Kleber se junta a novos ?çabios? para isolar os ?çabios? que o meteram num vírus e que pode comprometer sua reeleição - Jornal Cruzeiro do Vale

Kleber se junta a novos 'çabios' para isolar os 'çabios' que o meteram num vírus e que pode comprometer sua reeleição

19/03/2020


As prometidas obras úteis e necessárias são os carros chefes da propaganda de governo da administração de Kleber, mas ao mesmo tempo devido à falta de transparência e transtornos, são elas que despertam dúvidas, reclamações e questionamentos da sociedade.

 

O coronavírus gasparense I

O governo do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB; do vice Luiz Carlos Spengler Filho, PP; e principalmente do prefeito de fato Carlos Roberto Pereira, presidente do MDB gasparense, ex-coordenador da campanha de Kleber e secretário da toda poderosa pasta da Fazenda e Gestão Administrativa, talhada na Reforma Administrativa para ele, acaba de descobrir o seu próprio “coronavírus”, para não fugir da palavra da moda. É invisível, mas que, espalha-se sem controle. O vírus de verdade paralisou a vida e a economia dos poderosos mundiais nos últimos dias e continuará sendo uma dúvida para os próximos tempos. No caso gasparense, Carlos Roberto Pereira foi simples e providencialmente isolado para não contaminar o que já está vulnerável no governo.

O coronavírus gasparense II

A tentativa é uma armação de fachada do poder de plantão. É para salvar a imagem doente do governo Kleber perante o eleitorado. E por que? É que governo vai ser testado nas urnas em quatro de outubro deste ano. E está injuriado. As pesquisas internas mostram que ele não vai bem na avaliação, mesmo diante de tantas obras, cooptações, empreguismo desenfreado e propaganda oficial onde o próprio Kleber é o permanente repórter dos feitos e de si próprio. E a cada dia, sabe-se quais os principais calos e causas. Então para o lugar de Carlos Roberto na “articulação” e para superar os desgastes, assumiu outro Pereira, a quem Carlos Roberto fez apostas de bastidores para deixa-lo fora do governo: Jorge Luiz Prucinio. O evangélico Jorge, amigo de Kleber, foi levado – em manobra bem-sucedida realizada pela vereadora Franciele Daiane Back contra a ex-vereadora Andreia Simone Zimmermann Nagel - a ser presidente do PSDB. Tudo para reentrar no jogo e virar, a contragosto de Carlos Roberto, chefe de gabinete de Kleber no lugar do “homem” confiança de Carlos Roberto, Roni Jean Muller, MDB.

O coronavírus gasparense I

O “vírus” que tira o sono da reeleição de Kleber não está totalmente controlado. Ele se alastrou repentinamente depois que se abriu à temporada de traições e acomodações. Ela vai até três de abril. Nesta brecha, vereadores e candidatos podem se filiar e trocar de partidos. Inicialmente Kleber usou a máquina para empregar e fortalecer as alianças que o elegeu. Em 2018 e 2019 tratou de trazer o PDT e PSDB para dentro do governo; e se livrar de quem não quis trazer votos em outubro de 2018. Conseguiu retomar a maioria na Câmara por barbeiragem dele, de Carlos Roberto e do mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, PP; retomo-a, com margem, neste ano depois de três aventuras malsucedidas para emplacar o presidente da Casa, como se lá fosse um puxadinho da prefeitura.

O coronavírus gasparense IV

Agora, o governo Kleber está na fase de acomodar o desgarrado Silvio Cleffi, PSC; ele vai ter que ir para o partido que Kleber, seu criador político, o obrigar. O governo abriu à sepultura para enterrar, tecnicamente, a CPI das dúvidas das obras da Rua Frei Solano, no Gasparinho. Faz isso, entretanto, em cova rasa como venho detalhando em sucessivos artigos – em função de se ter mais espaços - no portal do Cruzeiro do Vale; há uma grande chance deste e outros fedores perdurarem até outubro; não é bom. Kleber sabe onde dói. As pesquisas apontam isso, há muito tempo. E por isso, desesperadamente, tenta uma solução para a caótica situação da saúde; pela quinta vez, em três anos, muda a gestão do Hospital de Gaspar sob sua intervenção. Enquanto isso, toureia as queixas do PP, o qual não é doido em se desgarrar; cuidou do PSL para ser seu, via os deputados Ricardo Alba e Ismael dos Santos, PSD; colocou trancas no PRTB para não perder os conservadores, evangélicos e os de direita. Agora monitora com mão de ferro o PL que se encorpa e o ainda minguado DEM. Tudo para ninguém ser uma terceira via de verdade. É que do PT, o governo Kleber aposta – e curiosamente nas mesmas pesquisas que o mostra infectado pelo vírus da desconfiança - no desgaste da sigla, incluindo o ex-prefeito Pedro Celso Zuchi.

O coronavírus gasparense V

O que encuca os especialistas da política à moda antiga, foi o ato de Kleber e o MDB chamar o presidente do PSD, ex-vereador, ex-candidato a prefeito derrotado, Marcelo de Souza Brick para sócio da corrida à prefeitura. Brick aparecia nas pesquisas como um potencial candidato para derrotar Kleber. Então a arte foi para desarmar e somar. Agora, que se declararam pares com a possibilidade de Brick ser o vice de Kleber, nas pesquisas, esta parceria não somou. Ficou na margem de erro o crescimento. E pode estar aí, o verdadeiro efeito do “vírus” que ronda a política local. Brick era a esperança para mudar, e não para se juntar ao que se decepciona, impõe e desafia à transparência. Ao se declarar Kleber, Brick se contaminou e os eleitores se afastaram, como faz a maioria ao descobrir um portador do verdadeiro coronavírus. Kleber e os seus, esperam que esse contágio passe logo. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Frase. Assistia um dos capítulos da terceira temporada “Boardwalk Empire” – ou Império do Contrabando -, que trata da máfia americana início do século 20, disponível na HBO-GO streaming, quando um personagem, bandido, concluiu: “o mundo será tomado pela ignorância, corrupção e sordidez”. É preciso comentar alguma coisa sobre esta atualidade?

É impressionante como na Câmara de Gaspar, defensores do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, para justificar o que se cobra de eventualmente errado pelos adversários, alegam que os governos petistas também fizeram a mesma coisa, com os mesmos vícios ou dúvidas.

Perguntar não ofende: Kleber não foi eleito exatamente porque não concordava e dizia aos eleitores dele que iria mudar este estado de coisas? Então é o próprio governo que incuba e propaga o “vírus” de uma nova mudança para não se repetir os conhecidos erros do passado. É difícil para os do poder de hoje compreenderem algo tão óbvio e simples?

Demetrius Wolff, do futuro “Aliança pelo Brasil”, em Gaspar, organizou à bem-sucedida manifestação contra os congressistas espertos, vadios, chantagistas e cheios de privilégios, no domingo passado, nas escadarias da Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo superando até, boicotes explícitos no próprio arco-ideológico.

O vídeo de Demetrius foi parar nas redes sociais do presidente Jair Messias Bolsonaro, sem partido. Ele comemorou. A publicação dele foi curtida por mais de 500 mil internautas em apenas em dois dias, informou. Ora, se Gaspar tem menos de 70 mil habitantes e 47 mil são eleitores, sobraram ilusões.

O presidente Jair Messias Bolsonaro, sem partido, fez uma aposta não apenas equivocada, mas totalmente errada contra o coronavírus, ouvindo os filhos doidos, um guru horoscopista e a militância gado. Pior, desprezando um técnico reconhecidamente eficaz, seu ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta. É cedo, mas poderá afetar o seu patrimônio e até as eleições de outubro.

Os deputados federais catarinenses que depois do veto ao que se permitia matreiramente o Legislativo passar a mão em R$30 bilhões do Orçamento da União, espetou, por vingança ao presidente da República, outros R$20 bilhões por ano para ampliar o BPC, na conta dos brasileiros, sem indicar fontes de recursos. Os irresponsáveis são: Ângela Amin, PP; Carmem Zanotto, Cidadania; Celso Maldaner, MDB; Geovânia de Sá, PSDB; Hélio Costa, Republicanos; Pedro Uczai, PT; e Rodrigo Coelho, PSB.

Receita extra. Pouco se divulgou, mas Gaspar recebeu R$1,5 milhão do excedente da partilha do pré-sal leiloado no ano passado.

Valorizando o passe. O presidente da Câmara, Ciro André Quintino, deverá permanecer no MDB. Quem garante isso são os deputados Carlos Chiodini (Federal) e Jerry Comper (estadual) tutores do vereador no partido e para quem Ciro é cabo eleitoral por aqui.

Novos hábitos? As sucessivas greves dos bancários apressaram, a necessária digitalização dos serviços. Hoje ir à agência é uma perda de tempo. O coronavírus poder indicar que as empresas podem diminuir os custos de locação e transferir os serviços para as casas dos seus empregados ou contratados.

Edição 1943

Comentários

Herculano
23/03/2020 07:27
HOJE É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA

O coronavírus infecto gestores públicos de uma doença antiga e conhecida: a falta de liderança, ideias, planejamento e execução em favor dos cidadãos e cidades.
Adilson Luis Schmitt
22/03/2020 21:56

Referente a postagem do Aurélio Marcos de Souza:

Herculano Domicio, Boa noite.

"Com certeza após esta PANDEMIA do COVID-19, saberemos quem é realmente um Gestor, quem estava devidamente preparado e mais quem tinha uma Equipe de Secretários e Apoiadores devidamente capacitados....
Pois de oportunistas o inferno esta cheio!!!"

Adilson Luis Schmitt
Médico Veterinário
Herculano
22/03/2020 17:39
VIZINHOS

Ao que identificou-se como Luiz

O que você pergunta, corre nos aplicativos de mensagens e até em redes sociais. O primeiro gasparense, morador de Gaspar, identificado como Covid 19, é um empresário do ramo textil, conhecido - mas que preservarei o seu nome -, morador do bairro Sete e vizinho do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB.

O diagnosticado, está em quarentena, mas longe da sua casa, na dos seus pais, no Bateias.
luiz
22/03/2020 16:07
ACHO QUE DEVERIA SER INFORMADO PELO MENOS O BAIRRO ONDE ESSA PESSOA TESTADA POSITIVO MORA PARA QUE TODOS POSSAM SE PROTEGER MELHOR;
Aurélio Marcos de Souza
22/03/2020 14:16

Boa Tarde, Herculano e leitores.

Com a pausa forçada no mestrado, nas graduações em administração pública e em educação física, sobrou um tempinho para fazer umas análises de alguns equívocos praticados e que continuam a ser praticados em todo território nacional.
Primeiramente quem me acompanha em redes sociais, é testemunha viva que semanas antes do carnaval asseverei que não só EUROS e D?"LARES iriam aportar nesta festa tupiniquim. Lembrando sempre que a Itália já começava a sentir os efeitos da endemia (naquele momento) produzidas pelo Covid-19, sendo que o carnaval de Veneza foi suspenso pelo governo central.
Posto isto contra qualquer perspéctica de nossos governantes quanto à chegada do referido vírus, até porque tinham médicos renomados e autoridades de saúde afirmando que por sermos um país sub tropical nada poderia acontecer. Pagaram para ver.
Ocorre por estarmos vivendo em um mundo globalizado, o vírus chegou, causando temor em todo território nacional, e bem como nos governos dos entes federados, face às notícias de um verdadeiro genocídio que poderia ocorrer a curto prazo, tudo isto levando em consideração a procura e oferta de possíveis contaminados por serviços médicos.
Dai para frente se viu uma verdadeira desconstituição da organização político-administrativa da República Federativa do Brasil que compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, eis que cada ente tem praticado sua política sanitária. Nos últimos dias cresceu mais a criação de Comitês de Crises do que o avanço epidemiológico do Covid - 19.
Assim podemos notar que cada município e estado começou a implementar o que achava ser necessário para estancar dentro de seu território o avanço da contaminação. Contudo, sabe-se que muitas decisões adotadas derivam não da realidade da população que se busca a proteger, mais sim do que a estado/cidade vizinha esta implementando. Então tais comitês nada mais são do que uns verdadeiros comitês do Ctrl C e Ctrl V.
Apos uma avalanche de barricadas feitas sem qualquer critério técnico, o ministério público se posicionou contra tais atitudes, haja vistas a falta de qualquer estudo ou critério técnico que a adoção daquela medida tivesse qualquer evidência, salientando que até o ministro da Justiça Sérgio Moro também já passou o recado de que quem detêm a competência é a União e não Estados e nem Municípios.
Por fim Herculano e leitores, não podem os chefes dos municipais sem qualquer critério técnico adotar a vontade de seus REIS, até porque passado a crise epidêmica, os mesmos iram bater a porta do Governo Central para acabarem com a crise econômica que os mesmos acabaram por instalar em seus municípios e estados, lembrando que o Governo Americano por seu cético presidente Donald Trupp em cadeira nacional já ventila uma grande recessão globalizada de forma sincronizada.
Assim tenho em minha singela opinião, que temos que unir forças e não dividi las neste momento, até porque não tem o porquê de querer aparecer neste momento de crise, se sempre estiveram sumidos e as eleições ainda se encontram distantes.
Miguel José Teixeira
22/03/2020 10:20
Senhores,

O coronavírus passando mais depressa!

Fontes próximas do ex e futuro presidiário lula, comentam que na primeira aparição em público ele apresentará uma solução para a pandemia do coronavírus:

"Cumpanhêru, nóis devemu abrí os aeroporto, abrí os porto, abrí as rodovia, abrí as ferrovia e abrí tamém as hidrovia, assim, o coronavírus passa mais depressa!"

E, finalizando, tenho pena do peninha!

Poderia encerrar seu mandato sem esta asneira de propor a prorrogação dos mandatos dos atuais prefeitos e inúteis vereadores.

O eleitor-contribuinte elegeu-os para um mandato de 4 anos!

Fora isso, É GOLPE!
Miguel José Teixeira
22/03/2020 09:47
Senhores,

Como já teclei anteriormente, olho vivo em nossas "otoridade$ pública$:

"MP dispensa licitação de compras e obras durante pandemia de coronavírus
. . .
A MP aumenta o limite de gastos com cartão corporativo. Ficarão autorizados pagamentos de até R$ 150 mil para serviços de engenharia e de até R$ 80 mil para compras em geral."

