KLEBER ESTÁ SEM PÃO E SÓ COM O DIABO LHE ASSANDO - Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

KLEBER ESTÁ SEM PÃO E SÓ COM O DIABO LHE ASSANDO - Por Herculano Domício

13/03/2018

No dia 20 de fevereiro, dei a senha aqui: “Oposição em maioria na Câmara de Gaspar, já mostrou as garras para o prefeito Kleber”. Chororô de um lado e comemorações de outro. Era apenas o início de um jogo. E virou coisa séria, mas típica do atraso de Gaspar: o do “nós” contra “eles” e com lances duvidosos para a plateia, principalmente nos propósitos ocultos.

E o primeiro sinal dessa disputa veio claramente no tal “Pacto pela Saúde” no qual o falso slogan “unindo Gaspar”, só unia os sete vereadores da oposição. Eles, inclusive, rejeitaram categoricamente à “oferta” de união “por Gaspar” dos outros seis vereadores que apoiam o prefeito e que também “buscam soluções” para um assunto grave e que estão embrulhados por conta de erros deles próprios e por aceitarem a armadilha dos que agora cobram resultados ou ainda possuem a coragem de oferecer “ajuda”.

Ou seja, não era um erro ou um esquecimento da oposição na Câmara, deixando de convidar quem não lhes é do “grupo” de interesse. É uma estratégia. O pacto não é do Legislativo, como se vende falsamente por aí, mas, de um grupo de políticos que mede forças na Câmara.

Agora o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, corre um sério risco: o de anular o seu mandato 14 meses depois da posse. A oposição não vai apenas fiscalizar, que é o papel institucional dela, mas, em maioria na Câmara, decidiu instalar um governo paralelo.

O primeiro caso já bem conhecido é o da Saúde Pública e o segundo, se apresenta numa lenga-lenga para aprovar ou rejeitar, um empréstimo na Caixa Econômica para iniciar, parceladamente, o tal Contorno Viário Urbano, um arremedo do necessário, mas projetado como uma joia inacessível por conta da Iguatemi que fez o projeto a mando do governo do governador Raimundo Colombo PSD e Eduardo Pinho Moreira, MDB, Anel de Contorno de Gaspar.


GOVERNO PARALELO?

São apenas os dois primeiros movimentos. Virão outros entraves nas cartas desse jogo contra Gaspar, além da necessária vigilância porque a coisa parece estar bem solta no paço. Fiscalizar, denunciar o erro não à cidade, mas aos órgãos que podem punir é uma coisa. Entretanto, demonstrar paralelismo e protagonismo administrativo para obter vantagens políticas com desinformados, é outra coisa bem diferente.

Se não cuidar na esperteza, a oposição majoritária de hoje vai ser sócia do desastre do governo de Kleber e anular o próprio discurso da próxima campanha municipal em 2020. Como poderá culpar o governo de Kleber se o ajudou no caos? Vão criar uma vítima e esconder as suas fraquezas na tal eficiência.

Quem mesmo orienta essa gente que enxerga só vingança quando tem o poder? Era assim no governo anterior, estava sendo assim no próprio atual governo de Kleber e único causador dessa situação, está sendo assim nas atitudes da majoritária bancada oposicionista.

Na verdade, a oposição quer o prefeito de fato e agora oculto, Carlos Roberto Pereira, fora do governo.

Quer um governo de Kleber fraco, sem liderança, abrindo mão até do direito de governar, acertar e errar. O doutor Pereira já saiu da presidência do MDB, já disse que vai sair formalmente da poderosa secretaria de Fazenda e Gestão Administrativa que ele desenhou para ele ser o bambambam e anunciou que ficaria só com a Saúde. Pois é de lá, que querem vê-lo também defenestrado, ao menos no título que assumiu.

Vamos adiante, pois este não é exatamente o comentário de hoje, ainda mais quando na segunda semana de janeiro, diante de uma nova realidade criada com a sabida perda da maioria na Câmara, Kleber disse ao jornal Cruzeiro do Vale, que nada mudaria entre os seus. O recomendável, seria urgente, refundar o seu governo com pessoas mais eficientes, mais leais e com gestos novos, bem com a nova teia.


SEM EMPRÉSTIMO PARA NOVAS VIAS URBANAS


Inicialmente a oposição (PT, PDT, PSD e mais o presidente da Casa, Silvio, PSC), a pedido do relator Cicero Giovane Amaro, PSD, requereu a quebra do regime de urgência projeto de lei 103/2017 veio no final do ano passado. Normal. A transparência exige isso mesmo. E esse é o papel da Câmara, do vereador.

Chiadeira do governo Kleber veio na sequência. Também é do jogo. Kleber e os seus estavam mal-acostumados. Enfiavam tudo goela abaixo da minoria com os seus sete amestrados na Câmara. Quando no conforto da maioria, o governo ordenou a quebra de acordos entre os próprios vereadores surpreendendo a minoria plenários. É passado e reflete na situação de hoje.

Agora em maioria, a oposição deu o troco e bateu o pé pelos esclarecimentos.

Isso obrigou Kleber correr contra o tempo e seu método. Por intermédio dos seus técnicos se explicou para os vereadores das comissões e da oposição. Sem alternativas, Kleber fez isso rapidamente, segundo ele, para não “perder os prazos” e assim, encaminhar o pedido dos R$20 milhões na Caixa, no tal programa “Avançar Cidades”.

Fez, muito mais, na verdade. Tratou de encerrar a pendenga e interromper os desgastes decorrentes dos debates e questionamentos.Parece que não deu certo. Faltou combinar com a oposição.

Escalado para cutucar, o líder o MDB, vereador Francisco Solano Anhaia, reclamou e pediu ao relator Cicero e ao presidente da Casa, na última sessão, urgência para colocar a matéria na pauta das deliberações. “Todas explicações já foram dadas”, lembrou ele. “Nem todas”, sinalizou sem dar detalhes, o relator Cícero, antecipando que vinha mais coisa por aí.

E veio! Supostamente, nem todas as explicações tinham sido dadas aos vereadores.

O que está na pauta da sessão de hoje? O longo requerimento 28/2018 da bancada oposicionista (Cícero Giovane Amaro –relator da matéria - e Wilson Luiz Lenfers, ambos do PSD, Dionísio Luiz Bertoldi, Mariluci Deschamps Rosa e Rui Carlos Deschamps, todos do PT, além de Roberto Procópio de Souza, PDT e Sílvio Cleffi, PSC) pedindo burocraticamente mais explicações e complicando o meio-de-campo.

É intencional. São as tais “garras da oposição”. É o diabo amassando o pão e quem sabe sem entrega-lo a Kleber mesmo que ele disponibilize a tempo as explicações razoáveis. É o jogo para mostrar quem tem mais poder, independente se isso vai ou não prejudicar a cidade, os cidadãos, os gasparenses.

No fundo o jogo é esse: debilitar um governo que não deslanchou, e se possível não deixá-lo governar ou fazer obras, que possa ser usado como propaganda e salvá-los do direito de uma reeleição.

