparece também nos jornais. Israel mandou uma força-tarefa para ajudar nas buscas? Junta-se o antissemitismo ("o dono da Vale é judeu, Israel usou a chance para ocupar Brumadinho") - o dono da Vale não é judeu, a Vale não tem um dono, mas pertence a grupos econômicos e a fundos de pensão estatais - mas isso não é problema: o importante é espalhar o mal. O senador Roberto Requião diz que o grupo israelense veio é para derrubar o Governo da Venezuela. Desde quando Minas está perto da Venezuela? O importante é desmerecer a ajuda, como se fosse fruto de um pacto entre Bolsonaro, a quem odeiam, e os judeus, a quem têm horror. Têm de culpar alguém pelos problemas de Maduro - por que não Bolsonaro e os israelenses da equipe de salvamento?

Antissemitismo existe faz tempo. Mas torcer para que o equipamento de Israel não funcione, e assumir essa torcida, é coisa que não se via desde o nazismo. Como não se via alguém torcer contra as vítimas só para culpar o presidente que odeiam. Citando Nelson Rodrigues (a quem essa gente também odiava) há situações em que até os idiotas perdem a modéstia.

O HORROR

Enquanto se perde tempo discutindo se o equipamento israelense de busca é ou não melhor que o brasileiro (não faz a menor diferença: no caso, mais equipamento e mais gente é melhor do que menos), vai-se perdendo o foco da discussão - ou os focos: a) quem deveria manter a barragem em boas condições; b) quem atestou que a barragem estava em boas condições; c) várias pessoas disseram que esse tipo de barragem é inadequado - é ou não é?; d) um empresário disse que ofereceu à Vale uma nova solução em que os rejeitos de minério são separados da água, que é tratada e lançada de novo nos rios, e transformados numa pasta, que ocupa menos espaço e não está sujeita a mudanças no regime de chuva ou a pequenos abalos de terra. É claro que ele quer vender seu produto. Mas, se o produto contribui para reduzir os riscos da mineração, por que não? A Vale tem recursos para estudar essas soluções e escolher a melhor. Nos últimos três anos não o fez.

O óDIO

E, no momento em que é preciso pensar em salvar vidas, localizar quem não pôde escapar, há cretinos discutindo "o plano judaico de conquistar o mundo", ou sugerindo que 132 israelenses ocuparam parte do território nacional. Reclamam até da bandeira brasileira no ombro da farda, ao lado da israelense. Mas ajudar no trabalho, doar algo - ah, isso não, isso é caro.

RIGOROSO INQUÉRITO

Claro, claro, há multas gigantescas aplicadas à Vale, além da realização de um rigoroso inquérito para apurar responsabilidades. Multa? Então, tá. Há três anos, a barragem da Samarco matou gente, poluiu rios, destruiu o meio-ambiente. A Samarco - pertencente à Vale e à BHP Billiton - foi pesadamente multada, em R$ 350 milhões. Hoje, a Samarco deve R$ 350 milhões em multas. Perguntar não ofende - que é que pagou em três anos? E não foi por falta de dinheiro: o lucro da empresa no ano anterior foi de R$ 7,6 bilhões. Mas, convenhamos, é melhor não pagar do que pagar, né?

Nenhum executivo da Samarco foi condenado criminalmente. Há processo contra 21 réus na Justiça Federal em Minas (depois há recursos!), ainda na fase de ouvir testemunhas. Há muito, muito tempo pela frente.

E citemos Luís Fernando Veríssimo quanto ao rigoroso inquérito: não é a mesma coisa que inquérito rigoroso. É exatamente o contrário.

ACREDITE SE QUISER

O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, disse que o Governo dará prioridade à fiscalização das 3.386 barragens de alto risco. No Brasil há mais de 20 mil barragens, supostamente menos perigosas.

RENOVAÇÃO

No dia 1º, sexta-feira, Senado e Câmara elegem seus novos presidentes. O caro leitor certamente se lembra da surpresa com o índice de renovação das Casas do Legislativo, o que incluiu a derrota de nomes eternos como Romero Jucá, Eduardo Suplicy, Eunício Oliveira, Magno Malta.

