O prefeito Kleber, marqueteiros e comunicadores dele têm sete meses para criar uma nova imagem e associá-la ao candidato com ?novos amigos? sem laços com os da velha política na corrida para a reeleição - Jornal Cruzeiro do Vale

O prefeito Kleber, marqueteiros e comunicadores dele têm sete meses para criar uma nova imagem e associá-la ao candidato com 'novos amigos' sem laços com os da velha política na corrida para a reeleição

27/02/2020

Selecionando os santos I

Corre nas reuniões dos templos, nos aplicativos de mensagens – e até mesmo nas redes sociais – de que o pastor, deputado estadual por Blumenau e sempre desaparecido por aqui, Ismael dos Santos, PSD, teria assumido a “coordenação” da reeleição do irmão de fé, o evangélico neo-pentecostal, Kleber Edson Wan Dall, MDB. Falsa e tardia informação. O boato, de verdade, apenas reconhece a toxidade que traz ao governo e à corrida da reeleição de Kleber e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, o presidente do MDB de Gaspar, ex-coordenador da campanha vencedora e prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, que é titular da mais poderosa secretaria e feita a seu gosto na Reforma Administrativa, a da Fazenda e Gestão Administrativa. Aliás, isso não é novidade na cidade, muito menos para os leitores e leitoras desta coluna.

Selecionando os santos II

Por que é falsa? Porque Kleber continua no MDB e então está nas mãos de Carlos Roberto Pereira. Uma campanha se faz com dinheiro e então Kleber continua nas mãos de Carlos Roberto Pereira. E se há erros e dúvidas, quem vai pagar esta conta não é seu guru Carlos Roberto Pereira, mas o prefeito eleito nas urnas e pior: o candidato diante de um eleitorado com novas exigências como se viu em quatro de outubro de 2016. Os eleitores continuam mais exigentes como expliquei na coluna de sexta-feira, de ampla repercussão, em “Os nomes do PT”. Por outro lado, não se deve desprezar à influência do deputado Ismael no meio evangélico que lhe deu currículo político, mas ele não fará nada que coloque Carlos Roberto Pereira e o PP fora do jogo e traga, do nada, Marcelo de Souza Brick para ser o vice de Kleber. São ensaios. Espera-se e se mede as reações. Tinta “nova” só fachada. É para ludibriar aos de fora. Por dentro, “casa” continua desarrumada e mal ocupada. Falta de aviso não foi.

Selecionando os santos III

Neste disfarce bem orquestrado onde entra então a ação do pastor e deputado Ismael? No fechamento das portas dos templos aos movimentos conservadores do PSL – e tem gente reclamando tardia e hipocritamente, de que templo não é lugar de política -, PRTB, Aliança pelo Brasil, PL e bolsonaristas de todos os matizes. Entra na reaproximação de Silvio Cleffi. Entra na volta fortalecida de Jorge Luiz Prucino Pereira à chefia de Gabinete. Entra na proteção dos “irmãos” em postos chaves dentro da prefeitura diante de tanta reclamação. Mas, Carlos Roberto Pereira estará lá onde sempre esteve, até mesmo para ser o culpado num eventual revés no dia quatro de outubro deste ano. Os bastidores continuam quentes, mas no fundo, todos que estão no poder querem a mesma coisa: continuar no poder de plantão para desfrutar dele o máximo possível como fizeram todos até aqui e ao mesmo tempo deixaram Kleber exposto. E no vale tudo, é preciso associar Kleber a novos parceiros e distanciá-lo daquilo que lhe complica e desgasta-o. Então é farsa. É marqueteiro. Tenta-se corrigir um recorrente e conhecido erro. Afinal, está escrito em Provérbios 13.20: “aquele que anda com homens sábios será sábio, mas um companheiro de tolos será destruído”. Acorda, Gaspar!

O PT continua jurássico I

A Coluna de sexta-feira e feita especialmente para o jornal Cruzeiro do Vale, há 30 anos em circulação, mesmo sob pressão, perseguição, censura e ameaças terríveis dos políticos, inclusive do PT quando foi governo aqui, mostrou que a sigla não deu sinais de renovação na apresentação dos seus nomes para concorrer a prefeito em outubro. Pois não é que o ex-presidente do PT por aqui, ex-assessor parlamentar de Décio Neri de Lima e na presidência do PT estadual, e ex-integrante do staff do ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, lavou à minha alma? Ele assinou um libelo à era dos dinossauros. Escreveu Aldo na área de comentários do Facebook do jornal: “Somente um governo popular e democrático, defende os direitos dos trabalhadores. Já perdemos muito desde o golpe.... Queremos um governo que valorize o servidor público, que tenha saúde e educação como prioridade. Pois 80% da nossa sociedade depende dos serviços públicos! Volta PT”.

O PT continua jurássico II

O PT defende tanto os direitos dos trabalhadores que desempregou 14 milhões deles com carteira assinada e colocou outros 30 milhões na informalidade, isto sem falar que nos meteu com Dilma Vana Roussef, na maior na maior recessão econômica da história do Brasil. Mais: criou privilégios para os seus e à casta do funcionalismo público; roubou ou desviou como poucos no petrolão os pesados impostos de todos nós. Se 80% dos brasileiros dependem da burocracia feita e gerida por 5% da população, está mais do que na hora de mudar esse jogo sustentado por 95% dos brasileiros que não aguentam mais pagar tantos impostos, sem retorno do estado e do seu funcionalismo e que vive no século 19 para a sociedade. Está na hora do PT rever à sua narrativa que não cola mais. Definitivamente, a marca PT é um fator complicador para os cinco candidatos que se apresentaram por aqui, inclusive Zuchi.

 

TRAPICHE

Ilhota em chamas. Errei. Na coluna de sexta-feira passada nominei o vice-prefeito de Ilhota, Joel Soares, cooptado pelo PSL, como vindo do PP. Joel foi eleito vice pelo DEM, mas transferiu-se para o PR e lá pediram para ele sair. Filiou-se ao Podemos antes de chegar ao PSL. Tudo em três anos. Assim não há como acertar.

Passou despercebido, mas a prefeitura de Gaspar não tem mais posto de combustível de abastecimento da sua frota no pátio da secretaria de Obras e Serviços Urbanos. Alegou-se problemas ambientais.

Quem controla agora o abastecimento da frota via cartão e on-line? A Neo Consultoria e Administração de Benefícios. Ela é de Barueri, São Paulo. A Neo ganhou a concorrência contra outra de Joinville. Uma de Uberlândia, Minas Gerais, foi desclassificada. A Neo vai ganhar 1,25% sobre um total estimado em R$1,4 milhão de combustíveis em 12 meses.

Igualzinho na tática. Em novo ano de campanha eleitoral, o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, orientou a secretaria da Educação comprar vagas em creches particulares. Quer diminuir o berreiro dos eleitores. Ele teve três anos para fazer isso; não fez.

Com 35 anos de atraso. A Defesa Civil de Gaspar e principalmente os gasparenses, finalmente, possuem um mapa de cotas para o nível das enchentes nas ruas daqui. Vai ser usado para prevenção, alertas e evacuação.

O mapa só se concretizou em 2020 diante da insistência do ex-titular da pasta, o cabo bombeiro militar Rafael Araújo Freitas. Técnico, ele queria trabalhar e até dinamizou a área. O governo de Kleber Edson wan Dall, MDB, queria que ele fizesse política, pedisse votos, segurasse bandeiras nas esquinas e por isso, depois das eleições de outubro de 2016, retirou-o do governo.

E por que tantos anos de atraso, em algo tão necessário, útil, seguro e que custou perto de R$250 mil? É que o Centro de Operação do Sistema de Alerta da Bacia do Itajaí, o Ceops da Furb, já fez isso para Blumenau depois das grandes enchentes de 1983/84. Aqui até três anos atrás não tínhamos sequer a medição oficial no nível do Rio Itajaí Açú. Incrível!

Censura. A secretaria de Educação não quer que as escolas e CDIs de Gaspar tenham redes sociais, a não ser que todas entreguem as senhas à Secretaria. Material a ser postado lá, mesmo que seja apenas um aviso ingênuo, terá que passar pela inoperante assessoria de Comunicação da prefeitura.

A desculpa do amarelo é dormir com os pés descobertos. A Caturani, improvisada, a que ninguém controla, a que possui o preço da passagem de coletivos mais cara na região, a que quer diminuir horários e itinerários para economizar, mandou um ofício à prefeitura.

Nele, a Caturini adverte o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, que muitas rotas e horários dos coletivos em Gaspar, “estão prejudicados”, pelas obras do governo municipal. De verdade? Faltam é ação e fiscalização por parte da prefeitura em favor dos trabalhadores, desempregados e estudantes.

Quanto custa para o agricultor o uso do caminhão rampa e os batedores da Ditran – com crônica falta de agentes ao essencial da cidade? Perguntar, não ofende: tudo isso, não deveria estar registrado na tesouraria da prefeitura ou da secretaria de Agricultura e Aquicultura, bem como na Ditran? Acorda, Gaspar!

 

Edição 1940

Comentários

Miguel José Teixeira
02/03/2020 09:54
Senhores,

Segundo a "Crusoé",

"Lula, com medo do coronavírus, vai levar máscaras em sua viagem à Europa..."

Se partirmos do princípio que a MENTIRA tem pernas curtas, barba longa e é desprovida de um quirodáctilo e o aliarmos ao poema "Câncaro" de Leonardo Gonçalves, temos:

. . ."A mentira quando chega, vem como câncaro
Domina cada célula de vida que a nós pertence
Matando-as
Uma a uma
Até nada restar. . ."

100 comentários!

CLOVIS HOSTINS
02/03/2020 09:15
BOM DIA. SOU FÃ DESSA COLUNA, POR ISSO SEMPRE QUE POSSO COLOCO MEUS COMENTÁRIOS. E SOBRE O VICE JOEL SOARES DE ILHOTA, S?" QUIS AJUDAR A CORRIGIR UM ERRO DE INFORMAÇÃO, AGORA, SE ESSE PULA PULA DE PARTIDO FAZ COM QUE DEIXE UMA LACUNA PARA ERROS, AI NÃO DEPENDE DE MIM, E SIM, DE SE INFORMAR MELHOR. OBRIGADO E ATÉ SEMANA QUE VEM.
Miguel José Teixeira
01/03/2020 19:27
Senhores,

Será que, ao cavar o túnel para sua saída pelo subsolo, supremo decano deparou-se com esqueletos, que parte da Imprensa (com I Maiúsculo)já sabia de suas existências?

Talvez resida aí a fúria de supremo beiçola em sua defesa. . .

Chapadas de vinhos tetra-premiados internacionalmente, supremas lagostas pintam-se para a guerra!
Herculano
01/03/2020 09:37
GILMAR, O DEUS DO SUPREMO, PISCOU!

O Ministro do STF, Gilmar Mendes, acostumado a soltar os mais perigosos com advogados caros e famosos, foi ao twitter ontem, com estes dois textos em defesa do ministro Celso de Melo, prestes a se aposentar por idade: 75 anos. Celso em nome do STF veio a público para atacar um outro poder independente, o Executivo, por meio presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, sem partido.

"As manifestações odiosas dirigidas hoje ao decano do STF só revelam a face oportunista e embusteira de um jornalismo manipulador e descomprometido com a verdade. Curiosamente, em 2012, o autor das críticas de hoje encabeçou a campanha *Fica, Celso de Mello*".

"Soa irônico: o Min. Celso foi agraciado pela Associação Nacional de Jornais com o *Prêmio Liberdade de Imprensa 2019* - um dos poucos que aceitou receber nos seus anos de Supremo. Celso é espelho das mais nobres virtudes que um Juiz Constitucional pode cultivar".

Volto.

1. Uma verdade se revelou no jornalismo e atingiu o STF
2. O STF está na lama
3. E Gilmar não é o melhor porta-voz do STF, mas da lama que o encobre, traduzindo que ela é a Justiça que só alcança na letra da lei os pobres, pretos e putas, que nunca conhecem as instâncias superiores, se não mofam nas cadeias e labirintos dos cartórios judiciais a espera de uma audiência na primeira instância.
4. Se o que escrevo é um exagero, basta olhar os milhares de comentários contra o STF e o Gilmar nas postagem do ministro.
5. Isto sim é assustador. Um país sem a percepção do povo que há Justiça que aplica a lei de forma igualitária entre e para os cidadãos, substitui a nação por bandos de interesses... Wake up, Brazil
Herculano
01/03/2020 09:24
da série: isso nunca foi novidade ao exercício do poder

"BOLSONARO REVELA COMPORTAMENTO PERIGOSAMENTE PRóXIMO DAS REDES BOLSONARISTAS"

Conteúdo de O Antagonista. O Estadão, em editorial, diz que Jair Bolsonaro mostra cada vez mais "sua óbvia inaptidão para o cargo".

