Os 'çábios' que orientam o governo de Kleber e Lu, em Gaspar, meteram-no em mais uma ?gelada? daquelas às vésperas das eleições - Jornal Cruzeiro do Vale

Os 'çábios' que orientam o governo de Kleber e Lu, em Gaspar, meteram-no em mais uma 'gelada' daquelas às vésperas das eleições

12/03/2020

Tiro na CPI ou no próprio pé? I

Eu escrevi em dezembro do ano passado que a CPI sobre as supostas irregularidades nas obras de drenagem da Rua Frei Solano, no bairro do Gasparinho, em Gaspar, não daria em nada. Bingo! Não porque não se tenha nada ali para se apurar, ou porque a CPI seja apenas um cavalo de batalha para esmagada oposição na Câmara e que se tornou mais minoritária este ano, aparecer. Mas, porque a oposição foi “engolida” logo na instalação da CPI pela bem engendrada e lícita artimanha regimental do governo Kleber Edson Wan Dall, MDB, na Câmara. Resultado? Na CPI, a oposição ficou só com voz, porque nos votos, tudo está condenado ao que Kleber quiser esconder pelos prepostos, os vereadores Francisco Hostins Júnior, MDB, e Roberto Procópio de Souza, PDT, o qual já foi líder ferrenho e deu maioria à oposição em 2018 contra Kleber. Ambos são advogados e sabem o que fazem. Nem mais, nem menos.

Tiro na CPI ou no próprio pé? II

Os “cábios” que orientam e dominam o governo Kleber, neste caso – há muitos outros casos, isto sem falar nas sucessivas vinganças, a censura e às tentativas de interferir nas eleições da presidência da Câmara etc. Volto. Kleber e seus “çabios” cometeram pelo menos três barbeiragens contra um dos pilares fundamentais de confiança do governo com a sociedade: a transparência. A primeira foi a de sonegar, por um ano, informações completas sobre o que acontecia na Rua Frei Solano. Elas foram pedidas por requerimento e nem a Justiça foi capaz de demover Kleber da decisão de esticar a corda contra os vereadores, os representantes do povo e que é quem paga tudo isso.

Tiro na CPI ou no próprio pé? III

A segunda barbeiragem. Tendo a faca e o queijo na mão na CPI – Kleber quis dar uma de vestal e permitiu, num jogo arriscado e como se prova agora -, que se tomassem os depoimentos dos engenheiros da obra. Uma festa. Eles, mesmo que tivessem sido orientados, caíram em contradições e admitiram que se licitou, contratou e se fiscalizou uma coisa e se pagou outra. A terceira, foi a que revelei na segunda-feira no artigo escrito para o portal do Cruzeiro do Vale: a de que Hostins e Roberto decretaram o enterro da CPI exercendo a prerrogativa que possuem por serem maioria dela (há mais dois artigos escritos no portal sobre isso em segundas-feiras anteriores). O que está claro agora? Que alguma coisa precisa ser escondida e que o lema até então de “quem não deve não teme”, caiu por terra, ao menos na atitude. Com depoimentos válidos de testemunhas e não de informantes, mesmo que não apareçam no relatório da CPI e que possivelmente não será feito pelo relator Cícero Giovane Amaro, agora no PL, tudo irá parar no Ministério Público e o Tribunal de Contas.  Meu Deus!

Tiro na CPI ou no próprio pé? IV

Tudo errado. E a barbeiragem começou no dia em que Kleber, Luiz Carlos Spengler Filho, PP, e os seus “çabios” constrangeram os vereadores – usando a comunidade ameaçada de enxurradas e esse expediente foi corriqueiro até aqui no atual governo - a aprovarem, na marra, sem debate e amadurecimento técnico, o Projeto de Lei no qual se passava da prefeitura para o Samae – do mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, PP - a obrigação de se fazer drenagem – ou canalizar esgotos - por aqui. E o Samae não negou o que se previu. Em campo demonstrou não ter experiência e renda específica para este tipo de obra. E o que restou agora? O prefeito a seis meses da sua reeleição metido em dúvidas cruciais, escondendo fatos, ou usando a chicana processual na CPI para que mais nada venha à tona e complique ainda mais a sua imagem de gestor público e repórter de si mesmo. A imagem de Kleber complicada ela já está e ele, nervoso.  Abri a coluna de hoje afirmando que a CPI da Frei Solano não vai dar em nada. Errei, mais uma vez. Já deu. Basta sentir o nervosismo no ar e olhar o que aconteceu em outubro de 2018 na mudança de humor dos eleitores nas urnas. Eles não admitem mais colocar uma peneira sob o sol, sejam eles jovens ou velhas raposas. E para complicar, agora os do governo, para atenuar a barbeiragem estratégica neste caso, disseminam duas coisas: a que o PT fazia o mesmo, ou seja, o MDB falhou na fiscalização e foi conivente; e de que a obra até pode ter problemas formais, mas ela funciona. Era só o que estava faltando. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Marcelo de Souza Brick, ex-vereador, ex-presidente da Câmara, ex-candidato a prefeito derrotado em 2016, presidente PSD de Gaspar, no intuito de se dar bem mais uma vez e se aliar ao MDB, prometeu conter e calar o vereador Cícero Giovane Amaro.

Mas, a fiscalização dura de Cícero às dúvidas do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, continuou.

Para não atrapalhar os negócios políticos de Brick e como estava sendo cercado e ensacado pelo esquema político entre os mesmos em Gaspar, Cícero tomou uma atitude: na terça-feira, anunciou a sua saída do PSD onde esteve por quase 20 anos. Diz que está no PL.

Quem mais reclamou disso? Não foram eleitores e lideranças que rodeiam Cícero. Estranhamente, foi gente conhecida pelo puxa-saquismo no governo de Kleber. Ela foi escalada pelo poder de plantão para condenar à atitude de Cícero. Queriam-no sob cabresto. Não deu certo.

Ilhota em chamas I. Na edição impressa de sexta-feira passada, dei esta notinha: “com Brasília convulsionada por causa dos congressistas que queriam ser os donos do Orçamento do Executivo, cinco dos nove vereadores de Ilhota foram para lá a R$600,00 para cada um, por dia, além das passagens aéreas. Sobre o resultado real da excursão nada se falou até agora. Apenas fotos com alguns deputados para animar as suas redes sociais”.

Ilhota em chamas II. Um bafafá. Ninguém negou. E nem podia. Genericamente, um ou outro contra-argumentou que foi lá atrás de recursos. Nenhum cravou nada sobre o que realmente estava trazendo. Pegos, brigaram entre eles. Os podres e o passado expostos. A prova de que faltou imprensa porque ela é um perigo. Vergonheira.

Ilhota em chamas III. No final, todos concluíram que o culpado disso tudo era do Cruzeiro do Vale, o proprietário -e editor Gilberto Schmitt. Para eles, Gilberto é deveria esconder do povo – eleitores e eleitoras - as duas pequeninhas notas desta coluna. Outra vergonha.

Ilhota em chamas IV. Essas excursões de vereadores a Brasília precisam de transparência. Em Gaspar, por exemplo, escaldados e expostos aqui, os vereadores evitam-nas.

Ilhota em chamas V. Os deputados que os vereadores de Ilhota procuraram em Brasília só trabalham lá terça e quarta-feira. Os outros cinco dias, alegam que precisam ficar em Santa Catarina para atender à base. Qual a razão para não procurá-los aqui? O que os vereadores não querem na imprensa, está nos aplicativos de mensagens. Aliás, muitas destas conversas dão se levadas ao Ministério Público dá inquéritos e processos por improbidade e prevaricação. Ai, ai, ai.

José Carlos de Carvalho Júnior é dentista, ou seja, com curso superior. Ele acaba de fazer um concurso para ser técnico, ou seja, de nível médio: quer ser vigilante sanitário. Entre 18, ficou em quarto. Júnior, como é conhecido, está secretário de Saúde, depois de ser presidente da Fundação Municipal de Esporte e Lazer.

Pelo currículo, Júnior é antes de tudo um soldado do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB; Por isso, até colocou o seu nome para ser candidato a vereador. Entretanto, na Vigilância Sanitária, os efetivos estão arrepiados. Foram informados que vai se criar vagas para chamar o dentista. É o MDB imitando o PT.

A nova administração do Hospital de Gaspar quis impedir a entrada do Conselho Titular. Quer esconder as filas das crianças e adolescentes no Pronto Atendimento. Tem gente que entrou às 10h e as 15h não havia sido antendido.

Será neste domingo, às 9h, nas escadarias da Igreja Matriz de São Pedro, o protesto contra os congressistas que atrasam o Brasil e vivem chantageando – como nesta semana - os pagadores de impostos, o quais eles dizem representar. Acorda, Gaspar!

Comentários

Miguel José Teixeira
15/03/2020 21:52
Senhores,

CNN:Chega de Nheco-Nheco!

Será que finalmente o Brasil globalizou-se de verdade?

Aguardemos, pois.
Miguel José Teixeira
15/03/2020 19:55
Senhores,

No portal Globo.com:

"Maia diz ver com perplexidade participação de Jair Bolsonaro em manifestação"

Era só o que faltava. Agora o chantagista-mor quer também ditar a agenda presidencial.

Volte para a Escola, fujão!
Herculano
15/03/2020 10:19
PROTESTO EM GASPAR SURPREENDEU

Nem a real ameaça do Coronavírus, nem a tentativa de colocar água no chope por Márcio Cézar - ele propagava o protesto para a tarde -, impediu que quase 200 pessoas fossem à escadaria da Igreja Matriz de São Pedro nesta manhã de domingo ensolarado.

Um recado como poucos por aqui aos congressistas que usam os votos e o dinheiro dos cidadãos contra o país. Este outubro está chegando. O de 2022 está muito perto. Acorda, Gaspar!
Herculano
15/03/2020 09:23
POR QUE VACINAS PARA COV-2 VÃO DEMORAR, Marcelo Leite, jornalista especializado em ciência e ambiente, no jornal Folha de S. Paulo

Não se anime com anúncio da empresa Moderna; testes servem para evitar que imunização agrave covid-19

Muito barulho se fez quando a empresa americana Moderna anunciou, há três semanas, uma candidata a vacina contra o coronavírus da síndrome respiratória aguda grave, Sars-CoV-2. A expectativa criada, contudo, foi prematura.

Destacou-se, com justiça, a façanha de desenvolver um preparado com potencial imunizante apenas 42 dias depois de conhecida a sequência genética do vírus. Embora reportagens tenham registrado que a vacina ?"caso venha a funcionar?" só estaria disponível talvez em um ano e meio, recebeu menos atenção a hipótese de que esse prazo a torne inócua.

Ninguém sabe, ainda, o que acontecerá com a enfermidade covid-19. A pandemia pode ser contida em pouco mais de um ano, como ocorreu com a do primeiro coronavírus, Sars-CoV-1, em 2003 e 2004.

Dezesseis anos atrás, também houve correria para criar vacinas contra a Sars, assim como no caso da síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers), que assolou em especial a Arábia Saudita entre 2012 e 2019. Poucos sabem que nem mesmo uma delas foi ainda testada e aprovada, ou que os ensaios clínicos decisivos só vão começar em dezembro deste ano.

Obter licença para pôr no mercado uma vacina não é trivial. Em condições normais de temperatura e pressão, demora uns três anos, sem contar o tempo de desenvolvimento do produto. Mesmo com as vias aceleradas ("fast tracks") franqueadas a epidemias e pandemias sérias como as de ebola e Sars, dificilmente acontece em menos de 18 meses ou dois anos.

Não se trata de burocracia, mas de precaução imprescindível. A vacina anunciada pela Moderna terá segurança testada diretamente em voluntários saudáveis, talvez já a partir do mês que vem, mas sua eficácia em geral se verifica primeiro com cobaias infectadas, para ver se o produto é capaz de deter a instalação e a multiplicação do vírus no organismo.

Não se faz esse tipo de experimento com humanos, por óbvias razões éticas. Os modelos animais de preferência para isso são camundongos, fáceis e baratos de manter e reproduzir. Logo se verificou, porém, quando o surto ainda estava restrito à China, que esses roedores não se infectam com o CoV-2.

A saída seria recorrer a camundongos geneticamente modificados, anos atrás, para exibirem receptores em suas células compatíveis com o dispositivo invasor do CoV-1 e se tornar, assim, suscetíveis à Sars. Mas essas linhagens foram descontinuadas.

Delas sobraram só amostras congeladas de espermatozoides dos machos, que agora começaram a ser usadas de novo. No entanto, os animais só ficarão prontos em quantidade suficiente lá por abril ou maio.

Outro fator a justificar o máximo de cautela tem nome abstruso, algo como potencialização dependente de anticorpos ("antibody-dependent enhancement", em inglês). O fenômeno paradoxal, não muito comum, acontece quando os anticorpos produzidos contra o vírus acabam por ajudá-lo a penetrar nas células ou a se multiplicar nos próprios soldados do sistema de defesa, como macrófagos.

Recomenda-se firmar certeza de que essa possibilidade está descartada para determinada candidata a vacina antes de sair a aplicá-la por aí. É por causa dessa possibilidade de reações adversas que se fazem testes primeiro com animais e depois com bem poucos seres humanos.

A vacina precoce da Moderna, que se baseia numa plataforma de mRNA, tem de superar todas essas barreiras. Ocorre que nenhuma vacina da empresa empregando essa tecnologia foi ainda aprovada pela FDA, a agência de fármacos dos EUA.

Não conte com vacinas para se proteger e aos seus. Comece lavando as mãos direito, a toda hora, evitando aglomerações e deixando de lado máscaras e redes sociais.
Herculano
15/03/2020 09:16
COISAS ESTRANHAS

Baile funk pode. Missa, não? Por que o corona vírus teria imunidade em um, e noutro não?
Herculano
15/03/2020 09:13
FORAM DE GRAÇA PEDIR PELOS BRASILEIROS E NÃO PELO GOVERNO

Os artistas e comunicadores juram que não receberam nada para gravar depoimentos ao governo na campanha de prevenção ao Coronavírus

Pois deputados federais não acreditam. Estão ameaçando chamar estes artistas e comunicadores a Brasília - gastar dinheiro e ficarem expostos ao próprio vírus - para eles explicarem nas Comissões da Câmara, se isso é verdade ou não. Circo. Chantagem. Constrangimento.

Meu Deus!

Os deputados não acreditam nas palavras públicas dos artistas e comunicadores - que segundo ele estariam projetando o governo ao doarem a imagem para uma campanha emergencial. Vergonha. Insensatez!