Quem assistiu o encontro com os técnicos com os vereadores, garante que, praticamente tudo o que está no requerimento foi esclarecido. A exceção está no caso que envolvia dúvidas sobre o Plano Diretor.


O DIABO ESTÁ NOS DETALHES

Supondo que nada do que está no requerimento 28/2018 não tivesse já sido motivo de questionamento e esclarecimento entre técnicos e os vereadores, é de se perguntar agora, quais as razões pelas quais os vereadores não exauriram as dúvidas que apresentam no documento que estão enviando a Kleber, esticando o debate e ampliando prazos?

Qual a razão para tergiversar em algo técnico? Qual a razão para assumir a função de governo “indicando” onde os recursos do empréstimo, se e quando liberados, devem ser aplicados diferente da proposta original? Afinal, qual a razão para fazer um requerimento posterior, se tiveram a oportunidade do esclarecimento?

Muitas respostas podem ser dadas. Contudo, pelo movimento político empreendido pelo PT, PDT, PSD desde a eleição de Silvio Cleffi, PSC, para a presidência da Câmara, este ato é mais uma para medir forças, é para interferir, é para desmoralizar uma administração, é para paralisar um governo que ainda nem deslanchou por culpa, diga-se, do próprio governo. Foi ineficiente não só no plano administrativo como se constata, foi ineficaz no jogo das forças políticas para a sua governabilidade mínima.

Primeiro ponto: se a intenção é o esclarecimento e sabendo que supostamente o tempo trabalha contra a aceitação do financiamento na Caixa, não era o caso de reconvocar os técnicos para a explicação dos pontos que se tornaram dúvidas?

Mas, não. Numa semana ouviu-se os técnicos; deram-se aparentemente, só aparentemente, por satisfeitos; duas semanas depois colocam um requerimento onde há vários temas que já foram esclarecidos; aprovado hoje, terá os trâmites legais; que respondido pelo Executivo levará no mínimo mais uma semana; que recebido de volta na Câmara, distribuído aos vereadores e às comissões para análise, sabe-se lá quanto tempo levará para ser absorvido; pior, para ainda, levantar-se-á, possivelmente mais novas dúvidas, gerar mais requerimentos, mais respostas, mais análises...

Resumindo: a busca da necessária transparência está sendo usada ardilosamente pelos políticos da oposição contra a cidade e os cidadãos, não exatamente contra o alvo escolhido: governo de Kleber. O vereador Cícero, relator deste PL, funcionário público (Samae) afastado, pela incompatibilidade de horários na função pública e no cargo de vereador, inclusive no acúmulo de vencimentos, está exagerando na prerrogativa regimental. Mais parece estar dando o troco e recados de cunho pessoal. Enquanto isso, Gaspar...


DESVIO DE FUNÇÃO E GOVERNO PARALELO?

Segundo ponto: há várias perguntas sobre a consistência do projeto, sobre de onde virá o dinheiro para as indenizações das áreas onde serão abertas as novas vias etc. Tudo passível – e foi, segundo testemunhas - de ter sido respondida exatamente quando os técnicos ficaram à disposição dos vereadores.

Uma delas está assim: “a intenção de aplicação dos recursos financeiros do referido empréstimo é para executar obras de infraestrutura, abertura de novas Vias no trecho II e trecho IV do mapa do Contorno Viário Urbano de Gaspar. Porque houve a escolha dos referidos trechos II e trecho IV?” Ai, ai, ai. Nenhum dos inteligentes vereadores da oposição teve luz suficiente para esse simplório e óbvio questionamento? E assim vai...

Outra, acertadamente está assim: “com a abertura da estrada do trecho IV a Administração planeja realizar a ligação dos Bairros Gaspar Mirim e Santa Terezinha junto a Rua São Bento. Sabendo que esta ligação já existe, demandando somente investimentos na pavimentação de parte da Rua São Bento, qual a razão por optar pela alocação de recursos na abertura de nova via de ligação?”

Repito, apesar do questionamento ser providencial, o ponto não é esse, mas qual a razão para não se perguntar aos técnicos quando tiveram lá com os vereadores, ou reconvocá-los para dar celeridade ao processo, que não significa aprová-lo se houver comprovado benefício aos amigos do poder de plantão, irregularidade, vício ou incapacidade de endividamento.

Essa lenga-lenga trabalha contra a própria oposição. Ou ela não percebe isso? A maioria a cegou? Vai ser usada para a pequenez? Mais sobre essa jogada da Rua São Bento, todos em Gaspar sabem exatamente quem vão ser os favorecidos e a valorização que a execução da obra que a oposição questiona trará aquela área marcada por novos e futuros loteamentos. Então não seria o caso de denunciar logo, com provas, ao Ministério Público?

E por derradeiro extraio mais outra pergunta do tal requerimento: “por que a Administração não pode direcionar os recursos deste financiamento para os trechos 09A ou 09B, favorecendo a resolução mais imediata dos engarrafamentos e transtornos no trânsito do município”? Ou seja, isso não pode ser impeditivo à aprovação da autorização do tal financiamento. É interferência administrativa em ato de outro poder.

Contudo, a Câmara, os vereadores e a prefeitura podem abrir uma negociação e um entendimento nesse sentido, pois além de fiscal é em tese a Câmara de Vereadores, a representação da cidade e dos cidadãos. E aí repito, mais uma vez, por que os vereadores de oposição não iniciaram esse entendimento naquela reunião ou depois dela? Por que usam isso posteriormente como um problema?

Afinal, nada disso vai ser resolvido por requerimentos, e sim em conversas e negociações presenciais entre as partes. Ou a oposição em maioria perdeu a capacidade de negociar e está imitando aquilo que ela combatia, quando o governo Kleber era maioria na Câmara. O que era um erro agora é uma tática aceitável? Hum!


DISCURSO DEMAGÓGICO PARA DESINFORMADOS

Terceiro ponto: o requerimento, mostra que a oposição se afunda nos seus próprios erros do passado para complicar a vida dos gasparenses no presente e futuro. Os dois parágrafos que abrem o documento, tergiversam. É a assinatura de que se está assando o governo Kleber em forno nada brando. O pão quando sair do forno, se sair, estará torrado.

“Segundo a Lei 10.257 de 10 de julho de 2001, o Estatuto da Cidade, a propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor. Esta mesma Lei determina a instituição do plano diretor Municipal e obriga sua revisão, pelo menos, a cada dez anos. O Plano Diretor Municipal de Gaspar, instituído pela Lei Nº 2803, de 10 de outubro de 2006, já sofreu a sua completa revisão? Caso positivo, quando?”

Quem atrasou, e não vou me alongar aqui nas múltiplas razões, a revisão do Plano Diretor de Gaspar? O governo do PT de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, hoje vereadora da bancada oposicionista que também assinou o requerimento e fomenta esse jogo.

Quem não cumpriu o que determina do Estatuto das Cidades, ou seja, a ampla discussão dessa revisão com os cidadãos de Gaspar? O governo do PT! Quem não adequou e não levou à aprovação a dita revisão por inteiro na Câmara no tempo em que a lei exigia, por não ter votos, ou por pressão de interesses imobiliários ou de poderosos da cidade? O governo do PT.