"Desde sempre incapaz de assumir as graves responsabilidades inerentes ao exercício da Presidência, Bolsonaro revela cada vez mais um comportamento perigosamente próximo daquele que notabiliza as redes sociais bolsonaristas, nas quais a verdade dos fatos é hostilizada. Em seu discurso no Facebook, reafirmou sua ânsia de desmoralizar jornalistas ao partir para insultos e ao tratar como verdadeiras as mentiras produzidas pelo bando bolsonarista que manipula a internet para achincalhar o trabalho de repórteres que revelaram o que ele gostaria de esconder."
Herculano
01/03/2020 09:20
JAMAIS NEGAR A POLÍTICA, por Samuel Pessoa, economista, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (FGV), no jornal Folha de S. Paulo

A negação da política coloca o Planalto em rota de colisão com o Congresso

No domingo passado (23), a principal reportagem do caderno de economia do jornal O Globo foi sobre diversos estados do Nordeste que estavam com recursos para investir, pois tinham feito ajuste fiscal.

Ao contrário do que muitos pensam, não há contradição entre ser fiscalmente conservador e priorizar os gastos sociais e o cuidado com os mais vulneráveis. Ocorre o oposto: o descuido com as contas públicas é a antessala da crise econômica. Quando esta chega, pesa mais sobre os mais necessitados. Os ricos têm mecanismos de proteção em momentos de crise.

A política fiscal conservadora requer o exercício da política. O motivo é simples. O Orçamento público é a grande arena do conflito distributivo nas sociedades modernas. Este saiu do chão de fábrica e encontra-se hoje no Parlamento, seja no Congresso, quando o tema for o Orçamento federal, ou nas Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores, se for o Orçamento estadual ou municipal.

O espaço da técnica na política fiscal é menor do que se imagina. A política fiscal e tributária constitui a parcela mais nobre da política.

O exercício da política requer gosto pela política. Parece óbvio, mas não tem sido a regra. Dois presidentes pouco afeitos ao ofício, Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro, geraram reações do Congresso que enfraqueceram as prerrogativas da Presidência da República.

Transformar a execução das emendas dos deputados ao Orçamento em impositivas, em vez de autorizativas, é contrário ao nosso desenho institucional, como tratei aqui em 10 de novembro de 2013.

O movimento recente do Congresso de cortar diversas linhas do projeto de lei orçamentária (Ploa) para 2020 e recompô-las, muitas vezes para os mesmos programas e com os mesmos valores, na forma de emendas de relator, esvaziando os ministérios, também não orna com nossas instituições. Novamente consequência da falta de apetite do presidente para o exercício da política.

Entre os governadores, o contraste é gritante. Em dezembro de 2014, recém-eleito e sem ter tomado posse, Paulo Hartung convenceu os outros Poderes da necessidade de reavaliar o Orçamento. A receita iria cair em razão da recessão que se agravava. Manteve o estado em ordem, em claro contraste com os desequilíbrios do vizinho Rio.

Evidentemente o sucesso de Hartung deveu-se também a outra característica importante da política: conseguir se comunicar com a população. Toda a campanha, que terminou com sua eleição em 2014, teve como mote a higidez fiscal.

Novidade da política e único governador eleito pelo partido Novo, o governador de Minas, Romeu Zema, decepciona. Como o presidente, rejeita a política. Não constrói uma coalizão de partidos na Assembleia. Governo fraco é obrigado a ceder aos policiais. Com o estado atrasando salários, concede aumento de 41% aos policiais.

Diferentemente, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, está promovendo forte ajuste fiscal em seu estado. Aprovou inúmeras emendas à Constituição estadual ?"incluindo a que permite a privatização de estatais sem necessidade de plebiscito?", a reforma da Previdência e a reforma administrativa.

O instrumento de Leite foi a política. Montou uma sólida coalizão e lidera um gabinete de secretários que é majoritário na Assembleia gaúcha. Adicionalmente, tem tido sucesso em sua capacidade de comunicação com a sociedade.

A negação da política coloca o Planalto em rota de colisão com o Congresso. No ano passado, foi o vídeo das hienas. Neste ano, vídeo chamando as pessoas para a manifestação de 15 de março. Estratégia ruim para a economia e, em longo prazo, ruim para o Executivo.
Herculano
01/03/2020 09:16
CALMA NO BRASIL, por Carlos Brickmann

A passeata do dia 15, pró-Bolsonaro, deve ocorrer. Mas nada de fazer tremer o país: já houve acordo entre Bolsonaro e o Congresso e o presidente do Supremo pediu calma a todos. A tendência é de tranquilidade.

O problema começou com o Orçamento impositivo: verbas destinadas a parlamentares no Orçamento teriam obrigatoriamente de ser aplicadas. Antes a verba era aprovada e o Executivo poderia ou não aplicá-la. Em geral, eram aplicadas as verbas de deputados aliados, e esquecidas as de adversários. A lei mudou no ano passado, com o voto favorável de Eduardo Bolsonaro. Assim é em boa parte do mundo - a função básica do Parlamento (e o motivo pelo qual foi criado na Inglaterra, há uns mil anos) é controlar os gastos do Executivo. O problema é que a coisa foi mal combinada: no fim, ficou a verba maior com o Congresso, e o relator do Orçamento ganhou o poder de, sozinho, aplicá-la. A briga não era apenas entre Executivo e Legislativo. O Senado também não queria o poder total do dinheiro na mão de um deputado.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, DEM, moveu-se logo após o general Augusto Heleno ter-se mostrado descortês ao lado do microfone ligado. A saída: o Congresso desiste de metade dos R$ 30 bilhões em debate, e talvez, para manter a paridade entre deputados e senadores, desista de tudo. Bolsonaro deixa de estimular a passeata do dia 15, que sai menos forte.

Tudo bem - mas juntar gente em tempo de coronavírus não é uma grande ideia.

COMO É MESMO?

Se era possível chegar a um acordo em tão pouco tempo, por que surgiu a crise? Em parte, a crise agrada a todos. Bolsonaro governa por atrito, tem aliados que falam demais, tem uma ala de seguidores cujo sonho é fechar o Congresso e o STF. A oposição marcou três manifestações que ganham divulgação: domingo, Dia Internacional da Mulher, contra as indelicadezas do bolsonarismo com relação a mulheres; no dia 14, para cobrar os nomes de quem ordenou a morte, há dois anos, da vereadora Marielle; no dia 18, da UNE e centrais sindicais, sob os temas da Educação e da proteção aos servidores públicos. Todas, agora, ganham o tema de defesa da democracia.

POR QUE NÃO?

Se tantas alas oficiais gostam da ideia, por que não apertar o acelerador da manifestação? Um bom motivo é que sempre se sabe como as passeatas começam, mas não como terminam. A passeata do Vale-Transporte, "não são só vinte centavos", tinha alma petista. Dela derivaram as manifestações que levaram ao Fora PT.

Mais: até agora, por mais que tenha sido provocada, a oposição não conseguiu ocupar a rua. Retomar as passeatas pode até ajudá-la. E, talvez o motivo mais forte, a economia, hesitante, tende a piorar com o coronavírus. Manifestações contra o Congresso podem levar a investidores e ao Primeiro Mundo a ideia de que estamos à beira de uma ruptura da democracia. Acordos e investimentos esperariam a normalização do país. Enfim, o Congresso pode derrubar vetos do presidente e rejeitar propostas importantes para seu Governo. Pode até aprovar despesas para ele pagar.

POR FALAR EM ECONOMIA...

A reforma da Previdência passou. A reforma tributária ainda não saiu das pranchetas do Ministério da Economia. A reforma administrativa está há três meses parada na gaveta de Bolsonaro. A propósito, o ministro da Administração de Fernando Henrique, Luiz Carlos Bresser Pereira, elaborou um projeto que, dizem muitos especialistas, é ótimo. Boa parte dele já foi aprovada, mas as leis complementares ficaram para um dia desses. Por que não estudá-lo, mudar o que for preciso e resolver o assunto?

GRITOU, ACALMOU

Bolsonaro não gosta de Ciro nem de Cid Gomes, caciques do Ceará. Não gosta do PT, partido do governador cearense Camilo Santana, que é aliado dos Gomes. Disse que não prorrogaria a autorização do emprego das Forças Armadas na segurança cearense. Mas voltou atrás: por mais oito dias, a GLO (Garantia da Lei e da Ordem) continua vigorando. Ou não: com ou sem GLO, o motim da PM não foi enfrentado. Por mais justos que sejam os motivos da PM para o que chamam de "entrar em greve" (eufemismo para motim), estão fora da lei. O Exército pode ser usado para enquadrá-los, mas ainda não foi.

A OUTRA CRISE

Mas é bom que o presidente resolva logo a questão - e resolvê-la não é, como sugeriu, que o governador negocie com a PM. Não se pode negociar com amotinados, sem que eles primeiro se rendam. Se Santana der aumento à PM (e certamente um bom aumento seria justo), não haverá como conter a PM de outros Estados, querendo equiparação. Se o Ceará tivesse recursos, o governador - qualquer governador, de qualquer partido - teria dado aumento antes do motim. O fato é que quatro governadores ?" Maranhão, Rio, Bahia e Piauí - se dispõem a mandar tropas estaduais para ajudar o Ceará. Não querem deixar que assaltos e assassínios continuem se multiplicando por lá.
Herculano
01/03/2020 07:32
BOLSONARO NOMEIA MILITARES PARA AFASTAR BAJULAÇÃO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou neste domingo nos jornais brasileiros

O presidente Jair Bolsonaro deixou claro a aliados no Congresso, em conversas reservadas, que nomeou militares para cargos-chave com o objetivo de reduzir a influência ideológica nas decisões e tornar mais efetivas as ações de governo. E também se livrar de algo que deplora: bajulação. "Militares não puxam saco, batem continência, cumprem missão", resumiu um dos líderes do governo, ao definir o estilo. Isso foi determinante na escolha do novo ministro Braga Netto (Casa Civil).

ESCOLHAS POLÊMICAS

Bolsonaro começou nomeando o general Santos Cruz e outro general, Luiz Eduardo Ramos, para substituí-lo na Secretaria de Governo.

VÁ LÁ E FAÇA

O presidente põe generais na articulação política porque é ele quem formula as estratégias e tudo que precisa é de alguém que as execute.

GOVERNO POR ÚLTIMO

Políticos em ministérios políticos, segundo essa concepção, defendem, pela ordem, interesses pessoais, partidários, regionais e... do governo.

MISSÃO É MISSÃO

General em ministérios ao lado do gabinete presidencial, tipo Casa Civil e Governo, garante o mantra militar "missão dada é missão cumprida".

DEPUTADOS JÁ QUEIMARAM R$16 MILHõES EM GASOLINA

Em 13 meses de mandato, os deputados federais eleitos em 2018 já queimaram quase R$16 milhões (R$15,9 milhões) em combustíveis e lubrificantes. O detalhe é que somente os integrantes da Mesa Diretora (presidente, vices e secretários) têm "direito" à mordomia do carro oficial. Os demais solicitam e embolsam ressarcimento das despesas de abastecimento de carros que eles alugam também por nossa conta.

POR QUEM RODAS?

Em 13 meses, Gleisi Hoffmann (PT-PR) apresentou 468 notas de postos de gasolina, mais de uma por dia. Foram R$5,2 mil por mês.

QUE TANQUE É ESSE?

Cláudio Cajado (PP-BA) deve rodar de caminhão. Entregou 114 notas ao custo de R$71,8 mil. Em média, R$630 em cada abastecimento.

MARIA GASOLINA

Outra que alega fazer mais de um abastecimento por dia é Maria do Rosário (PT-RS). Foram 409 notas e R$51,9 mil de gasolina no tanque.

VÍRUS ELEITOR

O governador paulista João Doria, agora com cabelos mais abundantes e mais negros, tenta colar sua imagem de gestor às ações contra o coronavírus. Espremia-se ontem entre dez pessoas durante coletiva.

ANTA DO ANO

No Planalto, desafetos não perdoam Alberto Fraga (DEM-DF): atribuem a ele o troféu "Anta do Ano", pela ingenuidade de confirmar a jornais hostis a Jair Bolsonaro o recebimento do tal vídeo da discórdia.

ESTUPIDEZ DO ANO

O PSDB conseguiu perder um dos políticos mais promissores da nova geração: o prefeito de Maceió, Rui Palmeira, que se encontra no final do segundo mandato. Indignado com a aliança dos tucanos com seus opositores, Palmeira se aliou ao governador Renan Filho (MDB).

CENTRÃO VIROU BLOCÃO

Alguns deputados dos 14 partidos liderados por Arthur Lira (PP-AL) não gostam de admitir que agora fazem parte do "centrão". Preferem chamar de "blocão" a impressionante bancada de 351 deputados.

NOVATO E GASTADOR

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) é novato, mas já adquiriu hábito ruim: já é o 4º senador que mais solicita o ressarcimento de despesas variadas. Desde que assumiu, foram R$487 mil. Em um ano.

R$ 30 BILHõES A MAIS

O Congresso analisa vetos presidenciais na terça (3). Entre eles, está a proposta que obriga a execução das emendas orçamentárias do relator-geral do Orçamento, que usurpou R$ 30 bilhões do orçamento.