Quem não acredita nos parlamentares é o povo, que mesmo com a gravidade pandemia que se alastra por aqui,está nas ruas para dizer que não concorda com as estultices dos políticos, eleitos para representar o povo e não para tungá-lo nos pesados impostos que sustentam toda esta esbórnia

Vão trabalhar... e a favor dos brasileiros.
Herculano
15/03/2020 09:04
da série: fanatismo ou o grito contra a chantagem dos congressistas que empobrecem o povo para levar vantagens contra o Executivo de plantão. Foi assim com Fernando Henrique, foi assim com Luiz Inácio Lula da Silva, PT, que criou o mensalão e o petrolão para aplacar a fome de corromper dos parlamentares, foi com Dilma Vana Rousseff, PT, que não aguentou o tranco e foi impichada. É hora, de ao menos por essa esbórnia liderada por Rodrigo Maia e David Alcolumbre, ambos do DEM, sob o mínimo controle.

BOLSONARISMO NAS RUAS

Conteúdo de O Antagonista. Os militantes governistas, a despeito da pandemia de Covid-19, prometem ir às ruas em 229 cidades neste domingo.

Independentemente de suas pautas, é um teste para medir o apoio fanatizado a Jair Bolsonaro.
Herculano
15/03/2020 08:53
DESCULPAS

Aos que reclamam que a coluna não está disponível no facebook do jornal e portal, as minhas desculpas
Herculano
15/03/2020 08:51
UM DOMINGO, A ESPERA DO CORONAVÍRUS

Sem campeonato Inglês uma parte do domingo está perdida. Resta à leitura de densos artigos e livros que se acumulam. à espera da CNN, necessária para estimular a Globonews ser melhor do que é, mas principalmente ser mais plural e tirar a acomodação dos seus "especialistas" convidados.

E ao fim zapear, sem se viciar, pelas notícias nos portais sérios, tão combatidos pelos políticos e o poder de plantão em todas as esferas. Quanto mais combatidos, mais críveis.

Herculano
15/03/2020 07:06
JÁ ESTÁ DOMINADO?

O "novo" PL de Gaspar, mal se arrumou e o engenheiro Rodrigo Althof, quase de pára-quedas à cena política para ser seu presidente.

Ontem, durante a troca de mensagens públicas com Charles Benevenutti, admitiu que o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, vai ser reeleito.

Cada coisa!
Herculano
15/03/2020 07:03
ARRUMAÇÃO, por Marcos Lisboa, economista, presidente do Insper, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda (2003-2005), no jornal Folha de S. Paulo

A crise é grave e requer uma imensa coordenação de esforços

Na última semana, desabrocharam diversos conflitos disfuncionais há muito semeados.

Alguns acreditaram que a aprovação da Previdência seria o resultado de uma nova, e eficaz, forma de relação do Executivo com o Congresso. Engano. A aprovação se deu apesar do confronto crescente.

A reforma estava mais do que madura, quase fora aprovada no governo Temer, e os ruídos criados por teses destrambelhadas sobre os números da Previdência haviam sido desfeitos.

A agenda de reformas enroscou por falhas de ambos os Poderes. O Executivo se perdeu em meio a controvérsias e anúncios fantasiosos que geraram apenas barulho. Por culpa dele, que não sabia bem o que queria, a tributária ficou parada. O mesmo ocorreu com as privatizações.

O governo gastou parte do seu capital político com a ineficaz medida da liberdade econômica, que, tempos depois, não disse bem a que veio. As medidas constitucionais enviadas ao Senado se dividem entre as inócuas e a importante PEC emergencial, deixada de lado por descaso do Executivo.

A renovação do Fundeb é um capítulo à parte. Começou com uma equivocada proposta do Ministério da Educação, que foi ampliada pela Câmara.

O mesmo ocorreu com o Orçamento impositivo, que foi defendido pelo presidente e pelo ministro da Economia. No seu primeiro ano de aplicação, porém, o Palácio iniciou um conflito inusitado com o Congresso.

A proposta orçamentária aprovada foi avalizada por ministros, incluindo a estranha emenda impositiva do relator, que dispõe de R$ 30 bilhões em tempos de penúria. Posteriormente, porém, o presidente a vetou a pedido dos técnicos. O governo não sabe o que o governo faz?

Recentemente, o Senado entrou na dança propondo benesses sem saber quem vai pagar a conta.

Neste circo que ameaça pegar fogo, alguns temem que a regra do teto de gastos iniba os recursos para enfrentar a crise iniciada pelo novo coronavírus. Os gastos com calamidades, no entanto, estão excluídos do limite do teto, sendo necessária apenas a abertura de crédito extraordinário.

Pelo que afirmam os técnicos, o maior risco dessa epidemia é a sua rápida disseminação, que resulta em demandas de serviços de saúde para além do que cada comunidade pode oferecer.

As necessidades dependerão das condições de cada localidade e, por isso, deve haver recursos livres e inteligência para identificar os problemas específicos e customizar as soluções.

Na semana em que costeamos o precipício, o tamanho do problema impôs um meio armistício. Que seja o freio de arrumação e paremos com esse jogo inconsequente. A crise é grave e requer uma imensa coordenação de esforços.
Herculano
15/03/2020 07:00
CHEGA DE CORONAVÍRUS, por Carlos Brickmann

Trump proibiu a entrada nos EUA de passageiros da União Europeia, declarou estado de emergência, liberou US$ 50 bilhões para que cidades e estados combatam o coronavírus, o Federal Reserve Bank lançará US$ 1,5 trilhão para enfrentar os problemas econômicos trazidos pela pandemia.

O primeiro-ministro israelense Netanyahu fechou as fronteiras do país: de onde quer que venha, o viajante terá de passar por 14 dias de quarentena e convidou o principal líder da oposição, Benny Gantz, para um governo de união nacional para combater o coronavírus. E Netanyahu teve de disputar três eleições contra Gantz (duas delas empatadas) para manter-se no poder.

Argentina e Bolívia proibiram voos provenientes da Europa. Em todos os casos, o objetivo é reduzir o risco de entrada de novos contaminados.

No Brasil, o navio de turismo italiano MSC Fantasia, o segundo maior a operar no país, com capacidade para 5.700 passageiros, atracou nesta sexta em Maceió. O governador alagoano Renan Filho proibiu os passageiros de passear na cidade. Mas os passageiros foram passear. "Passeios curtos", dizem as empresas de turismo receptivo. Mas Renan Filho age como se houvesse proibição: diz que os pacotes de passeios no Estado foram suspensos e suspensos ficarão.

ALGO MAIS?

Orlando, nos Estados Unidos, fechou os parques temáticos, sua principal atração turística. Aqui, o presidente Bolsonaro disse que o coronavírus era superestimado pela imprensa ?" e só aceitou a existência da pandemia quando seu secretário da Comunicação, Fábio Wajngarten, foi contaminado. Por isso o presidente decidiu fazer o teste, que deu negativo ?" ainda bem.

Mas mesmo assim houve confusão: a Fox News, ligadíssima a Trump, disse que Eduardo Bolsonaro havia informado que o pai tinha contraído o vírus. Eduardo nega, põe a culpa nos horrendos jornalistas, mas a Fox confirma: disse, sim. A Fox pertence a Rupert Murdoch, direita total. Deve achar Bolsonaro meio petista.

E A ECONOMIA?

Trump disse que salvará as empresas americanas feridas pela pandemia (imagine uma empresa aérea, pagando aluguel de aviões, pagando lugar nos aeroportos, proibida de voar para seu principal destino). No Brasil, quais os planos para enfrentar a crise? Paulo Guedes, no Congresso, foi raso, causou decepção ?" não por anunciar medidas que talvez não funcionassem, mas por praticamente não anunciar nada. Disse (e tem razão) que é preciso aprovar rapidamente as reformas. OK, como diria o presidente. Mas a reforma administrativa está nas mãos de Bolsonaro há quase quatro meses, a reforma tributária nem está proposta, e além disso, mesmo aprovadas exatamente como o Governo quiser, mesmo que sejam ótimas, não terão efeito imediato.

Até lá, como evitar a quebra das empresas atingidas pela crise? Será liberada em abril a metade do 13º, uma tentativa de manter o consumo aquecido até que a epidemia se esgote. Fala-se em gastar R$ 5,1 bilhões no combate ao coronavírus. Mas ainda procuram onde achar esse dinheiro.

MUDANÇA À VISTA

O general Luiz Eduardo Ramos, secretário do Governo, está em baixa: foi quem negociou com o Congresso aqueles R$ 30 bilhões do Orçamento. Não agiu sozinho: Bolsonaro aprovou a negociação. Mas, em seguida, voltou-se contra ela e chegou a apoiar a manifestação que deveria ocorrer hoje. Enfim, os parlamentares não confiam mais no general, não por duvidar de sua palavra, mas por achar que não tem força junto ao presidente para mantê-la.

Já se falava em tirá-lo. E agora há um bom motivo para a substituição: um velho amigo de Bolsonaro, o deputado Alberto Fraga, líder máximo da Bancada da Bala, foi absolvido num processo e, inocentado, gostaria de estar ao lado do Cavalão ?" apelido carinhoso que dá ao presidente, Aliás, gostaria mesmo de estar na Secretaria do Governo, a do general Luiz Eduardo Ramos.

ATENÇÃO

Presos em Brasília, dirigentes do PCC, o Primeiro Comando da Capital, ameaçam entrar em greve de fome para protestar contra a quantidade e a qualidade da comida que lhes é servida. O principal líder do PCC, Marcola, está lá, mas dizem que é contra a greve de fome. O problema é que ocorreu algo semelhante em São Paulo, no Governo de Cláudio Lembo, quando o PCC se rebelou e mandou matar policiais nas ruas. Teme-se nova rebelião.

VIVA A GLOBO

O PT e partidos que gravitam ao redor detestam a Globo, que chamam de Globolixo e outros nomes pouco educados. Agora, dizem que a Globo nada divulgou sobre manifestações pelo 8 de março, Dia Internacional da Mulher. O presidente Bolsonaro e militantes que gravitam ao redor detestam a Globo, que chamam de Globolixo e outros nomes pouco educados. Acusam a Globo de dizer que o presidente havia convocado a marcha de hoje (que depois suspendeu). Se os dois lados a criticam, a Globo deve estar sendo imparcial.
Herculano
15/03/2020 06:48
NA CRISE DO CORONAVÍRUS, BOLSONARO SERÁ MAIS BOLSONARO DO QUE NUNCA, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Presidente deve dobrar aposta em comportamento conflituoso na política e na economia

O Jair Bolsonaro que surgiu de máscara nas redes não é diferente daquele que se instalou no Palácio do Planalto há pouco mais de um ano. Suas últimas reações à crise do coronavírus mostram que o presidente está disposto a dobrar a aposta num comportamento conflituoso na política e na economia.

Apesar de ter recomendado o adiamento dos protestos deste domingo (15), Bolsonaro sai da novela das manifestações cada vez mais inclinado a fazer um chamado às ruas quando quiser pressionar o Congresso.

Durante sua última transmissão ao vivo nas redes, o presidente indicou que pretende guardar esse megafone no coldre. Ele disse que a mera convocação dos protestos já foi "um tremendo recado ao Parlamento" e que uma nova manifestação poderá ser feita em "um ou dois meses".

Embora integrantes do governo recomendem uma postura de pacificação para enfrentar os efeitos do vírus, o presidente continua apontando em sentido contrário. Na quinta (12), Bolsonaro usou a cadeia nacional de TV para fazer uma ameaça velada aos congressistas. No pronunciamento, ele avisou que "as motivações da vontade popular continuam vivas e inabaláveis".

Líderes políticos acreditam que o presidente deve recorrer cada vez mais ao enfrentamento e à radicalização, especialmente diante das turbulências provocadas pelo coronavírus na economia. Com a expectativa de recuperação em xeque, Bolsonaro precisará animar seus apoiadores com outros confetes.

Esse cenário também deve ampliar a tentação do Planalto em se desviar do ajuste das contas públicas e abraçar medidas populistas. Quando a cotação do petróleo despencou no início da semana, o presidente se mostrou mais sensível à variação de centavos no preço da gasolina do que aos bilhões que o governo deixará de arrecadar em royalties.

Os próximos tempos poderão ser um teste definitivo para a cartilha liberal de Paulo Guedes. Tudo indica que, daqui por diante, Bolsonaro será mais Bolsonaro do que nunca.
Herculano
15/03/2020 06:44
PARAGUAI USA GAÚCHO PARA RETALIAR ATO DE BRETAS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou neste domingo nos jornais brasileiros

Diplomatas brasileiros consideram que o Paraguai usa o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, preso já há dez dias em Assunção como se fosse um bandido perigoso, para retaliar o recente decisão do juiz Marcelo Brêtas, do Rio, que mandou prender Horácio Cartes, ex-presidente do Paraguai. O plano era impor algo semelhante a algum político brasileiro de má fama, mas sobrou para o craque. Horácio Cartes é acusado de ajudar na fuga do "doleiro dos doleiros" Dario Messer, já preso.

LIVRE, LEVE, SOLTO

Rico e influente, Cartes é foragido da "Operação Câmbio, Desligo", do Brasil, mas não é incomodado no Paraguai, onde continua influente.

HÁ QUEM ACREDITE

Cartes usa paixões nacionalistas e conexões no governo, na Justiça e na imprensa para difundir que sua prisão "fere a soberania paraguaia".

NADA MAIS PARAGUAIO

Horácio Cartes multiplicou a fortuna inundando o mercado brasileiro de cigarros contrabandeados, e teria sido financiado pelo pai do doleiro.

VINGANÇA CRUEL

Humilhando o craque, mantendo-o preso, o Paraguai tenta retaliar, além do mandado de Brêtas, um longo histórico de queixas do Brasil.

COM CHUVAS DENTRO DO NORMAL, AMAZôNIA 'APAGOU'

Não foi o coronavírus o responsável pelo sumiço do noticiário dos incêndios e desmatamento na Amazônia. Ao contrário do ano passado, 2020 começou com chuvas dentro da normalidade, segundo o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), e dados em tempo real do INPE mostram desmatamento 8,8% menor que 2019 desde janeiro, 30,1% menor que 2018 e 25,6% menor que o visto em 2016, governo Dilma.

MEMóRIA TEMER

O melhor início de ano para a Amazônia Legal, segundo o INPE, foi 2017, com "apenas" 233,68km2 desmatados. Metade do nível atual.

OUTROS TEMPOS

Em abril do ano passado já pipocavam notícias, algumas falsas, sobre o aumento do desmatamento e as primeiras menções a incêndios.

NÃO ERA O GOVERNO?