Então, qual é mesmo a razão de cobrar isso do governo Kleber e atrelá-lo ao assunto da autorização do empréstimo que pode, sob fiscalização severa, beneficiar a cidade e os cidadãos?

Outra do requerimento.

“Segundo estudo técnico, contratado pelo município e realizado por Empresa especializada, a Iguatemi Engenharia Ltda., as Áreas de Contenção de Enchentes (ACE) são espaços territoriais com restrição de uso e ocupação em razão das cheias periódicas e não aterrável, destinados a acumular água e reduzir a vazão máxima, distribuindo no tempo, garantindo o controle para jusante das áreas vulneráveis, ou seja: (Bacias Naturais). Visto que uma das intenções de aplicação dos recursos financeiros do referido empréstimo é de executar obras de infraestrutura no trecho II do mapa do Contorno Viário Urbano, o local apontado não corresponde justamente a um desses espaços territoriais com restrições (ACE)?”

Volto. É de se perguntar: isto está aprovado? Não foi isso que levou ao impasse e fez o PT esconder parte da revisão do Plano Diretor de Gaspar que empreendeu, não levá-lo, ou ter votos para aprová-lo por inteiro na Câmara? A exigência sem lei que a defina vale para uma obra pública futura, mas que não vale para alguns particulares no presente?

Não é mais fácil a oposição dizer ao prefeito, aos vereadores da situação e à cidade que é contra dar autorização desse empréstimo e terminar com esse assunto e ir para outra página?

Ou está com o medo do desgaste, por isso, vai enrolando, esticando a corda, até se perder o prazo para dar entrada do pedido na Caixa, culpando a prefeitura por não ter fornecido a tempo, todas as respostas “esclarecedoras” ou cedido nos pedidos dos requerimentos?

Por que não substituir este e outros desse assunto por convocação sucessivas dos técnicos da prefeitura até se satisfazer e se convencer na aprovação ou rejeição – porque os vereadores não estão obrigados a aprovar o PL 103/2017 - da autorização para contrair empréstimos de até R$20 milhões na Caixa?

E para encerrar. O presidente da Câmara, Silvio Cleffi, PSC, agora é oposicionista desde criancinha. Era, mas Kleber não entendia. Apesar da coluna ter escrito isso várias vezes e seu entorno tê-lo advertido do risco que corria.

Na sua rede social, Silvio se mostra favorável a contratação de empréstimo, mas para a Saúde, sua área de atuação. Se a farinha é pouca, o meu pirão primeiro.

Além de olhar só para o seu umbigo, o líder do MDB, Francisco Solano Anhaia, bem lembrou ao seu agora adversário Silvio Cleffi, PSC,: “esse empréstimo é carimbado: esta linha é para infraestrutura. É só ver o que é o programa ‘Avançar Cidades’”. Com esse esclarecimento e o discurso de Silvio, preciso explicar mais ainda o que move o ânimo dessa discussão de gente que faz papel de birrenta? Acorda, Gaspar!

 


TRAPICHE

De água ele entende. É um distribuidor da matéria-prima. O vereador Francisco Solano Anhaia, MDB, quer que o presidente Silvio Ceffi, PSC, promova economia na Câmara e compre apenas bombonas de 20l e não mais garrafas de 500ml, que são distribuídas a rodo na Casa, inclusive nas sessões para os edis.

“Uma simples conta de matemática mostra o quanto se estaria economizando com tal medida: um fardinho com 12 garrafinhas de água de 500ml, que dá no total apenas 6 litros de água, custa em média R$ 8,00. Enquanto uma bombona de 20 litros custa na faixa de R$ 9,00”. Para Anhaia, “de grão em grão, a galinha enche o papo”.

O requerimento vai votação na Ordem do Dia de hoje. O vereador também quer que as sobras das diárias sejam devolvidas e incorporadas ao caixa da Câmara.

Também é de se perguntar ao próprio Anhaia: quando o ex-presidente da Câmara e do seu MDB, Ciro André Quintino fez farra com frigobares, cerca de vidro, móveis, computadores, lap tops, celulares, cadeiras novas no plenário, outros badulaques e exageros, não lhe ocorreu o mesmo senso de economia?

Ser oposição é uma delícia. Acorda, Gaspar!

 

Edição 1842 - Terça-feira

Comentários

Valquíria Vier
14/03/2018 15:45
Existem muitas coisas que os eleitores gasparenses não sabem e a midia muito menos...e um Double sabe muito...
Herculano
14/03/2018 07:56
HOJE É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA, ESPECIAL PARA OS LEITORES E LEITORAS DO PORTAL CRUZEIRO DO VALE, MAIS ANTIGO, ACESSADO, ATUALIZADO DE GASPAR E ILHOTA
Herculano
14/03/2018 07:54
Patty

Raimundo Colombo, PSD, o que pedala, o escondeu as dívidas da saúde, o que tirou dinheiro dos municípios, o que esqueceu Gaspar, Ilhota e o Vale do Itajaí, o que prometeu acabar com o cabideiros da AGRs e não teve coragem para isso, o que admite caixa dois milionária na campanha, o que... está colhendo o que plantou.

Enquanto a RBS estava em Santa Catarina e era um balcão de negócios, ele escondeu a sua fraqueza e se sustentou na propaganda enganosa. Exposto, conhecem-se as mazelas.

Queria ser senador de onde saiu para ser governador que nada mais fez para ser o melhor prefeito que Lages já teve. Terá chances de ser um deputado Federal. Para não passar recibo na vaidade, pode continuar no cargo de governador e perde o foro privilegiado, se o foro não for derrubado.

Mas, se voltar para o governo, ficará só, isolado e não governará. Se não conseguiu colar um selo de governador com uma base ampla, mas, sacana, imagina-se em minoria na Assembleia Legislativa.

A vida de político no Executivo, não está mais tão fácil assim!
Paty Farias
13/03/2018 14:23
Oi, Herculano

O prefeito de Lajes vai voltar ...

"São fortes os rumores de que o governador Raimundo Colombo, PSD, que está licenciado e não pretende mais voltar ao cargo porque deseja ficar fora para disputar o Senado, estaria disposto a retornar ao Palácio Rosa.

Colombo tem sido objeto de ferozes denúncias pela prática de crimes de corrupção.

O vice-governador Eduardo Moreira, PMDB, que ocupa o governo, avisou que renunciará imediatamente, caso Colombo volte ao Poder."

Do jornalista Políbio Braga.

Coloca no xilindró que é apenas mais um que saiu de circulação.
Despetralhado
13/03/2018 14:15
Oi, Herculano

FESTA CRIMINOSA
Festa "rave" tipo som "bate-estaca" torturou milhares de famílias de Brasília durante 30 horas, de sábado à madrugada de segunda-feira (12). A polícia não se aproximou, nem mesmo com as suspeitas de uso de muita droga: era festa gay e ninguém quis parecer "homofóbico".
Coluna Cláudio Humberto

Com Bolsonaro na presidência esta festa nem teria começado.
Sujiru Fuji
13/03/2018 13:52
"O recomendável, seria urgente, refundar o seu governo com pessoas mais eficientes, mais leais e com gestos novos, bem com a nova teia."