Pois bem, a renovação tem agora seu primeiro teste: o favorito para presidir a Câmara é Rodrigo Maia, que está no cargo desde 2016; e o favorito na disputa pelo Senado é Renan Calheiros, que tenta seu quinto mandato como presidente.

A GRANDE FRASE

Do venezuelano Nicolás Maduro, que tenta se segurar no poder: "Já fui ao futuro, voltei e vi que tudo está bem e a união cívico-militar garante a paz e a felicidade ao nosso povo".
Herculano
30/01/2019 09:41
O CONSERVADOR E O ATRASADO, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Bolsonaro elegeu-se abraçando o atraso, o desastre de Brumadinho indicou-lhe o caminho da verdade

Fernando Henrique Cardoso gosta de relembrar uma cena na qual o historiador Sérgio Buarque de Holanda discutia o tamanho de algumas figuras do Império e ensinou: "Doutora, eles eram atrasados. Nós não temos conservadores no Brasil. Nós temos gente atrasada."

Foi a gente atrasada que levou o Brasil a ser um dos últimos países a abolir a escravidão e a adotar o sistema de milhagem para os passageiros de aviões, deixando a rota Rio-São Paulo de fora.

É a gente atrasada quem trava os projetos de segurança das barragens que tramitam no Senado, na Câmara e na Assembleia de Minas Gerais.

Essa gente atrasada estagnou a economia durante o século 19 e, no 20, faliu as grandes companhias de aviação brasileiras. No 21, produziu os desastres de Mariana e Brumadinho.

Jair Bolsonaro elegeu-se presidente da República com uma plataforma conservadora, amparado pelo atraso. Sua campanha contra os organismos defensores do meio ambiente foi a prova disso. Não falava em nome do empresariado moderno do agronegócio, mas da banda troglodita que se confunde com ele. Felizmente, preservou o Ministério do Meio Ambiente.

Outra bandeira de sua ascensão foi a defesa da lei e da ordem. A conexão dos "rolos" de Fabrício Queiroz com as milícias do Rio de Janeiro ilustrou quanto havia de atraso na sua retórica. (O Esquadrão da Morte do Rio surgiu em 1958 e anos depois alguns de seus "homens de ouro" tinham um pé no crime.)

Nos anos 70, o presidente de Scuderie Le Cocq era contrabandista, e o delegado Sérgio Fleury, grão-mestre do esquadrão paulista, ilustre janízaro da repressão política, protegia traficantes de drogas.

Ronald Reagan e Margaret Thatcher foram conservadores, já os patronos dos esquadrões foram e são simplesmente atrasados. Por isso, Nova York e Londres são cidades seguras, enquanto o Rio é o que é. O detento Sérgio Cabral dizia que favelas eram fábricas de marginais.

As mineradoras nacionais moveram-se nos escurinhos do poder, e mesmo depois do desastre de Mariana bloquearam as iniciativas que aumentariam a segurança das barragens. Deu Brumadinho. As perdas da Vale nas Bolsas e com as faturas dos advogados superarão de muito o que custaria a proteção de Brumadinho. Será a conta do atraso.

Com menos de um mês de governo, Jair Bolsonaro foi confrontado pela diferença entre conservadorismo e atraso. Seu mandato popular ampara-se numa plataforma conservadora com propostas atrasadas. Muita gente que votou nele pode detestar o Ibama e as ONGs do meio ambiente. Também pode achar que bandido bom é bandido morto.

Quando acontecem desgraças como Brumadinho ou quando são expostas as vísceras das milícias e seus mensalinhos, essas mesmas pessoas mudam de assunto e o presidente fica só, como ficou o general João Figueiredo depois do atentado do Riocentro.

O atraso é camaleônico. Escravocratas do Império tornaram-se presidentes na República Velha. A Federação das Indústrias de São Paulo financiou o DOI, aderiu à Nova República e varreu os crimes da ditadura para a porta dos quartéis.