A pesquisadora Erika Berenguer (Oxford) citou as altas temperaturas e secas piores causadas pelo aquecimento global para explicar 2019.

OPS, FOI MAL

Menos de 24 horas depois de afirmar não serem necessárias medidas como cancelar grandes eventos em São Paulo, em razão do coronavírus, o governador de São Paulo, João Doria, mudou de ideia.

MARCHA À RÉ

Assim como Doria, o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) ameaçou criticar a decisão rápida do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, de suspender aulas e eventos. Depois recuaram.

SAUDADES DE FERNANDO

Pré-candidata do PT à prefeitura do Recife, a deputada Marília Arraes deixa escapar uma lágrima furtiva, quando lembra do ex-ministro da Justiça Fernando Lyra, que a descobriu e convenceu entrar na política aos 20 anos, quando se elegeu vereadora em Pernambuco.

AQUELE ABRAÇO

A deputada Caroline de Toni (PSL-SC) comemorou a campanha de vaquinha para ajudar D. Cida, mãe do menino Fábio, morto pela trans Suzy, estrela do Fantástico da semana passada. Foram R$ 200 mil.

LEITÃO É ANTIVÍRUS

O coronavírus causou pânico essa semana, na Câmara. Mas não foi o suficiente para afastar Fábio Ramalho (MDB-MG), que chegou mais uma vez à Casa, na quarta, com leitões assados para os colegas.

DENÚNCIA INVESTIGADA

A Polícia Federal pediu cópia da gravação em que o vice-líder do governo no Senado, Chico Rodrigues (DEM) afirma que o deputado Édio Lopes (PL) e o ex-senador Romero Jucá (MDB) desviaram R$ 12 milhões do Distrito Sanitário Especial do Leste, em Roraima, e incendiaram o prédio sede do órgão para apagar as provas.

PROTESTO (MEIO) MARCADO

Após o pedido para suspender as manifestações deste domingo (15), as redes sociais reagiram. "Já que Bolsonaro está destruindo a destruição, como disse Dilma, vamos cancelar o cancelamento".

IRONIA NO MUNDO REAL

O 11º Fórum sobre Medicamentos no Brasil foi suspenso por causa do surto de coronavírus, doença que ainda não tem remédio, nem vacina. O tema era "Acesso a Produtos Inovadores e Terapias Avançadas".

PENSANDO BEM...

...no vale-tudo da política, só faltaram fogos de artifício após as fofocas sobre a "contaminação" de Bolsonaro. Tudo fake, menos a torcida.
Herculano
15/03/2020 06:19
A REALIDADE PARALELA DE BOLSONARO, por Elio Gaspari, nos jornais o Globo e Folha de S. Paulo

Presidente foi o único governante a minimizar o risco do coronavírus

- Eu acho... eu não sou médico, não sou infectologista. Do que eu vi até o momento, outras gripes mataram mais do que essa.

Que Jair Bolsonaro não é médico, todo mundo sabia. Sendo presidente da República, podia ter acompanhado a serenidade de seu ministro da Saúde, do governador de São Paulo e de David Uip, que é infectologista, e há semanas lidam com o caso do coronavírus. Outras gripes mataram mais que essa, inclusive a espanhola, que em 1919 levou o presidente Rodrigues Alves. (Como Tancredo Neves, ele foi eleito mas não assumiu.)

Noves fora papagaios do Irã, Bolsonaro foi o único governante a minimizar o risco do coronavírus. Contrariou quem é médico, a Organização Mundial da Saúde e seu ídolo Donald Trump.

Desde moço o capitão Bolsonaro abriga-se numa realidade paralela. Ele tinha 32 anos quando se encrencou na carreira militar. Deixou o Exército pela porta lateral de uma carreira política num episódio que envolvia a autoria de um croqui primitivo de um atentado a bomba contra uma adutora. Dois laudos periciais disseram que ele havia sido o autor do desenho. O Superior Tribunal Militar entendeu que os laudos eram quatro e exonerou-o, sabendo que ele passaria para a reserva. Essa história está contada e documentada no livro "O Cadete e o Capitão", de Luiz Maklouf Carvalho.

Passou o tempo e Jair Bolsonaro elegeu-se presidente da República. Logo no início do seu mandato, ele se viu assombrado pelas traficâncias de seu chevalier servant Fabrício Queiroz, protetor do miliciano Adriano da Nóbrega. Dele nada se ouviu, salvo que "sou um homem de negócios, eu faço dinheiro". Em mais de um ano, todos os envolvidos nessa trama recorreram a uma constrangedora blindagem. Nos dois casos, a realidade paralela foi uma forma de defesa.

Na Presidência, Bolsonaro desenvolveu o que parece ser um folclore diversionista que vai do "golden shower" ao negacionismo das queimadas da Amazônia. Quando o estoque parece esgotado, ele volta a duvidar da lisura das urnas eletrônicas. No caso do coronavírus, o folclore atravessou a rua, misturando-se com a voz do presidente da República numa questão de saúde pública. Continua sendo folclore, mas foi uma atitude pessoal, pois o governo está trabalhando noutra direção, a certa.

Bolsonaro abriga-se numa realidade paralela onde se misturam crenças, manias e até mesmo visões. Em um exemplo, no início do ano ele disse o seguinte: "Em fevereiro vou estar nos Estados Unidos, vou lá visitar empresários, que são militares... vão me apresentar transmissão de energia elétrica sem meios físicos. Se for real, de acordo com a distância, que maravilha! Vamos resolver o problema de energia elétrica de Roraima passando por cima da floresta".

Ele foi aos Estados Unidos e não visitou os empresários "que são militares". (Abracadabra.) Era tudo fantasia, coisa que lhe foi contada por algum maluco. Nesse caso, a viagem de Bolsonaro pela realidade paralela não era contra ninguém. Se fosse coisa real, seria até a favor de Roraima. Eletricidade passando por cima da floresta era uma visão, semelhante à de que pode existir um "Posto Ipiranga" capaz de servir a um governante quando ele precisar de rumo para a economia do país.

FIOCRUZ

A pandemia do coronavírus poderia levar o ministro Luiz Henrique Mandetta a dar uma olhada no caso dos pesquisadores aprovados num concurso de 2016 para preencher vagas na Fiocruz.

Eles foram aprovados, mas excederam as vagas disponíveis. Como a Fiocruz teve seu quadro de servidores drenado, bastaria preencher com esses profissionais as novas vagas.

No INSS, acharam que preencher vagas era bobagem. Deu no que deu.

LULA NÃO FOI O PRIMEIRO

Um curioso que conhece Brasília e sabe história, lembra que Lula não foi o primeiro a atribuir as guerras do século 20 ao interesse dos americanos pelo petróleo.

O fundador dessa nova corrente pode ter sido o ministro Ricardo Lewandowski. Em fevereiro, durante uma sessão do Supremo Tribunal, ele disse o seguinte: "Sabemos, aqueles especialmente que se dedicam ao estudo da história, quantas guerras mundiais foram deflagradas em razão do petróleo, da dominação das áreas petrolíferas, do gás, do xisto, etc. A Primeira Guerra Mundial, a Segunda Guerra Mundial...".

Nenhuma das duas teve a ver com petróleo.

GALERIA ILUSTRE

Durante sua passagem por Miami, Jair Bolsonaro foi ao ateliê do pintor Romero Britto, recebeu um retrato de sua ilustre figura e deu algumas pinceladas noutro, de sua mulher.

Britto é o Diego Velázquez desses novos tempos. Ele já retratou Sérgio Cabral, madame Adriana Ancelmo e Dilma Rousseff.
Herculano
14/03/2020 18:54
A MANIFESTAÇÃO EM GASPAR CONTRA OS CONGRESSISTAS, CHANTAGISTAS E CHEIOS DE PRIVILÉGIOS CONTINUA MARCADA PARA ESTE DOMINGO ÀS 9H, NAS ESCADARIAS DA IGREJA MATRIZ DE SÃO PEDRO APóSTOLO

ELEITOS PARA REPRESENTAREM OS INTERESSES DO POVO, GANHAM POLPUDOS SALÁRIOS, PRIVILÉGIOS NÃO POSSÍVEIS AO TRABALHADOR COMUM, E SE ISSO NÃO FOSSE POUCO, COLOCAM NA CONTA DO POVO, A VINGANÇA QUE ARMAM CONTRA O PRESIDENTE DE PLANTÃO. FOI ASSIM COM FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, PSDB; AUMENTOU COM LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, PT E CHEFOU A NÍVEIS INSUPORTÁVEIS COM DILMA VANA ROUSSEF, PT, A LOUCA.

SE NÃO HOUVER A RUPTURA, OS CONGRESSISTAS VÃO QUEBRAR MAIS O BRASIL ALÉM DO QUE JÁ ESTÁ QUEBRADO POR ELES. SÃO INSACIÁVEIS, MANIPULADORES E INCONTROLÁVEIS

DEPOIS DE LEVAREM OS ABSURDOS R$2 BILHõES - QUERIAM QUATRO - PARA FAZER CAMPANHA POLÍTICA - E PRATICAMENTE SEM FISCALIZAÇÃO - NESTE ANO, BILHõES QUE PODERIAM SER USADOS NA DUPLICAÇÃO DA BR-470, POR EXEMPLO, MAIS PONTES, RESOLVERAM PASSAR A MÃO EM R$20 BILHõES NO ORÇAMENTO DO ORÇAMENTO DO EXECUTIVO PARA FAZER POLITICAGEM ENTRE ELES - E OS MESMOS

COMO ESTA JOGADA ESTÁ SOB MALHO NACIONAL, INCONFORMADOS DECIDIRAM PELA RETALIAÇÃO.

IRRESPONSAVELMENTE, NESTA SEMANA, SOB HOLOFOTES DA SOCIEDADE, DERRUBARAM O VETO DE OUTROS R$20 BILHõES E MANDARAM O GOVERNO PAGAR O BPC A QUEM NUNCA CONTRIBUIU COM A PREVIDÊNCIA - DESESTIMULANDO QUEM CONTRIBUI COM O SISTEMA -, SEM INDICAR DE ONDE VIRÁ O DINHEIRO, SENÃO EM MAIS PESADOS IMPOSTOS CONTRA OS CIDADÃOS, A MAIORIA DE POBRES, OU ENTÃO EM CORTES EM OBRAS ESSENCIAIS, PESQUISAS, NA PRECÁRIA SAÚDE PÚBLICA...
Herculano
14/03/2020 18:38
AO MENOS 6 PESSOAS QUE ENCONTRARAM BOLSONARO ESTÃO COM O NOVO CORONAVÍRUS

Três casos confirmados são da comitiva oficial; resultado mais recente é de empresário

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Ao menos seis pessoas que estiveram próximas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante viagem aos EUA, na semana passada, estão infectadas com o novo coronavírus.

O caso mais recente é o de um empresário que estava no grupo que acompanhou a visita do presidente aos EUA. Ele preferiu não se identificar.

Três outros casos são de integrantes da comitiva oficial de Bolsonaro na viagem à Flórida. Anunciaram que contraíram a doença o chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), Fabio Wajngarten, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) e o diplomata Nestor Forster, indicado para o cargo de embaixador do Brasil em Washington.

A divulgação de que outros participantes da missão foram infectados ocorreu depois que o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) disse à Folha que os resultados de todos os testes da comitiva ?"exceto Wajngarten?" tinham dado negativo.


A lista com os integrantes da comitiva oficial foi divulgada pelo Palácio do Planalto. Nem todos os listados viajaram com Bolsonaro no avião presidencial e ela não inclui os nomes de auxiliares técnicos e da equipe de apoio.

Ao menos uma pessoa que acompanhou Bolsonaro na Flórida, mas que não consta na lista oficial divulgada pelo Planalto, afirmou também ter sido diagnosticada como portadora do coronavírus: a advogada Karina Kufa, tesoureira do Aliança pelo Brasil, disse que seu exame deu positivo.

Ela está em isolamento e, pelas redes sociais, tem atualizado seu estado de saúde. "Hoje acordei bem melhor, os sintomas praticamente sumiriam. Até agora não tive febre e falta de ar, que são os fatores de alerta", escreveu a advogada neste sábado (14).

Entre os anfitriões, o prefeito de Miami, Francis Suarez, anunciou, na sexta (13), ter recebido o diagnóstico positivo para o novo coronavírus. Ele participou de evento com Bolsonaro e sua comitiva na segunda-feira (9), na Flórida.

Há uma série de membros da comitiva oficial que aguardam os resultados dos seus testes ou que ainda não os divulgaram. É o caso do ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores), do chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, Raul Botelho, do presidente da Embratur, Gilson Machado, do secretário Aquicultura e Pesca, Jorge Seif, do presidente da Apex, Sergio Segovia, do chefe do escritório da Apex em Miami, Mauro Cid, do secretário de Comércio Exterior, Marcos Troyjo, e da Secretária Especial do PPI, Martha Seiller.


Procurado, o ministério da Economia disse que Martha está sem sintomas e que fez o teste na sexta-feira (13) na rede privada, mas ele ainda não ficou pronto. Troyjo também disse que está cumprindo os protocolos de isolamento de quem volta do exterior e que está aguardando o resultado do exame. Questionada neste sábado (14), a Apex disse que só poderia fornecer as informações sobre os seus funcionários na segunda (16).

Durante a viagem aos Estados Unidos, que ocorreu entre 7 e 10 de março, Bolsonaro teve um jantar com o presidente americano, Donald Trump.

O alerta sobre casos de contágio na comitiva oficial que foi à Flórida foi dado após as suspeitas sobre Wajngarten. Ele foi o primeiro a se submeter aos exames, que deram positivo para a Covid-19. A notícia fez com que a equipe médica do Planalto passasse a monitorar Bolsonaro e os demais auxiliares que o acompanharam aos EUA. Após realizar os testes, o presidente anunciou na sexta que não é portador do vírus.

A expectativa é que Bolsonaro faça dois novos exames ?"o primeiro após sete dias, e o segundo em 14?", seguindo parte do protocolo da Operação Regresso (que trouxe 34 brasileiros que estavam em Wuhan, na China). Esse é o período de incubação do vírus. A Folha solicitou ao Palácio do Planalto cópia do resultado do exame, mas não obteve resposta.

Além de Bolsonaro, já revelaram que seus exames deram negativo para o coronavírus a primeira-dama Michelle Bolsonaro; os ministros Fernando Azevedo (Defesa), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Augusto Heleno (Segurança Institucional); o governador Ratinho Junior (Paraná); o senador Jorginho Mello (PL-SC), os deputados Eduardo Bolsonaro (sem partido-SP) e Daniel Freitas (PSL-SC) e o assessor para assuntos internacionais da Presidência, Filipe Martins.

