O PREFEITO KLEBER EDSON WAN DALL TEVE MAIS DE UM ANO E MEIO PARA NÃO FECHAR A CASA LAR, OU ENCONTRAR PARA AS CRIANÇAS VULNERÁVEIS UMA SOLUÇÃO QUE ESTARIA DENTRO DA SUA PROPAGANDA DE SER UM GOVERNO EFICIENTE. - Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

O PREFEITO KLEBER EDSON WAN DALL TEVE MAIS DE UM ANO E MEIO PARA NÃO FECHAR A CASA LAR, OU ENCONTRAR PARA AS CRIANÇAS VULNERÁVEIS UMA SOLUÇÃO QUE ESTARIA DENTRO DA SUA PROPAGANDA DE SER UM GOVERNO EFICIENTE. - Por Herculano Domício

30/07/2018

ELE E OS ILIMINADOS DO GOVERNO PREFERIRAM ENROLAR, MENTIR POR NOTA OFICIAL. TENTARAM DESACREDITAR UM JORNAL DE CREDIBILIDADE E MOVIMENTARAM OS SEUS NAS REDES SOCIAIS PARA LANÇAR DÚVIDAS PARA AQUILO QUE ESTAVA À VISTA DE TODOS. TRANSPARÊNCIA, GESTÃO E RESPONSABILIDADE ZEROS.

DE VERDADE? A CASA LAR SEMENTES DO AMANHÃ ESTÁ FECHADA. KLEBER PROMETE REABRI-LA. ENTÃO PRECISAVA FECHÁ-LA? E PARA REBRIR NO CURTO TEMPO QUE QUER, ELE VAI TER QUE PASSAR POR CIMA DA LEGISLAÇÃO COM AJUDA DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DA JUSTIÇA A QUEM DIZ – POR NOTA OFICIAL E ENTREVISTAS - TER ENTREGUE O CASO.

TAMBÉM NÃO SE SUSTENTA A ALEGAÇÃO DE QUE A ONG GAIAA COBRAVA CARO PELO SERVIÇO. AS OUTRAS, COBRAM MUITO MAIS. ECONOMIA COM CRIANÇAS VULNERÁVEIS? ACORDA, GASPAR!

O governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB e Luiz Calos Spengler Filho, PP, jogou pesado e todas as fichas – inclusive a econômica – para calar, colocar sob seu relho, desacreditar e dar lições à independência do jornal e portal Cruzeiro do Vale. Como aconteceu com Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, MDB, o único que não terminou o mandato, bem como com Adilson Luiz Schmitt, MDB e Pedro Celso Zuchi, PT, nos frequentes questionamentos na Justiça – e que perderam -, a transparência mais uma vez prevaleceu. Ganharam a cidade, os cidadãos e o jornalismo.

Vou deixar de lado a escandalosa “Nota Oficial” da superintendência de Imprensa da prefeitura de Gaspar, já devidamente reduzida a “fake news”. Compare o que o prefeito declarou e está publicado na imprensa local:

"Surgiu este boato, talvez de pessoas mal informadas ou mal intencionadas, mas não procede. As crianças não vão deixar de serem assistidas. Estamos em busca de uma nova ONG e o Ministério Público está supervisionando esta situação. Se não encontrarmos uma ONG a tempo assumiremos a administração temporariamente e contrataremos uma equipe em caráter emergencial"

 

  1. “Boato”, prefeito? A realidade lhe respondeu – e rápido - muito mais do que as minhas informações, as do jornal, as do portal Cruzeiro do Vale e as minhas opiniões sobre o assunto: hoje, segunda-feira, a Casa Lar Sementes do Amanhã está fechada. Então o que era mesmo boato? Mal assessorado, deram ao prefeito a corda para ele se enforcar, e se enforcou. Quem lhe orienta, prefeito? É preciso repensar e olhar bem quem lhe cerca. Vira e mexe esses “entendidos” lhe deixam exposto. E como!
  2. “Pessoas mal informadas ou mal intencionadas, não procede” Vamos por partes, caro prefeito, como diria Jack, o Estripador: quem mesmo está mal informado, ou mal intencionado? O jornalismo comprometido com os fatos, o investigativo ou o senhor e a sua equipe que se desmancharam na mentira que criaram para desmoralizar quem relatou apenas fatos? Se não procede, qual a razão da Casa Lar estar fechada nesta segunda-feira? Qual a razão para desmoralizar um veículo e um colunista? Para se perpetuar num mundo próprio de interesses políticos, poder e de fantasias? Lembre-se do conto de Andersen quando uma criança, inocente e sincera, gritou "O rei está nu!", enquanto ele enxergava tecidos e roupas em si que não existiam feitas por um alfaiate farsante, mas que os seus súditos e nobres também não viam, mas admitiam vê-las para agradar o rei. A quem interessa deixá-lo nú? E por que?
  3. “Estamos em busca de uma nova ONG”. Primeiro é uma confissão de um problema que tentava esconder e para isso precisava desmoralizar outros. Segundo é a reafirmação de uma desavença e vingança contra a atual administradora da Casa Lar. Terceiro, o prefeito e sua equipe, armada de amigos de templo como o secretário de Assistência Social, Ernesto Hostin, tiveram exatos um ano e sete meses para fazer isso: arrumar uma ONG ou desde o dia seis de junho, quando o GAIAA anunciou por ofício a saída da Casa. Irresponsavelmente, ninguém tomou atitude e ações necessárias. Isso mostra que o fechamento era uma questão considerada no governo e de tempo. O que não estava nos planos era a notícia antes da Casa Lar ter sido fechada. Como disse na Câmara o opositor, Cícero Giovani Amaro, PSD, cria-se a caos para arrumar soluções extravagantes emergenciais e até contra a lei.
  4. “Estamos em busca de uma nova ONG e o Ministério Público está supervisionando esta situação”. Isto é o recibo do improviso de algo que não deu certo. O “Chamamento Público”, obrigatório, para esses casos, leva 60 dias em média. Vai ser encurtado? Ah, é uma emergência! Hum! E os artigos 90 a 94 do Estatuto da Criança e Adolescência – ECA – para esses casos, vão ser desprezados? Ah, mas é uma emergência! Certo, mas falsa! Teve-se prazo para esse procedimento ao menos desde o dia seis de junho, se não se considerar que em Abril a prefeitura colocou na gaveta o contrato proposta de renovação do contrato entre ambos.
  5. “Se não encontrarmos uma ONG a tempo assumiremos a administração temporariamente e contrataremos uma equipe em caráter emergencial”. Hum! A primeira falácia, mal assessoramento, é a de que “assumiremos a administração temporariamente”. Se isso, fosse para valer, hoje a Casa Lar estaria aberta com equipe própria, que não possui, nunca possuiu e teria um custo bem superior ao da ONG GAIAA.

“Contrataremos uma equipe em caráter emergencial”. É? Quanto tempo leva isso? Parece até que o prefeito que já foi vereador, não é experimentado nisso! Até lá, as crianças vulneráveis, serão joguetes dos políticos e da incompetência que os acompanha em ações preventivas urgentes e perenes. Incrível! Nada do que está naquela “nota oficial”, principalmente nas entrevistas armadas e sem perguntas necessárias se sustenta. Impressionante! O rei está nú.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE MENTIR E OFICIALMENTE DAR VERSÕES QUE NÃO TRADUZEM À REALIDADE?

Mas, num encontro pessoal do chefe de Gabinete de Kleber, Pedro Inácio Bornhausen, PP, com o proprietário e editor do jornal, Gilberto Schmitt, queixou-se ele de como o jornal, o portal e principalmente eu, tratamos este assunto, desmascarando, ponto por ponto, cada argumentação falaciosa do poder público. “Nunca menti”, pontuou Pedro. Talvez, mas se não fez isso deliberadamente na defesa ao indefensável do governo a que está obrigado a defende-lo, fez sem os cuidados necessários, ou achando que todos na cidade são analfabetos, ignorantes e desinformados e na imprensa, todos – pelas publicações pagas da propaganda oficial, ou seja, negócio apartado do jornalismo - devem estar ajoelhados à voz oficial.

Abro um parêntesis: se a imprensa tradicional esconder o que não é possível mais esconder, as redes sociais e o whatsapp publicam, com mais detalhes, fazem audiência e desacreditam a imprensa local. E os políticos estão atrasados no tempo e no conceito quando no poder, pois quando na oposição, eles sabem muito bem como isso funciona. Fecho parêntesis.

Na mesma imprensa que o poder de plantão em Gaspar usou para desacreditar o Cruzeiro, Pedro afirmou: “eles (GAIAA] alegaram que o repasse mensal não era suficiente para manter a casa e que estavam com dificuldades financeiras", disse. O repasse era de R$3 mil por vaga e, em dezembro do ano passado, foi feito um reajuste, aumentando o valor em R$91,00 por criança. Como a prefeitura tem 15 vagas no abrigo, ela repassa, por mês, R$46.367,00 para a Casa Lar. Entretanto, o repasse líquido mensal é de R$42 mil, devido à retenção referente ao décimo terceiro salário e férias. "Desde o reajuste estamos em negociação com o Gaiaa, mas, infelizmente, o acordo não aconteceu". 

Mais uma vez vamos por partes.

Não estou discutindo se é muito ou pouco. Este é outro assunto delicado e complexo. Não é ainda o momento para isso, quando se tem crianças vulneráveis sob ameaça de desabrigo oficial. E na minha avaliação, esse valor é bem empregado. É para formar cidadãos, cidadãs e evitá-los pela inclusão e equilíbrio emocional, que eles se tornem a escória e um problema social grave quando adultos. Ou seja, este investimento quando crianças não tem preço. 

Vamos aos fatos que desmoraliza e desmente Pedro. O GAIAA recebia R$3.091,00 e era muito, segundo o chefe de gabinete do prefeito Kleber. As outras duas ONGs que estão habilitadas em Gaspar para tratar desse assunto, Cegapan (masculino) e Ação Social e Cidadã (Lar das Meninas) recebem da prefeitura, respectivamente, R$4.600,00 e R$4.300,00 para cada internado.

GAIAA ERA A MAIS “BARATA” DAS ENTIDADES QUE OPERAM EM GASPAR COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Então o que é caro neste caso? Quanto ao valor das vagas, lembrando que adolescente são autônomos no quesito cuidados diários (banho, alimentação), já as crianças são dependentes! Assim, em tese, o GAIAA necessitaria de valores maiores em função dos educadores sociais para o cuidado 24 horas das crianças.  No entanto, recebe R$1.200,00 (ou R$1.500,00, dependendo da comparação) a menos e necessita de um número maior de funcionários.  Então é ou não uma deliberada ação contra a entidade que era gestora da Casa Lar Sementes do Amanhã, ou na intenção proposital de fechá-la e economizar com isso?

