05/06/2019
Da esquerda para a direita. O Conselho Municipal de Saúde de Gaspar é presidido pelo gestor do Hospital, Elson Masson, de onde hoje vem as maiores preocupações contra a população e que o ex-secretário de Saúde, o advogado Roberto Pereira diz que é coisa armada por parte da mídia que ameaça processá-la por isso. O novo secretário, Carvalho Júnior, sem experiência, não sabe como resolver e a Câmara sob a convocação de Cícero Giovane Amaro, PSD, resolveu ouvi-los em reunião fechada.
Há dias aconteceu uma reunião do Conselho Municipal de Saúde com os vereadores na Câmara de Gaspar. Foi restritíssima. Nada contra. Mas, pela transparência, deveria ser com a cidade. Deveria ter sido transmitida pelo site da Câmara e estar à disposição dos contribuintes gasparenses.
Foi também algo inédito na rapidez como se atendeu a um convite de parte dos vereadores. Os do MDB e do PDT, exatamente os da base – a exceção foi Franciele Daiane Back, PSDB - não o assinaram o que gerou uma saia justa.
Essa rapidez não se dá exatamente pelo Conselho em si que está exposto diante de tudo o que está acontecendo na cidade e em tese, ele, afinal, é a representação da sociedade nos questionamentos e dúvidas dela, mas, pela pressão que o poder de plantão exerce sobre esses múltiplos “conselhos” da cidade, na maioria dos casos, quando não aparelhados, são decorativos. Ou seja, a autonomia deles está comprometida e não é de hoje.
Foi um encontro revelador. Segundo o ex-secretário da Saúde, prefeito de fato - que agora retornou para a secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa e que na Reforma que ele fez para si próprio, tornou-a uma superpasta, presidente do MDB e advogado, Carlos Roberto Pereira -, tudo o que está acontecendo na cidade e que expõe o atual governo do qual é o todo poderoso, pasmem, é fruto de uma “maldita” imprensa e da “incontrolável”, ou “manipulada” rede social contra o governo, mas principalmente, no entender dele, contra Gaspar.
História para boi dormir e de quem já surfou nela e se deu bem.
Esta mesma imprensa e rede social foram as que favoreceram, sem a paga ou contrapartida, Roberto e o seu MDB, para apontar os erros dos adversários que derrotaram em outubro de 2016. Até então, aplaudiam como “o papel da imprensa livre e independente”, bem como “as vozes do povo corajoso” da internet. A queixa é de quem está com culpa no cartório, não possui autoridade para a solução, ou então, pior, quer esconder as mazelas ou a incompetência dos seus sob o manto da intimidação, da sua rede de poder que na bravata diz possuir nos órgãos de fiscalização e julgamento.
Então, mais fácil é calar a voz dos outros do que consertar o que não está funcionando para a sociedade e o governo. E para isso chega até o ponto de se autoincriminar, tudo para sustentar a censura com auxílio da Justiça.
O ex-secretário de Saúde não hesita em apontar o dedo para o jornal e o portal Cruzeiro do Vale, os mais antigos, acreditados, líderes nos seus segmentos, bem como esta coluna que já experimentou a mesma artimanha dos políticos e agentes públicos no passado. E no rol, ele inclui ainda a Rádio Comunitária Via Nova, FM 98,3.
Tudo bem. Supondo que estamos – jornal, portal e coluna - em campanha contra o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, que estamos inventando fatos, o que são aquelas denúncias de doentes contra o Hospital e atendimento precarizados nos postinhos de Saúde?
Não me digam que essas pessoas ficam doentes – e até morrem - só para poder serem bandeiras de oposição e difamar o atual governo? Inacreditável! E o que falar das centenas de depoimentos espontâneos nas redes sociais sobre fatos similares? Ora, se o jornal, o portal e a coluna não possuem crédito, qual a razão da preocupação? Usem a rede de propaganda com os outros veículos. Hum!
Se não falta vergonha na cara dessa gente que lida com a Saúde Pública em Gaspar, falta a suficiente transparência para assumir a culpa, a incapacidade de reagir e dar soluções compartilhadas a gente humilde, doente e sem perspectivas. Não há milagres e nem ações mágicas.
