O QUE JÁ FOI MODELO NACIONAL AGORA É UM PROBLEMA. PARA ECONOMIZAR, O ABRIGO CASA LAR DE GASPAR PARA CRIANÇAS VULNERÁVEIS VAI FECHAR - Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

O QUE JÁ FOI MODELO NACIONAL AGORA É UM PROBLEMA. PARA ECONOMIZAR, O ABRIGO CASA LAR DE GASPAR PARA CRIANÇAS VULNERÁVEIS VAI FECHAR - Por Herculano Domício

12/07/2018

A CASA LAR VAI FECHAR I

A Casa Lar Sementes do Amanhã, de Gaspar, que atende crianças em vulnerabilidade de zero a doze anos e que já foi modelo nacional de abrigamento provisório, vai fechar. A gestão de Kleber Edson Wan Dall, MDB, vinha cozinhando o assunto e desgastando propositalmente o relacionamento com a administradora da Casa, a ONG Grupo de Apoio a Infância e Adolescência – Gaia. O local foi uma doação da Bunge, na Rua Olga Bohn, existe desde 2006 e hoje abriga apenas seis crianças: duas de Ilhota e quatro de Gaspar. Ela já acolheu 40 crianças. No início do governo Kleber, 17 estavam nela.

A CASA LAR VAI FECHAR II

Dois fatores foram importantes para o fechamento que se dará já no dia 25 de julho. A primeira é a “economia” que Kleber quer fazer nesta área e a pouca importância que ele deu para o assunto ao nomear o secretário de Assistência Social, Ernesto Hostin, cuja identificação com a área é nula, a não ser de ter sido seu ex-assessor parlamentar quando Kleber era vereador, ser evangélico e presidente do PSC. A segunda, está relacionada à política praticada do próprio Ministério Público que cuida do assunto e que no passado, já foi motivo de disputas que foram parar no noticiário nacional no caso da juíza Ana Paula Amaro da Silveira, defensora desse modelo. O abrigamento não é mais visto como solução e se tenta ao máximo, usar formas alternativas de inserção dessas crianças às próprias famílias.

CASA LAR VAI FECHAR III

Ofício do presidente do Gaia, Marcos Alexandro da Silva, enviado no dia seis de junho ao prefeito, mostra que Kleber agiu propositadamente para esvaziar a Casa Lar desde que ele assumiu a prefeitura. Há um ano e meio estão “dialogando” para “renovar” o convênio. Em fevereiro deste ano, uma minuta do contrato entre a prefeitura e o Gaia, assinada pelo Gaia, enviada à prefeitura, mesmo cobrada houve silêncio sobre o mesmo até agora. Foi aí que o Gaia resolveu pedir providências para substitui-lo depois de 12 anos de gestão. A Casa Lar Sementes do Amanhã se mantinha quase somente com doações da comunidade.

CASA LAR VAI FECHAR IV

A prefeitura se sentiu aliviada com a decisão do Gaia e teme a repercussão pública. Todos evitam tocar nesse assunto. É provável que as seis crianças sejam recoladas em lares acolhedores – ou o Lar das Meninas, que vai de 12 a 18 anos - com ajuda do Ministério Público e do juizado da Infância e Adolescência. Para um especialista contatado pela coluna, o abrigo é uma deformação daquilo que não funciona na Assistência Social. “Gasta-se demais nos abrigos e investe-se pouco nos atendimentos de baixa complexidade. A Assistência Social funciona na mesma lógica do SUS. O Posto de Saúde, seria o CRAS na Assistência Social. A Policlínica seria o CREAS e o Hospital os abrigos para crianças e adolescentes. Como o serviço público de base e média complexidade não funciona, os abrigos estão sempre cheios”. Mais um retrato das prioridades erráticas, falta de transparência e curiosos tocando às políticas públicas do atual governo. Acorda, Gaspar

 

TRAPICHE

 

Como são os políticos que estão no poder (em todos os níveis) e agora estão entre nós pedindo os nossos votos com promessas de que são a solução de um Brasil, Santa Catarina, Gaspar e Ilhota melhores.

Falta dinheiro para segurança, saúde pública, educação de qualidade, obras essenciais e de infraestrutura como a duplicação da BR 470, prometida há décadas e que acaba de sofrer novos cortes naquilo que já estava escasso e cortado. Incrível.

Esses mesmos políticos (com seus cabos prefeitos e vereadores) que fazem propaganda de migalhas que trazem, votaram montanhas para eles fazerem campanha política neste ano e se reelegerem numa oligarquia política sem fim: R$1,7 bilhão e que se somou ao fundo partidário de R$800 milhões anuais.

Essa dinheirama que falta a tudo e ao mínimo, saiu exatamente dessas obras que se arrastam, mas que prometem que se eleitos “novamente”, vão “arrumar” verbas para terminá-las, como as filas nos postos de saúde, dar mais creches, mais segurança... Você acredita?

Esses mesmos políticos, têm um orçamento no Congresso (Câmara, Senado e seus milhares de funcionários de todos os tipos) de R$10,5 bilhões por ano. Ou seja, eles gastam em torno de R$29 milhões por dia, ironia, quantia parecida que cortaram da BR 470 para o ano todo para atender outras situações.

Eles estão atrasando o desenvolvimento de uma região que dizem representar. Aumentaram os custos dos produtos daqui na competitividade estadual. Apostaram, de fato, no atraso e até mesmo na morte dos cidadãos.

Você acredita nesse mimimi da bancada parlamentar catarinense, em pleno ano de campanha eleitoral que está se “esforçando” para não cortar as escassas verbas daqui?

Você já olhou para as votações deles nos quatro anos contra as reformas que diminuiria o estado, cortaria os gastos e colocaria o orçamento sob controle para se garantir investimentos? Vamos até pagar os “gatos” de energia de estados do Norte.

Se os mesmos deputados e senadores continuarem lá, os gastos só aumentarão e às disponibilidades de verbas para obras, educação, saúde e segurança diminuirão. Eles disfarçam com as emendas que trazem para fazer campanha, discurso e fotos com papelinhos.

E tem gente na imprensa que serve a este papel que beira ao crime, inclusive o de fazer um suposto ranking de quem mais trouxe migalha para Gaspar e Ilhota. Vergonhoso. Indecoroso.

Essa é a prática desses políticos em nosso nome. Não é discurso anti-reeleição. Como podem mudar se continuarão lá com a mesma disposição de gastar para si, aumentar impostos, criar privilégios, tudo com os nossos votos e dinheiro?

Só para lembrar: Santa Catarina é o sétimo estado que mais recolhe tributos federais. Entretanto, no retorno, Brasília o trata como um marginal: é o quarto que menos recebe de volta entre todos os 26.

De cada R$ 100 em impostos federais recolhidos em Santa Catarina em 2017, o retorno foi de apenas R$ 18,64, conforme estudo da própria Receita Federal. Criminoso.

Isso se deve à nossa fraca representação parlamentar (16 deputados e três senadores) e das lideranças em todos os setores. É preciso mudar. Por omissão, alguém está levando o que é dos catarinenses.

Até o presidente da Federação Catarinense dos Municípios e prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, MDB, ex-PT, não aguentou com o que ele chamou de irresponsabilidade dos deputados e senadores contra os municípios. “Ficou atônito”.

Numa votação simbólica no Congresso (pois os parlamentares estão fazendo campanha e caçando votos ao invés de trabalhar) aumentou-se o piso dos agentes de Saúde que vai complicar em quase R$200 milhões as já combalidas contas dos municípios. 

É? Mas, Morastoni está no mesmo balaio para reeleger os mesmos que se omitiram nesta e outras votações contra os municípios e que dependem cada vez mais de migalhas desses políticos.

 

 Edição 1859

Comentários

Herculano
15/07/2018 08:39
A CADEIA DE LULA VIROU SEU MELHOR PALANQUE, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Lula não pode dar entrevistas, mas sua voz estará na campanha como a do aiatolá Khomeini nos anos 70

A juíza da Vara de Execuções Penais de Curitiba decidiu que Lula não pode receber jornalistas. Ela informou também que ele está em "situação de inelegibilidade". Seja lá o que for o que isso signifique, a essência da decisão faz sentido. O que lhe falta é eficácia.

No início dos anos 70, quando começaram a aparecer cassetes com os áudios de sermões do aiatolá Khomeini, o Xá do Irã mal ligou. Afinal, ele era um islamita radical exilado na Turquia, Iraque e França. A liderança religiosa desprezava-o, e os poderes do mundo acreditavam que era apenas um excêntrico. O sujeito de barbas brancas tomou o poder e criou uma ditadura muito mais intolerante e repressiva. A ilusão foi favorecida pelo romantismo da voz do ausente. Isso aconteceu no tempo em que não havia internet.

Lula é um "apenado" na carceragem da Federal de Curitiba, e proibindo-o de dar entrevistas cumpre-se a lei, mas não se impede que ele seja ouvido. Mais: limita-se a sua capacidade de dizer tolices, como a louvação dos pneus queimados ou as ocupações de propriedades, cometidas na sua última fala.

A decisão judicial não tem eficácia porque Lula recebe advogados e eles podem gravar o que ele lhes diz, com direito a divulgar o áudio. Por ser um preso, ele não pode montar palanques na cadeia. Por ser um cidadão, pode falar.

Em situações malucas, até os doidos acabam mostrando que são sábios. No século passado, quando o frenesi anticomunista tomou conta dos Estados Unidos, o compositor Woodie Guthrie acabou num hospício, seus amigos preocuparam-se e ele acalmou-os:

"Eu é que estou preocupado com vocês. Lá fora, se você diz que é comunista, vai para a cadeia. Aqui, eu digo que sou comunista e eles dizem que sou maluco."