Tudo o que a prefeitura alega neste caso é frágil. Criou um desgaste para si com a incompetência, com a perseguição e ampliou quando resolveu colocar no mesmo balaio a imprensa que não se verga diante da realidade que a comunidade enxerga e paga.

Pior mesmo, foi o poder de plantão, vendo que estava sendo massacrado pela atitude irresponsável e incoerente, estimular gente sua nas redes sociais, para ajudá-los a contar mentiras, desmoralizar à realidade e colocar dúvidas no jornalismo verdade. 

A pergunta que não quer calar é: o que mais está se escondendo nesse governo a tal ponto de desgastar com o desamparo notório com crianças vulneráveis, sob a alegação de falsa economia para engordar as sobras orçamentárias? Não aprenderam nada com a Saúde Pública. Lá fizeram a mesma coisa. Tiveram que trocar três vezes de secretário, colocar o prefeito de fato, o advogado Carlos Roberto Pereira, o presidente licenciado do MDB daqui, e gastar muito naquilo que estavam economizando. E a imagem, todavia, continua manchada pelo que fizeram. Quando vão acordar? E aí será tarde. A percepção do ruim terá se consolidado, mesmo estando melhor. Acorda, Gaspar!

UNIVERSIDADE OU MADRASSA DE DOUTRINA PETISTA?

A FURB que já foi referência como Fundação Educacional no ensino superior em Santa Catarina, experimenta desafios que vão tornando-a um elefante diante das rápidas mudanças que ocorrem no mundo competitivo. Ela está exposta diante das “novas” concorrências, ensino à distância, crise econômica brasileira, passivos, privilégios, cursos deficitários...

Na busca de oportunidades e mostrando como o sectarismo ideológico está impregnado e retarda ainda mais o saneamento e atualização da instituição, a Furb resolveu aderir à doutrinação petista. Recentemente, a pró-reitoria de pós-graduação, extensão e cultura promoveu o curso “Golpe de 2016 e o Futuro da Democracia no Brasil”. 

O coordenador do curso, foi o ex-candidato a prefeito de Blumenau, pelo PT, sem expressão de votos (8.911 votos, último colocado; o vencedor teve 81.050 votos, para um colégio de 230.000 eleitores), e para reduto que já foi ícone do petismo catarinense, o sociólogo Valmor Schiochet.

O diploma e o programa, relatam bem a importância da Furb para ampliar conhecimentos e reduzir a universidade ao fanatismo político partidário. As madrassas tem essa característica, a de repetir na marra àquilo que temem seja esquecido naturalmente ou atualizado pelo tempo, para que uma “verdade” se perpetue sem o devido questionamento dialético.

O curso ensina que tudo foi um jogo político, apesar de tudo foi feito às claras, no devido processo legal, com amplo contraditório, sendo que o próprio PT e Dilma se estabeleceram na defesa.

Se houve anomalia, ela foi tomada justamente a favor de Dilma Vana Rousseff, PT. Ao final da votação que estabeleceu o impeachment da presidente, quando o condutor do processo, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, numa atitude ad doc, mudou a interpretação a Constituição, e permitiu que não se retirasse os direitos políticos de Dilma. Ela agora é candidata ao senado por Minas Gerais.

Sobre o mensalão e petrolão, nenhum curso para explicar como se montou o maior arco de corrupção para sustentar o PT e a esquerda do atraso no poder, com o desvio do dinheiro dos pesados impostos dos brasileiros. Wake up, Brazil!

 

Edição 1862
 

Comentários

LEO
31/07/2018 17:12
O DEPUTADO JOÃO ARRUDA.QUER ACABAR COM A INDÚSTRIA DO ADITIVO.NA NOVA LEI DE LICITAÇÕES,JÁ APROVADA NO SENADO. O DEP. ARRUDA DEFENDE QUE A NOVA LEI POSSA ACABAR COM A PRÁTICA DE ABAIXAR O PREÇO NA HORA DA CONTRATAÇÃO .JÁ PENSANDO EM UMA NEGOCIAÇÃO FUTURA. COM ADITIVOS CONTRATUAIS. EM GASPAR JÁ VI CONTRATO NO SEU OITAVO ADITIVO.E A VIDA SEGUE.
LEO
31/07/2018 16:54
UMA COISA QUE VAI DAR O QUE FALAR NA EDUCAÇÃO.SOBRE VAGAS EM CDIS.UMA COISA PARA O SEU HERCULANO ESTUDAR. DIÁRIO DOS MUNICÍPIOS .INSTRUÇÃO NORMATIVA N;01/2018.MENOS DIREITOS PARA O CIDADÃO.
Herculano
31/07/2018 11:49
JURISTA HÉLIO BICUDO MORRE AOS 96 ANOS

Conteúdo do jornalismo da Rádio Jovem Pan. Morreu nesta terça-feira (31) Hélio Bicudo, aos 96 anos, jurista, político e um dos signatários do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Bicudo teve uma longa carreira como jurista, tendo destaque como um dos co-autores do pedido de impeachment ao lado de Janaína Paschoal e Miguel Reale Jr.

Como político, foi deputado federal por dois mandatos consecutivos (nos anos de 1991 a 1999), vice-prefeito de São Paulo da gestão Marta Suplicy de 2001 a 2005 e Ministro da Fazenda no governo de João Goulart (1963).

O jurista foi filiado ao PT desde a sua fundação, mas desligou-se do partido em 2005, após o Mensalão. Desde então, fez duras críticas à postura dos petistas. Foi também, desde 2003, presidente da Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos (FidDH).
Herculano
31/07/2018 11:41
da série: o aparelhamento de uma tevê pública - paga com os pesados impostos do povo - disfarçado de jornalismo

AUGUSTO NUNES DENUNCIA PRESSÃO POLÍTICA NO RODA VIVA

Conteúdo de O Antagonista. O jornalista Augusto Nunes, que ancorou o Roda Viva até março, decidiu não renovar seu contrato com a TV Cultura em razão da pressão política feita pelos conselheiros da emissora mantida pelo governo de São Paulo.

Nunes contou, em entrevista ao canal do também jornalista Marcelo Bonfá no Youtube, que o conselho curador forçava nomes tanto para serem os entrevistados quanto para realizarem as entrevistas.

"Havia uma pressão para que a gente começasse a convidar políticos amigos dos conselheiros. Eu deixava a escolha dos entrevistadores para a produção. Só queria jornalistas independentes, que formulassem perguntas objetivas. Mas eles [conselheiros] começaram a sugerir nomes, a fazer pressão. O conselho da Cultura tem um bando de gente que passa o dia por lá. Porque eles são aposentados, têm tempo de sobra, ficam ali só fazendo fofoca."

Nunes disse que procurou o presidente da Cultura, Marcos Mendonça.

"Eu disse a ele o seguinte: 'Quero saber como vai ser esse ano.' Questionei se o jornalismo ia voltar a ter controle sobre o Roda Viva ou se essa pressão ia continuar. [Mendonça disse:] 'Olha, esse ano é eleitoral, eu devo dizer que vai piorar."

Uma das pressões, segundo Nunes, foi para que ministros fossem entrevistados.

"Falavam: 'Tem que chamar o ministro da Educação [José Mendonça Filho], o das Comunicações [Gilberto Kassab], o da Saúde [Ricardo Barros]'. [Eu argumentava:] 'Mas nós já chamamos, eles vieram aqui quando assumiram'. 'É, mas são compromissos?'. Eles vêm aqui para se elogiarem, todos querem dizer que fizeram um grande trabalho, e depois vão se candidatar."

Para Nunes, o conselho usa o Roda Viva como palanque político para seus camaradas.

"Alguns conselheiros diziam que só ia gente que não era de esquerda. Mas foram vários de esquerda, todos bem tratados. Outros só não foram porque recusaram. O Lula e a Dilma [Rousseff], por exemplo, eu convidava todo mês. Convidei durante anos, eles nunca quiseram ir."

Pressionado, Nunes decidiu pular fora do programa.

"Falei: 'Eu não quero mais, não. Topo fazer as entrevistas com os ministros, mas minha última data eu quero para mim'."

Ele então convidou o juiz Sergio Moro para a sabatina que marcou sua despedida e o Roda Viva bateu seu recorde de audiência.

"Eu gosto de ficar em qualquer cargo pelo tempo de um mandato político, porque você vai se desgastando naturalmente por episódios assim. Eu me livrei dessas pressões que nunca tolerei, e que já posso dispensar a essa altura da vida. Porque ninguém é de ferro."

Nunes lembrou o recado que mandou no ar em sua despedida (e que O Antagonista registrou).

"Mandei meu recado: 'Espero que o programa continue seguindo a rota do jornalismo independente'. Porque é uma rota perigosa, mas é a única que leva a um bom porto. Eu fiz a advertência. Se o Roda Viva seguir, ele sobrevive; senão, ele morre."

Com Ricardo Lessa em lugar de Nunes, o Roda Viva seguiu a rota da Wikipedia.
Miguel José Teixeira
31/07/2018 11:21
Senhores,

Perdemos o "Filósofo de Momdubim"

"Morre o jornalista Ari Cunha, vice-presidente institucional do Correio"

+ em:

https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2018/07/31/interna_cidadesdf,698497/morre-jornalista-ari-cunha-vice-presidente-institucional-do-correio.shtml
Herculano
31/07/2018 10:48
ATÉ QUE ENFIM. OITO PRESOS EM OPERAÇÃO CONTRA A MÁFIA DAS DISTRIBUIDORAS DE COMBUSTÍVEIS

Conteúdo de O Antagonista. A Polícia Civil de Curitiba prendeu hoje oito funcionários das empresas BR Distribuidora, Raízen (licenciada da marca Shell) e Ipiranga.

Também foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão.

As distribuidoras são investigadas por supostamente controlarem de forma indevida e criminosa o preço final dos combustíveis.
Herculano
31/07/2018 09:54
da série: dois despreparados, o jornalismo que é ativista de esquerda e não foi conscientizado que a profissão é outra coisa, e um candidato que não conhece o Brasil, nem os problemas, muitos menos as soluções, mas faz a alegria de uma parte de fanáticos, analfabetos, ignorantes e desinformados.

