Os eleitores mandaram recados claros aos políticos e gestores públicos nas últimas eleições e vão ratificar tudo isso no dia 28 - Jornal Cruzeiro do Vale

Os eleitores mandaram recados claros aos políticos e gestores públicos nas últimas eleições e vão ratificar tudo isso no dia 28

18/10/2018

Todavia, as mudanças não sensibilizaram o suficiente os que escaparam da faxina. Eles continuam surdos e cegos às evidências

Expulsar os vendilhões I

Sou um homem de fé, mas não um carola. Deixo me levar pelas coisas da alma, mas sou cético e me escudo na ciência antes da teologia. Sou um homem minimamente ético, mas não um manso. Sou um revolucionário sem me perder no fundamentalismo que sustenta os levantes. Estou sempre na busca da coerência viva naquilo que a questiono dos outros. Resumindo: sou um imperfeito tentado à perfeição, o utópico de quem se nega ser apenas mais um reles num mundo de contradições e desafios permanentes. Dito isso, reconheço ainda que já mudei muito nas minhas convicções dos meus 20 anos até esta minha década para lá de sexagenária. Carreguei bandeiras, enterrei outras e recomecei como se os meus 20 anos estivessem surgindo aos 30, aos 40, aos 50 aos 60 e poucos. O passado, passou. O presente e o futuro me interessam muito mais, pois estes são os que vivo e viverei com mais intensidade diante do fim que se aproxima numa velocidade surpreendente.

Expulsar os vendilhões II

É preciso reconhecer que estamos passando por dias que parecem repetir o passado. Mudanças mais velozes devido à tecnologia da informação e comunicação. Elas nos engolem e nos deixam analfabetos, perplexos e até sem respostas aos velhos vícios dos que se aboletam do poder. De verdade? Poucos estão compreendendo às mudanças que estão em moda, ditadas muito recentemente pelas urnas e que serão ratificadas daqui a dois domingos. É muito mais que um ciclo histórico. É uma resposta aos exageros dos que abusaram à tal democracia, que a fizeram dela um ícone de libertinagem e não propriamente de liberdade responsável e cidadania. Profanaram uma conquista. Para os que acreditam na Bíblia e a usam como marco moral para os seus na política, fica a advertência: cuidado com os Vendilhões do Templo como nos explica o evangelho de João 2, 13-25. Para essa gente, o que conto a seguir é uma ficção. Usam Deus como guia à pregação, contudo, esbaldam-se nas suas Sodomas e Gomorras. Estão advertidos: a nova onda expulsará os novos profetas de má fé do Templo.

Expulsar os vendilhões III

O que conto? Perguntas fáceis de serem respondidas. Quanto você acha que custa uma amante? Muito mais que uma família. Quanto custa manter um cavalo por mês? Em média R$2 mil. Então multiplique ele pelo número de animais que possui. Adicione ainda vinhos caros à base de R$300,00 cada garrafa, para quem estava acostumado até há poucos dias às cervejas populares de R$5 a garrafa de 600ml. Some apartamentos novos, carrões pagos à vista, moradas caras a beira mar, festas, festanças, viagens, tudo nascido do dia para a noite, tudo registrado na vaidade exibicionista das redes sociais e aplicativos. Agora compare com os salários dessa gente que beira em média a R$ 8.000,00. É contra isso que foi o voto do dia sete de outubro. Será contra isso, o voto do dia 28. E muitos dos políticos – velhos e antigos -não entenderam o recado das urnas e continuam na mesma esbórnia. Inacreditável. Se você achar que alguma coisa disso lhe diz em Gaspar e Ilhota, por favor, penso que é mera coincidência, pois se trata de genérica ficção. Os brasileiros estão cansados de serem enganados e roubados nos pesados impostos que pagam. Alguma dúvida?

Expulsar os vendilhões IV

Para os não cristãos ou os que não conhecem a passagem bíblica que inspira os títulos do artigo, reproduzo a passagem bíblica apropriada. “Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. No Templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. E disse aos que vendiam pombas: ‘Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!’ Jesus conhecia a todos; e não precisava do testemunho de ninguém acerca do ser humano, porque ele conhecia o homem por dentro”. Volto para encerrar. Os eleitores também conheciam os velhos políticos, e agora estão conhecendo os que se dizem novos políticos que se aboletam das repartições públicas; e por dentro. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

O texto principal da coluna da sexta-feira dia 26, já está pronto desde o dia 12. Não mudarei uma vírgula. Apenas acrescentarei o conteúdo do Trapiche. Quem quiser, pode me pedi-lo.

Aprendizado e planejamento zero. Na terça-feira da semana passada o trânsito de Gaspar literalmente deu um nó no Médio Vale do Itajaí. Era dia de detonação de rochas na BR 470. A Ditran, finalmente foi ao Belchior Baixo organizar e fiscalizar a crise por lá. Lamentavelmente, deixou a cidade a descoberto.

Os mosquitos e borrachudos estão literalmente engolindo as pessoas no Distrito do Belchior.

Gaspar sempre atrasada e com gente errada. A terceira ponte de Gaspar sobre o Rio Itajaí Açú, que seria no Bela Vista, renegada pelo ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, agora está projetada e de forma acertada para onde era o Paraíso dos Pôneis.

A nova ponte foi abraçada pelo candidato a governador Gelson Merísio, PSD. Como dificilmente ele será governador...

Uma pergunta que não quer calar. Com a eleição do Comandante Moisés, onde os pendurados nas tetas de sempre do MDB, PP, PSD e outros vão se agarrar? Nas prefeituras para marcar ainda mais a velha política? Ai, ai, ai

Como há gente oportunista na política. Expertos de sempre. Quem trouxe o PT para Gaspar e deu o aval para tudo no meio conservador, agora pulou fora da barca. Antes, porém, sugou o que pode e tem acara de pau de espinafrar a fonte de negócios. Agora diz que é Bolsonaro e PSL desde criancinha. Meu Deus!

Vá entender cabeça de político. O vereador Francisco Solano Anhaia, líder do MDB na Câmara de Gaspar, por pouco não empregou esta semana Margarete Nielsen. Ela é companheira de Gilmar Pereira, o Taiá, pai do secretário de Saúde e prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, MDB.

Não deu certo. É que o presidente da Câmara, desafeto de Pereira e do governo Kleber, Silvio Cleffi, PSC, estava prontinho para apontar o nepotismo cruzado. Alertado, tudo foi desfeito. Anhaia é outro que está trocando eficácia por empreguismo na sua assessoria. Sai uma advogada e entra uma de ensino médio. Eficiência? Hum!

O PP do vice Luiz Carlos Spengler Filho, do chefe de gabinete Pedro Inácio Bornhausen e do mais longevo vereador de Gaspar e presidente do Samae, José Hilário Melato, entre outros, reclama que a coluna deu pouca importância para o feito do partido na eleição do dia sete de outubro.

Falta espelho para essa gente. Agiu igualzinho ao MDB: loteou a cidade entre poucos; mostrou raquitismo político e eleitoral; e ajudou a eleger família que vive da política profissional e gente que nada tem a ver com o Vale do Itajaí, onde está Gaspar.

Para deputado Federal arrumaram 408 votos para Angela Amim (de Florianópolis), menos do que os 410 para Lodegar Tiscoski (de Tubarão e não eleito). Vergonhosa performance. E eu podia parar por aqui, ainda mais para quem se diz governo e com a máquina dele na mão.

Para estadual, o mais votado com 835 votos foi Felipe Colaço que nem era do grupo (Florianópolis e não eleito). José Milton Schaffer, puxado por Melato teve apenas 365 votos (da pequena Sombrio no Sul e eleito).

Outra estrela do grupo do PP de Gaspar foi João Amin, de Florianópolis. Ele conseguiu apenas 143 votos na sua eleição a Alesc. Ele ficou atrás aqui até de Silvio Dreveck 298 votos. Feito o registro. Então, Acorda, Gaspar!

Comentários

João Barroso
21/10/2018 22:02
Herculano!

O melhor do final de semana, vai ficar na história:

PT NÃO, PT NUNCA MAIS. O LULA? O LULA TÁ PRESO BABACA.
Herculano
21/10/2018 16:38
PESQUISAS: TEM GENTE QUE DESACREDITA, MAS TODOS AS TêM E VÃO ATRÁS DELAS.

1. Amanhã trato desse assunto na coluna Olhando a Maré inédita e feita especialmente para os leitores e leitoras do portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, mais acessado e atualizado de Gaspar e Ilhota.

2. Aos que dizem não dar bola para as pesquisas, ai vai o calendário delas para a corrida presidencial desta última semana pré-eleições.

Pesquisas para Presidente (calendário semanal):

Neste domingo, dia 21, ai perto das 21h, sai a do BTG/FSB. Ela orienta a abertura do mercado financeiro amanhã, segunda-feira.

Nesta segunda-feira, dia 22 saem três MDA/CNT (12h) que influência o mercado, além TV Record/Real Time à noite e da CUT/Vox Brasil no fim do dia.

Na terça-feira, dia 23, tem a Ibope à noite no Jornal Nacional, da Globo.

Na quinta-feira, dia 25, sai as 19h o Datafolha, rivalizando com a CUT/Vox Brasil e a da Record/Real Time

Na sexta-feira, dia 26, será publicada as 10h a da XP/Ipespe e que também influencia o mercado financeiro e de investimentos.
Herculano
21/10/2018 16:23
MUITO ALÉM DA ECONOMIA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

O objetivo dos valores liberais não é simplesmente maximizar ganhos econômicos. É assegurar o exercício das liberdades individuais e políticas
O Estado de S.Paulo - 21 Outubro 2018

O tema do liberalismo esteve muito presente na campanha eleitoral deste ano. Entre outros fatores, cresceu o número de candidatos e partidos dispostos a defender ideias liberais, especialmente na área econômica. Ainda que possa parecer pequeno diante da força dos diversos populismos, é um passo importante para a qualidade das discussões políticas do País. A discussão dos valores liberais sempre enriquece o debate público.

Deve-se reconhecer, no entanto, que a campanha eleitoral é um espaço mais propício para simplificações e polarizações do que para um diálogo maduro e construtivo. Por exemplo, as discussões sobre o liberalismo quase sempre estiveram restritas a questões econômicas, o que reforça a equivocada ideia de que as ideias liberais se resumiriam a um conjunto de princípios e postulados relativos à economia e ao mercado.

É evidente que os valores liberais têm consequências na área econômica. No entanto, a defesa da liberdade é muito mais do que um meio para resolver problemas econômicos. O objetivo dos valores liberais não é simplesmente maximizar os ganhos econômicos em uma determinada sociedade. É assegurar o exercício, em todos os âmbitos, das liberdades individuais e políticas.