OS FATOS CONTRADIZEM À REALIDADE
Fato 1. A Saúde Pública em Gaspar é um exercício político. O sintoma de que algo errático existe é facilmente comprovado: em pouco mais de dois anos do governo Kleber quatro secretários da Saúde foram nomeados para o cargo. Um recorde: Dilene Jahn de Melo, Maria Bernadete Tomazini, Carlos Roberto Pereira e agora, José Carlos de Carvalho Júnior. A única que entendia do riscado era Dilene e logo foi rifada, como ela própria explicou em entrevista à época para a Rádio Sentinela do Vale, não entendia de política e foi engolida por tramas do paço. Previsível. Eu vou mais longe. Foi uma armadilha. Tomazini entendia de faturamento de Hospital, Roberto Pereira é advogado e Carvalho Júnior, é dentista e estava administrando a Fundação Municipal de Esportes.
Ou seja, como bem frisou recentemente o prefeito Kleber ao proprietário e editor do jornal e portal Cruzeiro do Vale, Gilberto Schmitt, todas as mudanças que fez recentemente foram de cunho político, ainda mais agora, que ele está em campanha para a reeleição, olhando às pesquisas e precisando criar fatos novos entre tantos desafios que não venceu. E a Saúde é um calo que nem o seu prefeito de fato deu conta: deixou o Hospital, que ninguém sabe de quem é, que come dinheiro público aos montes sob a intervenção municipal, mas continua exposto por inúmeros erros de procedimentos.
Fato 2. Como pode o gestor do Hospital – competente, ou não –, Elson Masson Júnior ser o presidente do Conselho Municipal de Saúde quando a entidade está no olho do furacão e por consequência, comprometendo à imagem dessa área no município e do próprio governo? Nem se trata de dúvidas, trata-se de proteção de Elson na sua competência e coerência na promessa de solução de algo que está longe disso. É a raposa cuidando dos ovos.
O Conselho é uma espécie de fiscal e orientador externo; seria em tese, a voz da comunidade. Elson é a voz da comunidade de interesse e não que precisa do resultado. Como se vê, Kleber passa o recibo de que a comunidade é o governo, que a voz a ser ouvida, é só a dele. Então, tudo fica como está. E o desgaste só aumenta.
Na reunião com os vereadores, tanto o ex-secretário de Saúde como o gestor do Hospital foram praticamente os donos dela. Seja pelo conhecimento, seja para não deixar o bicho se criar. Em nome dos demais, foram os que mais falaram em defesa de algo que possui notórios problemas e precisa ser corrigido em favor da cidade e dos cidadãos. Para eles, é fantasia o que se propaga em parte da imprensa (aqui no jornal, portal e coluna) e nas redes sociais (que o jornal, o portal e a coluna absolutamente não comanda ou possuem influência), exceto quando os comissionados convocados e os pendurados nas tetas da prefeitura, escalam-se, são escalados, ou condoídos, rebatem sem argumentos às queixas e denúncias dos que sofrem no Hospital e nos postinhos de saúde de Gaspar, onde até gente de fora fura a fila e é atendido, dizendo que mora no próprio posto do Centro de Gaspar, num silêncio sepulcral do secretário, do prefeito e até do Conselho de Saúde.
Fato 3. O Conselho originalmente é um órgão de controle social e entre os seus membros tem a participação da gestão municipal, prestadores de serviços, trabalhadores em saúde, entidades sindicais, associação de moradores, entidades de portadores de patologias e deficiências, entidades religiosas, movimento organizado de mulheres (?) entidades de empresários da indústria (?).
Para o líder do governo na Câmara, Francisco Solano Anhaia, MDB, ao se pedir esclarecimentos ao Conselho se estaria colocando em dúvida à integridade da idoneidade dos seus membros. Como assim? O Conselho que representa a comunidade se sente constrangido em prestar contas à sociedade, ou esclarecer os vereadores, os tais representantes do povo? Hum!
Um membro do Conselho presente à reunião, relatou e testemunhou que para ele nunca foi sonegada nenhuma informação que pediu às autoridades de Saúde. Era só que estava faltando: ser nomeado membro do Conselho e não ter acesso completo às informações a que está obrigado conhece-las e opinar. E qual a dificuldade do Conselho em dar transparência pública aos seus atos e até às angústias, porque na verdade o Conselho é uma representação de controle social comunitária?
Se o conselheiro não teve dificuldades até aqui de obter os dados para a sua auditoria em nome da comunidade, na satisfação de estar realizando o seu trabalho a contento e dentro das suas expectativas, por outro lado, os vereadores e a imprensa, têm sofrido para obter essas mesmas informações. Ou seja, é preciso mudar, ainda mais num ambiente em dificuldades. É preciso conhece-las para então superá-las. Nada mais.