CALCANHAR DE AQUILES DE BOLSONARO É SEU DESPREPARO TÉCNICO, por Marcelo Moraes, no BR 18

No Roda Viva, Jair Bolsonaro mostrou sua conhecida face polemista, que lhe garantiu legião de seguidores, mas choca muitas pessoas. Defende a ditadura, relativiza tortura e escravidão, prega violência como solução para segurança pública. Esse é o terreno em que seu personagem político foi construído e lhe deixa muito à vontade, por mais absurdo que pareça.

Mas ele se mostra vulnerável quando precisa lidar com os aspectos concretos da gestão pública - e, afinal de contas, é isso que um presidente faz. Além de anunciar que vai delegar a especialistas a gestão de áreas que não domina, suas respostas sobre alguns temas são rasas. Como falar que a mortalidade infantil aumenta pelo óbito de crianças prematuras em vez de levar em conta a falta de saneamento básico. Ou quando diz que "a própria sociedade resolverá o problema do desemprego", se "o governo não atrapalhar o empreendedor". Este é o seu calcanhar de Aquiles.
Herculano
31/07/2018 08:11
DE PONTICELLI PARA AMIM: "SE NÃO AUMENTAR O TIME, VAI COMPLICAR", por Upiara Boschi, no jornal Diário Catarinense, da NSC Florianópolis.


Há quatro anos, Joares Ponticelli era o expoente do PP que vivia a expectativa da confirmação de uma aliança com o PSD de Raimundo Colombo e Gelson Merisio. Seria candidato ao Senado em uma inusitada composição com o PMDB do então vice-governador Eduardo Pinho Moreira. A velha tradição emedebista fechou as portas ao rival em cima da hora e Ponticelli acabou improvisado como candidato a vice na chapa de Paulo Bauer (PSDB).

Agora prefeito de Tubarão, maior município comandado pelos PP-SC, Ponticelli chegou mudo e saiu calado da convenção do partido que homologou a candidatura do deputado federal Esperidião Amin (PP) ao governo - resultado que mais uma vez frustrou as expectativas de composição entre o PP e o PSD de Merisio, também candidato homologado a governador.

O encontro pepista celebrou a quinta candidatura de Amin ao governo. A citação à proposta de Merisio para que o partido indicasse seu vice e uma das vagas ao Senado foi descartada rapidamente, sob breves vaias. O clima era de celebração à tradição que vem do antigo PDS - como o ex-deputado e ex-conselheiro Gilson do Santos chamou o partido em um lapso na tribuna.

Nenhuma voz contrária à composição com DEM, PV e Patriota - o leque de alianças atual - subiu à tribuna. Fora dela, Ponticelli disse diretamente a Amin o que pensa do atual momento do partido e do projeto aprovado na convenção: "se a gente não conseguir ampliar o time, acho que a gente vai ter muitas dificuldades".

O prefeito tubaronense viu semelhanças nas convenções pepistas de 2014 e 2018. Naquela, diante da decisão de PMDB de lançar Dário Berger ao Senado, expulsando o PP da coligação, foi proposto que Ponticelli fosse lançado de forma avulsa - apoiando Colombo e confrontando os emedebistas. Em um discurso célebre, Amin disse que queriam cortar a cabeça do PP e inflamou os delegados ao defender um acordo com os tucanos. Horas depois surgia a chapa Bauer-Ponticelli, minutos antes do fim do prazo das convenções. Ao comparar as convenções, o prefeito explica porque não quis falar no sábado.

- Eu preferi ficar silente e reflexivo porque a convenção não culminou com aquilo que me foi vendido como esperança e expectativa. Como eu vivi uma convenção parecida com aquela há quatro anos, preferi o recolhimento. Eu sei o que foi a convenção. Parecida com a de sábado. Festiva e estimulante. Quando a campanha começou, dos pouco mais de 40 prefeitos que tínhamos, pouco mais de 10 ficaram comigo e com o Paulo. A gente teve dificuldades até de fazer reuniões partidárias.

Ponticelli defende a retomada das conversas com Merisio, hoje praticamente inviabilizadas. Acredita que o pouco tempo de campanha oficial e a redução do horário eleitoral potencializam o peso do exército de candidatos a deputado no papel de convencer o eleitor - inclusive de convencê-lo a votar.

- Ou a gente esgota e empreende todos os esforços até a meia-noite do dia 5 para trazer mais aliados ou a dificuldade vai ser grande. Espero que a partir de agora, já que todas as atas estão em aberto, que se reflita com responsabilidade sobre tudo isso.
Herculano
31/07/2018 07:48
BOLSONARO NO RODA VIVA: NÃO SE PODE DAR A ALGUÉM COMO ELE A CHANCE DE SE COMPORTAR COMO UM ARRUACEIRO DE CERVEJARIA NA MUNIQUE DE 1923, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Jair Bolsonaro, candidato do PSL, pensa que não apenas o estupro guarda relação com o merecimento. Para o valente, também o fuzilamento é uma distinção. Mais: ele contou uma meia-verdade no programa Roda Viva desta segunda, que vale por uma mentira inteira. Como não foi corrigido tempestivamente, eu o farei aqui. Mas, antes, vão algumas considerações sobre a entrevista.

Nas vezes, e foram poucas, em que se viu obrigado a responder a questões próprias de um candidato a presidente da República, não a um prosélito de cervejaria na Munique de 1923, deu-se mal. Ao explicar que política implementaria para combater a mortalidade infantil, falou sobre bebês prematuros, o passado das mães das crianças, a necessidade de se incentivar o empreendedorismo... É ver para crer. Nada fazia sentido.

Convidado a discorrer sobre suas ideias econômicas no programa Roda Vida, ficou claro que Jair Bolsonaro (PSL) nada tem a dizer. Mais: afirmou não ter Plano B para Paulo Guedes, que será seu ministro da Fazenda caso venha a se eleger. Na sua, digamos, metáfora, Guedes é o seu "Posto Ipiranga" para a área da economia. Ele tem uma bomba para cada assunto. O despreparo do candidato é assombroso. Em 28 anos como político, não aprendeu nada. Justiça se faça: a gramática de Lula melhorou muito. No caso de capitão reformado, nem isso. Os plurais ainda lhe são um território inóspito.


Não lhes parece dispensável tentar evidenciar, como se fez amiúde no Roda Viva, que Bolsonaro é um candidato de extrema-direita? Bem, ele é! E só por isso conseguiu, segundo as pesquisas, algo em torno de 20% dos votos. Acabou usando alguns dos entrevistadores como escada para o seu discurso de ódio. Se o candidato nada tem a dizer sobre Previdência, problema dele. O Brasil precisa dessa resposta. Se nada tem a dizer sobre reforma tributária, idem. Se não tem noção da equação dívida/PIB, a culpa não é de quem pergunta, mas de quem se ofereceu para cuidar desses assuntos. Quando Paulo Guedes, o seu guru econômico, for candidato, senta naquela cadeira.

O que não dá e para entrar na conversa de arruaceiro de cervejaria.

Jair Bolsonaro provou a sua incrível capacidade de não aprender nada nem de esquecer nada. Indagado, no Roda Viva, por José Gregory, ministro dos Direitos Humanos de FHC, se havia mesmo dito que o ex-presidente e o próprio Gregory deveriam ter sido fuzilados pela ditadura, o candidato confirmou ter imaginado o líder tucano diante de um pelotão. Com desdém, disse não ter incluído Gregory na lista porque o ex-ministro não era, digamos, digno de tal distinção.

Uma resposta sem dúvida apropriada a quem considera também o estupro um merecimento. Mas que só contempla as mulheres bonitas. E aqui está a sua meia-verdade, que é mentira inteira. Afirmou que só respondeu que não estupraria Maria do Rosário - porque esta não merecia - depois de ela tê-lo chamado de "estuprador". De fato, as duas coisas aconteceram em 2003. Nenhum dos dois levou o outro ao Conselho de Ética.

Ocorre que a frase que o fez réu no Supremo não é a de 2003, mas a de 2014: 11 anos depois, ao vê-la deixar o plenário quando ele discursava, afirmou:

"Não saia, não, Maria do Rosário, fique aí! Há poucos dias, você me chamou de estuprador no Salão Verde, e eu falei que eu não estuprava você porque você não merece. Fique aqui para ouvir".

Na sequência, deu uma entrevista ao "Zero Hora" e foi adiante:

"Ela [Maria do Rosário] não merece [ser estuprada] porque ela é muito ruim, porque ela é muito feia, não faz meu gênero, jamais a estupraria. Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar, porque não merece".

Lembro essas circunstâncias para apontar uma mentira, que ficou sem correção. Apego aos fatos apenas.

Afinal, o eleitor típico de Bolsonaro deve ler essas declarações com entusiasmo genuíno, não é mesmo? Os mais literalistas talvez olhem para as mulheres e as distingam entre as que mereceriam e as que não mereceriam ser estupradas. Isso se fossem estupradores, é claro!

[Em outro texto] Trato da reabertura do caso Vladimir Herzog, por iniciativa do Ministério Público, ancorado em decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos. O nome do jornalista e a decisão da corte foram relembrados no programa, já que se estava diante de um notório defensor do golpe militar de 1964, terminologia que ele, claro!, contesta.

E como Bolsonaro respondeu? Perguntou por que seus entrevistadores não se importavam com a morte do então jornalista e secretário de governo de Pernambuco, Edson Régis de Carvalho, vítima do atentado a bomba havido no aeroporto dos Guararapes, em Recife, no dia 25 de julho de 1966. No atentado terrorista, atribuído a um membro do grupo esquerdista Ação Popular, morreu também o vice-almirante reformado Nelson Gomes Fernandes. Outras 14 pessoas ficaram feridas.

[No artigo] vocês verão que entendo ser impossível a revisão da Lei da Anistia sem que se violem garantias do Estado Democrático e de Direito. O que é que Bolsonaro e sua turma fingem não entender?

O terrorismo é detestável, sim! Sob o pretexto de combatê-lo, no entanto, um Estado não pode mimetizar as táticas do terror. Porque, afinal, tem de falar em nome da ordem legal. Seu papel é combater o crime, não cometer crimes novos, resguardado pelo aparelho de Estado.
Herculano
31/07/2018 07:31
BOLSONARO CONTRA QUATRO, por Vera Magalhães, no BR 18

A entrevista de Jair Bolsonaro "eclipsou" quatro outros presidenciáveis. Enquanto a sabatina do deputado do PSL no Roda Viva foi o tema mais comentado do Twitter mundial e explodiu em visualizações no YouTube, a estreia do Central das Eleições da Globonews com Álvaro Dias (Podemos) passou praticamente em branco.