É ASSUSTADOR

O ano está só começando, mas o Portal da Transparência mostra que o governo federal já custou aos pagadores de impostos, até agora, este ano, exatos R$373,2 bilhões. Inclui salários, aposentadorias, custeio e programas tipo Bolsa Família. Vai nos custar R$3,5 trilhões em 2020.

CONTRA A MALANDRAGEM

De férias, como o Congresso, o STF ainda não marcou data para julgar se motorista que recusa fazer o teste do bafômetro pode ser punido. O objetivo do motorista é evitar flagrante, o do STF deve ser salvar vidas.

PENSANDO BEM...

...com o fim do carnaval já tem parlamentar contando os dias até a Semana Santa.
Herculano
01/03/2020 07:27
PAULO GUEDES, UM NOVO DESENVOLVIMENTISTA? por Luiz Carlos Bresser-Pereira, professor emérito da Fundação Getulio Vargas, ex-ministro da Fazenda (1987, governo Sarney), da Administração e da Reforma do Estado e da Ciência e Tecnologia (1995-1998 e 1999, governo FHC)

Não bastam juros baixos e câmbio mais competitivo

A economista Laura Carvalho, naturalmente em tom de galhofa, perguntou no seu Twitter: "É impressão minha ou de uma hora pra outra apareceram centenas de novos desenvolvimentistas à la Bresser dando aula sobre as maravilhas do câmbio competitivo pra tentar salvar a fala do Paulo Guedes?"

A galhofa não foi comigo, mas com os novos convertidos... Pois é, Laura, o ministro está feliz porque a taxa de juros caiu e a taxa de câmbio está competitiva. Mas isso não o faz um desenvolvimentista; mostra apenas que é inteligente. Para ser um "neodesenvolvimentista" não é simples assim. É preciso reconhecer que o mercado é insubstituível nos setores competitivos da economia, mas saber que o Estado é o instrumento de ação coletiva por excelência das boas sociedades.

Eu realmente venho há 20 anos afirmando que uma taxa de câmbio apreciada no longo prazo, causada por uma taxa de juros alta e uma doença holandesa não neutralizada, é um dos dois fatos históricos novos que explicam os baixos investimentos privados e a quase-estagnação da economia brasileira desde 1990. O outro é a baixa da poupança pública e o resultante baixo investimento público.

De repente, parece que um dos problemas foi resolvido. Não foi. A taxa de juros baixou, mas ainda é relativamente alta, e não há nenhuma garantia de que permaneça no atual nível dado o déficit em conta-corrente e a fuga de capitais. Por outro lado, a doença holandesa continua a não ser neutralizada - ela apenas perdeu força porque o preço das commodities está baixo.

O Banco Central certamente baixou os juros. Mas será que deixou de ser uma instituição a serviço de rentistas e financistas por isso? Ou baixou os juros porque a enorme recessão e a queda radical da taxa de inflação o obrigaram?

A segunda alternativa é provavelmente mais correta. É verdade que seu presidente é neto de Roberto Campos. Seu avô adotou o neoliberalismo quando este se tornou dominante no mundo, mas era um homem genial, "fora da caixa"; ele não estava simplesmente a serviço de rentistas e financistas.

Para a economia brasileira retomar o desenvolvimento é preciso que a taxa de câmbio permaneça flutuando em torno do nível real atual. Isso criaria oportunidades de investimento para as empresas e resolveria o problema do investimento privado. E é preciso que o Estado separe radicalmente o gasto corrente do investimento e passe a aumentar este último, enquanto reduz a relação gasto corrente-PIB. Dessa forma, ele resolveria o problema do investimento público tanto pelo lado da demanda quanto pelo lado da oferta (da poupança pública).

Estamos muito longe disso. Não apenas porque os economistas liberais, mas também os desenvolvimentistas, têm uma imensa dificuldade em pensar assim.

Para o Brasil voltar a crescer e a realizar o "catching up" é necessário: a - um pequeno superávit em conta-corrente, que evite a entrada líquida de capitais que apreciam o câmbio; b - o equilíbrio fiscal corrente; c - déficit fiscal corrente apenas como política fiscal contracíclica; d - a expansão do investimento público; e e - manter "certos" os cinco preços macroeconômicos. Ou seja: 1 - manter baixo o nível da taxa de juros em torno do qual o Banco Central realiza sua política monetária; 2 - manter competitiva a taxa de câmbio, garantindo às empresas que têm competitividade técnica também competitividade monetária; 3 - manter os salários crescendo com a produtividade combinado com gradual desenvolvimento do estado de bem-estar social; 4 - manter baixa a inflação; e 5 - manter a taxa de lucro em um nível satisfatório, que motive as empresas a investir.

Para realizar uma política econômica nos termos acima definidos é preciso combater duramente a captura do patrimônio público: (1) por rentistas e financistas, que dele se apropriam sob a forma de juros e de privatizações de monopólios públicos; (2) por servidores públicos, que fazem o mesmo sob a forma de salários e aposentadorias que não correspondem ao trabalho realizado; e (3) por empresas e outras entidades associativas sob a forma de subsídios injustificáveis.

As reformas e as políticas que acabo de brevemente listar requerem um Estado capaz e desenvolvimentista. E eleitores, políticos, cientistas, técnicos e líderes associativos competentes e dotados de espírito público que ponham em segundo plano as suas ideologias.
Herculano
01/03/2020 07:22
UMA INÉDITA ELEIÇÃO MUNICIPAL, por Moacir Pereira, no NSC Total, Florianópolis SC

Terminado o carnaval e encerradas as férias, as atenções dos meios politicos e da população devem se voltar para as eleições municipais. O interesse começa mais cedo este ano por vários fatores legais e partidários.

Do ponto de vista jurídico, a proibição de aliança na eleição proporcional deverá provocar transferências de grande número de lideranças, parlamentares e pré-candidatos. Os que desejam concorrer serão incentivados a mudanças pelos que detém poder politico e financeiro em várias regiões do Estado. Sem coligação, os pretendentes deverão apostar nas siglas que terão melhores e maior número de postulantes.

Março será também decisivo pela lei eleitoral. Quem quiser mudar de partido ou se filiar terá prazo até 4 de abril. Há expectativas, particularmente, com decisões a serem tomadas pelos prefeitos dos maiores municipios. Caso de Mário Hildebrandt, em Blumenau, e Fabrício Oliveira, de Balneário Camboriú. Por coincidência, ambos egressos do PSB. Que acaba de sofrer nova intervenção da Direção Nacional, para impedir a oficialização da aliança já selada com o prefeito Gean Loureiro (DEM). Pelos indicativos, Mário e Fabricio vão para o Podemos.

A eleição municipal deste ano ganha certo ineditismo tambem pela pulverização partidária. Nunca, na história de Santa Catarina, tantos partidos diferentes terão candidatos as Prefeituras e Câmaras Municipais.
Um cenário que se desenha para as pequenas e grandes cidades.
Herculano
01/03/2020 07:20
O MOTIM CATARINENSE

Os Policiais Militares e Civis de Santa Catarina estão de sobreaviso esperando o desfecho do Ceará para iniciar o seu motim por melhores soldos e vencimentos, como se a crise financeira do estado fosse algo fictício.

Se a anistia for letra morta, o aviso para o início de tudo... O comandante das forças que poderá ser desafiado desta vez é um tenente coronel da reserva do Corpo Bombeiros Militar, Carlos Moisés da Silva.

Ele fará o papel de comandante ou de um membro da corporação que recebe soldos na reserva. O presidente do colegiado de segurança, o gasparense Paulo Norberto Koerich, delegado geral de polícia de Santa Catarina, está calado e na mesma situação. E os catarinenses - e os funcionários públicos estaduais, de uma forma geral -, de olho no movimento dos três.

Não querem mais esta conta nos seus bolsos. Querem primeiro emprego, renda, desenvolvimento, infraestrutura e oportunidades.
Herculano
01/03/2020 07:10
DIANTE DO MOTIM, SÉRGIO MORO, O "TIGRE" DE CURITIBA, MIOU EM FORTALEZA, por Élio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

O ministro da Segurança Pública podia pelo menos ter ficado calado
Diante do motim de 10 do 43 batalhões da Polícia Militar do Ceará, Sergio Moro, o "Tigre" de Curitiba, miou em Fortaleza. Ministro da Justiça e da Segurança Pública, Moro foi ao Ceará no sétimo dia do motim, sobrevoou teatralmente a cidade e disse o seguinte:

"Os policiais do país inteiro, não só do Ceará, são profissionais dedicados, que arriscam suas vidas, são profissionais que devem ser valorizados".

Falso. No país inteiro há policiais dedicados, mas ele estava em Fortaleza porque lá havia PMs amotinados, usando balaclavas, esvaziando pneus de carros e ameaçando colegas que trabalhavam. Do quartel do 3º Batalhão de Sobral partiram dois tiros que atingiram o senador Cid Gomes na sua coronelada pilotando uma retroescavadeira.

Moro já dissera que em Fortaleza havia um "movimento paredista da polícia do estado".

Falso. O que havia no Ceará era um motim de PMs. "Movimento paredista" havia sido a greve de 20 dias dos petroleiros. Os operários cumpriram a lei e não esvaziaram pneus de ninguém.

O ministro da Segurança Pública disse também que "não há uma situação de absoluta desordem nas ruas". No entendimento do "Tigre" de Curitiba, as coisas estavam "sob controle, num contexto relativamente difícil". Miau. Desde o início do motim haviam sido assassinadas 170 pessoas no estado, uma a cada hora.

Moro mandou a Força Nacional de Segurança para o Ceará e o presidente Jair Bolsonaro decretou uma operação de Garantia da Lei e da Ordem para o estado. Com essas medidas adequadas, o ministro da Segurança Pública podia pelo menos ter ficado calado.

Sua fala chegou ao limite da solidariedade com os amotinados. O ministro alinhou-se com um presidente da República que exibe uma biografia de amparo e silêncio diante dos motins do gênero. O cabo Sabino, tido como um dos líderes da rebelião, orgulha-se de ter organizado a primeira visita do deputado Jair Bolsonaro ao Ceará, em 2015. Ele é um exemplar do bolsochavismo.

A convocação de manifestações contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal reflete um projeto golpista recôndito na cúpula do bolsonarismo. Essa manobra relaciona-se com o uso da liberdade de manifestação para minar as instituições democráticas. Já os motins de PMs são movimentos saídos da base bolsonarista e indicam algo mais profundo. Relacionam-se com a quebra sistemática da ordem legal e da hierarquia militar.

Os amotinados colocam a anistia como primeiro item de sua pauta. Desde 1997 já foram concedidas anistias em pelo menos 22 estados e no Distrito Federal. A cada motim segue-se uma anistia e a cada anistia segue-se outro motim. Bolsonaro é o quinto presidente a fazer de conta que esse problema não existe.

No Ministério da Justiça, Sergio Moro pode ver os retratos de seus antecessores. Lá estão figuras como Miguel Seabra Fagundes, Milton Campos e Mem de Sá. Cada um à sua maneira soube deixar o cargo quando viu que as coisas iam mal. Lá estão também Francisco Campos, Luís Antônio da Gama e Silva e Alfredo Buzaid. Estes ficaram, no remanso das ditaduras do Estado Novo e do AI-5.

À diferença de todos eles, Moro é também ministro da Segurança Pública. Não precisava ter miado em Fortaleza.

UM VÍRUS CHAMADO TRUMP

O governo americano informou que conduziu um exercício militar no qual simulou combates usando armas nucleares
O governo americano informou que conduziu em seu território um exercício militar no qual simulou combates usando armas nucleares táticas, respondendo a um ataque russo. Esses exercícios são comuns, mas nunca haviam sido divulgados. Desta vez o próprio secretário da Defesa americano revelou ter participado do treinamento.

Há anos, sempre que a Coreia do Norte lança um míssil, bases americanas na Ásia respondem, lançando outro no mar, porém percorrendo uma distância igualmente intimidadora.

As armas nucleares táticas têm pouco a ver com a bomba de Hiroshima e por trás de sua doutrina está a ideia segundo a qual, se os russos jogassem uma bomba numa base americana na Europa, os americanos jogariam outra numa base russa, mas nenhum dos dois atacaria grandes cidades com mísseis intercontinentais. Desde os anos 1950 há quem duvide que seria possível evitar uma escalada.

Três presidentes americanos (John Kennedy, Lyndon Johnson e Richard Nixon) recusaram-se a apertar o botão, mas não faltaram sugestões.

Está na rede o livro "The Bomb", do jornalista Fred Kaplan. Ele conta planos americanos capazes de tirar o sono. (Os segredos russos continuam blindados.)

Em 1961, um plano de guerra americano estimava que a União Soviética perderia 54% de sua população. Numa versão light, morreriam entre 500 mil e 1 milhão de russos. Se tudo desse certo, não morreriam americanos; dando errado, pereceriam sete em cada dez. "Numa guerra termonuclear, é fácil matar gente", escreveu o autor do plano.