Um exemplo da ampla dimensão das ideias liberais é a própria história deste jornal. Sob inspiração liberal, o Estado foi fundado em 1875 com o objetivo de contribuir para a abolição da escravidão e a instauração da República. As duas causas não são bandeiras econômicas, ainda que tenham consequências positivas sobre a economia. A abolição da escravatura e a instauração da República eram imperativos políticos baseados numa concepção forte de liberdade.

E a firme defesa da liberdade continua sendo necessária nos dias de hoje. Causa grave prejuízo ao País o discurso, tantas vezes recorrente, de uma suposta oposição entre as ideias liberais e a preocupação social, como se os populistas fossem os grandes aliados políticos da população mais carente.

Na realidade, ocorre o inverso. Os diversos populismos não enfrentam os problemas sociais. Eles utilizam as questões sociais apenas como tática de manipulação política, como ficou evidente nos anos em que o PT esteve no governo federal. O presidente Lula da Silva não utilizou as condições extremamente favoráveis de seu governo - resultado de circunstâncias externas benéficas e das medidas estruturantes promovidas pelo seu antecessor, o presidente Fernando Henrique Cardoso - para realizar reformas que assegurassem as condições para o desenvolvimento das classes sociais mais pobres. Os pobres continuaram dependentes do Estado. Apesar de dispor de condições muito favoráveis, o PT não promoveu as necessárias reformas, por exemplo, na saúde e na educação.

Os valores liberais - que nada mais são do que essa profunda defesa da liberdade em todas as esferas - não estão desvinculados das questões sociais. Só há liberdade real onde estão presentes as condições para se exercer a liberdade. Por isso, o desenvolvimento social de um país não é um aspecto acessório - ele é essencial para o fomento da liberdade.

Vale lembrar também que o regime da liberdade é o regime da lei. A fundamental igualdade de todos, princípio básico de um Estado Democrático de Direito, manifesta-se precisamente na submissão de todos, sem exceção, à mesma lei. Quando o poder público extrapola os limites legais, mesmo nas situações em que tenha apoio popular para isso, ele está violando a liberdade de todos os cidadãos.

Depois de mais de uma década de lulopetismo, o País tem pela frente o inadiável desafio de retomar o crescimento, por meio de uma política econômica responsável e realista. O populismo já causou demasiados estragos. Mas é preciso também restabelecer a igualdade de todos perante a lei, seja para tolher privilégios e benesses, seja para impedir os abusos do poder estatal em searas que não lhe competem. Afinal, a defesa das liberdades individuais não é apenas um tema de campanha - foi um ensurdecedor clamor que se levantou das urnas no dia 7 de outubro.
Herculano
21/10/2018 16:21
NEM SUA TIA NEM SEU "CRUSH" SÃO FASCISTAS, por Reinaldo Azevedo, no jornal Folha de S. Paulo

Jair Bolsonaro (PSL), que disputa o segundo turno da eleição presidencial no próximo dia 28 e, segundo as pesquisas, vai se sagrar vitorioso, é, sim, uma das expressões da direita brasileira. Mas de "novo" não tem nada.

Sobre ele se pode dizer muita coisa, menos que seja liberal. Na desconstrução das armadilhas intelectuais do esquerdismo, só aceito aulas em javanês.

Aliás, e fica aqui a sugestão, Lula bem que podia aproveitar o cárcere para escrever um livro de memórias nominando os bolsonaristas delirantes de agora que lhe faziam mesuras interessadas ao tempo em que eu desconstruía o PT. E o partido, claro!, pedia a minha cabeça, um vício dos patriotas nativos, quase como fazer xixi na rua. É a farsa se repetindo e fazendo história. Adiante.

Bolsonaro encarna a visão da direita à moda antiga, antiliberal. Mas será um "fascista", como se diz por aí? E seu eleitorado? Comecemos por livrar da suspeita sua tia, seus vizinhos simpáticos, que o chamam para tomar café com bolo de milho, e até seu "crush". Para ficar nos números do primeiro turno, que vão crescer, não há, felizmente!, mais de 49 milhões de fascistas no país.

A cada vez que me opus, por apreço ao Estado de Direito, à revisão da Lei da Anistia, por exemplo, ganhei de presente a pecha: "Fascista!". É notório que a esquerda abusa do adjetivo para desqualificar um ponto de vista divergente.

Inexiste uma "direita fascista", e isso inclui Bolsonaro, porque fascismo não há mais. Tal conceito não é uma metáfora. Trata-se de uma forma de organizar o Estado e a sociedade que não está dada. É inegável, no entanto, que há opiniões e práticas políticas fascistoides, à moda dos fascistas. À direita e à esquerda.

Fascistoide é a campanha do candidato do PSL, com suas milícias organizadas nas redes sociais para atacar todos aqueles que veem como adversários; com sua produção, em escala estratosférica, de "fake news" as mais odientas; com sua desenvoltura para ameaçar pessoas, para expor sua privacidade, para patrulhá-las; com seu desassombro para rebaixar a crítica justa à expressão mais asquerosa do preconceito.

"Nova direita"? A pregação de Bolsonaro, e lamento que assim seja porque parte do eleitorado liberal foi tragado pela voragem, enfeixa o que há de mais tacanho na luta ideológica.

Seu discurso e o de boa parte daqueles que mobiliza nas redes trazem manifestações explícitas de misoginia, racismo, homofobia, anticomunismo com sabor de Guerra Fria, incentivo velado e, às vezes, escancarado à violência, ódio à imprensa livre, desprezo pela diversidade, apreço pela ditadura, justificação da tortura e da ação de torturadores... O que essa barbárie retórica tem a ver com liberalismo?

O candidato não é um fascista. Mas deixem que organize o Estado à sua vontade e à de seus operadores, e se terá, sim, um Estado... Fascista!

Ou não são eles a dizer que não aceitarão nem mesmo diálogo com a oposição porque é composta de sabotadores da democracia? Os oposicionistas, por acaso, não estarão igualmente legitimados pelo voto? O que há de "novo" nessa direita que o velho fascismo já não tenha posto em prática?

Com habilidade, Bolsonaro soube capturar as frustrações e insatisfações de milhões de brasileiros que sofreram as consequências do desastroso governo Dilma, o primeiro pilar dessa arquitetura da destruição da razão, e conectá-las com seu discurso brutalista. São tempos, e a história os coleciona às pencas, em que os fatos nada podem contra os argumentos influentes e, às vezes, contra a falta deles.

O iliberalismo do candidato não se manifesta apenas nesses territórios afeitos, para ser genérico, aos direitos humanos e à cultura. O Bolsonaro iliberal tem também uma expressão econômica, ainda que vazada, quando é ele próprio a falar, por tartamudeios e anacolutos.

Paulo Guedes alimenta a ambição e a vaidade de ser o seu Pigmaleão e de dar vida e pensamento àquele que imagina como sua escultura em ação. Trata-se de uma ilusão do economista. Até porque, como se viu, quando se fez necessário, foi Bolsonaro quem lhe impôs silêncio obsequioso, não o contrário.

Os tais "mercados" se deixam enlear pelas promessas de desvinculação dos gastos com saúde e educação, que têm previsão constitucional; Orçamento de base zero e a promessa alucinada de arrecadar até R$ 1 trilhão com a privatização de estatais irrelevantes e a venda de imóveis da União.

Quando o olhar de um liberal, e é o que sou, volta-se para o que interessa, encontra a entrevista de Bolsonaro, concedida há pouco, negando nestes termos a privatização do setor de geração de energia: "Suponha que você tem um galinheiro no fundo da sua casa e viva dele. Quando privatiza, você não tem a garantia de comer um ovo cozido. Nós vamos deixar a energia nas mãos de terceiros?".

A metáfora do galinheiro é recorrente em seu discurso. No dia 7 de março, no ato de lançamento de sua candidatura à Presidência pelo PSL, ele foi ainda mais claro, a seu modo, a respeito do tema: "Uma coisa é comprar a galinha da sua casa, a outra é comprar o galinheiro. Tem país que está comprando terras agriculturáveis no Brasil, o nosso subsolo. Não podemos entregar nossas riquezas minerais, nossas terras agriculturáveis, nosso subsolo, as nossas linhas de transmissão, nossas hidrelétricas para um país estrangeiro. Sou pelas privatizações, sim, mas o que é estratégico tem que ser preservado. Não são todos os casos que devemos partir para a privatização".

Seria uma tolice sustentar que o liberalismo de Bolsonaro só se revelaria autêntico se ele endossasse a privatização irrestrita, sem nenhum critério. Mas o que vai acima é só uma maçaroca de conceitos mal digeridos. Ao responder, tudo indica que ignorava o que dispõe o Artigo 176 da Constituição, que faz uma distinção clara entre a propriedade do solo e a do subsolo, que é da União; junto com este, estão as jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e potenciais de energia hidráulica. O eventual sequestro das nossas riquezas teria a devida vedação constitucional.

Ocorre que o ponto é outro. O presidenciável está vocalizando, ainda que sem conhecimento de causa, um pensamento iliberal, este sim estruturado, complexo e igualmente velho: o do estamento militar.

Oswaldo Ferreira, general da reserva que vai cuidar da infraestrutura no governo Bolsonaro, deixou claro em entrevista à Folha: "Considero que o refino e a distribuição de petróleo possam ficar com a iniciativa privada. O caso da Eletrobras precisa ser conversado". Destaque o uso da primeira pessoa do singular, que vale pela primeira do plural. Está dito.

Se o candidato soubesse direito o nome do que vocaliza, ele deveria se dizer, no máximo, um geiselista, nunca um liberal. Poderia ser também, e escrevo com galhofa e melancolia, um petista - ainda que, nos costumes, virado pelo avesso. No dia 23 de abril de 2008, por ocasião dos 35 anos da Embrapa, o então presidente Lula elogiou os governos dos generais Emílio Médici e Ernesto Geisel.

Bolsonaro não é um liberal, e liberal não será o seu governo. A menos que mude de rumo.

A força que mobiliza parte considerável de seus seguidores - as redes sociais o revelam de maneira insofismável- tem matriz escancaradamente reacionária e pulsa há muito na sociedade brasileira, ainda que reprimida há tempos pelo princípio da civilização.

Querem saber? Eu realmente não me importo com o sofrimento da pessoa que se vê constrangida a calar seus preconceitos mais odientos. Louvo, isto sim, o, quando menos, senso de decoro que a leva a reprimir a besta primordial.

Troco o troglodita autêntico, e todos o trazemos estampado naquela parte da alma em que mora a raiva, pelo ser manso por acomodação ou conveniência. A hipocrisia que leva à tolerância é uma conquista civilizatória. E sem ferir os Artigo 5º e 220 da Constituição, que garantem a liberdade de expressão.