Em São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB) e João Amoêdo (Novo) debatiam no Fasano, a convite do Centro de Liderança Pública), com transmissão online no site da revista Infomoney. O final do debate coincidiu com o primeiro bloco do programa da TV Cultura, mas também passou batido nas redes sociais.
Herculano
31/07/2018 07:14
OS DOIS LADOS DO RADICALISMO QUE AFUNDA O BRASIL

Olhando as redes sociais, sabe-se que Luiz Inácio Lula da Silva, PT, e esquerda do atraso são iguais na mesma medida do fanatismo perigoso dos que apoiam Jair Bolsonaro e a direita xucra, a que defende a intervenção e a ditadura militar, a que fez a greve dos caminhoneiros como uma amostra de programa do futuro governo e aumentou a inflação, o desemprego e fez o PIB cair.

Quem é Lula e PT não muda o voto, não possui argumento ou tem todos para essa escolha. Quem é Bolsonaro, é a mesma coisa.

Desde ontem a noite, estão expostos nas redes sociais -depois da vazia e desastrosa entrevista de Bolsonaro no programa Roda Viva, da TV Cultura -, um duelo de morte entre os bolsonaristas e os contra. Ignorância pura. Propostas reais para tirar o Brasil do buraco ético, político, econômico e social? Zero!
Herculano
31/07/2018 07:06
DESCRISTIANIZAÇÃO,por Hélio Schwartsman, no jornal Folha de S. Paulo

À medida que a eleição se aproxima, a raiva tende a decantar e outros fatores ganham mais peso

Quando saí em férias, duas semanas atrás, a leitura do noticiário político passava a impressão de que a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) estava fadada a repetir o fiasco da de Ulysses Guimarães em 1989, que não obteve nem 5% dos votos, apesar de concorrer por um megapartido como era o PMDB.

Agora, no meu retorno, Alckmin aparece, se não como favorito, ao menos como alguém com grandes chances de chegar ao segundo turno. O problema não está nas inconstâncias da política, mas na afoiteza com que jornalistas, marqueteiros e o próprio eleitorado interpretam os eventos de campanha e as pesquisas, prestando muitas vezes mais atenção aos ruídos do que aos sinais.

Para os que não desistiram de escutar a ciência, sociólogos que trabalham com dados mostram que o comportamento do eleitor é muito mais regular do que se supõe, de modo que mapas de votação do último pleito e indicadores econômicos são um guia mais confiável para o "forecasting" (previsões) do que as impressões do momento. Um segundo escrutínio entre um petista e um tucano sempre foi um cenário de alta probabilidade, especialmente depois que as denúncias de corrupção se generalizaram, atingindo todos os grandes partidos.

Não é que o resultado esteja escrito nas estrelas nem que o eleitor não procure novidades. A persistência de Jair Bolsonaro no alto nas pesquisas é um indicativo disso. Mas a forma pela qual o cidadão compõe sua decisão de voto é um processo com várias fases. Num dado momento ele dá vazão à sua indignação com todos os políticos, escolhendo figuras que se dizem antissistema.

À medida, porém, que o pleito se aproxima, a raiva tende a decantar e outros fatores ganham mais peso. Será que homens mais ricos vão mesmo votar num candidato que não revela com clareza seu programa econômico e ainda por cima teria enorme dificuldade para formar maioria parlamentar? Meu palpite é que Bolsonaro murcha.
Herculano
31/07/2018 07:00
BEM ALIMENTADO, LULA TERCEIRIZOU GREVE DE FOME, por Josias de Souza

Seis militantes de movimentos sociais iniciam nesta terça-feira, em Brasília, uma greve de fome pela libertação de Lula. Comandante do "exército do MST", João Pedro Stédile declarou que o tempo de duração da greve será determinado pela ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal.

"Ela foi indicada para respeitar a Constituição", disse Stédile, ao lado dos companheiros que prometem fechar a boca. "Tem dois recursos aguardando julgamento - uma ADC do PCdoB, que consulta se uma pessoa pode ser presa antes do julgamento de todos recursos; e um outro recurso da OAB, sobre validade da presunção de inocência até o julgamento da última instância. Basta colocar os recursos em plenário para acabar com a greve."

Em português claro, deseja-se pressionar o Supremo para rever a regra que autorizou o encarceramento de condenados em segunda instância. A questão já foi apreciada pelos ministros da Suprema Corte quatro vezes desde 2016. Na votação mais recente, produziu-se um placar de 6 votos a 5 contra a concessão de um habeas corpus que impediria a prisão de Lula.

Ironicamente, os devotos do líder petista fazem por Lula um sacrifício que ele se abstém de fazer por si mesmo. Lula desenvolveu uma ojeriza por greves de fome. Em fevereiro de 2010, ainda na pele de presidente, o agora presidiário realizou uma viagem oficial a Cuba. Desembarcou em Havana no dia da morte do dissidente cubano Orlando Zapata Tamoyo, que ficara sem comer por 85 dias.

Instado a comentar a privação alimentar do preso político cubano, Lula declarou: "Lamento profundamente que uma pessoa se deixe morrer por uma greve de fome. Eu, depois da minha experiência de greve de fome, pelo amor de Deus, ninguém que queira fazer protesto peça para eu fazer greve de fome que eu não farei mais."

Na época, o repórter Elio Gaspari rememorou a "experiência" de Lula: "Em 1980, quando penou 31 dias de cadeia que ajudaram-no a embolsar pelo Bolsa Ditadura um capital capaz de gerar mais de R$ 1 milhão, Lula fez quatro dias de greve de fome. Apanhado escondendo guloseimas, reclamou: 'Como esse cara é xiita! O que é que tem guardarmos duas balinhas, companheiro?'."

Em março de 2010, já de volta ao Brasil, Lula adicionou ao comentário infeliz que fizera em Havana uma pitada de escárnio. Em defesa da soberania cubana, o então presidente petista comparou os presos políticos da ditadura dos irmãos Castro com os bandidos comuns esquecidos no interior do sistema carcerário de São Paulo.

Eis o que declarou Lula: "Eu penso que a greve de fome não pode ser utilizada como pretexto de direitos humanos para libertar pessoas. Imagina se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade. Temos que respeitar a determinação da Justiça e do governo cubano de deter as pessoas em função da legislação de Cuba, como quero que respeitem ao Brasil."

Quer dizer: considerando-se os critérios de Lula, condenado a 12 anos e um mês de cadeia por corrupção e lavagem de dinheiro, os militantes que se dispõem a deixar de inserir alimentos por sua libertação deveriam respeitar a "determinação da Justiça" brasileira. Sucede, porém, o oposto.

Bem alimentado, Lula patrocina o surgimento de mais uma excentricidade eleitoral. Depois da candidatura presidencial cenográfica de um ficha-suja, depois da campanha presidencial por correspondência, Lula conduz desde a cela especial de Curitiba um inusitado processo de terceirização de greve de fome.
Herculano
31/07/2018 06:54
TSE DEVE IMPEDIR QUE LULA APAREÇA COMO CANDIDATO NO PROGRAMA DE TV DO PT, por Mônica Bérgamo, no jornal Folha de S. Paulo

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deve impedir o ex-presidente Lula de aparecer como candidato no programa de TV do PT, ainda que o julgamento de seu pedido para concorrer não tenha sido finalizado.

PORTA
Ministros ouvidos pela coluna acreditam que até o dia 31 de agosto, quando começa a propaganda eleitoral, o caso de Lula deve ter a primeira sentença ?"de impugnação da candidatura.

PORTA 2?
Ainda que caibam recursos, como embargos de declaração, os ministros podem considerar que eles não têm efeito suspensivo - e, portanto, Lula fica fora da TV.

É A LEI?
A defesa do petista bate na tecla de que o artigo 16-A da Lei Eleitoral permite que candidato "cujo registro esteja sub judice" participe de "todos os atos" da campanha, inclusive na TV. "Excluir o ex-presidente seria descumprir o rito processual", diz o advogado Luiz Fernando Pereira.

NA PRÁTICA
Caso o TSE firme posição, Lula teria duas opções: indicar o substituto já no dia 31 ou deixar que o vice (do PT ou de partido aliado) ocupe a maior parte do tempo do PT na TV até que todos os seus recursos sejam julgados.

TAXA DE SUCESSO?
E um levantamento da defesa de Lula mostrando que, em 55% dos casos em que prefeitos ganharam as eleições e foram impugnados, em 2016, candidatos do mesmo grupo venceram no pleito suplementar.

VOTO NULO
No caso da eleição presidencial, um novo pleito só poderá ser convocado caso Lula apareça na urna, vença a eleição e tenha seus votos posteriormente anulados.
Herculano
31/07/2018 06:49
FICHA SUJA, DILMA DEVE TER CANDIDATURA BARRADA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Dilma Rousseff não está livre da declaração de inelegibilidade pela Justiça Eleitoral, apesar do infame "fatiamento" no impeachment, que violentou a Constituição para poupar a petista da suspensão dos seus direitos políticos. Dilma é ficha suja: ela foi condenada por órgão colegiado (o plenário do Senado), no processo de cassação, e teve as contas de 2015 rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
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UMA COISA É UMA COISA
O fatiamento não blindou Dilma dos efeitos da Lei da Ficha Limpa. Apenas não a fez perder os direitos políticos por 8 anos.

PRESEPADA DESAUTORIZADA
Se o Supremo Tribunal Federal for provocado, a tendência seria anular o fatiamento, segundo três ministros revelaram na época à coluna.

CARA-DE-PAU ESPANTOSA
Um dos ministros que mais se diziam espantados com o fatiamento, em conversas reservadas com os colegas, foi o saudoso Teori Zavascki.

TOFFOLI TEM SUA POSIÇÃO
O futuro presidente do STF, ministro Dias Toffoli, não está entre os admiradores do fatiamento indecoroso que tornou Dilma impune.

NA EUROPA, 'COPARTICIPAÇÃO' CUSTA 196 REAIS AO MÊS
É adotado na Europa há anos o sistema de coparticipação e franquias, que a Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) tentou impor aos brasileiros para favorecer os planos de saúde. Na Europa, cliente desse sistema paga aos planos de saúde 45 euros por mês (196 reais), enquanto no Brasil o céu é o limite: a ANS garante às operadoras praticar valores criminosos. A agência acabou desistindo da ideia de jerico por causa

PLANO, LÁ, É SEGURO
Quem opta por pagar 45 euros por mês "compra" na Europa o direito de arcar apenas com 40% de procedimentos médico-hospitalares.

