29/05/2018
Está confirmado: Paulo Koerich voltará a Gaspar e por sua opção. O ato está para ser publicado. Por razões particulares que não especificou, o delegado acaba de deixar o Gaeco de Blumenau, criado em dezembro de 2016. O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado é uma força tarefa que atua na repressão dos crimes de maior complexidade ou relevância social no Estado. Ele é coordenado pelo Ministério Público Estadual. Em Blumenau o Gaeco está sob a responsabilidade do promotor público Odair Tramontin.
Conhecido pela sua atuação técnica, profissional e firme, experiência não lhe falta. Koerich começou a carreira na Polícia Civil na Comarca de Joinville. Lá atuou na Delegacia de Polícia de Acidentes de Trânsito. Depois Koerich se deslocou para Blumenau onde atuou nas 2ª e 1ª Delegacias de Polícia.
Devido ao destaque do seu trabalho em Blumenau na área policial, em 1999 foi convidado e assumiu a Chefia de Gabinete do então secretário estadual da Segurança e Justiça, nomeado pelo ex-governador Esperidião Amim Helou Filho, PPB. Entretanto, essa tarefa foi precocemente interrompida devido à morte do então secretário, o promotor de Justiça oriundo de Blumenau, Luiz Carlos Schmitd de Carvalho, 46 anos. Ele morreu no dia 11 de junho de 1999 num acidente de helicóptero às 23h30 na região de Tijucas.
Em 2000, Koerich voltou a Blumenau onde trabalhou na Delegacia Regional, 2001 assumiu a Diretoria de Polícia do Litoral e, em seguida, cumulou a Diretoria de Polícia do Interior também. Em 2003 assumiu a DIC (Delegacia de Investigações Criminais) de Blumenau em seguida veio para Gaspar onde permaneceu até início de 2016 quando passou a exercer suas funções no Núcleo da Corregedoria da Polícia Civil com base em Itajaí. Em outubro de 2016 passou a integrar o Gaeco de Blumenau.
Antes de ingressar na carreira policial, Paulo Norbetto Koerich foi chefe de gabinete do ex-prefeito Francisco Hostins, PDC, e interrompeu a atividade de advogado.
O governo do MDB de Kleber Edson Wan Dall prometeu, se eleito, mudanças ao que se tinha com o PT de Pedro Celso Zuchi. Kleber foi eleito. Igualmente aconteceu com Érico de Oliveira, MDB. Michel Temer, MDB, que esfregava às mãos no impeachment de Dilma Vana Rousseff, PT, a que quebrou o país, fez igual promessa.
Dois anos depois, Temer é algo caricato. Perdeu força política e principalmente autoridade ao se defender na Câmara de dois afastamentos tentado pela Justiça (e adversários). Gastou patrimônio político, comprou votos dos seus próprios aliados que o extorquiram para mantê-lo refém permanente de suas chantagens. É um vivo já empalhado.
Primeiro era o PT que queria a sua cabeça. O PT o acusava falsamente, e pegou, de golpista. A Constituição foi seguida, rigorosamente. Temer era o vice escolhido do próprio PT, num mar de lama e acertos entre eles, corrupção a rodo e dúvidas permanentes que continuam sendo elucidadas que envolveram o governo petista, sustentado por partidos da esquerda do atraso, mas principalmente pelos fisiológicos de sempre PP e MDB, envolvidos até o pescoço no petrolão como mostra a Lava Jato.
Agora, a unanimidade contra Temer é quase absoluta. Impressionante. Errou tanto, cedeu tanto, fraquejou tanto que todos se sentiram fortes para desmoralizá-lo. E para enterrá-lo, os caminhoneiros, sem líderes visíveis, aliados do candidato de ultradireita Jair Bolsonaro, PSL, e alinhados com uma suposta intervenção militar contra a Constituição, deixaram Temer e seu governo de cócoras. Os “caminhoneiros” fizeram vários “acordos”, não cumpriram, esticam a corda a cada hora na chantagem, um vexame para um governo em qualquer lugar. E para completar, os caminhoneiros passaram a conta deles para a população em geral, porque a estrutura que come os nossos pesados impostos e comandada pelos políticos que estão empoleirados em cargos públicos do executivo e dos parlamentos, continua intacta.
GASPAR E ILHOTA
Quase dois anos depois, Kleber e Érico de Oliveira, MDB, prefeito de Ilhota não chegam a tanto quanto a Temer, mas ficam advertidos, pois não fogem à regra do gradativo enfraquecimento de ambos. Entretanto, ambos, flertam com os que protestam para não perder o bonde da história e não ficarem mais vulneráveis do que já estão.