DE JOY@AUAU PARA JUÍZES@BR

Caros senhores,

Vossas Excelências haverão de estranhar que vos escreva. Sou um cachorro tipo spaniel e vivo no prédio do ministro Teori Zavascki. Ouço suas conversas e, há dias, comentando a balbúrdia do Judiciário brasileiro, ele disse: "Vejam o Joy. Há momentos em que você deve fazer como ele naquela madrugada de 17 de julho de 1918."

Na terça-feira completam-se cem anos daquelas horas de horror. Eu era o cachorro do czarevich russo Alexei e estava com a família Romanov confinado numa casa de Iekaterinburgo. Vivíamos em palácios, mas uma gente malvada arrastou-nos pela Rússia afora. Éramos três quadrúpedes, mais o czar Nicolau (um bípede bobo), sua mulher Alexandra (meio doida), quatro meninas e meu dono, um doce garoto de 13 anos. No meio da madrugada, os comunistas acordaram a família e levaram-na para uma sala do porão. Seguiu-se uma barulheira que acordou a vizinhança, e os meus colegas começaram a latir. Os malvados tinham massacrado a família Romanov e decidiram matar os cachorros barulhentos.

Eu já estava velho e cego. Fiquei quieto na porta do meu dono e fui deixado em paz. No dia seguinte, um guarda tomou conta de mim. Os malvados foram momentaneamente expulsos da cidade. Sem comida nem dono, eu me arrastava pelo jardim, até que cheirei a perna de um coronel da tropa inglesa e ele protegeu-me.

Meses depois eu estava na Inglaterra com meu novo dono. Vejam como são as coisas. Os Romanov achavam que seriam mandados para Londres, mas o rei George 5º, primo de Nicolau, quebrou sua promessa e não os acolheu. (Sua família comprou joias dos russos, mas assim são os bípedes.) Ao final, o único a ser protegido pela Inglaterra fui eu, o cão que ficou calado naquela madrugada. Fui enterrado nas proximidades do castelo de Windsor, onde casou-se o príncipe William e outro dia passou Donald Trump.

Como diz o doutor Teori. Há horas em que se deve ficar calado.

MEIRELLES

Travada nas pesquisas e pelos números da economia, a candidatura de Henrique Meirelles pelo MDB subiu no telhado.

Se ele decidir continuar lá, muitos caciques do partido cuidarão da própria vida.

LULA E JOSUÉ

Como ficarão as coisas se Lula achar que seu apoio deve ir para o empresário Josué Alencar, filho de seu vice-presidente?

É uma manobra difícil, mas há gente trabalhando na terraplenagem.

COROA

Parece coisa de antigamente, mas um observador venenoso acha que aquele cabelo de Neymar nos dois primeiros jogos da Copa, com a uma faixa superior dourada, era um projeto de coroa capilar.

A CONTA

Milhões de pessoas acharam que Dilma Rousseff deveria ser posta para fora do Planalto e tinham bons motivos para isso.

No ano passado, muitos cariocas votaram para impedir a eleição de Marcelo Freixo. Novamente, tinham seus motivos.

Nos dois casos exerceram-se os vetos sabendo-se que eles colocariam Michel Temer no Planalto e Marcelo Crivella na prefeitura.

Como ensinou o sábio Marco Maciel, as consequências vêm depois.

O CLAMOR VENCEU

Está chegando às livrarias "Solidariedade Não Tem Fronteiras - a história do grupo Clamor, que acolheu refugiados das ditaduras sul-americanas e denunciou os crimes do Plano Condor". Nele, a jornalista inglesa Jan Rocha conta a história de um grupo de pessoas que se organizou em 1978 para proteger fugitivos das ditaduras militares da Argentina, Uruguai e Chile.

O Clamor começou com Jan Rocha e outras duas pessoas. Ela era correspondente da BBC e seu livro mostra que quando tudo parece perdido, a ação de umas poucas pessoas escreve uma história de valor e vitória. Elas foram ajudadas pela valentia dos cardeais D. Paulo Evaristo Arns (São Paulo) e D. Eugenio Salles (Rio), mais o apoio do Alto Comissariado da ONU para Refugiados. Pode-se estimar que ampararam mais de 5.000 fugitivos.

O grupo Clamor, de São Paulo, também denunciava os campos de concentração da Argentina. Numa história emocionante, "Maria" achou, no Chile, as crianças Anatole e Vicky, deixadas numa rua de Valparaíso pela máquina de assassinos que matara seus pais em Buenos Aires. Os fugitivos escondiam-se no Brasil usando codinomes, mas hoje pode-se contar que "Maria" é a psicóloga Mariela Salaberry e vive em Montevidéu.

Trata-se de um livro barra pesada quando narra o que acontecia na Argentina e no Uruguai. Da sua leitura emerge uma peculiaridade da ditadura brasileira à época. O governo e o Itamaraty toleravam a ação da ONU e dos cardeais, enquanto o Centro de Informações do Exército e o Dops gaúcho colaboravam com os generais sequestrando fugitivos que mais tarde seriam executados.

CADÊ?

Durante a greve de caminhoneiros e o locaute de companhias de transportes, a Polícia Federal e o Cade abriram uma investigação para apurar a ação de empresários na articulação do caos.

O ministro da Segurança, Raul Jungmann, informou que existiam 35 inquéritos em 25 estados, e um empresário foi preso em Caxias do Sul.

Passou-se um mês e nada se sabe dos inquéritos.
Herculano
15/07/2018 08:28
PENSANDO BEM

Se em 100 dias de prisão Lula custou aos brasileiros R$1 milhão, posto na balança, isto é muito menos e melhor do que ele solto liderando um bando que nos rouba bilhões por dia como prova a Lava Jato
Herculano
15/07/2018 08:26
PRISÃO DE 100 DIAS DE LULA JÁ CUSTA R$ 1 MILHÃO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou neste domingo nos jornais brasileiros

A prisão especial de Lula, gentilmente decidida pelo juiz federal Sérgio Morto, completa 100 dias neste domingo e já custou R$1 milhão aos cofres públicos. Condenado a 12 anos e 1 mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em vez de cumprir a pena em penitenciária comum do Paraná, onde foi condenado, ou de São Paulo, onde morava, Lula tem na carceragem da PF "sala" e banheiro individual e banho quente, além de TV, ao custo diário de R$10 mil.

SEGURANÇA EM XEQUE
Comparada a presídios comuns, a prisão é precária. E atrai adoradores e malucos variados, que põem em risco a segurança do próprio Lula.

TODOS GANHAM
Se fosse enviado para presídio de São Paulo, Lula ficaria mais perto da família, custaria R$ 1,4 mil/ mês e o bolso do contribuinte agradeceria.

ERÁRIO AINDA SOFRE
Em média, cada preso no Brasil gera um custo mensal de R$ 2,5 mil. Um dia da prisão especial de Lula equivale a 4 meses do gasto normal.

PAGAMENTO POR HORA
No Amazonas, onde o custo está entre os mais altos, o gasto por preso é pouco mais de R$ 4 mil por mês, ou cerca de 10h de prisão de Lula.

ALCKMIN APOSTA QUE BOLSONARO VAI 'DESIDRATAR'
O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), deu uma boa notícia ao PSDB, nesta sexta (13), anunciando o apoio iminente à candidatura presidencial de Geraldo Alckmin. Tanto o ex-governador quanto Freire acreditam na "desidratação" do líder nas pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL), que soma apenas 44 segundos de tempo na TV, e na consolidação da alternativa do "centro democrático" representado por Alckmin, que espera somar tempo vinte vezes maior no horário gratuito.

INSEGURANÇA POLÍTICA
Roberto Freire alerta para decisões que geram insegurança jurídica, inclusive no STF, irritando o eleitor e o empurrando para Bolsonaro.

META: DEZ MINUTOS
Alckmin espera somar tempo de TV de outros partidos ao do PSDB para chegar a dez minutos diários. Para ele, mais que suficientes.

EMPATE TÉCNICO
O ex-governador perde para Bolsonaro em todas as pesquisas, inclusive em São Paulo, onde se vê "tecnicamente empatado".

CANDIDATOS NANICOS
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é um candidato a presidente com as mesmas dimensões eleitorais de um certo Boulos, espécie de puxadinho do PT: variam de traço a 0,8% nas pesquisas. Quase nada.

PERDERAM O PUDOR
Dois deputados do Paraná engavetaram o pudor: João Arruda (MDB), relator da Lei das Licitações, fez alterações que beneficiam empresas de seguros do sogro milionário. Já Luiz Nishimori (PR), do ramo de defensivos agrícolas, é o relator de projeto que beneficia seu setor.

REFORÇO DOS CÉUS
O PRB corre para o abraço com Geraldo Alckmin, após a desistência de Flávio Rocha, que se credencia a ser vice. Ficou clara a opção na nota em que o partido apela para a união das "forças de centro".

IBANEIS SERÁ VICE
O ex-presidente da OAB/DF Ibaneis Rocha será o vice de Jofran Frejat na disputa pelo governo do local. Na negociação, o deputado Rogério Rosso (PSD) disputará a segunda vaga para o Senado.

TÁ FEIA A COISA
A rejeição do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) atingiu 73,6%, segundo o Paraná Pesquisas. O dado curioso é que só metade dos 21,8% que aprovam o governador pretendem votar nele em outubro.