Kleber Wan Dall, o SENHOR escolhe seus servos.
Erva Daninha
13/03/2018 13:38
Oi, Herculano

"Quintino fez farra com frigobares, cerca de vidro, móveis, computadores, lap tops, celulares, cadeiras novas no plenário, outros badulaques e exageros, não lhe ocorreu o mesmo senso de economia?"

Anhaia é igual ao PT (aliás ele saiu do PT mas o PT não saiu dele). Quando situação tudo pode. Quando oposição nada presta.
vlad
13/03/2018 13:34
Está aberta a janela para parlamentares trocarem de siglas partidárias. Mais que janela, as gavetas dos partidos estão abertas. Os observadores dizem delicadamente que "os partidos 'aliciam' deputados pagando campanha". Traduzindo do português para o português: os partidos estão comprando deputados e senadores e os deputados e senadores estão se vendendo.
Miguel José Teixeira
13/03/2018 11:18
Senhores,

Prateleiras vazias da Venezuela

"Aquelas imagens mostram um país que não tem nada a oferecer e, em certa medida, faz lembrar também a escassez na oferta de material humano, no caso, candidatos para as próximas eleições no Brasil."

Coluna do Ari Cunha, hoje, Correio Braziliense

Imagens, feitas há alguns dias, do interior de uma farmácia, num bairro de classe média alta em Caracas, revelam toda a nudez de um regime que parece respirar com ajuda de aparelhos. O que se via nas imagens era a sequência de prateleiras completamente vazias, nas quais não restava sequer um cotonete. No interior do balcão, um atendente, de roupa impecavelmente branca, sorria meio desapontado, indicando a inutilidade em que se transformou seus afazeres diários, mas que não é diferente para muitos venezuelanos, nestes dias surrealistas.

Aquelas imagens mostram um país que não tem nada a oferecer e, em certa medida, faz lembrar também a escassez na oferta de material humano, no caso, candidatos para as próximas eleições no Brasil. Mercado, na definição de economia, é o lugar geográfico onde oferta e procura se encontram e, dependendo da quantidade de cada uma nas prateleiras, o preço é formado.

Em se tratando das próximas eleições, as prateleiras da oferta de candidatos estão tão minguadas como as apresentadas no interior da farmácia venezuelana. Além da oferta pobre de candidatos, o eleitor brasileiro tem mostrado um fastio e mesmo uma certa repugnância pelo que está exposto. O que parece haver é uma dissintonia absoluta entre o que o cidadão busca para o momento atual do país e o que têm a oferecer as mesmas e conhecidas caras expostas, há muitos anos, na vitrine.

Os atuais postulantes que se gabam de conhecer o jogo político e que se apresentam como verdadeiros mestres nessa arte podem não ter percebido ainda, mas o que os eleitores andam em busca ainda não está em oferta. O pior é que muitos daqueles que já se lançaram em campanha aberta correm o sério risco de encontrar um ambiente externo totalmente diferente daquilo que imaginaram.

Não seria de todo absurdo afirmar que o que espera hoje pelos candidatos Brasil afora é um território desconhecido para muitos, hostil e mesmo inóspito ao extremo. Depois de anos de desemprego, recessão, escândalos de corrupção e outras desilusões, os eleitores, sobretudo a camada mais jovem que mais tem sentido os efeitos desses fenômenos nefastos, não enxergam com bons olhos a classe política, sobretudo aquela que, para muitos, teve responsabilidade direta pela crise.

Há, além de um enfado com o modelo atual, uma descrença dos mais moços com essa geração de políticos. O mais incrível é que esse parece ser um fenômeno que perpassa a maioria dos países ocidentais na atualidade. O perigo com essa descrença generalizada é que ela induz, em muitos casos, o aparecimento de candidatos com propostas extremas. E é justamente o que tem aparecido por aqui e em outras partes.

Depois de provar o pão da direita e mais recentemente o da esquerda, o que muitos brasileiros parecem buscar é algo realmente novo. Ocorre que o novo, como no caso do Movimento 5 Estrelas da Itália, não nasce de uma hora para outra. E mesmo esse tipo de movimento carrega consigo frustrações e outros ideários experimentados e deixados de lado.

De olho nessa desilusão geral, que parece tomar conta do eleitorado nacional, alguns políticos mais espertalhões buscam na janela aberta para trocas partidárias um lugar ao sol. Para aqueles que têm suas caras estampadas nas manchetes de escândalos, de nada adianta trocar de fantasia. Os eleitores conhecem o perfil de cada um e o que se pode adiantar é que não gostam, nem um pouco, do que sabem. Como nas prateleiras vazias da Venezuela, não tem nada novo no front da democracia brasileira.


A frase que foi pronunciada:

"A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes." (Winston Churchil).

Assim sendo, nas próximas eleições vamos matar todos os políticos que atualmente estão com mandatos eletivos: não vamos reelegê-los.

Em 2018, não perca a peleja: não reeleja!!!

Herculano
13/03/2018 10:54
O QUE HÁ NA PETIÇÃO QUE LEVOU À INVESTIGAÇÃO SOBRE SUPOSTO CAIXA 2 DE PAULO BAUER EM 2014, por Upiara Boschi, no Diário Catarinense, da NSC, Florianópolis.

Foi quase por acaso a citação ao senador Paulo Bauer (PSDB) que resultou, na última quinta-feira, na autorização dada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, para o Ministério Público Federal investigar doações irregulares na campanha do tucano ao governo em 2014. O alvo dos procuradores ao questionar o delator Nelson José de Mello era a relação entre o lobista Milton Lyra e a bancada do PMDB no Senado.

Eles queriam saber a real intenção de contratos feitos pela Hypermarcas com um empresa de engenharia de Joinville, um instituto de pesquisas e um escritório de advocacia de Florianópolis - no total de R$ 11,5 milhões. Inicialmente, o delator apenas disse que não tinham relação com Lyra, considerado operador de Renan Calheiros (PMDB-AL). Foi em outro depoimento que relacionou os contratos ao suposto caixa 2 da campanha de Bauer.

Nas 92 páginas da íntegra da petição, Mello diz que "trocou teses, pareceres, etc" sobre tributação de medicamentos com alguns senadores, inclusive Bauer. O tucano havia apresentado em 2011, primeiro ano de mandato, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que isentava remédios de uso humano de impostos federais, estaduais e municipais. Era uma proposta simples, de uma apenas um artigo.

Na petição, o MPF apresenta um calendário com as datas dos supostos pagamentos em caixa 2 a Bauer através dos contratos considerados fictícios, entre agosto de 2013 e janeiro de 2015. Nesse calendário, inclui a data de 11 de junho de 2014 - 16 dias após o PSDB homologar Bauer como candidato ao governo. Nessa data, o senador apresentou emenda ao próprio projeto que o tornou mais complexo. Foi excluído da isenção o ICMS, para fugir do debate sobre a guerra fiscal e facilitar a aprovação. Também foi criado um escalonamento para a medida entrar em vigor de forma integral - 20% de redução ao ano.