O diplomata João Mendes também fez parte da comitiva. O Itamaraty informou que, por estar nos EUA, ele está seguindo o protocolo sanitário daquele país. A orientação é fazer os exames caso a pessoa apresente sintomas, o que não é o caso de Mendes.
Herculano
14/03/2020 12:06
ABAFANDO UM CRIME CONTRA O CONSUMIDOR

Você chega num posto de combustível em Gaspar com uma Duster, que no manual diz caber no máximo 50 litros.

Abastece e ela diz que aceitou mais de 60 litros de gasolina? E não é em preço de combustível barato - que possa levantar desconfianças antes do abastecimento -, mas o mais caro da cidade que ainda está a R$4,39?

E todos trabalhando para abafar o caso e que ele não chegue aos órgãos de controle (Procon, ANP) e à imprensa local? As redes começam a tratar o assunto com provas. Quem fiscaliza isso? Vergonha!

O que vai se alegar para abafar: a suposta idoneidade anterior do empresário? A ligação com a cartelização dos postos? Que o erro foi do bombeiro? Que o tanque estava furado? Que a bomba falhou exatamente naquela operação? Que se trata de uma armação do consumidor? Meu Deus!
Miguel José Teixeira
14/03/2020 10:49
Senhores,

Da Coluna do CH replicada abaixo:

"...deve ter sido difícil para o canal de TV americano Fox News confirmar informações com um deputado que não sabe falar inglês."

Yes. . .pelo menos além de fritar hamburgueres ele também sabe divulgar notícias falsas!

Pronto para ser embaixador lá em "caixa-prego".

Viche-uai-tchê!
Herculano
14/03/2020 07:58
BEBIANO "MORREU DE TRISTEZA"

Conteúdo de O Antagonista. Gustavo Bebianno "morreu de tristeza", segundo Paulo Marinho.

Ele disse para a Veja:

"A cidade do Rio perdeu um candidato que iria enriquecer o debate eleitoral, e eu perdi um irmão. O Gustavo morreu de tristeza por tudo que ele passou. Agora é hora de confortar a esposa, os filhos e os amigos."
Herculano
14/03/2020 07:29
MORRE AOS 56 ANOS O EX-MINISTRO GUSTAVO BEBIANNO

Segundo amigos da família, Bebianno sofreu um infarto às 4h deste sábado (14) em seu sítio em Teresópolis

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Catia Seabra, do Rio de Janeiro. Morre aos 56 anos o ex-ministro Gustavo Bebianno. Segundo amigos da família, Bebianno sofreu um infarto às 4h deste sábado (14) em seu sítio em Teresópolis, no Estado do Rio.

Amigo de Bebianno, o empresário Paulo Marinho informa que o corpo será velado em uma capela vizinha ao sítio onde faleceu.

Em 2014, Bebianno ofereceu a Bolsonaro seus serviços como advogado, função que assumiu em 2017, quando o capitão já manifestava a intenção de concorrer à Presidência.

A pedido de Bolsonaro, Bebianno assumiu, em 2018, a presidência do PSL e a coordenação de campanha à Presidência.

Após a vitória, ele foi anunciado como secretário-geral da Presidência.

Ele foi demitido no dia 18 de fevereiro de 2019, após a Folha trazer à tona o escândalo das candidaturas laranjas lançadas pelo partido que presidia.

No ano passado, ele se filiou ao PSDB, partido pelo qual pretendia disputar a Prefeitura do Rio.

Sua exoneração foi antecedida por uma troca de farpas com o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente.

Após a explosão do caso, apelidado de laranjal do PSL, Bebianno disse ter conversado com Bolsonaro sobre o assunto.

Carlos foi às redes sociais negar que a conversa tinha existido. Em resposta, Bebianno revelou o teor de mensagens trocadas com o presidente. Sua demissão foi anunciada cinco dias depois da revelação do caso.
Herculano
14/03/2020 07:06
POLÊMICAS E CRENÇAS INFUNDADAS SOBRE O DÉFICIT PÚBLICO, editorial do site Gazeta do Povo, Curitiba PR

A economia não é uma ciência exata, é uma ciência social. Essa afirmação pode ter um lado de verdade, mas, em nome dela, vêm sendo trazidas ao cenário do debate científico e político ideias e propostas que haviam sido sepultadas há algum tempo. Em verdade, a economia, como um sistema de produção, circulação, distribuição, acumulação e consumo, tem aspectos típicos das ciências sociais, mas tem também leis científicas típicas das ciências exatas, a exemplo da física e da matemática.

Um dos problemas dos debates a respeito é confundir a economia como um sistema produtivo com a economia no sentido de modo de produção. Para exemplificar, se alguém observar um pão e sua função como produto alimentício, esse produto é exatamente o mesmo em Cuba, Coreia do Norte e China (que são considerados economias socialistas), Canadá, Estados Unidos e Bélgica (consideradas economias capitalistas). A questão é que o processo econômico que dá existência ao pão é igual em todos os lugares. A terra tem de ser preparada, a semente tem de ser plantada, o trigo tem de ser colhido, o moinho tem de transformar a matéria-prima em farinha, a padaria tem de assar o pão para, a partir daí, chegar ao café de manhã de alguém.

Esse processo que começa na terra e percorre toda uma cadeia de plantio, transporte, indústria, comércio, venda e consumo do pão incorpora um conjunto de procedimentos, operações e tarefas cientificamente definidas, sem o que não se obtém o produto. Não importa se o processo produtivo se dá em um país capitalista (sistema baseado na propriedade privada dos meios de produção, organização empresarial do processo produtivo e trabalho assalariado, sob regime de liberdade econômica) ou em um país socialista (sistema baseado na proibição de propriedade privada dos meios de produção, no planejamento, comando centralizado, controle estatal do sistema e ausência de liberdade econômica).

A economia é uma área da atividade humana em que os milagres são poucos e os sacrifícios, muitos

Capitalismo e socialismo (ou comunismo) não são duas economias, são dois modos de produção e realização das mesmas operações produtivas para a elaboração de algum bem ou serviço. Nos dois sistemas, há necessidade de um mecanismo para fixar produção e preços, que requer um estoque de moeda para o funcionamento das trocas, poupança, financiamento e acumulação de capitais. O estoque de moeda em circulação não é uma invenção sem regras, pelo contrário: é fruto de uma decisão técnica e controle rigoroso de circulação, expansão e contração. Em geral, a moeda - que é um sistema de vales obtidos e transacionados pelos agentes que participam do processo produtivo - tem sua fabricação e circulação sob o controle do governo, que é o único agente autorizado a emitir, expandir e retirar dinheiro de circulação.

Para a tarefa de emitir e administrar a moeda, o sistema financeiro e o mercado de crédito, em geral o governo cria uma estrutura com certo grau de autonomia operacional, que é o banco central (BC). Até os anos 1980, houve certo prestígio para uma corrente de pensamento que pregava não haver prejuízos causados por déficits públicos (gasto maior que a arrecadação tributária), já que o governo detinha o monopólio da fabricação de dinheiro e poderia cobrir parte de seus déficits com emissão monetária. Essa corrente perdeu prestígio quando se percebeu que, nos países em que sistematicamente os governos emitiram moeda para cobrir déficits, o excesso de dinheiro circulando era absorvido em forma de inflação ou hiperinflação.

A raiz da inflação (editorial de 25 de março de 2016)
Foi preciso que a inflação mostrasse todo o estrago que faz no sistema econômico e toda a destruição que provoca em termos de recessão, desemprego, pobreza e desmoronamento do mecanismo de preços como medida de valor e reserva de valor, para que o mundo entendesse que o estoque de moeda deve ter correspondência rigorosa no tamanho da produção do país. Como os governos, sobretudo após a Segunda Guerra Mundial, não deixaram de ter déficits por temerem a destruição causada pela inflação (para muitos economistas, inflação não é aumento de preços; é emissão monetária, da qual o aumento de é mero efeito), seguiram-se décadas em que os governos pagaram seus déficits com emissão de dinheiro e fazendo dívida.

Ocorre que o quanto de dívida um governo pode fazer é limitado pelo quanto de poupança nacional a sociedade privada deposita nos bancos a fim de que estes emprestem ao governo. Naqueles países em que o governo se tornou fabricante de déficits exagerados, parte era financiada com emissão de dinheiro e parte com dívida pública, prática que passou a causar inflação e juros altos, além de provocar escassez de fundos disponíveis nos bancos para emprestar aos consumidores e às empresas. Com licença para criar déficits, muitos países, entre eles o Brasil, passaram a gastar toda a arrecadação tributária em custo da máquina administrativa e serviços públicos, ficando sem recursos próprios para investimentos em infraestrutura física e infraestrutura social.

Atualmente vêm ressurgindo propostas para que os governos executem programas de obras e paguem com emissão de dinheiro, pois, segundo seus autores, pelo fato de gerar empregos e aumentar o produto nacional, a emissão de dinheiro não teria consequência inflacionária. Esse simplismo não faz sentido. A relação entre a emissão de dinheiro para cobrir déficits e seus efeitos em termos de aumentar a produção de bens e serviços de consumo é desarmônica no tempo e é sempre causadora de inflação, quando não hiperinflação. Se fosse possível empregar todos os desempregados em obras públicas e pagá-las com emissão de dinheiro sem nenhum dano inflacionário, nenhum país teria desemprego. A economia é uma área da atividade humana em que os milagres são poucos e os sacrifícios, muitos."
Herculano
14/03/2020 07:00
UMA VERDADE ESCONDIDA E OS CONGRESSISTAS DIZEM NÃO SABER A RAZÃO PELA QUAL O PROVO IR ÀS RUAS CONTRA ELES

do José Nêumanne Pinto, no twitter:

Congresso dá golpe por bilhões: Objetivo de Centrão e esquerda, sem votos nas urnas, é substituir Bolsonaro, eleito presidente para gerir Orçamento, por Domingos Neto, obscuro deputado do PSD do Ceará submisso a chefões partidários
Herculano
14/03/2020 06:55
COMITIVA DE BOLSONARO TEM QUATRO INFECTADOS

Conteúdo de O Antagonista. O embaixador Nestor Forster pegou o novo coronavírus.

Ele é o quatro integrante da comitiva de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos a ser diagnosticado com o Covid-19.

Além dele, foram infectados também Fábio Wajngarten, Karina Kufa e Nelsinho Trad.
Herculano
14/03/2020 06:52
ESTOCADAS ENTRE GUEDES E MAIA REFLETEM RELAÇÃO NO LIMITE, por Julianna Sofia, secretária de Redação da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo

Os dois, que já rezaram o mesmo credo, agora duelam

Há uma pergunta em aberto após a derrota imposta pelo Congresso ao governo na ampliação dos benefícios assistenciais, criando uma despesa de R$ 200 bilhões em dez anos. O episódio seria também sinal de enfraquecimento do "primeiro-ministro", Rodrigo Maia? Contrário à medida, o presidente da Câmara perdera as rédeas da articulação ao não conter a fúria revanchista de congressistas contra o Palácio do Planalto? Talvez.

Mas o clima de cizânia entre o deputado e Paulo Guedes (Economia) abre espaço para outras leituras. Considerados os principais artífices da aprovação da reforma da Previdência, os dois, que já rezaram o mesmo credo, agora duelam.

Com o tranco provocado pelo pibinho de 2019, a guerra dos preços do petróleo e a coronacrise, o ministro passou a jogar sobre os ombros do Congresso a responsabilidade por uma solução. Enviou aos parlamentares uma lista com 19 prioridades legislativas para gerar crescimento. Numa reunião, cobrou deles uma saída política para o nó econômico, sem ele próprio apresentar medidas de efeito imediato- essas seriam condicionadas ao avanço da agenda reformista. "A solução é política, é de todos os senhores."

À Folha, Maia verbalizou a frustração parlamentar. Neste momento, reformas não bastam. "Se olhar os projetos, tem pouca coisa que impacte a agenda de curto prazo ou quase nada. (...) A crise é tão grande que a gente não tem direito de imaginar que o ministro de uma das maiores economias do mundo possa ter pensado de forma tão medíocre."

Em reação, Guedes anunciou na sequência que apresentará um pacote econômico em 48 horas para combater os efeitos do coronavírus. Sem dar trégua, pediu celeridade ao Parlamento nas reformas.

Enquanto flerta com o autoritarismo e semeia crises, a gestão Bolsonaro falha em mostrar competência diante dos abalos que chacoalham o planeta. Será Maia o adulto a sair da sala, condenando o governo à própria sorte? Talvez.
Herculano
14/03/2020 06:46
CONGRESSO QUER USAR CORONAVÍRUS PARA NOVA FOLGA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou neste sábado nos jornais brasileiros

Em casa, sob quarentena, o senador Nelsinho Trad (MDB-MS), decidiu apoiar a ideia, sob exame pelo seu colega Davi Alcolumbre (DEM-AP), de decretar "recesso" no Congresso, em razão do avanço da pandemia do coronavírus. A proposta tem sido muito criticada porque, afinal, já foram adotadas medidas para impedir o acesso do povo ao Congresso onde senadores e deputados trabalham apenas às terças e quartas, desfrutando de um "recesso branco" de cinco para cada oito dias.

FECHANDO PORTAS

Esta semana, Senado e Câmara já impuseram restrições de acesso de cidadãos comuns às suas dependências, a pretexto do coronavírus.

POSSÍVEL CONTÁGIO

O senador Nelsinho Trad, que é médico, está sob quarentena porque é um dos suspeitos da doença. Ele viajou para Miami com Bolsonaro.

HORA DA VERDADE

Os presidentes do Senado e Câmara fizeram testes para coronavírus, além de vários outros parlamentares preocupados.

PASSEIO CUSTOSO

Após viajar nas asas da FAB para França e Espanha, áreas críticas do coronavírus, Rodrigo Maia entrou no rol de suspeitos com a doença.

HOSPITAIS ACUSADOS DE ABRIR VAGAS PARA INFECTADOS

A decretação de pandemia para coronavírus, cuja transmissão agora é "comunitária", tem provocado uma mudança de atitude em hospitais importantes como o célebre Albert Einstein, de São Paulo. Familiares de pacientes internados nesse hospital agora percebem uma pressão para que transfiram os pacientes para suas casas, em "home care". O objetivo seria abrir vagas para possíveis contaminados de coronavírus. Por sua assessoria, o Einstein nega com veemência essa intenção.

LEVA-E-TRAZ

Familiares afirmam que o hospital sugere levar os doentes para casa e, se necessário, que chamem a ambulância. A R$2,6 mil por chamada.