Fonte: https://www.camara.leg.br/noticias/647218-mp-dispensa-licitacao-de-compras-e-obras-durante-pandemia-de-coronavirus/
- - -

E os clubes de futebol, hein? Verdadeiras máquinas de lavar dinheiro! Logo, logo estarão perdoados de vultosas dívidas fiscais.

Atentemos, pois.
Herculano
22/03/2020 08:55
Manchete do jornal Folha de S. Paulo.

Maioria tem medo de coronavírus e apoia medidas de contenção, diz Datafolha. Em pesquisa, 73% aprovam quarentena; jovens e mais ricos predominam entre os que pararam de trabalhar
Herculano
22/03/2020 08:51
DE UM APROPRIADO MEME QUE CIRCULA EM APLICATIVOS DE MENSAGENS E REDES SOCIAIS

"Deixa ver se entendi: quem não cumprir a quarentena vai ser preso? E os presidiários vão ser soltos para evitar a contaminação? É isso?
Herculano
22/03/2020 08:49
da série: não tem jeito. A Justiça no Brasil é para os mais ricos e que podem pagar bons advogados.

CORONAVÍRUS: JUÍZA DETERMINA QUE PRESOS DA ALCATRAZ FIQUEM EM REGIME DOMICILIAR, por Ânderson Silva, no NSC Total, Florianópolis SC

Em decisão publicada no começo da tarde deste sábado, a juíza Janaína Cassol Machado decidiu que o ex-secretário adjunto de Administração de Santa Catarina, Nelson Nappi Castello Branco Nappi Junior, e o empresário Maurício Barbosa, ambos presos desde 30 de maio de 2019 por conta da operação Alcatraz, passem a cumprir a medida em casa. A prisão domiciliar tem validade inicial de 90 dias e será revista novamente após o prazo já que o novo coronavírus foi um dos motivos alegados pela magistrada para a decisão. Os dois eram os únicos presos na operação que continuavam detidos. Eles estão no complexo penitenciário da Agronômica, em Florianópolis, e devem deixar a unidade nas próximas horas.

Na última quinta-feira (19), o ministro do STF Luiz Edson Fachin determinou que Nappi Junior fosse transferido para uma sala do Estado-Maior, que fica dentro de unidades militares estaduais ou federais. No mesmo dia, a defesa dele, composta pelos advogados Leonardo Pereima e Sepúlveda Pertence, pediu que o ex-secretário cumprisse a determinação em prisão domiciliar, o que foi acatado pela juíza.
Herculano
22/03/2020 08:43
NO MUNDO DA EPIDEMIA, HÁ SURTO DE IDEIAS IMPENSÁVEIS, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Imprimir dinheiro para doação parece inimaginável como era a quarentena de milhões de pessoas

Pensar o impensável, essa frase velha de exagero retórico cafona, se tornou um problema muito prático e cotidiano no mundo da pandemia. Fazer o inimaginável talvez seja agora mera prudência.

Trancar cidadãos em casa era coisa possível apenas nos despotismos asiáticos, dizia-se. Imprimir dinheiro e doá-lo a fim de evitar falências e fomes era ideia de esquisitos incompetentes em economia. O próximo passo será discutir uma reviravolta socioeconômica, para o bem ou para o mal, pacífica ou não, consequência da situação de quase guerra que é o combate ao coronavírus.

Faz menos de dois meses, a China confinou em suas casas os cidadãos de Hubei, onde explodiu a doença do corona. A Organização Mundial da Saúde observou que essa medida, "inédita na história da saúde pública", não era uma de suas recomendações, mas demonstrava o compromisso dos chineses de controlar a epidemia.

A reação no chamado "Ocidente" foi antipática. Tal coisa jamais seria prática ou legalmente possível no mundo democrático, diziam líderes e publicistas do mundo (cada vez menos) livre, dominado por tantos demagogos autoritários.

Tal coisa agora acontece na Itália ou na Espanha, sob controle policial, ou na Califórnia, onde cidades compram drones chineses (voilà!) para vigiar seus cidadãos.

Imprimir dinheiro para ressuscitar uma economia deprimida era um plano da esquerda dita socialista americana ou uma caricatura das ideias de fato controversas de economistas como André Lara Resende, no Brasil.

Agora, o debate está nas páginas do liberal Financial Times, voz do establishment global. Seria um meio de evitar depressão inimaginável - e os riscos decorrentes de convulsão social, embora tal perspectiva não esteja explícita no jornal britânico.

Como assim, imprimir dinheiro? Os governos podem gastar mais fazendo mais dívida, pelo que pagam juros. Embora as taxas de juros estejam baratinhas, as dívidas públicas são tidas como altas (pois foi preciso pagar o custo da grande lambança da finança depois de 2008).

A fim de evitar o horror econômico e social da depressão do corona, seria preciso aumentar a dívida pública americana em 10% do PIB (quase US$ 2 trilhões, mais que o PIB brasileiro). É o cálculo de economistas como Emmanuel Saez e Gabriel Zucman, do "mainstream" de esquerda, digamos, que parecem agora quase moderados. O governo seria o "comprador de última instância", pagando salários ou o faturamento perdido de empresas paralisadas pela crise da epidemia.

Tal endividamento extra, porém, seria caro e desnecessário, ao menos no caso de uma depressão, há quem diga. Por que não "imprimir" dinheiro e pagar as contas de modo a evitar falências em massa, a destruição de boas empresas, desemprego e desespero? Ao menos enquanto durar a depressão.

Os bancos centrais de Estados Unidos, Europa e Japão na prática imprimiram dinheiro depois da crise de 2008. Assim financiaram indiretamente seus próprios governos e subsidiaram empresas. O BC americano começou a fazê-lo outra vez, na semana passada.

Inflação? Não haveria, durante recessão tal como a que se prevê. Inflação depois da crise? Não aconteceu depois de 2008, argumentam os defensores da medida.

A ideia de imprimir dinheiro ainda parece a história de um vírus que brotou no mercado de Wuhan, um caso que era apenas estranho, embora ligeiramente inquietante, em janeiro. Mas se tornou uma ideia que começa a escapar da quarentena.
Herculano
22/03/2020 08:33
A DIMENSÃO DO BURACO ONDE ESTAMOS METIDO E QUE BOLSONARO NÃO CONSEGUIU ENXERGAR ATÉ AGORA

De Pedro Menezes, economista, no twitter:

O pacote econômico do governo americano contra o Coronavírus deve custar U$ 2 trilhões, o equivalente a 10% do PIB americano e quase 140% do PIB brasileiro. Com essa grana, dá pra pagar toda a dívida pública brasileira DUAS VEZES.

Essa "gripezinha" é forte, hein?
Herculano
22/03/2020 08:18
ATROPELADO PELA REALIDADE E QUE SE ESPERA DE UM LÍDER EM MOMENTOS DE CRISE

Do presidente Jair Messias Bolsonaro, sem partido, neste domingo, cedo, no twitter:

- O Governo Federal distribui milhões de testes rápidos de Covid-19 por todo o Brasil, a serem aplicados em pontos de fácil acesso à população. São aproximadamente 10 milhões de testes no total. Cinco milhões enviados para todos os estados ainda em março.
Herculano
22/03/2020 08:16
O RETRATO DE ESTADISTA

Circulou ontem nas redes sociais uma imagem que dá conta perfeita do retrato do Brasil hoje.

O presidente Jair Messias Bolsonaro, sem partido, de camisa de um time de futebol, de bermudas, chinelos, diante dos três filhos amalucados (Carlos, vereador no Rio de Janeiro pelo PSL,sem camisa, Flávio, senador pelo Rio de Janeiro e sem partido, e Eduardo, deputado Federal pelo PSD de São Paulo) e que fazem o pai de refém das suas irresponsabilidades.

Ele estava gravando em um celular, mais um pronunciamento orientado pelos três para se colocar nas redes sociais. Assunto? Algo já pronunciado na quarta-feira pelo presidente norte-americano Donald Trump, viralizado na quinta-feira e posto em dúvida por cientistas mundiais,incluindo a própria Anvisa e o Ministério da Saúde de Bolsonaro na sexta-feira.

Meu Deus! E ele diz não entender a razão pela qual está perdendo o seu patrimônio de admiradores e votos, que está trocando, sucessivamente, por erros, vinganças e principalmente, as que vêm de seus filhos. Wake up, Brazil!
Herculano
22/03/2020 08:06
AS CONFUSõES

Neste mundo de esclarecimentos poucos claros como a de Basília Rodrigues afirmando e reafirmando de que Chique e Equador são países que não pertencem a América do Sul [penso que ela quis dizer que são os únicos na América do Sul que não fazem fronteiras com o Brasil], outro equívoco tem sido repetido amplamente no noticiário e comentários.

Quarentena, não é para pessoa doente, mas para pessoa sadia. É uma espécie de isolamento prescrito ou voluntário para não ser contaminado.

Isolamento, não é para pessoa sadia, mas para pessoa doente. É para não contaminar os outros
Herculano
22/03/2020 08:00
VIDA DURA, por Marcos Lisboa, economista, presidente do Insper, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda (2003-2005), no jornal Folha de S. Paulo

Estado e mercado não são excludentes, e sim complementares

Uma pequena boa notícia em meio ao turbilhão. Acaba de sair por aqui "Economia do Bem Comum", de Jean Tirole, Prêmio Nobel de 2014.

O título provoca incômodo. A visão convencional opõe a economia de mercado à solidariedade e ao cuidado com o meio ambiente. Além disso, definir o bem comum implica juízo de valor, na contramão da economia, que enfatiza a diversidade dos indivíduos.

"Gosto não se discute", é um velho lema dos economistas, e daí o seu liberalismo. Cada um deve poder fazer o que achar melhor, desde que não prejudique os demais.

O mercado, porém, não é um fim em si mesmo. Ele é apenas um mecanismo, em geral eficiente, às vezes imperfeito, para atingir o bem comum, como afirma Tirole.

Um antigo exercício abstrato utilizado por John Harsanyi e John Rawls ajuda a superar o impasse. Imagine que você tenha consciência antes de nascer, mas não sabe se vai ser rico ou pobre, saudável ou portador de genes atrapalhados. Em que sociedade preferiria viver?

A igualdade de oportunidades tenta corrigir os acidentes da infância, e o direito à saúde protege os portadores de deficiências congênitas.

A economia combina modelos teóricos que necessariamente simplificam a realidade para testar, com base na estatística, as implicações das diversas conjecturas. Nada fácil, como revela a pesquisa aplicada do último meio século.

Todos temos preconceitos, e o rigor ao analisar a evidência é o melhor remédio para evitar decisões precipitadas, que produzem resultados inversos aos pretendidos.

Ao economista não cabe dizer o que fazer, apenas apontar as consequências de cada escolha, com base nos dados disponíveis.

O debate sobre desigualdade de renda é bem mais sutil do que se imagina. A depender das suas causas, a intervenção pública pode ser benéfica ou resultar em desastre. Um dos muitos casos repletos de nuances examinados no livro.

Estado e mercado não são excludentes, e sim complementares. A tese de que os indivíduos, sem a moderação do poder público, produzem o melhor dos mundos é tão desprovida de evidência quanto a crença de que o Estado pode planejar eficientemente a economia.

Na sua carreira, Tirole estudou os desafios da regulação para lidar com falhas de mercado. Cada caso é um caso. Atenção à técnica e aos detalhes são fundamentais para que a intervenção seja eficaz, e não destrutiva.

A crise de saúde pública e o distanciamento social desestruturam mercados e fragilizam famílias. Cabe ao governo coordenar as ações, com protocolos e gestão da escassez. A estultice de autoridades e a incompetência operacional, porém, podem agravar a letalidade da pandemia.
Herculano
22/03/2020 07:54
CONGRESSO AVALIA PRORROGAR MANDATOS MUNICIPAIS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou neste domingo no jornal Folha de S. Paulo

Sem ter muito o que fazer, deputados e senadores do "centrão", que ganhou peso e virou "Blocão" de 351 integrantes só na Câmara, nutrem ideia de cancelar as eleições municipais previstas para outubro e prorrogar o mandato dos atuais prefeitos. Parlamentares que participam do movimento, que ainda se encontra na categoria "fogo de monturo", alegam que a crise do coronavírus inviabiliza a campanha eleitoral.

PEC JÁ TRAMITA

O "Blocão" pode aproveitar a PEC 56, de maio de 2019, que prorroga os mandatos municipais por dois anos para unificar as eleições no País.

PEC DA ALEGRIA

A proposta que faz a alegria de prefeitos e vereadores é de autoria do deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC).

SEM CLIMA

O movimento para prorrogar os mandatos dos prefeitos e vereadores alega que, com o Covid-19, não há clima para se manter a eleição.

COMÍCIOS, NEM PENSAR

O problema é que campanha eleitoral ainda depende de comícios e "corpo-a-corpo", condições proibidas no combate ao coronavírus.

Só UMA SORTE LOTÉRICA LIVRA BOLSONARO DO COVID-19

Se der negativo o terceiro exame de coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro deveria jogar na loteria. Ganharia na certa. Ele foi aos Estados Unidos há exatas três semanas, sábado (7), em visita de trabalho, e retornou com 23 pessoas infectadas em algum momento. Quase todas convivem com Bolsonaro no dia-a-dia, muito chegados, inclusive o chefe da sua ajudância de ordem, tão próximo quanto um membro da família.

PERIGO ESTÁ AO LADO

Além do ajudante de ordens, major Cid, o teste positivo do general Augusto Heleno (GSI) mostra a proximidade do vírus ao presidente.

MOMENTOS DIFERENTES

Os oito dias entre o caso de Fábio Wajngarten (Secom) e os desta sexta (20) podem indicar contágios da comitiva em dias e origens diferentes.

PROVA DE AMOR

Durante coletiva, ele ironizou a cobrança de uma "prova" de que não está infectado: "Eu sei que vocês me amam, estão preocupados comigo".

BAND BATEU FORTE

Repercutiu muito, sobretudo entre diplomatas o editorial do Grupo Bandeirantes criticando o deputado Eduardo Bolsonaro ("irresponsável"), no incidente com o embaixador da China, e chamando o ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) de "idiota" e de "chanceler inepto".

ESPERANÇA REFORÇADA

O médico Claudio Lottenberg, presidente do conselho do Hospital Albert Einstein, confirmou que o medicamento cloroquina tem efeito positivo contra o coronavírus. Mas só deve ser usado sob prescrição médica.