Com a autorização dada pelo STF, os procuradores terão pelo menos dois caminhos para a investigação. Primeiro, comprovar se os contratos supostamente fictícios realmente irrigaram as campanhas de Bauer ao governo em 2014. Segundo, se a generosidade influenciou o tucano a alterar seu projeto de isenção de impostos para remédios e se fez isso com orientações dos lobistas.

Bauer afirma com veemência que todos os recursos que recebeu em 2014 foram declarados à Justiça Eleitoral - ele declarou ter arrecadado R$ 6,8 milhões naquela disputa - e que está à disposição da Justiça para esclarecimentos. No final de semana, em evento do PSDB em Herval d'Oeste, foi saudado como pré-candidato a governador e garantiu que está firme na disputa.
Herculano
13/03/2018 10:27
BARROSÃO BATE A CARTEIRA CONSTITUCIONAL DO PRESIDENTE, EM PARCERIA COM CÁRMEN, E CRIA "LEI" SOBRE INDULTO; A CARTA QUE SE DANE!!!, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Roberto Barroso está se tornando mesmo uma figura singular no Supremo. E ninguém duvide de que ele começa a gozar de popularidade em certos nichos. Ele está hoje numa cruzada pessoal contra o presidente da República. E o faz de suas maneiras:

a: cassando prerrogativas que pertencem não a Michel Temer, mas ao chefe do Poder Executivo;
b: usurpando competências que pertencem não a Michel Temer, mas ao chefe de Poder Executivo.

Antes que continue, lá vai uma opinião deste escrevinhador bom base num princípio, que, suponho, pode até coincidir com o senso comum. Não gosto, no geral, de indultos. Acho que a certeza de que a pena será cumprida pode ser um fator inibidor - ainda que não seja o definidor - do cometimento de crimes. Assim, em princípio, quanto mais restritivos forem os critérios para soltar presos, mais atrairão a minha simpatia. Mas notem que estou a falar de questões, reitero, postas em princípio, sem circunstância.

Vamos lá. O presidente emitiu, em dezembro, como sempre fizeram todos os presidentes, o seu indulto de Natal. É uma das prerrogativas do chefe do Executivo, segundo dispõe o Artigo 84 da Constituição - no caso, trata-se do Inciso XII. A Procuradoria-Geral da República recorreu contra o texto com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. E Cármen Lúcia, ora vejam, concedeu liminar suspendendo o dito-cujo. É a mesma ministra que, também no plantão do recesso do Judiciário, impediu a posse de Inês Brasil do Ministério do Trabalho, suspendendo outra prerrogativa presidencial - nesse caso, prevista no Inciso I, que é a de nomear ministros.

Por 15 anos, presidentes concederam indultos a presos que não cometeram crimes de violência e que tivessem cumprido o mínimo de um terço de uma pena máxima de 12 anos. Em 2016, o tempo mínimo foi baixado para um quarto. No decreto referente a 2017, um quinto, sem tempo máximo de pena. E há outras alterações irrelevantes. A primeira mentira que se contou a respeito, verdadeira "fake news", é que Temer estaria, ineditamente, dando indulto a acusados de crimes de corrupção e colarinho branco. Sempre foi assim, e esses crimes se inserem na categoria dos "não-violentos". Portanto, não houve inovação nenhuma nessa área. Outra mentira fabulosa é que condenados da Lava-Jato seriam beneficiados. Não seriam. Nem há casos, desde as primeiras condenações, de cumprimento de um quinto da pena.

Muito bem. A relatoria passou para as mãos de Roberto Barroso, o Legislador-Mor da República. O advogado de Cesare Battisti tem ideias muito próprias sobre direito penal. Ele excluiu do induto os acusados de crimes de corrupção ?" e será aplaudido por isso ?"; elevou o tempo mínimo de cumprimento de um quinto para um terço ?" e será aplaudido por isso ?"; baixou o tempo máximo da condenação para oito anos: e será aplaudido por isso também.

Talvez pudesse ser aplaudido até por mim se não estivesse exorbitando de suas funções e surrupiando uma prerrogativa que é do chefe do Executivo. O Barroso que, com base em valores genéricos da Constituição, cria uma verdadeira legislação do indulto fez o mesmo com aborto: também em nome dos tais valores, ele decidiu que a prática, até o terceiro mês de gestação, não é crime.

Pior: atua em dobradinha a um só tempo explícita e sub-reptícia com Cármen Lúcia. Por quê? Sim, ele concluiu o seu trabalho e enviou para apreciação do plenário. A questão deveria ter sido pautada por Cármen. Mas a doutora não pautou o tema para março e também já avisou que não entra nem em abril. Alegando a urgência da questão - e, com efeito, há inquietação nos presídios -, Doutor Barroso, o Legislador-Mor da República, aquele que se tornou, a um só tempo, o sumo e a síntese dos Poderes Legislativo, Executivo de Judiciário, atuou como Napoleão de hospício.

Reitere-se: tudo isso decorre de uma Adin (Ação Direita de Inconstitucionalidade) movida pela Procuradoria-Geral da República. Ganha uma passagem de ida e volta para a Terra do Nunca quem encontrar na Constituição qualquer sugestão a respeito. A única restrição está no Inciso XLIII da Constituição, a saber:

"A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem"

A anistia diz respeito a "crimes", não às pessoas. Estas são beneficiadas à medida que se encaixam nos critérios estabelecidos para os crimes anistiados. O indulto também atinge um grupo de pessoas, e seus critérios, como estabelece a Constituição, depende de decreto presidencial. A "graça" seria uma espécie de indulto, mas aí restrita a sujeito ou sujeitos específicos. É citada nos códigos brasileiros, inclusive na Constituição, mas as condições de sua aplicação não se encontram em lugar nenhum.

Fato: em dobradinha com Cármen, Barroso, mais uma vez, resolveu inovar e aplicar a Constituição que ele tem na cabeça, não aquela que existe.]

Não confunda as coisas, leitor amigo: o fato de você gostar mais dos critérios de Barroso, nesse particular, do que dos de Temer não deve tirar do foco o seguinte: o doutor usurpou uma competência e uma prerrogativa constitucionais que pertencem ao presidente, e isso nos joga no baguncismo.
Herculano
13/03/2018 10:21
AO VIAJAR AO EXTERIOR, BOLSONARO SEGUE A TRADIÇÃO QUE VAI DE JÂNIO A LULA, por Guilherme Casarões, professor e vice-coordenador da graduação em Administração Pública da FGV-SP, para o jornal Folha de S. Paulo

No início do mês, Jair Bolsonaro (PSL) fez uma turnê por Japão, Coreia do Sul e Taiwan. Oficialmente, o giro teve como propósito conhecer políticas bem-sucedidas de educação e tecnologia.