SONHO LULISTA
Tudo que Lula queria era ser Henrique Alves. Ao contrário do petista, ele teve o habeas corpus decretado e está livre, além de não ter sido condenado em segunda instância. Portanto, pode até ser candidato.

PINDAÍBA BRASIL
Dados oficiais do governo federal estimam o total das despesas para 2018 acima dos R$ 3,4 trilhões, mas o rombo preocupa. Passamos da metade do ano e os pagamentos estão em apenas 40% do previsto.

CÂMARA CONTRA 'FAKE NEWS'
O presidente do TSE, Luiz Fux, e o promotor Frederico Ceroy estarão na audiência pública de terça (19), na Câmara, sobre combate a "fake news", a convite do procurador parlamentar Hildo Rocha (MDB-MA).

PENSANDO BEM...
...Croácia neles!
Herculano
15/07/2018 08:19
O INFERNO ESTÁ CHEIO DE BOAS INTENÇõES, por Marcos Lisboa, economista, Presidente do Insper, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, para o jornal Folha de S. Paulo

Velho oportunismo à brasileira, distrato prejudicará os compradores de novos imóveis

As notícias de Brasília indicam descontrole na concessão de privilégios para grupos organizados, cada um procurando garantir o seu butim.

Mas essa é apenas parte da história. Não se deve desprezar a combinação explosiva entre populismo e incompetência técnica, como mostrou a discussão sobre o distrato na compra de novos imóveis.

A confusão vem de longa data. Compradores podem não mais querer possuir um imóvel adquirido na planta. Nesse caso, devem vendê-lo no mercado.

Com a crise econômica, porém, alguns descobriram que o preço dos imóveis caíra e passaram a demandar devolvê-los ao vendedor e receber o que haviam pago, mesmo que tivessem sido adquiridos anos antes e estivessem quase concluídos.

Trata-se do velho oportunismo à brasileira. Quando os preços dos imóveis subiam, como nos anos 2000, seus compradores podiam vendê-los por preço maior do que haviam pago, embolsando a diferença.

Agora, como o preço caiu, nada como empurrar o prejuízo para o incorporador. A isso chamou-se distrato, que foi referendado pelo Judiciário e representou 44% das vendas em 2017 (sem o Minha Casa, Minha Vida), segundo dados da Abrainc. Nada semelhante existe numa dezena de países analisados, desenvolvidos ou emergentes.

Analogias ajudam a entender o disparate: e se você tivesse contratado uma empresa para construir a sua casa e desistisse quando ela estivesse quase pronta? O construtor deveria devolver o que recebeu e gastou? E se fosse uma ação judicial de muitos anos à beira de ser julgada? Pode-se desistir, dispensar o advogado e receber de volta os honorários já pagos?

Qualquer que seja a razão do comprador de não mais querer o imóvel, o incorporador nada tem a ver com isso. O comprador deve vender o imóvel, com os riscos e benefícios associados a qualquer investimento.

Além disso, muitos empreendimentos são iniciados apenas porque um número mínimo de unidades foi vendido previamente. Com o distrato, a garantia da venda inicial deixa de existir, inviabilizando muitos empreendimentos.

Nada como o populismo incompetente, mesmo que bem-intencionado.

O distrato prejudicará os compradores de novos imóveis; afinal ele implica maior risco e custo para o financiamento das construções, reduzindo a oferta e aumentando o seu preço.

Resta a surpresa com a precariedade técnica das discussões. Não estudaram como os demais países lidam com esse tema? Não analisaram as consequências do distrato? Não estudaram as opções de políticas públicas para proteger as famílias mais pobres?

Muitos se dizem surpresos com o pouco crédito, os juros elevados e a escassez de imóveis no Brasil. Não deveriam. Há muita incompetência por trás dos nossos problemas.
Herculano
15/07/2018 08:06
LOUCADEMIA DE POLÍTICA, por Carlos Brickmann

Quem já escolheu seu candidato à Presidência talvez tenha de mudar de ideia: candidatos fortes, de partidos fortes, com verba forte, não chegam lá. Lula, por pertencer ao bloco dos fichas sujas; Alckmin, por pertencer ao bloco dos sem votos. Eleitores ocultos, mas conhecidíssimos, terão papel importante na eleição, em troca de um papel importante no Governo se o seu candidato vencer (fora outro tipo de papel, cujo valor não depende do resultado). Não pense que as alianças têm lógica, exceto aquela que a gente imagina. Um dos eleitores ocultos, Valdemar Costa Neto, do PR, oscila entre Bolsonaro e o candidato de Lula. Valdemar Costa Neto dispõe de valioso trunfo: Josué Gomes da Silva, filho do vice de Lula, José Alencar, e dono da Coteminas. Ele tem condições de pagar o custo de sua campanha.

Alckmin, ex-governador de São Paulo, esperava aliados como o DEM, o PSB, PP, SD, PRB, até mesmo o MDB. Mas a má posição nas pesquisas o enfraquece. O MDB prefere até Meirelles, que também vai mal nos índices, mas pode pagar a própria campanha, deixando que a verba eleitoral se destine aos demais candidatos. A situação muda se Alckmin for trocado por Doria. O PMDB não faz questão de ter o presidente, basta estar no Governo. É sábio: quem ajuda a ganhar eleição escolhe o lugar primeiro.

Tirando o MDB, os possíveis aliados de Alckmin podem apoiar Ciro. Enfim, seja qual for o vitorioso, não se sabe que tipo de política irá fazer.

DUPLA PERSONALIDADE

Um caso curioso é o do PSD, de Gilberto Kassab. Kassab é ministro de Temer. Seria normal apoiar o candidato do Governo, Meirelles, ao menos por enquanto. Mas Kassab fez acordo com Alckmin. E seu braço direito, Guilherme Afif, diz que também é candidato.

Normal: Afif era vice de Alckmin, um dos líderes da oposição a Dilma, e ministro da própria Dilma.

A LEI...

Pela Lei da Ficha Limpa, Lula não pode ser candidato, mesmo que seja libertado: foi condenado em segunda instância. Mas no Brasil nunca se sabe. Até já tiraram um mandato de presidente sem mexer em seus direitos políticos. De repente? é difícil, mas aqui nenhum absurdo é impossível. O PT iniciou há dias um movimento para registrar a candidatura de Lula, com atos espalhados pelo país. A campanha vai até 15 de agosto, quando o PT tentará registrá-lo. Caso a tentativa fracasse, haverá o Plano B.

.. ORA A LEI

Mas o próprio Lula parece convencido de que não irá disputar. Vetou o apoio do PT a Ciro Gomes (que foi seu ministro e se propunha a fazer um Governo de esquerda, seja lá o que isso for), e deixou de sobreaviso dois fiéis entre os fiéis, Jaques Wagner, ex-governador da Bahia, e Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, para se candidatarem caso seja preciso.

Ao mesmo tempo, Wagner conversa com Josué Gomes da Silva em busca do apoio do PR. Josué parece interessado em ser vice: até já mudou o nome para "Josué Alencar", para relembrar seu pai, que foi vice de Lula. E não se imagine que Wagner converse sem o aval de Lula: isso não ocorreria. Já outra informação ainda não foi confirmada: a de que Lula poderia aceitar Josué como candidato à Presidência, dando-lhe formalmente seu apoio.

GLEISI!!!

A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffman, protestou contra a decisão judicial de proibir Lula de dar entrevistas. Disse que Fernandinho Beira-Mar e Marcinho VP foram autorizados a dar entrevistas, enquanto Lula foi proibido.

Este colunista entende o que Gleisi quis dizer, mas acha que, por mau entendimento ou maldade, muita gente talvez interprete a sua frase como se ela estivesse fazendo comparações entre os três personagens.

O PRIMEIRO A DESISTIR

Flávio Rocha, proprietário da Guararapes e das Lojas Riachuelo, tentou conseguir espaço para se candidatar. Seu projeto-base é atraente: pessoas físicas deixariam de declarar o imposto de renda, que seria cobrado a cada vez que depositassem ou retirassem dinheiro do banco. A sonegação estaria liquidada, e até os donos de dinheiro ilegal pagariam tributo. Já desistiu.

Paulo Rabello de Castro também não despertou as atenções, mas ainda é candidato pelo PSC. E há um candidato totalmente novo nessa campanha: João Amoedo, do Partido Novo. A grande novidade é que pretende reduzir o tamanho do Governo, limitando suas tarefas ao que for essencial.

A OAB E A ÉTICA

A Comissão Especial de Direito Penal Econômico da OAB/SP, que tem, entre outras, a missão de elaborar uma cartilha de recomendações sobre Advocacia e Lavagem de Dinheiro, acaba de reforçar sua equipe: nomeou para integrá-la a advogada Lilia Frankenthal, especialista em Direito Penal Econômico e Direito Empresarial. As recomendações da OAB/SP deverão englobar as diversas áreas do Direito e seu papel no combate à corrupção.
Herculano
15/07/2018 07:59
100 DIAS DE LULA PRESO

Conteúdo do BR18. Reportagem do Estadão deste domingo, 15, faz balanço dos 100 dias atrás das grades do ex-presidente Lula, completos nesta segunda-feira. Preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, o petista transformou sua cela em uma espécie de "comitê eleitoral", onde comanda as movimentações do partido via recados de aliados.