MAU CARATISMO

Em meio a tanto medo do coronavírus, pessoas más têm espalhado nas redes sociais decretos "fake" sobre toque de recolher ou proibição para pessoas acima dos 60 anos de circularem nas cidades. Que horror.

NOTÍCIA BOA

O caso do deputado Cezinha (SP), que testou positivo para a Covid-19, levou a uma testagem em massa de todos os familiares, funcionários do gabinete e da liderança do PSD. Nenhum deles contraiu o coronavírus.

FALTOU PERGUNTAR

O PSOL pretendia soltar Sérgio Cabral e demais ladrões da Lava Jato quando propôs à Justiça, a pretexto do coronavírus, soltar todos os presos acima de 60 anos e que não tenham cometido violência?

BOM SENSO

O Conselho Federal de Contabilidade enviou ofício à Receita para adiar prazos para cumprir "obrigações acessórias" como Imposto de Renda. Nos EUA, o prazo foi alongado por 90 dias devido ao coronavírus.

PARADA TOTAL

O coronavírus vai deixar muita gente a pé. BMW, Caoa Chery, Citroën, Chevrolet, Honda, Jeep, Mercedes, Peugeot, Renault, Scania, Toyota, Fiat, Ford, Volkswagen e Volvo Caminhões suspenderam a produção.

ESCÂNDALOS DE MARÇO

Agora é coronavírus, mas há cinco anos, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, virava réu. Há 10 anos, era o auge da Caixa de Pandora no DF. Há 15 anos, o petista Lula demitia Amir Lando da Previdência.

PENSANDO BEM...

...uma gripezinha lembra muito uma marolinha.
Herculano
22/03/2020 07:46
SOLIDÁRIOS VENCEREMOS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

A epidemia acaba, mas a solidariedade permanece e pode transformar o Brasil

Esta geração de brasileiros começa a atravessar um período de temor e privações para o qual não foi preparada pela vivência nem pelo treino. Milhões de famílias estarão progressivamente confinadas em suas residências nas próximas semanas. A liberdade de ir e vir, de sair para trabalhar ou estudar, de encontrar os amigos e de viajar será restringida severamente.

Uma vasta parcela dos concidadãos arcará com sacrifício duplo. Sua renda, pouca, depende da circulação de pessoas e mercadorias e desabará. As reservas, se é que existem, vão se esvair depressa, e os programas tradicionais de auxílio governamental passam ao largo de tais circunstâncias.

Outro contingente de compatriotas, também desprotegido, expõe-se a risco elevado com a chegada da epidemia do novo coronavírus. Idosos e indivíduos portadores de outras enfermidades sujeitam-se a sofrimento prolongado nas emergências e ao risco maior de morte se forem infectados.

É para resguardar os mais vulneráveis ?"seja da violência do patógeno, seja da depauperação?" que toda a sociedade agora deveria se mobilizar.

Mudar os hábitos, delegar poderes limitada e temporariamente maiores às autoridades, entregar-se a jornadas extenuantes e arriscadas como têm feito os profissionais da saúde e reduzir a atividade produtiva resultará plenamente recompensador se, ao final dessa dolorosa estrada, muitos brasileiros houverem sido poupados da morte e da miséria.

Olhar para o outro que sofre e estender a mão é exercício que há de fazer bem à comunidade. Num país em que iniquidades abismais convivem desde sempre com a indiferença - quando não cumplicidade - das elites e dos governantes, um choque como esse poderá ter consequências duradouras.

Que se elevem recursos e esforços coletivos na emancipação de dezenas de milhões hoje condenados à ignorância e à baixa renda. Que cresça a intolerância a privilégios concedidos a poucos pelo Estado.

Que se cobrem dos políticos eficiência, respeito ao conhecimento científico e responsabilidade com o bem-estar desta e das futuras gerações de brasileiros.

A epidemia acaba, mas a solidariedade não vai embora e poderá transformar o Brasil.
Herculano
22/03/2020 07:41
ACREDITE, AQUI HÁ BOAS NOTÍCIAS, por Carlos Brickmann

Boas notícias? Até mais: algumas notícias serão ótimas. Outras ainda dependem de mais estudos, mas o caminho é bom. Abaixo o coronavírus!

*A China fechou o último hospital de coronavírus em Wuhan, o berço da epidemia. Não há novos casos suficientes para justificar um hospital.

*A França estuda o uso de hidroxicloroquina, remédio usado desde 1940 para malária e artrite reumatoide. Um grupo recebeu só o medicamento; outro, a hidroxicloroquina associada a um antibiótico, azitromicina; o terceiro, tratamento convencional. A hidroxicloroquina reduziu bem a carga de vírus; associada à azitromicina, curou 70% dos doentes em seis dias. O grupo que foi tratado convencionalmente teve 12,5% de curas. O sucesso estimulou o presidente americano Donald Trump, que quer acelerar a aprovação de seu uso, mas a FDA, que cuida de medicamentos, pede mais testes clínicos. Trump já chegou a proclamar o sucesso do tratamento na TV americana.

* Na Índia, bons resultados no tratamento com Lopinavir, Oseltamivir e Retonovir associados à Clorfenamina. Os indianos sugerem à Organização Mundial da Saúde o uso internacional dessa combinação de medicamentos.

* A China relata o caso de uma senhora de 103 anos que se curou após um tratamento de seis dias em Wuhan.

Há pesquisas bem encaminhadas no Brasil, Estados Unidos, Alemanha e Israel. Diz a OMS que 41 grupos tentam criar vacinas contra o coronavírus.

OTIMISMO

A Apple, empresa com maior valor de mercado do mundo, reabriu suas 42 lojas na China. Hoje, há menos doentes na China do que na Itália.

ENFIM!

A Cleveland Clinic americana criou um teste que dá resposta em horas, não em dias. O teste deve estar no Brasil em pouco tempo.

O PRóXIMO PASSO

Mesmo que novos remédios cheguem logo ao mercado e o coronavírus seja esquecido, a pandemia já desorganizou a economia do país. Empresas pararam de funcionar e faturar e continuam a pagar aluguel, impostos, juros, contribuições, taxas. Se reabrirem nesta semana, mesmo assim terão a sobrecarga do período triste.

A Associação Comercial de São Paulo, que apoiou o fechamento do comércio, pede que as autoridades estejam à altura do momento. "É importante a mobilização das esferas governamentais na redução dos riscos ocasionados pela pandemia", diz o presidente da entidade, Alfredo Cotait Neto. "São necessárias medidas rápidas para que os empresários possam adiar o pagamento de impostos. As empresas podem não aguentar uma paralisação tão longa".

Imagine uma empresa aérea: paga o aluguel dos aviões, os salários, e teve de cortar vários países para onde voava. Paga também aluguel (e alto) para deixar os aviões parados nos aeroportos. Se as empresas fecharem, quem irá contratar funcionários?

IMPEACHMENT A LA CARTE

Não se preocupe com o pedido de impeachment que o deputado federal Alexandre Frota apresentou ao Congresso. Foi feito às pressas, não com o objetivo de derrubar o presidente Bolsonaro: sua função é outra, de estar à disposição para, se necessário, ser tirado das gavetas e votado.

Impeachment precisa ter elementos jurídicos que o amparem, mas só sai se houver força política por trás. Neste momento, embora já existam adversários que querem ver Bolsonaro pelas costas, não há qualquer possibilidade de afastá-lo. Isso pode mudar - os panelaços já mostram que há oposição fora do PT e partidos satélites. Mas os próprios panelaços estão longe daqueles contra Dilma.

PANELAÇO

Há gente bloqueada em casa, preocupada com o emprego, as contas, tudo; com medo do coronavírus; cansada do computador e da TV. Vem então um panelaço contra Bolsonaro: por que não? No mínimo rompe a monotonia. Mas é importante lembrar que alguém favorável ao presidente não irá bater panelas contra ele. Quem bate panelas está irritado também com ele. E pode despertar, dentro do bolsonarismo, alguém que se julgue apto a substituí-lo. Já não existe quem queira Sérgio Moro candidato, em vez de Bolsonaro?

É ISSO AI
Cinco deputados federais tomaram uma bela iniciativa: propuseram um projeto de lei (o PL646/2020) autorizando o uso de parte dos R$ 2 bilhões de dinheiro público destinados a pagar a campanha eleitoral no combate ao coronavírus. O projeto autoriza o uso de recursos do Fundo Partidário para o mesmo objetivo.

É ótimo - até para evitar que o caro leitor não apenas pague a campanha de gente mais rica do que ele como financie a eleição de pessoas com pensamento e comportamento contrários aos seus. Os parlamentares que tiveram a boa iniciativa são Felipe Rigoni (PSB), Vinícius Poit (Novo), João Henrique Caldas (PSB), Paulo Ganime (Novo), Rodrigo Coelho (PSB). Guarde esses nomes: só por apresentar este projeto, já merecem ser votados.

[nota do Olhando a Maré: Rodrigo Coelho é o único catarinense dessa boa iniciativa; fez depois de colocar na espinha dos brasileiros que estarão mais uma vez em profunda crise financeira R$20 bilhões por ano em ampliação do BPC não prevista no Orçamento, na retaliação da pressão popular para vetar a passada de mão pela Câmara em R$ 30 bilhões de exclusiva competência do Executivo]
Herculano
22/03/2020 07:27
Elio Gaspari
DE FORMA DESASTRADA, BOLSONARO CUMPRIU PROMESSA DE "MENOS BRASÍLIA". por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Com ação federal degradada, governadores e prefeitos se tornaram mais relevantes que o presidente

Na sua catadupa de declarações estapafúrdias, Jair Bolsonaro disse à rádio Bandeirantes que "vai ter um caos muito maior se a economia afundar (...), se acabar a economia, acaba qualquer governo, acaba o meu governo".

Nessas poucas palavras ele revelou o estado de sua alma, na qual misturam-se teatros de máscaras, delírios e perplexidades. Para ele, a epidemia é um detalhe. O essencial é "meu governo". Seu mandato só deverá acabar no dia 1º de janeiro de 2023, mas transformou-se numa usina de encrencas, felizmente contornado pela ação dos governadores.

Brasília poderia ter sido uma fonte de informações e de orientações respeitáveis. Degradada, a ação federal move-se entre comédias e provocações. Disso resultou uma descoberta: os governadores e os prefeitos são mais relevantes que o presidente.

Enquanto São Paulo facilita o acesso ao álcool em gel, o filho do presidente decidiu insultar o governo chinês. Já o ministro da Saúde, com um desempenho exemplar, teve que aturar uma crise de ciúmes juvenis de Bolsonaro porque reuniu-se com o governador João Doria. (Talvez convenha que o capitão saiba: Luiz Henrique Mandetta pode pedir o boné.)

Desastradamente, Bolsonaro cumpriu uma de suas promessas de campanha: "Mais Brasil e menos Brasília".

Seu governo não deverá acabar. O que acabou, porque nunca deveria ter existido, foi a fantasia palaciana de uma gestão que atropelaria o Congresso, liderada por uma milícia delirante, disseminadora de ódios e medos. Quando o perigo chegou, produziram negacionismos e teatralidades.

As palhaçadas do oficialismo federal são produto de tempos estranhos. A sociedade brasileira bate panelas, aplaude os trabalhadores do setor de saúde e se move. Exemplos: a Ambev anunciou que produzirá 500 mil garrafas de álcool em gel, doando-as à rede pública de hospitais.

A empresa de entregas iFood anunciou que criará um fundo de R$ 50 milhões para socorrer restaurantes. Vizinhos oferecem-se para ir aos supermercados para fazer as compras de idosos. Tudo isso sem governo.

Dentro de poucos dias as grandes redes de medicina privada, com sua enorme concentração de afortunados, descobrirão que devem romper o silêncio virótico em que se isolaram para informar o que podem fazer para ajudar a rede pública de saúde.

Faz tempo, quando os Estados Unidos tinham 32 milhões de desempregados e seu sistema financeiro estava à beira do colapso, Franklin Roosevelt assumiu a Presidência e disse no seu discurso de posse uma frase que marcou a época:

"A única coisa de que devemos ter medo é do próprio medo".

JAIR VASCONCELOS

Bernardo Pereira de Vasconcelos foi um dos gigantes do conservadorismo brasileiro na primeira metade do século 19. Jair Bolsonaro teve o seu momento Bernardo ao lidar com o coronavírus.

No dia 17 de abril de 1850, quando o Rio estava aterrorizado pela febre amarela, ele foi para a tribuna do Senado e disse o seguinte:

"Eu também estou persuadido de que se tem apoderado da população do Rio de Janeiro um terror demasiado, que a epidemia não é tão danosa como se têm persuadido muitos; não é a febre amarela a que reina."

Seis dias depois Bernardo morreu, levado pela febre.

MENOS, EMBAIXADOR

O poder de delírio do deputado Eduardo Bolsonaro é coisa sabida. Como diz o vice-presidente Hamilton Mourão, se ele se chamasse Eduardo Bananinha, ninguém lhe daria importância. Isso é uma coisa. Bem outra é o embaixador da China bater boca com o deputado, dizendo que "exige" que ele "retire imediatamente" suas afirmações "e peça desculpas".

Pela sua função, o doutor Yang Wanming deve ter modos. Um diplomata acreditado junto ao governo brasileiro pode protestar, mas não pode exigir que um parlamentar retire o que disse.

Esse tipo de linguagem assemelha-se mais à que os ingleses usavam no século 19, quando impunham sua vontade ao império do meio.

EREMILDO, O IDIOTA

Quando o dólar estava a R$ 3,90, Eremildo comprou uma passagem para a Disney e deveria embarcar na semana que vem. Ao saber que o governo ajudaria os necessitados, acreditou que ganharia algum.

O cretino soube que a primeira providência efetiva do governo foi um pacote de ajuda às empresas aéreas.

Eremildo entendeu que os doutores espicharam o prazo para que a empresa lhe devolva o dinheiro que desembolsou pela passagem da viagem cancelada. Agora ele deverá esperar até um ano.

O cretino acha que o governo deveria espichar também o prazo de outra passagem que ele está pagando a prazo.

COVARDIA

Gente que via em Paulo Guedes muito mais que um posto Ipiranga está espalhando cascas de banana no seu caminho.

