20/03/2018
A maioria dos leitores e leitoras deste espaço não conhece o assunto. Entretanto, nesta segunda frase, antecipo e esclareço para entendimento e compreensão desse tipo de tema: as faculdades de humanas e as de jornalismo se incluem, são madrassas da esquerda do atraso. É catequese na veia. E quem discordar está fora da turma, do mundo, doente da cabeça.
Exagero? É só ir a uma delas. É só conversar com os professores. A maioria deles, nunca trabalhou nas redações. Óbvio: teoria e prática são antagônicas nesse caso. E as redações são produto desse conhecimento ideológico superficial, quando não unilateral. Não há contraditório; não há contrapesos, não há universo.
A história tem apenas um ângulo: o dos oprimidos de todos os tipos, explorados pelos poderosos, burgueses, fascistas e rentistas – e pasmem, até mesmo os empregadores donos dos meios de comunicação são exploradores. Simples assim! Por décadas vivi neste ambiente e nos dois lados do balcão. Sofri em ambos. Mas, a transparência foi a minha tábua de salvação.
Ah! Nem todos da docência, dos egressos e dos que praticam o jornalismo são assim! Concordo! Há raras, boas, esclarecidas ou péssimas – isso no oposto ideológico – exceções, também. Feita a abertura, vou ao ponto.
O que apareceu na quinta-feira à tarde? “A Câmara de Vereadores recorreu à Justiça para que a Prefeitura de Gaspar responda os questionamentos feitos pelo requerimento 72/2017, de autoria do vereador Roberto Procópio de Souza, PDT, aprovado por unanimidade na sessão ordinária do dia 10 de outubro de 2017”, diga-se, já respondido. Entretanto, não estaria a contento do vereador. Ótimo!
A teimosia e a vingança têm um preço. E administração de Kleber tem tudo para ser perder nela. Já escrevi várias vezes sobre esta sina do MDB quando governo por aqui. Não vou continuar na mesma ladainha. Os leitores e leitoras não merecem. Vamos adiante.
A “bomba” da oposição e do PDT teve pouca repercussão em Gaspar. Se eu não bisbilhoto o site da Câmara, não publicava o “press release” em “primeira mão”, não transmitia isso aos gasparenses na área de comentários. Sabia-se que distribuído aos outros, por motivos óbvios e amplamente conhecidos, teria pouca utilidade.
Sinceramente? No fundo, não era esse o objetivo da “nova” majoritária oposição na Câmara: repercutir o fato a partir de Gaspar. E sim, movimentar a imprensa de Blumenau e de lá, com sorte, a estadual para o palanque. A partir de então, encurralar e expor a administração de Kleber Edson Wan Dall, MDB, Luiz Carlos Spengler Filho, PP e o prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, MDB. Na estratégia, fez ela o certo. Um banho.
Resumindo? Começou a campanha de 2018 e 2020. Dane-se o povo. Um dos motes já se tem: a Saúde Pública de Gaspar na UTI, cujo modelo que se questiona foi criado nada mais, nada menos pelo ex-prefeito PT de Pedro Celso Zuchi em combinação com o vereador Roberto Procópio. Ele e seu partido, o PDT, ativos membro do governo de Zuchi.
Pior. A Saúde Pública de Gaspar que está na UTI teve atendida parte dos desejos do mais “novo” oposicionista de Kleber, o médico Silvio Cleffi, PSC. Até a secretária Saúde, uma técnica, Dilene Jhan Mello dos Santos, foi demitida para melhor funcionarem as ideias de Silvio. Estamos no terceiro secretário de Saúde em 14 meses.
No fundo o que se quer? Defender a guilda de médicos e manter o Hospital de Gaspar para eles com dinheiro público. Quanto a prefeitura está atrasando em serviços e honorários médicos? Nada! Ou seja, não é exatamente uma Saúde Pública para os pobres, doentes, trabalhadores, aposentados e desassistidos que essa gente está defendendo, incluindo a prefeitura que como barata tonta participa desse jogo.
Foi Kleber quem galou e chocou o ovo da serpente chamado Silvio Cleffi quando viu nele somente votos. Levou o fiel ao cenário político. Batizou o neófito para ser vereador abençoado pela Igreja Evangélica de ambos. Em um ano, Silvio traiu o pacto que fez com Kleber. Tudo para ser presidente da Câmara no lugar de Franciele Daiane Back, PSDB do MDB, com os votos do PT, PDT e PSD.