Ao todo, Lula esteve com 16 pessoas em 11 datas diferentes. A convidada favorita é a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, responsável por levar a palavra do petista para os correlegionários.
Herculano
15/07/2018 07:53
AS CHANCES DE BOLSONARO NA CORRIDA PRESIDENCIAL, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Entre eleitorado cativo e espaço limitado, deputado pode chegar ao 2º turno

A um mês do início oficial da campanha presidencial, as pesquisas mostram o seguinte cenário para Jair Bolsonaro (PSL):

1) Seu eleitorado parece consolidado; 2) Embora tenha espaço para crescer, o campo é relativamente estreito; 3) Ainda assim, o núcleo que construiu até agora pode levá-lo ao segundo turno.

O deputado conquistou uma fatia razoável de eleitores nos grupos mais ricos e escolarizados. Nesses segmentos, ele aparece estável nas pesquisas há quase um ano, mas cresceu o número de pessoas que citam espontaneamente seu nome - antes de ver uma lista de candidatos.

Os dados sugerem que Bolsonaro tem um eleitorado cativo, disposto a carregar seu nome durante uma campanha em que outros candidatos terão estrutura partidária forte e mais projeção do que o deputado.

Para o militar reformado, pode ser mais importante sobreviver aos ataques dos rivais e sustentar seu patamar de votos de 20% do que investir na conquista de novos territórios.

Embora enfrente rivais impopulares, a taxa de rejeição de Bolsonaro não é exatamente baixa. Um terço dos brasileiros não votaria no presidenciável do PSL de jeito nenhum.

Sua rejeição é mais alta exatamente nos segmentos que mais o conhecem e mais o apoiam: ricos e escolarizados. Entre os mais pobres, os números indicam que Bolsonaro ainda teria um eleitorado inexplorado. Não será fácil, porém, atrair esse grupo.

A postura antipetista também limita seus movimentos, embora tenha rendido votos até aqui. O eleitorado de baixa renda e indeciso é composto por uma boa fatia de órfãos do ex-presidente Lula. Nas simulações de segundo turno, esse eleitorado se aglomera contra Bolsonaro: no eleitorado mais pobre, ele não passa de 30% das intenções de voto.

Bolsonaro larga de uma posição relativamente confortável. O caminho pela frente é acidentado e ele só tem um fusquinha para atravessar o circuito, mas o combustível acumulado pode ser suficiente para mantê-lo vivo entre os adversários.
Herculano
14/07/2018 19:19
da série: a enganação de sempre para criar privilégios

BOLSONARO EXPLICA AUSÊNCIA EM VOTAÇÃO DA LDO

Conteúdo de O Antagonista. Jair Bolsonaro, em entrevista ao Estadão, disse por que faltou esta semana à sessão do Congresso que votou a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

"Meu voto não ia fazer nenhuma falta lá. Nenhum deputado ia se indispor com milhões de servidores."

Bolsonaro disse também que precisava se preparar para a viagem de campanha que faria ao Pará e que não queria ficar marcado por ter votado contra os servidores.

"Quem votasse dessa forma [mantendo a proibição a reajustes] ia ficar com essa marca na testa."

Volto: ou seja,Bolsonaro como qualquer político brasileiro irresponsável disse que não é bobo tanto que se elege há 27 anos.Dos eleitores ele só quer votos para ter acesso a privilégios e criar outros pa a casta de servidores todos pagos com os pesados impostos dos cidadãos,inclusive os desempregados.

Herculano
14/07/2018 19:13
"LAURITA VAZ BRILHOU NOS AUTOS"

Conteúdo de O Antagonista.Em sua coluna no Globo, Míriam Leitão fala sobre as mulheres nos principais postos do Judiciário brasileiro.

Leia um trecho:

"Esta semana, uma delas, Laurita Vaz, brilhou nos autos (...).

A situação foi pacificada durante a semana graças à atuação de várias dessas mulheres do Judiciário, principalmente de Laurita Vaz. Na sexta-feira, neste jornal, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, escreveu que o país tem assistido 'perplexo' a cenas de 'contradições entre decisões judiciais'. Ela explica que o 'contraditório dá-se entre as partes'. E lembra um ponto central da nossa insegurança jurídica do momento. 'Juiz que toma partido, juiz já não é' (...).

Contudo, as mulheres que estão nos postos de comando têm currículo e chegaram ao topo após fazerem uma carreira e não através de um pulo pela janela partidária. Isso é que unifica as trajetórias de Cármen Lúcia no Supremo Tribunal Federal, Laurita Vaz no Superior Tribunal de Justiça, Raquel Dodge na Procuradoria-Geral da República, Grace Mendonça na Advocacia-Geral da União, e Rosa Weber que assumirá em um mês o Tribunal Superior Eleitoral na mais difícil das eleições presidenciais que o Brasil já teve desde a redemocratização".
Herculano
14/07/2018 09:09
OS PERIGOS DE UM PLANTÃO, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Carteirada do desembargador Rogério Favreto demonstrou como o mero exercício do plantão judiciário pode ser prejudicial à própria Justiça

O desembargador Rogério Favreto, usurpando uma competência que não lhe cabia, aproveitou seu período de plantonista do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) para expedir um absurdo alvará de soltura para o sr. Lula da Silva. Demonstrou como o mero exercício do plantão judiciário pode ser prejudicial à própria Justiça, negando as garantias que deveria garantir. Felizmente, a carteirada do desembargador plantonista, que contrariava decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e da 8.ª Turma do TRF-4, foi devidamente atalhada antes que pudesse produzir maiores estragos.

Os três deputados impetrantes do pedido de habeas corpus em favor do ex-presidente petista não são, no entanto, os únicos interessados em abusar do plantão judiciário. É conhecida a manobra de tentar se valer do recesso da Justiça para, burlando o princípio do juiz natural, obter uma decisão que, pelas vias regulares, seria negada. Tal perigo parece rondar, por exemplo, a ação rescisória relativa ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), que pode custar bilhões de reais aos cofres da União. Criado para repassar recursos federais à educação estadual e municipal, em respeito à responsabilidade econômica supletiva da União, o fundo sofreu um desvirtuamento na Justiça, que o transformou numa fonte de renda regular para Estados e municípios.

Em setembro de 2017, o desembargador Fábio Prieto, do Tribunal Regional da 3.ª Região (TRF-3), suspendeu liminarmente todas as ações de execução que centenas de prefeituras moviam contra a União relativas ao Fundef. Diante da suspeita de existência de erros processuais graves nas ações civis públicas que deram origem a essas execuções, o desembargador entendeu que, antes de exigir que a União repasse esses valores ?" estimados em R$ 20 bilhões, mas que podem chegar a um montante final de R$ 140 bilhões ?", cabia averiguar se tais ações estavam em conformidade com o bom Direito.

A decisão do desembargador Prieto contrariou os interesses de muitos prefeitos e de muitos escritórios de advocacia, que ganhariam cifras milionárias com as causas. Assim, há tentativas para que a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, responsável no período de recesso pelas decisões de urgência da Suprema Corte, interfira no caso para suspender a liminar. De fato, a ministra Cármen Lúcia, no ofício ao TRF-3 em que requisitou informações sobre a ação rescisória do Fundef, mencionou a existência de vários pedidos para que a presidência do Supremo reverta a decisão do desembargador Prieto.

Não se vislumbra motivo para uma decisão de urgência, no período de recesso da Justiça, na ação do Fundef. No caso, a tarefa do Judiciário, respeitando o princípio do juiz natural, é justamente avaliar, com profundo rigor técnico ?" pois estão em jogo vultosos recursos do contribuinte ?", se as ações civis públicas cumpriram ou não os requisitos legais.

Como lembrou o desembargador Prieto na decisão, o Ministério Público Federal (MPF) não respeitou a regra da competência ao ajuizar essas ações civis públicas, cujo juízo é sempre o do local do dano. Por exemplo, o MPF de São Paulo não demonstrou sequer o dano sofrido pelo Estado de São Paulo, simplesmente afirmando que a correta fixação do valor mínimo anual seria do interesse de todos os cidadãos. "No Estado Democrático de Direito, o interesse 'de todos os cidadãos deste país' não está sujeito às projeções de integrantes do Ministério Público ou do Poder Judiciário, para a fixação de competência funcional", esclareceu o desembargador.

Depois de um longo percurso do caso na Justiça, a atual ação rescisória pode ser o instrumento adequado para corrigir o erro de competência cometido na propositura das ações civis públicas. Só faltava que um novo erro de competência ?" eventual decisão do plantão judiciário do STF, sendo que o caso não requer, no momento, nenhuma medida de urgência ?" tornasse inútil todo o esforço para retificar o imenso equívoco de toda a história do Fundef na Justiça.
Herculano
14/07/2018 09:05
A "EXPERIÊNCIA SOCIALISTA" DO PCO EM UM HOTEL CINCO ESTRELAS

Conteúdo do BR18. Texto de José Fucs. O comunismo fica muito mais gostoso com o PCO. O partido, famoso pelo refrão "quem bate cartão, não vota em patrão", promete ensinar os caminhos revolucionários em meio às delícias de um hotel cinco estrelas. No dia 23 deste mês, começa a 42ª Universidade de Férias e Acampamento da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), organizado pelo PCO e que será realizado, segundo o próprio partido, em um "hotel fazenda cinco estrelas" na região de Ibiúna, interior de São Paulo.