PARECE POUCO CASO

Na tentativa de persuasão, segundo os familiares, fica a impressão de "pouco caso" com a sorte dos pacientes, sobretudo os mais velhos.

ESCOLHENDO QUEM MORRE

Na Itália, epicentro europeu do coronavírus, discute-se dar oxigênio de acordo com a idade do paciente, mas privilegiando os mais novos.

MARÍLIA CANDIDATA

O PT decidiu finalmente que a deputada Marília Arraes (PE) será a candidata do partido à prefeitura do Recife. A decisão derrota o senador Humberto Costa (PT-PE), que insistia no apoio à candidatura do PSB por razões meramente fisiológicas, um vexame.

SUSPEITO Nº 1

Com diagnóstico confirmado de coronavírus, o prefeito de Miami, Francis Suarez, é quem pode ter transmitido a doença para o secretario de Comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarten.

SINTOMAS

Fábio Wajngarten contou ontem que se sentiu mal durante o voo de volta, e já chegou em São Paulo febril. Desembarcou usando máscara, pegou as malas e seguiu direto para o Hospital Albert Einstein.

CASO DE DIVÃ

Teve gente inconsolável com o negativo de coronavírus de Bolsonaro. Em vez de pedir perdão, inventou uma desculpa por difundir notícia falsa: que bolsonaristas a "plantaram" para "desmoralizar a imprensa".

GOL DE PLACA

O general e ministro Augusto Heleno (Segurança Institucional) descobriu ser mais querido que imaginava: o "coronavírus negativo" foi comemorado no Planalto como um golaço do seu Flamengo.

ÍNDIO QUER CELULAR

Na reunião da Comissão Mista em Defesa dos Povos Indígenas, o que chamou atenção foi o grande número de aparelhos celulares de última geração nas mãos dos indígenas.

PROTEÇÃO SUFICIENTE

Segundo a Federação Brasileira de Hospitais "medidas simples como lavar constantemente as mãos com água e sabão, ou utilizar álcool em gel 70%; isolar de pacientes acometidos pela Covid-19; e profissionais de saúde usarem proteção são suficientes para se proteger da doença.

MELHOR MÉDIA

A produção diária de veículos em fevereiro no Brasil foi a melhor desde 2014. Por dia, foram produzidas 11.177 unidades, com 204,2 mil no total do mês. Houve um crescimento de 6,5% em relação a janeiro.

PENSANDO BEM...

...deve ter sido difícil para o canal de TV americano Fox News confirmar informações com um deputado que não sabe falar inglês.
Herculano
14/03/2020 06:37
TESTE DE CORONAVÍRUS DE SENADOR QUE ACOMPANHOU BOLSONARO AOS EUA DÁ POSITIVO
o
Nelsinho Trad participou de reunião na quarta-feira (11) com Guedes, Mandetta, Maia e Alcolumbre

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Daniel Carvalho, da sucursal de Brasília.

O teste de coronavírus do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), 58, deu positivo, segundo informou a assessoria de imprensa do parlamentar na noite desta sexta-feira (13).

"Fiz o exame, que resultou positivo. Serenamente, com fé em Deus, e atendendo todas as orientações dos profissionais de saúde envolvidos nesse enfrentamento, estou em casa com a minha família, guardando o período de isolamento", afirmou o parlamentar em nota.

O senador, que preside a Comissão de Relações Exteriores do Senado, é a segunda pessoa da comitiva que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) levou aos Estados Unidos no fim de semana passado a contrair o vírus.

Ele fez o teste na quinta-feira (12), logo depois que o secretário de Comunicação do governo federal, Fabio Wajngarten, que também participou da viagem, teve a confirmação de que está com covid-19.

Bolsonaro fez o teste na quinta e, nesta sexta, disse que seu exame havia dado negativo.

Outro senador que integrou a comitiva que foi aos EUA, Jorginho Mello (PL-SC), testou negativo para o coronavírus.

Ele encaminhou à Folha uma foto do resultado do exame na tarde desta sexta. O senador disse que teve pouco contato com Wajngarten ao longo da viagem.

Ainda como caso suspeito, Mello foi ao Senado na quinta-feira para comandar uma reunião da CPI (comissão parlamentar de inquérito) que investiga o acidente ocorrido com a equipe da Chapecoense, em 2016.

Nelsinho Trad foi ao Senado na quarta-feira (11) e participou da reunião sobre coronavírus que aconteceu em um plenário com deputados e senadores de diversos partidos, inclusive os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Também participaram os ministros Paulo Guedes (Economia), Luiz Henrique Mandetta (Saúde), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto (Banco Central).

O senador informou ter permanecido em Brasília.

Alcolumbre também fez o exame na noite quinta, mas, até a publicação desta reportagem, o resultado não havia sido revelado.

Já Maia afirmou à Folha nesta sexta que não havia feito o teste.
Miguel José Teixeira
13/03/2020 21:30
Senhores,

Eis a piada pronta do texto abaixo:

"Senadores já trabalham de casa"

- - -

"Parlamento estuda fechar as portas"
(fonte: Correio Braziliense, hoje, em "Política")

"O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, submetido a teste para saber se está infectado, pode estabelecer recesso se houver casos confirmados entre parlamentares e servidores. Senadores já trabalham de casa.

O Congresso pode ser fechado totalmente devido ao coronavírus. Ontem, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foi submetido a um teste para verificar se está infectado pelo vírus causador da Covid-19. A depender do resultado, ele deve suspender as votações na Casa a partir da próxima semana ou até estabelecer recesso parlamentar como medida de precaução.

No decorrer da semana, Alcolumbre se reuniu com integrantes da comitiva que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro na viagem à Florida, nos Estados Unidos. Entre os que foram na delegação estava o secretário de Comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarten, que testou positivo para o coronavírus.

Com medo de uma proliferação em massa de casos no Congresso, muitos senadores conversaram por telefone com Alcolumbre ontem. Houve quem se antecipou a qualquer ordem do presidente da Casa e agiu por conta própria. Alguns congressistas deixarão os gabinetes, como o senador Marcos Rogério (DEM-RO), que aconselhou seus funcionários a trabalharem de casa a partir de hoje.

"O momento é realmente de muita reflexão, de muita cautela. Cheguei de manhã ao meu gabinete e havia um conjunto de funcionários lá todos de máscara. E não é pânico. Não é terrorismo. É cautela mesmo", argumentou. "Eu acho que, neste momento, nós temos um problema maior para enfrentar. Nós temos um tema que deve nos mobilizar a todos em torno dele. Há um problema de saúde pública."

O senador Confúcio Moura (MDB-RO) adotou a mesma providência. "Nós vamos trabalhar em casa. Vamos montar um grupo de WhatsApp. O chefe de gabinete vai coordenar todo o trabalho. Nós temos hoje os sistemas. Não vamos aglomerar mais gente dentro do Senado", frisou. "Tramita dentro da Câmara e do Senado uma quantidade de gente incalculável. Eu acho que, com todas as medidas que nós tomarmos, grandes, pequenas, minúsculas, maiúsculas, para conseguirmos segurar esse vírus aqui no Brasil ?" porque a gente não conhece o comportamento dele no clima dos trópicos ?", estaremos, assim, contribuindo."

Outro senador que trabalhará a distância é Ângelo Coronel (PSD-BA). "Por precaução, vou liberar meus assessores por 15 dias para trabalharem home office. Só ficará no gabinete um assessor para atender ligações. Criaremos grupo de WhatsApp para resolver as demandas. Melhor prevenir do que remediar", defendeu.

Ontem, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), passou o dia inteiro na residência oficial. Até o momento, nem ele nem nenhum dos seus assessores são considerados suspeitos. Eles também não foram submetidos ao exame molecular que detecta a infecção pelo novo coronavírus.

Comissões
O presidente da comissão mista que discute a reforma tributária, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), cogita continuar os trabalhos do colegiado de forma remota, por home office. Parlamentares do grupo pedem a suspensão dos trabalhos, que, a princípio, teriam a duração de 45 dias.

A suspensão "é uma possibilidade que estamos analisando", disse Rocha. "Mesmo assim, continuaríamos trabalhando fora do recinto da comissão", explicou. Dessa forma, seria possível manter o prazo estipulado pelo relator da matéria, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Ele pretende apresentar o parecer na última semana de abril, para que possa ser votado até 5 de maio.

O senador Major Olímpio (SP), líder do PSL no Senado, um dos que pedem ao presidente da comissão que suspenda as sessões por duas ou três semanas, conversou com Rocha sobre o assunto. "Solicitei um posicionamento dele, porque a situação entrou num nível de emergência. Ele também entende que é bastante razoável essa preocupação e ficou de discutir com os integrantes e com o presidente Davi Alcolumbre", contou.

Técnicos que trabalham com Ribeiro na elaboração da reforma afirmam que a possibilidade de adiar os encontros está no radar do deputado. Eles avaliam que é possível avançar no texto, mesmo por telefone e internet, mas que os problemas seriam as audiências públicas. "É possível que tenha, sim, um atraso no cronograma. Isso está sendo estudado", afirmou uma pessoa próxima ao relator. O grupo marcou uma série de reuniões com especialistas e integrantes do governo, que precisariam ser adiadas. Olímpio explicou que "vem gente de todo o país" para as audiências.

"Cheguei de manhã ao meu gabinete e havia um conjunto de funcionários lá todos de máscara. E não é pânico. Não é terrorismo. É cautela mesmo"
Marcos Rogério, senador

"Por precaução, vou liberar meus assessores por 15 dias para trabalharem home office. Criaremos grupo de WhatsApp para resolver as demandas. Melhor prevenir do que remediar"
Ângelo Coronel, senador

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Já imaginaram se o contribuinte não perceber que o Congresso Nacional está com as portas fechadas?

E, se, por acaso perceber, seguramente terá certeza que haverá considerável redução de despesas com a manutenção daquela INUTILIDADE PÚBLICA!
Herculano
13/03/2020 18:59
ENTRE 150 E 170 PARLAMENTARES FIZERAM EXAME PARA TESTAR NOVO CORONAVÍRUS, DIZ LÍDER, por Diego Amorim, de O Antagonista.

O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB), disse a O Antagonista que "entre 150 e 170" parlamentares fizeram de ontem para hoje exame para testar novo coronavírus.

Não há nenhum caso confirmado, até aqui, entre deputados e senadores.
Miguel José Teixeira
13/03/2020 16:53
Senhores,

Só para PenTelhar:

E o ex e futuro presidiário lula, hein?

Tudo indica que por conta do coronavírus, interrompeu sua campanha internacional propagando as mazelas brasileiras fruto dos desgovernos PeTralhas.

Nem o atrelado UOL publica os press releases do arauto do apocalipse.
Herculano
13/03/2020 16:46
TRUMP DECLARA ESTADO DE EMERGÊNCIA LIBERA US$ 50 BILHõES PARA COMBATE AO NOVO CORONAVÍRUS

Conteúdo de O Antagonista. Donald Trump acaba de declarar estado de emergência nos Estados Unidos e anunciou a liberação de US$ 50 bilhões para estados e localidades combaterem o novo coronavírus.

"Isso vai passar, vamos passar por isso e vamos estar mais fortes. Muito foi aprendido", disse.

Pediu aos americanos que somente aqueles que apresentem sintomas da doença se submetam aos testes - disse que meio milhão de exames já estarão disponíveis na semana que vem.

"Estamos anunciando uma nova parceria com o setor privado para acelerar nossa capacidade de testar o novo coronavírus, para que todos que precisarem façam o teste de forma rápida.
Herculano
13/03/2020 16:41
SEM VÍRUS

Do jornal Correio Braziliense, em Brasília DF, no twitter:

Após visita aos EUA, senador Jorginho Mello testa negativo para coronavírus
Herculano
13/03/2020 15:26
Ao João

A cobra e o sapo, foi a união do MDB com o PP no tempo do Adilson Luiz Schmitt e Clarindo Fantoni. O fim de tudo é super conhecido.

A atual união do poder de plantão, é da águia, com o lagarto e a aranha. Vai do céu às entranhas da terra. O resultado dela, só no dia quatro de outubro.

E para combatê-la - com muitos disfarces - vai faltar bicho esperto para não ser presa fácil da águia, do lagarto e da traiçoeira aranha. E camaleão será um deles. acorda, Gaspar!
Miguel José Teixeira
13/03/2020 15:23
Senhores,

Em tempos de coronavírus a gauchada mostra suas credenciais:

"Batalha campal, pontapés e expulsões: imprensa internacional repercute confusão no Gre-Nal"

(fonte: https://globoesporte.globo.com/rs/futebol/libertadores/noticia/batalha-campal-pontapes-e-expulsoes-imprensa-internacional-repercute-confusao-no-gre-nal.ghtml)

Mas bah, tchê!

Por zero-a-zero poderiam ter ficado em casa assistindo o BBB, né Renato?

Se bem que, isto é a Liberta!
João C. Bastos
13/03/2020 13:54
Ao Dr. Renato.

PL pode também significar: Partido Laranja ou ainda, conforme nosso nobre colunista, barriga de aluguel.

A verdade é que o PL nasce da mistura de cobra com sapo.
Pode isto dar certo?
Herculano
13/03/2020 13:13
da série: o primeiro a sofrer o choque de realidade.

MAIA TEM RESULTADO POSITIVO EM PRIMEIRO EXAME DE CORONAVÍRUS

Presidente da Câmara ainda fará contraprova para saber se contraiu o vírus. Teste feito por Bolsonaro deu resultado negativo
POLÍTICA

Conteúdo da TV Record e Jornal O Estado de S. Paulo. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), testou positivo na primeira prova para determinar se contraiu coronavírus, segundo apurou a Record TV. O parlamentar ainda fará a contraprova para determinar se está com a doença covid-19.

Procurada, a assessoria de imprensa do deputado disse que iria apurar a informação.

Nesta sexta-feira (13), fontes do Planalto confirmaram que os exames de coronavírus de toda a comitiva do presidente Jair Bolsonaro na viagem para os Estados Unidos deram negativo. Eles foram submetidos a exames depois que o secretário especial de Comunicação, Fábio Wajngarten, também presente na viagem, comunicou que contraiu o vírus.

Além de Bolsonaro, também foram testados a primeira-dama Michelle e toda a equipe do governo que foi para os Estados Unidos e está em Brasília. A solicitação do teste aconteceu depois da confirmação da doença no secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, que está em quarentena domiciliar, e só retornará ao trabalho quando não houver risco de transmissão da doença.
Herculano
13/03/2020 13:10
MANIFESTAÇÃO EM GASPAR MANTIDA NESTE DOMINGO ÀS NOVE HORAS DA MANHÃ

A coluna estava pronta na quarta-feira. E repeti a informação do protesto de Gaspar neste domingo contra os congressistas chantagistas.