Estranhamente, o PSC continua em peso no governo de Kleber. Seu “presidente”, Ernesto Hostin, amigo de Kleber, evangélico, é secretário de Assistência Social sem conhecer nada do assunto. E Silvio, no PSC, insistindo num governo paralelo, onde o seu lema é unir a oposição, como bem demonstrou no tal “pacto pela Saúde de Gaspar” e como está claro na sua rede social.
COMO FUNCIONA A COMUNICAÇÃO DA MAJORITÁRIA OPOSIÇÃO
O primeiro passo da oposição foi trazer como comissionado para a Câmara de Gaspar o jornalista de Blumenau, José Maurílio Moreira de Carvalho. Ele já trabalhou na Câmara de Blumenau no mandato do presidente petista Vanderlei de Oliveira. Maurílio foi indicado coincidentemente pelo próprio Procópio. E ele respondeu a indicação: fez a pauta para a NSC. É preciso explicar mais alguma coisa? Releiam os quatro primeiros parágrafos se já esqueceram na minha explicação.
Vamos adiante.
E na sexta-feira quem estava “ao vivo” da Câmara de Gaspar para o Jornal do Almoço? O vereador Roberto Procópio de Souza na “nova” NSC de Blumenau, a que está economizando, e por isso, não consegue cobrir os problemas das cidades do Vale, mas faz isso quando é pautada pelo PT, pela esquerda do atraso.
Foi assim diversas vezes antes. Desmoralizada aqui, várias vezes, no caso da ponte do Vale, ou do loteamento das Casinhas de Plástico, no posto de Saúde de lá e que ainda não abriu para ficar nesses três temas. E tem tudo para perder o passo nesse assunto de quinta-feira. E por preguiça. E como não sou o assessor da comunicação da prefeitura, por enquanto, ela está levando um banho naquilo que diz entender. Teve oportunidade e não aproveitou à transparência. Procópio e seu assessor de imprensa foram competentes no papel deles.
A oposição já percebeu o ponto fraco do poder de plantão em Gaspar: não é a Saúde, não é Obras, não é Agricultura, não é Assistência Social, não é a Ditran, não é o transporte coletivo precário, não é o Samae, não é a Educação ou Desenvolvimento Econômico, de onde abundam fraquezas, problemas desconfianças. É a Comunicação.
É ano de eleições. Está-se em nitidamente campanha. Está se marcando o território. Só os ingênuos não perceberam. E por isso, a oposição já reforçou o time e a manha. Trouxe gente de Blumenau quem se entende com as redações de lá e do estado nas afinidades ideológicas. Mais. A oposição em Gaspar colocou a militância – pois é a única que possui esse produto - para massacrar Kleber e os seus nas redes sociais.
Basta alguém do governo Kleber colocar a cabeça de fora, vem o pau; em dose cavalar. E nem precisava como demonstra com facilidade esse espaço e as redes sociais, principalmente; falhas abundam no governo feito com gente amiga, improvisada, sem planos para resultados e traíras de todos os tipos, com atestados fornecidos em suas trajetórias e no seu novo trajeto.
Os habitantes do poder na prefeitura de Gaspar parecem que não perceberam o contexto que criaram; negam-se ou não possuem soluções. Se perceberam, não agiram para combater os seus próprios erros.
Ensaiam. Trocaram a superintendente de Comunicação. Saiu Liliane Machado e entrou Ana Matesco. Ambas passaram por escolas de jornalismo, como Maurílio. Ana também veio de Blumenau e deve conhecer as redações de lá. Deve saber quem é quem e como funciona o balacobaco. Entretanto, está repetindo Liliane e vai virar fazedora de “press releases”.
Na primeira questão que lhe passei, ela me deu um chá de cadeira para ver se esqueceria o caso do bolo de aniversário de Gaspar onde queriam pagar R$6 mil reais dos nossos impostos sem licitação. Perdeu. A orientação de curiosos só piorou. Se foi decisão dela, não aprendeu a lição na faculdade; não me conhece. Só depois do teste silencioso e do estrago público, na sexta-feira Ana me retornou.