Ah, meus caros, não é preciso dar um duplo twist carpado na argumentação para encontrar o próprio petismo na raiz da ascensão de uma figura como Bolsonaro e disso a que se mal chama "nova direita". Antes, o país se dividia entre Nós e Eles; agora, entre Eles e Nós. A desqualificação rasteira do "outro porque outro" é obra da mais legítima engenharia política petista.

Reparem como Bolsonaro transformou os governos do PT na sua "herança maldita", expressão de que Lula há de se lembrar muito bem lá na cadeia ?"onde está, note-se, contra o que dispõe a Constituição, em decorrência de numa condenação sem provas. E eis que chegamos, então, ao segundo pilar do desatino ?"o outro, lembram-se?, é o desastre do governo Dilma?", que transformou em novo demiurgo um reacionário sem muita imaginação.

A Lava Jato é o doutor Victor Frankenstein dessa criatura política que aí está, composta por fragmentos das ilusões redentoras - e corporativistas!- de procuradores, juízes e parte da imprensa, que transformaram o necessário combate à corrupção não em um meio de aprimoramento da política e da democracia, mas num fim em si mesmo, pouco importando o custo da ação destrambelhada, que ignorou, com frequência escandalosa, o ordenamento legal.

Não há, até agora, como evidencia Walfrido Warde no excelente livro "O Espetáculo da Corrupção" (LeYa), marcos institucionais que protejam o país da ação nefasta dos corruptos e corruptores, que têm de ser processados e presos segundo as leis. Mas temos, sim, uma penca de empresas quebradas. Além, e isto digo eu, do ódio generalizado à política e do florescimento do populismo liberticida.

A propósito: Bolsonaro não se compromete em escolher o próximo procurador-geral entre os nomes da lista tríplice, fruto da eleição direta - e, com efeito, não prevista na Constituição- promovida pelo sindicato de procuradores. A criatura se volta contra o criador. Como no livro de Mary Shelley, uma mocinha bem mais esperta do que parte considerável da elite brasileira.

O desastre decorrente da ação doidivanas não se restringiu à economia. Os efeitos mais devastadores da razia estão na política. Se ninguém presta, como evidencia a Lava Jato, então Lula é melhor. E Fernando Haddad está no segundo turno. Se ninguém presta, incluindo Lula, então alguém que dirige a sua pregação contra a própria política é melhor. Dois acenos sem futuro ao passado: um ao lulismo, o outro, ao regime militar.

A Lava Jato é mesmo um prodígio. Vai eleger o presidente: o anti-Lula. E já elegeu a oposição: Lula.
Nova direita? Como no discurso de Caetano Veloso ao criticar a esquerda bocó, em 1968, escrevo 50 anos depois: "É a mesma direita que vai sempre, sempre, matar amanhã o velhote inimigo que morreu ontem". O Brasil é o único país do mundo, em muitas décadas, que vai eleger um presidente da República que promete combater o... Comunismo!

Com uma inovação, claro! Segundo a metafísica influente no ambiente vitorioso, a Internacional Comunista está hoje associada à Internacional Capitalista e Globalista, e ambas pretendem dominar o mundo por intermédio do Foro de São Paulo, da ideologia de gênero, do feminismo e dos maconheiros.
Querem a nossa alma, as nossas crianças e as nossas galinhas.

O poder, com todas as enormes dificuldades que traz, pode ser um bom conselheiro e amansar os espíritos? Sim. Mas também pode fazer o contrário. Por enquanto, pergunto: o que esse hospício tem a ver com o liberalismo ou com uma nova direita?

A mim, restam, então, as objeções de um liberal amoroso. No máximo, ameaço as pessoas com textos longos.
Herculano
21/10/2018 16:09
GENTE QUE GOSTA DE UMA CONFUSÃO. FILHO DE BOLSONARO AFIRMA EM VÍDEO QUE PARA FECHAR O STF BASTA "UM SOLDADO E UM CABO"

Vídeo teria sido gravado no último dia 10 de julho durante uma aula

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Aline Bronzati e Constança Rezende.O deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP), filho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), disse em um vídeo que circula na rede que, para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF), basta "um soldado e um cabo". A afirmação foi feita em resposta a questionamento, durante palestra antes do 1º turno, em 9 de julho, sobre a possibilidade de seu pai ser impedido de assumir o Planalto caso fosse eleito ainda na primeira fase da corrida presidencial e qual seria a reação do Exército. Na ocasião, Eduardo estava dando uma palestra em Cascavel (PR) para alunos de um curso preparatório para o concurso da Polícia Federal.

Segundo Eduardo Bolsonaro, uma eventual impugnação da candidatura de Jair Bolsonaro por parte do STF seria um caso de exceção embora não considerasse uma medida improvável e o STF teria de pagar para ver caso tomasse tal decisão. "Aí eles vão ter que pagar para ver. Será eles que vão ter essa força mesmo? O pessoal até brinca lá: se quiser fechar o STF sabe o que você faz? Você não manda nem um Jipe, manda um soldado e um cabo. Não é querendo desmerecer o soldado e o cabo. O que é o STF cara? Tira o poder da caneta de um ministro do STF, o que ele é na rua?", disse ele.

O deputado minimizou o impacto de uma decisão como essa: "Se você prender um ministro do STF, você acha que vai ter uma manifestação popular a favor dos ministros do STF? Milhões na rua 'solta o Gilmar, solta o Gilmar' (referência ao ministro do STF Gilmar Mendes), com todo o respeito que tenho ao excelentíssimo ministro Gilmar Mendes, que deve gozar de imensa credibilidade junto aos senhores", acrescentou Eduardo Bolsonaro.

No vídeo, ele também menciona o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a "moral" do juiz Sergio Moro. "É igual a soltar o Lula. O Moro peitou um desembargador que está acima dele, por quê? Porque o Moro está com moral pra cacete. Você vai ter que ter c. para conseguir reverter uma decisão dele. Ele só joga lá. Quero ver quem vai dar o contrário", concluiu.

Resposta de Jair Bolsonaro
Em entrevista no início da tarde deste domingo, 21, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) disse desconhecer o vídeo em que seu filho Eduardo Bolsonaro diz que "basta um soldado e um cabo para fechar o Supremo Tribunal Federal". "Isso não existe, falar em fechar o STF. Se alguém falou em fechar o STF precisa consultar um psiquiatra", afirmou o candidato, em coletiva na casa do empresário Paulo Marinho, onde grava vídeos para seu programa eleitoral. "Desconheço esse vídeo. Duvido. Alguém tirou de contexto."

Bolsonaro falou também sobre as manifestações em favor de sua candidatura que ocorreram na manhã deste domingo em diversas cidades do País. "Está havendo hoje manifestação em todo o Brasil; assim como houve no domingo anterior ao primeiro turno", disse. "Isso é sinal que a população está realmente preocupada com o futuro do Brasil. E quer alguém diferente do PT na Presidência da República. Então, eu sou grato a eles que, no momento, não fazem por eles, mas fazem pelo Brasil."
Herculano
21/10/2018 16:03
SOBRE DROGAS

De Danilo Gentili, humorista e apresentador de talk show, no twitter

Não faz sentido você querer legalizar as drogas mas querer proibir minhas piadas. Droga é droga.
Herculano
21/10/2018 15:59
"WHATSAPP É GóPI, por Guilherme Fiuza, no Gazeta do Povo, Curitiba PR

Se você pensa que viver fantasiado de herói progressista é moleza, está enganado. A vida é dura. Pensa que é só inventar uma mentira charmosa, dessas que funcionam maravilhosamente no Facebook, no Baixo Gávea e na Vila Madalena, e viver disso para sempre? Negativo.

Você terá que ser mais e mais criativo, se superar a cada dia - até chegar às raias da genialidade ao propagar que o WhatsApp ameaça a democracia. Sim, você pode! Mas não pense que é fácil.

Tudo começou quando deu errado o truque de reabilitar os bandidos gente boa do PT lutando contra a ditadura do século passado. Até chegou-se ao milagre de levar ao segundo turno o partido que depenou o Brasil, mas aí o Ibope e o Datafolha - que vinham sendo super legais e parceiros - tiveram que desmontar aquele cenário da vitória final inevitável contra a caricatura da direita, tão bem alimentada por mais de um ano.

Deu ruim, e o jeito foi mostrar a real: Haddad morrendo na praia de novo.

Mas se você é um suposto gladiador da elite cultural, ideias não te faltam. Quem passou mais de ano espalhando fake news do Rodrigo Janot, transformando açougueiro biônico (laranja bilionário do Lula) em denunciante da corrupção generalizada, pode criar outras narrativas espertas.

Foi assim que a cruzada do petismo enrustido foi dar nos costados do WhatsApp. A mensagem é clara: só quem está autorizado a espalhar fake news é veículo de mídia tradicional aparelhado pela narrativa politicamente correta. Ou seja: você só pode veicular notícia falsa se ela tiver sido produzida genuinamente pela sua empresa. Como o WhatsApp não produz notícia, não tem a prerrogativa de espalhar mentira.

Fica combinado assim: Lula ia salvar a democracia de dentro da cadeia e foi impedido por um golpe de estado do WhatsApp. Quem achar a formulação complexa demais, peça ao companheiro Cid Gomes para resumir.

Decidido o novo script dos cafetões da bondade, todos se tranquilizaram e partiram para o bom e velho show de bravura cívica a 1,99. Surgiu inclusive um slogan "ditadura nunca mais", com um complemento que acabou não circulando, mas nós publicamos a seguir:

Ditadura nunca mais, a não ser uma como a do Maduro, ou a do Ortega, ou a do Kadhafi, ou a do Ahmadinejad, ou a do Saddam, ou a de algum outro amigo do Lula que arranque o couro do povo sem perder a ternura e a simpatia do Roger Waters. O resto a gente não aceita.

E o show tem que continuar. Preocupado com a liberdade de expressão, o grupo de artistas e intelectuais decidido a garantir a qualidade do conteúdo nas mídias e no WhatsApp deveria criar logo uma junta de notáveis para tomar conta disso. Alguns nomes naturais, dado o histórico do movimento, seriam os dos pensadores Nicolás Maduro, Lindbergh Farias, Robert Mugabe e Renan Calheiros.

Para mostrar que quem ameaçar a democracia eles prendem e arrebentam, poderiam difundir com mais intensidade o vídeo do professor Haddad explicando por que Stalin era melhor que Hitler: porque, diferentemente do nazista alemão, ele lia os livros de suas vítimas antes de fuzilá-las. Não é lindo?

Vai ver é por isso que há editores de livros no manifesto democrático em defesa do poste iluminado do PT.