Ouçam Simonsen

O professor Mário Henrique Simonsen costumava repetir um ensinamento que pode ser útil para os mascarados de Brasília:

"Formulado de maneira correta, o problema mais difícil do mundo um dia será resolvido. Formulado de maneira incorreta, o problema mais fácil do mundo jamais será resolvido".

ARTE EM CASA

Quem está com tempo para matar no isolamento, tem iPad e R$ 37,90 para gastar, pode baixar o aplicativo Art Authority. Às vezes fica lento, mas é um passatempo valioso e instrutivo.

Trata-se de um arquivo com imagens de 100 mil pinturas e esculturas. Pode ser visitado por autor, período, museu ou cidade. Sandro Botticelli? São 304 imagens. Sua magnífica "Primavera" vem com 24 detalhes.

Quem atravessar toda sua coleção verá como a vida do pintor sofreu quando foi patrulhado pelo fanatismo religioso. Van Gogh? São 609 pinturas e desenhos. Museu do Louvre? São 2.000 imagens.

O aplicativo mostra as obras por ordem cronológica e permite ir para o verbete do autor na Wikipedia (em inglês). Além disso, cada um pode salvar suas peças preferidas, formando um museu particular.
De graça, pode-se ir ao Google Arts & Culture. Diversos museus podem ser visitados sem sair de casa.

MADAME NATASHA

Natasha sobreviveu a muitos presidentes e epidemias. Ela acredita que um dia a Covid-19 será apenas uma amarga lembrança, mas teme que o pernosticismo cause danos irreparáveis ao idioma.

Maganos e até mesmo muita gente boa estão falando que será criado um voucher para socorrer os trabalhadores informais.

"Vaucher" é o nome, em inglês, do velho e bom vale. Ninguém fala em "vaucher" refeição nem em "vaucher" transporte.

PRAZOS
Um cronograma para que o general Braga Netto, titular da gabinete de crise da epidemia, possa pensar nos prazos para que as medidas de amparo social do governo comecem a funcionar. Algo como o dia em que o entregador de pizza receberá seu vale.

Durante a depressão dos anos 1930, o governo de Franklin Roosevelt levou uma semana para redigir a legislação de estímulo ao emprego. Nos seus primeiros 30 dias empregou 4 milhões de pessoas.
Herculano
22/03/2020 06:59
Ao Miguel

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, viajante recente pela Europa infestada da Covid-19, para aparecer, precisa antes provar que não é mais uma das vítimas em quarentena, ou sob ameaça na sua saúde.
Miguel José Teixeira
21/03/2020 22:48
Senhores,

Na pandemia do coronavírus, até o momento, duas AUSÊNCIAS NOS NOTICIÁRIOS me intrigam:

1ª)do ex e futuro presidiário lula e suas asneiras e

2ª)de algum "especialista" citando as quadras do NOSTRADAMUS!

Aguardemos, pois.
Miguel José Teixeira
21/03/2020 22:08
Senhores,

Na mídia: Crivella vai pedir ao Exército "um cabo e um soldado" em cada quarteirão para mandar idosos para casa.

Como diria um Manézinho da Ilha: óióióió. . .

O cabo e o soldado estão chapados de vinhos tetra-premiados internacionalmente, na entrada da toca das supremas lagostas. . .

É melhor apelar para o malafaia!
Herculano
21/03/2020 18:15
NINGUÉM AGUENTA MAIS OUVIR OS NOTICIÁRIOS DE RÁDIOS E ASSISTIR OS TELEJORNAIS. NÃO CONSEGUIRAM AINDA ENXERGAR O DIA SEGUINTE, ALÉM DO DIA A DIA.

PIOR VIROU PROMOÇÃO E DESPROMOÇÃO DE POLÍTICOS, BEM OU MAL ASSESSORADOS
Herculano
21/03/2020 14:12
UMA CURVA ABUSADA

Do MBL no twitter:

Estudos apontam que, no Brasil, as confirmações de coronavírus dobram a cada 54 horas. Um curva parecida com Itália e Espanha.

- Dia 19: 621 casos no Brasil
- Dia 21: 1.021 infectados. 18 mortos.

Sabemos o que acontece quando a curva é parecida com esses países. Não é nada bom.
Miguel José Teixeira
21/03/2020 12:00
Senhores,

Sobre a pandemia do coronavírus que assola a humanidade, no Brasil, temos UMA CERTEZA:

os que sobreviverem, e torçamos para que sejam a maioria absoluta, PAGARÃO A CONTA.

Portanto, olho vivo nas ações das "otoridade$ pública$!

Como sempre, elas aproveitam de situações anormais para, em nome do bem comum, locupletarem-$e!
Herculano
21/03/2020 09:10
da série: os ministros estadistas que seguram as pontas da irresponsabilidade da clã Bolsonaro com os brasileiros e o país. Se a Covid 19 vai dizimar empregos, e vai, não são as exportações, feitas no campo, que salvam parte desse emprego? Coisa de doido!

O BANANINHA E O PEPINO

Conteúdo de O Antagonista. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse para a Folha de S. Paulo, a propósito do duelo no Twitter entre Eduardo Bolsonaro e o embaixador da China:

"O Eduardo é um deputado federal. Apesar do sobrenome dele pesar, a posição do governo brasileiro é de amizade com a China. Acho que isso é página virada. Não podemos mais polemizar, já deu o que tinha que dar. Agora temos que resolver o nosso pepino, cuidar da nossa horta."
Herculano
21/03/2020 09:00
ESTÁ EXPLICADO O PORQUÊ DE BOLSONARO Só TER MAL CHEGADO À PATENTE DE CAPITÃO.É UM INDISCIPLINADO COMBATENTE E UM PÉSSIMO ESTRATEGISTA E LÍDER
Herculano
21/03/2020 08:58
da série: qual a diferença da greve dos caminhoneiros e a Covid 19? A primeira foi politica e provocada pelos bolsonaristas. A segunda, foi provocada por um vírus apolítico, mas ambos vão quebrar o Brasil. A primeira atingiu o governo de Michel Temer, MDB. A segunda, vai atingir o governo de Jair Messias Bolsonaro, sem partido, que se fosse ágil e respeitasse a natureza das coisas, poderia ter lavado as mãos. Agora, deixou as impressões digitais agravando ainda mais o problema com a sua teimosia isolacionista.

BOLSONARO: "PESSOAS VÃO PERDER O EMPREGO"

Conteúdo de O Antagonista. Em sua entrevista ao Programa do Ratinho, Jair Bolsonaro disse que a economia brasileira vai perder com a pandemia da Covid-19.

"Não tem como falar que não", afirmou. "Pessoas vão perder empregos".


O presidente afirmou ainda que conversou com Paulo Guedes nesta sexta-feira e que o ministro da Economia não quer falar em projeção para o crescimento da economia em 2020.

Como registramos nesta semana, a crise provocada pelo novo coronavírus fez o Ministério da Economia cortar de 2,10% para 0,02% a projeção oficial para o crescimento do PIB em 2020.
Herculano
21/03/2020 08:51
O PAÍS QUE SE LIXE, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Para o lulopetismo e o bolsonarismo, aflição de brasileiros não é nada senão instrumento para seus projetos de poder

Desde a campanha eleitoral de 2018 se sabe que lulopetismo e bolsonarismo são da mesma cepa. Um alimenta o outro, na expectativa de que a polarização os favoreça, e ambos só se preocupam de fato com os interesses de seus líderes messiânicos, nunca com os interesses dos brasileiros em geral - que são invocados por esses demagogos apenas para sustentar uma retórica salvacionista destinada a justificar expedientes autoritários.

Para o lulopetismo e o bolsonarismo, a aflição de milhões de brasileiros diante das catastróficas consequências da covid-19, para ficar apenas nesse dramático exemplo, não é nada senão instrumento para seus projetos de poder.

O presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, sempre que se manifesta a respeito da epidemia o faz para responsabilizar terceiros, seja a imprensa, que noticia a crise, sejam os governadores, que tomaram providências duras para enfrentá-la. Chegou a dizer, no domingo passado, em entrevista à TV CNN, que "com toda certeza há um interesse econômico envolvido nisso para que se chegue a essa histeria". Segundo o presidente, em raciocínio tão tortuoso quanto seu português, houve uma "crise semelhante" em 2009, em referência à pandemia de gripe A, mas "no Brasil o PT que estava no governo, e nos EUA eram os democratas, e a reação não foi nem sequer perto dessa que está acontecendo hoje em dia no mundo". Traduzindo: para Bolsonaro, houve um conluio esquerdista envolvendo a imprensa e os governos do PT, no Brasil, e do democrata Barack Obama, nos Estados Unidos, para abafar a crise causada pela gripe A; agora, como tanto o Brasil como os Estados Unidos são governados por direitistas, "interesses econômicos" ocultos tentam desgastá-los.

A tática é antiga, tendo sido usada pelos mais conhecidos regimes totalitários ao longo da história: em meio a uma crise, atribui-se a responsabilidade a conspiradores que agem nas sombras com objetivos inconfessáveis, a serviço de potências estrangeiras. No caso do Brasil, o presidente Bolsonaro não disse quais eram esses "interesses econômicos" tão nefastos, mas os bolsonaristas trataram de esclarecer nas redes sociais: trata-se da China comunista.

Nesse ponto, como em tantos outros, os bolsonaristas se espelharam no presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que chamou o coronavírus de "vírus chinês". E Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do presidente, tratou de responsabilizar a China pela epidemia, causando um atrito diplomático com o governo chinês.

No mundo real, o comportamento de Eduardo Bolsonaro - que nada mais fez do que se inspirar no próprio pai e em Trump - irritou profundamente os representantes do agronegócio brasileiro, que depende em larga medida do mercado chinês. Mas essa consequência, para os propósitos bolsonaristas, é irrelevante; o que interessa é manter a mobilização dos devotos de Bolsonaro no momento em que o presidente vê diminuir sua popularidade.

Já o lulopetismo investe, como sempre, no cinismo desbragado. O PT, cuja passagem pelo poder ensejou a maior crise política, econômica e moral da história brasileira e que intoxicou a atmosfera democrática com um discurso de exclusão dos que questionam suas certezas ideológicas, aproveita a comoção do momento para tentar pegar carona nos protestos espontâneos contra Bolsonaro. Até a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, apareceu em vídeo no Twitter para estimular os panelaços - que, quando eram contra a presidente Dilma Rousseff, foram qualificados de "orquestração com viés golpista da burguesia" pelo partido. Como um parasita, o lulopetismo tenta extrair lucro político do terrível momento do País e aposta na falta de memória. Em vídeo compartilhado por Gleisi, a culpa da crise atual é atribuída a quem apoiou a oposição ao PT, o impeachment de Dilma e a reforma trabalhista. Não fossem esses cidadãos, não haveria nem crise nem ódio no País, é o que diz, em resumo, o vídeo divulgado por Gleisi.
Herculano
21/03/2020 08:36
BANCOS FECHADOS FAZEM BC TROMBAR COM O DF, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Mal o site Diário do Poder havia noticiado na noite de quarta-feira (18) a decisão do governo do Distrito Federal de proibir o atendimento público nas agências bancárias da capital, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que é do tipo calado, passou a mão no telefone e, falante, tentou "enquadrar" o governador Ibaneis Rocha, autor da iniciativa. O chefão do BC acabou ouvindo mais do que falando.

DEVERIA TER LIDO

A alegação de Campos Neto era de que só ele teria o poder de proibir o atendimento público de bancos. Parecia não ter lido o decreto de Ibaneis.

DURA LEX, SED LEX

O governador, advogado e ex-presidente da OAB-DF, listou as leis que o obrigam a agir no combate ao Covid-19, sob pena de responsabilização.

ABRIR AGÊNCIAS PODE

Ibaneis teve de explicar a Campos Neto que o seu decreto não proibiu as agências bancárias de abrirem, apenas de fazerem atendimento público.

DEBATE JURÍDICO

A conversa subiu de tom quando Ibaneis desafiou o BC a tentar anular o seu decreto na Justiça. E lembrou que fez o que o BC deveria ter feito.

CARIOCAS REJEITAM WITZEL E 48,5% APOIAM BOLSONARO

Em meio a rivalidade política que deve alcançar as eleições de 2022, levantamento do instituto Paraná Pesquisas registra que 59% dos eleitores cariocas reprovam a gestão do governador Wilson Witzel, enquanto o governo Jair Bolsonaro tem 48,5% de aprovação na capital fluminense. Ainda que aprovado pela maioria, o governo Bolsonaro é considerado ruim ou péssimo por 35,9% dos 910 cariocas entrevistados.

AVALIAÇÃO POSITIVA

O levantamento feito na cidade do Rio mostra que 35,1% avaliam a gestão Bolsonaro como ótima ou boa, e 27,1% como regular.

WITZEL EM BAIXA

O governo Witzel é ruim ou péssimo para 45,7% dos cariocas. E só 18,7% o avaliam como ótimo ou bom. E 33,6% acham-no regular.

PEDE PRA SAIR, ZERO UM

A pesquisa, registrada no TSE (RJ-02928/2020), indica que o campeão em reprovação do carioca é o prefeito do Rio, Marcelo Crivella: 74%.

TEVE DE SER NA MARRA

O advogado e governador Ibaneis Rocha obteve liminar obrigando o governo federal a informar as autoridades de saúde do DF, que estão na linha de frente do combate ao coronavírus, sobre os infectados no âmbito do Palácio do Planalto. É o que impõe o protocolo de combate à doença.

ESTAVA INDO BEM

A CNI revelou que a expectativa de demanda do setor caiu este mês, mas ainda está no maior nível para o mês, desde 2014. O ruim é que a pesquisa foi feita antes da OMS decretar a pandemia do coronavírus.

CELULAR CORTADO

Depois de dizer que não pode perder tempo para agir contra o novo coronavírus, o governador Wilson Witzel (RJ) disse que ainda não falou com Bolsonaro porque "os governadores se comunicam por carta".

CADÊ WITZEL?

Com o surto de coronavírus, diz o senador Arolde de Oliveria (PSD-RJ), multiplicam-se os arrastões na região metropolitana do Rio. "Aguardando medidas do governo do Estado", diz ele, preocupado.

ENTRA GOVERNO, SAI GOVERNO...

