09/08/2018
OS ERRANTES I
Aviso aos leitores e leitoras: eleição de sete de outubro não vai desviar um milímetro a coluna e o colunista dos assuntos de Gaspar. Então... O governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, está quase dois anos no poder. Vendeu uma mercadoria – ela está toda explícita no plano de governo que entregou à Justiça Eleitoral - e ainda não conseguiu realiza-la sequer parcialmente ao distinto público gasparense. Daqui a pouco, o poder de plantão estará pedindo votos à reeleição, e aí poderá ser tarde diante da cobrança pela comunidade dos resultados. Parece que ele não percebeu o tempo voando contra. E o poder está brabo, porque parte da imprensa – que queria sob relho e humilhação - lhe relembra sempre isso e à dita oposição, esbalda-se naquilo que nem construiu ou precisa de argumentos para acentuar os erros, equívocos e a estratégia manca do atual governo. Não vou relembrar a longa lista para não ser repetitivo, cansar os leitores e leitoras, até porque, o espaço aqui é limitado para essa a relação.
OS ERRANTES II
Há dias, conversava com um membro do núcleo duro do governo de Kleber e Luiz Carlos. Repassamos minimamente o que me veio à mente num ambiente público e pouco apropriado para conversas e contrapontos sérios. E lá pelas tantas, de tanto ouvir desculpas ou de que eu exigia demais do governo, sinalizei o caso criado com estardalhaço por outubro do ano passado, de que Gaspar entre Natal e Ano Novo de 2017 teria um “novo” e improvisado senso de mobilidade no seu sistema viário urbano. Oito meses depois há um silêncio sepulcral sobre esse assunto na prefeitura, na imprensa, na oposição e na Câmara. Sem muita saída, diante de fato incontestável e porque o ambiente não permitia uma discussão sobre esse assunto, o meu interlocutor resolveu me desarmar: “Herculano, erramos! Agora está maduro. Vai sair. É só esperar!” Entendi! Aceitei e me calei. Todavia, uma coisa martelou dentro de mim e me contive: quem vai pagar por esse erro? Os que erraram, ou o político Kleber – que vai dar a cara, depende de votos e levar com ele todo o circo e seus amestrados? Keber entrou como menino afoito no conto de gente incompetente, irresponsável e descomprometida com o resultado para a cidade, o governo e o seu líder que no fundo faz toda essa máquina política e de poder girar? Meu Deus!
OS ERRANTES III
Escrevi aqui, há mais de um ano que o governo de Kleber e Luiz Carlos precisava ser refundado. Resistiram. Zombaram. O que aconteceu com a saúde pública? O que aconteceu com o mais técnico dos secretários, Alexandre Gevaerd? O que apontou a pesquisa DELL da Facisc? O que aconteceu com a secretaria da Educação e a mágica para diminuir as filas das creches? O que aconteceu com Assistência Social num município altamente problemático onde seu titular acaba de sair alegando problemas de saúde, quando se sabe que isso é apenas uma desculpa? O que aconteceu com o Samae que levou mais de um ano para descobrir os truques das redes de água e nada se sabe sobre coleta e o tratamento de esgotos? O que se iluminou com o aumento de 40% da Taxa de Iluminação Pública? Se nada disso fosse algo para se preocupar na longa lista, bastaria um fato para resumir os fracassos de ordem administrativa e principalmente, estratégica e política: a perda da maioria na Câmara, ou seja, da própria autonomia e governabilidade do poder de plantão, com a eleição do médico Silvio Cleffi, PSC, cria política e irmão de templo evangélico de Kleber, com os votos do PT, PDT e PSD. Fato que esta coluna antecipou antes dele acontecer. Zombam...Acorda, Gaspar!
No sábado passado foi dia de celebrar um exemplo de ação comunitária: a reconstrução da sexta casa do Cruzeiro do Vale, um valor do jornal, da família Schmitt e especialmente do Gilberto Schmitt. Desta vez foi para o seo Vavá, Genivaldo dos Santos Chagas, morador do Bateias que a perdeu num incêndio em março deste ano. Esta foto, mostra um dos momentos dessa celebração. Da direita para a esquerda: o chefe de gabinete, Pedro Inácio Bornhausen, PP (que representou o prefeito - estava em Florianópolis na convenção que se escolhia o candidato ao governo do estado); o pároco da freguesia de São Pedro Apóstolo e suas tangerinas, o franciscano Paulo Jackson Pessoa de Moura; o empresário, filantropo e ex-vereador, Flávio Bento da Silva, o Sombrinha; o co-anfitrião, “construtor”, motivador dessas ações e editor do Cruzeiro, Gilberto Schmitt, e este colunista intrometido entre eles, para aplaudi-los.
Perguntaram-me o que era jornalismo tendencioso e se aqui em Gaspar havia alguém que o praticava. Eu respondi: no jornalismo tendencioso, o jornalista dá ênfase àquilo que o dinheiro, a amizade e os poderosos compram nos seus jogos de interesses, mesmo que isso contrarie à realidade, os fatos e assim, engana-se os seus clientes consumidores de suas notícias e os anunciantes que pagam os veículos para eles apurarem os fatos reais.
Mas, esse julgamento, deixo a critério de quem acompanha e compara o noticiário de uma maneira em geral. Agora, ninguém é líder de circulação (jornal) ou audiência (portal), respeitado e formador de opinião à toa. E ponto final!
A troca de comando na secretaria de Assistência Social é sintomática. Ela é o desfecho de tudo que se enrolou na Casa Lar Sementes do Amanhã, onde se levou um ano para fazer o que se fez de forma atropelada, com ares de vingança, em duas semanas. Tudo antecipado e anunciado aqui.
É certo, entretanto, que o ex-titular Ernesto Hostin, presidente do PSC, ex-asssessor parlamentar de Kleber na Câmara e irmão de templo está doente, ou precisa de menos carga de serviços. Ele já esteve até internado com problemas cardíacos. Mas, voltou para não perder o status. O problema se agravou diante das exigências de uma área técnica onde ele não conhecida nada. O desastre do caso da Casa Lar, o tirou da secretaria e se tenta abafar. Nem mais, nem menos
Por pouco, o governo não cometeu outro erro. Cogitou nomear para a vaga de Ernesto, o vice-prefeito Luiz Carlos Spengler Filho, PP. Ele, que está numa “dolce vita” e não quer se incomodar com coisa trabalhosa, levaria para lá a experiência de ser um agente municipal de trânsito. Sumido, Luiz Carlos está mais do que contente como vice-prefeito.
Pensando bem. Santa Catarina ainda não tem candidato a governador...Serão mais quatro ou oito anos desastrosos.
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).