O importante é afirmar, em defesa do estado de direito e das liberdades individuais, que o WhatsApp é golpista ?" e nós podemos provar. Por exemplo: estava tudo correndo perfeitamente bem na democrática operação de abafar a notícia de que o PT, na sua metamorfose verde-amarela, apagou seu apoio à ditadura pacifista e sanguinária do companheiro Maduro.

Se acabamos de demonstrar que Stalin é um ser evoluído, é claro que está tudo certo com a prática de fazer informações sumirem do mapa e, também, com a consequente ocultação do expurgo.

Aí o que faz o WhatsApp? Espalha essa informação que tinha sido tão bem escondida. É ou não é golpista?

Outra notícia que estava fora das manchetes e esse aplicativo fascista mandou para todo mundo foi a da conclamação do companheiro Boulos à invasão da casa de Bolsonaro. É o tipo da informação irrelevante, considerando que Boulos é ex-companheiro de partido do homem que tentou matar o candidato com uma facada ?" portanto está todo mundo cansado de saber que o negócio deles é barbarizar geral, nenhuma novidade aí.

O Brasil não sabe o que será o provável governo Bolsonaro. Mas os progressistas de carnaval que cultivaram tão dedicadamente a polarização burra em que o país entrou já sabem o que farão: atiçarão sofregamente a boçalidade para tentar continuar vivendo (bem) como vítimas profissionais."
Herculano
21/10/2018 07:11
TERMôMETRO

Ontem, sábado, foi a vez dos petistas saírem às ruas. Fracasso.

Neste domingo será a vez dos bolsonaristas.

Herculano
21/10/2018 07:03
A "LIVE" DA VITóRIA DE BOLSONARO

Conteúdo de O Antagonista. Se o triunfo de Jair Bolsonaro de fato se confirmar domingo que vem, o capitão fará o discurso de vitória por meio de uma 'live' no Facebook, relata Lauro Jardim.

"O motivo alegado? Questões de segurança".
Herculano
21/10/2018 06:50
BOLSONARO VAI MEXER COM SALÁRIOS DE SERVIDORES E MILITARES? por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Não deveria ser problema para quem quer caçar marajás, mas é difícil para quem se diz adepto de direito adquirido

Jair Bolsonaro prometeu acabar com a "farra de marajás", funcionários públicos que juntam penduricalhos a seus salários altos. Prometeu também reforma da Previdência aguada: "Não podemos penalizar quem já tem direitos adquiridos. O servidor público já sofreu duas reformas".

O candidato parece perdido entre dois mundos. Ainda vive na Terra do Nunca programático, que fica entre o país liberal de seu economista-chefe, Paulo Guedes, e a ilha das corporações estatais, entre elas a militar, da qual fez parte.

No entanto, a arrumação das contas públicas depende de um plano que tem de bulir com servidores públicos e aposentados em geral.

Gastos previdenciários levam 47,7% da despesa total do governo federal; outros 22% vão para gastos com servidores (salários, aposentadorias e benefícios). Somados, dão quase 70%.

O gasto com militares leva um quarto da despesa federal com o funcionalismo. De cada R$ 3 gastos com a folha de pessoal dos militares, R$ 2 vão para aposentadorias e pensões, que custam cerca de R$ 47,5 bilhões por ano.

Aposentados e pensionistas militares custam o equivalente a um ano e meio de Bolsa Família, por exemplo. Outra comparação: os investimentos federais (em obras, como estradas, ou outros) levam apenas 0,8% da despesa total, uma miséria. O gasto com a folha dos militares leva 5,5%.

Por falar em investimento, o orçamento do Ministério da Defesa nessa área perde apenas para o do Ministério dos Transportes. Nos últimos 12 meses, os investimentos da Defesa chegaram a R$ 10,4 bilhões, um quinto do total de investimentos federais. No Ministério da Saúde, investem-se R$ 5,2 bilhões.

Em si mesma, a lista dos investimentos da Defesa parece razoável. Pela ordem, gasta-se em aviões de combate (a compra e o desenvolvimento do caça sueco da FAB e do cargueiro novo da Embraer), em blindados, construção de submarinos, estaleiro naval, barcos, helicópteros, foguetes de artilharia.

Há também gastos quase "civis", como no sistema de controle do espaço aéreo ou no de vigilância de fronteiras, em um projeto de reator nuclear ou na reconstrução da estação de pesquisa na Antártica, aquela que pegou fogo em 2012.

É muito? No caso dos salários, nem tanto.

O rendimento médio dos servidores civis da ativa é cerca de 70% superior ao dos militares. Mas o salário médio do setor público federal é cerca de 30% superior ao dos empregados do setor privado formal com as mesmas características pessoais (idade, instrução, sexo etc.).

Essa conta está em relatório de pesquisa de Izabela Karpowicz e Mauricio Soto, técnicos do FMI, publicado neste mês: "Rightsizing Brazil's Public-Sector Wage Bill" ("O Ajuste da Folha Salarial do Setor Público do Brasil").

De volta à folha dos servidores federais: seu custo equivale a 4,3% do PIB (dos quais 1,9% do PIB vão para aposentadorias e pensões). O pessoal do FMI acha que, para o ajuste das contas públicas dar certo até 2023, seria preciso reduzir tal despesa para 3,3% do PIB.

Um exemplo aritmético de como atingir esse objetivo: seria necessário conter reajustes salariais (mesmo pela inflação) e contratações por quatro anos, com o PIB crescendo a 3% ao ano. Não é uma receita, mas mostra o tamanho da encrenca.

Não deveria ser grande problema para quem quer caçar marajás, como Bolsonaro, mas é difícil para quem se diz adepto de direitos adquiridos - também como Bolsonaro.
Herculano
21/10/2018 06:45
PT FOI ACUSADO DE PAGAR A 'MORTADELAS VIRTUAIS', por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A ação que pretende impedir no tapetão a vitória de Jair Bolsonaro alegando "compra de envio" de mensagens via Whatsapp, pode representar "tiro de bazuca" no pé do PT. É que a ação abre caminho para que o PT seja punido por ação idêntica devido à utilização do aplicativo "O Brasil Feliz de Novo", que remunera os "mortadelas virtuais" que compartilham o conteúdo petista nas redes sociais.

PODE ISSO, ARNALDO?
O app Brasil Feliz de Novo paga até R$2 mil/mês para os "militantes" mais ativos. A fórmula é simples: engajamento online vira dinheiro.

MORTADELA VIRTUAL
Ganha "pontos" no aplicativo quem compartilhar, curtir ou se engajar de alguma forma conteúdo do PT. Pontos são trocados por dinheiro.

VÍDEO EXPLICATIVO
O caso do PT tem até vídeo explicativo de criadores do aplicativo sobre como maximizar o objetivo do usuário: "ganhar dinheiro, né gente?".

NO MESMO BALAIO
A legislação eleitoral permite propaganda eleitoral na internet, mas não o "impulsionamento" pago de conteúdo por terceiros. O MP já investiga.

BANCADA DE ESQUERDA É A MENOR DESDE O ANO 2000
A bancada de esquerda na Câmara dos Deputados - formada pelos partidos PCdoB, PSOL, PT, PDT, PSB, PV e Rede - nunca foi tão pequena deste o início do século. Essa redução coincide com a provável eleição de um governo conservador. PPS e PHS não entram na conta porque, além dos trabalhistas PTB e PTC, são considerados de centro-direita. Até agora, haverá em 2019 apenas 139 deputados de esquerda na Câmara. Mas esse número poderá diminuir ainda mais.

QUEDA DA IDEOLOGIA
O declínio já se verificou em 2014, quando foram eleitos 145 deputados federais dos seis partidos de esquerda. Em 2010 foram 180.

PT ESCOLHEU
O PT é o maior partido da esquerda no Brasil, mas vem diminuindo na Câmara, desde 2010. Elegeu 88 em 2010, 69 em 2014 e 56 em 2018.

FATOR BOLSONARO
O PSL de Jair Bolsonaro elegeu apenas um deputado federal em 1998, em 2002, em 2010 e 2014. Só ficou fora em 2006. Este ano elegeu 52.

OPERAÇÃO CASADA
Essa suposta compra de envio de mensagens de Whatsapp lembra um antigo truque de procuradores simpáticos ao PT, durante os governos FHC. Eles plantavam "suspeitas de irregularidade" nos jornais e, com base nas respectivas notícias, abriam "procedimentos investigativos".

BILHETE AZUL
Com a mão na taça, com 75% das intenções de voto para governador, Ibaneis Rocha (MDB) avisou: não nomeará quaisquer acusados. Isso inclui o ex-deputado Tadeu Filippelli, presidente do seu partido no DF.

PRETO NO BRANCO
A Frente Parlamentar Mista pela Contagem Pública dos Votos está a um passo de ser criada. Segundo Dagoberto Nogueira (PDT-MS), são 221 deputados no grupo que cobra uso do voto impresso nas eleições.

A CAMPANHA QUE IMPORTA
Em novembro, após as eleições gerais, as seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil e as subseções vão eleger novos representantes. Depois de presidente, governador e parlamentares, é a que importa.

MANIPULAÇÃO
A "pesquisa CUT/Vox Populi" cravou Bolsonaro à frente ("53%") contra "47%" de Haddad quando Paraná pesquisas, Datafolha, Ibope etc apontavam 18 ou 19 pontos de diferença entre os dois. Que vergonha.

MENOS DESIGUAL
O salário médio das mulheres subiu 2,6% entre 2016 e 2017, segundo a Relação Anual de Informações Sociais. O aumento foi maior que o registrado entre os homens, que subiu 1,8% no mesmo período.

FACEBOOK FELIZ, GENTE TRISTE
O Facebook está "feliz da vida" com o resultado das ações que tomou em relação às eleições no Brasil. Segundo a Bloomberg, o comando da rede social adorou a "Sala de Situação" que monitorou o caso brasileiro

CASO RARO
O ex-ministro e deputado Marcelo Castro (MDB) é um caso raro nas eleições deste ano. Raro defensor da ex-presidente cassada, aquela que Minas mandou para casa, ele se elegeu senador pelo Piauí.

PENSANDO BEM...
...só no País que elegeria presidiário um partido político pode pretender que a Justiça faça o bloqueio do direito fundamental à comunicação.
Herculano
21/10/2018 06:37
VOTO CONCENTRADO NO NORDESTE SERÁ DESAFIO PARA O PT, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Composição do eleitorado petista passa por mudança e pode definir futuro da sigla

Dos 31 milhões de votos obtidos por Fernando Haddad no primeiro turno, quase metade saiu das urnas do Nordeste. A popularidade do PT na região não é nenhuma novidade, mas o partido nunca dependeu tanto de seus principais redutos quanto agora.