...impressiona a agilidade do lobby das empresas aéreas. Já emplacou medida provisória estendendo prazos para pagar dívidas e para ressarcir com crédito o consumidor prejudicado, e levou até desconto em tarifas.

AINDA BEM

Infectado por coronavírus, o deputado Cezinha (PSD-SP) apresentou melhora significativa e disse que a maior probabilidade é de o contágio ter ocorrido depois da sessão do Conselho de Ética, presidida por ele, e que nenhum assessor ou membro do colegiado testou positivo.

PIOR JÁ PASSOU

As ligas chinesa e japonesa de futebol começaram a fazer contato com atletas para retomar partidas a partir de abril e maio, respectivamente. Na Itália, há clubes que querem voltar às atividades nesta segunda (23).

FALTA DE CARÁTER

Sindicatos dos petroleiros querem usar o coronavírus para atingir os objetivos da greve, suspensa pelo TST. A proposta de reduzir o efetivo em 50% veio com a exigência de parar a produção de óleo e derivados.

PENSANDO BEM...

... está mais difícil encontrar Lula que álcool em gel em promoção.
Herculano
21/03/2020 08:26
BôNUS A FISCAIS DA RECEITA É DESCALABRO EM MEIO À CRISE, por Julianna Sofia, secretária de Redação da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo

'Jabuti' regulamenta aumento nos contracheques desses servidores

À realidade de milhões de brasileiros na miséria, de muitos prestes a perder a capacidade de gerar renda e de outros milhares que serão submetidos à redução de jornada e de salários para manter o emprego, a Câmara dos Deputados contrapôs um feito insólito. Um descalabro diante do mergulho econômico que o país se prepara para dar.

Na noite de quarta (18), deputados aprovaram o que na cartilha brasiliense se convencionou chamar de jabuti, elemento estranho ao objeto de uma proposta legislativa. Na votação da medida provisória do contribuinte legal, foi incluído um contrabando que beneficia os fiscais da Receita com aumento em seus contracheques ao regulamentar um bônus de eficiência criado por lei em 2017.

Devido à ausência de regulamentação, o benefício vem sendo pago em montantes fixos de até R$ 3 mil a servidores ativos, aposentados e pensionistas. Coisa de R$ 1 bilhão anual para um Estado quebrado, que padece com sucessivos déficits primários (sem os custos da dívida pública) desde 2014.

Pelo texto aprovado pelos deputados, o ganho adicional poderá agora alcançar o equivalente a 80% do valor do maior vencimento do cargo - hoje, o salário inicial é de R$ 21 mil, e o final chega R$ 27 mil. Na discussão do dispositivo, a preocupação dos parlamentares era não alimentar a "indústria da multa", vinculando a bonificação a valores arrecadados com a punição pecuniária. Satisfeitos com a aprovação, deputados disseram estar aperfeiçoando o mecanismo ao fixar um limite para o bônus, que terá como base de cálculo a soma devida pelo contribuinte, sem multa.

Controverso, o adicional para os fiscais já foi alvo do TCU (Tribunal de Contas da União), que questionou a falta de parâmetros para o benefício e seu impacto fiscal.

Com o flagelo do coronavírus, não há que se falar em ganhos por produtividade para uma elite abonada do funcionalismo. A corporação precisa ser chamada a demonstrar que não se paga eficiência com ganância.
Herculano
21/03/2020 08:15
O óCIO

- Imposto de Renda, entregue. Já processado!

- Três extensos relatórios de consultorias para planejamento e estratégia - contratualmente prometidos para a primeira quinzena de abril -, foram revisados e entregues. Eles, todavia, reconheço e isto está neles como alerta, estão defasados sobre a parte que discorre em futurologia das ações alternativas, da concorrência, das vulnerabilidade, das fortalezas e dos impactos de inovações em curso e futuras . O quadro econômico, social e de prioridades mudou em uma semana e mudará muito mais até o final de março e poderá ser outro em abril, junho, outubro e dezembro....

- Dois livros (literatura) físicos recebidos de presente, lidos.

- Dois livros baixados (técnicos) eletronicamente, lidos.

- Análise de dezenas documentos públicos, em andamento e surpreendendo.

- Leitura de portais, restrita a artigos que não a mesmice de todos sobre o Covid 19, mas aos artigos inteligentes que pedem reflexão para o dia seguinte das nossas vidas; ela será difícil e ainda uma caixinha de surpresas para aquilo que nunca experimentamos antes com o mundo plugado e globalizado, mesmo nas influenzas e outras doenças viróticas que abalaram mercados. Além da curiosidade, preparando-me para atender melhor os clientes no planejamento e nas estratégias diferenciais, fazendo suas equipes pensarem fora do quadrado e criarem diferenciais nos próprios ambientes negociais.

- E o lazer essencial a um idoso em plena produção antenada? Comprometido. Exercícios físicos limitados. Noticiário da TV uma porcaria - até parece que não há diretor de redação nelas e sim, gente que assiste às concorrentes para imitá-las. Vergonha! Faltou esportes e principalmente os campeonatos inglês e alemão. O que salva? Pela qualidade e densidade, o streaming HBO GO, alguma coisa na Prime Amazon... Olhar o sol, trocar algumas mensagens com fontes, clientes e gente desaparecida que aparece nestes momentos de ócio. Ah: atualizar este espaço plural...

Tempos estranhos, estes... Não aprendemos muito com o passado. Nas guerras vitoriosas que a maioria - repito a maioria - dos livros de história nos contam, omitem que as batalhas e guerras foram vencidas não pelas lutas e estratégias, mas pelas intempéries e doenças dos guerreiros, heróis e soldados. Eles morriam pelo pelo deslocamento, enfermidades simples e restrições alimentares...

Aliás, um livro para ser revisitado neste momento é Armas, Germes e Aço do biólogo evolucionista Jared Diamond. Ele traz uma profunda análise sobre o desdobramento de diferentes sociedades humanas. Explica, do seu ponto de vista, a razão porque algumas se tornaram dominantes e outras dominadas.

Eu o emprestei esse para alguém. Não anotei. E não pude mais cobrar a devolução. Aliás, a lição nos ensina de que não se empresta livros, doa-se. E porque? Do livro sobra o aprendizado ou a decepção. Nada mais. Ficar com ele na estante é um desperdício. Um bom sábado de ócio.
Herculano
21/03/2020 07:22
Ao Luiz

Dispensar ou demitir os comissionados da prefeitura de Gaspar?

Dispensar é aumentar a mamata e privilégios dos cabos eleitorais de luxo empregados no governo municipal.

Demitir, é economizar em tempo de crise. E ai o bicho pega, ainda mais em ano de eleições, cheias de comprometimentos. Acorda, Gaspar!
LUIZ
20/03/2020 17:25
GOVERNO AUTORIZANDO CORTE DAQUI, DALI, E DO CONGRESSO, JUDICIARIO.
SE CORTAR S?" OS PINDURICALHOS DESSES CARAS DA UMA BOA GRANA.
A MINHA POSTAGEM ANTERIOR SERVE TBEM. PARA O GOVERNO FEDERAL.
SERÁ QUE ELES JÁ PENSARAM NISSO OU ESTÃO SE FAZENDO DE DESENTENDIDOS.
CLARO QUE NO DELES NÃO VÃO MEXER.
LUIZ
20/03/2020 17:11
QUE TAL O PREFEITO DISPENSAR TODOS OS COMISSIONADOS DURANTE ESSE PERÍODO Q A PREFEITURA VAI FICAR FECHADA.
É UMA BOA FORMA DE ECONOMIZAR. VALE PARA CÂMARA TAMBEM.
Miguel José Teixeira
20/03/2020 15:50
Senhores,

Mais uma pergunta de outro leigo para os entendidos responderem:s

Se abrirmos todas as janelas de nossa casa ou apartamento para melhor arejá-los, não aumentará as chances do coronavírus adentrá-los?
Herculano
20/03/2020 14:56
CLÃ BOLSONARO PROVA QUE A GENIALIDADE TEM LIMITES, por Josias de Souza, no UOL

O deputado Eduardo Bolsonaro disputa com os irmãos Carlos e Flávio uma espécie de corrida para mostrar ao pai Jair quem é o filho mais genial. No seu penúltimo esforço, Eduardo avaliou que o Brasil tem poucos problemas. E achou que seria uma boa ideia adicionar à pandemia do coronavírus e ao risco de recessão econômica uma briga diplomática com a China, o maior parceiro comercial do Brasil.

O filho do presidente culpou a China pela pandemia. Até onde foi possível apurar, esse vírus surgiu na cidade chinesa de Wuhan. No final de dezembro do ano passado, o médico que tentou alertar sobre a gravidade da descoberta foi advertido pelas autoridades locais. Esse médico morreu em fevereiro, contaminado pelo coronavírus. A ditadura chinesa abriu uma investigação, considerou inapropriado o comportamento das autoridades de Wuhan e diz que serão punidos os responsáveis. Sabe-se também que a China agiu com rigor para deter o avanço do coronavírus.

No momento, o ministro Henrique Mandetta, da Saúde, solta fogos porque a China se oferece para enviar ao Brasil equipamentos que se tornaram escassos no resto do mundo. Coisas como respiradores artificiais e máscaras. A ministra Tereza Cristina, da Agricultura, celebra a reabertura de negociações com a China para a venda de excedentes de produtos agropecuários do Brasil.

Foi nesse ambiente que Eduardo Bolsonaro, ex-futuro-quase-embaixador do Brasil nos Estados Unidos, chanceler informal do governo, decidiu comprar briga com a China. Numa reação incomum, o embaixador chinês no Brasil disse que o filho de Bolsonaro foi infectado por um "vírus mental". Exige um pedido de desculpas. O Itamaraty toma as dores do filho do presidente.

Difícil obter um pedido sincero de perdão, porque o patriarca do clã Bolsonaro está convencido de que o coronavírus é um plano da China para subjugar a economia mundial. Ainda não se sabe quem é mais genial, se o Zero Um, o Zero Dois, o Zero Três ou o pai. Mas vai ficando claro que a diferença entre a genialidade e a estupidez é que a genialidade tem limites.
Herculano
20/03/2020 14:45
UM VETOR

Pergunta que não quer calar. Os que vendem pão pelos bairros e interior do município de casa em casa não são vetores do coronavírus?
Herculano
20/03/2020 14:44
CONGRESSO DÁ AVAL PARA PROPOSTA DE ARAS DE DESTINAR R$1,6 BI DA LAVA JATO PARA O COMBATE AO COVID-19

Conteúdo de O Antagonista. Rodrigo Maia e Antonio Anastasia deram aval à proposta de Augusto Aras de destinar R$ 1,6 bilhão do fundo da Lava Jato para ser investido no combate ao avanço do coronavírus.

"O enfrentamento da situação inédita de calamidade pública que assola o país e o mundo certamente exige medidas de urgência e união de esforços, daí exsurgindo a relevância da realocação de recursos com a qual ora se anui", escreveu o presidente da Câmara em manifestação ao Supremo.

Ao STF, o PGR afirmou que, como parte dos recursos do acordo da Lava Jato do Paraná com autoridades dos EUA reservados para a Educação não foram executados, é possível fazer a realocação dos valores.

A posição de Maia é importante para a tese avançar no STF. Isso porque o ministro Alexandre de Mores, determinou, nesta sexta, que a PGR terá que negociar repasse desses valores com outros órgãos envolvidos no acordo.

Moraes afirmou que, como não cabiam mais recursos contra a decisão que destinou os valores, não há como adotar a medida sem um acordo entre as partes. Além da Câmara, AGU também deve se manifestar sobre o pedido da PGR.

"A evidente situação de emergência na saúde pública recomenda a adoção de todas as medidas indispensáveis para o enfrentamento à epidemia do coronavírus, inclusive com a alocação de recursos financeiros necessários", escreveu.
Herculano
20/03/2020 14:36
JORNALISMO DA MESMICE

Ficar em casa, em quarentena, assistindo as mesmas notícias e recomendações, há um limite e muito saco para a falta de visão dos donos das redações.

Ganharia muito o jornalismo, se aproveitasse o tempo da ociosidade forçada da população, para encontrar novas e atuais pautas.

Parece ser o coronavírus o nosso único problema a ser discutido, enfrentado e superado. E quando ele tiver sido uma página virada, estaremos no paraíso.

Parece cobertura de carnaval, vendas de Natal, Reveilon.... Até os bandidos parecem estar de quarentena...

É isso que as escolas de jornalismo, em decadência por falta de demanda, e tomadas pela esquerda do atraso, ensinaram e ensinam?
Herculano
20/03/2020 10:06
ECONOMIA DE GUERRA CONTRA O CORONA, por Vinicius Torres Freira, no jornal Folha de S. Paulo

É hora de pensar em produção extra e preços de recursos para os hospitais da epidemia

Há notícias de que o preço de máscaras hospitalares disparou. É muito provável que seja necessário inventar UTIs ou equivalentes, com ventiladores pulmonares, ao menos, e outros equipamentos auxiliares.

Em momentos de calamidade oficial e similares, a lei prevê intervenções estatais na atividade econômica, as quais podem incluir tabelamentos ou requisições. Tabelamentos tendem a não funcionar, exceto em situações de guerra de fato. De resto, não adianta fazer requisições se não há produtos, assim como não adianta tabelar o preço do que não existe.

É bem provável que esse seja um dos muitíssimos problemas da administração da economia e da epidemia. Trata-se de administrar uma economia como a de guerra, de mobilização de recursos e no gasto público (assunto que fica para logo mais).

Não, não se trata de "militarizar" o assunto. Trata-se de tomar medidas excepcionais quando a paralisação de fábricas, serviços e comércios e o número de baixas se assemelha aos efeitos da destruição causada por guerras.

São necessários o controle e o estímulo da produção de bens essenciais, a começar por aqueles de uso médico-hospitalar, caso não exista material suficiente para o serviço de cuidar dos feridos, doentes, e dar instrumentos aos profissionais da saúde. Esperar que a escassez também se espalhe de modo epidêmico é jogar com a morte.

Na Itália, país muito mais rico que o Brasil, o problema se tornou dramático, é evidente. Não se sabe qual será o ritmo do crescimento do número de doentes por aqui. Por ora, é assustador, já ultrapassando a velocidade da epidemia em grandes países europeus.