Entretanto, a viagem faz parte de uma estratégia que começou a se construir há pelo menos dois anos.

Bolsonaro não é o primeiro candidato que se dedica ao corpo a corpo internacional. Trata-se de prática relativamente corriqueira em alguns países latino-americanos, como Peru, Haiti e Guatemala. A razão é comum: a busca de votos, ou de apoio político, entre as diásporas nacionais.

Mais recentemente, presidenciáveis norte-americanos também passaram a viajar, mas com outro propósito: demonstrar credenciais de política externa. Foi o caso da turnê de John McCain por Colômbia e México e da viagem de Barack Obama a Berlim, considerada um de seus marcos de campanha.

No Brasil, a prática é antiga. Aqui, por uma terceira motivação: a construção de identidades políticas. Em tempos de crise e esgotamento das alternativas caseiras, candidatos saem para o mundo em busca de referenciais externos e de sua validação interna.

A estratégia, se bem sucedida, pode ser capaz de reorganizar o conflito político a partir de categorias importadas. Foi o caso de Jânio Quadros, quando visitou Cuba, no primeiro aniversário da revolução, para relativizar seu udenismo. Com sua aura de não-alinhado, conseguiu romper a polarização entre varguistas e lacerdistas.

Em 1989, os três principais concorrentes ao Planalto internacionalizaram suas campanhas, motivados pelas incertezas da redemocratização e pela iminência do fim da Guerra Fria.

Collor foi buscar suas referências na social-democracia de Felipe González e no neoliberalismo de Margaret Thatcher. Lula viajou aos EUA para conhecer o novo sindicalismo norte-americano. Na Suécia, Brizola elegeu-se vice-presidente da Internacional Socialista de Willy Brandt e Mário Soares.

Após quase três décadas, Bolsonaro recupera a prática, buscando moldar sua identidade diante de um país em rápida transformação.

Em 2016, foi a Israel. Há alguns meses, viajou aos EUA e converteu-se liberal. Tudo devidamente registrado em vídeo e disseminado pelas redes sociais, onde reside a maior força do candidato.

A turnê asiática de Bolsonaro acrescenta novas camadas a essa estratégia. Voltando às diásporas, não se pode ignorar o potencial eleitoral dos quase 200 mil decasséguis no Japão ?"e que mantêm ligações com o Brasil.

Em Taiwan, o pré-candidato também aproveitou para lançar sua plataforma de política externa: "Nossas viagens pelo mundo ?"por Israel, EUA, Japão, Coreia e agora Taiwan?" bem demonstram de quem nós queremos nos aproximar".

Sem considerar as possíveis implicações políticas e comerciais destas escolhas, que têm potencial de irritar parceiros importantes no mundo árabe, além da China, nosso principal sócio comercial, Bolsonaro tenta vender uma imagem de estadista. Apesar de superficial, basta para grande parte do eleitorado.

Mesmo sendo difícil aferir o valor de uma campanha no exterior, as experiências mostram que a estratégia pode render frutos. Por instinto ou cálculo deliberado, Bolsonaro sai na dianteira numa corrida em terreno movediço, em que os adversários permanecem indefinidos e as regras ainda não estão claras. Lá fora, as eleições já começaram.
Renato Luiz Nicoletti
13/03/2018 10:17
Na semana passada foi anunciada a autorização para locação de novo espaço para a delegacia de policia e a intenção do Estado em construir nova sede no mesmo terreno onde é hj. Manifestei meu pensamento no Facebook, das autoridades que trouxeram a noticia, dizendo que alguém deveria ter alertado o Secretário de Segurança, sobre isso. É um local de acesso ruim, sem espaço suficiente, sem estacionamento e que pega enchente. Ninguém o alertou disso? Ele não conhece Gaspar, precisa ser avisado. Também perguntei sobre a área que estaria disponível no Centro Cívico para delegacia, ninguém respondeu. Não está mais disponível? É muito melhor para o atendimento e o trabalho de todos, a sede ficar próxima dos bombeiros, PM, Fórum e MP. Isso sem falar dos acessos e disponibilidade de estacionamento. Ahh. lá também é livre de enchente e a delegacia não precisará fechar nessas situações.
Herculano
13/03/2018 10:15
RAUL CUTAIT É FORTE CANDIDATO A MINISTRO DA SAÚDE, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O presidente Michel Temer avisou ao PP que não vai efetivar o secretário-executivo no lugar do ministro da Saúde, Ricardo Barros, que sairá em abril para disputar a reeleição como deputado federal. O mais cotado é o médico Raul Cutait, que chegou a ser indicado quando o PP "ganhou" o ministério, mas o governo pediu um deputado, mais útil nas negociações para votar as reformas e os casos contra Temer.

SENADOR SERVE
Opção que deixaria Temer feliz seria o PP atrair a filiação de um médico com mandato de senador, para assumir o Ministério da Saúde.

OPÇÃO PELO SOSSEGO
Temer adoraria ter como ministro Raul Cutait, um dos médicos mais respeitados do País. Mas a família do cirurgião não gosta da ideia.

OS ELEITORES
A escolha do ministro da Saúde para por dois "eleitores": o presidente do PP, Ciro Nogueira, e o líder do partido na Câmara, Arthur Lira (AL).

ESPECULAÇõES
Arthur Lira nega qualquer movimentação para a escolha do novo ministro da Saúde. "São apenas especulações".

BRASILEIRO PAGARÁ R$2,4 TRILHõES EM IMPOSTOS
O contribuinte brasileiro vai pagar cerca de R$ 2,4 trilhões em impostos ao governo, em 2018. A previsão é do "Impostômetro" da Associação Comercial de São Paulo, que contabiliza em tempo real o recolhimento de impostos do contribuinte. Esta semana a marca dos R$500 bilhões pagos em impostos foi superada. Em 2017, esse valor somente foi atingido em 20 de março, em 2016, um pouco depois, em 29 de março.

ESTADO GIGANTESCO
A previsão do impostômetro é de R$ 2.389.354.376.046,37 que o contribuinte brasileiro vai pagar em impostos somente em 2018.

É MUITO DINHEIRO
A Associação Comercial paulista estima que se o total de impostos fosse aplicado na poupança, renderia juros de R$ 321.291 por minuto.

DAS MAIORES DO MUNDO
O painel do impostômetro foi implantado em 2005, no centro da capital paulista, para conscientizar o cidadão sobre a alta carga tributária.

DECISÃO DO OLIMPO
O ministro Luís Barroso segue de forma determinada a desconstrução dos poderes e prerrogativas constitucionais do presidente da República. Ontem, ditou as novas regras para o indulto de Natal.

TREINO É TREINO
Mais de 3.500 eleitores votaram para presidente na enquete do site Diário do Poder, colocando Jair Bolsonaro (PSL) na liderança com 15% e Álvaro Dias (Podemos) em seguida com 10%. Geraldo Alckmin (PSDB) tem 9%, Amoêdo (Novo) 7% e Lula (PT), em sétimo, com 5%.