Seja qual for o resultado da corrida presidencial, a composição do eleitorado petista passa por uma mudança este ano. O desgaste profundo da imagem da sigla e o avanço de Jair Bolsonaro (PSL) na classe média impulsionam esse rearranjo.

O eleitorado nordestino foi responsável por 46% dos votos dados a Haddad no dia 7. O peso da região é o mais alto do ciclo iniciado com a primeira eleição de Lula, há 16 anos. Ao longo desse período, o partido acumulou força e transformou esses estados em suas fortalezas.

No primeiro turno de 2002, os votos do Nordeste representaram apenas 24% do desempenho de Lula. O mapa eleitoral era relativamente equilibrado. O petista ficou na frente em 23 estados e no Distrito Federal.

Perdeu para Ciro Gomes no Ceará, para Anthony Garotinho no Rio e para José Serra em Alagoas.

As políticas sociais voltadas para a população de baixa renda mudaram o quadro eleitoral nos anos seguintes. Desde a eleição presidencial de 2006, o PT obtinha sempre um terço de seus votos no Nordeste.

É cedo para dizer se o crescimento dessa proporção em 2018 é pontual ou duradouro. Não há indícios suficientes de que o PT se tornará apenas um partido regional, mas a sigla sairá da eleição com um desafio.

Caso a vitória de Bolsonaro se confirme, os petistas terão uma bancada razoável no Congresso para fazer oposição nacional ao presidente. Por outro lado, sua máquina administrativa estará concentrada no Nordeste, nas mãos dos três ou quatro governadores eleitos pelo partido.

Com Lula fora de cena, o PT pode se ver obrigado a recuar para reforçar suas trincheiras. O futuro do partido dependerá do desempenho do próximo governo e, principalmente, da economia.
Herculano
21/10/2018 06:33
HORÁRIO ELEITORAL É FILME DE JAMES BOND SEM 007, por Josias de Souza

Perde seu tempo quem procura um projeto de governo no horário político da televisão. Em 2014, estava em cartaz a ficção hollywoodiana da chapa Dilma-Temer, patrocinada pelo departamento de propinas da Odebrecht. Na atual temporada, Bolsonaro e Haddad levam ao ar uma espécie de filme de James Bond 100% feito de bandidos -sem um 007 para deter a guerra tecnológica que se alastrou para a trincheira do WhatsApp.

Os planos tenebrosos de Bolsonaro são expostos nos filmetes do PT. Assistindo-os, o brasileiro descobre, por exemplo, que será sugado por uma máquina do tempo. Ela o arrastará para um imenso complexo subterrâneo, situado em algum porão da década de 1970. Ali, hordas de esquerdistas formarão filas defronte de salas de tortura. Dentro delas, monstros com a cara do Brilhante Ustra conduzirão sessões ininterruptas de pancadaria e choques elétricos.

As intenções diabólicas que se escondem atrás de Haddad são denunciadas na propaganda do capitão. As peças revelam a existência de uma sala especial secreta sob os alicerces da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. À frente de um painel eletrônico, Osama bin Lula manipula Haddad por controle remoto.

Simultaneamente, o gênio petista do mal reativa o Foro de São Paulo e prepara a conversão do Brasil numa espécie de 'Cuzuela', mistura da ditadura de Cuba com o caos autocrático da Venezuela.

Num filme convencional de James Bond, algum solitário 007 irromperia em cena para salvar a humanidade. Com uma pistola implantada num isqueiro, o agente secreto eliminaria os supervilões antes que eles apertassem os botões que farão do Brasil um centro de torturas hipertrofiado ou uma clepto-ditadura. Como 2018 virou um filme sem mocinhos, o medo ganhou novas formas e plataformas.

Em 2014, a marquetagem de João Santana intercalou na televisão notícias falsas sobre rivais e um desfile apoteótico de plantações exuberantes, obras públicas tocadas em ritmo febril, fábricas operando a todo o vapor e povo usufruindo de prosperidade inaudita. Deu em estelionato eleitoral, recessão, desemprego e Michel Temer. O Tribunal Superior Eleitoral fechou os olhos para a lama.

Agora, novamente sob a complacência do TSE, o lodo transborda da TV para o telefone celular. Vem da esquerda e da direita. Na quantidade, a milícia cibernética pró-capitão, anabolizada por um caixa dois empresarial, prevalece sobre a guerrilha companheira. Petistas gritam: "Pega ladrão!". Bolsonaristas respondem: "Olha quem fala!" E a Polícia Federal, acionada pela Procuradoria, investiga os dois lados.

Podendo fornecer informação, a propaganda política levou ao eleitor mistificação e medo. Desinformado e angustiado, esse eleitor irá às urnas em uma semana. A maioria votará não no candidato preferido, mas no mal menor.

O Brasil não reativará o pau de arara. Tampouco virará uma 'Cuzuela'. Mas o centro tecnológico de produção de maldades continuará ativo. Restará suportar as consequências do voto e torcer para que a democracia providencie um James Bond em quatro anos. Gente como o cronista Rubem Braga, do tempo em que as geladeiras eram brancas e os telefones pretos, talvez passe a conferir as mensagens que chegam pelo celular com um sentimento de hedionda nostalgia
Herculano
21/10/2018 06:27
BREVE TRATADO DOS CHATOS DE ELEIÇÃO, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Conversar sobre política exige um mínimo de intimidade, alguma educação e, acima de tudo, um propósito

Faltando pouco para o segundo turno, está à solta o chato eleitoral. É um personagem que tenta transformar qualquer conversa em discussão política para defender seu candidato. Assim como sempre haverá gente que enfia o dedo no nariz, não há como evitar que ele exista. Pode-se limitar o alcance de sua chateação cortando-se polidamente o assunto. O general Alfredo Malan tinha uma fórmula: "Política e jogo de cartas me dão sono". (Não era verdade, mas funcionava.)

Há dois tipos de chatos eleitorais.

O primeiro, benigno, é o militante. Ele supõe que sua palavra iluminada pode conseguir um voto para seu candidato. Esse chato pode ser neutralizado com uma simples mudança de assunto. O melhor remédio é deixá-lo falar o tempo que quiser. Interrompê-lo será estimulá-lo.

O segundo chato eleitoral, maligno, quer vender seu candidato, mas há nele algum tipo de insegurança. Fez sua escolha mas busca apoio, cumplicidade.

Esse é o tipo mais desagradável e perigoso, porque precisa de uma discussão. Afinal, só assim poderá se convencer que fará o certo, pois mais gente decidiu como ele. Quanto mais corda recebe, mas enfático ou radical se torna. Nesse caso o culpado pela chateação será quem lhe deu corda. (Trocar ideias com um eleitor de Bolsonaro tem uma complicação exclusiva, pois o candidato não quer debater as suas).

Se nenhum recurso der certo, pode-se recorrer ao truque do deputado Temperani Pereira. Depois de ouvir uma exposição de um colega ele lhe disse: "Sua opinião me deixa incorrobúvel e imbafefe".

Depois comentou: "Quero ver ele achar essas palavras no dicionário".

MEDO MÚTUO
O pior sinal do tamanho do ódio e do medo que se espalharam pela política pode ser comprovado nas ruas. Não há carros com adesivos dos candidatos.

OLGA BENÁRIO
Chegou ao mercado um lote de uma centena de cartas de Olga Benário, a mulher de Luís Carlos Prestes. Há algumas fechadas, outras lhe eram endereçadas e muitas que teriam sido manuscritas por ela.

Olga foi presa com Prestes em 1936. Meses depois Getúlio Vargas deportou-a para a Alemanha. Grávida, ela teve um pedido de habeas corpus negado pelo Supremo Tribunal Federal. Em 1942, Olga foi mandada para a câmara de gás no campo de Bernburg.

RETROVISOR
Diante do desempenho do empresário Romeu Zema na disputa do pelo governo de Minas fica uma pergunta inútil para quem está assustado com a situação do Rio de Janeiro.

O que aconteceria se o partido Novo tivesse lançado o economista Gustavo Franco e se ele topasse disputar o palácio Guanabara?

O ex-presidente do Banco Central deixou o PSDB e filiou-se ao Novo quando ele era apenas uma ideia.

GENERALôMETRO
Como os generais voltaram ao noticiário, vale a pena usar um filtro para medir o peso de suas opiniões junto à tropa.

As posições de generais que estão na reserva geralmente valem pouco. Muitas vezes, nada.

Generais da ativa, quando falam, é bom prestar atenção. É difícil, mas deve-se ouvir sobretudo o silêncio dos generais da ativa que não falam.

1968, 1978
Faltou sorte a Jair Bolsonaro na quinta-feira, dia 11, quando ele disse numa entrevista que seu objetivo é trabalhar para criar um "Brasil semelhante àquele que tínhamos 40, 50 anos atrás".

Há 50 anos, no mesmo dia 11 de outubro, no Superior Tribunal Militar, o general Pery Bevilaqua votou pela concessão de um habeas corpus para o estudante Honestino Guimarães. Ele sustentava que juízes militares não deviam julgar atos políticos de civis e disse o seguinte: "Quando a política entra por uma porta do quartel, a disciplina sai pela outra - tal desvirtuamento da finalidade das Forças Armadas (...) está comprometendo seriamente a disciplina".

A anarquia militar prevaleceu em 1968, e o general Pery foi tirado do STM. Honestino desapareceu em 1971. Em 1978, o general lançou o Comitê Brasileiro pela Anistia.

MORO SE EXPLICA
Pode-se fazer tudo pelo juiz Sergio Moro, menos papel de bobo.

Explicando ao Conselho Nacional de Justiça por que divulgou um petisco da colaboração do ex-comissário Antônio Palocci seis dias antes do primeiro turno, ele ofereceu três pérolas.

Numa disse que "o conteúdo do depoimento sequer se revestiu de grande novidade". Tem toda a razão.

Noutra informou que "caso fosse intenção influenciar nas eleições teria divulgado a gravação o vídeo do depoimento, muito mais contundente do que as declarações escritas e que seria muito mais amplamente aproveitada para divulgação na imprensa televisiva ou na rede mundial de computadores". Se não havia o propósito, resta saber qual a intenção dessa frase a esta altura do campeonato, mesmo sabendo-se que as malfeitorias do detento Palocci são notórias.

Na terceira, informou: "Não foi, ademais, o Juízo quem inventou o depoimento de Antônio Palocci Filho ou os fatos nele descritos". Ainda bem.

DUAS JOIAS
Chegaram à livrarias americanas dois grandes livros. Um é "Capitalism in America", de Alan Greenspan, o famoso ex-presidente do Fed, em parceria com o jornalista Adrian Wooldridge. O outro é "These Truths" ("Essas Verdades"), da professora Jill Lepore, de Harvard.