O OUTRO LADO DO BALCÃO
Vamos combinar: a prefeitura é o outro lado do balcão; é a que se defende, a que enfrenta, a que esclarece, a que convence, a que está administrando permanentemente situações de crise. A oposição é a pauteira das redações e das manchetes. Esse é o jogo. Já participei dele por quase três décadas em desvantagens. Todavia, tinha o ambiente sob controle. Internamente, respeitavam-me na estratégia e nas escolhas dos parceiros de missões. A prefeitura, a princípio, sempre terá mais dificuldades nesse jogo. E se não mudar o modelo de atuação, elas só aumentarão.
O segundo teste, Ana também perdeu e com mais gravidade. Mostrou que estaria repetindo Liliane.
Ou seja, a função da comunicação na prefeitura de Gaspar na atual administração é decorativa; com a decisiva ausência na entrevista e contraponto ao vereador Roberto Procópio e à oposição, revelou que quem faz comunicação na prefeitura é outra pessoa, a qual nada entende do assunto e trabalha contra a defesa da imagem do próprio poder de plantão. Incrível!
Maurílio, Roberto, Câmara e a oposição ao menos agiram em grupo. E comemoraram!
A NSC quis ouvir o outro lado. Praxe quando se dá notícia, não opinião. Da prefeitura teve posicionamentos, digamos, protocolares e cosméticos com ares jurídicos. Roberto Procópio e a oposição agradeceram. A NSC também. Ora, não era de ir ao vivo à Câmara e ali enfrentar o problema cara a cara? Não se tinham argumentos? Não tinha gente preparada? Não tinha gente autorizada? Ou seja, Ana começou perdendo mais uma vez na guerra da comunicação. E comunicação é tudo em ambiente de crise!
Comentei com a editora Indianara Schmitt, quando ela me falou sobre a visita de Ana à redação do Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação em Gaspar e Ilhota, o de maior retorno para os investidores: “se não houver respeito e autonomia ao serviço dela, qualquer profissional competente será desmoralizado”.
Antes da comunicação, vem a estratégia, o entendimento das intenções, do cenário, do contexto para se estabelecer na transparência, no contraditório, na dialética. O resto é consequente ação organizada.
Nos dois exemplos que eu abordei até aqui estão expressas as falhas. Sei do que escrevo porque, repito, estive nos dois lados do mesmo balcão.
É de se perguntar, o que, e a razão pela qual a prefeitura de Gaspar estaria descumprindo a lei estadual 17.066, de janeiro de 2017? Ela obriga e regula a transparência na lista do SUS em Santa Catarina. Quais os itens que não responderam e o porquê? Não respondendo quais os motivos para não procurar imediatamente proteção jurídica na atitude tomada, já que estava obrigada à resposta a um poder fiscalizador que é constitucionalmente a Câmara de Vereadores?
USAR A TELEVISÃO É MAIS EFICAZ
E se há algum ferimento à lei 17.066, porquê o vereador Roberto Procópio, a oposição e a Câmara não procuraram o Ministério Público? Aí é mais fácil de se prever. O MP iria se acautelar, levaria algum tempo. Se enxergasse algo fora do padrão ai pediria o inquérito, para só então, a denúncia. E talvez tivesse passado o “timming” político da oposição – e não do MP – para se criar espuma para o palanque deste outubro e acertar o passo de 2020.
Como a oposição tem afinidade com as redações de Blumenau e como a prefeitura de Gaspar, por curiosos, neófitos, gente que se acha com superpoderes, atrapalha os titulares da superintendência de comunicação, a chance da oposição fazer a festa antes do posicionamento do MP será sempre bem maior. Bingo. Foi assim no caso da juíza Ana Paula Amaro da Silveira. Até o Fantástico, da Rede Globo, esteve aqui. E há na Justiça, arrependimentos dessa trapaça. Então é tática antiga e bem conhecida.