Fato 4. Você sabe quanto está projetado se movimentar pelo Fundo Municipal de Saúde só este ano? R$46,3 milhões. Dois números para comparar e mostrar a barbaridade de dinheiro que passará por ele, sendo que uma parte significativa não está submetida a licitações. O orçamento de Gaspar deste ano é de 221,6 milhões, ou seja, o FMS é quase 21% desse orçamento. Outro número: na rubrica impostos, Gaspar projeta receber este ano apenas R$41 milhões, sem contar a inadimplência que deverá ainda reduzir muito esse número. Então qual a dificuldade de se prestar contas disso tudo?
E para encerrar. A volta do de Carlos Roberto Pereira para a secretaria de Fazenda e Gestão Administrativa, mostra que ele não teve êxito na Saúde. É lá que deveria ter ficado para completar o serviço de saneamento do setor que diz ter iniciado, colher o resultado e entregar a Kleber como um ativo político para a sua reeleição
Mais. Roberto acabou criando outros problemas em cascata. Quem ele deixou na secretaria de Gestão, Felipe Juliano Braz, não deu conta do recado, tanto que é de lá que estão as dúvidas que podem comprometer o futuro de Kleber. Além disso, a nomeação de Carvalho Júnior na Saúde para substituí-lo é um indicativo de alguém sem autonomia técnica, ou seja, uma experiência que já se demonstrou desastrosa para o prefeito, a secretaria de Saúde, a cidade e os cidadãos. Aprendizado, zero!
Então, quando Carlos Roberto Pereira fala grosso contra o jornal, o portal e esta coluna ele sabe que tenta anular um espaço de credibilidade que não conseguiu controlar e que dar voz ao seu modo e comando. Nada mais.
E é esta voz de credibilidade, poderá sustentar provas contra os erros da administração, que transformadas em denúncias, terão que ser explicadas publicamente. Nem mais, nem menos. Políticos e gestores públicos estão expostos, assumiram isso quando aceitaram as suas candidaturas políticas e cargos públicos. Agora, renegam à transparência que pediram dos outros e prometeram para si próprios? Pior, impedem que a comunidade lhes cobre este mínimo. Ai tem! Acorda, Gaspar!
O deputado Júlio Garcia acha que uma rede de intrigas o colocou na trama apenas para dar visibilidade para o caso. Vai ter que rebolar e usar as suas relações para sair dessa trama
Dificilmente faço isso aqui neste espaço. Mas, este discurso do deputado Júlio Garcia, PSD, está muito bem construído. Boa assessoria. Saiu do lugar comum de todos os políticos quando pegos com a mão na cumbuca e ganham a notoriedade por causa de supostos erros. Foi simples, didático, transparente, não fugiu da encrenca onde se meteu ou meteram ele.
Para uma acusação a desconstruiu na linha do tempo. Para outra, honrou o amigo e disse que desconhecia às suas ações e por isso não pode ser implicado pela proximidade ingênua. Ai fica difícil! Dos meus amigos, próximos, sei quase tudo. E se não sei, o comportamento deles não me deixam dúvidas para o meu julgamento, proteções e decisões íntimas. Agora, na entrevista coletiva, Júlio Garcia mostrou que a autenticidade dele diante dos fatos – e outros que se tratou nela e sem muitas perguntas embaraçosas para o passado e as possíveis incoerências - foi bem diferente do discurso preparado. Faltou ouvir a assessoria ou colocá-la para responder em nome dele.
Senhoras Deputadas,
Senhores Deputados,
Servidores,
Jornalistas presentes;
Hoje, com certeza, é o dia mais triste de toda a minha trajetória neste honrado Parlamento.
O farto noticiário acerca do ocorrido comigo na última quinta-feira deixa evidente do que falo.
Confio na Justiça e entendo que ela esteja cumprindo o seu papel.
O Poder Judiciário é, ao lado do Legislativo, o pilar mais importante da democracia.
Não é hora de bravata.
Não é hora de procurar culpados.
Não é hora de acusar.
A mim compete o dever de proceder minha defesa. E quero fazê-la da melhor forma.
É hora de ter serenidade. É o que tenho pedido a Deus todos os dias, além de forças para superar a dor deste momento.
São duas as acusações centrais contra minha pessoa:
1. De possuir um terreno cuja aquisição teria sido produto de propina, decorrente de operações que são o alvo central da investigação em curso.
Pois bem: Estamos em 2019. O referido terreno foi adquirido em 1994, portanto há 25 anos. Tivemos problemas de percurso na sua legalização, tais como: o vendedor do terreno veio a falecer, havia herdeiros envolvidos já falecidos e outras tantas dificuldades até a total regularização da área.