Ambos contam a história dos Estados Unidos, de Cristóvão Colombo a Donald Trump. Greenspan e Wooldridge produziram uma monumental descrição do que vem a ser a "destruição criadora" do capitalismo americano. Lidam com estatísticas com a clareza dos santos. Uma frase que só Greenspan poderia assinar, vale o livro. Referindo-se a Alexander Hamilton, o formulador das bases da economia americana diz seguinte: "Ele era um gênio nato do calibre de Mozart e Bach".

"Capitalism in America" é uma cantata à construção (e destruição) do andar de cima. "These Truths", da professora Lepore, conta a mesma história, olhando para o andar de baixo, com os pobres, os negros, os índios e as mulheres.

Os dois livros têm desfechos semelhantes.

Greenspan e Wooldridge: "Donald Trump é a coisa mais próxima de um populista latino-americano produzida nos Estados Unidos".

Lepore: "A eleição de Trump trouxe uma onda. Vários comentaristas anunciaram o fim da República. A retórica de Trump foi apocalíptica e absoluta".

Muita gente do "mercado" deveria ler pelo menos o livro de Greenspan. Ele diz: "No Brasil neofeudal, o governo deu imensos pedaços de terra aos grandes proprietários. Na América capitalista, ele deu terras às pessoas comuns, com a condição de que irrigassem o solo com seu trabalho".

PISQUE PARA NEIL
Está nos cinemas e nas livrarias "O Primeiro Homem", com a história do piloto Neil Armstrong, o americano que pisou na Lua em 1969. Grande sujeito, exemplo das virtudes do homem simples. Foi uma celebridade modesta e fria. Pouco antes de seguir viagem, um jornalista perguntou-lhe o que gostaria de levar para a Lua. "Mais combustível", respondeu.

Quando ele morreu, em 2012 aos 82 anos, sua família pediu: "Quando você sair à noite, vendo a Lua sorrir, pense em Neil Armstrong e mande-lhe uma piscadela".
Herculano
20/10/2018 10:44
WHATSAPP BENE 100 MIL USUÁRIOS

Conteúdo de O Antagonista. O WhatsApp anunciou que baniu 100 mil usuários do aplicativo no Brasil nesta semana, publica a Folha.

Entre os que foram banidos está Flávio Bolsonaro.

Segundo o WhatsApp, Flávio foi impedido de usar o aplicativo porque disseminava mensagens não solicitadas.
Herculano
20/10/2018 10:42
CEDO DEMAIS, MAS PREVISÍVEL

De Fernão Lara Mesquita, no twitter

"Live" de Bolsonaro p desmentir golpe do whatsapp tem o filho palpitando ao lado. Mau sinal! O candidato é ele, não o filho. Misturar as coisas é o caminho + curto pro brejo. 100% de certeza. Pode escrever. O filho q se entenda cos eleitores dele. Carona na presidência, nunca!
Herculano
20/10/2018 10:38
FAKE DA FOLHA

De Augusto Nunes, de Veja, no twitter:

A Folha localizou duas fake news que explicam o fiasco do PT: 1) espalharam pela internet que Lula está preso por ladroagem; 2) três grupos do WhatsApp inventaram que Haddad recebe ordens de um presidiário
Miguel José Teixeira
20/10/2018 09:35
Senhores,

1)Na mídia: "Lula é detento, não comentarista político, diz Dodge em parecer ao STF..."

Impressionante a capacidade da CORJA VERMELHA de apresentar-se mais IGNORANTE do que realmente aparenta ser. Agora, culpam o "WhatsApp".

Eu não tenho celular e portanto, não tenho o aplicativo e VOU SEGURAMENTE VOTAR NO BOLSONARO!

Não por afinidade, mas sim por ojeriza à maior quadrilha que existe no mundo e que aparelhou, saqueou e estuprou a NAÇÃO!

2) Se mandarem aquele bandido italiano de volta à Itália, via "sedex", parece-me, pela qualidade dos serviços prestados pela ECT atualmente, ele nunca chegará ao destino. E não é culpa dos valorosos Carteiros". É que a empresa foi aparelhada, saqueada e estuprada pela corja vermelha.

E o "devogado" da quadrilha, hein? Também é "devogado" da lambisgóia das araucárias, ambos envolvidos em maracutaias mis. Ela, supremamente protegida. . .

3) Agora, para iludir-nos, "burros de carga",tentam
nos enganar com a terasuspeita vox populi. . .

Vade retro, retrocesso!!!
Herculano
20/10/2018 07:48
A OFENSIVA DE FRANKLIN MARTINS NAS REDES, por José Fucs, no BR 18

O PT não dá ponto sem nó. Enquanto tenta "paralisar" o adversário Jair Bolsonaro com acusações no TSE relacionadas à propagação de fake news, o partido se prepara para intensificar a "guerra virtual" contra ele na última semana de campanha. Na quinta-feira, 19, o ex-ministro da Comunicação Social de Lula Franklin Martins ?" um dos responsáveis pelas campanhas de Dilma na internet e hoje "consultor de comunicação" da campanha de Fernando Haddad - esteve com o ex-presidente na prisão, em Curitiba, acompanhado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e deve vir "chumbo grosso" por aí.

Gleisi afirmou à jornalista Andréia Sadi, da GloboNews e do site G1, que eles discutiram com Lula a reação do PT ao suposto envolvimento de empresas que apoiam Bolsonaro no disparo de mensagens contra o PT pelo WhatsApp. Lula avaliou, de acordo com Gleisi, que existe um "ódio construído" contra o PT e disse "não ser possível (haver) um antipetismo tão forte no País".
Herculano
20/10/2018 07:45
INCOERÊNCIA ULULANTE

De Gabriela Brasil, no twitter

Haddad é o sujeito que pede a preventiva de Bolsonaro com base em um artigo de jornal e defende a liberdade de Lula, condenado em duas instâncias. Não consigo levar esse candidato a sério.
Herculano
20/10/2018 07:11
É FÁCIL PROPOR ESPELHISMO ENTRE BOLSONARO E HADDAD, MAS SERIA À BASE DE SOFISMAS, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo, no jornal Folha de S. Paulo

Em política, existem simetrias estruturais, mas não simetrias formais

Um leitor solicita que eu produza a "carta que Bolsonaro não escreverá", como complemento da "carta que Haddad não escreverá" (Folha, 13/10). Fazê-lo, porém, seria sugerir uma simetria que não existe.

Há simetria se uma figura no plano pode ser dividida em partes de tal modo que elas coincidam exatamente, quando sobrepostas. A simetria perfeita é uma construção matemática. Na biologia, na arquitetura e na arte registram-se simetrias quase perfeitas. Em política, existem simetrias estruturais, mas não simetrias formais.

Exemplo clássico: os totalitarismos nazista e stalinista, tal como descritos por Hanna Arendt. Mesmo se seus regimes exibiram formas muito distintas, Hitler e Stalin seriam capazes de reconhecer, um no outro, as suas próprias imagens. Isso não acontece com os dois candidatos presidenciais restantes.

Nas simetrias axiais, o eixo de simetria separa a figura em metades espelhadas. É fácil propor espelhismos políticos entre Bolsonaro e Haddad. O empreendimento, contudo, sustenta-se à base de sofismas.

A linguagem da violência é um traço comum ao PT e a Bolsonaro. Mas eles procedem de modo assimétrico. Os alvos do PT que insulta ("fascista", "racista") ou tenta excluir alguém do debate público ("inimigo do povo") são adversários políticos definidos. Já os alvos de Bolsonaro são, além de adversários singulares, grupos sociais inteiros: mulheres, gays, quilombolas. (Nota: o descarrego de Marilena Chaui, "eu odeio a classe média", não é regra, mas exceção).

A violência, ela mesma, também aproxima os antagonistas. Mas não há simetria. O PT habituou-se a praticar violência simbólica, via militantes que irrompem aos berros em debates políticos e eventos acadêmicos ou se organizam em "atos de repúdio" contra figuras públicas. Já os "camisas amarelas" bolsonaristas inauguram, antes ainda do desfecho eleitoral, a prática da violência física contra pessoas comuns que expressam opiniões divergentes. (Nota: o atentado sofrido por Bolsonaro partiu de um indivíduo desequilibrado, não de uma turba militante).

Tanto o PT como Bolsonaro devem ser reprovados no teste do repúdio a regimes ditatoriais. O PT brada contra ditaduras "de direita", mas acalenta as "de esquerda"; Bolsonaro faz o contrário.

Também aí, inexiste simetria. O apoio do PT às ditaduras cubana e venezuelana exprime-se genericamente. A nostalgia de Bolsonaro pela ditadura militar brasileira inclui o elogio da tortura e a celebração de torturadores. O silêncio de Haddad diante da morte de Fernando Albán, um opositor sob custódia da polícia política de Maduro, num caso similar ao de Vladimir Herzog, não equivale às homenagens de Bolsonaro ao coronel Brilhante Ustra. As duas posturas são repulsivas, mas assimétricas.

A prova decisiva de que a simetria é falsa encontra-se na história. O PT é fruto da transição da ditadura para a democracia. O partido, principal máquina eleitoral e parlamentar do Brasil, só pode existir no ambiente de liberdades oferecido pelo regime democrático.

Nos seus longos anos poder, apesar de uma certa retórica voltada para dentro, o lulismo respeitou a regra do jogo ?"inclusive quando seus dirigentes foram condenados e encarcerados. Já Bolsonaro é fruto de uma crise da democracia: o movimento pela "intervenção militar" que acompanhou, como sombra agourenta, o processo do impeachment. A seleção de seu vice e de um círculo de conselheiros militares arromba a porta que separava a política dos quartéis.

Mesmo nas circunstâncias atuais, Haddad não assinará uma crítica dos erros de política econômica, dos crimes de corrupção e das taras ideológicas do PT pois é prisioneiro do lulismo. Se corresse riscos eleitorais, Bolsonaro assinaria um termo falso de imorredouro amor pela democracia pois não está preso a nenhuma estrutura política estável.
Herculano
20/10/2018 07:03
PT NÃO

Conteúdo de O Antagonista. Datafolha perguntou por que os eleitores de Jair Bolsonaro resolveram votar nele.

- 30% responderam que querem mudar tudo.

- 25% rejeitam o PT.

- 10% defendem o combate os corruptos.

- 3% disseram que ele é o menos ruim.

- 1% rejeita Fernando Haddad.

No total, 69% dos eleitores de Jair Bolsonaro o apoiam porque ele não é o PT.

Nada a ver com o conteúdo de mensagens de WhatsApp, portanto.