"O participante terá uma experiência de vivência socialista completa", promete o site do evento. "Para os trabalhadores saborearem os frutos de uma sociedade onde os mesmos produzem tudo como classe social, estará disponível um bar com bebidas diversas, lanches, doces, porções ao som de uma boa música. Venha para as melhores férias da sua vida, estudando com os trabalhadores da luta contra o golpe, curtindo um hotel fazenda 5 estrelas e fazendo sua luta valer a pena." Interessados em viver essa "vida de Fidel" podem obter mais informações no site do evento.
Herculano
14/07/2018 08:49
DESEMBARGADOR LIGADO AO PT QUERIA SER MINISTRO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Militante do PT por 20 anos, Rogério Favreto nunca foi conhecido exatamente pelo notório saber jurídico, mas tinha amigos. Advogado sabido, obteve do então ministro Tarso Genro (Justiça), seu chefe, a coordenação da Reforma do Judiciário. Era a chance de "pavimentar" o caminho para virar desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. O objetivo final, conhecido de amigos, era o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Mas havia um impeachment no meio do caminho.

FAZENDO ALIADOS
Na discussão da Reforma, Favreto prometeu mundos e fundos a OAB e Ajufe, entidade de juízes federais, para conquistar-lhes o apoio.

CAMINHO DAS PEDRAS
Nunca foi juiz, só atuou para o PT. Amigo da cúpula da OAB, Favreto conseguiu ser incluído na lista e nomeado por Dilma para o TRF-4.

LIGAÇõES PERIGOSAS
Cláudio Lamachia foi à posse de Favreto em 2011 pela OAB, que hoje preside. Isso talvez explique a posição frouxa da OAB, domingo (8).

AÇODAMENTO CONTIDO
Já no TRF-4, Favreto se alvoroçou para vaga no STJ. Não deu. Mas era novo no tribunal e logo a então presidente petista seria cassada.

GASTO DE COMIDA CÂMARA TRATARIA CÂNCER DE 18 MIL
Os 513 deputados federais já receberam reembolso de R$5,56 milhões de gastos com alimentação desde a posse em 2015. Em vez de encher a barriga dos parlamentares, literalmente, o valor seria suficiente para pagar mais de 4 mil sessões de quimioterapia e mais de 14 mil sessões de radioterapia de pacientes de câncer, além de 400 cirurgias para remover tumores no SUS, segundo dados do Ministério da Saúde.

QUANTO VALE O ALMOÇO
Em média, cada deputado recebeu de volta R$10.845. Esse valor seria suficiente para bancar 8 sessões de quimioterapia e 27 de radioterapia.

APROVEITADORES
Enquanto o trabalhador se vira com R$954, deputados ganham R$33,7 mil mensais, mas pedem reembolso de R$ 1 gasto com pão de queijo.

FESTA NA NOSSA CONTA
Dos 86.984 pedidos de reembolsos, o maior foi da liderança do PT: R$6.205,00. Dos dez maiores pedidos, nove são do PT e um do PSDB.

INSEGURANÇA AJUDA O CAPITÃO
O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE), alerta que a candidatura de Bolsonaro cresce com a insegurança jurídica, no STF ou em decisões como do desembargador petista Rogério Favreto. "Pessoas indignadas acham que só Bolsonaro daria jeito nisso", diz.

'SOBRE ISSO, NÃO'
O governador Paulo Guerra assina manifestos em favor de Lula e contra a Justiça, mas só para consumo pernambucano. Fugiu de entrevista à rádio Bandeirantes de SP, ontem, como o diabo da cruz.

ERRO PRIMÁRIO
O governo Temer anda tão atordoado que decidiu revogar a medida provisória 841, que transferia para defesa recursos de Cultura e Esporte. Gestores competentes não cometem erros tão primários.

REBELDIA PERDOADA
O governo Temer anda tão fraco que nem demitiu os ministros da Cultura e Esporte que se rebelaram contra o remanejamento de verbas para Defesa. Em governo não deve haver perdão para insubordinados.

VICE MINEIRO
O governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), que declarou apoio ao pré-candidato a presidente do PDT, Ciro Gomes, já tem um nome do seu partido para vice: o ex-prefeito de BH Márcio Lacerda.

NUNCA É DEMAIS
O presidente Michel Temer deveria homenagear o embaixador José Aparecido de Oliveira, criador da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), durante a XII Conferência de Chefes de Estado e de Governo na Ilha do Sal, Cabo Verde, nas próximas terça e quarta.

SEM MEIO TERMO
Apenas 2,9% dos eleitores do Distrito Federal não opinam sobre o governo Michel Temer, segundo levantamento Paraná Pesquisas. A desaprovação atual é de 86,8%, e 10,3% aprovam o presidente.

CEBOLA NELES
No último dia de trabalho, a Câmara aprovou projetos fundamentais, como o que dá a Ituporanga (SC) o título de capital nacional da cebola. O título é mais adequado para o Congresso, que faz o povo chorar.

PENSANDO BEM...
...Cristiano Ronaldo virou nome de sorvete em Turim, após ida para a Juventus, mas Neymar deu o troco: virou piada no mundo todo.
Herculano
14/07/2018 08:41
RESPEITÁVEL PÚBLICO, Hélio Schwartsman, no jornal Folha de S. Paulo

As pessoas agem como se o dinheiro público fosse um recurso infinito

Para os dicionários, "homem público" é o indivíduo que se consagra à política ou que ocupa um alto posto no Estado. Já "mulher pública" significa "puta" mesmo. E o "dinheiro público"? Está mais para a versão masculina do adjetivo ou para a feminina?

Embora homens públicos sempre mencionem o dinheiro público como algo ao qual se reservam as mais elevadas considerações, o que verificamos na prática é que ele é frequentemente tratado como mulheres públicas, isto é, submetido às mais variadas formas de abuso, tanto no sentido de delito penal, como no moral.

A primeira parte é autoevidente em tempos de Lava Jato. Cumprem pena por desviar dinheiro público várias categorias de homens públicos, incluindo um ex-presidente. A fila dos envolvidos que aguardam pronunciamento da Justiça é maior que a de bordel em dia de pagamento.

Já a segunda, até por ser mais difícil de visualizar, se revela mais pervasiva, quase insidiosa. As pessoas agem como se o dinheiro público fosse um recurso infinito que se materializa a um toque de caneta dos homens públicos. Um setor enfrenta dificuldades? É só pedir um subsídio ao governo. Empresários fizeram maus investimentos e não conseguem pagar os empréstimos que contraíram? É só berrar bem alto e obter um perdão de dívidas.

Se o homem público à frente do governo estiver sob o risco de ser preso por ter desviado dinheiro público, até quem não pediu nada recebe alguma subvenção oficial. Eu, por exemplo, ganhei diesel mais barato.

O problema desse sistema generoso é que os recursos não são infinitos, o que significa que é a população que acabará pagando por todas as vantagens oferecidas. Mas, como o regime tributário é opaco, o benefício é bem mais visível que os ônus, de modo que poucos reclamam.

Não sou moralista, mas se quisermos mudar as coisas por aqui, teremos de tratar o dinheiro público menos como mulheres públicas e mais como senhoritas casadouras
Herculano
14/07/2018 08:21
Twitter do Instituto Liberal de São Paulo

"A greve dos caminhoneiros terminou há quase 45 dias, mas o único resultado prático foi a transferência da conta para milhões de brasileiros. Esta é a verdade sobre os preços do combustíveis".
Herculano
13/07/2018 18:54
O QUE SE QUER ESCONDER

Na prefeitura de Gaspar, a cúpula política e religiosa, depois de ver estampada a informação que cozinhou de forma lenta e proposital da Casa Lar, ao invés de entrar em oração penitencial, armou-se para desmoralizar a coluna.

Melhor seria, trabalhar com coerência e transparência, além de ter uma área de comunicação capacitada para lidar com crises, as criadas por ela mesma.

A prefeitura diz agora que não vai fechar a Casa Lar, mas não fez nada para deixá-la aberta durante um ano e meio.

O caso se assemelha ao duplo emprego do secretário Alexandre Gevaerd. A prefeitura está bancando um provável ato improbo.

Pega antes do ato final, voltou atrás na estratégia que armava entre poucos. O próprio líder do governo, vereador Francisco Hostins Júnior, MDB, ao responder o pronunciamento do presidente da Câmara, Silvio Cleffi, PSC, foi categórico ao afirmar que o processo estava acontecendo e que o governo tentava encontrar uma solução.

Então quem o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, e seu secretário de Assistência Social, Ernesto Hostin querem enganar? O certo era vir a público e dizer que diante de mais uma repercussão negativa de informação que escondia do público e não se debatia com a sociedade para buscar a solução, voltou, mais uma vez, atrás. Nem mais, nem menos. Segunda tem mais. Acorda, Gaspar!
Herculano
13/07/2018 18:40
FRAVETO MANTEVE RÉU PRESO NO PLANTÃO QUE "SOLTOU" LULA


Conteúdo da Coluna do Estadão (Andreza Matais), no jornal O Estado de S. Paulo. Responsável por autorizar a soltura de Lula, o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, negou no mesmo plantão um habeas corpus para liberar outro preso. Um homem acusado de usar documentos falsos para sacar, na Caixa, precatórios com valores de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões pediu para sair da prisão temporária. Argumentou que precisava entregar sua tese de mestrado até domingo passado e que seu filho estava prestes a nascer. Esse foi o único caso, além do de Lula, que chegou a Favreto durante o plantão.

Por que não.
Favreto negou o pedido alegando que todos os requisitos para a prisão temporária estariam contemplados nesse caso. Mas autorizou a PF a escoltar o réu ao hospital, caso a mãe de seu filho entrasse em trabalho de parto no período da detenção.

Cronologia.
No processo do acusado de estelionato, o pedido chegou ao tribunal às 18h58, na sexta-feira, 6. A decisão foi assinada no mesmo dia, às 21h22. O HC de Lula foi impetrado na sexta, às 19h32, mas despachado no domingo, às 9h05. Lula é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.