Embora a série de dados seja curta para especular com estatísticas, temos motivos mais fundamentados para levantar hipóteses sobre os riscos brasileiros. Para começar com o mais evidente, há milhões de pessoas a viver em habitação precária ou inaceitável, em aglomerações insalubres, sem acesso bastante ou algum a serviço de água limpa regular. São pessoas com saúde mais frágil, por vários motivos.

Trata-se de gente que vive em casas mais lotadas, que passa horas no transporte público lotado, que muita vez não deixará de trabalhar, até porque vive de bicos na rua, que ainda tentará fazer, no desespero. Muita vez é gente com menos acesso a informação ou com menos compreensão de diretrizes de saúde, por falta de escola. Como se não bastasse, ainda são francamente desorientadas por esse indivíduo que ora ocupa a Presidência da República.

É razoável imaginar que, sem outras medidas de controle, a epidemia pode se espalhar mais facilmente entre as pessoas que vivem na pobreza brasileira do que nas regiões mais ricas da Europa.

Não precisa ser assim. Talvez as medidas aqui mais precoces de controle de aglomerações possam atrasar a epidemia. Mais uma vez, é melhor fazer em excesso do que fazer muito pouco e descobrir demasiadamente tarde que não há recursos para cuidar dos feridos.

Na verdade, já não há. Joga na loteria da morte quem não começar desde agora a preparação para o pior. Isso pode incluir a convocação de produção de insumos a preços razoáveis, de fornecimento de instalações e mão de obra para colocar em operação essa capacidade adicional de atendimento.

É como a operação de uma economia de guerra, literalmente, não para produzir máquinas de morte, mas para salvar vidas.

Pode ser um exagero? No Brasil, não será, mesmo que a epidemia desacelere.
Herculano
20/03/2020 09:59
PERGUNTA ELEMENTAR AOS POLÍTICOS QUE COMEM OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS E NOS SACRIFICAM NA HORA DA SOLUÇÃO

Se o Covid-19 é um vírus chinês, o Zika é um vírus brasileiro? É isso? Os cientistas que leio para leigos estão errados? É isso? Não há Evolução Natural? Como se vê, a Terra é mesmo plana, em pleno século 21. Valha-me a ignorância e como as pessoas se estabelecem na ignorância por suas crenças e ideologias. Meu Deus!

Não é a toa, que citei na abertura do Trapiche, uma fala de uma série sobre gangsters acostumados a dominar os outros no berro, na intimidação, na dissimulação,no sufoco econômico, na porrada e até na bala:

"O MUNDO SERÁ TOMADO PELA IGNORÂNCIA, CORRUPÇÃO E SORDIDEZ"
Herculano
20/03/2020 09:47
da série: uma unanimidade contra, até para o gado.

"O PRESIDENTE TEM DE BOTAR O FILHO DE QUARENTENA"

Conteúdo de O Antagonista.Major Olímpio aconselhou Jair Bolsonaro a botar Eduardo Bolsonaro em quarentena.

Ele disse para o Congresso em Foco:

"O presidente tem de tomar atitude, botar o filho na quarentena. Faz quarentena no celular. Manda para qualquer lugar do mundo."

Ele disse também:

"Se não quer ajudar a carregar o caixão, sai de cima, não faz peso. Puta que pariu. Vai em cima e ainda fica pulando em cima? Para arrebentar as mãos de quem está carregando. Meu Deus do céu. Fico imaginando a hora que o Paulo Guedes viu o governo chinês se manifestando contra. É um chute em todos que estão querendo ajudar neste momento. Para de imaginar que o mundo é feito de like, curtida, rancor e ódio. Quando você vê uma acusação dessa, sem desmentido do governo brasileiro? o presidente e o ministro deveriam pedir perdão. China, ele não sabe o que diz. Se meus ministros não falam por mim, meu filho vai falar? Já pensou se chinês diz agora que vai parar de comprar nossa soja? A China está oferecendo ajuda humanitária porque o coronavírus está agora sob controle lá. Vão mandar medicamentos e médicos para a Europa. Vamos dizer que os caras não prestam porque tem o Partido Comunista Chinês. Dá licença!"
Miguel José Teixeira
20/03/2020 08:52
Senhores,

OOOps. . .sobre o "Samba do Crioulo Doido"

Segundo Carlos Ivan Zarabatana, em https://www.letras.mus.br/demonios-da-garoa/45443/,

"Faltou dizer que é de autoria de Sérgio Porto, o saudoso Stanislaw Ponte Preta! Grande poeta!"
Miguel José Teixeira
20/03/2020 08:48
Senhores,

Os famosos "Demônios da Garoa" cantaram e muito o "Samba do Crioulo Doido".

Bem que algum sambista (ainda existe, acreditem) poderia aproveitar a nova técnica de fazer panelaços e as asneiras que tem sido ditas sobre a pandemia e criar o "Samba do Coronavírus e a Reeleição do Capitão"?

Miguel José Teixeira
20/03/2020 08:33
Senhores,

Da série "perguntar não ofende":

Você degustaria um hamburger frito pelo eduardo bananinha, vulgo zero-três?

URGENTE! "caixa-prego" acaba de refutar a indicação de eduardo bananinha como embaixador do Brasil em seu remoto território!
Herculano
20/03/2020 07:55
CHINA INSISTE: EDUARDO BOLSONARO TEM QUE PEDIR DESCULPA POR SUA PROVOCAÇÃO

Deputado culpou chineses por pandemia

Declaração irritou embaixador do país

'Acusações desfundamentadas', disse

Conteúdo do Poder 360. Por meio de nota divulgada na noite desta 5ª feira (19.mar.2020), a Embaixada da China no Brasil manifestou "profunda indignação" com o que chamou de "acusações desfundamentadas anti-China" por parte do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

O manifesto se dá em resposta a declarações feitas na 4ª feira (18.mar) pelo congressista, que culpou o país asiático pela pandemia de covid-19. O filho 03 do presidente Jair Bolsonaro disse que o Estado chinês teria escondido "algo grave", referindo-se ao coronavírus e comparou o caso com Chernobyl.

Em resposta à atitude do deputado, a representação chinesa afirmou estar "extremamente chocada pela tal provocação flagrante contra o governo e povo chinês".

"Como deputado federal e figura pública especial, as palavras do Eduardo Bolsonaro causaram influências nocivas, vistas como um insulto grave à dignidade nacional chinesa, e ferem não só o sentimento de 1.4 bilhão de chineses, como prejudicam a boa imagem do Brasil no coração do povo chinês. Geram também interferências desnecessárias na nossa cooperação substancial", diz a nota.

A representação chinesa também exige pedido de desculpas por parte do deputado. "Opomo-nos às difamações e insultos contra a China impostos por qualquer uma e sob qualquer forma. A parte chinesa não aceitou a gestão feita pelo chanceler Ernesto Araújo à noite do dia 18. O deputado Eduardo Bolsonaro tem que pedir desculpa ao povo chinês pela sua provocação flagrante", diz.

No comunicado, a embaixada também destaca ter recebido apoio e solidariedade de todos os setores da sociedade brasileira. Esta não é a 1ª vez que a representação chinesa no Brasil se manifesta às declarações do deputado. Ainda na noite de 4ª feira (18.mar), a embaixada foi ao Twitter e escreveu que Eduardo havia proferido palavras "extremamente irresponsáveis".

O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, também reagiu. Disse que o país asiático repudia veementemente as declarações do congressista e exigiu 1 pedido de desculpas.

O deputado negou nesta 5ª feira (19.mar) a ofensa contra os chineses. Em nota, disse ser "descabida" a interpretação de que suas declarações representaram ofensa ao povo chinês e reafirmou críticas às ações do governo do país asiático para conter a pandemia e disse afirmou que suas publicações visaram "estimular o debate".

O chanceler Ernesto Araújo saiu em defesa do filho do presidente e afirmou ser "inaceitável que o embaixador da China endosse ou compartilhe postagem ofensiva ao chefe de Estado do Brasil e aos seus eleitores, como infelizmente ocorreu ontem à noite".
Herculano
20/03/2020 07:47
UMA PERGUNTA DE UM LEIGO PARA OS ENTENDIDOS RESPONDEREM

Se eu me isolo em casa, eu não diminuo as minhas proteções naturais ao coronavírus e ficarei mais exposto quando liberado da quarentena? Não haverá um novo surto?
Herculano
20/03/2020 07:44
MORO: "VAMOS SOLTAR TODOS OS TRAFICANTES DO PAÍS?"

Conteúdo de O Antagonista.Sergio Moro, em entrevista à Folha de S. Paulo, disse que o novo coronavírus não pode ser um pretexto para soltar todos os traficantes presos:

"Não podemos, a pretexto de proteger a população prisional, vulnerar excessivamente a população que está fora das prisões (...)

Alguns fazem a proposta de soltar todos os presos que não tenham sido condenados por violência ou grave ameaça. Estamos falando de todo tráfico de drogas, basicamente. Grande parte dos grandes traficantes foram condenados só por tráfico. E vamos soltar todos os traficantes do país? Não faz sentido."
Herculano
20/03/2020 07:42
EPIDEMIA OU FIASCO DO SÉCULO? por Hélio Schwartsman, no jornal Folha de S. Paulo

Em guerras, quase sempre vence quem tem as melhores informações.

John Ioannidis é um epidemiologista de primeira, acostumado a nadar contra a corrente. O "paper" em que mostrou que a maioria das conclusões de artigos científicos está errada se tornou um clássico instantâneo.

Ioannidis acaba de publicar outro texto polêmico, agora sobre a Covid-19. Ele diz que podemos tanto estar diante da maior pandemia como do maior fiasco científico do século. Não temos informação suficiente para julgar.

Sabemos que o número de pessoas que foram infectadas está subestimado, mas não temos ideia da escala. Pode ser por um fator 3 ou 300 ?"e isso faz toda a diferença, não apenas para o cálculo de taxas realistas de letalidade e de complicações.

A estratégia de enfrentar a epidemia com medidas duras de isolamento social faz todo o sentido se a virtual paralisação das atividades for por um período relativamente breve. Se paramos por dois ou três meses e o vírus sai de circulação ou a população já foi tão exposta ao contágio que a imunidade de rebanho aparece, vencemos. Mas, se isso não acontece, manter as curvas epidemiológicas achatadas para proteger os sistemas de saúde pode exigir vários meses ou anos de "shutdown". Aí o remédio pode ter consequências piores do que a doença.

Acho que Ioannidis errou no tom do artigo. Um de seus argumentos é o de que a taxa real de letalidade da Covid-19 pode não ser maior do que a da influenza sazonal. Mas basta olhar para a Itália para ver que não estamos diante de uma gripe comum. A forma como as pessoas morrem faz diferença para a sociedade. Congestionamento de cadáveres é algo que não toleramos.

O autor, porém, tem razão em cobrar dados melhores, até porque são em tese fáceis de obter, com a realização de testes aleatórios (e não só em doentes) em amostras representativas da população dos países onde a epidemia está mais madura.

Em guerras, quase sempre vence quem tem as melhores informações.
Herculano
20/03/2020 07:35
da série: é hora da política e dos políticos darem um passo atrás, e deixar o caminho livre para a ciências e os cientistas. Chega de bravata e terraplana.

CABOTISMO, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Ficará para a história a desfaçatez de um presidente que usa um momento tão delicado da vida nacional para se promover e para inventar inimigos, em especial a imprensa, com indisfarçáveis propósitos autoritários

Foi um espetáculo constrangedor, protagonizado pelo presidente Jair Bolsonaro, a entrevista coletiva realizada na quarta-feira para detalhar as ações do governo no combate ao coronavírus. Alguns de seus ministros até tentaram esclarecer os jornalistas a respeito dos esforços para lidar com a crise. Já o presidente só tinha uma preocupação: chamar a atenção para si mesmo e capitalizar politicamente o desempenho do governo, que para ele é ótimo. De quebra, usou a ocasião para, mais uma vez, atacar a imprensa.

No auge do cabotinismo, o presidente declarou, triunfante: "Nosso time está ganhando de goleada. Duvido que quem vier me suceder um dia, acho muito difícil, consiga montar uma equipe como eu montei. E tive a coragem de não aceitar pressões de quem quer que seja. Então, se o time está ganhando, vamos fazer justiça, vamos elogiar seu técnico, e seu técnico se chama Jair Bolsonaro". O mau português é o menor dos problemas de tal declaração, que resume o grau de alheamento do presidente.

Até o momento em que resolveu aparecer com seus ministros para prestar esclarecimentos sobre o que o governo estava fazendo contra a galopante disseminação do coronavírus, Bolsonaro insistia que a crise era fruto da "histeria" alimentada pela imprensa, mesmo quando já estava clara a dimensão terrível da pandemia.

Diante da patente incapacidade de Bolsonaro para lidar com a situação e cansados da fabricação diária de conflitos desde sua posse, os brasileiros começaram a protestar, promovendo panelaços em diversas cidades. Ademais, a popularidade do presidente nas redes sociais, outrora um território que o bolsonarismo dominava, começou a derreter na mesma proporção em que crescia a certeza da inépcia de Bolsonaro.

Certamente foram esses os motivos que levaram o presidente a armar o circo travestido de "entrevista coletiva", em que não faltaram nem mesmo as máscaras protetoras que só devem ser usadas por quem apresenta os sintomas da covid-19 ou é profissional da saúde, conforme instruções do próprio Ministério da Saúde. Ou seja, não havia nenhuma necessidade de o presidente e os ministros usarem as máscaras, a não ser que o objetivo fosse meramente cenográfico ?" o que se pôde constatar diante das evidências de que nenhum deles sabia direito como manuseá-las, acentuando o caráter picaresco do evento e, por extensão, do desgoverno de Bolsonaro. São imagens que ficarão para a história.

Também ficará para a história a desfaçatez de um presidente que usa um momento tão delicado da vida nacional para se promover e para inventar inimigos, em especial a imprensa, com indisfarçáveis propósitos autoritários. Na entrevista em que deveria detalhar seus planos contra a pandemia, Bolsonaro gastou energia para tentar jogar a opinião pública contra jornalistas e mentiu mais de uma vez ?" ao dizer que estava preocupado com o coronavírus desde fevereiro; e ao negar que tenha convocado manifestações contra o Congresso mesmo diante da recomendação do Ministério da Saúde de que não houvesse aglomerações. De quebra, aproveitou o ensejo para convocar seus apoiadores a fazer um panelaço para se contrapor a mais um protesto contra seu governo, ocorrido anteontem.