Trogloditas do agronegócio e espertalhões das mineradoras sabem o que querem. Conviveram com o comissariado petista esperando por um Messias. Tiveram-no. Quando a Vale caiu na frigideira, fizeram o que deviam e, num só dia, venderam suas ações derrubando em R$ 71 bilhões o seu valor de mercado.

Durante a campanha eleitoral, quando confrontado com os problemas que encontraria na Presidência, Bolsonaro repetia um versículo do Evangelho de João:

"Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará."

Brumadinho e suas relações com Fabrício Queiroz mostraram a Jair Bolsonaro o verdadeiro rosto do atraso.
Herculano
30/01/2019 09:32
HOSPITAIS DOS RICOS TÊM ISENÇÃO DE R$3,2 BILHõES, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) contesta a "efetividade e economicidade" do Proadi, programa do Ministério da Saúde que beneficia 6 hospitais de celebridades. Eles mal atendem pelo SUS, mas conseguiram que o governo federal os dispense de pagar mais de R$500 milhões por ano em impostos. De 2012 a 2017, Albert Einstein, Moinhos de Vento, Samaritano, Sírio Libanês, Hospital do Coração e Oswaldo Cruz, deixaram de pagar R$3,2 bilhões em tributos federais.

INVESTIMENTO SEM RETORNO
TCU reclama que não há avaliação do benefício social ou de saúde que justifique a isenção anual de meio bilhão dos hospitais dos ricos.

O ESTADO É UMA MÃE
Mais da metade da renúncia fiscal beneficiou o Einstein e o Sírio. O restante fez a alegria do HCor, Oswaldo Cruz, Samaritano e Moinhos.

EINSTEIN LIDERA
O hospital Albert Einstein é a unidade de saúde "de excelência" que mais recebeu isenções fiscais: R$1,3 bilhão em descontos desde 2012.

APOIO E AVALIAÇÃO ZERO
Para o TCU, tampouco o "Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS" avalia criteriosamente projetos desses hospitais.

DIRETOR DA VALE GANHA ATÉ R$1,5 MILHÃO POR MÊS
Os diretores espertos da Vale, que usaram a jogada de marketing de oferecer a merreca de R$100 mil para cada vítima fatal da tragédia de Brumadinho, ganham por mês quinze vezes mais esse valor. Entre salários e benefícios (bônus, participação nos lucros), cada diretor da Vale ganhou no ano passado R$1,6 milhão por mês (exatos R$ 1.587.180,70), no total de R$19 milhões (ou R$19.046.168,46) por ano.

É TUDO UM TEATRO
Já na primeira entrevista, o presidente da Vale usava preto, sugerindo luto e despojamento. Tudo retirado dos manuais de gestão de crise.

VALER NÃO VALE
Murilo Ferreira, presidente da Vale até fevereiro/2017, foi o executivo mais bem pago do país no ano: levou quase R$60 milhões para casa.

DANOS COLATERAIS
Para não irritar a Justiça, como reza o manual, a Vale não hesitou em desmoralizar o seu advogado Sergio Bermudes, desautorizando-o.

CABEÇA A PRÊMIO
Pode rolar a cabeça de Maurício Malta, irmão do senador Magno Malta (PR-ES), que misteriosamente caiu em desgraça junto a Bolsonaro. Maurício é diretor da EPL, a Empresa de Planejamento e Logística.

JOGADA ESPERTA
A Vale já pode desfrutar sem culpa do lucro bilionário. Precisou investir um máximo de R$35 milhões distribuindo a merreca de R$100 mil para cada morte em Brumadinho. Com direito a mídia positiva gratuita.

O PODER NO EINSTEIN
A condução segura do porta-voz Otávio do Rêgo Barros mostrou que o eixo do poder saiu do Planalto e se instalou no hospital Albert Einstein, ao contrário do que fez parecer o entorno do vice Hamilton Mourão.

BOQUINHAS PARA ELES
Terceira e quarta maiores bancadas da Câmara a partir de fevereiro, PP e PSD terão 94 cargos cada apenas para seus líderes, além dos 25 secretários parlamentar que cada deputado tem o "direito" de nomear.