Faça o que eu falo...
O PSDB, que tem balançado a bandeira de redução de gastos públicos, ajudou a derrubar a proibição de reajustes para servidores na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, na quarta-feira.

...não o que eu faço.
Após perder a queda de braço, o líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão, que apresentou um projeto para diminuir o número de deputados e senadores, liberou a bancada. Dos 25 presentes, 20 ajudaram a aprovar a pauta-bomba. Quatro rejeitaram e um se absteve.

Os sinais.
A cúpula do PT passou a considerar que Lula deve indicar Jaques Wagner para substituí-lo na corrida presidencial. Lembram que o coordenador de campanha do PT é Sergio Gabrielli, ex-secretário de Planejamento no governo de Wagner, de 2012 a 2015.

Jogando.
Enquanto Rodrigo Maia articula sua reeleição à presidência da Câmara com líderes do Centro, seu vice, Fábio Ramalho, pede votos para deputados para assumir o comando da Casa em 2019.

Dono do cofre.
Prisco Bezerra assumiu a coordenação financeira da campanha do presidenciável Ciro Gomes (PDT). Ele é sócio do empresário da educação João Carlos Di Genio e irmão do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio.

Mil utilidades.
O MDB escolheu o marqueteiro Elsinho Mouco para produzir a convenção do partido, que pode ou não consolidar a campanha de Henrique Meirelles à Presidência. A indicação de Mouco atende a pedido do ministro Moreira Franco (Minas e Energia).

Aplauso.
O Clube Militar saiu em defesa de Sérgio Moro e do presidente do TRF-4, Thompson Flores. O general Mourão divulgou nota dizendo que, no momento de "conluio" de adeptos de Lula e "um magistrado comprometido ideologicamente", "gigantes morais" se elevaram acima do "caos em que vivemos".

Nas nuvens.
O TRF-5 negou pedido da OAB contra o aumento da tarifa de bagagens pelas companhias aéreas. O magistrado Leonardo Carvalho afirma que, como amicus curiae, a OAB não poderia solicitar a antecipação de tutela.

PRONTO, FALEI!

"A união do Centrão com Ciro Gomes seria como cruza de cobra com porco-espinho. O resultado só pode ser rolo de arame farpado", DO MINISTRO DA SECRETARIA DE GOVERNO, CARLOS MARUN, sobre a possível aliança.
Herculano
13/07/2018 18:24
GOVERNO TEMER DECIDE ENFRENTAR "BANCADAS RELIGIOSAS", por Diago Amorim, de O Antagonista.

A menos de seis meses de deixar o Planalto, Michel Temer autorizou uma estratégia para atacar "as bancadas religiosas" com o pretexto de promover "a defesa da laicidade do Estado".

O Diário Oficial da União de hoje traz um "extrato de termo de fomento", com a autorização do repasse de 100 mil reais para o grupo "Católicas pelo direito de decidir" - uma ONG sem qualquer ligação com a Igreja Católica que tem como uma das principais bandeiras a legalização do aborto no Brasil.

O investimento, por meio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres - dividido em duas parcelas (80 mil neste ano e 20 mil em 2019) -, é para que seja realizado um seminário de um dia "para debater a atuação da bancada religiosa conservadora no Congresso Nacional e elaboração de estratégias conjuntas de enfrentamento à esta atuação".

A verba também seria destinada à criação de uma "Frente Popular Inter-religiosa" com propósitos semelhantes.
Herculano
13/07/2018 18:22
A MANCHETE É: FLÁVIO ROCHA, PRB, É MAIS UM QUE DESISTE DA CORRIDA PRESIDENCIAL. ERA óBVIO.

A NOTÍCIA É: O PROCESSO VICIADO DA POLÍTICA E DOS POLÍTICOS NÃO PERMITIRÁ À RENOVAÇÃO E O GRANDE ESQUEMA DO VELHO SISTEMA TRATOU DE EXPURGÁ-LO.

LATERALMENTE A LEITURA É: O MBL FOI O GRANDE PERDEDOR. É O RESULTADO DIRETO DA POLITIZAÇÃO DO MOVIMENTO

Eis a nota oficial do PRB sobre a desistência de Flávio Rocha (empresário e um dos donos das Lojas Riachuelo) de disputar a eleição presidencial:

A decisão foi tomada em conjunto entre o presidente nacional do partido, ex-ministro Marcos Pereira, Rocha e a bancada republicana no Congresso.

Há um entendimento claro de que o País não pode flertar com os extremos e, por isso, mais do que nunca durante todo o processo, é fundamental que as forças de centro se unam num único projeto.

Volto. Os extremos a que se refere são Ciro Gomes, PDT, ou um poste indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, e Jair Bolsonaro, PSL.
Miguel José Teixeira
13/07/2018 17:20
Senhores,

Eis aí um bom texto que corrobora com a tese "em 2018, não perca a peleja. Não reeleja!"

Não ao "não voto"
Simone Kafruni
Correio Braziliense, hoje


Uma pesquisa recente de intenções de votos abriu meus olhos ?" semicerrados pela Copa do Mundo e lacrimejantes desde a saída da Seleção Brasileira ?" para a triste realidade política do país. Segundo o levantamento, 42% dos entrevistados não pretendem votar em ninguém para presidente da República em outubro. Nenhum candidato chega perto deste índice, que beira à metade dos eleitores. Nem mesmo o popular ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso e cuja candidatura não será homologada, se a Lei da Ficha Limpa for cumprida.

Ao mesmo tempo em que o número choca, se justifica. O quadro eleitoral é incerto como nunca. Não à toa o prazo para as convenções e alianças foi esticado até o máximo possível. Alguns pré-candidatos tampouco têm certeza de que estarão com seus números e nomes à disposição do eleitorado nas urnas em 7 de outubro. O país está mergulhado na especulação.

Com o que vimos até agora, a vontade é, mesmo, de engrossar o coro dos 42%. Parece mais fácil jogar a cédula para o alto e se isentar da responsabilidade de, mais uma vez, eleger o candidato "menos pior" para governar o país pelos próximos quatro anos, talvez oito. Mas não dá para fazer isso. Primeiro, porque a urna é eletrônica e não será possível jogar nada para cima, por mais vontade que se tenha. Segundo, porque acreditar que o protesto é pela via dos votos nulo e branco é entregar na mãos dos outros eleitores a decisão política mais importante de um país.

E o Brasil, esse nosso país açoitado diariamente por maus políticos, cuja Constituição é sistematicamente desrespeitada por um Judiciário claudicante e no qual a população paga caro por quase nada, não merece apanhar mais. Pelo contrário, precisa de um reset, um reboot, um grande basta e um recomeço. Do zero. Não vai ser com o "não voto" que vamos conseguir isso. Tampouco com o retrocesso, depositando em velhas fórmulas a esperança de um novo país.

A hora de cobrar posturas inéditas de políticos inovadores é agora. Temos três meses para escolher não só o novo presidente, mas também governadores e parlamentares. Como está difícil, o melhor método, talvez, seja por eliminação. Corte os envolvidos ou suspeitos de corrupção e sobrarão poucos. Elimine discursos de ódio e preconceito e os aventureiros de plantão e restarão ainda menos. Vale qualquer coisa para dizer não ao "não voto".
LUIZ
13/07/2018 15:19
Nunca vi tanto papelinho sendo assinado.
Tem até "vampiro" trazendo papelinho.
Será tudo verdade ou é só pose para fotos.
Marcos Antonio da Silva
13/07/2018 12:38
Um amém aos governantes cristãos de Gaspar e Blumenau!
Os irmãos conseguiram acabar com o POP (Centro de Atendimento a População de Rua), em Blumenau, e com a Casa Lar, em Gaspar.É pra glorificar de pé a falta de amor dos que se dizem cristãos.
Miguel José Teixeira
13/07/2018 10:01
Senhores,

Da série "frutos de políticos profissionais":

"As obras paradas de infraestruutra já custaram R$ 10,7 bilhões e não trouxeram nenhum retorno para a sociedade."

"De acordo com números obtidos pela CNI junto ao Ministério do Planejamento, 2.796 obras estão paralisadas no Brasil, sendo que 517 (18,5%) são do setor de infraestrutura. A área de saneamento básico lidera o ranking, com 447 empreendimentos interrompidos durante a fase de execução. Na sequência, aparecem obras de rodovias (30), aeroportos (16), mobilidade urbana (8), portos (6), ferrovias (5) e hidrovias (5). As obras paradas de infraestruutra já custaram R$ 10,7 bilhões e não trouxeram nenhum retorno para a sociedade."

+em: https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/infraestrutura/brasil-desperdica-dinheiro-publico-com-517-obras-de-infraestrutura-paralisadas/

Em 2018 já perdemos a Copa. Mas, ergueremos a taça na raça. . .não perca a peleja: não reeleja!
Herculano
13/07/2018 09:58
PARTIDOS SE AFASTAM E ALCKMIN EMBICA PARA BAIXO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A pré-candidatura presidencial de Geraldo Alckmin (PSDB) dá sinais de fragilidade e até de fracasso, por não conseguir atrair apoio de partidos e de tempo de TV. Ele oscila entre 4º e 5º nas pesquisas, e não passa dos 7%. Partidos que poderiam apoiar fecham-lhe as portas, numa operação saboreada no Planalto. O MDB só apoiaria tucano se ele se chamasse João Doria. De zero a dez, as chances de apoio a Alckmin é zero, diz o presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá (RR).