Ontem a noite veio o cancelamento para as grandes cidade.

Hoje pela manhã, Demetrius Wolff, confirmou que em Gaspar a manifestação está mantida. Então... Acorda, Gaspar!

Herculano
13/03/2020 13:07
BOLSONARO AFIRMA QUE NÃO CONTRAIU CORONAVIRUS

Presidente fez o teste nesta quinta-feira (12), após informação de que o chefe da Secom da Presidência contraiu a doença
Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo.O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não contraiu o coronavírus, segundo ele mesmo informou em publicação em suas redes sociais nesta sexta-feira (13).

Bolsonaro fez o teste um dia antes, após a informação de que o chefe de Comunicação Social da Presidência da República, Fabio Wajngarten, 44, havia contraído a doença. Ambos viajaram juntos para os EUA de sábado (7) a terça-feira (10) e estiveram reunidos com o presidente americano, Donald Trump.

Desde a notícia sobre Wanjgarten, Bolsonaro passou a adotar procedimentos de segurança que irão alterar a agenda do governo. Ele passou a quinta-feira no Palácio da Alvorada, residência oficial, onde foi monitorado pela equipe médica da Presidência.

Na terça (10), na viagem oficial aos EUA, Bolsonaro havia chamado os impactos do coronavírus de "mais fantasia". Ao saber da contaminação do secretário, a Casa Branca afirmou que Trump e o vice-presidente Mike Pence não seriam testados. "Deixa eu colocar da seguinte maneira: não estou preocupado", afirmou Trump a jornalistas.

O exame para coronavírus foi realizado por outros integrantes da comitiva presidencial que viajou aos EUA, como os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Fernando Azevedo (Defesa), Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

Com o risco de contágio, a rotina administrativa do Palácio do Planalto será alterada. Além da maior restrição ao acesso de pessoas, os eventos e as solenidades devem ser suspensos e o cumprimento diário do presidente na entrada do Palácio da Alvorada deve ser modificado.

Bolsonaro foi advertido pela equipe médica a evitar interação diária com apoiadores na entrada da residência oficial. Desde meados do ano passado, ele costuma descer do comboio presidencial para saudar seus simpatizantes, momentos em que aperta mãos e tira fotos.

A orientação é para que, nas próximas semanas, Bolsonaro se limite a acenar e a conversar com o público a uma distância segura. Assessores relataram à Folha que o presidente foi orientado a tomar outras medidas de precaução. Ele foi aconselhado a evitar aglomeração até pelo menos o mês de maio.

Após ter minimizado os impactos do vírus dias atrás, Bolsonaro fez nesta quinta-feira uma live em redes sociais de máscara e sugeriu a seus apoiadores a suspensão dos atos marcados para domingo (15) com pauta em defesa do governo e de ataques ao Congresso e Judiciário.

"Tem um aspecto que precisa ser levado em conta. Existe [a manifestação], é mais um agrupamento de pessoas. Então a população está um tanto quanto dividida", disse Bolsonaro.

"O que devemos fazer agora é evitar que haja uma explosão de pessoas infectadas [pelo coronavírus], porque os hospitais não dariam vazão a atender tanta gente. Se o governo não tomar nenhuma providência, sobe e depois de um certo limite o sistema não suporta", acrescentou.

"Como presidente da República, eu tenho que tomar uma posição, contra ou a favor. Se bem que o movimento não é meu, é espontâneo e popular."

O presidente comandou sua tradicional live nas redes ao lado do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que também usou máscaras.

Na transmissão, ele também disse que político que tem medo do povo "não tem que ser político". "O povo nas ruas se manifestando como sempre se manifestou de maneira calma, pacífica e ordeira é um direito dele. Contra ou a favor a quem quer que seja", disse.

Mais tarde, desta vez em pronunciamento em rede nacional, o presidente disse que os movimentos são "espontâneos e legítimos", "atendem aos interesses da nação" e "demonstram o amadurecimento da nossa democracia presidencialista".

"Precisam, no entanto, diante dos fatos recentes, ser repensados."
Herculano
13/03/2020 13:02
Ao Renato Luiz Nicoletti,

Boa e própria observação. De um lado surge os Desgarrados do Pago e do outro, os "Agarrados do Paço".

E sobre a imprensa de Gaspar. Ela, neste assunto - de um modo geral e raras exceções - está levando um banho de amnésia e iniciativa, porque não pode desgarrar do poder de plantão por questões óbvias.
SAMAE
13/03/2020 11:48
Todos os dias o Bairro Santa Terezinha mais especificamente a rua Barão Rio Branco,sabe pq isso a grande ideia da direção de deixar somente uma entrada para abastecer toda rua,antes havia três, agora somente uma então qualquer vazamento ou intervenção da empreiteira ficam todos sem água, avança Gaspar no bolso dos consumidores
Renato Luiz Nicoletti
13/03/2020 10:46
Pelas noticias da imprensa (a se confirmar), o PL poderá tem uma outra denominação bem tradicionalista: Desgarrados do Pago.
Herculano
13/03/2020 07:42
da série: para o pessoal da prefeitura de Gaspar ler e aprender depois de alimentar fake news na quarta-feira com um suposto caso de paciente idoso com coronavírus no Hospital sob sua intervenção

O QUE DEVERÍAMOS APRENDER COM O CORONAVÍRUS, por Ben Shapiro, apresentador do "The Ben Shapiro Show" e editor-chefe do DailyWire.com do"The Daily Signal

Talvez a melhor lição disso tudo seja a de que tirar conclusões com base na falta de informação é um erro grave.


À medida que os mercados caem por causa do medo em torno do novo coronavírus, analistas políticos chamam para si a responsabilidade por encontrarem algum sentido na pandemia, reagindo a ela. E, onde há demanda por opiniões especulativas, chamais deixará de haver oferta.

Assim, vimos o presidente Donald Trump ser culpado pelo coronavírus, que se originou em Wuhan, na China. Vimos a reação governamental, que varia muito em termos de sucesso de acordo com o país, ser considerada a refutação definitiva dos preceitos libertários. Vimos o impacto econômico do coronavírus ser chamado de uma conspiração para quebrar a cadeia de suprimentos, alcançando-se, assim, o domínio industrial.

Nenhuma dessas análises é especialmente convincente. A reação da administração Trump tem sido tão forte quanto as tentativas dos antigos governos de lidarem com epidemias como a SARs e a gripe suína.

Embora Trump não projete exatamente uma sensação de competência administrativa, as pessoas ao redor dele, desde o dr. Anthony Fauci, do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, até o cirurgião-geral, dr. Jerome Adams, são plenamente capazes.

O libertarianismo não sugere que a ação coletiva não possa ser posta em prática no caso de emergências públicas causadas por fatores externos - poucos libertários se opõem aos departamentos de política e às regulamentações ambientais, por exemplo - e a ação governamental até aqui foi, na melhor das hipóteses, bastante contida.

As soluções para as cadeias de produção vulneráveis que passam por países autoritários são, primeiro, uma análise das ameaças à segurança quando da formulação de políticas comerciais por parte dos países ocidentais e, depois, o reforço das cadeias de produção por meio da diversificação.

Então quais são as lições reais a serem aprendidas com o coronavírus?

Primeiro, deveríamos dar prioridade aos países que são mais transparentes no que diz respeito à distribuição da informação.

A China tem sido elogiada pela forma como se intrometeu na vida pública, o que reduziu drasticamente a transmissão da doença. Mas, se não fossem os esforços propagandísticos da China para abafar as notícias sobre o coronavírus, a epidemia provavelmente não teria se tornado uma pandemia.

Em segundo lugar, temos de parar de promover rumores anticientíficos sobre coisas como vacinas. A contenção do coronavírus dependerá do desenvolvimento de uma vacina e os norte-americanos deveriam entender que as vacinas funcionam. Equívocos quanto às vacinas devem ser repudiados.

Em terceiro lugar, deveríamos lembrar que crises exacerbam questões subjacentes; elas raramente as criam.

A volatilidade econômica quando da eclosão da epidemia apenas expôs as fragilidades inerentes das economias chinesa e europeia; esses problemas sistêmicos não serão solucionados com um Band-Aid. Os problemas de saúde pública com os moradores de rua provavelmente estarão em evidência nos Estados Unidos; eles não desaparecerão depois do coronavírus.

O coronavírus deveria reforçar a necessidade de uma ação na falta de uma crise.

Por fim, deveríamos lembrar que a caridade e o apoio da comunidade local são importantes. A reação governamental em larga escala jamais será tão eficiente quanto a reação pessoal. Cuide de seus vizinhos. Cuide de sua família.

Passe a se comportar de uma forma que diminua o risco. E espere para obter mais informações. Talvez a melhor lição disso tudo seja a de que tirar conclusões com base na falta de informação é um erro grave.
Herculano
13/03/2020 07:17
EXEMPLO DE TRANSPARÊNCIA DAS ASSESSORIAS DE IMPRENSA DOS GOVERNANTES

Em que pese a banda podre da imprensa já ter falado absurdos sobre [mim], agora falam da minha saúde. Mas estou bem, não precisarei de abraços do Drauzio Varella".

(Fabio Wajngarten, Secretario de Comunicação da presidência, horas antes de admitir que pegara o coronavírus)
Herculano
13/03/2020 07:12
GUEDES DIZ QUE, SEM REFORMAS, NÃO DÁ PARA ATACAR CORONAVÍRUS

Conteúdo de O Antagonista. Paulo Guedes, em entrevista à Veja, disse que, sem reformas, o governo não tem verba para responder à pandemia de Covid-19:

"É por isso que a gente precisa das reformas, para nos dar espaço fiscal. Se promovermos as reformas, abriremos espaço para um ataque direto ao coronavírus. Com 3 bilhões, com 4 bilhões, com 5 bilhões de reais a gente aniquila o coronavírus. Porque já existe bastante verba na saúde, o que precisaríamos seria de um extra. Mas sem espaço fiscal não dá."
Herculano
13/03/2020 06:59
da série: senha para os donos de postos lucrarem. Quanto tempo vai demorar para o preço baixo da Petrobrás chegar às bombas, se chegar?

PETROBRÁS CORTA PREÇO DA GASOLINA EM 9,5%; DIESEL CAI 6,5%
Movimento responde à queda abrupta nas cotações internacionais do petróleo
Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Nicola, do Rio de Janeiro RJ. Cinco dias após os preços do petróleo começarem a derreter no mercado internacional, a Petrobras decidiu reduzir os preços dos combustíveis em suas refinarias. A partir desta sexta (13) a gasolina ficará 9,5% mais barata. O corte no preço do diesel será de 6,5%.

A redução é de R$ 0,16 por litro na gasolina e de R$ 0,125 no diesel. Foi o maior corte promovido pela empresa pelo menos desde o início de 2020.

O movimento responde à queda abrupta nas cotações internacionais do petróleo, pressionadas pelo temor de paralisia na economia global pelo surto de coronavírus e pela guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia. Entre sexta (6) e esta quarta (11), a cotação do petróleo Brent, negociado em Londres, caiu 20%.

Na segunda (9), após o choque nos preços internacionais provocado pelos desentendimentos entre Arábia Saudita e Rússia, a Petrobras disse que era prematuro avaliar os efeitos do cenário sobre seus negócios e que iria acompanhar o mercado antes de tomar decisões.

A taxa de câmbio, outro fator que influencia em sua política de preços, subiu 4,1% entre sexta e quarta. Assim, em reais, a queda da cotação do Brent é menor, de 17%. Além de câmbio e petróleo, a estatal considera custos de importação e margem de lucro para definir seus preços.

Foi o sexto corte de preços nas refinarias da estatal em 2020 ?"a gasolina chegou a ter um reajuste positivo em meio aos cortes. No ano, o preço da gasolina nas refinarias da estatal acumula queda de 21%. Já o diesel caiu 23%.

Os repasses às bombas dependem de políticas comerciais de distribuidoras e postos. Segundo a Petrobras, a gasolina vendida pelas refinarias representa 29% do preço final do produto. No caso do diesel, são 48%. O restante são margens de lucro e impostos.

De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço da gasolina nos postos praticamente não variou desde o início do ano - na semana passada, custava R$ 4,531 por litro, apenas 0,5% a menos do que os R$ 4,555 vigentes última semana de dezembro.

Já o diesel caiu 2,4%, de R$ 3,751 para R$ 3,661 por litro. Em fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acusou os estados a dificultarem a queda dos preços ao não reduzir o ICMS cobrado sobre os produtos.
Herculano
13/03/2020 06:36
PARA 36,2%, GOVERNO MILITAR TORNARIA A VIDA MELHOR, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nos jornais brasileiros, nesta sexta-feira.

Levantamento exclusivo nacional realizado pelo Paraná Pesquisa para o site Diário do Poder e para esta coluna mostra que 36,2% da população acreditam que o Brasil estaria melhor se fosse governado por militares. São 32,7% os que acreditam que um governo militar seria pior, e para 24,4% tudo estaria igual; 6,7% não souberam ou não quiseram responder. A margem de erro é de 2% para mais ou menos.

PREFERÊNCIA REGIONAL

Nas regiões Norte e Centro-Oeste, há uma preferência maior (43,5%) por governo militar. No Nordeste, cai para 39% do total.

Só NO SUDESTE

A região Sudeste é a única onde a maioria acredita que o Brasil estaria pior sob governo militar: 35,8%. Mas para 31,9% seria melhor.

QUADRO INVERTIDO

O quadro se inverte também entre formados no ensino superior: 40,2% condenam um governo militar, enquanto 30,1% sonham com isso.

DADOS DA PESQUISA

O Paraná Pesquisa entrevistou 2.010 pessoas em 162 municípios dos 26 estados e DF, entre 5 e 9 de março de 2020.

ABSOLVIDO, FRAGA VOLTA À LUTA PARA SER MINISTRO

Absolvido nesta quinta (12) no Tribunal de Justiça do Distrito Federal da acusação de cobrar propina quando foi secretário de Transportes no DF, o ex-deputado Alberto Fraga (DEM) retoma a briga para se tornar ministro de "Cavalão", como há 40 anos ele trata o velho amigo Jair Bolsonaro, que se destacava no pentatlo militar. O presidente já utiliza "Pancrácio", como ele chama Fraga (ex-atleta de arte marcial grega, "tataravô do MMA"), na articulação política junto ao Congresso.