NOVA PROGRAMAÇÃO
A Band promove almoço nesta terça (13) no Unique Palace, em Brasília, para o lançamento da sua nova programação para 2018, com a presença do elenco da emissora.

EMBAIXADOR INOCENTADO
A 4ª Vara Federal de Brasília eximiu o embaixador do Brasil em Praga, Márcio Florêncio Nunes Cambraia, de "qualquer participação dolosa ou culposa" no acúmulo com o cargo de professor da Universidade de Brasília, a 9.600km. A UnB ainda terá de pagar as custas e honorários.

GARON EM BUENOS AIRES
O embaixador do Brasil em Buenos Aires, Sérgio Danese, é um sujeito de sorte: terá Cláudio Garon como ministro conselheiro, a partir de abril. É um dos mais admirados diplomatas da sua geração.

PRÊMIO ÀS INFRAÇõES
As multas impostas pela Justiça Eleitoral a políticos e a partidos já renderam R$14.279.401,72 apenas este ano. Mas esse valor volta aos infratores, rateado conforme o critério de divisão do Fundo Partidário.

FESTA CRIMINOSA
Festa "rave" tipo som "bate-estaca" torturou milhares de famílias de Brasília durante 30 horas, de sábado à madrugada de segunda-feira (12). A polícia não se aproximou, nem mesmo com as suspeitas de uso de muita droga: era festa gay e ninguém quis parecer "homofóbico".

SEU BOLSO
No próximo dia 15 é o Dia do Consumidor no Brasil. Sem grandes motivo para comemorar, o contribuinte vai ter pago até esta quarta (14) mais de R$500 bilhões em impostos que não retornam em benefícios.

PENSANDO BEM...
...em declínio, quebrada e com seus grevistas afundando a empresa ainda mais, os Correios poderiam mudar seu slogan para "Mandou - veja bem, quem sabe - chegou".
Herculano
13/03/2018 10:11
A NOVELA DO GOLPE, por Hélio Schwartsman, no jornal Folha de S. Paulo.

A deposição de Dilma Rousseff em 2016, afinal, foi ou não um golpe? A resposta depende, obviamente, de como se define "golpe". Para quem entende o conceito como "ruptura da ordem constitucional", o impeachment foi legítimo (aplicaram-se as regras do livrinho, segundo a interpretação do juiz natural do caso). Mas também é possível sair-se com várias outras definições nas quais a destituição poderá ser descrita como um golpe.

Precisão vocabular, porém, é o que menos importa na novela da proliferação de cursos intitulados "O Golpe de 2016", que acaba de ganhar um capítulo internacional. O melhor modelo para explicar o que está acontecendo é o da cognição cultural (CCT, na sigla inglesa) proposto por Dan Kahan, um professor de direito que usa rigor matemático para revolucionar a psicologia.

O que a ?CCT basicamente diz é que, na esfera pública, crenças às vezes se tornam símbolo de causas e, a partir daí, as pessoas irão afirmar ou negar essas teses não para dizer o que sabem sobre o assunto, mas para mostrar de que lado estão. Não hesitarão em massacrar a matemática para exibir fidelidade ao grupo cultural a que pertencem.

Kahan mostra esse efeito através de uma série de experimentos. Num dos mais bacanas, ao qual já aludi aqui, os sujeitos testados não têm dificuldade para fazer corretamente um exercício matemático quando ele aparece num contexto neutro (a eficiência de um protetor solar), mas erram, quando a mesma conta surge num exemplo ideologicamente significativo (a eficácia do porte de armas para prevenir o crime). O erro é sempre para o lado das preferências políticas das cobaias.

Para não terminar num tom muito desanimador, vale lembrar que esse tipo de controvérsia é exatamente o que se espera quando se vive numa sociedade democrática e aberta, na qual nenhuma instituição detém o monopólio do que pode ser dito.
Herculano
13/03/2018 10:08
TEMER NÃO TEM PROVAR INOCÊNCIA EM COISAS DE QUE NEM MESMO É ACUSADO. É UM ABSURDO, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Indignado com a quebra inconstitucional de seu sigilo bancário referente ao período que vai de 2013 e 2017, o presidente Michel Temer anunciou que tornaria o dito-cujo público. Nota: se fosse o caso de adotar o procedimento, não se poderia recuar aquém de maio de 2016, quando ele assumiu a Presidência. Mas Roberto Barroso, ministro do Supremo, não é do tipo que dá bola para a Constituição.

Compreende-se a indignação de Temer. Até porque Barroso não tem um miserável indício que justifique a decisão. O doutor determinou a dita-cuja para ver se acha alguma coisa. O procedimento é típico de ditaduras.

Tornar público o sigilo corresponde a procurar - e achar - dor de cabeça para o resto da vida. Até eventuais transferências do presidente para sua mulher ou para algum parente precisando de ajuda serão alvos de especulações e maledicências.

Sem contar que é como se o presidente estivesse sendo obrigado a provar inocência em coisas de que nem mesmo é acusado.

Convenham, nas democracias, quem acusa é que tem de provar. Quando nem mesmo a acusação existe, aí já estamos no território da loucura.

De resto, o presidente pode ficar descansado. Daqui a alguns dias, sem que ele precise mexer uma palha para isso, o sigilo será vazado por algum patriota.
Herculano
13/03/2018 10:03
CORPORATIVISMO NOTA DEZ, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Há um setor da sociedade para o qual o serviço público brasileiro constitui exemplo virtuoso de eficiência e produtividade ?"trata-se do próprio serviço público.

É o que se depreende, ao menos, da escalada das despesas do governo federal com gratificações por desempenho de seus funcionários. Como noticiou esta Folha, tais pagamentos atingiram R$ 42,3 bilhões em 2017, que se somaram ao montante não muito superior, de R$ 54,5 bilhões, pago em salários.

Esse gasto teve expansão de 6,5% acima da inflação no ano passado, em plena vigência do teto para os desembolsos da União. Podendo-se descartar a hipótese de um surto de hiperatividade nas repartições nacionais, o que se observa é tão somente a aplicação espúria de um princípio correto.

A partir de uma lei de 2008, ampliou-se na administração federal a concessão de bônus associados a metas para os resultados obtidos pelos servidores e pelos departamentos a que pertencem. A iniciativa, entretanto, continha vícios desde sua origem.

Vivia-se o auge da bonança orçamentária do governo Luiz Inácio Lula da Silva, e o comando petista se empenhava em atender a demandas do funcionalismo ?"cujos sindicatos estão entre as bases mais influentes do partido.

Em vez de instrumento para premiar órgãos e funcionários mais diligentes, as gratificações logo passaram a ser encaradas como parte da remuneração fixa de todos.

Para tanto, bastam parâmetros pouco ambiciosos e generosidade nas avaliações, nas quais se adota a nota máxima como regra. A permissividade se tornou desfaçatez quando as vantagens acabaram estendidas aos aposentados.

Reconheça-se que fixar indicadores objetivos para o desempenho de funcionários é tarefa complexa ?"até no setor privado. Mesmo governos de países desenvolvidos reportam tentativas malsucedidas ou de resultados modestos.