ESTÁ TUDO DOMINADO
No Brasil, agências reguladoras como ANS foram "capturadas" ou "aparelhadas" pelas empresas que, em vez de regular, beneficia.

RAPOSA NO GALINHEIRO
O diretor mais recentemente nomeado na ANS integrava uma banca de advocacia especializada em defender interesses dos planos de saúde.

LESA-PÁTRIA
A Petrobras aguarda recurso no Supremo da decisão Tribunal Superior do Trabalho que "revisou" um acordo da empresa com os funcionários, adicionando multa de R$17 bilhões e mais R$ 2 bilhões a mais por ano.

LISTÃO DOS INELEGÍVEIS
O Tribunal de Contas da União entregou ao Ministério Público a lista de 7,4 mil gestores cujas contas foram reprovadas. Para serem declarados inelegíveis para o pleito de outubro, como prevê a Lei da Ficha Limpa.

INGRATIDÃO PETISTA
Petistas são ingratos. Em Alagoas, aceitaram cargos em troca de apoio ao governo local e o pai do governador vive adulando Lula, o corrupto. E foram recebidos com hostilidade na convenção petista, domingo (29).

ULTRAJE A MANDELA
Em vigoroso artigo para o site Diário do Poder, o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), demonstra que comparar Nelson Mandela, mártir na luta pelos direitos humanos, a Lula, um condenado por corrupção, "é um acinte à memória do líder sul-africano".

ONDE TURISMO É UM PERIGO
A família e amigos da brasileira Júlia Sampaio estão aliviados. Ela teve pertences e documentos roubados em Budva (Montenegro) e sofreu muitos constrangimentos. Mas recebeu toda assistência da embaixada do Brasil em Belgrado, chefiada pela embaixadora Isabel Heyvaert.

OUTRO PRESIDIÁRIO CANDIDATO
Mesmo preso na Operação Lama Asfáltica, o ex-governador André Pucinelli (MDB) pretende ser candidato a deputado federal. A senadora Simone Tebet vai substituí-lo na disputa pelo governo estadual.

PARA QUE SERVE VICE?
Ao contrário do Brasil, onde basta o presidente titular viajar ao exterior para ser substituído, o vice assumiu apenas 9 vezes, na história dos Estados Unidos: 8 por morte e Richard Nixon por renúncia, em 1974.

PRESO E CANDIDATO
Preso ou não, "ele [Lula] vai ser o nosso candidato. Não há restrição para isso", tem dito a senadora Gleisi Hoffmann para enganar trouxas. Se de fato registrar candidatura, Lula deverá ser barrado pela Justiça.

PENSANDO BEM...
...o PT já tem idade para saber que preso político e político preso são coisas bem diferentes.
Herculano
31/07/2018 06:44
De Ricardo Noblat, de Veja, no Twitter

Bolsonaro não é só um desqualificado. Ele desqualifica o país pelo qual é candidato a presidente da República. E desqualifica os eleitores que dizem acreditar nele.
Herculano
31/07/2018 06:31
PT DEFENDE "GOLPISTAS" E ABRAÇA OLIGARQUIAS PARA SOBREVIVER, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Sigla mergulha na incoerência eleitoral e se alia a velhos caciques do Nordeste

Minutos antes de oficializar sua aliança com Renan Calheiros e Renan Filho (MDB) na convenção do PT em Alagoas, o deputado Paulão se irritou com um grupo que chamava os convidados de "golpistas".

"Vocês podem até não votar no governador e no senador, mas vaiar é uma atitude antidemocrática, falta de respeito e de educação", reclamou.

Apesar da força preservada pelo ex-presidente Lula no Nordeste, o enfraquecimento do PT empurra a sigla para o lado das velhas oligarquias da região. Para sobreviver e pegar carona na estrutura política dos caciques, o partido topou mergulhar no poço das incoerências eleitorais.

O Renan Calheiros defendido por Paulão (que foi presidente da CUT) é o mesmo que votou pelo impeachment de Dilma Rousseff e exclamou um "tamos juntos" na posse de Michel Temer. O senador teve uma recaída pró-PT, mas só quando percebeu que sua reeleição estava em risco.

No Ceará, os petistas rifaram a candidatura de José Pimentel para mais um mandato no Senado, abrindo caminho para Eunício Oliveira (MDB).

Contrariado, Pimentel disse que sua saída "possibilita o fortalecimento de setores que atacam conquistas sociais". Para o ex-presidente do PT Ricardo Berzoini, a decisão "é o triunfo da burocracia clientelista".

O sinal verde partiu do próprio Lula. Em outubro, o ex-presidente disse que estava "perdoando os golpistas". No dia seguinte, o PT de Alagoas anunciou que voltaria a ocupar cargos no governo Renan Filho.

Os políticos que derrubaram Dilma esquecem as hostilidades sofridas. Ciro Nogueira, que demoliu o último pilar do governo ao tirar o PP da base aliada, aderiu à chapa petista no Piauí. Já o clã Sarney finge que o dedo do patriarca não deslizou na urna eletrônica em 2014 para dar um voto a Aécio Neves (PSDB).

Roseana, que tenta voltar ao governo do Maranhão, discursou no domingo (29) como se a família não tivesse conspirado pelo impeachment e instalado um ministro no governo Temer. "Todos queremos que Lula supere esse sofrimento."
Herculano
30/07/2018 20:57
SE EU GANHAR A ELEIÇÃO, A BOLSA DE VALORES VAI A 100 MIL PONTOS, DIZ ALCKMIN

Conteúdo da Agência Reuters. Texto de Eduardo Simões.O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, fez nesta segunda-feira, a previsão de que, se vencer a eleição de outubro, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo chegará ao patamar de 100 mil pontos.

O tucano disse que, se eleito, vai reduzir o Imposto de Renda sobre as empresas para estimular investimentos, e também afirmou que buscará desburocratizar e destravar a economia. Alckmin voltou a falar que, caso chegue ao Palácio do Planalto, zerará o déficit primário em até dois anos. A previsão de rombo nas contas públicas para este ano é de 139 bilhões de reais.

"Se nós ganharmos a eleição - modéstia à parte - a bolsa vai para 100 mil pontos, vai ter investimento e o país volta a crescer", disse o tucano durante entrevista à rádio BandNews FM.

"Eu vou reduzir o imposto chamado corporativo, que é o imposto de renda da pessoa jurídica, que é o que o Trump fez nos Estados Unidos. Com isso você estimula investimento."

Alckmin também foi indagado sobre sua aliança com o blocão - grupo de partidos formado por PP, DEM, PR, PRB e Solidariedade - e a defendeu como necessária para assegurar governabilidade.

"Eu conversei com muitos partidos, eles vieram me apoiar eu não estando em primeiro lugar, porque é fácil apoiar quem está em primeiro lugar", disse o tucano.

"Não tenho compromisso nenhum, nenhum, nenhum, a não ser com o programa de governo", assegurou.

Alckmin reiterou na entrevista outra previsão, a de que nenhum partido conseguirá eleger sozinho o equivalente a 10 por cento das cadeiras da Câmara dos Deputados. Por isso, ele defendeu o diálogo e disse que fará "um esforço conciliatório" caso chegue à Presidência.

Pesquisa CNI/Ibope divulgada no mês passado, antes das últimas movimentações políticas de sua campanha, Alckmin aparecia com apenas de 4 a 6 por cento das intenções de voto.
Herculano
30/07/2018 20:40
REZE PELA SAÚDE DO PRóXIMO PRESIDENTE DO BRASIL, por Josias de Souza

Se você está preocupado com a qualidade dos candidatos ao Planalto, vai aqui um conselho: começe a rezar. Junte as mãos e faça suas preces pela saúde do próximo presidente da República, seja quem for. Preste atenção ao noticiário sobre o processo de escolha dos candidatos a vice. Quem acompanha de perto o sobe-e-desce dos nomes fica tentado a cair de joelhos e rezar com devoção.

O escritor Otto Lara Resende costumava dizer que "a morte é o clube mais aberto do mundo''. Nada assegura que eu mesmo não terei um infarto fatal antes de terminar esse comentário. Portanto, nenhum dos candidatos está livre de uma fatalidade. No Brasil pós-redemcoratização, três vices - Sarney, Itamar e Temer - assumiram o poder depois que os titulares sofreram morte física ou política.

Entre os principais presidenciáveis, nenhum dispõe ainda de vice. Há um pouco de tudo no rol de opções: um príncipe da família imperial brasileira, um astronauta, um ex-deputado comunista recém-filiado a um partido dinheirista, uma desconhecida vice-governadora do Piauí, um Plano B que pode virar Plano A em pleno voo, o diabo. Nunca a oração foi tão necessária. A lista de presidenciáveis indica que é grande a chance de o próximo governo ser ruim. Mas a gestão do vice pode ser ainda pior. A prioridade nacional é rezar pela saúde do sucessor de Michel Temer.
Herculano
30/07/2018 20:37
TEMER CRITICA O QUE CHAMA DE "BARBARIDADES" DE CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA EM ENCONTRO COM EMPRESÁRIOS; PRESIDENTE TEM LEGADO POSITIVO, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

O presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta segunda, em encontro com empresários, em São Paulo, que tem visto barbaridades de pré-candidatos à Presidência que implicariam um retrocesso para o país. Ele não citou nomes, mas o PT diz abertamente que pretende rever a reforma trabalhista, por exemplo. O candidato Ciro Gomes (PDT) já criticou a mudança. O tucano Geraldo Alckmin não fala em rever medidas do atual governo, mas também não se dispõe a defendê-las.

O que eu acho? Já escrevi aqui e reitero meu ponto de vista. Dado o descalabro herdado da gestão petista, liderada por Dilma Rousseff, operou-se um quase milagre. E o ajuste foi feito em meio a duas tentativas de golpe. O eleitorado e o processo político, assim, são injustos com a gestão Temer. E acho que o tempo vai se encarregar de fazer o ajuste.
Herculano
30/07/2018 20:34
A "DECÊNCIA" COBRADA POR GLEISI

Conteúdo de O Antagonista. Gleisi Hoffmann comentou no Twitter a notícia do Painel da Folha de que ministros do STF e outros integrantes da magistratura cobram de Cármen Lúcia a inclusão de reajuste para o Judiciário na proposta de orçamento que a presidente do Supremo vai enviar ao Congresso.