Tudo isso em meio à devastação social e econômica causada pela pandemia, que deixa aflitos todos os brasileiros, em especial os mais pobres e aqueles que estão no mercado de trabalho informal. A aflição aumenta ainda mais diante da confirmação de que não temos presidente de verdade, e o que temos tudo faz para atrapalhar o próprio governo e, por extensão, o País. Nisso está sendo auxiliado pelo deputado Eduardo Bolsonaro, seu filho mais novo, que, macaqueando o presidente norte-americano, Donald Trump, atribuiu à China a "culpa" pela crise, criando um atrito diplomático gratuito e desnecessário com nosso maior parceiro comercial justamente nesta hora de grande vulnerabilidade.

Cientistas de todo o mundo lutam para encontrar tratamento para a covid-19. No Brasil, constata-se que a incompetência do atual governo é incurável.
Herculano
20/03/2020 07:29
DF JÁ ESTIMA 16.279 CASOS DENTRO DE DUAS SEMANAS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Na Sala de Situação ao lado do seu gabinete, no Palácio Buriti, Ibaneis Rocha monitora cada novo dado da expansão do coronavírus em Brasília e no mundo. Ele e sua equipe examinam as melhores opções de protocolo que permitem ao governador do Distrito Federal se antecipar aos demais e adotar, sem hesitações, todas as medidas. O "DataRocha", como já chamam o sistema criado por Ibaneis, é uma usina notícias apavorantes, como a previsão de que o DF chegará a espantosos 16.279 infectados por Covid-19 daqui a duas semanas.

VÍRUS SOB LUPA

No total são 21 monitores, cada um deles gerando cada detalhe do combate ao coronavírus, indicando casos suspeitos e confirmados.

SEGUINDO PASSOS

O "DataRocha" gera informações, dados estatísticos e gráficos mostrando onde a doença avança imparável e onde perde força.

SUSPEITOS SE MULTIPLICAM

No início da tarde de quinta (19), o "DataRocha" indicava quase 2.500 casos suspeitos de contaminação somente no DF.

HOSPITAL NO ESTÁDIO

Ibaneis já cogita instalar um hospital com 300 leitos no estádio Mané Garrincha, e até desapropriar e tornar públicos hospitais privados.

NÃO É O CORONAVÍRUS: A INFRAMERICA DERRETE SOZINHA

O grupo argentino Corporacion America Airports, dono da Inframerica, vencedor da disputa bilionária para gerenciar os aeroportos de Brasília e Natal, fez o lançamento de suas ações na Bolsa de Valores de Nova York em fevereiro de 2018 por US$ 16,6 cada. Em junho de 2019, o valor da ação já havia despencado quase 50%. Ontem fechou valendo apenas US$ 1,7. Ou seja, quem investiu US$ 100 na oferta inicial dessas ações em 2018, acabou ontem o dia com praticamente US$ 10.

OUTROS FATORES

A CAAP/Inframerica tenta culpar o coronavírus pela desvalorização da empresa. Mas a ação perdeu quase 80% do valor antes do surto.

SE TODA EMPRESA FOSSE ASSIM...

A Inframerica já havia decidido "devolver" a concessão do aeroporto de Natal ao governo federal. A desculpa: não faturaram como esperavam.

PARCERIA CONDENADA

Entre 2014 e 2018, a Inframerica perdeu R$ 670 milhões em Natal. E a sua parceira no negócio era a Engevix, uma das estrelas da Lava Jato.

SALVE A ESCOLA DE CHICAGO

O ex-deputado Flávio Bierenbach acha que o ministro Paulo Guedes "só usa a máscara para disfarçar o sorriso". Para o ministro aposentado do STM, "dizimando pobres, velhos e vulneráveis, o Estado nunca mais haverá de intervir. Deixa tudo por conta do livre mercado.

DEFESA SOLITÁRIA

Enquanto deputados avançaram no pescoço de Eduardo Bolsonaro (SP) por causa do incidente com a China, um atuava solitário em sua defesa: Marcos Feliciano, aquele dos dentes de porcelana chinesa.

BRAZUCAS DE VOLTA

A embaixada do Brasil em Lisboa trabalhou com muita competência e obteve a ajuda da diplomacia local para que Portugal abrisse exceção e autorizasse a empresa aérea Azul a operar quatro voos Lisboa-Campinas, hoje e amanhã, para trazer de volta brasileiros retidos.

MUDARAM O MAPA

A CNN Brasil afirmou ontem categoricamente, e repetiu, que Chile e Equador "não fazem parte da América do Sul". Não é o que mostram o mapa do continente e nem o que ensinam as aulas de Geografia.

NÃO É O QUE, MAS QUEM DISSE

Eduardo Bolsonaro não mentiu ao dizer que o coronavírus nasceu na China e quando lembrou tentativas da ditadura de esconder a epidemia. Qualquer pessoa sabe disso, mas o filho do presidente não pode chutar na canela do maior cliente de produtos brasileiros.

SE PREGUIÇA MATASSE...

O panelaço surpreendeu mesmo pela preguiça dos manifestantes. As panelas foram batidas por alguns segundos, gravados no celular, e o som reproduzido em loop em caixas de som posicionadas nas janelas.

MASSA DE MANOBRA

O especialista em Controladoria e Finanças Fernando Cabral resumiu como "pandemia psicológica" o que ocorre nas bolsas de valores. "É o efeito manada, em que todos seguem investidores de peso", explicou.

CENSURA NA INFRAERO

Funcionários da Infraero reclamam a plenos pulmões contra a política da empresa de manter bloqueados sites de notícias durante essa crise, enquanto poucos felizardos têm Facebook liberado na hora do almoço.

PENSANDO BEM...

... sucesso dos protestos serão medidos, em breve, não pelo número de apoiadores, mas pela potência das caixas de som.
Herculano
20/03/2020 07:15
da série: exemplo de gente doida - onde o poder pessoal subverte a razão coletiva - que influencia governos e o faz perder credibilidade após a eleição. Em Gaspar nada disso é diferente.

NEGóCIO DA CHINA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Eduardo fomenta tensão diplomática enquanto se necessita de cooperação global

Entre as coisas de que o Brasil menos precisa neste momento de crise e incerteza é um entrevero com nosso maior parceiro comercial. Foi exatamente o que logrou produzir o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ao veicular mensagens responsabilizando a China pela pandemia da Covid-19.

Na quarta (18), o parlamentar, filho do presidente da República e presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, endossou a acusação de que a culpa pela disseminação global do novo coronavírus pertence ao Partido Comunista Chinês, comparando o caso ao acidente nuclear de Tchernóbil, ocorrido em 1986.

No dia seguinte, tentou dar nova interpretação a suas palavras, mas o problema já estava criado.

A resposta à fanfarronice foi drástica. Em tom de agressividade inusual na linguagem diplomática, o embaixador do país asiático declarou que as falas do deputado "são um insulto maléfico contra a China e o povo chinês", que vai ferir a relação amistosa entre os dois países.

O vice-presidente, Hamilton Mourão, buscou aplacar o mal-estar afirmando que as declarações de um deputado não refletem a opinião do governo. Na contramão desse esforço, e certamente em busca de agradar ao chefe, o chanceler Ernesto Araújo divulgou nota em que pediu a retratação do embaixador chinês.

Publicadas no mesmo dia em que Jair Bolsonaro enfrentou protestos em diversas cidades do país, as mensagens do filho parecem ter o objetivo de excitar a militância bolsonarista das redes sociais, mirando um alvo também da predileção do americano Donald Trump.

Não que inexistam motivos para criticar o comportamento da China desde o surgimento do novo vírus. Parece claro que a ditadura agiu, no mínimo, de forma negligente nas primeiras semanas do surto, minimizando a importância da infecção e calando profissionais de saúde que alertavam para os perigos da doença.

Hoje, contudo, tendo controlado a epidemia, o país adquiriu um papel proeminente no auxílio a outras nações assoladas pela enfermidade - numa atitude em que não faltam pretensões geopolíticas.

Ao se comportar como parlamentar nanico, Eduardo Bolsonaro não só atrapalha uma parceria que proporcionou US$ 65 bilhões em exportações no ano passado como indispõe o Brasil com o governo chinês numa hora em que se necessita de cooperação global.
Herculano
19/03/2020 19:39
PÉS NO CHÃO

De Marcelo Medeiros, economista, no twitter:

Há três curvas para amortecer. A primeira é da epidemia. A segunda é a da recessão. A terceira é a da instabilidade política que vai resultar disso tudo. As três exigem que medidas comecem a ser tomadas agora.
Herculano
19/03/2020 19:27
da série: os filhos amalucados do presidente Jair Messias Bolsonaro, sem partido, são focos permanentes de problemas para ele e a imagem do Brasil.

NUNCA QUIS OFENDER POVO CHINÊS, MAS O EMBAIXADOR NÃO REFUTOU MEUS ARGUMENTOS, DIZ EDUARDO BOLSONARO

Deputado culpou China pelo coronavírus e recebeu resposta dura do embaixador chinês no Brasil

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Rafael Balago. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) publicou nesta quinta (19) uma série de mensagens no Twitter em que diz não ter ofendido o povo chinês, mas ter feito uma crítica apenas ao governo do país.

Na quarta (18), Eduardo fez posts nos quais culpava a China pelo coronavírus, e recebeu uma resposta dura do embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, também via redes sociais, abrindo uma crise diplomática entre os países.

"Jamais ofendi o povo chinês, tal interpretação é totalmente descabida", escreveu o filho do presidente Jair Bolsonaro. "Esclareço que compartilhei postagem que critica a atuação do governo chinês na prevenção da pandemia, principalmente no compartilhamento de informações que teriam sido úteis na prevenção em escala mundial."

Na mensagem, Eduardo manteve o tom de confronto ao embaixador Yang Wanming. "Não identifiquei qualquer desconstrução dos meus argumentos por parte do embaixador chinês no Brasil. Este apenas demonstrou irritação com meu post e direcionou erroneamente suas energias no compartilhamento de posts ofensivos à honra de minha família - este sim um fato grave e desproporcional", prosseguiu.

Apesar da crítica ao diplomata, Eduardo disse ainda que o país não deseja problemas com a China e explicitou sua "estima pela contribuição da comunidade chinesa no desenvolvimento do Brasil". Escreveu também que não falou em nome do governo brasileiro, o que o vice-presidente Hamilton Mourão e o chanceler Ernesto Araújo também disseram, mais cedo.

O deputado, no entanto, manteve a defesa dos pontos que geram irritação aos chineses: referir-se ao Covid-19 como um vírus chinês, o que para ele não representa xenofobia, e a comparação entre a crise atual e o vazamento em Tchernóbil, na antiga União Soviética, cujo acidente nuclear foi inicialmente ocultado pelo governo.

Jamais ofendi o povo chinês, tal interpretação é totalmente descabida. Esclareço que compartilhei postagem que critica a atuação do governo chinês na prevenção da pandemia, principalmente no compartilhamento de informações que teriam sido úteis na prevenção em escala mundial.

Estimular o debate é função do parlamentar brasileiro, tendo por isso a prerrogativa da imunidade parlamentar (art. 53, CF) como garantia constitucional, para que deputados possam exercer tal direito.

Assim, mesmo vivendo numa democracia com ampla liberdade de imprensa e expressão, não identifiquei qualquer desconstrução dos meus argumentos por parte do embaixador chinês no Brasil.

Este apenas demonstrou irritação com meu post e direcionou erroneamente suas energias no compartilhamento de posts ofensivos à honra de minha família ?"este sim um fato grave e desproporcional. Porém, enxergo como positivo que tais fatos tenham trazido à tona o debate de como governos podem (e devem) tentar evitar pandemias.

Esclareço ainda que meu comportamento não tem o mínimo traço de xenofobia ou algo similar.

Na comunidade médica, é bem comum que doenças sejam batizadas em referência à localidade de origem da mazela. Por exemplo, a gripe espanhola traz em seu nome o país na qual foi originada; o vírus ebola faz referência ao rio do Congo de mesmo nome.

A comparação entre o coronavírus e a tragédia da usina nuclear de Chernobyl também não é novidade. Matérias de veículos como BBC, Financial Times, Foreign Policy, Newsweek e até mesmo das brasileiras Folha de São Paulo e Globo fazem comparação entre o ocorrido em Chernobyl e o alastramento do coronavírus, pois ambos os casos ocorreram em países cuja a liberdade de expressão e imprensa eram/são limitados pelo governo.

Para citar apenas um exemplo, o governo atual da China bane plataformas como Twitter, Facebook e WhatsApp, que têm sido fundamentais no esclarecimento de dúvidas da população mundial quanto à atual pandemia.

A mutação genética de um vírus pode nascer em qualquer país, mas é obrigação das autoridades deste informar à sociedade e tomar as melhores medidas para conter seu avanço (e não agir mantendo sigilo da real condição). As vidas das pessoas devem vir em primeiro lugar, não os interesses do Estado.

Não desejamos problemas com a China e, certamente, o país asiático também não busca conflitos com o Brasil.

Não creio que um tweet isolado de um parlamentar levantando questionamentos sobre a conduta de um governo estrangeiro tenha condão para tanto, visto que a discussão de pautas globais é prática normal na comunidade internacional, servindo para aperfeiçoamento de políticas de governo ao redor de todo o mundo.

Não permitir que esse debate ocorra seria deliberada censura, contrariando todos os ideias de democracia do povo brasileiro. E vale lembrar que países com posições políticas distintas mantém relações de comércio, basta lembrar que o maior parceiro comercial da China é os EUA, e o país norte-americano tem como seu 3º maior parceiro comercial o país asiático.

Jamais tive a pretensão de falar pelo governo brasileiro, mas devido a toda essa repercussão, despido de qualquer vaidade ou ego, deixo aqui cristalina que minha intenção, mais uma vez, nunca foi a de ofender o povo chinês ou de ferir o bom relacionamento existente entre os nossos países.

Manifesto ainda no sentido de lhes dar boas-vindas ao nosso país e explicitar minha estima pela contribuição da comunidade chinesa no desenvolvimento do Brasil, terra famosa pelo seu povo acolhedor.

CRISE DIPLOMÁTICA
O embate com a China começou na noite de quarta-feira (18). As postagens de Eduardo, com as críticas repetidas na carta acima, foram refutadas pouco depois pelo embaixador Yang Wanming, que exigiu que o deputado se desculpasse.