CENTRÃO DISTANTE
Dirigentes do centrão (DEM, PP, PR, PRB, SD e PSC) disseram na lata a Alckmin, durante jantar, dia 5, que não acreditam na sua candidatura.

MDB NÃO QUER PAPO
O MDB recusa até conversar com os emissários do PSDB que tentam aproximação. É que tem gente magoada com Alckmin no governo.

TEMER NÃO ESQUECE
No momento mais critico do atual governo, 20 dos 21 deputados sob influência de Alckmin votaram pelo impeachment de Temer (MDB).

É DELE, NINGUÉM TASCA
Alckmin usou a presidência do PSDB para virar o dono da candidatura ao Planalto, "compensando" Doria com a disputa pelo governo paulista.

AGNELO (PT) É O POLÍTICO QUE MAIS ENVERGONHA O DF
O ex-governador do DF Agnelo Queiroz (PT) é o político que mais envergonha os brasilienses, segundo levantamento do Paraná Pesquisas para o site Diário do Poder. Com 27,6% das citações, ele ficou em 1º numa lista de oito políticos de Brasília. O atual governador, Rodrigo Rollemberg (PSB), está em 2º, com 20,1%. O ex-governador José Roberto Arruda, que até foi preso, está apenas em 3º, com 16%.

PRISÃO NÃO É VERGONHA
O ex-governador Joaquim Roriz é o 4º no ranking da vergonha: 9,4%. À frente do ex-senador Luiz Estevão (7,3%), que cumpre pena de prisão.

PODEM SAIR À RUA
Para 3,2% dos entrevistados, o senador Cristovam Buarque (PPS) está em 6º. Tadeu Filippelli (MDB) tem 2,8% e Rogério Rosso (PSD) 0,8%.

PESQUISA REGISTRADA
O Paraná ouviu 1.540 eleitores do DF de 6 a 11 de julho. A margem de erro é de 2,5%. Pesquisa registrada no TSE sob o nº DF-00150/2018.

LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ
Deveria provocar processos por litigância de má fé os autores dos 143 habeas corpus para Lula, no Superior Tribunal de Justiça (STJ). E os advogados que os patrocinaram deveriam merecer reprimenda da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), mas dali não sai nada mesmo.

A MÃO DO JABUTI
Se jabuti em cima de árvore foi enchente ou mão de gente, o deputado José Carlos Araújo (PSD-BA) é o dono da mão que aprovou proposta que reintroduz o nepotismo nas estatais, diz Danilo Forte (PSDB-CE).

MAIS DO MESMO
É comum em todas as prefeituras do País o gesto do prefeito carioca Marcelo Crivella, garantindo tratamento diferenciado a apadrinhados. A diferença? Crivella foi gravado. E tem inimigos poderosos na mídia.

'É PERSEGUIÇÃO'
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) comparou Lula a Beira-Mar e Marcinho VP, reclamando que estes dois últimos chefes de quadrilha foram autorizados a dar entrevistas, ao contrário do primeiro.

FÁBRICA DE SINDICATOS
O ministro Caio Vieira de Mello (Trabalho) interrompeu a produção industrial de sindicatos, mas deveria passar "pente" fino nos atuais 17.289, mais de 92% de todos os sindicatos existentes no mundo.

QUEBRA DE DECORO
O senador José Medeiros (Pode-MT) denunciou ao Conselho de Ética, por quebra de decoro, os deputados petistas Paulo Teixeira (SP), Paulo Pimenta (RS) e Wadih Damous (RJ) pela manobra malandra que, a pretexto de tentar soltar Lula, tinha o objetivo de desgastar a Justiça.

CONTAGEM REGRESSIVA
O tenor Andrea Bocelli, que se apresenta em Brasília no dia 26 de setembro, escolheu ficar no hotel Meliá, que fica muito próximo ao megapalco do evento: o Estádio Nacional Mané Garrincha.

DEVAGAR, QUASE PARANDO
A comissão de Relações Exteriores da Câmara demorou 15 meses para aprovar um acordo de cooperação militar entre o Brasil e a Indonésia, assinado pelos dois governos em 5 de abril de 2017.

PENSANDO BEM...
...os parlamentares do Congresso, mais uma vez, saíram de férias sem passar por média.
Herculano
13/07/2018 09:28
NEM TUDO ESTÁ PERDIDO

O jornal Valor Econômico desta sexta-feira, observa que o artigo 109-A, do relator Dalírio Beber, senador catarinense, foi mantido e passou desapercebido pelos espertos movidos pelos lobby de interesses. Ele é uma pegadinha e que derruba a voracidade irresponsável dos senadores e deputados vereadores.

O artigo estabelece que uma despesas obrigatório e sujeita ao teto de gastos só poderá ser criada em 2019 se outra despesa obrigatória em igual montante equivalente for cancelada.

Ufa!
Herculano
13/07/2018 08:42
Ao que se diz Altemiro Aguiar

Sobre o fato dos políticos, de uma maneira em geral, de todos os partidos, terem ódio deste escriba, este fato está muito relacionado à incoerência deles próprios, bem como à transparência que dou ao que gostariam de ver escondido e de uma certa forma conseguem.

Agora, nesse ambiente da Casa Lar não há santos. Prefere-se com a economia que se diz fazer, alimentar com a omissão os marginais de amanhã, e que trarão mais problemas e custos à sociedade.

O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, MDB, PSB e PPS também não tinha apreço pela política de proteção às vulnerabilidades dos menores. Foi uma briga, mas cedeu.

Pedro Celso Zuchi, PT, foi ao enfrentamento, como perdeu, na saída da juíza Ana Paula Amaro da Silveira, foi à forra nacional. Deu no que deu.

Kleber, o religioso, sinalizou como lidaria com o assunto: um dos primeiros atos do seu governo foi o de não capitalizar o Fundo da Infância e Adolescência com verbas municipais.

Diante da má reação ele resolveu cozinhar o galo no caso dos abrigamentos para não sofrer desgastes e outros reveses. E por que? Porque sentiu o bafo no caso do FIA e por isso, teve que voltar atrás parcialmente da decisão que tomou. Depois até fez propaganda dos projetos aprovados para o uso de tal verba.

Na outra ponta, para não despertar animosidades, silenciosamente foi esvaziando a Casa Lar. Mas, um dia, a notícia teria que ser dada. E foi! Então não se trata de ódio.
Miguel José Teixeira
13/07/2018 08:34
Senhores,

Na mídia:

"Defesa de Lula apresentará à Justiça casos de presos que foram entrevistados"
(Mônica Bergamo-FSP)

Bom. . .já que êles estão comparando o lularapio com outros presos, JOGUEM-NO LOGO EM UMA CELA COMUM!!!

Em 2018 já perdemos a copa, porém ganharemos a taça na raça. Portanto, não perca a peleja: não reeleja!
Herculano
13/07/2018 08:12
ELES CONSEGUIRAM: POLÍTICOS ABREM BRECHA PARA EMPREGAR PARENTES E ALIADOS EM ESTATAIS, por Fernando Jasper, no site Gazeta do Povo, Curitiba, PR

Sempre que o Congresso está prestes a entrar em recesso, deputados e senadores entram em ritmo frenético de trabalho. Questões que se arrastavam por meses são analisadas e aprovadas em minutos, no apagar das luzes. Aqui vai um exemplo do que acontece nessas horas.

Nesta quarta (11), uma comissão especial da Câmara discutia a Lei Geral das Agências Reguladoras. Replicando o mecanismo que existe na Lei das Estatais, o projeto buscava proibir que políticos indicassem parentes ou dirigentes partidários para cargos de direção das agências.

Faz todo o sentido. Se não pode haver familiar ou aliado de político no comando ou no conselho de administração de empresa estatal, também não pode haver na direção de órgãos que regulam atividades essenciais, muitas delas exercidas por estatais.

Os deputados da comissão, no entanto, derrubaram esse dispositivo, de forma a liberar nomeações políticas nas agências. Não satisfeitos, foram muito além. Também aprovaram, no projeto de lei que estavam discutindo, uma emenda que revoga o ponto mais importante da Lei das Estatais, que é justamente a proibição de nomeações políticas.

Não termina aí. O projeto foi aprovado em caráter terminativo. Assim, se não houver recurso para que seja analisado pelo Plenário da Câmara, isto é, pelos 513 deputados, a proposta vai direto para o Senado. E, de lá, para a sanção presidencial.

A Lei das Estatais, que completou dois anos no início deste mês, foi uma reação ao que se descobriu na Lava Jato. Era uma tentativa de limitar casos de corrupção e má gestão nas empresas controladas pelo governo. É impossível eliminar a influência dos políticos sobre essas companhias, mas pelo menos a rejeição ?" da maioria da sociedade, suponho - a essa prática passou a ficar explícita em lei.

Não faltam insatisfeitos com a proibição. Na época, o presidente Michel Temer desistiu de fazer uma solenidade para assinar a lei, tamanho o descontentamento que ela provocou na base. Para muitos políticos, a função pública perde o sentido sem o poder de indicar pessoas queridas para certos cargos.

Ao defender a emenda que liberou as nomeações políticas, o deputado José Carlos Araújo (PR-BA) explicou que as restrições da Lei das Estatais têm "excessiva abrangência" e estavam "comprometendo o preenchimento de cargos nessas empresas". Entenda como quiser.
Altemiro J. P. Aguiar
13/07/2018 07:59
Prezado Herculano

Como Kleber e capachos te odeiam, vão dizer que a culpa é sua por prestar este deserviço (fechar a casa a casa lar)aos gasparenses.