Só uma pergunta: nenhum eleitor de Jair Bolsonaro citou o nome de Lula?
Herculano
20/10/2018 07:01
CENSURAR OU INVESTIGAR?

do jurista Modesto Carvalhosa, no twitter

Bloquear o Whatsapp não é censura? Investigar é uma coisa. Censurar é outra.
Herculano
20/10/2018 06:56
HADDAD CHAMA BOLSONARO DE MILICIANO, TRAMBIQUEIRO E DESTRAMBELHADO NO CE, por Josias de Souza

Fernando Haddad golpeou Jair Bolsonaro abaixo da linha da cintura ao discursar num ato partidário em Fortaleza. "Modéstia à parte, o Brasil precisa mais de um professor que de um miliciano", declarou a certa altura. Ignorando as pesquisas que colocam o adversário cerca de 19 milhões de votos à sua frente, Haddad afirmou que ganhar a eleição de Bolsonaro terá "um gosto especial, (...) porque não é ganhar de um cara razoável. É ganhar de um trambiqueiro, é ganhar de uma cara destrambelhado."

Haddad desembarcou na capital cearense na noite desta sexta-feira (19). Do aeroporto, foi direto para o local do evento organizado pelo PT, num comitê localizado na Praia de Iracema. Mais cedo, de passagem pelo Rio de Janeiro, dissera que o voto em Bolsonaro é "delírio". Neste sábado, participará de uma caminhada no centro de Fortaleza. Depois, visitará outras duas cidades cearenses: Juazeiro do Norte e Crato. O senador eleito Cid Gomes (PDT) não dará as caras.

Na última segunda-feira, ao participar de um ato pró-Haddad, o irmão de Ciro Gomes desentendeu-se com militantes petistas. Língua em riste, Cid declarou que Haddad vai "perder feio" a eleição. Afirmou que será "bem feito", porque o PT "fez muita besteira" e se recusa a protagonizar "um mea-culpa". Disse, de resto, que não há muito a fazer, pois "o Lula está preso, babaca."

Depois que seu discurso virou matéria-prima para ataques contra Haddad no horário eleitoral do adversário, Cid gravou um vídeo reafirmando seu voto no candidato do PT, "infinitamente melhor que o Bolsonaro." Mas o estrago já estava feito.

Cicerone de Haddad no Ceará, o deputado petista José Guimarães disse que não está previsto nenhum encontro do candidato petista com Cid. O hipotético aliado estaria em Sobral, reduto da família Gomes. O irmão Ciro tampouco aparecerá. Terceiro colocado na votação do primeiro turno, Ciro continua no exterior. Volta no dia 27, véspera da votação.

Ao discursar, Haddad fez uma menção a Cid. Ex-ministro da Educação de Lula, Haddad disse ter prestigiado o Ceará. Enumerou inaugurações de escolas e universidades. Ao citar "o dinheiro que nós repassamos para o governo do Estado", pediu reconhecimento: "Meu irmão Cid Gomes, pelo amor de Deus, reconheça. Foram R$ 300 milhões repassados para o Estado quando ele era governador. Eu tô falando com generosidade, porque me dou muito bem com eles. E fiz o meu dever..."

Haddad também injetou no discurso o tema que se tornou sua obsessão na reta final da corrida presidencial: a notícia de que empresários apoiadores de Bolsonaro financiaram ilegalmente a difusão massiva de notícias falsas anti-PT pelo WhatsApp. Disse esperar que, "com o tranco" provocado pela repercussão da notícia veiculada na Folha, "haja alguma prisão preventiva de empresário, para que eles denunciem em delação o que aconteceu na campanha" de Bolsonaro.

Ainda que não venham as prisões, "o Ministério Público Eleitoral já abriu inquérito para apurar a denúncia", disse Haddad. Absteve-se de informar que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu à Polícia Federal que apure a suspeita de propagação de falsidades nas redes sociais pelas duas candidaturas, não apenas a de Bolsonaro. "Isso tudo contém o lado de lá, que vai ficar com um pouco de medo de cometer novos crimes", limitou-se a afirmar.

Tomado pelas palavras, Haddad parece agarrar-se à novidade do WhatsApp como se lapidasse uma desculpa para a provável derrota no segundo turno. Referiu-se ao fato como se atribuísse a ele toda a hecatombe provocada pelas urnas do primeiro turno, incluindo a derrota imposta a velhos caciques do Senado e as surpresas registradas em disputas estaduais como as de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

"Ninguém entendeu muito bem o que estava rolando", afirmou Haddad. "A gente vinha crescendo muito forte [no primeiro turno]. Aí a gente passou o Bolsonaro nas projeções de segundo turno. Ficamos uma semana à frente dele nas projeções de segundo turno. A gente ia terminar o primeiro turno em primeiro lugar. Isso era o que todo mundo dizia. Aí a gente não entendeu o que aconteceu nos últimos três, quatro dias."

Haddad prosseguiu: "Não foi só na eleição presidencial. Na eleição para o Senado, para governador de Minas, do Rio de Janeiro. Um negócio muito estanho. Como é que o eleitor se comporta tão diferentemente do dia para a noite? ...Uma mudança brusca dessa natureza... Tinha que ter acontecido alguma coisa. A gente começou a desconfiar. Aí (veio) a reportagem da Folha de ontem (quinta-feira)."

O candidato petista fez questão de realçar que a notícia sobre o esquema de divulgação de falsidades em massa contra o PT "não foi divulgada nas tevês." Em timbre acusatório, Haddad insistiu: "As tevês estão segurando a informação. O Jornal Nacional não deu, a Record não deu, a Band não deu, o SBT não deu."

Imitando um hábito de Lula, seu criador, Haddad fez pose de vítima: "Provavelmente não darão (a notícia), porque há um conluio deles todos para evitar que o nosso projeto ...siga à frente." O Jornal Nacional, que menosprezara a notícia da Folha na quinta-feira, abriu generoso espaço para o tema em sua edição desta sexta-feira. Ou Haddad não assistiu ou fingiu não ver para que sua tese do "conluio" televisivo não perdesse o nexo.
Herculano
20/10/2018 06:48
A CAMINHO DA EXTINÇÃO, por Julianna Sofia, secretária de redação da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo

Opinião pública ignora Temer e seus supostos crimes

O ambiente tempestuoso das eleições obscurece fatos que, até há pouco, seriam encarados como ultraje nacional. Episódios recentes despertam especial perplexidade pelo grau de indiferença com que foram recebidos pela opinião pública, em suas diversas camadas.

A Polícia Federal concluiu nesta semana inquérito sobre propinas no setor portuário e apontou indícios de que o presidente Michel Temer fora beneficiado diretamente com o pagamento de R$ 5,9 milhões.

O emedebista já havia sido denunciado duas vezes pela Procuradoria-Geral da República - ambas acusações barradas pela Câmara - e teve um terceiro inquérito suspenso temporariamente - há evidências de recebimento ilegal de R$ 1,4 milhão. Agora, enfrenta novo indiciamento por prática de crimes como corrupção e organização criminosa.

O relatório produzido pela PF traz elementos adicionais: diálogos embaraçosos entre o atual número dois da PGR e o ex-assessor do Planalto notabilizado por sair correndo com uma mala de R$ 500 mil da JBS. Nos colóquios rastreados, de 2016, Alexandre Camanho e Rodrigo Rocha Loures demonstram proximidade e tratam de nomeações para o ministério no período pré e pós impeachment de Dilma Rousseff.

Camanho é homem de confiança da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. A ela caberá denunciar, ou não, o presidente com base na investigação dos portos. Nos bastidores, a inclusão das conversas no documento remetido ao Supremo Tribunal Federal representa instrumento de pressão sobre Dodge.

Temer é um zumbi impopular que habita os palácios federais e carregará por mais dois meses e alguns dias a faixa presidencial. Nos espaços públicos, o emedebista reúne ministros de Estado e advogados para discutir estratégias para sua defesa.

No novo normal, o presidente é só mais um espécime da velha política a caminho da extinção. Há pouco interesse, se ele pagará algum dia, onde quer que esteja, pelos erros que supostamente cometeu.
Herculano
20/10/2018 06:45
BATTISTI VAI PARA ITÁLIA RAPIDAMENTE, 'VIA SEDEX', por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O general Augusto Heleno, integrante do estado-maior da campanha de Jair Bolsonaro (PSL), faz a ressalva de que não conversou sobre o assunto com o candidato, mas arrisca um palpite bem-humorado para o destino do terrorista Cesare Battisti, que o então presidente e também presidiário Lula acolheu como "perseguido político". Heleno acha que o bandidão será "despachado rapidamente para a Itália, via Sedex."

PRISÃO PERPÉTUA
Battisti foi condenado na Itália duas vezes a prisão perpétua, após assassinar covardemente quatro pessoas por "motivação política".

ASSASSINO DE ALUGUEL
Preso por assalto, Battisti foi recrutado na cadeia como matador de aluguel do grupo radical "Proletários Armados para o Comunismo".

TESTEMUNHA INCONTESTE
Alberto Torregiani tinha 13 anos quando viu Battisti matar pai. Também baleado, e na medula, sobreviveu por milagre. Mas ficou paraplégico.

COVARDE HISTERIA
Há relatos de que Battisti costumava gargalhar histericamente no rosto de suas vítimas, quando, feridas, agonizavam no chão.

JURISTA CONSULTADO POR JORNAL JÁ FOI PRESO PELA PF
"Jurista" consultado pelo jornal Folha de S. Paulo sobre o caso de empresas que teriam comprado envio de mensagens por meio de Whatsapp, Guilherme Salles de Gonçalves é investigado pela Polícia Federal e indiciado pelo Ministério Público na operação Custo Brasil, a 18ª fase da Lava Jato. Foi ele, que é advogado da senadora Gleisi Hoffmann, quem disse ao jornal que Bolsonaro poderia ser cassado.

ESPECIALISTA-RÉU
O 'especialista' é acusado embolsar mais de R$7 milhões entre 2010 e 2015, por meio de esquema corrupto no Ministério do Planejamento.

CUMPLICIDADE
O dinheiro sujo foi entregue a Guilherme quando Paulo Bernardo, marido de Gleisi, também preso, era ministro do Planejamento.

ACUSAÇÃO
O Ministério Público Federal acusa o escritório de Gonçalves, que atuou em campanhas de Gleisi, de integrar esquema de ladroagem.

COISA MAIS ESQUISITA
Gustavo Bebianno, presidente do PSL, partido que elegeu a segunda maior bancada da Câmara, admite abrir mão da presidência da Casa. Nunca se viu isso. O cargo pode cair no colo do Centrão.