Ia tudo bem, afinal guerra é guerra, até que o presidente Kennedy perguntou por que o plano previa ataques a alvos na China: "Pelo que eu entendi, essa guerra não começou lá".

"Isso é o que está no plano", respondeu o general que fazia a exposição.

Em 1989, quando parlamentares perguntaram a um general por que os Estados Unidos precisavam de 10 mil bombas, ele respondeu que elas eram necessárias porque existiam 10 mil alvos. Houve quem achasse que ele estava brincando.

EREMILDO, O IDIOTA

Depois de ouvir Sergio Moro lidando com o motim da PM cearense e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, lidando com o coronavírus, Eremildo pensa em ir a Brasília para propor a Bolsonaro um gambito: Mandetta na Justiça e Segurança Pública e Moro para a Saúde, pois lá ele não precisará valorizar o vírus.

CHAPA PARA 2022
Um sábio que costuma ver anos à frente sugeriu a Luciano Huck que pense no nome da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para a vice de sua chapa.

BATALHA DE ITARARÉ
A briga criada pelo ministro Augusto Heleno em torno do Orçamento tem tudo para ser uma batalha de Itararé, a que nunca aconteceu.

Paulo Guedes sabe disso e daqui a algumas semanas Congresso e Executivo poderão proclamar vitória e paz. Ficarão zangados só aqueles que se pintaram para a guerra.

HELENO
O general da reserva Augusto Heleno acha que Bolsonaro precisa botar o povo na rua para defender seu projeto político. Ele sempre poderá argumentar que manifestações são legítimas.

Nesta semana completam-se dois anos do dia em que ele foi à Escola Superior de Guerra e disse o seguinte:

"A Colômbia ficou 50 anos em guerra civil porque não fizeram o que fizemos no Araguaia".

Foi vivamente aplaudido, mas não disse "o que fizemos no Araguaia".

Está documentado que a partir de outubro de 1973 a tropa do Exército que foi mandada ao Araguaia matou todos os guerrilheiros do PC do B que estavam na mata. Eram cerca de 40. Alguns estavam armados. Outros atenderam ao convite da tropa para que se rendessem, entregaram-se e foram executados.

Parte dessa história está contada no livro "Borboletas e Lobisomens", de Hugo Studart.
Herculano
29/02/2020 19:12
O BRASIL TEM O SEGUNDO CASO DE CORONAVIRUS CONFIRMADO

Conteúdo da Rádio Bande SP. O Brasil tem o segundo caso de #coronavírus confirmado no País, segundo o Ministério da Saúde. O primeiro exame foi feito em um dos principais hospitais de São Paulo e indicou positivo em um homem que mora na capital paulista. Ele está em isolamento domiciliar.
Herculano
29/02/2020 19:10
POIS É O DóLAR SUBIU E O PETRóLEO NO MUNDO CAIU. EM GASPAR OS COMBUSTÍVEIS VIVEM SUBINDO... E A BASE DO ICMS NUNCA CAI

Do presidente Jair Messias Bolsonaro, sem partido, hoje no twitter:

PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS:

- Ontem, a Petrobrás anunciou nova redução de preço dos combustíveis nas refinarias a partir de hoje:

Gasolina: -4%
Diesel comum: - 5%.
Diesel S500 para térmicas e Diesel marítimo: - 5,1%
Diesel S10 para térmicas: - 5,2%.
Herculano
29/02/2020 19:08
PARECE ATÉ TÍTULO DAS COLUNAS DO OLHANDO A MARÉ SOBRE O ORÇAMENTO DE GASPAR FEITO PELO EXECUTIVO E APROVADO DE OLHOS FECHADOS PELA CÂMARA

De Guilherme Fiuza, no twitter:

O Orçamento feito pelo Congresso sempre foi uma peça de ficção perdulária q só se encontra c/ a realidade qdo executado pelo governo - e por isso é autorizativo. Torná-lo impositivo é tomar a chave do cofre de quem administra e entregá-la a quem gasta. Sabe o surubão de Noronha?
Herculano
29/02/2020 12:50
da série: cada vez mais os políticos eleitos para representar o povo estão sendo cobrados naquilo que se desviam na representatividade do presente e principalmente contra o futuro dos brasileiros. Ninguém mais aguenta os privilégios de poucos, castas e espertos que mal usam os pesados impostos de todos desviando-os em corrupção, desigualdade e na falta de retorno para a sociedade que sustenta o estado

O QUE ROLA NOS APLICATIVOS DE MENSAGENS PARA SEREM ENVIADOS AOS DEPUTADOS E SENADORES QUE QUEREM ROUBAR R$ 30 BILHõES ORIGINALMENTE NO ORÇAMENTO DEVERIAM SER GERENCIADOS PELA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

O texto é anônimo, e são exemplos de como alimentam o esclarecimento da sociedade

"PODEROSOS DO CONGRESSO E JUDICIÁRIO ESTÃO PREOCUPADÍSSIMOS COM UMA GRANDE MOBILIZAÇÃO QUE COMEÇA A TOMAR VULTO NA INTERNET

A exemplo do que antecedeu a revolução francesa, o terceiro estado (povo esclarecido) clama por justiça.

Há uma enorme movimentação pela internet para reunir um milhão de pessoas na Avenida Paulista e nas demais capitais pela demissão de toda a classe política legislativa(Congresso Nacional) e judiciária(STF).

Dia 15/03, este e-mail de CONVOCAÇÃO já começou a circular e está sendo lido por centenas de milhares de pessoas. É importante que você repasse para todos os seus contatos.

A guerra contra o maus políticos e juízes e contra a degradação da nação já está começando.
Não subestimem o povo esclarecido que começa a sair da inércia e de sua zona de conforto para lutar por um Brasil melhor de fato.

Todos os "governantes" do Brasil, até aqui, falam em cortes de despesas- mas NÃO CORTAM despesas - querem o aumentos de impostos como se já não fôssemos o campeão mundial em impostos. A história nos mostra que muitos governantes caíram e até perderam suas cabeças exatamente por isto.

Nenhum governante fala em:

Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, 14º e 15º salários etc.) dos poderes da República.

Redução do número de deputados federais, estaduais e senadores e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países sérios. Acabar com as mordomias na Câmara, Senado, judiciário e Ministérios, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do povo;

Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º... escalões de emprego.

Redução drástica da quantidade de vereadores e redução dos salários de vereadores, diminuir os gastos das Câmaras Municipais e das Assembleias Estaduais.

Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas atividades; Aliás, 3 a 5 partidos apenas, seria mais que suficiente.

Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc., das Câmaras, Juntas, etc.

Acabar com os motoristas particulares 24 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias para servir suas excelências, filhos e famílias e até, as ex-famílias.

Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado;

Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos às escolas, ir ao mercado, a compras, etc.

Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu real patrimônio.

Já que esses nossos governantes, políticos e judiciário corruptos, não querem fazer com urgência as reformas necessárias e manter presos os corruptos condenados, ou seja, não querem passar o Brasil a limpo, cabe a nós, povo esclarecido, fazer isto através da mobilização em massa e indo para as ruas (sem vandalismo, sem Black Blocs, que são contra a sociedade) manifestar a nossa insatisfação.

Vamos juntos, vamos mostrar que no Brasil o povo esclarecido pode realmente mudar o rumo da história, já que pelas urnas vai ser difícil, por motivos óbvios.
Herculano
29/02/2020 09:58
da série: leia e veja se este não é o cenário de Gaspar que já comentei muitas vezes aqui, e de um monte de municípios catarinenses?

JANAINA: "BOLSONARO ABANDONOU UM MONTE DE GENTE NO CAMINHO"

Conteúdo de O Antagonista. Em entrevista ao UOL, Janaina Paschoal disse estar preocupada com uma implosão da direita paulista nas eleições municipais deste ano por causa do grande número de pré-candidatos.

"Cada um deles sabe que o adversário no primeiro turno vai ser o colega de direita. Com certeza vão se digladiar. No ambiente hostil de uma eleição, vão se defender, vão se acusar. Não é um bom cenário."

Para Janaina, porém, a estrutura da direita já havia sofrido um abalo com a saída de Jair Bolsonaro do PSL.

"O presidente poderia ter saído do PSL com um argumento forte, dizendo que é o presidente de todos, não o presidente de um partido. Eu mesma ia adorar um discurso desse. Mas não foi isso que ele fez. Ele saiu para montar outro partido e acabou separando as pessoas. Ele abandonou um monte de gente no meio do caminho."
Miguel José Teixeira
29/02/2020 09:25
Senhores,

Replicando um drops da coluna do CH replicada (ooops) abaixo:

"Maia pode trocar política pelo mercado financeiro
29/02/2020

Quem consegue conversar com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, sai convencido de que ele não disputará qualquer cargo público em 2022, como aliás esta coluna antecipou em 2019. Certamente ele pode estar escondendo o jogo, como é do seu feitio, mas diz que planeja sair da política para entrar no mercado financeiro. Teria inclusive convites de um importante banco de investimento para o qual tem feito palestras."

No mercado financeiro a grana não dá em árvores como imagina o pessoal Congresso Nacional.

Qual a instituição financeira SÉRIA contrataria um cidadão sem curso superior, oriundo do paraíso das mordomias, para atuar em um nicho de experts?

Nesse mato tem coelhos. . .
Herculano
29/02/2020 08:48
A CARA DA DEMOCRACIA

De J.R.Guzzo, no twitter:

Quem está em guerra aberta contra a democracia não é o povo que vai para a rua em 15 de março. É quem sabota as manifestações - e arma um golpe contra o governo eleito inventando motivos para forçar, sem base legal nenhuma até agora, o impeachment do presidente da República.
Herculano
29/02/2020 08:41
SINUCA DE BICO

De Cláudia Wild, no twitter:

Dizem que na próxima semana teremos a votação sobre o veto presidencial ao orçamento impositivo. Se os parlamentares derrubam o veto, jogarão gasolina nas manifestações. Se acatam, o povo perceberá nitidamente sua força para "negociar"com os chantagistas. Ou seja, sinuca de bico.
Herculano
29/02/2020 08:36
SINAL VERDE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA OS ATOS BOLSONARISTAS

Conteúdo de O Antagonista. O Ministério da Saúde não pretende desautorizar as manifestações marcadas pelos bolsonaristas para o dia 15 de março.

Apesar de o ministro Luiz Henrique Mandetta já ter alertado sobre os riscos das aglomerações na transmissão do novo coronavírus, "não está no horizonte recomendar a população não aderir aos atos", diz o Estadão.

Em nota enviada ao jornal, o ministério informou que, neste momento, "não há evidências de circulação do vírus no país".

"Assim, não é possível afirmar que o Covid-19 será espalhado em manifestações."
Herculano
29/02/2020 07:55
FUNDEB, DISTORÇõES À VISTA E A PRAZO, por Marcos Mendes, pesquisador associado do Insper, é autor de 'Por que É Difícil Fazer Reformas Econômicas no Brasil?', no jornal Folha de S. Paulo.

Município vai ter que escolher se cumprirá o Fundeb ou a LRF

O relatório da PEC de renovação do fundo da educação básica (Fundeb) propõe aumento de despesa sem se preocupar com a qualidade do ensino.

Projetei o efeito das novas regras em um típico município pobre do Nordeste, com população entre 10 mil e 12 mil habitantes e Índice de Desenvolvimento Humano baixo. Esse é o padrão da cidade que já recebe complementação da União, cujo valor será ampliado pela PEC.

O aumento abrupto dessa complementação, de 10% para 15% do total do fundo, levará a um salto de 24% na receita disponível para gastar em educação, já no primeiro ano de vigência.

Não será trivial alocar tanto dinheiro com qualidade, visto que, por lei, ele precisará ser gasto dentro do ano. Seria prudente elevação mais gradual.

Em seis anos a complementação chegará a 20%. Combinada com a exigência de que 70% dos recursos sejam usados na remuneração dos profissionais da educação, o prefeito será obrigado a contratar
ou a aumentar salários.

Se contratar, o município se arriscará a ficar com excesso de servidores indemissíveis, em um contexto em que o número de alunos cai 1,4% ao ano (média de 2002 a 2019). Se aumentar salários, estes crescerão 83% acima da inflação em uma década.

O típico município pobre e pequeno do Nordeste tem renda média do trabalho pouco acima de 1 salário mínimo. Os professores já recebem 2,8 vezes mais que o salário mínimo. Em uma década, a remuneração média passará de cinco salários mínimos.

A canalização dos recursos do fundo para aumentos salariais foi importante nos anos 1990, quando não era raro que um professor de uma cidade pobre recebesse menos de um salário mínimo, à época bem menor que o atual.

Porém, três décadas de aplicação da regra superaram essa realidade. É hora de dar maior liberdade para a alocação dos recursos.

A atual remuneração do professor pode não ser atraente em uma cidade grande do Sudeste, mas o é em uma cidade pobre do Nordeste. Não é a legislação federal que induzirá melhorias salarias nas cidades mais ricas, e sim as decisões autônomas dos gestores locais. Impossível usar a mesma régua para realidades tão díspares.