Se Dra Ana Paula ( hoje Desembargadora)estive ainda em Gaspar ela não deixaria isso acontecer. Kleber, Cuquinha, Melato e Pedro Bornhausen dariam um jeito. A exemplo do que faz Melato em comprar veículos (coo já fez PR em proporção dominuida) Melato em menos de 2 anos comprou um caminhão e dois veículos para a Prefeitura. Desvio.
É querem transformar SAMAE e secretaria. Aí a festa será grande.
Certamente Kleber e os seus levarão as crianças em vulnerabilidade para suas casas. Ineficiência TOTAL.
Herculano
13/07/2018 07:38
O EXPEDIENTE MATREIRO DO PT

Conteúdo de O Antagonista.A estratégia de Lula, diz o Estadão, em editorial, é sabotar desde já o presidente eleito em outubro:

"Com o indisfarçável objetivo de deslegitimar a eleição presidencial, o PT tenta judicializar ao máximo o processo sucessório. Em outras palavras, causar os maiores problemas políticos possíveis, mediante a banalização do direito constitucional à ampla defesa e a utilização despropositada das dezenas de recursos judiciais previstos pela legislação processual cível e penal. Trata-se de expediente matreiro para tentar exaurir, desde já, a autoridade do candidato ?" que não será petista - que sair vitorioso nas urnas, em outubro".
Herculano
13/07/2018 07:30
De José Neumanne Pinto, no twitter:

O espírito do "Caranguejo": Congresso inventou frete mínimo, perdoou multas de transportadores e criou despesas novas de R$ 100 bilhões que a União não tem como bancar, para angústia que assim vira desespero do coitado do cidadão pagante
Herculano
13/07/2018 07:17
AUTODESTRUIÇÃO DO PAÍS CONTINUA, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Congresso quebra ainda mais o governo; elites e candidatos a presidente se omitem

Enquanto o Congresso acabava de quebrar mais um pedaço do governo, os candidatos a presidente da República falida discutiam alianças e negociavam minutos de TV para a campanha eleitoral.

Nesta semana, parlamentares do PSDB ao PT, passando pelos ainda mais notórios MDB, DEM e centrão, arrebentaram as contas públicas em mais dezenas de bilhões, entre outros votos infames.

Os candidatos mais relevantes não apareceram para condenar a ruína extra, não articularam resistência ao esbulho, não se valeram da ocasião para reafirmar programas de mudança.

Nenhuma surpresa maior aí. Quase como de hábito, ainda mais em votações pré-eleitorais, não há debate nacional algum, mesmo entre as elites, dos votos dos partidos e das decisões parlamentares, seus arranjos clientelísticos em grande escala. Tratar dessa rotina destrutiva parece ingenuidade juvenil, tolinha.

Neste momento, porém, a omissão dos ditos presidenciáveis ressalta o irrealismo fantástico e suicida do que restou da conversa política sobre o que fazer dos problemas do país, a começar pelo colapso fiscal iminente (isto é, o governo não ter como pagar as contas básicas a partir de 2019).

Como os candidatos ao governo pretendem administrar a massa falida? Acreditam em mágica ou, no caso de alguns tipos, imaginam que sempre restará o que saquear?

Assim como fizera na temporada pré-férias de 2017, que deu ênfase ao perdão de dívidas de impostos de ruralistas e de tantas outras empresas, o Congresso arrebentou as contas públicas e fez favor a clientes, a casta burocrática e empresários entre eles.

Liberaram reajuste e contratação de servidores. Deram desconto de imposto para fábricas de refrigerante da Zona Franca de Manaus e perdão de dívida para micro e pequenas empresas. Anistiaram crimes e infrações do caminhonaço. Violentaram a ainda infante Lei de Responsabilidade das Estatais a fim de permitir a contratação de dirigentes partidários e seus parentes para a direção de empresas públicas.

Onde está o protesto gritante de Geraldo Alckmin (PSDB) e de Henrique Meirelles (MDB), coroinhas ou pastores do ajuste fiscal? Onde está Rodrigo Maia (DEM), candidato e presidente da Câmara, onde observa déficit e dívida públicos explodir debaixo do seu nariz? O indignado Ciro Gomes (PDT)? Marina Silva (Rede), bom dia?

A esquerda, por sua vez, está entretida em dizer disparates econômicos, pedir a bênção de Lula na cadeia e, no caso do PT, de solapar a candidatura de Ciro Gomes. Quanto ao governo de Michel Temer, está morto, embora sobrevivam as acusações de roubança, como no Ministério do Trabalho ou no INSS.

Quanto ao governo de Michel Temer, está morto, embora sobrevivam as acusações de roubança, como no Ministério do Trabalho ou no INSS.

Um grande movimento de empresários gritou "pênalti" para os pontapés parlamentares? Não. Vários deles estão no Congresso cavando boquinhas, assim como tentaram tirar casquinha do caminhonaço.

Deram então um tiro no pé e enfiaram um sorvete na testa, pois levaram um tabelamento de frete nas fuças.

O que se chama de "elite", por falta de palavra mais adequada e publicável, se dedica à degradação do país e, no fim das contas, à autodestruição. Que outro nome dar à mazorca da Justiça, no domingo de Lula e no tumulto do Supremo, ao apoio quase geral ao caminhonaço, à depredação parlamentar do Tesouro Nacional nesta semana?
Herculano
13/07/2018 07:11
REPARE. O QUE ESCREVI ANTES NO TRAPICHE É COINCIDENTE COM O EDITORIAL DESTA SEXTA-FEIRA DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO E DE OUTROS, ALÉM DE ECONOMISTA DE UMA MANEIRA EM GERAL, MAS NÃO É PARA DEPUTADOS E SENADORES.

ELES VOTAM EM NOSSO NOME PARA TIRAR MAIS DINHEIRO DO NOSSO BOLSO COM PESADOS IMPOSTOS PARA A FARRA DELES. TRATAM-NOS E SABEM QUE SOMOS UMA MAIORIA DE BEóCIOS, ANALFABETOS, IGNORANTES, DESENFORMADOS, SEMPRE USADOS PARA SEUS INTERESSES

E ESSES MESMOS POLÍTICOS ESTÃO PEDINDO PARA NóS A SUA REELEIÇÃO, COM UMA GRANA BILIONÁRIA DOS NOSSOS IMPOSTOS, QUE ELES MESMOS VOTARAM PARA "ROUBAR" PARA O USO POLÍTICO DELES, E QUE DEVERIA ESTAR PRIORITARIAMENTE NA SAÚDE, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA E OBRAS.

ESSES DEPUTADOS E SENADORES ESTÃO ENTRE NóS PEDINDO VOTOS PARA IR AO SENADO E À CÂMARA OU AO GOVERNO DO ESTADO. ENTÃO COMO ESCREVE O LEITOR BRASILIENSE MIGUEL JOSÉ TEIXEIRA, NESTA ELEIÇÃO NÃO PERCA A PELEJA, NÃO REELEJA
Herculano
13/07/2018 07:02
PILHAGEM DO ERÁRIO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Sem preocupação com as contas, Câmara e Senado atendem a lobbies com projetos perdulários

Enquanto o governo Michel Temer (MDB) chega aos estertores, deputados e senadores atacam os despojos do Orçamento.

Desprovidos de senso de responsabilidade e contando com omissão ou ajuda do Executivo, os parlamentares põem em risco a tênue recuperação da economia para prestar vassalagem a grupos de interesse e abastecer suas sinecuras.

Nos últimos dias, em meio à Copa do Mundo e às vésperas das campanhas, avançou todo tipo de projeto destinado a reduzir receitas e elevar despesas - sem que as Excelências se dignem a esclarecer como as contas deste e dos próximos anos serão fechadas.

Não se pense que grandes prioridades nacionais movem as votações. Na terça-feira (10), por exemplo, o Senado aprovou texto que restabelece benefícios fiscais para o setor de refrigerantes, ao custo de R$ 1,8 bilhão por ano.

Espantoso é que os tais benefícios foram eliminados, por decreto presidencial, para compensar parte das concessões perdulárias negociadas durante a paralisação dos caminhoneiros, em maio.

Foi também sob o impacto do movimento paredista que a Câmara aprovou um marco regulatório para o transporte rodoviário, nome pomposo para subsídios tributários de R$ 9 bilhões anuais.

A desfaçatez dos deputados atinge o ápice, porém, na manobra contra a regra que impede a nomeação de políticos e seus parentes para cargos nos conselhos de administração de empresas estatais.

Há desatinos mais caros em tramitação, infelizmente. No caso mais absurdo, uma comissão mista do Congresso aprovou proposta que determina repasses anuais de R$ 39 bilhões da União aos estados, como contrapartida de uma desoneração de exportações promovida há mais de duas décadas.

Convém dar perspectiva às cifras. Estima-se que o Tesouro Nacional vá dispor, neste 2018, de uma receita de R$ 1,2 trilhão. Os gastos já previstos, entretanto, superam esse montante em R$ 159 bilhões - sem contar os encargos de uma divida pública em alta galopante.

Todo aumento de despesa ou perda de arrecadação, portanto, resulta em endividamento adicional ou corte de outras dotações orçamentárias. O ajuste fica ainda mais difícil se for mantida a programação de reajustes salariais a servidores.

A pilhagem do erário em curso, por sinal, não tem merecido mais que um silêncio covarde, oportunista ou cúmplice da maioria dos ditos presidenciáveis, candidatos a gerir a ruína nos próximos anos.

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