CAMINHO LIVRE

Fraga chegou a ser convidado para o ministério, mas disse a Bolsonaro que preferia aguardar o fim do processo do qual ontem foi absolvido.

MINISTRO PANCRÁCIO

Com a absolvição unânime no TJDF, Fraga, o "Pancrácio" voltou a sonhar com o cargo que mais lhe apetece: a Secretaria de Governo.

AQUI, NÃO, VIOLÃO

Fraga ligou imediatamente para contar a "Cavalão" que foi absolvido, mas sua ida ao Alvorada acabou abortada pela crise do coronavírus.

CORONAVIRUS, O INIMIGO

A convite de Braga Netto (Casa Civil), ministros militares do Planalto discutiram ontem (12) estratégias contra o coronavírus, para além das ações definidas pelo Ministério da Saúde. "A situação subiu de patamar", disse um deles a esta coluna. De estratégia eles entendem.

DISTÂNCIA PRUDENTE

O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, foi dos primeiros da comitiva de Bolsonaro a Miami a testar para coronavírus, "por precaução". Mesmo assintomático, preferiu ficar em casa.

NA FILA DO TESTE

Outro que também acompanhou Bolsonaro aos EUA, Ernesto Araújo (Relações Exteriores) esticou para a Washington, onde tinha vários compromissos, mas também achou mais prudente retornar a Brasília.

NO FUNDO DO POÇO

Casou forte impacto o levantamento nacional do Paraná Pesquisas, exclusivo para esta coluna, mostrando que apenas 51,2% dos brasileiros são contrários ao fechamento do Congresso. Mas para impressionantes 43,5%, deputado e senador não servem para nada.

VÍRUS NA CÂMARA É OUTRO

Ontem foi mais uma quinta-feira vazia na Câmara. A presidência da Casa divulgou que Rodrigo Maia estaria "recolhido". Nada a ver com coronavírus, eles são folgados mesmo. Só trabalham terças e quartas.

VÍRUS DA EXPLORAÇÃO

O deputado distrital José Gomes (PSB) pediu que o Procon investigue farmácia e mercados pelo aumento abusivo do álcool gel em Brasília. Pesquisa apontou salto de R$16 para R$42 em apenas uma semana.

AMOR À PRIMEIRA VISTA

O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, e a cantora Vanessa da Mata estão a caminho do altar. Se conheceram no Leblon (RJ), apresentados por Fabiano Serfaty, e foi amor à primeira vista.

TUDO AQUI É PIOR

Crise mundial do coronavírus e briga de produtores de petróleo fizeram a bolsa despencar a 72,5 mil pontos. No impeachment, crise exclusiva do Brasil, o tombo foi muito pior e levou a bolsa aos 37,5 mil pontos.

PENSANDO BEM...

...não deixa de ser perturbadora uma semana que começou com bolsas em pânico, viu o avanço do coronavírus e acaba numa sexta-feira 13.
Herculano
13/03/2020 06:28
BRASIL VENDE RESERVAS INTERNACIONAIS, MAS SEGUE COM ESTOQUE DE DóLARES EM NÍVEL CONFORTÁVEL

BC dispõe de reservas em quantidade adequada; níveis continuam elevados para padrões internacionais
Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Gustavo Patu. Ainda que a venda de reservas em moeda forte seja motivo de controvérsia econômica e política, dados apontam que os montantes em poder do Banco Central continuam em níveis elevados para padrões internacionais.

Segundo parâmetros adotados pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), que levam em conta compromissos imediatos da dívida externa, importações e volume de dinheiro em aplicações financeiras domésticas, o BC dispõe de reservas em quantidade adequada ?"ou até acima disso.

O Brasil fechou o ano passado com reservas cambiais de US$ 356,9 bilhões. Pela métrica do FMI, o índice de adequação é de 1,55 (ou 155%), numa escala que considera ideais, em tese, cifras entre 1 e 1,5.

O montante caiu na segunda-feira (9), quando o BC vendeu quase US$ 3,5 bilhões para enfrentar a disparada do dólar, decorrente das tensões associadas ao coronavírus e à queda dos preços do petróleo.

Nada, porém, capaz de levar as reservas a um patamar tido como desconfortável. Poucos países do mundo, aliás, contam com tantas divisas no caixa em termos relativos.

Os latino-americanos Argentina e México, por exemplo, marcam 0,79 e 1,16, respectivamente, na conta de adequação do FMI, enquanto a gigante China tem apenas 0,83. Entre os principais emergentes, os maiores números em 2019 são de Rússia (3,14) e Índia (1,58).

A folga brasileira - ou excesso, conforme o ponto de vista - já foi maior. Em 2018, as reservas somavam US$ 374,7 bilhões, com adequação de 1,68 para o FMI.

No ano passado, o Banco Central voltou a vender dólares à vista - US$ 36,9 bilhões, precisamente - ao mercado financeiro, o que não acontecia desde a década anterior.

Rompeu-se, assim, um tabu segundo o qual as reservas apenas deveriam servir como uma espécie de bomba atômica - a ser ostentada, mas não utilizada de fato.

A medida suscita polêmica, uma vez que parâmetros como o adotado pelo FMI são apenas indicativos. Não há ciência exata a definir os montantes ideias de reservas.

O tema foi politizado, além disso, porque a acumulação de dólares pelo BC foi uma marca das administrações petistas.

Países emergentes precisam acumular divisas porque suas moedas não são aceitas em transações internacionais de crédito e comércio. Historicamente, o Brasil viveu crises econômicas profundas quando se viu desprovido de recursos para importações e pagamento de credores.

É um erro comum, entretanto, imaginar que a venda de reservas corresponde a uma perda de patrimônio público.

Cada dólar em poder do BC foi obtido por meio de endividamento público em moeda nacional, sobre os quais incidem juros mais elevados que os praticados no exterior.

Quando se desfaz dos dólares, o BC recebe reais que abatem a dívida do governo. A situação orçamentária melhora, com menos juros a pagar.

A dúvida é até que ponto o órgão vai deixar as reservas caírem - questão formulada pelo ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, colunista da Folha, em publicação recente da Fundação Getulio Vargas.

Ele observa que, alternativamente, podem-se negociar swaps cambiais - operação realizada em moeda nacional, mas corrigida pela variação do câmbio, que se tornou usual nesta década.

Barbosa aponta que há espaço para a venda de cerca de US$ 70 bilhões, entre reservas e swaps, se a ideia for preservar o nível mínimo registrado em 2014-15 (na combinação das duas variáveis). Esse seria, porém, um cenário extremo e indesejável.

O economista e consultor Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, não fala em valores, mas considera haver margem para mais intervenções no mercado. "A arte está em não desperdiçar munição", afirma.

Em outras palavras, não se deve buscar uma determinada cotação para o dólar, mas apenas atuar contra oscilações bruscas nos momentos de incerteza e evitar episódios de desabastecimento.
Herculano
13/03/2020 06:20
da serie: os velhacos eleitos e pagos pelo povo, que não hesitam em ampliar a crise, desempregar mais gente para dar o que eles não possuem, para no final colocar mais impostos no bolso dos brasileiros para sustentar suas "viagens" e palanques irresponsáveis. E depois eles dizem ser exagero as manifestações nas ruas contra eles

SETE DEPUTADOS DE SC VOTARAM PELO ROMBO DE R$ 20 BILHÕES NO ORÇAMENTO. por Moacir Pereira, no NSC Total, Florianópolis SC

Viralizou nas redes sociais uma crítica aos sete deputados federais de Santa Catarina que votaram contra o veto do presidente Jair Bolsonaro ao rombo de R$ 20 bilhões no Orçamento da União no veto do chamado BPC, o Beneficio de Prestação Continuada.

A decisão do Congresso Nacional foi considerada irresponsável, pois o governo não tem recursos para mais esta despesa bilionária e o acréscimo vai quebrar todo o programa de equilíbrio fiscal da União.
Veja os deputados de Santa Catarina que votaram pelo novo rombo fiscal:

Angela Amin(PP)
Carmem Zanotto(Cidadania)
Celso Maldaner (MDB)
Geovânia de Sá (PSDB)
Hélio Costa (Republicanos)
Pedro Uczai (PT)
Rodrigo Coelho (PSB)
Herculano
13/03/2020 06:13
da série: os bandidos do Brasil, com mandato popular, cheios de privilégios, criam despesas em plena crise para o povo, seus eleitores pagarem a conta, se aumentar a crise e eles fingirem serem os santos da história na chantagem que fazem não contra o presidente da República, mas contra a sociedade.

PAUTA-BOMBA, editorial do jornal Folha de S. Paulo.

Ao criar gasto sem lastro, Congresso foge de debate sobre o Orçamento na crise

O texto que eleva em R$ 20 bilhões ao ano as despesas assistenciais do governo, sem previsão orçamentária, serve como exemplo dos riscos de conferir ao Congresso, no atual cenário, maiores poderes sobre a gestão das finanças públicas.

Os parlamentares decidiram alegremente ampliar a clientela que faz jus ao benefício de um salário mínimo (R$ 1.045 mensais) pago a idosos e deficientes de baixa renda, conhecido como BPC.

Para tanto, mudaram-se os parâmetros para a concessão do auxílio, hoje pago a pessoas cuja renda familiar per capita não ultrapassa 25% do salário mínimo.

Deputados e senadores votaram por elevar esse limite a 50% no ano passado, em proposta vetada pelo presidente Jair Bolsonaro - com o correto argumento de que não havia indicação dos recursos destinados a cobrir a nova despesa. Na quarta-feira (11), os congressistas derrubaram o veto presidencial.

Não resta dúvida de que Bolsonaro age de modo temerário, quando não antidemocrático, ao fomentar conflitos com o Legislativo. Tampouco se pode negar que seria desejável ampliar verbas para a seguridade social. Nada disso justifica, porém, a irresponsabilidade orçamentária que, inevitavelmente, prejudica toda a sociedade.

O Orçamento deste 2020 estima um déficit primário ?"isto é, receitas insuficientes para a cobertura dos gastos, mesmo sem considerar os juros da dívida?" de R$ 124,1 bilhões. Dito de outra maneira, o governo terá de tomar emprestado esse montante para pagar seus compromissos mais básicos.

Criar nova despesa significa, pois, elevar a já descomunal dívida pública brasileira, a menos que se retirem recursos de outras áreas. Desse debate espinhoso, os congressistas se esquivaram.

No atual contexto de turbulência provocada pelo coronavírus, que reduz as perspectivas de crescimento econômico e arrecadação, não é descabido cogitar algum abrandamento orçamentário. Há que fazê-lo de modo criterioso.

Existe certa folga para a elevação de gastos sem descumprir o teto inscrito na Constituição ?"nos cálculos da Instituição Fiscal Independente (IFI, vinculada ao Senado Federal), essa margem seria de cerca de R$ 26 bilhões neste ano.

Deve-se utilizar essa possibilidade ou apenas aceitar um déficit maior decorrente de uma queda da receita? Em caso de mais dispêndio, as prioridades devem ser a saúde pública, obras de infraestrutura ou a assistência social?

São questões cujas respostas dependem da evolução da crise, das novas projeções para a arrecadação e do impacto previsto de cada despesa. Não é decisão que possa ser tomada à base de demagogia e enfrentamento político.
Herculano
12/03/2020 20:55
POSTOS DA SHELL EM TODO PAÍS CORREM RISCO DE DESABASTECIMENTO, por Vicente Nunes, no jornal Correio Braziliense, Brasília DF

A Raízen, que controla a Shell distribuidora de combustíveis, não está conseguindo abastecer sua rede de postos por problemas na área de tecnologia. Há risco de faltar gasolina e diesel em estabelecimentos espalhados por todos os país.

Em carta enviada à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o diretor de Relações Institucionais da Raízen, Claudio Borges Oliveira, informa que, desde a manhã de 11 de março, a Raízen está enfrentado problemas com seus sistema de informática.

A empresa não está conseguindo registrar nem a entrada nem a saída de produtos, pois não consegue acessar os sistemas das receitas estaduais. Ou seja, os postos da Shell estão sem receber combustíveis há dois dias. Por causa dos problemas de informática, vários sistemas foram desligados, inclusive o de faturamento.

"Estamos nesse momento trabalhando uma contingência, em conjunto com as receitas estaduais, de forma a evitar qualquer problema no abastecimento de nossa cadeia revendedora, e até que as nossas operações sejam normalizadas"

O diretor da Raízen garante que manterá a ANP informada "do andamento do assunto e das ações mitigadoras ora em desenvolvimento". Revendedores com a marca da Shell já mostram preocupação com esse quadro.
Herculano
12/03/2020 20:51
O PERFEITO RETRATO DA JUSTIÇA BRASILEIRA QUE ATENDE PRIORITARIAMENTE OS RICOS E DEIXA PARA AS CALENDAS OS POBRES, PRETOS E PUTAS. VERGONHA

STF JULGA PROCESSO DE 52 ANOS

Conteúdo de O Antagonista. O STF julgou nesta quinta-feira, 12, o processo mais antigo da corte. A briga judicial começou em 1968 e chegou ao Supremo em 1969, informa Carolína Brigido em O Globo.

A disputa era em torno das terras do bairro de Vileta, em Iperó, no interior paulista ?"a União reivindicava a propriedade do local, mas o estado de São Paulo contestava.

A antiguidade do processo, levado a plenário por Rosa Weber, chamou mais a atenção que o caso em si. "Eu provavelmente não era nascido, porque nasci em dezembro [de 1968]", observou Alexandre de Moraes.

"Este processo ficou 20 anos sendo sucessivamente suspenso para tentativa de acordo. Nós temos que pôr fim", afirmou Rosa.

Por unanimidade, os ministros do Supremo declararam que as terras pertencem ao estado de São Paulo, e não à União.
Herculano
12/03/2020 20:48
CORONAVÍRUS RECEITA QUARENTENA À LÍNGUA PRESIDENCIAL, por Josias de Souza, no UOL.

Ao infectar o secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, o coronavírus colocou Jair Bolsonaro e todos os que viajaram com ele para os Estados Unidos sob monitoramento médico. O fato inspira preces e reforça um diagnóstico.

Reza-se para que Wajngarten melhore e para que os demais estejam livres do contágio. Suplica-se para que Donald Trump e seu vice Mike Pence, que apertaram a mão do chefe da Secom, não tenham sido infectados. Confirma-se, de resto, que a língua de Bolsonaro, acometida de imprudência crônica, precisa de quarentena.

A língua do presidente, como se sabe, possui vida própria. Fala aos borbotões. Num encontro com empresários americanos, disse que o coronavírus "não é isso tudo que a grande mídia propaga." Chamou de "fantasia" a doença que virou pandemia e dobrou os joelhos da economia mundial.