Afinal, o MDB nunca governou nada, sempre chantageou o poder parceiro para ocupá-los sem responsabilidade nos seus poleiros pagos pelo cidadão. Tudo para os seus, obtendo vantagens do dinheiro dos pesados impostos de todos. E quando foi governo, foi sinônimo de desastre. Gaspar é um exemplo. É história.
Kleber montou uma equipe fraca, principalmente para quem disse na sua propaganda eleitoral e a mantém como de governo, que seria eficiente. Em 18 meses trocou três secretários de Saúde. O setor ficou um caos. Botou para fora do governo uma técnica reconhecida na área só para atender às pressões políticas da sua base e corporativa dos médicos.
Para remediar, Kleber teve que deslocar para a secretaria da Saúde o seu principal secretário e prefeito de fato, o ex-coordenador de campanha, o ex-presidente do partido (está licenciado), o ex-secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, o advogado Carlos Roberto Pereira.
E para piorar, Kleber perdeu a maioria na Câmara, por absoluta teimosia, falta de percepção e equivocado exercício político dele e de sua equipe.
A presidência do Legislativo foi parar nas mãos da sua cria política, e irmão de templo, o médico Silvio Cleffi, PSC, com os votos do PT, PDT e PSD. Silvio que interferiu como poucos na Saúde, virou seu algoz. Só não foi pior, porque o ego de poder de Silvio, fê-lo meter os pés pelas mãos na tentativa de inchar a Câmara, exatamente para encurralar ainda mais o Executivo e Kleber. Silvio foi pego no contrapé pela imprensa que investiga, investiga e não se sucumbe à manobra dos políticos espertos ou das patrulhas desses políticos no poder de plantão.
A lista é longa, mas pode ser encerrada aqui com dois fatos. O primeiro é que ultrapassam em mais de 1.200, o número de crianças que estão fora da creche na cidade. Eram 600 na campanha eleitoral e se prometia reduzi-la a quase zero. O segundo, é que o último técnico que sobrou no governo Kleber, o engenheiro Alexandre Gevaerd, secretário de Planejamento Territorial, foi pego em emprego duplo proibido pela Constituição.
Depois de reconhecer e até admitir que o demitira, Kleber resolveu bancar essa situação. O assunto vai longe e poderá custar o futuro político do próprio Kleber, que com Gevaerd prometeu uma reformulação no trânsito da cidade para dezembro do ano passado. Seis meses depois, nada saiu do papel, por pressão de interesses pessoais, desmoralizando o próprio secretário que é reconhecido em soluções no sistema viário urbano.
ILHOTA EM CHAMAS
E Ilhota? Está em chamas. Érico nascido no PP, está discutindo as relações com o MDB que o elegeu. Criou uma estrutura sofisticada e está lhe faltando dinheiro para sustentá-la. Tentou reduzir o orçamento da Educação e sofreu um revés na Câmara onde possui uma maioria folgada, teve também que mudar a titular da secretaria de Saúde a quem acusou de má gestão, num caso de espionagem relatado aqui.
Érico ganhou fácil a prefeitura, pois o seu antecessor Daniel Christian Bosi, PSD, errou tanto que não conseguiu sequer ser candidato à reeleição. Entretanto, no ritmo que está, o governo de Érico vai bater o recorde do antecessor em inquéritos (meio ambiente, improbidade), ações na Justiça movidas pelo Ministério Público, bem como arguições do Tribunal de Contas.
Como se vê, o locaute dos caminhoneiros é um aviso aos políticos locais. Certo ou errado, ele sinaliza que as redes sociais dão voz e permitem influência decisiva sobre os resultados coletivos. E não é uma mera coincidência. O povo está de saco cheio de pagar uma montanha de impostos e não enxergar às contrapartidas prometidas pelos gestores públicos e os políticos.
Ser governante hoje exige estômago forte, inteligência, transparência, metas claras, foco, escolhas, negociação, perseverança, competência política, muita comunicação estratégica, articulação e de realização mínima. Quem viu a passeata de domingo em favor dos caminhoneiros, percebeu também que faltou militantes do PT e gente que carregou Kleber no dia da vitória dele. Sintomático. Outubro está logo ali.
