20/09/2018
Os cabos eleitorais de todos os tipos e partidos, e até candidatos, estão fulos comigo e com esta coluna do jornal, o de maior circulação em Gaspar e Ilhota, líder de acessos no portal que é o mais antigo, mais atualizado, acessado e acreditado daqui; o que investe em inovações para servir seus leitores e leitoras. E por que? Eu não estou promovendo esses políticos nas suas virtudes que dizem possuir para representar Gaspar. Ao invés de um projeto regional e até suprapartidário a partir de Gaspar, a maioria dos nossos políticos se dividiram para medir forças entre si com seus paraquedistas. Um atraso. Os candidatos vêm de bem longe. Enfraquece-se os daqui e da região. Aliás, essa sina de vingança e divisão dos gasparenses foi inaugurada pelo PT quando Pedro Inácio Bornhausen, PP, o genuíno da terra, quase se elegeu deputado estadual, depois do fenômeno Francisco Mastella, PDC – que tinha domicílio eleitoral aqui.
O pior dos exemplos começa pelo poder de plantão: o MDB e PP. Ele precisaria, em tese, de canais institucionais fortes de representação no parlamento – Brasília e principalmente Florianópolis - identificados com as causas regionais daqui. Alguns do poder de plantão de Gaspar nem partidos parecem ter, mas apenas à obediência às suas igrejas evangélicas. São fatos e atos que os alimentam no imediatismo do presente, mas os enfraquecem politicamente no futuro. Renovação? Praticamente nula. Um grupo do MDB de Gaspar (o presidente em exercício Walter Morello, Ivete Mafra Hammes e Francisco Hostins Junior) vai repetir à busca de votos para a já deputada Dirce Heidersheidt, de Palhoça, na Grande Florianópolis; Evandro Carlos Andrietti, trabalha pela reeleição de Adda Faraco de Lucca, de Criciúma; Ciro André Quintino vai rebolar com o novato Jerry Comper, de Ibirama, este ano menos do Vale; Francisco Solano Anhaia e o presidente licenciado do partido, Carlos Roberto Pereira, estão trabalhando para a reeleição Luiz Fernando Vampiro, também de Criciúma; já Roni Muller, que cuida das verbas das obras comunitárias, ou seja, possui poder de trocas, vai abrir espaço para o vereador de Joinville, Rodrigo Fachini.
Vão faltar votos para o poder de plantão e principalmente ao MDB e que necessariamente precisaria se identificar com alguém, ao menos, próximo do médio Vale do Itajaí, onde Gaspar está inserida. Gaspar precisaria um conhecedor que vive os problemas daqui. Pelas escolhas do MDB e PP, Gaspar deveria estar no Sul do Estado, Florianópolis ou Joinville. E desta autofagia, quem ganhar os minguados votos aqui, proporcionalmente em relação a outros municípios onde estão à base desses candidatos, se eleitos, não se acharão representantes de Gaspar até a próxima eleição, quando virão todos com os mesmos ou novos cabos eleitorais, para serem paraquedistas, passarem à lábia e obterem os minguados votos, os quais na somatória geral lhes ajudam. Na aliança do poder de plantão em Gaspar do MDB, o PP, do vice Luiz Carlos Spengler Filho não difere muito. Ele vai com a reeleição de João Amin, de Florianópolis e o presidente do Samae, o mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, com a reeleição José Milton Schaffer, de Tubarão. Alguma dúvida da estratégia contra a cidade e os cidadãos, além da desculpa de que estamos numa democracia e nela todos somos livres para as escolhas? Como faz falta o voto distrital, mesmo que misto.
E o prefeito Kleber, o evangélico? Apesar de ter estado sempre no MDB, tenta esconder a articulação que faz com a família e um grupo fechado pela reeleição Ismael dos Santos, PSD – este identificado com o Vale, mas é do PSD, vejam só, que é oposição ferrenha a Kleber em Gaspar. Para não fugir ao compromisso religioso, Kleber vai a Federal com Jovino Cardoso, PROS, vereador de Blumenau. É que à Câmara Federal, o MDB de Gaspar e com a palavra de Kleber, majoritariamente, fechou com Rogério Peninha Mendonça, de Ibirama, que não apoia o Henrique Meirelles, MDB para a presidência. E assim que o mundo dos políticos conspira contra Gaspar e eles próprios. Há outras duas dezenas de candidatos vampirando votos aqui, por outros partidos e cabos eleitorais, e de regiões bem distantes. Todavia, vou praticamente parar por aqui. O espaço seria insuficiente para nominá-los.