"Inacreditável a falta de sensibilidade desse pessoal em relação a [sic] situação do povo brasileiro. Se não tem solidariedade tenham ao menos decência de não pedir reajuste quando a maioria do povo passa dificuldades, não tem emprego, renda, estabilidade", escreveu a presidente do PT.

Gleisi omite, obviamente, que a maioria do povo passa dificuldades em decorrência dos governos do PT, durante os quais a roubalheira nas estatais e as fraudes fiscais explodiram.

Os chefões petistas nunca tiveram a decência de reconhecer nem de interromper voluntariamente esses crimes, para evitar prejuízos à população brasileira.
Herculano
30/07/2018 11:22
ARBÍTRIO À SOLTA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Inquérito aberto contra professor da UFSC por causa de uma entrevista evidencia que apuração de desvios descambou para intimidação inaceitável

Não vinham sendo poucos, nem insignificantes, os indícios de abuso de autoridade na Operação Ouvidos Moucos, que investiga supostas irregularidades na Universidade Federal de Santa Catarina.

Como se sabe, a investida policial levou à prisão, em setembro de 2017, do reitor da instituição, acusado de tentar obstruir o esclarecimento dos fatos. Libertado depois de 18 dias, Luiz Carlos Cancellier encontrou a própria morte, ao atirar-se do sétimo andar de um shopping de Florianópolis.

Tendo deixado um bilhete no qual se declarava inocente de qualquer delito e responsabilizava a operação por seu ato, o reitor foi naturalmente visto, na comunidade acadêmica e por setores da opinião pública, como uma vítima da sanha persecutória que estaria a predominar entre os órgãos voltados as a combater a corrupção.

Se havia ainda alguma dúvida quanto aos exageros e ao comportamento arbitrário nesse caso, os últimos acontecimentos são suficientes para dissipá-la em definitivo.

Face a modestas manifestações ocorridas na universidade, por ocasião de seu aniversário de 57 anos, a Polícia Federal passou a agir contra um docente da instituição, tornando-o suspeito de cometer crime contra a honra da principal encarregada da Ouvidos Moucos.

Num programa televisivo feito por alunos da UFSC, o professor Aureo Mafra de Moraes fazia homenagens ao reitor morto, tendo atrás de si cartazes que propagavam a versão de que seu suicídio fora causado pelas acusações de que fora vítima - nenhuma delas, aliás, comprovada até agora.

Faixas condenando o abuso de poder e indagando sobre quem teria matado o reitor também apareciam, com fotos da delegada Erika Marena e de uma juíza.

Esse gênero de protesto, legítimo em qualquer democracia, e ainda mais num ambiente de liberdade como é o de uma instituição acadêmica, motivou iniciativas de claro conteúdo intimidatório.

Um delegado exigiu que o professor Aureo Mafra de Moraes nomeasse os responsáveis pelo evento. Outro delegado, depois de saber da reportagem, considerou que a chefe da operação deveria ser consultada: teriam as faixas agredido sua honra pessoal?

Ela considerou que sim, abrindo-se inquérito policial contra o professor e os alunos. Também o atual reitor, Ubaldo Balthazar, foi interrogado sobre o episódio -que, no máximo, expressava o apoio da comunidade universitária a um de seus membros, morto tragicamente e acusado sem fundamento sólido conhecido até agora.

Intimidação e arbítrio se mostram evidentes, dando indicação do despreparo de autoridades da PF para agir numa democracia - e do quanto se podem desacreditar as ações anticorrupção quando se desenrolam num clima de prepotência e amedrontamento.
Herculano
30/07/2018 11:10
De Ricardo Noblat, de Veja, no Twitter

"Dinheiro na mão de rico fica parado no banco. Dinheiro na mão de pobre, movimenta a economia", escreveu Lula em artigo publicado, hoje, em 3 jornais do Nordeste. Não é só Bolsonaro que nada entende de economia... Onde dinheiro de rico fica parado em banco?
Herculano
30/07/2018 11:08
TROCA DE FARPAS (E VERDADES) EM TEMPO DE CAMPANHA ELEITORAL, NO TWITTER

O senador Roberto Requião, da ala do MDB mais radical à esquerda, entrou no twitter com o seguinte:

"O capital financeiro é o capital vadio, não produz um prego, uma peça de máquina, uma roupa, um botão. Vive dos juros e da acumulação.É Mamon biblíco. Valorize o trabalho e o capital produtivo. Simples assim!"

O Instituto Liberal de São Paulo respondeu:

"Disse aquele que é político desde 1982 e nunca produziu um prego, uma peça de máquina, uma roupa, um botão. vive do dinheiro tomado à força dos trabalhadores, é parasita da vida real. Quem valoriza o trabalho e o capital produtivo não apóia políticos como você. Simples assim!"
Herculano
30/07/2018 11:00
A MODERNIDADE DO POSTE

Conteúdo de O Antagonista. O Estadão, em editorial, denunciou o "cacoete autoritário" de Fernando Haddad:

"Quando prefeito de São Paulo, Haddad disse que se considerava 'um agente da civilização contra a barbárie'. O eleitor, contudo, não entendeu dessa forma, e Haddad foi derrotado em todas as zonas eleitorais da capital paulista, mesmo nas mais distantes do centro, na disputa para se manter no cargo, em 2016. O problema, na concepção petista expressa por Haddad, é que o eleitorado talvez não esteja pronto para tanta 'modernidade'.

De fato, é difícil entender onde está a 'modernidade' quando o partido que proclama ser seu maior veículo é o mesmo que se uniu ao que havia de mais atrasado na política brasileira com o único objetivo de chegar ao poder e nele permanecer o maior tempo possível. Também é difícil considerar 'moderno' um partido que se transformou em uma seita, cujos integrantes adoram Lula. 'As pessoas não veem o Lula. As pessoas sentem o Lula', disse Haddad na entrevista em que se queixou do 'atraso' dos que insistem em não votar no PT. Não pareceu ao ex-prefeito que atrasado mesmo talvez seja um líder cuja popularidade se concentra justamente entre os pobres e desinformados que se sentem gratos pelas migalhas do Bolsa Família, programa assistencialista que Lula escandalosamente, à moda dos antigos coronéis, usou e ainda usa para ganhar votos."
João Batista
30/07/2018 10:50
PREFEITO DIDA.

Pelo santo das causas perdidas e incertas, alguem deveria retirar o telefone celular do prefeito Erico de Oliveira(dida), pois ele não está acostumado com tecnologia, é que na ultima semana se repetiu o fato lamentável ocorrido com a Jocelene, em que um audio errado retornou ao seu destinatário com ofensas de toda ordem, e que causou um estrago imenso no PMDB.
Herculano
30/07/2018 10:50
PT VAI COMPRAR VOTO COM COMIDA? por Vera Magalhães, no BR 18

O PT deveria se manifestar sobre a informação trazida pela Folha de que pretende pedir a doação de cestas básicas para entregar em comunidades carentes dizendo que foi o "Lula que mandou".

Distribuição de comida associada a candidato é compra de votos pura e simples. A estratégia, se posta em prática, tem de entrar no radar do Ministério Público e da Justiça Eleitoral. Do ponto de vista político, para um partido que se gaba de ter uma história de combate à fome, trata-se de abrir mão de qualquer discurso e apelar para o que há de mais nefasto e antigo no coronelismo político brasileiro
Herculano
30/07/2018 10:48
ESPIRITUALIDADE CONTEMPORÂNEA

Nutro uma desconfiança profunda pela idolatria da vida como prosperidade eterna

A espiritualidade está na moda. Muita gente diz que tem espiritualidade mas não tem religião. Com isso quer dizer que é legal, não é materialista, mas nada tem a ver com as barbaridades cometidas pelo cristianismo. Se tiver grana, será uma budista light. Aquele tipo de budista que frequenta templo de fim de semana e paga R$ 100 reais para lavar o chão a fim de sentir a dimensão espiritual do trabalho físico.

Poderia lavar de graça o banheiro da própria casa, mas esse banheiro não teria o mesmo valor do banheiro do mosteiro chique. Trata-se de um day temple e não day spa.

Não vou entrar na questão técnica e histórica da relação entre espiritualidade e religião. Mas, sim, é possível uma pessoa cultivar uma busca de sentido na vida para além da banalidade das demandas e rotinas do cotidiano, estando ou não vinculada a alguma tradição religiosa.

O centro da busca é o reconhecimento de tensões nessa rotina que nos fazem sentir um esvaziamento de significado desta mesma rotina, sem necessariamente depender diretamente de conteúdos advindos das tradições religiosas à mão.

Mas um fato é necessário reconhecer, antes de tudo: as formas mais consistentes de busca espiritual estão associadas a temas concretos da vida e não a ET, Jedis, Thor ou bruxinhas de fim de semana.

A espiritualidade nasce da percepção de mal-estar da condição humana e da tentativa de lidar (ou superar esse mal-estar) e não apenas do deslumbramento com a série "Vikings". Essa busca se iniciou no alto paleolítico quando o Sapiens começou a perceber que havia algo de "errado" em sua condição (sofrimento, insegurança, morte, violência e por aí vai).

Em termos contemporâneos, acho que três tópicos, entre outros possíveis, se prestam a uma inquietação espiritual. Um diretamente ligado ao mundo corporativo, mas que o transcende, outro ao avanço da longevidade, e outro mais derivado do impacto do avanço da inteligência artificial.

As grandes tradições espirituais sempre falaram de sofrimentos reais e não de modas culturais, como no caso que descrevi acima (day temple, Jedis, ET e semelhantes). Um dos temas contemporâneos mais avassaladores é a obrigação de ter sucesso e prosperar. Nesse contexto, repousar é justificado, apenas, se o repouso for causa de maior avanço.

A pessoa é chamada a ver a si mesma e a sua vida como um recurso a ser explorado e transformado em ganho de alguma espécie. Formas variadas de "coaching" apressados, assim como workshops de fim de semana "ensinam" as pessoas que timidez é pecado, insegurança é "justamente" punida com fracasso financeiro, recusa de escolher o que é "novo" é uma nova forma de doença mental.

Nesse contexto de produtividade opressiva, formas falsas de espiritualidade associadas ao mundo corporativo ou do trabalho crescem como um discurso que daria ao imperativo do trabalhar 24 horas por dia (24/7, como dizem os americanos) uma aura de movimento quântico em direção ao sucesso eterno.

Por isso, qualquer espiritualidade contemporânea deve olhar de forma desconfiada para essas tentativas de associar o sucesso ao universo espiritual. Ou a ideia de que produtividade e eficácia implicam uma melhor gestão do karma.