O que o governo federal deve fazer é premiar os bons resultados nos exames do Ideb, com peso maior para quem está mais atrasado. Isso mobilizará os gestores, em cidades ricas e pobres, a experimentar e inovar. Boas experiências serão copiadas, e todos avançarão. Essa é a beleza do federalismo.

O texto da PEC reserva poucos recursos para premiar a qualidade. Pior: dá espaço para que a aferição de resultados seja substituída por exigências burocráticas relativas a atividades-meio, como a regra para escolha de diretor de escola.

A expansão da folha de ativos, combinada com regras benevolentes para aposentadoria de professores, fará a despesa com inativos duplicar até 2033 e ser sete vezes maior em 2050. Mas a PEC proíbe o Fundeb de pagar a inativos.

Outras políticas terão de ser cortadas. A despesa total de pessoal vai crescer: em três anos, o município terá de escolher se respeita o Fundeb ou a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Por fim, ainda não se respondeu de onde virá o financiamento para o aumento das despesas. Aponta-se para as rendas do petróleo. Mas elas induzirão mais ineficiência. Quando o preço do petróleo subir, haverá mais dinheiro na educação, levando a aumentos salariais e contratações.

Quando o preço cair, não se poderá reduzir salários ou demitir. O Rio já mostrou como essa história acaba.

Melhorar a educação é essencial para o país crescer. Tentar fazê-lo com incentivos incorretos e insustentabilidade fiscal não nos levará longe.
Herculano
29/02/2020 07:45
da série: e isso pode dar certo? Este é um exemplo do cuidado que a troca de partidos a partir da janela de cinco de março até três abril aos políticos com mandatos proporcionais. Se não tomarem cuidado, acharam que estarão filiado em um, mas estarão em outro.

CONSELHO DE ÉTICA DO PSL-SC É DIRIGIDO POR FILIADOS AO PSDB DE JOINVILLE, por Cláudio Prisco Paraíso

A defesa do deputado estadual Felipe Estevão, que foi notificado extrajudicialmente pelo Conselho de Ética do PSL catarinense por suposta infidelidade partidária, está pedindo a anulação de todo o procedimento ético-disciplinar porque não há legitimidade partidária por parte de membros deste colegiado.

O presidente do Conselho de Ética, Alessandro Gruner, e o secretário, Jefferson da Fonseca, são filiados ao PSDB de Joinville. As certidões foram retiradas pela defesa de Estevão junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC) no dia 18 de fevereiro.

Por óbvio, filiados a outro partido não podem exercer qualquer função em outra agremiação partidária, especialmente em segmento tão delicado quanto o Conselho Ético. Seria até antiético!

A "denúncia" da suposta infidelidade foi formulada pela servidora da Secretaria de Administração Prisional, Vanessa Carazzo. Este Conselho de Ética do PSL (ou seria do PSDB?) foi formado, às pressas, no dia 7 de fevereiro. Com reuniões envolvendo vários servidores públicos estaduais em horários de expediente dos mesmos.

Além do imbróglio com filiados do PSDB, a defesa assinala, em linhas gerais, que o governo do estado está usando sua estrutura e funcionários para perseguir deputados que não batem palmas para o governador Carlos Moisés da Silva.
Herculano
29/02/2020 07:32
Roberto Azevedo FEVEREIRO 29, 2020
MOURÃO DEFENDE A DEMOCRACIA EM PALESTRA NA FIESC, por Roberto Azevedo, no Makingof

A abertura da palestra do vice-presidente da República Hamilton Mourão (PRTB), no início das comemorações dos 70 anos da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), torna-se um emblema da figura carismática e realista que ele representa em um país divido, como ele mesmo diz, entre "branco e preto" - sem conotação de etnias -, adversários permanentes em um cenário que "não existe o cinza", ou seja, o meio termo.

O recado mais forte também veio aos ativistas digitais quando o vice-presidente declarou que vivemos em "um turbilhão" nas redes sociais, "de quem não está raciocinando ou sabe o que está escrevendo" e justificou que os mares não estão tranquilos mundo afora.

Tanto que Mourão referiu-se ao Brasil como a mais próspera democracia liberal do hemisfério sul e sentenciou que "ninguém está criticando a democracia, não há ameaças à democracia", uma clara alusão ao recente episódio onde o presidente Jair Bolsonaro teria compartilhado um vídeo para apoiar o protesto contra o Congresso Nacional, no próximo dia 15. Bolsonaro nega!

PELAS REFORMAS

Defensor das reformas da Previdência, Administrativa e Tributária, Mourão acredita que somente com a participação da iniciativa privada, em concessões públicas, o país aproveitará as mudanças do Estado.

E lembra que bons contratos darão legitimidade à privatização de serviços públicos, as que tornarão o Brasil uma nação mais competitiva no âmbito das maiores economias globais, em um mundo em processo de desglobalização, como ocorreu com Brexit na Inglaterra em relação à União Europeia.

CRÍTICA

General do Exército Brasileiro, Mourão citou com preocupação o episódio envolvendo policiais militares no Ceará, elogiou a PM catarinense, e fez um alerta sobre a politização e sindicalização do setor, tanto com a criação de associações de praças quanto de oficiais.

"Quando a política entra pela porta da frente do quartel, a disciplina sai pela porta dos fundos", sentenciou o vice-presidente.

DA CASERNA

Presidente da ACORS, que reúne os oficiais da PM e do BM, o coronel Sérgio Luiz Sell, contou, em quatro horas de reunião na última quinta (27), com os apoios de representantes regionais da entidade e dos presidentes da FENEME, coronel Marlon Jorge Teza, e da ABVO, coronel Claudete Lehmkuhl, para chegar à conclusão de que, da forma como está, a proposta do governo não atende os militares estaduais.

Como a coluna adiantou, a ACORS está preparando uma contraproposta a ser entregue ao secretário Estadual da Administração, Jorge Eduardo Tasca, que é oficial da PM, na próxima segunda (2).

CITADOS

Os senadores Jorginho Mello (PL) e Esperidião Amin (PP) foram citados em meio à palestra de Mourão.

Sobre a questão das emendas parlamentares, perguntou a Jorginho, que estava na plateia, "tô indo bem?", sobre a explicação que deu na construção de concessões de emendas.

Já para Esperidião, também presente, pediu a concordância da expressão de que "em política, até briga é combinada!"

DEMANDAS

O anfitrião da visita a Santa Catarina, o presidente Mario Cezar de Aguiar lembrou a condição ímpar de um Estado empreendedor e com os melhores indicadores nacionais, embora represente 1,1% do território nacional, e pediu a atenção do vice-presidente para as questões de logística e de infraestrutura que envolvem as rodovias federais que cortam Santa Catarina.

Esta foi a segunda vez que Mourão veio à Fiesc, a anterior foi durante um evento promovido pela Acaert.

DESGASTES

Esperidião Amin declarou à imprensa que a tesão pode existir entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, ainda sobre o episódio do protesto chamado por apoiadores de Bolsonaro, porém considera que ampliado, oq eu dificultará o relacionamento entre os poderes.

"O jogo político não pode ser de um culpar o outro. Harmonia entre os poderes não significa a derrota de um e a vitória do outro". O senador catarinense admitiu que ele mesmo tem cobranças sobre a atuação dos pares na Câmara e no Senado, e lembrou que os deputados federais retêm a PEC do Foro Privilegiado, por exemplo, ato contra o país.

SOBRE O FUTURO

Uma das figuras mais procuradas pelos jornalistas, o senador Esperidião Amin desconversa quando perguntado sobre o futuro da mulher, a deputada Angela Amin (PP), nome mais do que lembrado para concorrer à prefeitura da Capital, em outubro. "Sou um homem perigoso lá em casa, ninguém me fala nada", disparou Amin para a coluna. A declaração foi seguida de um largo sorriso.

REPRESENTANTES

Na Fiesc, a vice-governadora Daniela Reinehr (Aliança Pelo Brasil) representou o governador Carlos Moisés da Silva, que estava em Foz do Iguaçu, no Paraná, onde participa, neste sábado (29), do encontro dos chefes do Executivo do Cosud, que reúne os estados do Sul e do Sudeste.

O vice-prefeito João Batista Nunes (PSDB) foi ao evento no lugar do prefeito Gean Loureiro (DEM), de Florianópolis, e afirmou que, enquanto procuram, a todo dia, um novo companheiro de chapa para a campanha à reeleição, o atual trabalha e está mais firme do que nunca, naquela máxima de que em time que está ganhando, não se mexe.

MISSÃO

O deputado Marcos Vieira, que representava o presidente da Assembleia Julio Garcia (PSD), tinha uma missão a mais, solicitada pelo presidente da Fiesc: entregar um relatório sobre a Rota do Milho, principal insumo da agroindústria de Santa Catarina.

Vieira explicou que as principais demandas para a chegada do produto mais barato no Estado são em relação à questão aduaneira: a privatização da Aduana de Dionísio Cerqueira, além da manutenção do scanner de cargas, e a implantação definitiva da Aduana de Paraíso, com a implementação da recuperação urgente das BRs 163 e 282.

OLHA ESSA!

Presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Assembleia, que, durante a análise da tramitação da Reforma da Previdência, será responsável por calcular o impacto das medidas e das eventuais emendas apresentadas, o deputado Marcos Vieira acrescentou um fato novo para a semana que vem.

Garante que sequer foi convidado a participar da audiência pública, chamada pelas comissões de Constituição e Justiça e Trabalho, Administração e Serviço Público, no próximo dia 5, embora a Finanças apareça como uma das proponentes do encontro, quase sempre um palanque, sem caráter conclusivo ou colaborativo.
Herculano
29/02/2020 06:55
CIÊNCIA CONTRA A EPIDEMIA, por Alexandre Schwartsman, no jornal Folha de S. Paulo

Torçamos para que os terraplanistas do governo continuem longe do Ministério da Saúde

A essa altura, parecem inúteis os esforços para manter o vírus que causa a covid-19 fora de fronteiras nacionais. A progressão da epidemia pelo mundo mostra que a doença, por provocar muito mais quadros leves do que graves, se espalha com facilidade e não será contida por quarentenas.

E o fato de o risco que cada indivíduo corre de morrer por causa da covid-19 ser baixo não significa que ela não vá causar estragos coletivos. No plano sanitário, o que preocupa é a pressão sobre os sistemas de saúde. O objetivo central das autoridades a partir de agora deve ser o de impedir que a curva de novas infecções suba muito rapidamente. Se conseguirmos espaçar o ritmo de contágio, será menor o pico de demanda sobre os hospitais, o que poderá evitar mortes por falta de ventiladores, por exemplo.

E como se faz isso? É preciso conquistar a confiança da população, que terá de ser convencida a mudar comportamentos. É importante, por exemplo, que as pessoas evitem correr para o hospital devido a quadros respiratórios leves. Também devem reforçar a lavagem de mãos e alterar a etiqueta de cumprimentos. Se a situação ficar ruim, deve-se cogitar de medidas mais drásticas como suspender aulas, eventos esportivos e culturais e adotar o trabalho remoto.

O problema é que há muita coisa sobre a biologia do vírus que ignoramos. Ele se espalha com menos eficiência no verão? Pacientes assintomáticos são bons transmissores? Quem já teve a doença se torna imune? Por quanto tempo? Cada resposta pode fazer muita diferença na hora de definir políticas públicas. Se uma infecção prévia não confere imunidade (ou só o faz de forma muito transitória), o modelo epidemiológico a orientar as ações muda substancialmente.

São questões a ser abordadas pela ciência e não pela ideologia. Resta torcer para que o núcleo terraplanista do governo continue com as garras longe do Ministério da Saúde.
Herculano
29/02/2020 06:46
MAIA PODE TROCAR POLÍTICA PELO MERCADO FINANCEIRO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Quem consegue conversar com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, sai convencido de que ele não disputará qualquer cargo público em 2022, como aliás esta coluna antecipou em 2019. Certamente ele pode estar escondendo o jogo, como é do seu feitio, mas diz que planeja sair da política para entrar no mercado financeiro. Teria inclusive convites de um importante banco de investimento para o qual tem feito palestras.

SAÍDA PELOS FUNDOS

Saindo da política, Rodrigo Maia busca uma "saída honrosa" para evitar o vexame de derrota, na disputa para renovar o mandato, em 2022.

VEXAME NO HORIZONTE

Em 2018, com todo o poder, inclusive com acesso irrestrito aos favores oficiais, Maia não impressionou eleitores: obteve raquíticos 74 mil votos.

PODER SEM VOTOS

O projeto de Maia, admitido há meses a esta coluna, era governar sob um "parlamentarismo presidencialista" existente apenas na sua cabeça.

BRINCADEIRA DE CRIANÇA

No regime sonhado por Maia, o primeiro-ministro não seria o líder do partido mais votado. Poderia ser do DEM, como ele, e com poucos votos.