Em Gaspar, contudo, há pelo menos dois candidatos da terra para esta eleição: Pedro Celso Zuchi, PT, à estadual, com grandes chances pelo esquemão da família Lima, o mesmo que não deixou Pedro Bornhausen se criar, e também Marcelo de Souza Brick, PSD, para Federal, o que fez da política, uma carreira, interrompida com a derrota para a eleição para prefeito em 2016. E os exemplos de divisão e incoerências estão em todos os partidos daqui. Abro um parêntesis para mostra o do PSDB. O partido não está no governo Kleber e o resultado das urnas mostrou que ele deveria ser oposição. O diretório presidido por Andreia Symone Zimmerman Nagel fechou com Sylvio Zimmermann, vereador em Blumenau e cuja família é originária do bairro Coloninha, aqui em Gaspar para deputado estadual. A vereadora Franciele Daiane Back, do PSDB, que está fechada com o governo de Kleber, fez outra escolha para deixar a sua marca nessa divisão de terreno: o vereador de Pomerode, Rafael Pfuetzenreiter, num projeto de retomada de poder de lá, minguado com os escândalos de Gilmar Knaesel, PSDB, e João Alberto Pizzolatti Junior, PP. Menos mal, que não é ninguém do Norte, da Serra, da Grande Florianópolis, Oeste ou do Sul. E Gaspar? Dane-se. É por isso e outras, que não fico papagaiando aqui as virtudes de candidatos que não possuem a mínima identificação com Gaspar e principalmente o Médio Vale, onde Gaspar está inserido com parte da região metropolitana e seus problemas cada vez mais graves e metropolitanos. Acorda, Gaspar!
Ouvi, e não sei precisar de quem é esta frase: “Os lugares mais sombrios do Inferno são reservados àqueles que se mantiveram neutros em tempos de crise moral”.
As pesquisas não deixam mais muitas dúvidas. Jair Bolsonaro, PSL, e Fernando Haddad, PT, estarão no segundo turno. Dias sombrios virão com a vitória de qualquer um dos dois.
É incompreensível, como o brasileiro pode errar tanto, a tal ponto de votar num poste – outra vez, como fez com Dilma que desempregou 13 milhões de trabalhadores, quebrou a economia, aumentou a inflação a dois dígitos, permitiu uma roubalheira sem fim na Petrobrás – numa campanha dirigida de dentro da cadeia por um réu condenado, em segunda instância e por vários crimes.
O PT é, ao que parece e de fato, uma seita ou uma organização criminosa. De partido político, só a fachada para lhe dar legalidade ao que se aparenta ilegal, afrontando permanentemente as instituições, principalmente a Justiça e às leis. E os eleitores e eleitoras – de um modo geral - são uns fanáticos, analfabetos, ignorantes, desinformados e gostam de se auto-punirem e aos neutros.
Ilhota em chamas I - Já está concluso o inquérito e por ele, a promotora Andreza Borinelli, que na Comarca cuida da Probidade e Moralidade Pública, decidiu que vai ajuizar uma Ação Civil Pública contra o Município, o Ilhotaprev e a Câmara de Ilhota.
Ilhota em chamar II – A ação é para sanar as irregularidades cometidas pelo prefeito Érico de Oliveira, MDB, com amparo da sua maioria na Câmara, no Instituto de Previdência de Ilhota. Esta coluna antecipou o assunto que os do poder de plantão de Ilhota diziam ser “fake news” e perseguição técnico-política do advogado Aurélio Marcos de Souza.
Ilhota em chamas III – Só falta agora, essa turma afirmar que se trata de perseguição da polícia que apurou os fatos e do Ministério Público que enxergou as irregularidades depois do inquérito.
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