Se a espiritualidade toca em temas "negativos", ou seja, nas contradições que somos obrigados a enfrentar na vida, ela não poder ser infantil como essas formas de idolatria do sucesso. Nutro uma desconfiança profunda por quem, o tempo todo, vê a vida como uma empreitada para a prosperidade.

Talvez uma das maiores formas de prosperidade seja a longevidade. Produto de alto valor no mercado das utopias. Palestras de todos os tipos vendem a longevidade como algo que será, um dia, vendido nas prateleiras do free shop. A ideia é de que a morte será eliminada ou adiada 500 anos.

Do ponto de vista espiritual, sendo a morte um dos temas que mais despertam indagações, a (quase) eliminação dela, ou a transformação dela em "opção", traria elementos muito significativos para as inquietações humanas. Por que optar por virar pó (morrer) quando você poderia viver pra sempre? É bom mesmo estar consciente de si para a eternidade ou por 500 anos? Temo que não. A primeira reação minha seria uma profunda melancolia e tédio.

Outro tópico avassalador é a entrada da inteligência artificial no universo humano. Aqui a experiência mais assustadora será a da humilhação cognitiva que vamos experimentar. A humilhação sempre foi um alimento espiritual poderoso.
Herculano
30/07/2018 10:44
FARRA DE LICENÇAS NA EBC TEM HISTóRIAS BIZARRAS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A esperteza na estatal EBC (responsável pela TV Brasil), que emprega 2.300 funcionários e registrou 2.845 licenças médicas entre janeiro e junho, tem situações que seriam engraçadas não fossem fraudulentas. A pelegada defende a farra citando casos como o de um cinegrafista que desatou a pedir licenças médicas alegando "depressão" por ter de operar uma nova grua computadorizada, das mais modernas do País.

MALUCO BELEZA
"Tem muita gente com problemas mentais", afirma um pelego que faz a maior pose de esquerdista com um livro de Lênin debaixo do braço.

MALANDRAGEM DEMAIS...
"Malandro demais vira bicho", advertiu o compositor Bezerra da Silva: perícia médica investigará o "fenômeno" das licenças medicas na EBC.

NÃO FICARÁ ASSIM
A expectativa é que após a perícia, processos administrativos sejam abertos para demitir os espertos e ressarcir a empresa pública.

FARRA VAI ACABAR
Serão revistas as facilidades para obtenção de licenças, inclusive a de cinco dias para "acompanhar" familiar, prorrogadas indefinidamente.

EQUILÍBRIO DE BANCADAS FAVORECE POLÍTICO 'DAS ANTIGAS'
A multiplicação de partidos com bancadas relevantes tem favorecido políticos de maior capacidade de articulação na Câmara. Em 1998, por exemplo, apenas os cinco maiores partidos tinham somados mais de 400 deputados, de um total de 513, e podiam aprovar o que quisessem. Atualmente, para obter a mesma quantidade de votos é necessário que dez partidos reúnam 100% dos deputados em torno de algum projeto.

CENTRÃO COM FORÇA
A partir de 2019, o próximo presidente precisará articular com ainda mais partidos e o "centrão" ganha ainda mais relevância.
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IMPEACHMENT ERA MOLEZA
Ao contrário de Collor, o impeachment de Dilma demorou, não por falta de prova, mas porque mais partidos precisam se convencer dos crimes.

PULVERIZAÇÃO
Para ter um gabinete de liderança são necessários cinco deputados na bancada; que só nove partidos tinham em 1998. O número subiu a 18.

NOMES FRACOS NO PT
Segundo o Ideia Big Data, quando o cenário do 1º turno da eleição inclui o nome do ex-prefeito Fernando Haddad (PT-SP) como o candidato petista a presidente, ele tem 3%. Quando o nome é "Alguém do PT indicado e apoiado pelo Lula", o resultado triplica para 9%.

ALÉM DE LULA, DILMA
A PGR garantiu que o Ministério Público ajuizará ações de impugnação contra todos os candidatos que tiverem as candidaturas vetadas pela Lei da Ficha Limpa, incluindo os condenados por órgãos colegiados.

CONTAS PÚBLICAS IMPORTAM
Além de punir com a inelegibilidade os condenados criminalmente em 2ª instância, a Ficha Limpa também impede a candidatura de quem não teve as contas públicas reprovadas pelo respectivo Tribunal de Contas.

PERDA DE ARRECADAÇÃO
O governo do DF pode perder este ano R$12 milhões em ISS, segundo o empresário Otto Sarkis, da Hplus Hotelaria, por não fiscalizar sites de venda de diárias e aplicativos de hotelaria informal, em Brasília.

VALE A PENA?
Com 100% do controle (ou descontrole) nas mãos do governo, a Caixa anunciou o maior lucro de sua história, em 2017: R$ 12,5 bilhões. O banco é público e visa "promover o desenvolvimento", mas não pratica taxas menores que bancos privados e não lucra nem metade.

FIQUE DE OLHO
A lei fixa gastos máximos de R$2,5 milhões em campanha para deputado federal, até R$5,6 milhões para senador, até R$21 milhões para governador e até R$70 milhões

ALô, JUSTIÇA ELEITORAL
No Amazonas, por exemplo, estima-se em R$20 milhões o custo da eleição de um deputado federal, oito vezes maior que o limite legal R$2,5 milhões. Isso tem causado o efeito contrário do esperado pela nova lei eleitoral: candidatos fichas limpas desistiram da política.

CONTA OUTRA, MINISTRO
Eduardo Guardia (Fazenda) fez a melhor expressão de burocrata que não almeja mais nada na vida depois de virar ministro, e disse que "a pior fase da turbulência financeira já passou". Para quem? Marcianos?

PENSANDO BEM...
...agosto vem aí.
Herculano
30/07/2018 10:38
A TERRA PROMETIDA, por Leandro Colon, diretor da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo

Alckmin, Paes e Skaf começam campanha tentando driblar relação com aliados problemáticos

Dois dias depois de sentar à mesa com personagens da Lava Jato para sacramentar o apoio do centrão, Geraldo Alckmin celebrou a aliança com o PTB, chefiado pelo delator do mensalão, Roberto Jefferson.

"Aqueles que veem aliança com olhar mesquinho estão enganados", declarou o tucano na convenção da sigla. Já o petebista disse que o ex-governador vai "nos guiar à terra prometida" como "Moisés no deserto".

Alckmin falou em fazer um governo que "honre as tradições" do PTB. O pré-candidato do PSDB à Presidência deveria ser mais claro. Se a tradição a que se refere for a do PTB a partir da redemocratização, a terra prometida será um balcão de cargos.

O tucano selou o acordo com a legenda no meio da investigação da Polícia Federal sobre fraudes na emissão de registros sindicais pelo Ministério do Trabalho, entregue ao partido de Jefferson por Michel Temer.

A filha do comandante do PTB, deputada Cristiane Brasil, só compareceu ao evento que oficializou apoio a Alckmin, no sábado (28), após autorização de última hora do STF. Ela e o pai são alvos do inquérito policial.

No domingo (29), Eduardo Paes lançou sua candidatura ao governo do Rio pelo DEM. Ele filiou-se ao partido como tentativa de sobrevivência política depois que o MDB local, pelo qual dirigiu a prefeitura, foi alvejado pela Lava Jato. Seu ex-aliado e ex-governador Sérgio Cabral está preso e o atual, Luiz Fernando Pezão, sem forças, teve de entregar a chave da segurança para o Planalto.

Ao falar na convenção do DEM, Paes ignorou os escândalos. Alexandre Pinto, seu ex-secretário de obras nos tempos de prefeito, foi preso acusado de receber propina no exterior.

Em São Paulo, Paulo Skaf lançou a candidatura ao governo paulista pelo MDB sem a imagem de Temer nem menção ao padrinho político. Em delação, Marcelo Odebrecht afirmou que acertou com Temer, em jantar no Jaburu em 2014, o repasse de R$ 6 milhões para a campanha de Skaf a governador naquele ano.

O teor do encontro é investigado pela Procuradoria-Geral da República.
Herculano
30/07/2018 10:35
da série: mesmo dependente dos votos, os políticos sem nenhuma cerimônia tratam todos os eleitores como imbecis, e imbecis são, porque os reelegem

FALTA UM RETROVISOR À CAMPANHA DE EDUARDO PAES, por Josias de Souza

Ao lançar sua candidatura ao governo do Rio de Janeiro, o ex-prefeito Eduardo Paes prometeu molhar a camisa para debelar "duas crises bastante profundas". Citou a ruína fiscal e o descalabro da segurança pública. E a corrupção? Bem, sobre a roubalheira o candidato não tem nada a dizer. Explicou que fará campanha "sem falar mal de ninguém". Deseja "trabalhar olhando para frente".

O governo do Rio foi à breca por dois motivos: seus gestores gastaram o que o Estado não tinha e roubaram o que sobrou. O descalabro foi produzido pelo (P)MDB, partido de Sergio 'Bangu 8' Cabral, Jorge 'Tornozeleira' Picciani, Luiz 'Delatado' Pezão e, até ontem, Eduardo 'Olhando para a Frente' Paes. Todos foram leais a Eduardo Cunha. Agora, filiado ao DEM, o ex-prefeito deseja que o eleitor passe uma borracha no passado. Espera que ninguém pergunte que fim levou aquele Rio de cara nova que o arrojo modernizante da dupla Cabral?"Paes faria surgir.

O candidato que promete priorizar a segurança é o mesmo Paes quem, em 2009, desencadeou na prefeitura do Rio o ''choque de ordem''. A coisa consistia numa grandiosa ofensiva de fiscais e guardas municipais contra tudo o que era irregular na cidade - de camelôs a construções ilegais, passando por violações às regras de trânsito, transporte pirata, outdoor ilegal, o diabo...

Criou-se na prefeitura uma "Secretaria da Ordem Urbana". Nessa época, Paes dizia coisas assim: "Não é admissível que existam áreas da cidade em que o poder público não seja soberano". A ideia era utilizar a estrutura da prefeitura para, em parceria com o governo estadual, aplainar o terreno para um combate mais efetivo contra o crime.

Hoje, o carioca olha ao redor e só enxerga desordem urbana e violência. Ao lado do "legado da Olimpíada" doe 2016, outra marquetagem da prefeitura de Paes, o "choque de ordem" sobrevive na memória que o candidato a governador deseja apagar apenas como uma nova e criativa definição para conversa fiada.