No serviço público brasileiro, entretanto, ainda restam providências óbvias a serem tomadas na busca por eficiência. Destacam-se entre elas a profissionalização dos gestores, prejudicada pelo excesso de cargos sujeitos a indicações políticas, e a redução do alcance da estabilidade no emprego.

Faz-se necessário também ampliar a diferença entre os salários iniciais, hoje muito elevados, e os finais, de modo que estimule o profissional a produzir mais e melhor para progredir na carreira.

Há, enfim, uma cultura de corporativismo e defesa de privilégios a enfrentar, o que tem se mostrado um desafio inglório. O único impulso importante nessa direção, infelizmente, vem do esgotamento dos recursos orçamentários.
Herculano
13/03/2018 10:02
SIGILO BANCÁRIO VIROU Nó NO PESCOÇO DE TEMER, por Josias de Souza

Michel Temer zanga-se quando associam sua impoluta figura aos maus costumes da República. Tudo bem, mas não precisava amarrar um nó ao próprio o pescoço. O ministro Luís Roberto Barroso quebrou o sigilo bancário de Temer. Mas foi o próprio investigado quem mandou dizer que entregaria os extratos aos jornalistas: "O presidente não tem nenhuma preocupação com as informações constantes suas contas bancárias", escreveu a assessoria da Presidência em nota oficial datada de 5 de março de 2018.

Desde então, auxiliares e advogados de Temer promovem um revezamento. Às segundas, quartas e sextas, um grupo espalha que o presidente exibirá os dados bancários oportunamente. Às terças, quintas e sábados, outro grupo esclarece que Temer ainda pode mudar de ideia, pois vem sendo aconselhado a não expor sua intimidade bancária. E durante todos os dias da semana o nó sufoca o pescoço de Temer sem que ninguém acredite no que ele e seu staff afirmam.

Vale a pena reler a íntegra do texto que a Presidência divulgou há Temer aprovou e sua assessoria divulgou há oito dias: "O presidente Michel Temer solicitará ao Banco Central os extratos de suas contas bancárias referentes ao período mencionado hoje no despacho do iminente ministro Luís Roberto Barroso. E dará à imprensa total acesso a esses documentos. O presidente não tem nenhuma preocupação com as informações constantes suas contas bancárias."

Logo, logo o brasileiro começará a se perguntar: "Existe alguma coisa mais suspeita do que uma movimentação bancária tão insuspeita que não pode ser exibida à luz do dia?"
Herculano
13/03/2018 09:59
TODA NUDEZ SERÁ PARTILHADA, por João Pereira Coutinho, escritor e sociólogo português, no jornal Folha de S. Paulo

Sucesso das redes sociais revela aspectos sombrios da natureza humana

As "redes sociais" são uma selva, diz o bom senso. Mas o que significa realmente a palavra "selva" nesse julgamento severo? Um estudo recente ajuda a perceber.

Foi publicado na revista Science e tomou o Twitter como objeto. Pesquisadores do MIT analisaram todos os tweets publicados entre 2006 e 2017. Selecionaram 126 mil histórias partilhadas. Depois, classificaram esses tweets como verdadeiros ou falsos e seguiram o rastro para medir a velocidade da propagação.

O resultado, que li na The Economist, é funesto: os tweets falsos viajaram seis vezes mais rápido do que os tweets verdadeiros. Por quê?

Uma resposta possível seria apontar para os perfis igualmente falsos que gostam de espalhar mentiras pelo mundo virtual. Pois bem: os pesquisadores analisaram esses perfis falsos ?"os "bots", para usar a linguagem dos especialistas?" mas garantem que o impacto é insignificante. Os tweets falsos viajam mais depressa porque são "retweetados" mais depressa.

Por outras palavras: somos nós, humanos, que contribuímos para a disseminação da mentira. A tecnologia é apenas um instrumento. Sobra, porém, a questão fundamental: por que motivo gostamos de espalhar mentiras?

Os pesquisadores também respondem: essa opção pode não ser consciente. Acontece que os tweets falsos, precisamente porque são falsos, oferecem um sabor de novidade a que ninguém resiste.

Perante essa novidade, os nossos sentimentos são sempre mais fortes do que os sentimentos que experimentamos com as notícias verdadeiras. Sentimos medo, ou náusea, ou surpresa intensa. Com histórias verdadeiras, a simples alegria ou tristeza chegam e sobram.

O estudo é interessante porque confirma as minhas intuições: o sucesso das redes sociais ?"como o Twitter ou o Facebook?" está diretamente relacionado com os aspectos mais sombrios da natureza humana.

No caso do Twitter, o seu sucesso é alimentado pelo símio primitivo que habita em nós e que pula de excitação ou rancor quando vê uma notícia fora da caixa.

Mas se assim é com o Twitter, suspeito que não será muito diferente com o Facebook. Os especialistas gostam de afirmar que o Facebook é uma ameaça para a salubridade das democracias ao organizar a discussão política em tribos de ódio mútuo.

Difícil discordar. Mas é preciso não esquecer o outro lado do diagnóstico: os filtros do Facebook apenas organizam sentimentos humanos que são anteriores, e até superiores, a qualquer rede social.

O primeiro sentimento é um certo gosto pela violência que a sociedade civilizada sempre tentou reprimir. O segundo é uma covardia igualmente primitiva que nos leva a procurar o conforto da nossa tribo para atacar sem temor a tribo inimiga. Nelson Rodrigues, que nunca assistiu ao dilúvio das "redes sociais", tinha razão quando temia as multidões. Elas são burras, violentas e covardes.

Ou, então, são pateticamente narcisistas ?"como as "redes sociais" amplamente demonstram. Entenda, leitor: o narcisismo sempre fez parte do nosso software. A esse respeito, vale a pena ler "Selfie", um estudo de Will Storr sobre a forma como a ideia do "ser" emergiu no Ocidente 2.500 anos atrás.

A noção de que eu sou diferente ?"dotado de uma "essência", digamos, que me distingue dos outros e do mundo?" é o grande contributo da filosofia grega para a humanidade.

Porém, esse individualismo sempre foi temperado por outros elementos sociais: pela família, pela religião, pelas necessidades da comunidade que nos obrigam a "sair de nós próprios". No fundo, a primeira pessoa do singular teve que acomodar a primeira pessoa do plural.

Não mais. As "redes sociais" potenciam o "ser digital" (expressão de Will Storr): um ser narcisista, exibicionista ?"e, sem surpresas, permanentemente insatisfeito. Como no mito de Narciso, todos estamos apaixonados pelo reflexo da nossa imagem.

Só que, ao contrário do mito, não é a paralisia que nos mata. É a busca constante de uma perfeição cada vez maior, sempre em competição com os narcisos da vizinhança.

As "redes sociais" são uma selva? Afirmativo. Porque elas permitem que os seres humanos se libertem dos velhos constrangimentos morais ou cívicos para se revelarem em toda a sua nudez.

Se em rede nos revelamos violentos ou covardes, a culpa não é da tecnologia. É de uma matéria-prima que já vem corrompida da origem.

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