DINHEIRO MALDITO
Se a Vale perder mesmo os R$11 bilhões bloqueados pela Justiça, ainda terá R$31 bilhões do seu lucro líquido registrado entre as tragédias com mortes de Mariana (2015), e de Brumadinho (2019).

AJUDANTE QUALIFICADO
Como é exigido na função, o major Mauro Cesar Barbosa Cid, chefe da ajudância de ordens de Bolsonaro, tem excelente currículo. No exterior, foi observador militar da ONU na Manutenção da Paz no Chipre, e ganhou muitos elogios do embaixador do Brasil, Dante Coelho de Lima.

PEDIDO DE SARNEY
O ex-presidente José Sarney fez chegar a Bolsonaro o desejo de ver o ex-senador Francisco Escorcio, seu fiel seguidor, de volta à assessoria do Planalto. Onyx Lorenzoni (Casa Civil) mandou a caneta sem dó.

UMA FRANQUIA PARA RICOS
O Citi, que todo mundo chama de Citibank, e que mais parece uma franquia, garante que "continua no Brasil". Não se sabe por quanto tempo, pois já quebrou uma vez e teve que vender ativos no Brasil.

PENSANDO BEM...
...já que no Brasil matar pessoas não dá cadeia, então que a Justiça utilize a Lei de Crimes Ambientais para punir os responsáveis pelas mortes em Mariana e Brumadinho.
Herculano
30/01/2019 09:21
ABANDONO E RUÍNAS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Descaso com protocolos básicos de prevenção repete-se em diversas áreas

Já se contam mais de 80 mortos no rompimento da barragem em Brumadinho (MG), e o número de desaparecidos ainda beira os 300. Uma tragédia cuja dimensão humana encontra poucos paralelos no país, mas que tem na sua origem um fator repetido amiúde: o descaso com protocolos básicos de prevenção de desastres.

Logo surgiu como lembrança inevitável a catástrofe de Mariana (MG). O rastro de destruição deixado há meros três anos parecia capaz de forçar uma mudança de atitude. O próprio presidente da Vale, empresa envolvida nas duas ocorrências, assumiu o cargo proclamando o lema "Mariana nunca mais".

A promessa pouco durou, e mais uma vez acumulam-se suspeitas quanto à fiscalização e à adoção de medidas de segurança.

Tal padrão já provocou inúmeras cicatrizes que poderiam ter sido evitadas. Não se trata apenas das desgraças de maior repercussão, como o incêndio da boate Kiss, em Santa Maria (RS), que completou seis anos neste mês, ou o que destruiu parte significativa do Museu Nacional, no Rio de Janeiro.

Casebres consumidos pelas chamas, desmoronamento de edifícios e colapso de obras públicas, entre outros casos, sucedem-se numa rotina intolerável.

Em São Paulo, capital do estado mais rico da Federação, registraram-se recentemente duas interdições de viadutos. Ambas terminaram sem que ninguém morresse, mas não se pode dizer que tenha havido prudência das autoridades.

A primeira ocorreu depois de ceder uma estrutura na marginal Pinheiros, que veio a tornar ainda mais exasperante as condições de tráfego na cidade. Dois meses depois, interrompeu-se o uso de uma ligação da pista expressa da marginal Tietê que dá acesso à rodovia Dutra, após constatar-se dano grave em uma das vigas de sustentação.

Em meio ao tradicional jogo de empurra de responsabilidades, sabe-se que o principal culpado é o poder público, ineficiente no cumprimento de suas atribuições. Fiscaliza de maneira precária e, no mais das vezes, toma providências quando o infortúnio se consumou.

Pode-se evocar como fator de agravamento do quadro a depauperação gerada pela incúria administrativa e pelo desequilíbrio das finanças governamentais. Tais aspectos, porém, não bastam para explicar o espetáculo de abandono e ruína a que se assiste no país.

É difícil não ver nessas calamidades o concurso de uma cultura institucional frágil, na qual o desprezo pelo bem público e pela coletividade se impõe como corolário de uma atitude de apropriação do Estado por interesses particulares.

Não é por acaso que se arrastam na Justiça, em processos que parecem não ter fim, as indenizações e multas a serem pagas pelos que deveriam ter prevenido os sinistros.

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