O ex-prefeito diz que só tem olhos para o futuro. É muito cômodo, pois o futuro não pode ser cobrado nem conferido. O problema é que um candidato como Eduardo Paes, com um enorme passado pela frente, não tem o direito de conduzir uma campanha 100% feita de para-brisa. Falta ao projeto político do ex-parceiro de Cabral um bom retrovisor. "Meu CPF é outro", desconversa Paes. Pelo andar do lero-lero, o eleitor fluminense precisa ficar em estado de alerta.
Herculano
30/07/2018 10:28
PROGRAMA DO PT APOSTA NA NOSTALGIA E EVITA AUTOCRÍTICA, por Ricardo Balthazar, no jornal Folha de S. Paulo

Plataforma eleitoral minimiza dificuldades que novo governo encontrará e defende políticas duvidosas

A economia brasileira ainda está longe de se recuperar da recessão em que afundou quando Dilma Rousseff estava no poder, mas quem buscar na nova plataforma eleitoral do PT uma explicação para o que aconteceu ficará decepcionado.

Antecipado pela Folha na semana passada, o programa evita discutir as origens da crise, minimiza as dificuldades que o próximo governo enfrentará e defende políticas que alcançaram resultados duvidosos mesmo quando as circunstâncias pareciam mais favoráveis do que hoje.

Os petistas prometem um plano de emergência para retomar investimentos públicos e criar empregos no primeiro ano do novo governo, mas não há previsão de custos, nem indicação clara da origem dos recursos que financiariam o projeto.

Bancos públicos seriam convocados a aumentar a oferta de crédito e baixar os juros de seus empréstimos, numa tentativa de forçar os bancos privados a fazer igual. Dilma experimentou a mesma ideia em seu governo, com resultados efêmeros.

Trabalhadores e empresários teriam assento no Conselho Monetário Nacional e voto nas discussões sobre a meta de inflação. Parece novo? Empresários participavam das reuniões do órgão durante a ditadura militar e dois sindicalistas puderam entrar com o retorno à democracia. Os patrões sempre levaram a melhor.

Não há problema mais desafiador à espera do próximo presidente do que o déficit nas contas da Previdência Social, que hoje consome 49% dos gastos do governo federal. O programa petista mal toca no assunto.

Ele ignora o envelhecimento da população, que tem feito a despesa com aposentadorias e pensões crescer rapidamente, e diz que a situação será resolvida com a volta do crescimento e cortes nos benefícios dos servidores mais bem pagos.

Como estratégia eleitoral, uma tentativa de resgatar o espírito dos anos gordos em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva governou, o programa petista talvez faça sentido. Em caso de vitória, ele só servirá para alimentar frustrações mais tarde.
Herculano
30/07/2018 10:24
De Carlos Tonet, no twitter

Não precisamos nos exasperar caso o Esperidião se eleja governador.

Ele não pode mais quebrar o BESC.

A Casan já está quebrada.

A Celesc já está quebrada.

Não sobrou muita coisa pra ele quebrar.
Herculano
30/07/2018 10:22
ELEIÇõES EM SANTA CATARINA: CONVENÇõES NÃO ENCERRARAM AS TRATATIVAS

Conteúdo de Makingof. Texto Roberto Azevedo. As tratativas para a consolidação de alianças para a eleição deste ano para governador, vice e ao Senado ganharam novos capítulos e elementos com as decisões do PSDB, que homologou apenas os nomes de Paulo Bauer e Napoleão Bernardes, neste domingo (29), e do Progressistas, que confirmou a chapa Esperidião Amin e João Paulo Kleinübing (DEM), um dia antes. Nos dois fatos significativos, vagas foram deixadas, estrategicamente abertas, o que permite dizer que, até o dia 5, quando termina o prazo das convenções, os contatos serão intensos. O quadro, que já tinha Gelson Merisio e Raimundo Colombo, pelo PSD, Rogério Portanova, Miriam Prochnow e Diego Mezzogiorno, pela Rede Sustentabilidade, já escolhidos pelos respectivos partidos, está longe de estará consolidado. Amin ainda espera por um acerto com os tucanos e Merisio aponta na mesma direção, mas nada de Bauer dar sinais de que abrirá mão ou que devesse de sua postulação, em nome de uma aliança que já se chamou de "chapa do avião". Mesmo que o MDB, de Mauro Mariani também aguarde pelos tucanos, uma coisa é certa: pelas atitudes e jogadas arriscada de bastidores, onde buscou de todas as maneiras minar as candidaturas de Progressistas e PSDB, Merisio está fora do páreo para eventuais acertos futuros. Foi rifado.

PROMESSA CUMPRIDA

Até o momento não há no que se reparar da promessa assumida pelo presidente estadual do PSDB, o deputado Marcos Vieira, em relação a levar o partido a ter candidato ao governo. No sábado, corria nos bastidores que Vieira poderia ser vice em uma chapa liderada por Napoleão Bernardes, especulação que não se confirmou. A tarefa do presidente tucano agora será, ao lado do senador Dalírio Beber e do ex-prefeito Beto Martins, garantir aliados ao projeto de Bauer. Nem pensar em ter Merisio e Colombo na aliança, o que deixaria a chapa fragilizada e pesada demais com uma investigação, duas citações de delações premiadas e um réu, todos os casos por suposto caixa dois.

AS LACUNAS

Amin está com Kleinübing e o PV, precisa, portanto, de mais apoio e tempo de rádio e TV, por isso deixou as vagas ao Senado em aberto. Mas o próprio Kleinübing poderá ser o candidato à Câmara Alta do Congresso para abrir espaços. Algo diferente para os tucanos, que deixaram a posição de vice e uma das vagas ao Senado.

GRITO DE LÍDER

Não só por ser o líder nas pesquisas, mas também pela pressão das bases da sigla, Esperidião Amin confirmou sua condição de candidato ao governo, mesmo que admita que esta possa ser a sua última eleição. E garante que não rompeu acordo algum com o PSD, de Merisio e Colombo, ao lembrar que a proposta do que foi acertado era o compromisso de quem estivesse melhor disputaria na cabeça de chapa e que "em lugar algum estava escrito" que o apoio seria incondicional a Merisio. O discurso no plenário e galerias lotados na Assembleia foi aplaudido, embora os progressitas saibam que há um longo caminho para consolidar esta liderança.

NAS REDONDEZAS

Enquanto corria a convenção dos Progressistas na Assembleia, o deputado Gelson Merisio circulava a uns dois quilômetros dali, no Box 32, do Mercado Público de Florianópolis. Dizem que até os garçons já o reconhecem, uma evolução para quem precisa convencer os que votam no segundo maior colégio eleitoral do Estado.

BRAVATA?

Merisio chegou a lançar uma frente "todos contra Amin" na sexta, depois de receber a confirmação de que não o teria o apoio do ex-aliado na postulação ao governo. Mas, em discurso, Amin agradeceu a Merisio pelo resgate e declarou: "Gelson Merisio teve papel importante para nos tirar do isolamento político. Não fechamos a porta para qualquer aliança!". Nem Merisio nem Colombo foram à convenção, algo que irritou os progressistas.

E OS VERDES

O PV já havia anunciado que seguiria João Paulo Kleinübing com Amin e isso sequer se alterou quando a convenção nacional dos verdes, no sábado (28), deliberou por deixar toda a chapa à Presidência da República em aberto em função de um convite para ser vice de Marina Silva, da Rede. O presidente estadual do PV, Guaraci Fagundes, figura inclusive ao lado de outros integrantes do partido para compor com Marina, mas o favorito é o ator Marcos Palmeira.

NA DELE

Mauro Mariani, do MDB, é o mais cauteloso e menos ruidoso neste momento, enquanto aguarda até o dia 4, a convenção da sigla, na sexta-feira à noite, na mesma hora em que os tucanos estavam reunidos no gabinete do deputado Marcos Vieira, presidente do partido, para acertar os últimos detalhes para o evento de domingo, os deputados federais Jorginho Mello (PR) e Carmen Zanotto (PPS), ambos comandantes da sigla, estavam reunidos no escritório da Avenida Mauro Ramos, sede do Partido da República. Jorginho e Carmen, que devem estar na chapa do emedebista Mariani, como candidatos ao Senado e a vice, avaliavam o cenário que tem muitas variáveis, principalmente depois dos infortúnios de Merisio e de olho nos tucanos.

NA LINHA

Jorginho Mello recebeu várias ligações dos progresistsas durante a semana. Uma delas, na sexta à noite, o convidava para compor a chapa ao Senado, embora exista o compromisso com o MDB. O convite foi encaminhado pelo histórico Aldo Rosa, um desejo de Amin.

CADÊ O MERISIO QUE ESTAVA AQUI?

Simbólica imagem, no teto do plenário da Assembleia, durante o evento que homologou Amin, é o que sobrou do acordo entre Progressistas e PSD, o cinco do 55. Um balão foi usado na convenção realizada uma semana antes e nem perturbou o pessoal do 11. Merisio pode até recuar, porém isso é pouco provável em função da ampla coligação que engatou com PSB, PDT, Podemos, Solidariedade, PROS, PSC, PRB, PCdoB, PHS.

BATERIAS

As pesadas baterias contra Gelson Merisio não tardam. Informações alertam para o "saco de maldades", com origem na Secretaria da Fazenda, que serão nitroglicerina pura esta semana, justamente as das definições.

Só PARA LEMBRAR

Um dia as coisas retornam e não faltaram avisos internos entre os pessedistas para uma puxada de tapete contra Merisio. O pessedista tem o que reclamar e quando trouxe o PP para o governo Colombo, com o deputado Valmir Comin, na Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Habitação, único progressista a topar o desafio, desalojou o PCdoB, de Angela Albino. A ex-deputada federal hoje apoia Merisio. Já o Progressistas.
Herculano
30/07/2018 10:21
O DEPUTADO E EX-PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA BARRIGA-VERDE, GELSON MERÍSO, PSD, É O TIPICO EXEMPLO DE "QUANDO A ESPERTEZA É DEMAIS, ELA COME O DONO".

VIRA E MEXE, SE NÃO CUIDAR, GELSON VAI FICAR ISOLADO COM NANICOS DE ESQUERDA NA CORRIDA EM OUTUBRO PELO GOVERNO DE SANTA CATARINA. TEM ESTA SEMANA PARA REMENDAR O QUE MAL COSTUROU - ACHANDO-SE O MAIORAL - DURANTE SETE ANOS

É O POLÍTICO QUE NÃO INSPIRA CONFIANÇA NEM NOS ALIADOS

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