09/01/2019
O prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB, diz que possui R$150 milhões para transformar a cidade em um canteiro de obras nestes últimos 15 meses de governo até a eleição de outubro de 2020. E já começou. Esse dinheiro, que não é pouco, vem de empréstimos já aprovados pela Câmara e da suposta sobra de caixa pelo aumento da arrecadação e economia que fez. Olhando o balanço de 2018, viu-se, num artigo que escrevi na primeira coluna do ano, que a história não é bem assim.
Entretanto, enquanto Kleber ataca o sistema viário do Centro, velhos problemas continuam expostos. Esta semana, depois de dois anos do seu governo, repito, dois anos, o prefeito anunciou na sua rede social como um fato inusitado, a retomada da pavimentação da Rua Madre Paulina, cujo projeto estava parado desde o governo de Pedro Celso Zuchi, PT.
Outra ferida, onde os mais pobres são os que pagam a conta das teimosias e vinganças dos políticos, está no loteamento das Casinhas de Plástico, na BR 470. A maioria daquela gente, teve o azar de ser afetada pela catástrofe ambiental severa de 2009. O poder público desapropriou uma área inapropriada para um assentamento. Ele os expunha ao perigo da rodovia, estava em solo instável e para completar, pagou-se menos do avaliado e por isso, todos possuem posse precária. A compra do terreno por Zuchi deu-se à massa falida da Sulfabril, por vingança ideológica contra empresários, pagou-se menos do acordado. Ou seja: governo populista que propaga ser para os pobres, é contra os pobres pois os quer eternamente dependentes para serem eles massa de cabala de votos.
Tudo deu errado ali. A Bunge, por sua Fundação prometeu tornar aquela área um modelo de conjunto habitacional humanizado e com práticas sustentáveis. Outra birra do PT contra empresários: preferiu receber a doação de casas de plásticos da Arábia Saudita que foram montadas ali e a infraestrutura não nunca se chegou ao fim do mínimo necessário. A escola veio somente há cinco anos e o posto de saúde no final do ano passado. E a ligação a ligação da Rua Carlos Roberto Schramm com a Luiz de Franzoi para livrar o povo de lá da perigosa BR 470, um calvário.
Exagero? Então leia este texto de Ricardo Planca, na mesma rede social que o prefeito usa para ser repórter dos seus feitos, que arma os seus para constranger comentários que aponte falhas do seu governo. E as fotos, falam por si só.
“Abandono de obra e de compromisso, quase meio ano parado ou se arrastando as obras de pavimentação da Rua Carlos Roberto Schramm e loteamento Margem Esquerda, só desculpas... Primeiro ‘o tempo não ajuda’; segundo... ‘o pessoal do gás natural complica’; terceiro... ‘demora porque estaca prancha está vindo de Minas Gerais’; quarto... ‘precisa resultado do laudo de solos; tudo balela sem compromisso... Inaceitável tantas desculpas...as vias do loteamento uma porcaria, intransitável na entrada, no interior e na saída. Só passando de trator e caminhão. O mato tomando conta do passeio, falta de sinalização viária para segurança de veículos e pedestres em uma via liberada ao tráfego; obstáculos no meio da via sem definição.
Que tristeza governo municipal... Mas no centrão, trabalham até no reveillon para ter que ficar lindão. Empresa Ramos refere que não tem nada para fazer enquanto prefeitura não se posicionar, onde está o compromisso”.
O governo Kleber se concentrou em grandes e novas obras. Os problemas antigos, continuam pendentes e exatamente nas áreas mais carentes, que eram redutos petistas e onde deveria mostrar que é diferente. Kleber reclama desta coluna. Ele está lendo, vendo e ouvindo muito pouco as redes sociais em que ele quer ser a única estrela. Acorda, Gaspar!
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O Centro de Gaspar estava em obras para a refação do asfalto na Rua Aristiliano Ramos no trecho que vai da ponte Hercílio Deecke até a ponte do Ribeirão Gaspar Grande com a Nereu Ramos e a Mário Vanzuita. Começou cedo no dia dois de janeiro, para aproveitar o suposto menor movimento no Centro de Gaspar, apesar de na sexta-feira e no sábado, as redes de lojas, principalmente, terem as tradicionais promoções de início de ano.
Quem chegou a Gaspar pela BR 470 e tomou a Hercílio Fides Zimmermann, só descobriu que a ponte Hercílio Deecke está interditada, devido ao recapeamento de parte da Aristiliano Ramos, quando chegou na rótula dela com as ruas Pedro Simon e Luiz de Franzoi. E aí teve que voltar para a BR 470 ou tomar a Pedro Simon, se conhece Gaspar, para alcançar a ponte do Vale e chegar ao Centro.
Custava colocar uma sinalização no Posto dos Pioneiros?