A CDL de Gaspar resolveu ir para à praça ontem à tarde por menos impostos, menos corrupção, mais negócios, por mais saúde (ao menos tinha cartaz lá) etc. Parou por uma hora, diante do quadro que se criou e levou os seus empregados do Centro, junto com outras lideranças
A manifestação teve até discurso do prefeito da cidade, Kleber Edson Wan Dall, MDB. Foi aplaudido!
Agora diminuir a estrutura pública que come os pesados impostos dos trabalhadores, nadica de nada. Então, nada vai mudar ou ser resolvido. Vamos ouvir discursos, sem ou com promessas, aplaudi-los e continuar a pagar os pesados impostos e cada vez mais para cobrir a insaciável máquina pública e as tais “reformas administrativas”.
O staff de comissionados da prefeitura estava evento, na Praça Getúlio Vargas, bem ao lado do jornal. Era hora de trabalho.
Foi até rezado até um "Pai Nosso", puxado pelo Frei Pauli Jack, pároco da Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo.
Rezar é bom. Todavia, o que resolve mesmo são as atitudes dos eleitores, eleitoras com os seus políticos eleitos para serem responsáveis na gestão pública. Falta-lhes ação de fato em favor da sociedade pelo que se depreendeu dos discursos, razão do bloqueio das estradas e que nos deixou reféns de uma categoria.
A demagogia, entretanto, faz parte da má política e da razão de ser da maioria dos políticos para enganar os analfabetos, ignorantes e desinformados.
Se isso não for desmascarado, os políticos profissionais estarão aí, para o oportunismo de sempre. E eles ficam nervosos quando alguém ou eu os desmudo aqui. Pressão, por todos os lados. Uma vergonha. Veja esta.
O vereador Ciro André Quintino, MDB, ex-presidente da Câmara de Gaspar, cabo eleitoral do presidente da Assembleia, Aldo Schneider (Ibirama) para estadual e Carlos Chionini (Jaraguá do Sul), MDB, agarrado ao partido, também discursou. Não iria perder a oportunidade, apesar desta situação toda ser criada pelos políticos e só eles, como nossos representantes no parlamento terem a solução. São eles que encurralam presidente, governadores e prefeitos como escrevi e expliquei ontem. Em Gaspar, Kleber está encurralado. Estava quando tinha a maioria na Câmara tanto que errou na Saúde. Está agora, em minoria onde a simples autorização para buscar um empréstimo na Caixa para obras viária virou um cabo de guerra.
A cara de pau de Ciro não o impediu de pronunciar o que a plateia cansada de tanto levar bordoada queria ouvir: o bordão "Fora Temer". E pasmem, foi bem aplaudido quando pronunciou isso. Perceberam por que o Brasil não avança e os eleitores são os verdadeiros culpados pela desgraça que nos atinge?
Michel Temer não era o presidente nacional do MDB de Ciro e seu herói até então? Michel Temer não é o presidente da república onde Kleber e Ciro tanto se orgulhavam e buscavam recursos para gestão do atual governo de Gaspar? E num momento delicado, como judas na Santa Ceia, como a Geni de Chico Buarque, Ciro quer a deposição de Temer, para se garantir como cabo eleitoral dos seus candidatos em outubro deste ano, todos do MDB, como se eles não fossem a mesma coisa? Meu Deus! E Ciro não está sozinho.
Esperto, Ciro esperou Temer se tornar um cadáver. Nega-se, até por piedade, embalsamá-lo. Antes sugou tudo e na Câmara há vários registros recentes louvando o então presidente de plantão. Dos vereadores da atual legislatura ouvi muitos pedirem a cabeça de Temer, menos os do MDB.
Ciro quer separar o MDB dele do de Temer? Vai usar o partido como fazem tantos outros só para seus interesses políticos? Quem faria essa dissociação? A não ser que Ciro esteja fora do MDB como muitos desconfiam pois quer se viabilizar candidato a prefeito com um discurso populista, contudo na fila do MDB tem ao menos Kleber e o super-secretário Carlos Roberto Pereira. Com a palavra o presidente do MDB de Gaspar, Valter Morelo. Acorda, Gaspar!
Sempre escrevi aqui: não há diferença alguma entre os radicais da esquerda do atraso e da direita xucra. Eles não possuem limites para suas causas e objetivos, não possuem capacidade dialética, não reconhecem pontos de vista diferentes dos seus e cegamente, constrangem quem reconhecem como não sendo dos seus dominados. Usam e descartam convenientemente.