LÍDER DE 68% DA CÂMARA, LIRA DEVE SUCEDER MAIA

O deputado Arthur Lira (PP-AL) carimbou o passaporte para a disputa pela sucessão de Rodrigo Maia, na presidência da Câmara, ao articular a bancada de 351 deputados federais do "centrão", cerca de 68% do total de 513. A liderança do bloco de 14 partidos fará a Câmara lembrar o que Maia diz ter esquecido: a reunião em 2018, no apartamento do senador Ciro Nogueira (PP-PI), em São Paulo, na qual ficou combinado que Lira desistiria da candidatura para apoiar a reeleição de Maia à presidência.

PROCURA-SE UM NOME

No último trimestre de 2019, Maia passou a articular a própria sucessão, ignorando Lira e acenando para meia dúzia de deputados. Sem êxito.

COMENDO PELAS BEIRADAS

Político que não é dado a reclamar pelos cantos, Arthur Lira preferiu "comer pelas beiradas": trabalhou até no recesso articulando o "centrão".

ROMARIA AO PARAÍSO

No fim do ano, enquanto Rodrigo Maia se divertia em Miami, Lira recebia no paraíso da Barra de São Miguel (AL) dezenas de deputados.

SEM TERRA, COM JATINHO

Petista bi-condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula vai levar em seu tour europeu por Paris, Genebra e Berlim um diretor do miliciano MST, João Paulo Rodrigues. Para exibi-lo como um "revolucionário".

'RANDOLSONARO'

Líder da oposição, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) passou a defender o veto presidencial à "emenda do relator" do orçamento impositivo, no valor R$ 30 bilhões, por atentar contra o presidencialismo. A patrulha ideológica não perdoará a coragem do senador.

CONGRESSO É O CÉU

Apesar de deputados e senadores terem retornado em 4 de fevereiro, foram apenas oito dias de trabalho em 2020, incluindo o feriado de carnaval. Mas o "ressarcimento de despesas" passou de R$7 milhões.

GOLPE PARLAMENTAR

Após a verba de R$30 bilhões capturada pelo Congresso e um tweet da Embaixada da Espanha contando que Rodrigo Maia tratou de "parlamentarismo" com o embaixador, a hashtag #MaiaGolpista virou o segundo assunto mais comentado do Twitter na sexta-feira (28).

BOA COISA É?

O Congresso lança na terça (3) a frente parlamentar da reforma administrativa. Um dos vices é Kátia Abreu, aquela que tomou à força documentos do presidente do Senado, para tentar impedir sua posse.

CAPITAL DA FOLIA

Após desmoralizar a sentença do poetinha Vinícius de Moraes, de que era "o túmulo do samba", ao promover desfiles anuais frequentemente mais sensacionais que os do Rio, São Paulo vai botar 160 blocos na rua, neste fim de semana, além de atrações como Anitta e Bell Marques.

Só FALTOU MURO

O coronavírus fez o conselho federal da (democrática) Suíça proibir eventos de grande escala até dia 15 de março. Foi cancelado tudo que possa reunir mais de mil pessoas. Espécie de muro virtual à la Trump.

RECORDISTA: DIÁRIAS 2020

É uma oficial de chancelaria do Ministério das Relações Exteriores o servidor que mais recebeu diárias do governo federal, este ano. Foram R$56,7 mil apenas em diárias, para Carolina de Araújo.

PENSANDO BEM...

...só no Brasil o líder da oposição concorda com o chefe do governo, que por sua vez briga com o partido pelo qual se elegeu.
Herculano
29/02/2020 06:37
NOVA GERAÇÃO DE REMÉDIOS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

País passa a contar com regulação para terapias gênica e celular; câncer é alvo

Fez bem a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em apresentar um marco regulatório para que laboratórios requeiram registro comercial de produtos obtidos por meio de terapia gênica e celular.

Só em 2018, foram registrados ou tiveram início 232 ensaios clínicos com produtos de terapia gênica em todo o mundo. No total, desde 1989, já são mais de 3.000 tentativas. Decerto que a maioria se mostra inviável já nas fases iniciais, mas basta que uma pequena porcentagem avance para que surjam inovações de enorme potencial.

A ideia consiste em introduzir DNA, por meio de vírus modificados ou outro vetor, diretamente no interior de uma célula para reparar suas funções e/ou tratar doenças. Na terapia celular, em geral, a intervenção é feita fora do corpo do paciente, e as células modificadas são depois introduzidas.

Essas técnicas já mostraram resultados experimentais palpáveis para várias moléstias raras e outras não tão incomuns, como hemofilia e certos tipos de cegueira. O principal alvo, porém, é o câncer.

Ganhou manchetes no Brasil o caso de um paciente de linfoma não Hodgkin que se encontrava em estado terminal e, em setembro passado, recebeu um tratamento experimental na USP com uma técnica em que células imunes do próprio indivíduo são removidas, modificadas para "aprender" a combater o câncer e depois reintroduzidas.

Esse paciente foi considerado curado, mas, lamentavelmente, acabou morrendo poucos meses depois em consequência de uma queda sofrida em casa.

Tais avanços inspiram otimismo, mas isso não significa que inexistam problemas. Nos anos 1990, por exemplo, a então nascente terapia gênica sofreu abalo com a notícia de que alguns pacientes haviam desenvolvido leucemia.

O obstáculo mais prático, porém, é o preço. Tome-se o primeiro medicamento licenciado, o Glybera, que prometia reverter por uma década os efeitos de uma moléstia genética rara e chegou a custar a exorbitância de US$ 1,6 milhão. O laboratório retirou a droga do mercado por falta de demanda.

A tendência geral, contudo, pelo menos para doenças não muito raras, é o preço cair com o tempo, para o benefício de todos.
Miguel José Teixeira
28/02/2020 19:23
Senhores,


"Por que até o Vaticano está preocupado com inteligência artificial...

(Veja mais em https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2020/02/28/por-que-ate-o-vaticano-esta-preocupado-com-inteligencia-artificial.htm)

Eu teclei aqui que, a visita do ex-presidiário lula faria mal ao papa chico.

Portanto, de volta à caça às bruxas!

A História nos ensina que o Vaticano sempre se opôs à qualquer tipo de inteligência.

À la PT, incautos e iletrados são mais fáceis de manobrar!

Apenas para ilustrar o tema, vale revisitar o espetacular "O Nome da Rosa" de Umberto Ecco.

E, tente identificar quem é a Rosa. . .
Miguel José Teixeira
28/02/2020 17:57
Senhores,

Mouvement des gilets jaunes


Será que o movimento "coletes amarelos" recepcionará a quadrilha liderada pelo ex-presidiário lula, que irá receber HOMENAGEM na França?

Dizem que a defenestrada dilmaracutaia estará junto e quer saber das autoridades locais quando receberá sua "MULHERNAGEM". . .a mesma que a tal mariele recebeu!

Macron que previna-se! O papa chico anda indisposto desde que recebeu o ex-presidiário lula. . .
Herculano
28/02/2020 12:25
E A IMPRENSA É CULPADA PELOS ERROS E JOGADAS?

De Felipe Moura Brasil, da revista eletrônica Crusoé, no twitter:

Militância bolsonarista não se incomoda com fato de Bolsonaro ter sancionado 3 itens apoiados pelo PT: juiz de garantias e restrições a prisão preventiva e delação. Mas dá piti se chamo tais decisões de "petistas". Não era para contar aos brasileiros, claro. Mas eu conto. Sempre.
Herculano
28/02/2020 12:21
ALCOLUMBRE MARCA SESSÃO PARA ANÁLISE DOS VETOS AO ORÇAMENTO

Conteúdo de O Antagonista. Davi Alcolumbre acaba de convocar sessão do Congresso para a próxima terça-feira, às 14h. Na pauta, os vetos de Jair Bolsonaro à lei orçamentária.

Como temos mostramos, estará em jogo, principalmente, o controle de R$ 30,1 bilhões em emendas neste ano de eleições municipais. Se deputados e senadores derrubarem o veto 52, a alocação desses recursos ficará sob responsabilidade dos parlamentares.

Os ministros Paulo Guedes (Economia) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) chegaram a costurar um acordo para que esse montante fosse reduzido pela metade, mas o clima esquentou depois que o ministro Augusto Heleno (GSI) disse que o Congresso estava "chantageando" o governo.

O Planalto queria que a votação dos vetos ficasse para depois das manifestações de 15 março, a favor do governo e contra setores do Congresso.

Mas Davi Alcolumbre, que ainda está no Amapá, decidiu marcar logo a sessão.

O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB), já havia dito a O Antagonista que a sessão seria confirmada a "qualquer momento na próximas duas semanas", antes, portanto, das manifestações do dia 15.

Para um veto ser rejeitado, é preciso o voto da maioria absoluta dos parlamentares de cada uma das Casas (41 votos no Senado e 257 votos na Câmara). A votação é secreta.
Herculano
28/02/2020 11:16
TESTEMUNHAS DE AÇÃO TRABALHISTA SÃO PREAS APóS MENTIR EM JUÍZO

O juiz Marlos Augusto Melek, usou uma das medidas mais rigorosas impostas após alteração da reforma trabalhista

Conteúdo da Tribuna do Paraná. Texto de Sarah Chaves. O juiz Marlos Augusto Melek, um dos redatores da reforma trabalhista, mandou prender duas testemunhas em flagrante por mentirem durante audiência há duas semanas na Justiça do Trabalho de Campo Largo, região metropolitana de Curitiba, no Paraná.

O falso relato dado pelas testemunhas foi descoberto pelo magistrado no fim da audiência, quando uma gravação anexada aos autos separadamente foi apresentada pelos autores, comprovando o pagamento dos valores negados anteriormente. Determinada a prisão, a audiência foi interrompida até a chegada dos policiais que conduziram os mentirosos à Polícia Federal.

As duas testemunhas ainda terão que pagar uma multa à empresa no valor de R$ 5 mil em favor do autor da reclamatória em questão.

Procurada pela Tribuna do Paraná, a empresa envolvida no processo declarou, por meio de seu advogado, que não vai se pronunciar sobre o caso e que a questão voltará a ser discutida apenas no âmbito do processo.

A decisão foi uma amostra da mudança de pensamento da Justiça após as alterações da reforma trabalhista. Até julho do ano passado era assim que muita gente enxergava a Justiça do Trabalho como uma grande, onde valia tudo em audiência, mentir, omitir informações, e até inventar histórias.

Porém, depois da entrada em vigor do texto que reformou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), os juízes têm pesado a mão nos "espertinhos" de plantão. A Reforma Trabalhista impôs mais rigor nestes casos de testemunho trabalhista a partir da criação de um novo artigo - o 793 - que determina àquele que litigar de má-fé a responsabilidade de arcar com perdas e danos (multa) no processo. Em alguns casos mais graves, nos quais a mentira venha a prejudicar muito a outra parte, pode até ser determinada a prisão.

Em fevereiro, Delano de Barros Guaicurus, magistrado da 33ª Vara Trabalhista do Rio de Janeiro, condenou um trabalhador que agiu comprovadamente de má-fé ao pagamento de 15% do valor da causa, depois que teve conhecimento de uma mensagem de celular na qual o funcionário acertava valores a serem passados para uma testemunha em seu favor. Já em Caieiras, interior de São Paulo, uma testemunha teve de pagar mais de R$ 12 mil (5% do valor da causa) à parte autora por ter mentido em depoimento.

Para esclarecer algumas dúvidas a respeito das sanções para quem der falso testemunho, a Tribuna do Paraná conversou com o juiz Marlos Augusto Melek, que explicou como a Justiça do Trabalho passa a encarar esse tipo de conduta.

O juiz Marlos Augusto Melek conta que as maiores mentiras contadas nos tribunais são as clássicas. "Sempre referentes às horas extras e jornada de trabalho. De um lado os trabalhadores dizem que trabalharam por mais tempo, ou que não usufruíram de descanso, por exemplo. De outro, os empregadores costumam contornar os pagamentos feitos "por fora", como comissões", explicou.

Melek ainda diz que ninguém é obrigado a produzir provas contra si. "A lei não autoriza ninguém a mentir em juízo. O Código de Processo Civil determina que não apenas as partes, mas todos procedam com lealdade e boa fé na justiça, estando proibidas de alterar a veracidade dos fatos sob risco de violação do princípio da boa fé. Ou seja, se você não quer falar, fique em silêncio, mas não minta", alertou.

A pessoa presa por mentir em juízo passam por todos os procedimentos padrões de uma prisão em flagrante comum. Terá que juntar certidões provando que é réu primário, que não deve à justiça em outras áreas e somente um desembargador poderá dizer se cabe Habeas Corpus ou liberdade provisória. De qualquer forma, ninguém está livre do rigor nem do constrangimento.
Herculano
28/02/2020 10:56
da série: um retrato desastroso e que mostra muito bem a razão pela qual a educação se nega ao conhecimento e se lança a apologia ideológica do professor de plantão.