O mesmo aconteceu para quem vinha da Lagoa e do Arraial pela Pedro Simon, ou seja, morador de Gaspar. Também só soube da necessária interdição da ponte Hercílio Deecke quando chegou a mesma rótula e diante de numa sinalização precária.
Custava colocar uma sinalização da interdição bem antes, por exemplo, na Vitório Anacleto Cardoso para se evitar esse “bate e volta” pela Pedro Simon? E no sábado? Ninguém passava motorizado pela ponte Hercílio Deecke. E ninguém foi avisado disso. Confusão. Aborrecimentos. Dê uma olhada na qualidade da sinalização improvisada para interromper ou desviar o trânsito em Gaspar na ponte Hercílio Deecke. E depois sou eu quem implico. Inventam complicações onde elas não existem. O bom vira ruim. Acorda, Gaspar!
Na semana passada, prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, foi à sua rede social comemorar com os seus, os mesmos, que fazem espuma e lhe falsa dão audiência. “Nesta manhã retomamos as obras da Rua Madre Paulina. Após meses de muito trabalho, vencemos a burocracia e rescindimos o contrato com a empresa. Chamamos a segunda colocada na licitação, que assumiu a obra”.
Kleber está na função de prefeito desde janeiro de 2017. E desde antes da eleição conhecia o problema desta rua tanto que a prometeu na campanha várias vezes, indignado com o vai-e-vem neste assunto do ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT.
Kleber precisou de 24 meses, ou seja, dois anos, a metade do seu mandato, para resolver um problema aparentemente tão simples, numa rua tão curta e cujos erros de projetos nasceram dentro da própria prefeitura. E na rede social, recebeu um “toque” do funcionário do Samae, que a Madre Paulina não tem rede de água e que por isso, vai se gastar dinheiro para fazer uma obra incompleta. Kleber respondeu a Marcelo de que iria se inteirar desse assunto.
Então veja como funciona este tipo de assunto na prefeitura. Faz-se um projeto de pavimentação de uma rua. Enrola-se por anos e ao fim se descobre que não contempla sequer a rede de água tratada? Vai se gastar mais para rasgar a nova pavimentação para implantar a rede que deveria vir, em tese, antes, se houvesse um planto?
Primeiro isento parcialmente o prefeito. Ele não deve saber de tudo. Ele construiu uma equipe para ser os múltiplos olhos dele. Segundo eu culpo o prefeito parcialmente: foi ele quem escolheu esta equipe e está permitindo que ela falhe seguidamente não apenas com a cidade, mas com ele. Terceiro. Culpo diretamente os seus gestores nas secretarias de Planejamento Territorial e a de Obras e Serviços Urbanos. Quarto está claro a falta de comunicação entre a prefeitura e o Samae. É isto que chamam de eficiência do governo? É isso que avança em Gaspar?
Kleber está a menos de 18 meses da nova eleição, onde tentará, diz ele, a reeleição. Se tudo for no ritmo da Rua Madre Paulina, muita obra ficará pelo caminho. E este é o temor dos que estão do seu lado. Este é um exemplo. Há muito mais. Foi isso, também que animou a oposição na Câmara à aprovação dos financiamentos para a maioria das obras pensadas ou projetadas.
Vai que Kleber não inicie ou não termine, o futuro governo, seja qual for, terá ao menos parte do dinheiro garantido para continuar o canteiro de obras. Acorda, Gaspar!
Ilhota em chamas I. O prefeito Érico de Oliveira, MDB, começou a fazer a limpa no pessoal do partido na prefeitura de Ilhota e oriundo de Luiz Alves. É que lá o deputado Federal Rogério Peninha Mendonça, MDB, eleito na rabeira do MDB com 76.925 votos e candidato de Érico, foi apenas o 11º mais votado, com 181 votos. Em Ilhota ele “lavou” a égua.
Ilhota em chamas II. Só para comparar: o mais votado em Luiz Alves e que não se elegeu, foi César Souza Júnior, PSD, com 1035 votos. No próprio MDB Carlos Chiodini, eleito, Celso Maldaner, eleito e Ericson Henrique Luef, não eleitos, receberam mais votos do que Peninha, respectivamente, 692, 198 e 192 votos.
Ilhota em chamas III. Foram para a marca do penalti em portarias sequenciadas de um a dez de 2019, Diogo Wagner, secretário de transportes; Silvana Simon, chefe de divisão; Ariane Silva, chefe de divisão; Yasmin Laís Merlini, diretora de divisão; Clóvis Hostins, coordenador de contabilidade de recrutamento amplo; Kamila Azevedo, chefe de divisão; Sidney Agostinho, diretor de departamento. Luciana Aparecida Gonçalves da Silva, diretor de departamento; Jéssica Taina Batista, chefe de divisão e Rosimar Terezinha Rodrigues, chefe de divisão.
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