Concluindo. O que já estava ruim na Saúde Pública de Gaspar, vai ficar pior. Porque se a Saúde melhorar de verdade, não dará mais palanque para Silvio Cleffi, o PT do ex-prefeito Pedro Celso Zuchi e da ex-vice Mariluci Deschamps Rosa, do PDT de Roberto Procópio de Souza, que criaram tudo isso; se a saúde dos gasparenses melhorar nos postinhos, policlínica e farmácia básica, a estratégia dos poderosos médicos que querem um Hospital - que não se sabe de quem ele é - e sustentado com dinheiro público escasso só para eles, estará ameaçada.
O Hospital de Gaspar, sem a intervenção, por ser particular, deveria ser apenas remunerado pelos serviços que presta à prefeitura. Nada a mais! O Hospital não é da prefeitura. A intervenção marota o faz ser.
Pior. Em desvantagem nas redações de Blumenau e na Capital, pela afinidade que expliquei nos quatro primeiros parágrafos desse artigo e por estar no outro lado do balcão, a prefeitura deve explicações à sociedade, aos meios de comunicações e aos órgãos de fiscalização.
Sem estratégia e ação organizada na comunicação na prefeitura, todavia, tenta substitui-las por “press releases”, silêncios, entrevistas cosméticas. Lindo! O imperioso numa situação de crise é ter fatos concretos para se posicionar e até afrontar. Caso contrário, o estrago será maior do que o já feito até aqui.
E não basta comunicação que no fundo não é fruto de uma ação e resultado intencionais. Ou seja, terá que ter atitudes como a de mudar, limpar e dar transparência ao que se faz no ambiente público. E mudar, é tudo que Kleber reluta. Veja o que acontece em todas as áreas. Veja aonde foi dar a simples mudança no trânsito da cidade... Em nada!
E por que estamos num perigoso embate? Porque estamos em ano de discursos de campanha eleitoral. Os políticos em primeiro lugar querem ser heróis de si mesmos. Aos cidadãos cabe se não esclarecido por uma comunicação madura, apenas dar o voto, sofrer nas filas da Saúde e pagar a conta com os seus pesados impostos. Acorda, Gaspar!
Depois de ser relocada no prédio da prefeitura para melhor ser vista para os que vão lá, “reinaugurou-se”, digamos assim, a Galeria de ex-prefeitos de Gaspar. Fez parte dos 84 anos de emancipação do município.
Não se mistura. Dos prefeitos ainda vivos, só o que teve mais vezes no mandato, Pedro Celso Zuchi (2001/04, 2009/12 e 2013/16), PT, não apareceu. Estavam lá: Evaristo Francisco Spengler (1966/70), UDN, hoje filiado ao PP; Osvaldo Schneider (1973/77), MDB; Luiz Fernando Poli (1977/83 e 1993/96), MDB, PFL, hoje no PDT; e Adilson Luiz Schmitt (2005/2008), MDB, PPS e PSB, hoje sem partido.
Na última sessão da Câmara de Gaspar, a primeira secretária da mesa, Mariluci Deschamps Rosa, PT, lia o longo requerimento do relator geral do PL 103/2017, Cicero Giovani Amaro, PSD, ao Executivo. O PL trata à autorização da Câmara para a prefeitura contrair R$20 milhões na Caixa dentro do programa “Avançar Cidades” e que a oposição enrola.
Em dado momento, Mariluci engasgou e perdeu a voz. Não havia goles de água que a salvasse. Teve gente, devido ao “cozimento” da oposição ao governo nesse assunto, que julgou ser isso um “sinal divino”. Pelo sim, pelo não, Evandro Carlos Andrietti, MDB, prosseguiu na leitura do requerimento. O requerimento, a contragosto da base do prefeito Kleber, foi aprovado.
Explicando-se. Há duas sessões, o líder do MDB na Câmara, vereador Francisco Solano Anhaia, sugeriu ao presidente da Câmara que é médico e funcionário público municipal, Sílvio Cleffi, PSC, que ele poderia contribuir no tal “Pacto pela Saúde” à caótica área, doando serviços à comunidade nos mutirões.
Na sessão passada, Silvio matou a cobra, mas não mostrou exatamente o pau como queria Anhaia. Silvio mostrou um vídeo em que o próprio amigo Kleber, o apresenta como um dos médicos realizadores de mutirões no atendimento de consultas em Gaspar. Ou seja, ele foi à luta pelo modelo que interferia na Saúde quando aliado do poder.