"As suas palavras são um insulto maléfico contra a China e o povo chinês. Tal atitude flagrante anti-China não condiz com o seu estatuto como deputado federal nem [com] a sua qualidade como uma figura pública especial", escreveu o embaixador em resposta.

Além disso, o perfil no Twitter da Embaixada da China no Brasil republicou uma mensagem em que um usuário dizia que a família Bolsonaro é "o grande veneno deste país", mas apagou o post depois.

Nesta quinta, o vice-presidente Hamilton Mourão disse à Folha que as declarações de Eduardo criaram um constrangimento diplomático e que não representa a opinião do governo federal.
Herculano
19/03/2020 19:21
O DAY AFTER DO CORONAVÍRUS, por Mateus Bandeira, foi CEO da Falconi, presidente do Banrisul e secretário de Planejamento do RS, em Os Divergentes

O mundo vai acabar, mas não agora

Crises inéditas, como a do coronavírus, necessitam de tempo para serem digeridas. Mas arrisco algumas constatações preliminares.

O mundo está vivendo algo raro na história da humanidade. Talvez só se compare com a gripe espanhola na primeira metade do século XX. Diferente daquela pandemia, porém, a medicina nunca esteve tão preparada para enfrentar desafios.

Ao mesmo tempo, as autoridades estão se mostrando, de um modo geral, responsáveis com a ameaça invisível. O Governo do Brasil está adotando medidas emergenciais apropriadas na saúde e na economia.

Entretanto, o ser humano, que se diferencia do restante do mundo animal pela racionalidade, está agindo como manada. O pânico parece estar embaçando nossa inteligência.

Não, não estou falando de teorias conspiratórias. Tampouco desprezando a gravidade do momento. Eu e minha família estamos adotando medidas preventivas extras. Queremos todos ficar vivos.

Falo de dados. Até o momento, cerca de 190 mil pessoas foram infectadas no mundo, de acordo com boletim da OMS do último dia 18 de março. O número de mortes, concentradas na China, Itália e Irã, se aproximava das 8 mil. No Brasil, segundo o site do Ministério da Saúde, também atualizado no dia 18, havia 428 casos registrados e 4 mortes confirmadas.

Algumas comparações com base em dados do portal G1. Apesar da queda de 14%, 3.739 mulheres foram assassinadas em 2019.

Mesmo com a redução de 19%, 41.635 indivíduos foram assassinados em 2019. Ou seja, houve 5 vezes mais assassinatos no Brasil em 2019 do que vítimas do vírus em todo o mundo.

Outra gripe recente, a H1N1, ou Influenza, matou em média duas pessoas por dia no Brasil em 2019 - foram registrados 796 óbitos. O Aedes aegypti matou, no mesmo ano, 754 pessoas no País.

O fato é que outras letalidades, mais agressivas, não decidiram parar de provocar vítimas e esperar o coronavírus desfilar solitário na passarela da morte. O jornalista Leonardo Sakamoto, do UOL, entrevistou quem entende do assunto.

Um desabafo de um médico socorrista abre sua coluna da última segunda, dia 16. "Acidentes de trânsitos, partos, afogamentos, quedas de laje, infartos não param de acontecer para esperar o coronavírus passar".

Na China, onde tudo começou, em novembro de 2019, os casos estão em declínio acelerado. Prêmio Nobel, o biofísico Michael Levitt disse que "o Corona já está em se enfraquecendo, e a humanidade vai sobreviver".

A vida continua

O que a maioria não está vendo é que haverá um dia seguinte. 2020 prometia ser um ano de recuperação econômica ?" o que, agora, parece muito difícil.

Uma recessão econômica já é uma possibilidade real. Ou seja, voltarmos aos fatídicos anos de 2015 e 2016, depois que o PT levou o País à bancarrota.

A vida de cada brasileiro é valiosa, mas o mundo não vai acabar depois que o coronavírus passar. As consequências de uma crise mal gerida podem durar um tempo muito maior do que a fase mais aguda da crise ?" 4 meses, talvez.

Se combater o covid-19 é questão de sobrevivência, minimizar os efeitos deletérios na economia é igualmente necessário. Um remédio aplicado em dose excessiva vira veneno.

Se não dosarmos a receita, duas consequências são previsíveis. Aumento do desemprego e quebradeira, sobretudo de micro e pequenas empresas. O cenário próximo futuro pode ser o da depressão, com consequências muito mais duradouras.

O momento deve ser aproveitado para endireitar o País e corrigir injustiças históricas. Para começar, hora de aprofundar as reformas estruturais, como a PEC Emergencial, a 186.

Ao mesmo tempo, se precisamos de mais recursos para saúde, que tal cortar onde sobra gordura, como os R$ 2 bilhões do fundo eleitoral? Cálculo do professor do Insper, Thomas Conti, aponta que há R$ 4,7 bilhões desperdiçados em auxílio-moradia com a elite do Judiciário.

Segundo ele, outros R$ 5 bilhões vão para pensões de filhas de militares e R$ 10 bilhões ultrapassam o teto dos supersalários do serviço público. Uma vacina contra o desperdício é destinar esta montanha de dinheiro para quem realmente precisa.
Herculano
19/03/2020 19:11
"CRISE E RESPONSABILIDADE", Fernando Schüler, filósofo, no site Gazeta do Povo, Curitiba PR

A gripe espanhola, no fim da Primeira Grande Guerra, matou perto de 50 milhões de pessoas. Seria algo como 220 milhões nos dias de hoje. Por muitas razões, o que ocorreu naquele ano e meio de pânico global é muito diferente do que vivemos hoje. Mas há lições a aprender. A sugestão é do historiador americano John Barry, autor de The Great Influenza: The Story of the Deadliest Pandemic in History, um dos mais completos livros sobre a gripe espanhola.

Suas indicações focam os aspectos intangíveis da pandemia. Não se trata do número de máscaras ou leitos hospitalares disponíveis, em que pese tudo isso seja crucial. Seu primeiro ponto diz que tendemos a desprezar o risco e perder rapidamente o senso de disciplina que uma pandemia exige. "As pessoas precisam assumir a responsabilidade e persistir. O fator decisivo é o esforço voluntário e o comportamento individual", afirma Barry. Lendo isso, pensei nas milhares de pessoas que mal saem de casa, proíbem os filhos de frequentar o playground do edifício, mas não dispensam a diarista de andar uma ou duas horas no transporte coletivo para chegar em casa.

A segunda lição, sustenta Barry, é "dizer a verdade". O argumento é simples. A confiança é a base da ação coletiva, é disso que trata o enfrentamento de uma pandemia. Confiar no que as autoridades estão dizendo não resolve o problema, mas é o primeiro passo. Decisões rápidas, informação clara e padronizada, envolvendo o governo federal e os estados, fariam uma enorme diferença, mas desconfio que não temos uma elite política preparada para isto. Quando o presidente diz que vai manter sua festinha de aniversário, mesmo depois da patética atitude do último domingo, temos um sinal nessa direção.

Não há contradição entre a agenda emergencial e a agenda de reformas, e aqui pouco importa se o protagonismo é do governo ou do Congresso

Nosso problema, no entanto, está longe de ser o que diz ou deixa de dizer o presidente. O poder de informar está espalhado no mundo digital, e a responsabilidade também é difusa. Cada um pode achar graça em tirar uma lasquinha política com a crise ou fazer de conta que nada de mais está acontecendo, mas a conta será paga por todos.

O desafio da ação coletiva é o mesmo no mundo político. Rodrigo Maia acerta ao dizer que as pautas de combate à pandemia são prioritárias no Congresso. As medidas emergenciais anunciadas até agora pelo governo são tímidas, ainda que na direção correta. Mas esse não é o ponto. A questão central é que será um enorme equívoco se o Congresso, em nome da emergência, abrir mão de avançar, e com ainda mais rapidez, nas reformas fiscais que o país precisa fazer.

A razão é que o país não tem espaço fiscal para fazer o que deve ser feito para combater uma crise que está apenas se iniciando. É preciso zerar a fila do Bolsa Família, ampliar o atendimento no sistema de saúde, aumentar o investimento público em infraestrutura. Não é exatamente esse o sentido da PEC Emergencial e dos fundos públicos? Ou do Plano Mansueto, de recuperação fiscal dos estados?

Reformas do país, não do governo
A verdade é que não há contradição entre a agenda emergencial e a agenda de reformas, e aqui pouco importa se o protagonismo é do governo ou do Congresso. A crise serve exatamente para que um novo patamar de consenso possa ser obtido.

O senador Mitt Romney propôs dar US$ 1 mil mensalmente a cada cidadão americano enquanto durar a crise. O Brasil ensaia fazer algo nessa linha, oferecendo um benefício equivalente ao do Bolsa Família para quem não dispõe de outro benefício público. É muito pouco. A cara de um país quebrado. País que, mesmo com uma imensa tragédia humana batendo à porta, teima em não fazer a lição de casa que precisa fazer.

Vivemos uma situação inédita de emergência. Situações como esta revelam o que somos de melhor e o que somos de pior. Nosso pior já conhecemos. O bate-boca inútil, o ódio político, a procrastinação nas decisões difíceis. O melhor esperamos que o Congresso saiba fazer. Agir com a responsabilidade e a capacidade de antecipação que o país requer nestes tempos difíceis."
Herculano
19/03/2020 19:04
"TIRA ESSE DINHEIRO DESSE HOMEM E JOGA NO MINISTÉRIO DA SAÚDE", por Diego Amorim, de O Antagonista.

O senador Oriovisto Guimarães (Podemos) foi um dos que assinaram o manifesto pedindo para que Jair Bolsonaro destine os bilhões do acordo do orçamento para o combate à Covid-19.

"A lei permite que o Executivo, pela sua própria vontade, retire esse PLN 4 [de tramitação no Congresso], que coloca R$ 20 bilhões nas mãos do relator do orçamento, para que ele faça política", disse.


O parlamentar emendou, em vídeo divulgado em suas redes sociais:

"Tira esse dinheiro desse homem e joga no Ministério da Saúde para combater o novo coronavírus. Depende só do presidente querer."

O senador também sugeriu que Bolsonaro converse com sua equipe técnica e "encontre uma forma legal" de destinar, neste ano, a dinheirama do fundo eleitoral para o enfrentamento da Covid-19.

"Não é hora de gastar dinheiro com política."

Oriovisto acrescentou ter certeza de que, se Bolsoanro tomar essas duas medidas, "o povo ficará do lado dele".
Herculano
19/03/2020 19:01
DESFILE CANCELADO. UM ALÍVIO

O desfile dos 86 anos da emancipação de Gaspar de Blumenau programado para terça-feira, foi cancelado. Um alívio para o poder de plantão. Temia o esvaziamento natural e até alguma surpresa num eventual protesto, num ano eleitoral.
Herculano
19/03/2020 18:59
A CÂMARA DE GASPAR ESTÁ DE RESGUARDO

Por sete dias e podendo ser prorrogado, a mesa diretora Câmara de Gaspar resolveu fechar as portas, inclusive ao público.

Nesta quinta-feira foi cancelada a reunião da CPI das supostas irregularidades da Rua Frei Solano.

Igualmente, a sessão ordinária da próxima terça-feira.

A sessão da Câmara Mirim, já tinha riscada da agenda.
Herculano
19/03/2020 18:53
da série: como em números absolutos a Itália registra mais mortos do que a China, berço do Covid 19? Ou há a China esconde os números, o que é bem provável, ou a Itália tem os seus cidadãos mais vulneráveis na saúde. Outra. Se olharmos os números veremos que o crime mata proporcionalmente mais no Brasil. O número de mortos por 100 mil habitantes, na Itália, por coronavírus, é de 5,7; contra 0,23 na China; já a taxa de morte por homicídios no Brasil é de 30,1. Vergonha.

NÚMERO DE MORTE POR CORONAVÍRUS NA ITÁLIA ULTRAPASSA O DA CHINA E É O MAIOR DO MUNDO

País europeu agora tem 3.405 mortes, contra 3.249 do asiático; mortes por 100 mil habitantes são 5,7, contra 0,23 na China
Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Ana Estela de Sousa Pinto, de Bruxelas, Bélgica. O número de mortes por causa do novo coronavírus na Itália ultrapassou o da China nesta quinta (19). Com mais 427 casos em um dia, a Itália tem agora 3.405 mortes. O último dado divulgado pela China foi de 3.249 mortos.

Em número de mortos por 100 mil habitantes, a Itália tem situação muito mais grave que a da China: 5,7, contra 0,23. A média mundial é 0,115 e a da Europa, 0,5 (puxada pelos números italianos). A Espanha registrava 1,3 mortes por 100 mil habitantes na manhã desta quinta, a França, 0,7, e Suíça e Holanda, 0,4.

A Itália é o país mais afetado pela pandemia na Europa, e responde por cerca de três quartos das mortes decorrentes de coronavírus no continente: 4.196 até as 10h desta quinta.

O país é também o segundo em número de casos de infecção no mundo, atrás apenas da China, onde surgiram os primeiros casos, no final de 2019.

O governo italiano colocou o país em quarentena na semana passada, mas isso ainda não conteve o crescimento acelerado tanto de casos quanto de mortes.

Já são 41.035 italianos com contaminação confirmada, um aumento de 14,9% em relação ao dia anterior, a maior alta dos últimos três dias, segundo a agência italiana de proteção civil.

O número de pessoas ainda doentes é de 33.190, dos quais 2.498 estão em estado grave (na quarta, eram 2.257). Recuperaram-se da doença 4.480 pessoas.

Pelos dados divulgados nesta quinta, 8,3% dos casos registrados terminaram em morte, taxa semelhante à registrada na quarta.

?Na quarta-feira (18), o país teve alta recorde para um único dia em um país: foram 475 as pessoas que morreram entre terça e quarta, aumento de 19% em um dia. O país tem enfrentado falta de estrutura para atender aos doentes graves, que precisam de aparelho de ventilação e são os mais propensos a morrer.

Em algumas cidades, os hospitais estão lotados, as unidades de terapia intensiva, sem vaga, e os cemitérios e crematórios têm filas de caixões. ?

No total, mais de 9.000 pessoas já morreram por causa do coronavírus no mundo, e a Europa já registra maior número de mortes que a China.

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