Portanto, tal imóvel nada tem a ver com o objeto da operação.
2. Investigam-me por ilação de ter relação com proprietário de prestadora de serviço da Secretaria da Administração. Pois posso afirmar, com certeza absoluta, que desconheço qualquer atividade comercial dessa empresa.
Alegam que sou amigo do proprietário. Pois afirmo: Mais do que amigo, tive convivência familiar durante quinze anos e mantenho até hoje amizade com ele.
Sobre o Senhor Nelson Nappi, reitero aqui minha amizade de muitos anos. Desconheço qualquer atuação ilícita de sua parte.
Não fosse assim, não o teria nomeado para cargo em comissão na Assembleia Legislativa.
Não vou renegar meus amigos.
Finalmente, quero agradecer a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, têm me prestado solidariedade neste momento tão difícil que atravesso. Sem dúvida, o mais triste da minha vida.
Esta solidariedade me dá forças para continuar lutando.
Vou lutar até o fim para provar minha inocência. E a única coisa que posso pedir é Justiça.
Não quero ser pré-julgado.
Mas não abro mão de ser julgado.
Obrigado.
Salésio visitou Adilson e dele recebeu uma placa de reconhecimento à noite na solenidade do Rotary. Depois todos comemoram num jantar por adesão no Raul’s
O mais importante executivo no atual cenário empresarial brasileiro e nascido em Gaspar é sem dúvida, Salésio Nuhs (Empresa Brasileira de Cartuchos e da Forjas Taurus). Ontem ele esteve aqui. Na Reunião Festiva Anual do Rotary Club, no Raul’s foi homenageado por serviços profissionais. Maria Bernadete Isensee (Rede Feminina contra o Câncer) foi homenageada por serviços comunitários.
Na mesma solenidade, e fora do protocolo, recebeu uma placa de reconhecimento pela ajuda prestada da catástrofe ambiental severa de 2008. Ficou emocionado.
Antes, todavia, Salésio passou a terça-feira fazendo algumas visitas a gasparenses com quem mantém contato ou laços de amizade. Uma delas foi ao consultório do médico veterinário (ex-prefeito de 2004/2008) Adilson Luiz Schmitt, na Agropecuária Trinca Ferro.
Pedro Inácio Bornhausen, PP, deixou a chefia de gabinete do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB. Ele não declarou publicamente as razões disso. Viajou ao exterior e está voltando. Ele ao menos vai falar isso aos coroados do seu partido? Acorda, Gaspar!
Começaram as viagens mensais do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, para Brasília. Ele está lá. E os gasparenses, mais uma vez, não sabe o que ele está fazendo lá, além de ganhar as diárias. Transparência, zero. E depois reclama da imprensa. Acorda, Gaspar!
O que podemos esperar na secretaria de Saúde de Gaspar com o dentista José Carlos de Carvalho Júnior, presidente da Fundação Municipal de Esportes e Lazer? Se depender do atual titular da Fundação, Jorge Luiz Prucino Pereira, devemos nos preocupar.
Segundo ele, encontrou a casa desarrumada e para as coisas óbvias. Ai alguém diante das queixas resolveu lembra-lo que o ex-presidente não se tornou adversário e ao contrário tinha sido promovido para a Saúde. “Então o que esperar?”, indagou o interlocutor. Um silêncio sepulcral se seguiu. Hum!
Gaspar estar prestes a perder a verba de R$100 mil que recebeu do governo do estado para ajudar a custear os Jasti – Jogos Abertos dos Idosos. Burocracia e falta de competência.
O comissionado Gelásio Muller, Daco, foi exonerado ontem para não caracterizar o nepotismo como com a indicação do seu sobrinho, Roni Muller, para a Chefei de Gabinete, do prefeito Kleber Edson Wan Dall. É parte também da promessa do vereador Francisco Solano Anhaia, MDB, de dar apoio para a eleição a Associação de Moradores da Rua Pedro Simon, bem como arrumar um emprego num gabinete de deputado amigo. Ele está esperando. Antes, vão arrumar uma colocação na prefeitura para o filho Douglas. Acorda, Gaspar!
Correndo contra o tempo. Depois de ser excluído da lista de vices na corrida do ano que vem, o atual vice-prefeito e servidor público municipal (agente de trânsito), Luiz Carlos Spengler Filho, PP, decidiu reaparecer em público acompanhado da sua esposa Ana Cristina. Foi na missa da colheita realizada no domingo na Capela Santa Terezinha. O casal na liturgia, participou do Ofertório.
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