Entretanto, ressaltou que não foi de graça como sugeria Anhaia. Sintomático. “Devo ter recebido alguma coisa. Não controlo isso”. Como assim? Não controla o que trabalha e o que recebe? Eu conto todos os meus tostões, minhas dívidas e meus créditos.
Talvez é por isso que a Saúde Pública de Gaspar esteja nesse imbróglio. Gente que devia controlar não controla. Gente que cobra agora e faz palanque já contribuiu para o caos que condena.
Silvio, como toda a corporação médica e o PT, fez a opção pelo Hospital onde nenhum médico deixou de receber, contra o atendimento público nos postinhos, policlínica e farmácias. O atendimento público aos mais pobres não funciona por falta de recursos financeiros. Eles foram parar no Hospital, um sugadouro, que ninguém sabe dizer quem é o dono dele.
Esta é a realidade que a prefeitura de Gaspar não consegue comunicar, pois ela própria é conivente com esta situação. Aderiu à intervenção marota do PT no Hospital, aprovou o plano de Silvio para tê-lo na então frágil base aliada e mesmo assim ficar com a oposição.
Agora Silvio mudou de lado. Está cobrando soluções para aquilo que ele contribuiu de ruim na Saúde. Arrumou até claque nas redes sociais para insistir na cobrança de melhorias; o PT viu o seu projeto preservado pelo MDB, sabia da armadilha e, fingindo-se de vítima, cobra uma saída. Armou o palanque e se deu bem com o seu público cativo de analfabetos, ignorantes, desinformados, espertos e fanáticos.
Já Kleber, Luiz Carlos Spengler Filho, PP, e Carlos Roberto Pereira, o terceiro secretário de Saúde em um ano, estão, aparentemente sem saídas, atrasados no “timming” e sendo comidos pela comunicação fácil e organizada dos adversários.
Neste final de semana, na rede social, um desavisado, acharia que quem inaugurou as ruas Arthur Poffo e Pedro Schmitt Junior foi o ex-prefeito Pedro Celso Zuchi e o PT, não Kleber Edson Wan Dall, MDB. Mais uma prova da má avaliação do atual governo e da intensa campanha de comunicação nas redes sociais pelo PT e o ex-prefeito.
E para encerrar, já que o tema hoje foi a boa e má comunicação estruturada aos objetivos de proteger resultados, imagem de pessoas públicas e interesses políticos.
Primeiro, quase tudo é feito com o dinheiro público. Veja este exemplo da Câmara de Gaspar. Ela tem dois assessores de imprensa: um pendurado no cargo comissionado com indicação política, que o caso José Maurílio Moreira de Carvalho e outro efetivo, concursado, Vagner Cesar Campos Maciel.
Veja o que Vagner assinou e mandou para as redações, como uma foto, como se os espaços não custassem dinheiro para transmitir bobagens quando a Câmara está pegando fogo, com assuntos relevantes para Gaspar e os gasparenses. Essa gente perdeu a noção da brincadeira ou da responsabilidade.
“Os integrantes da Comissão de Legislação, Justiça, Cidadania e Redação se reuniram na tarde desta quinta-feira (15) para analisar quatro projetos de lei em tramitação na Câmara de Gaspar. Entre eles, o PL 74/2017 que trata da regulamentação do pedágio beneficente na cidade. As propostas vão ser analisadas também pelas outras comissões permanentes da Casa”. Foi tudo o que conseguiu escrever no “press release”.
É de se perguntar qual a faculdade que formou o moço. Já passou no período probatório? Aliás, na comissão que ele reporta no “press release” estava também uma jornalista formada em faculdade, Franciele Daiane Back, PSDB do MDB.
Vamos lá e pela ordem do próprio “press release”. Quem são os integrantes da Comissão? Quais são os três projetos que não mencionou e por que fez isso? Quais foram as decisões que os membros da comissão tomaram em relação às matérias analisadas? E o porquê disso? Opinião dessa gente que defende a sociedade? As propostas vão ser analisadas pelas outras comissões permanentes da Casa porque receberam aprovação da Legislação, Cidadania e Redação? É isso? Quais as outras comissões?
Vergonha. No meu tempo de redação isso se chamava lixo. E depois sou eu o intruso nesse assunto. Acorda, Gaspar!
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