Ontem, do nada, a minha coluna aqui do portal Cruzeiro do Vale – o mais antigo, atualizado e acessado – no link do Facebook, recebeu incomum inúmeros comentários, sem argumentação, desqualificações de todos os tipos não exatamente contra o que estava escrito, mas na sua contra o escriba, e raramente contra o próprio jornal. Estranhei o volume e à repetição. Pedi a um conhecido que se dedica a crimes cibernéticos uma ajuda.
Em resumo: a coluna tratava de como o bloqueio (greve é legítima e apoio, mas não é o caso) dos caminhoneiros era coisa inventada por patrões (distribuidoras com contratos que repassam a autônomos só para não pagar direitos trabalhistas e previdenciários), que não tinha liderança, que passava a conta deles para todos da população ao invés de “desinchar” o estado que precisa cada vez mais de impostos para sobreviver com os políticos e corrupção. Tratava ela, no fundo, que tudo isso, sem limites, traria prejuízos ao Brasil, incluindo a desconfiança dos investidores, desorganização da frágil economia, com mais inflação e desemprego.
Tudo com argumentos, números e suportada por uma ideia: a minha. Já escrevi sobre isso: a minha opinião não é uma verdade e quem não concorda, não precisa nem ler, mas está livre, também para contestar, pois é pública e está exposta. Entretanto, aos radicais da esquerda e da direita só as ideias deles são verdades prevalentes, como num Fla-Flu. Respeitar a dos outros? Nem pensar. É preciso mais do que isso, desqualificar.
E quem sugeriu inundar o Face com comentários depreciativos à minha opinião? Dois Sidneis: o Hostert que mora em Chapecó e é vendedor da Nimaq que aluga máquinas para as indústrias e que agora pararam diante do bloqueio e o Reinert, professor no Senai, em Blumenau, que bem forma jovens para o mercado do trabalho que com o que aconteceu nestes últimos dias, ficará ainda mais desempregador.
E qual a razão da ira de leitores assíduos e que tinham em boa conta porque sempre apontei os erros e desastres do PT e da esquerda do atraso? A minha observação de que esse movimento dos caminhoneiros além de penalizar a maioria dos brasileiros, é adotado pelos simpatizantes de Jair Bolsonaro, PSL, direita radical, e pelos que defendem a Intervenção Militar como solução, ou seja, passar por cima da Constituição.
Estranhamente, eles têm a mesma pauta do PT e da esquerda do atraso, derrubar o já moribundo em fim de mandato Michel Temer, MDB, mas com a economia se recuperando. Tudo para colocar no poder gente que acreditam serem seus, mesmo que para isso precisem quebrar ao país ao que fez Dilma Vana Rousseff, o PT, os da esquerda do atraso, e os sócios da grave corrupção que tomou conta do governo petista. Quanto pior, melhor.
E esse pior poderá ser um tiro pela culatra aos que queriam ter vantagens imediatas com o bloqueio das estradas. A economia vai enfraquecer. O brasileiro vai pagar e até outubro, em plena campanha eleitoral, tudo poderá ser esclarecido.
Triste. Todos jovens que não conheceram a ditadura militar. Ela iniciou assim mesmo, com uma “intervenção” do general Humberto de Alencar Castelo Branco (1964/67) com apoio das forças conservadoras para “arrumar” o Brasil. E virou ditadura. E nela não havia espaços para greves, bloqueios, manifestações, inclusive de opinião. E não há hoje, onde ela está instalada, mesmo com redes sociais.
Tudo o que escrevi ontem, que estava na cara, mas se escondia ou se mascarava para espezinhar um governo fantasma dominado por grupos de interesses que estão se aproveitando dele, hoje é desnudado na imprensa, fartamente com provas, fatos, vozes, documentos e vídeos. E por isso, a imprensa é, mais uma vez, culpada. Ela é sempre será um grande problema para os ditadores, interventores, manipuladores, donos de verdades...
Se esses jovens defendem candidatos e soluções autoritárias, eu tenho mais razão para continuar a defender o respeito, o diálogo, soluções compartilhadas e democráticas, sensos que fizeram as nações mais civilizadas avançarem. Eu não estou à serviço das patrulhas. Sou um provocador. Não tenho a verdade. Estou à procura dela, mas na pluralidade, no debate. Essa gente, no seu isolamento, já encontrou a sua verdade. Sozinha vai consertar o Brasil. Antes precisa vê-lo quebrado. Meu Deus! Acorda, Gaspar!
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