ALUNA DE 16 ANOS PROCESSA ESTADO DE SC POR DOUTRINAÇÃO ESQUERDISTA EM SALA DE AULA

Mãe e filha alegam prejuízos causados por professora de história e pedem R$ 100 mil

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Katna Baran, de Curitiba. Uma estudante de 16 anos e a mãe dela entraram na Justiça pedindo reparação de danos contra o estado de Santa Catarina. Elas alegam que foram vítimas de doutrinação esquerdista por uma professora da rede estadual de ensino e pedem R$ 50 mil de indenização para cada uma, somando R$ 100 mil.

Na ação, ajuizada em 17 de janeiro, os advogados Miguel Nagib - um dos fundadores do movimento Escola Sem Partido - e Igor Costa Alves narram que a estudante e a mãe tiveram vários prejuízos por conta do "comportamento antiprofissional, antiético e antijurídico" de uma professora de história da Escola Estadual de Educação Básica Dra. Nayá Gonzaga Sampaio, da cidade de Caçador, no meio-oeste catarinense.

Alguns episódios citados na ação foram denunciados pela mãe da aluna também nas redes sociais. Em um vídeo de 2018, ela divulgou um áudio que a filha teria captado em março daquele ano durante uma aula.

Na fala atribuída à professora, há várias críticas ao hoje presidente, então pré-candidato ao Planalto, Jair Bolsonaro (sem partido).

Uma voz feminina acusa o político de incitar a violência e propagar o ódio contra negros, índios e mulheres. Em um trecho, a professora teria dito que Bolsonaro "se baseava na Bíblia para dizer que mulher só servia para ser estuprada, espancada e para limpar chão".

Outros políticos foram alvos do discurso, como os também concorrentes à Presidência na época Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (REDE), e o atual deputado federal Aécio Neves (PSDB).

"Então vocês têm que conversar com os pais de vocês em casa, pessoal, porque não existe a possibilidade de alguém apoiar [Bolsonaro]. Se apoiar um cara que diz que o estupro é legítimo, que o negro voltar pra senzala é legítimo", teria dito a professora.

A servidora teria afirmado ainda que policiais partidários do presidente atrasam para atender episódios de violência doméstica. "Ele [policial que apoia Bolsonaro] demora cinco horas pra vir atender a ocorrência [de briga], e deixa a mulher ali, os filhos apanharem da forma que for", se ouve na gravação.

Na ação, a família da estudante é descrita como cristã evangélica. A mãe, que é auxiliar de cozinha, se diz conservadora e de direita, eleitora e admiradora do atual presidente.

No vídeo divulgado nas redes sociais e replicado em agosto de 2018 na página do YouTube Escola Sem Partido, a mãe da aluna acusa a professora de ser esquerdista e de tentar influenciar a opinião dos alunos.

"Era para dar história, mas a professora deu uma aula mentirosa, partidária [...], deu uma aula totalmente incitando o ódio, contra a Bíblia, contra cristão", afirmou no vídeo.

Em uma carta anexa ao processo, a aluna cita outros episódios que se encaixariam na doutrinação. A professora teria afirmado, por exemplo, que pastores estão roubando dinheiro das pessoas.

"Me senti constrangida pelo fato de ser cristã, e meus colegas sabiam disso", escreveu a jovem na carta.

Os advogados da família ainda acusam a professora de ter humilhado a aluna ao contar aos colegas de turma que a jovem estava com herpes e, por isso, poderia contaminá-los.

A ação detalha que, apesar das denúncias da mãe, a professora foi absolvida por falta de evidências em um procedimento administrativo aberto pela escola ainda em 2018. Isso levou a Associação Escola Sem Partido a apresentar uma representação ao Ministério Público, acusando a mulher de ter praticado improbidade administrativa.

O MP informou que o inquérito ainda está em andamento.

Após a divulgação do vídeo, a professora também entrou com um pedido de reparação em razão das gravações captadas pela estudante sem autorização. Em acordo, a mãe da aluna aceitou retirar as imagens da internet e desembolsou o valor de R$ 4.000. Apesar disso, o vídeo continua disponível em outros perfis.

Segundo os advogados da família, a aluna mudou de escola após os episódios, mas nada adiantou. Mesmo na nova instituição os professores "falam mal de Jesus, da Bíblia, e ela fica muito mal", dizem os defensores. Porém, por conta do processo anterior que acabou com prejuízo à família, a filha não autoriza a mãe a reclamar do posicionamento na escola.

"[A jovem] adorava estudar; hoje, vai à escola por obrigação", relatam no processo.

Em nota, a Secretaria da Educação de Santa Catarina afirmou que apurou os fatos denunciados pela mãe da aluna em uma sindicância de 2018. O processo foi arquivado em 14 de setembro do mesmo ano, por ausência de provas que indicassem irregularidades nas atividades.

Os defensores de mãe e filha, por outro lado, acusam o estado de omissão culposa, alegando que a sindicância foi encenada.

O estado informou ainda que não foi citado para responder ao processo de danos morais movido pela família, mas que se dispõe a prestar todas as informações solicitadas à Justiça.

A escola informou que a servidora não atua mais naquela unidade. A Folha não conseguiu contato com a professora.
Herculano
28/02/2020 10:56
da série: mas, o presidente da Câmara não deveria estar no Brasil trabalhando? Não! Rodrigo Maia, DEM RJ está em mais uma das suas múltiplas viagens internacionais, com o dinheiro do povo e a Câmara, parada há duas semanas. É isso que está sob questionamento, não exatamente a Câmara, mas seus ocupantes.

CONGRESSO E PLANALTO VIVEM "NORMALIDADE" ELETRIFICADA, por Josias de Souza, no UOL

Em viagem à Espanha, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia disse não enxergar um aumento da tensão entre Legislativo e Executivo por causa da disputa provocada pela tentativa dos parlamentares de impor ao governo o controle sobre a execução de R$ 30 bilhões do Orçamento da União para 2020. Maia tem razão. Não houve aumento. O índice de tensão continua nos mesmos 100%.

Ao compartilhar no WhapsApp um par de vídeos convocando o asfalto para uma manifestação de conteúdo anticongressual em 15 de março, Bolsonaro flertou com o curto-circuito num instante em que se imaginava que o ambiente ficaria menos eletrificado depois do feriadão de Carnaval. Percorrem os bastidores, munidos de fita isolante, os generais moderados do governo e auxiliares do ministro Paulo Guedes, da Economia.

Os generais Luiz Eduardo Ramos e Fernando Azevedo e Silva, respectivamente coordenador político do Planalto e ministro da Defesa, vão de autoridade em autoridade para informar que não há riscos institucionais na movimentação de Bolsonaro ou no comentário do general Augusto Heleno, chefe do GSI, que na semana passada chamou de chantagistas os parlamentares que tentam avançar sobre o Orçamento.

Os técnicos da pasta da Economia tentam costurar com o Congresso um entendimento que evite o engessamento de um Orçamento que já é muito engessado. Dentro de duas semanas, a equipe de Paulo Guedes reavaliará a execução orçamentária de 2020. Estima-se que a crise do coronavírus reduzirá o crescimento da economia global e também da brasileira. Menos crescimento resultará em menor arrecadação.

O governo talvez tenha de contingenciar, bloquear gastos num volume maior do que esperava. Daí o esforço para evitar que o Congresso se autoatribua o poder de controlar R$ 30 bilhões. Rodrigo Maia afirmou que está "tudo normal" nas relações entre Executivo e Legislativo. Tudo normal, nesse contexto, é um outro significado para conversa fiada.
Herculano
28/02/2020 10:55
OS JOVENS, A CRISE E O TRABALHO, por Cláudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais, da FGV, e ex-diretora de educação do Banco Mundial, no jornal Folha de S. Paulo.

Faixa foi a que mais perdeu renda com a crise

Em estudo recente, Marcelo Néri, diretor do Centro de Políticas Sociais da FGV, mostra que os jovens foram os que mais perderam renda com a crise econômica do país. Dados da renda individual do trabalho e da desigualdade resultante mostram os brasileiros de 15 a 19 anos como os mais penalizados no período de 2014 a 2019, seguidos pelos de 19 a 29.

Isso parece ser consistente com outras crises que vivemos. Afinal, se a oferta de postos de trabalho escasseia, é natural que se dê preferência aos mais experientes e com mais anos de escolaridade. Naturalmente, mostra a pesquisa, os jovens sem instrução integram o grupo que sofreu maior redução nos ganhos. Mas é bom lembrar que mesmo aqueles que estudaram mais também viram sua renda e empregabilidade diminuírem.

A expectativa é que, com a lenta, mas aparentemente consistente, retomada do crescimento, postos de trabalho retornarão, e os problemas tenderão a desaparecer. Só que não, como dizem os adolescentes.
Martin Ford, em seu interessante livro "A Ascensão dos Robôs", mostra que, cada vez mais, as fases de recuperação econômica, no mundo desenvolvido, acabam deixando de lado parte dos que se viram sem trabalho na crise, já que se torna progressivamente mais barato substituir gente por máquinas. O que mais o preocupa, no entanto, é o fato de trabalhadores que desempenham tarefas um pouco mais complexas, algumas delas demandando formação de nível superior, também começarem a ser trocados por algoritmos.

Com isso, de acordo com o autor, as desigualdades de renda tenderão a crescer mais ainda, já que restaria aos de menor qualificação a informalidade ou empregos de baixíssima remuneração.

No estudo coordenado por Marcelo Néri, aparece outro dado preocupante: o percentual dos chamados nem-nem, os que nem estudam nem trabalham, teve um crescimento importante no período mais grave da crise. Isso certamente se deve, além do desinteresse pela escola, a certa descrença no papel da educação como mecanismo de ascensão social.

Para resolver esse problema, o receituário é conhecido. Ao invés de gritarmos bravatas uns para os outros, é urgente pensar em políticas públicas competentes que conectem a educação a um mercado de trabalho em transformação acelerada.

Isso envolve investir em educação de qualidade para o século 21, inclusive em ensino técnico, especialmente profissionalizando o trabalho dos professores e tornando a escola mais significativa para os jovens. Mas isso não será suficiente se não criarmos bons programas para iniciar os jovens no mundo do empreendedorismo e do emprego.
Herculano
28/02/2020 10:54
ACORDO DIVIDE R$30 BI ENTRE GOVERNO E CONGRESSO, por Claudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Ao contrário do que se divulga na usina de fantasias sobre Brasília, não há "queda de braço" com o Congresso pelo controle de R$30 bilhões do orçamento, porque tudo já foi objeto de acordo entre o presidente Jair Bolsonaro e líderes dos partidos mais importantes: caberá ao governo decidir aplicar metade dos recursos e a outra metade será definida pelos parlamentares. O acordo está fechado, segundo confirmou nesta quinta o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO).

VOCÊ JÁ SABIA

Esta coluna revelou dias atrás que o presidente e líderes mantiveram negociações que consideraram muito produtivas. Era o acordo.

VAI-E-VEM DE RECURSOS

Eduardo Gomes lembra que o "orçamento impositivo" foi aprovado com apoio de Bolsonaro e sua aplicação pela primeira vez explica a polêmica.

DE UM BOLSO PARA OUTRO

Pelo acordo, a metade do Congresso apenas troca de bolso no governo: os R$15 bilhões só podem ser aplicados em programas do Executivo.

PALANQUE Só SOB CONVITE

O acordo não garante ao parlamentar presença na inauguração da obra cujos recursos ele garantiu, mas o presidente diz que é sua intenção.

PROPOSTA ORDINÁRIA CRIA CARRO OFICIAL CLANDESTINO

Proposta ordinária do senador Jaques Wagner (PT-BA), que o presidente do Senado "avalia", extingue as placas oficiais que identificam carros de luxo adquiridos com dinheiro público para servir a senadores. Certamente envergonhado da profissão ou da própria história, o senador que foi ministro de Dilma não quer mais circular em carrão com placa de senador, mas trocou a dignidade de comprar o próprio carro por disfarçar a mordomia com placa fria para não ser notado por quem paga impostos.

PERDERAM O PUDOR

Em 2019, Wagner e Álvaro Dias (Podemos-PR) solicitaram autorização para substituir as placas dos seus carros oficiais por "não identificáveis".

TUDO NA MESMA

Em 2010, eram 89 carros oficiais no Senado de 81 parlamentares. Dez anos depois, os modelos são mais novos e poucos abdicaram da regalia.

MARCA VERGONHOSA

Apenas cinco senadores abrem mão do carro oficial com placa preta, segundo o próprio Senado. Os demais 76 adoram a mordomia.

PASSADOR DE PALAVRA

O governador de São Paulo, João Dória, forçou a barra para aparecer com o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) em nova coletiva sobre coronavírus, repetindo tudo o que foi dito na véspera. O tucano revelou grande talento de "passador de palavra" para jornalistas e entrevistados.

'LOW COST' ALHEIO

A "agência reguladora" Anac não entendeu o espírito da coisa: autorizou empresas aéreas low cost ("custo baixo") a operar no Brasil mas só sabe garantir custo baixo na operação da empresa, não para o consumidor.