Com esses comentários, a língua empurrou o presidente para algum lugar situado entre a irresponsabilidade e a alienação. Em qualquer das duas hipóteses, Bolsonaro estará longe da Presidência séria e prudente que os mais de 57 milhões de brasileiros que votaram nele esperavam.

Sem que a língua suspeitasse, Bolsonaro perambulou com o vírus a tiracolo, tomou café com o vírus em saleta reservada, levou o vírus ao jantar oferecido por Trump... Os médicos do Planalto já submeteram o presidente ao teste do coronavírus. O resultado do exame sai nesta sexta-feira. Seja qual for, a língua precisa ser colocada imediatamente em quarentena.

Ainda não se descobriu uma vacina contra a patologia da verborragia presidencial. Mas convém monitorar a língua. Mal comparando, ela vem atuando como uma espécie de Id que mexe diariamente no Ego de Bolsonaro com a varinha da irresponsabilidade psicanalítica, trazendo à tona o lodo que deveria ficar no fundo da inconsciência.
Herculano
12/03/2020 20:41
BOLSONARO DESESTIMULA AS AS MANIFESTAÇõES DE DOMINGO E DÁ FôLEGO AOS CONGRESSISTAS CHANTAGISTAS.

Do site jurídico Jota, no twitter:

Em pronunciamento de rádio e TV, Bolsonaro defendeu legitimidade dos "movimentos espontâneos" que marcaram protestos p/ o dia 15 e disse que eles atendem aos interesses do país, mas reforçou a orientação das autoridades sanitárias p/ que se evitem "aglomerações populares".
Herculano
12/03/2020 20:37
A DÍVIDA PODERIA SER PIOR

De Carlos Góes, no twitter:

Deem graças a Deus que Malan (FHC) e Palocci (Lula) internalizaram a dívida pública brasileira. Se ela ainda fosse majoritariamente denominada em moeda estrangeira, após uma variação de 25% do valor em 1 mês, a essas alturas a gente já estaria prestes a decretar moratória.
Herculano
12/03/2020 19:35
QUARTA-FEIRA. UM BAFAFÁ NAS REDES SOCIAIS E ATÉ NOS BASTIDORES DOS VEÍCULOS DE COMUNICAÇõES. O HOSPITAL DE GASPAR TERIA DIAGNOSTICADO POR DESCONFIANÇA, UM INFECTADO COM O CORONAVÍRUS, COLOCADO EM RISCO OS VULNERÁVEIS QUE ESPERAVAM POR HORAS NO PRONTO ATENDIMENTO E DESPACHADO O INFECTADO PARA BLUMENAU ONDE ESTARIA NUMA UTI.

Este texto publiquei na quinta-feira neste espaço. E por que repito? Para reforçar a falta de planejamento da área de saúde daqui e para que o erro não se repita, com o quase certo agravamento desta virose que deixa exporta e mata preferencialmente gente idosa.

Vamos ao texto atualizado:

Quarta-feira, as redes sociais foram tomadas por depoimentos, fotos e relatos de que um paciente idoso, vindo do Rio de Janeiro, sentindo-se doente, teria procurado o Pronto Atendimento do Hospital de Gaspar e lá teria sido diagnosticado com coronavírus.

Pânico entre as pessoas que estavam esperando até 12 horas no Pronto Atendimento para serem atendidas, mesmo com a festiva mudança de Gestor, o Santé. A desgraça e os problemas continuam os mesmos contra os mais pobres. E há três anos.

Volto ao caso de quarta-feira.

Transparência zero do Hospital, em perpétuo socorro e da secretaria de Saúde, do dentista José Carlos de Carvalho Júnior, bem como do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, em assunto tão relevante

Kleber e Júnior não se espelharam, no ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, deputado Federal pelo Mato Grosso do Sul. Ele tem vindo a público diariamente mostrar que a situação é grave, poderá se agravar mais e que por isso exige ações coordenadas do setor de Saúde nos estados e principalmente nos municípios, além de muita transparência para derrubar o vírus, a ignorância, o pânico e as fake news.

Menos em Gaspar.

Primeiro, não há como diagnosticar, na lata, do Hospital de Gaspar, se alguém na sala de espera do Pronto Atendimento está com coronavírus. Aliás, em nenhum outro local é possível essa mágica. É preciso exames laboratoriais.

Segundo, há medidas imediatas, os chamados protocolos, para diagnóstico e graus de isolamento do paciente e seus contatos.

Terceiro, se o paciente não está grave, pode ser tratado em casa, no próprio hospital e na caso de diagnóstico médico, até ser removido para outro hospital para buscar uma UTI, que aqui não se tem, como insinuavam as desencontradas informações de ontem.

Quarto, distribuir máscaras aos que estão na sala de espera do Pronto Atendimento do Hospital não significa que alguém com coronavírus passou por lá. É apenas um protocolo preventivo.

Aliás, pode alguém até estar na sala transmitindo a pessoas doentes e vulneráveis, sem ser percebido, um doente sem sintomas aparente, por exemplo. Dai à prevenção.

Resumindo e finalizando. O pânico e a desinformação só se ampliaram em Gaspar quarta-feira, porque, a prefeitura de Gaspar, aliás continua interventora do Hospital e por meio da secretaria de Saúde não fizeram o papel dela: o transparência, o de informar, o de orientar. Comunicação zero. Alguma novidade?

A prefeitura de Gaspar preferiu o método do governo Kleber Edson Wan Dal, MDB, o de esconder fatos, ou então nomeá-lo como repórter de si mesmo para fazer da desgraça, uma forma dele aparecer nas redes sociais.

Na quinta-feira, depois da repercussão negativa da atitude da prefeitura, ela resolveu esclarecer o assunto. Perdeu, mais uma vez, para a voz do povo que não é esclarecido por quem tem a obrigação e gasta dinheiro do povo para fazer isso. Acorda, Gaspar!
Herculano
12/03/2020 19:22
UMA PROPOSTA MODESTA, por Alexandre Schwartsman, economista, ex-diretor do Banco Central, no Infomoney

A ideia de suspender ou eliminar o teto de gastos para aumentar o investimento público no combate ao Coronavírus é uma das piores já propostas

Entre as muitas ideias sem sentido na atual conjuntura se destaca, pelos piores motivos possíveis, a de suspender (ou eliminar) o teto de gastos públicos para aumentar os investimentos do governo de modo a evitar, ou mitigar, os riscos recessivos decorrentes dos impactos da pandemia de Covid-19.

A começar pelo assombroso distanciamento da realidade de como a política de gastos (fiscal) é praticada em condições normais de temperatura e pressão. Ao contrário do mundo dos livros-texto, em que o governo decide monocraticamente sobre suas despesas, qualquer programa de investimento precisa - e trata-se de desenvolvimento positivo em nome da democracia - de aprovação parlamentar.

Não é bando de tecnocratas iluminados que determina o melhor projeto de investimento possível, seja no que respeita ao destino da aplicação (transporte? energia? saneamento?), onde será feita e em que momento. O resultado do jogo, democrático, repito, é bem mais complicado, fruto de negociações complexas, geralmente demorado e bem diferente do que sairia da mente do tecnocrata bem interessado. Não seria impossível, mas bastante provável, que tais programas, quando prontos, já tenham se tornado desnecessários do ponto de vista de política anticíclica

Diga-se, aliás, que mesmo que não houvesse interferência parlamentar, também não há garantia que eventuais projetos de investimento fossem gerados apenas com o bem-estar comum como norte. Se assim fosse, ditaduras mundo afora seriam modelos de crescimento, algo consistentemente negado pelas evidências.

Em particular, no Brasil o processo é adicionalmente complicado em pelo menos dois outros aspectos. A lei 8666, que regula licitações, impõe condições severas para gastos como os propostos, com o objetivo de evitar corrupção, sem muito sucesso, como se vê. De qualquer forma, quem tem um mínimo de entendimento de como funciona a máquina pública sabe que até a licitação de um projeto ser aprovada, a pandemia já terá chegado ao fim.

Isso para não falar do licenciamento ambiental, que ?" ao menos ?" pode ficar pronto para quando a próxima pandemia nos atingir.

O distanciamento da realidade também impera no diagnóstico quanto à queda recente dos investimentos públicos, atribuindo-a ao teto de gastos.

Noto que o teto de gastos se aplica única e exclusivamente ao governo federal, e que a queda do investimento público afeta todas as esferas de governo. Em particular, como mostrado na tabela abaixo, a redução do investimento federal representa perto de 30% da redução total; estados e municípios, que não estão sujeitos ao teto de gastos, respondem por 70% da queda. Governos estaduais são responsáveis por metade da queda do investimento público entre 2014 e 2019.

Não foi por falta de receita, que no conjunto do governo geral aumentou perto de R$ 100 bilhões no período. Por outro lado, as despesas dos três níveis de governo aumentaram pouco mais de R$ 160 bilhões, principalmente por conta de benefícios sociais (aposentadorias e pensões majoritariamente), que cresceram R$ 173 bilhões, bem como o funcionalismo, R$ 39 bilhões, apenas parcialmente compensadas por quedas em outras rubricas.

Repetindo descaradamente o que escrevi em várias colunas, esse padrão, sobretudo no que se refere aos governos locais, reflete prioridades distorcidas, assim como a rigidez dos gastos, que poderia ser reduzida por meio de reformas, especialmente a PEC emergencial, aquelas mesmas que alguns dizem ser não prioritárias.

Além do assustador distanciamento da realidade, os proponentes da suspensão (ou eliminação) do teto também ignoram as consequências da medida.

A primeira é o impacto do teto sobre a taxa de juros. Por força de alguma esquizofrenia ainda não totalmente diagnosticada, os defensores da eliminação do teto o fazem em nome de elevar a demanda interna, mas, curiosamente, não consideram qualquer efeito da demanda mais elevada sobre a taxa de juros.

Independentemente de crenças esquizofrênicas, porém, a taxa de juros que vigora com uma política fiscal mais frouxa tem que ser mais elevada do que a que vigora sob política fiscal mais apertada por uma razão simples: para manter a mesma velocidade do carro (ie, a inflação), teremos que pisar mais forte no freio (taxa de juros) se pisarmos mais forte no acelerador (gastos). Tão simples quanto isso.

Outra consequência, mais sutil, mas não menos importante diz respeito à fragilidade institucional. O teto não foi colocado na Constituição por acaso. Percebeu-se que mesmo leis complementares, como a Lei de Responsabilidade Fiscal, podem ser contornadas, ou mesmo facilmente modificadas, caso o governo de plantão esteja realmente disposto a enfiar o pé na jaca fiscal, como amplamente demonstrado no período Dilma.

A ideia de suspender um mandamento constitucional por um motivo supostamente "nobre" depende fundamentalmente do que consideramos 'nobre", o que abre as porta para toda espécie de "pedaladas" sempre com a melhor das intenções (a Bolsa Família e o Programa de Sustentação de Investimento foram alguns dos fins "nobres" das pedaladas fiscais). Depois de aberta a caixa de Pandora, porém, os males se espalham e no fundo só fica a esperança.

Por fim, um argumento recentemente utilizado refere-se à queda recente da taxa real de juros, que melhorou a dinâmica da dívida. Sabemos, em particular, que o superávit primário necessário para estabilizar a relação dívida-PIB pode ser aproximado como a diferença entre taxa real de juros e a taxa de crescimento do PIB multiplicada pela relação dívida-PIB.

Assim, se a relação dívida-PIB é de 80%, com taxa real de juros a 4% e PIB crescendo 1%, o superávit primário requerido é (0,04-0,01) x 0,8 = 2,4% do PIB. Caso, porém, o juro caia a zero, como pode ocorrer em 2020 (sem impulso fiscal, diga-se, mas deixemos para lá), mesmo com o crescimento de 1% o superávit requerido seria (0,00-0,01) x 0,8 = -0,8% do PIB, isto é, até um déficit primário daria conta do recado.

O pequeno problema é que o déficit primário estimado para este ano se encontra na casa de 1,5% do PIB, ainda maior do que seria necessário para estabilizar a dívida. Adicionalmente, o déficit recorrente, sem receitas e despesa extraordinárias será ainda maior, possivelmente ao redor de 2% do PIB. Vale dizer, mesmo a queda da taxa de juros não abre nenhum espaço hoje para elevação do gasto sem comprometer a dinâmica da dívida pública.

Tendo dito isto, noto que despesas derivadas de problemas como uma epidemia de coronavírus podem, sim, ser tratados dentro do arcabouço institucional do teto de gastos. Como notado por Letícia Dias (Créditos extraordinários no novo regime fiscal da EC 95/2016), a legislação permite abertura de créditos extraordinários em casos de calamidade pública. Não falamos, é claro, de investimentos em infraestrutura, mas da possibilidade de mobilizar recursos caso a epidemia se instale no país, hipótese na qual precisaremos de munição fiscal seca para usar, devidamente enquadrada nas regras constitucionais.

À luz de toda discussão acima, e considerando que ?" ao contrário de países desenvolvidos ?" o Brasil ainda apresenta taxas nominais de juros positivas, deveria ser claro que o melhor instrumento para lidar com a consequências do Covid-19 sobre o crescimento é a redução adicional da Selic. Quem diria que autodenominados progressistas se oporiam a essa ideia?
Herculano
12/03/2020 19:12
da série: depois de minimizar a possibilidade, assessor se tornou refém e centro de chacota da própria imprudência e mau exemplo.

WAJNGARTEN VAI ÀS MANCHETES DOS EUA POR RISCO PARA TRUMP, por Nelson de Sá, no jornal Folha de S. Paulo

Secretário de Comunicação divulgou foto ao lado do presidente e do vice-presidente dos EUA, ambos do grupo de risco da doença

No New York Times, a manchete até o meio da tarde de quinta era "Autoridade brasileira que se encontrou com Trump testa positivo" para o coronavírus. O Washington Post usou formulação semelhante.

O NYT destaca que a confirmação da doença veio "dias depois" do encontro tanto com o presidente americano como com seu vice, Mike Pence. E reproduz a foto divulgada por Fábio Wajngarten pelo Instagram, em que também aparece o brasileiro Álvaro Garnero.

Wall Street Journal e WP acrescentam que o senador Rick Scott, republicano da Flórida, também esteve na mesma sala e informou que entraria em quarentena voluntária. Mas nem ele nem Trump e Pence devem passar por exame do vírus, neste momento.

Também os canais de notícia dos EUA se voltaram para Wajngarten, com manchetes como "Exposição de alto nível", na manchete digital da Fox News ao longo da tarde, e as entradas na CNN.

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