SORVETE NA PRAÇA

Celso de Mello já decidiu: após deixar o STF vai residir em sua cidade, Tatuí (SP). Lá, vai poder retomar um velho hábito: conversar na praça da cidade com amigos de infância e tomar sorvete de maracujá.

CONTRA O ATRASO

Senadores próximos a Davi Alcolumbre fizeram uma votação informal e verificaram que Simone Tebet (MDB-MS) é a adversária mais forte pela presidência do Senado. Mas ela tem veto de senadores da velha política, até pelo seu papel decisiva na derrota do grupo de Renan Calheiros.

DEVAGAR, QUASE PARANDO

A última decisão de 2019 que envolvia um projeto de lei foi proferida pelo Senado no dia 11 de dezembro. O trabalho voltou apenas semana passada, após mais de dois meses sem analisar uma matéria sequer.

TRANSPARÊNCIA OPACA

A Petrobras tenta se afastar da corrupção e da falta de transparência, mas esconde informações sobre funcionários, por exemplo. Alega uma portaria assinada pelos petistas Guido Mantega e Celso Amorim.

RALO DESTAMPADO

Dos R$87,3 milhões gastos pelo governo federal em viagens de funcionários, R$45,7 milhões foram distribuídos a pretexto de "diárias". Em média, cada viagem custou R$1 mil ao contribuinte brasileiro.

FORÇA VEM DE FORA

As operações bilionárias de swap cambial para tentar conter a alta do dólar não parecem ter surtido efeito, mas a verdade é que o dólar subiu contra quase todas as moedas, mostrando que as razões são externas.

PENSANDO BEM...

...virou lei não escrita: desde 1º de janeiro de 2019, manifestações são consideradas ataques à democracia.
Herculano
28/02/2020 10:53
da série: esta pode ser a prova de quem não se trata de um movimento contra o Congresso, mas a forma espúria e bandida da maioria dos congressistas exercerem seus mandatos contra o cidadão e o futuro do Brasil.

EMPRESÁRIOS PEGAM CARONA EM ATAQUES DO BOLSONARISMO NO CONGRESSO

Homens de negócios pensam nos próprios cofres e tentam agradar o governo

Quando o governo decidiu lançar uma campanha para impulsionar o comércio no Sete de Setembro, alguns empresários pegaram carona na patriotada. Queriam aproveitar a propaganda oficial e, de quebra, ficar bem na fita com o Planalto. Agora, uma parte dessa turma enxerga uma nova oportunidade.

Investidores e donos de cadeias de varejo indicaram que pretendem colocar dinheiro na distribuição de mensagens contra o Congresso e na organização de protestos contra os parlamentares, a favor de Jair Bolsonaro. Muitos deles, é claro, estão pensando nos próprios cofres.

O chefe de uma rede de academias sugeriu bancar a divulgação de vídeos com ataques ao presidente da Câmara, um dos principais alvos das manifestações de 15 de março. A colunista Mônica Bergamo contou que Edgard Corona enviou a ideia a um grupo de empresários governistas.

As gravações não fazem uma convocação direta para os protestos, mas os homens de negócios parecem dispostos a pegar carona no mau humor com o Parlamento estimulado pelos bolsonaristas. O grupo quer, na verdade, travar a reforma tributária em discussão na Câmara.

Os empresários desse grupo defendem o corte de impostos sobre a folha de pagamentos e sua substituição por um tributo semelhante à CPMF - algo que Maia descarta. "Parte da elite empresarial quer que o povo pague a conta da redução do custo de contratação de mão de obra. É uma tese inacreditável. O povo paga a conta para desonerar a folha", respondeu Maia à coluna.

Em geral, donos do dinheiro gostam de agradar os donos do poder. O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, chegou a ver o financiamento de suas entidades ameaçadas pela faca de Paulo Guedes. Depois, encampou a criação do novo partido de Bolsonaro.

Outros movimentos são mais abertos. Um investidor, por exemplo, prometeu custear carros de som para os protestos contra o Congresso e o STF, conforme mostrou a jornalista Vera Magalhães. Negócios, negócios, democracia à parte.
Herculano
28/02/2020 10:53
QUEM FINANCIA OS ATAQUES AOS CONGRESSISTAS?

Quem financia os ataques aos congressistas perguntou O Antagonista em um dos títulos de suas notas?

A resposta é muito simples, contudo incompreensível a quem se beneficia disso tudo.

Em português claro, como me expressei no twitter @olhandoamare é o saco cheio dos eleitores pagadores de pesados impostos que não aguentam mais ver à esbornia que se transformou o Congresso caro, cheio de privilégios,chantagista e malandros.

O Congresso está há duas semanas parado, trabalhando apenas dois dias por semana e depois de 45 dias de recesso, diante 12 milhões de desempregados, 30 milhões na informalidade e diante de uma nova crise e reformas urgentes para ajustar as contas do Brasil
Herculano
28/02/2020 10:51
A INDIGNAÇÃO NÃO É CONTRA O CONGRESSO, MAS CONTRA OS CONGRESSISTAS

De J.R.Guzzo, no twitter:

A indignação popular que tenta se expressar em 15 de março não é contra o fato de existir um Congresso no Brasil. É contra o que os congressistas fazem ali dentro. O Parlamento tornou-se odioso para a maioria da população exclusivamente pelos atos cometidos por seus membros.
Herculano
28/02/2020 10:51
UMA VERDADE INCONVENIENTE

De deputado federal fluminense, Otoni Moura de Paulo Júnior, PSC, no twitter:

MUNDO REAL
Se a imprensa fosse tão voraz nos governos do PT como é no governo @jairbolsonaro , eles não teriam quebrado o país. Cabral e sua quadrilha acabaram com o Rio de Janeiro e eu lhe pergunto: a imprensa investigativa estava onde? Se banqueteando com o dinheiro do esquema.
Herculano
28/02/2020 10:50
COMO OS POLÍTICOS GASTAM OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS

De Rubinho Nunes, do MBL no twitter:

A Justiça autorizou Lula a levar 4 assessores em seu passeio pela Europa - os mesmos que consegui cortar quando o bandido foi preso.

Além de pagar salário de R$20.000,00, gastos em cartão, motorista, diárias e viagem, ainda pagamos assessoria para Lula falar mal do Brasil.
Herculano
28/02/2020 10:49
O QUE ACONTECE AGORA QUE O BRASIL TEM SEU PRIMEIRO CASO DE CORONAVÍRUS?, por Drauzio Varella, médico cancerologista, no jornal Folha de S. Paulo.

A considerar a experiência internacional, o vírus infectará grande número de brasileiros antes de desaparecer do mapa

?Esse coronavírus tem duas características: disseminação rápida e letalidade baixa.

Detectado pela primeira vez na China, em dezembro, em menos de três meses infectou cerca de 80 mil pessoas e causou mais de 2.600 mortes naquele país. Em poucas semanas, o vírus viajou para o Japão, Coreia do Sul, Singapura, Filipinas, Vietnã, Tailândia e outros países asiáticos.

No Japão, as autoridades protagonizaram um episódio digno das epidemias de peste negra, na Idade Média: os passageiros de um transatlântico foram impedidos de desembarcar. Como consequência dessa quarentena insólita, 20% deles adquiriram o vírus. Na segunda-feira de Carnaval, o Japão contava 850 pessoas afetadas pela doença, das quais 691 infectadas no navio.

Como nas epidemias de gripe suína e de outros coronavírus (como Sars e Mers), a ofensiva do covid-19 em território chinês dá sinais de arrefecimento. Há um mês, ocorriam 2.000 casos novos por dia; na segunda-feira passada, foram 508. O número de novos diagnósticos diários já é mais baixo do que a somatória dos que ocorrem fora da China.

Na mesma data, já havia quase mil casos na Coreia do Sul e pelo menos 12 mortes no Irã. As informações oficiais de que existiriam somente 61 iranianos infectados coloca os números do país sob suspeição. Como acreditar neles, se na Coreia do Sul ocorreram apenas sete mortes?

Neste momento, as autoridades internacionais consideram o Irã o segundo foco de disseminação, atrás apenas da China. Os casos diagnosticados no Afeganistão, Kuait, Iraque, Omã, Líbano e Emirados Árabes tiveram origem iraniana.

Nada se compara, no entanto, à insegurança que se espalhou pelo mundo - e pelas bolsas de valores - com a notícia de que no último fim de semana o número de casos na Itália quadruplicou, em dez cidades nas proximidades de Milão e Veneza, a partir das quais o vírus se espalharia para outras regiões e para países vizinhos.

E nós, agora que surgiu o primeiro brasileiro infectado?

O período de incubação de três a 14 dias e a possibilidade de transmissão na ausência ou na presença de sintomas mínimos dificultam o controle sanitário. Não será possível nem desejável isolar o país. Estudo publicado pela London School of Hygiene and Tropical Medicine calculou que em cada cem viajantes infectados, 46 podem passar despercebidos pelos aeroportos de saída e de entrada.

Embora já haja estudos com vacinas, não há evidências de que chegarão a tempo de imunizar todos. Da mesma forma, a indústria farmacêutica não conseguirá concluir os testes com novos medicamentos em tempo hábil para proteger os mais velhos.

A taxa de letalidade do covid-19 é baixa, porém desigual. Na China, a mortalidade dos doentes com menos de 40 anos foi de 0,2%, contra 14,8% naqueles com mais de 80 anos.

A considerar a experiência internacional, o vírus infectará grande número de brasileiros antes de desaparecer do mapa. Quase todos desenvolverão quadros respiratórios semelhantes aos do resfriado comum. Alguns, entretanto, com o sistema imunológico debilitado pela idade avançada, por doenças crônicas ou com os pulmões afetados pelo maldito cigarro, terão quadros respiratórios mais agudos, que exigirão encaminhamento para unidades hospitalares que disponham de aparelhos de ventilação mecânica.

A infraestrutura do SUS será suficiente para atender a todos? Vai depender do número de doentes graves. Se forem milhares é provável que não, razão pela qual todos os esforços da sociedade e das secretarias de saúde devem estar concentrados na prevenção. Até agora, pelo menos, as medidas adotadas pelo Ministério da Saúde têm sido irrepreensíveis.

Além dos cuidados óbvios, como lavar as mãos, não tossir nem espirrar na cara dos outros e usar máscara ao cuidar de um familiar doente, é preciso não perder a racionalidade. Correr para o pronto-socorro ao primeiro sinal de tosse ou febre é o pior a fazer.

As epidemias de gripe têm demostrado que as aglomerações nas salas de espera das unidades de pronto atendimento são o lugar ideal para quem gosta de ficar gripado. Só devem procurar os hospitais aqueles que sentirem falta de ar e aumento da frequência respiratória. Na quase totalidade dos casos, os resfriados causados pelo coronavírus atual deverão ser tratados em casa, do jeito que nossas bisavós recomendavam: repouso e canja de galinha.
Herculano
28/02/2020 10:47
Renato

Pois é, como a política e os políticos enganam os eleitores e dizem por ai que não entendem a revolta do povo com eles.

Se esta informação sua se concretizar, ela mostra que o médico e vereador Silvio Cleffi, ainda no PSC, vai ser humilhado ao extremo por alçar voos solos longe da sua cria.

Silvio tirou a vaga que Kleber Edson Wan Dall, MDB, reservou à vereadora Franciele Daiane Back, e cujo partido PSDB, nem fazia parte da base do governo, para ele ser o presidente da Câmara, com ajuda da tal oposição, então liderada pelo Roberto Procópio de Souza, PDT, e hoje dentro do governo Kleber, e um dos defensores mais ferrenhos de Kleber.

Aquela votação naquele dezembro de 2017 foi uma cena patética. Já relatei aqui várias vezes.

Agora, Silvio, cria política de Kleber, também um neopetencostal de mesmo templo, vai pagar os pecados para Kleber e para o presidente do PSDB na arrumação feita para Jorge Luiz Prucino Pereira, alçado a presidência dos tucanos e chefe de gabinete.

Silvio vai arrumar votos para tentar eleger Franciele que ficou no PSDB nanico. Ele vai ficar na rua da amargura com uma suplência que ele nunca vai assumir, pois foi assim que aconteceu com os vereadores do DEM que deram legenda para Franciele.

Seus votos também estão comprometidos. Como um vereador da base de Kleber cumpria um papel decorativo e para o voto caixão. Como oposição, teve voos solo, patrimônio que agora está totalmente comprometido com a volta ao reino de Kleber. Para os fiéis, os do governo ficaram as dúvidas. Para o novo eleitorado, também sobram dúvidas. Então...

E para encerrar a pantomima, Franciele que disse em tribuna, em redes sociais e principalmente em reservados, as piores coisas sobre a atitude do vereador Silvio, agora dirá que ele é um aliado confiável e respeitado? Não será preciso fazer cócegas para fazer qualquer um rir desta situação.

Mas, tudo até o momento são ilações. As respostas estarão no escrutínio das urnas em quatro de outubro. Acorda, Gaspar!
Renato
28/02/2020 09:18
Herculano,
Os boatos são grandes de que o vereador Silvio deve ir para o PSDB do chefe de gabinete do Kleber.

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