NOVA CONSTITUIÇÃO
Eleito deputado federal com 118 mil votos, o Príncipe Luiz Phillippe de Orleans e Bragança (PSL-SP) revelou que um grupo de notáveis já elabora a minuta de uma nova Constituição para o Brasil. Sua ideia é submeter a proposta a um grande debate e depois a referendo popular.

GOLPE BAIXO
Os petistas repetiram tanto a fantasia do "golpe" que gostaram da ideia: inventaram a história dos "disparos em massa" de mensagens para aplicar o golpe do tapetão, instrumentalizando a Justiça Eleitoral. Desrespeitando os presumíveis 60 milhões de eleitores do adversário.

FORTUNA ORGULHOSO
O diplomata Felipe Fortuna foi promovido a embaixador. Autor de livros como "O rugido do Sol" (poemas), a ser lançado nesta terça (23), ele é filho do saudoso cartunista Fortuna, integrante da turma do Pasquim.

VIROU PIADA
A CUT da pesquisa CUT/Vox Populi é aquele braço sindicalista do PT. Já o Vox Populi é aquele que em 2017 disse que 68% dos brasileiros achavam que a Lava Jato "errava" ao acusar Lula "sem provas".

MILITÂNCIA
O repórter do El País Enrique Krauze afirmou na matéria "O incêndio Bolsonaro" que "o próximo presidente do Brasil é feito de misoginia, racismo e homofobia" e o País cometerá "suicídio político e cultural". Sobre a roubalheira do PT, apurada na Lava Jato, nem uma só linha.

DESINFORMAÇÃO
O jornal La República, do Peru, afirmou no editorial "El retrocesso", sem indicar fontes e nem ouvir o candidato ou quem o represente, que "Bolsonaro reverterá direitos da comunidade LGBT e de mulheres".

QUATRO FUSOS
As provas do Enem deste ano serão aplicadas em quatro fusos horários diferentes, segundo o Ministério da Educação. Onze estados funcionarão em horário de verão, outros 16 em horários regionais.

PENSANDO BEM...
...no Brasil, fake news rendem punição. Já fake partido, fake políticos, fake segurança, fake liberdades...
Herculano
20/10/2018 06:37
MAIS UM EXEMPLO DE OPORTUNISMO. O CANDIDATO SE APRESENTA COMO O NOVO, SURFA A ONDA DAS MUDANÇAS E LIMPEZA DA CORRUPÇÃO QUE SE ESTABELECEU NAS GESTõES PÚBLICAS. E PARA NÃO SER MANCHADO, VAI PROVIDENCIALMENTE SE AFASTANDO DE QUEM PODE INDICAR QUE ELEITO, É UM POLÍTICO DOS ANTIGOS. ESTA HISTóRIA JÁ SE VIU POR AQUI.

Conteúdo de Veja.Texto de O Globo. O candidato ao governo do Rio Wilson Witzel (PSC) teve expostas na manhã desta sexta-feira fotos e mensagens de sua relação com o advogado Luiz Carlos Cavalcanti Azenha , condenado por ajudar na fuga do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha. Durante debates eleitorais, o ex-juiz federal negou ter laços pessoais com Azenha, a quem classificou como apenas um de seus milhares de alunos. A revista "Veja" teve acesso ao material e conversou com o advogado, que diz ter participado da campanha do candidato e sido afastado após o crescimento de Witzel na disputa.

A campanha informou, por nota, que o ex-juiz nunca negou conhecer Azenha, com quem teria tido "conversas políticas" após a filiação dos dois no PSC. A equipe de Witzel negou ter ofertado cargo ao advogado e defendido o ex-secretário estadual Hudson Braga.

Em 2011, a polícia encontrou Nem da Rocinha no porta-malas do carro de Azenha, que tentou subornar os agentes para livrar o cliente e acabou condenado a três anos de prisão pelo caso. À "Veja", o advogado contou que manteve "durante anos uma relação profícua" com Witzel, que deixou a magistratura em fevereiro para se dedicar à política. "Em nome da amizade", Azenha teria se tornado "uma espécie de coordenador da campanha", pedido doações e organizado almoços e jantares para o concorrente do PSC.

Segundo a revista, as relações só esfriaram quando o candidato viu suas chances eleitorais crescerem. Witzel surpreendeu ao terminar o primeiro turno com 41,28% dos votos válidos. Ele lidera a corrida no segundo turno com 60%, segundo o Ibope. Neste cenário, Azenha contou que o então amigo bloqueou seu número no celular e mandou um recado por terceiros: "Que eu ficasse quieto, que depois a gente conversava e que me daria um cargo no governo". Com a mágoa, o advogado diz não querer mais ser amigo de Witzel.

Em uma das mensagens trocadas pelos dois no WhatsApp, Azenha lamenta que Witzel tenha ido embora de um evento antes de ouvir um elogio. "Você me representa", respondeu o ex-juiz ao advogado. Outra mensagem revela um convite do candidato, que estava em casa, ao amigo: "Quando quiser venha".

Uma terceira reprodução de conversa menciona uma transação financeira: "Não vou depositar, pode passar aqui?", questiona Witzel. Segundo a Veja, Azenha atribui este pagamento à assessoria que prestou ao amigo, contratado pelo ex-secretário dos governos Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão que foi acusado na Operação Lava-Jato. Para a revista, o advogado disse que o ex-juiz "é pior que o Nem".
Herculano
20/10/2018 06:28
da série: o PT ainda não entendeu ou não quer entender que, as eleições deste outubro não são escolhas de candidatos, mas um avisos contra as idéias do PT, as velhas práticas políticas e os ladrões dos pesados impostos metidos no poder de plantão. Se tudo isso vai dar certo, é outra história que a própria história irá conferir mais tarde, como está fazendo agora com o PT. Os "pensadores" e as falanges de ataque do PT, neste momento já não tem mais nenhuma importância. Não sensibilizam ou enganam mais.

O QUE ESTÁ EM JOGO NO PRóXIMO DIA 28, por André Singer, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no jornal Folha de S. Paulo

Candidatura de Bolsonaro não faz parte da rotineira alternância que caracteriza a democracia

De modo geral, procuro utilizar o espaço que me foi facultado pela Folha para analisar o quadro político de maneira objetiva. Tenho posições, que não escondo, porém entendo ser meu papel mais o de procurar compreender e explicar.

Hoje, porém, dada a excepcionalidade das circunstâncias, peço licença para mudar de tom e tomar uma posição clara e incontornável.

O levantamento do Datafolha publicado nesta sexta (19) aponta para a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno.

A fulgurante onda que, em cerca de uma semana antes do primeiro escrutínio, deu ao candidato da extrema direita a inesperada condição de chegar ao poder, parece ter, por ora, se estabilizado.

Note-se, contudo, que bastaria, levando-se em conta o total de votos, mudar o sufrágio daqueles que decidiram digitar 17 na última hora, isto é, no dia da eleição, para reverter o resultado.

Conforme procurei mostrar na última coluna, a julgar pelos dados de pesquisa, cerca de 6,5 milhões de eleitores optaram pelo capitão reformado no próprio momento de votar. Até o sábado (6), ele tinha 40% dos votos válidos. Na noite seguinte, apareceu com 46%.

A análise do que levou tantos brasileiros à estranha decisão de arriscar um radical de direita levará tempo.

Qual foi a influência dos ilegais pacotes de WhatsApp comprados por empresas para favorecer o deputado (18/10)? O quanto possíveis mudanças sociológicas profundas, como um eventual "aburguesamento de valores", assinalado por Mauro Paulino e Alessandro Janoni (19/10), estariam em curso?

Perguntas difíceis, cujas respostas devem ser imbricadas e complementares, implicam longa elaboração. No curto prazo, deve-se esclarecer o eleitorado sobre o risco que corre.

É mister mostrar que a candidatura de Bolsonaro não faz parte da rotineira alternância que caracteriza a democracia moderna. Conforme Steven Levitsky, coautor do recente livro "Como as Democracias Morrem", um postulante que elogia a ditadura, aprova a tortura, encoraja execuções extrajudiciais, nega a legitimidade dos seus oponentes e promete tratar movimentos sociais como terroristas é "autoritário" (31/8).

Em outras palavras, Levitsky, da Universidade Harvard e palestrante na Fundação Fernando Henrique Cardoso, diz que Bolsonaro ameaça a continuidade da democracia.

Não acredito que a maioria dos brasileiros seja a favor da ditadura. Segundo o Datafolha (5/10), apenas 12% concordam que uma ditadura seria, em certas circunstâncias, melhor do que a democracia. Trata-se, portanto, de uma obrigação de quem opina avisar os outros 88% sobre o que estará em jogo no domingo 28 de outubro de 2018.
Herculano
19/10/2018 18:11
da série: quem PT inventou o veneno, agora reclama dele

CASO WHATSAPP REVOLUCIONA PENSAMENTO DO PT, por Josias de Souza

A notícia de que empresários financiam ilegalmente o envio massivo de mensagens anti-PT via WhatsApp revolucionou o pensamento do Partido dos Trabalhadores sobre as prisões, as delações e o trabalho da imprensa. Em menos de 24 horas tudo o que o partido considerava como afronta ao Estado Democrático de Direito nos quatro anos e meio de duração da Lava Jato passou a ser legal, necessário e urgente.

Em sua primeira manifestação sobre o caso, o presidenciável petista Fernando Haddad disse que o rival Jair Bolsonaro "deixou rastro" que permite vinculá-lo ao esquema de difusão de mensagens. Implacável, Haddad defendeu o uso da prisão como meio de obtenção de confissões. Mesmo que disponha, por ora, apenas de uma notícia da Folha, jornal que o petismo incluía até ontem no rol da "mídia golpista".

"Se você prender um empresário desses, ele vai fazer delação premiada. Basta prender um empresário que vai ter delação premiada e vão entregar a quadrilha toda. Nós estamos falando de 20 a 30 empresários envolvidos nesse esquema. Se prender um, em menos de dez dias a gente vai ter a relação de todos os empresários que estão financiando com caixa dois uma campanha difamatória."

No petrolão, o PT condena as prisões mesmo quando são precedidas de meticulosos inquéritos. Em junho de 2015, a Executiva Nacional da legenda divulgou uma resolução para manifestar sua preocupação com as consequências do "prejulgamento de empresas acusadas no âmbito da Operação Lava-Jato."

A manifestação do PT ocorreu cinco dias depois do encarceramento preventivo dos executivos das duas maiores empreiteiras do país: Marcelo Odebrecht, da empresa que leva o sobrenome de sua família, e Otávio Azevedo, da Construtora Andrade Gutierrez. Hoje, sabe-se que ambos estavam lambuzados com o óleo queimado da Petrobras até o último fio de cabelo.

No item de número quatro, o texto da resolução do PT desautoriza prisões como as que Haddad passou a defender: "Se o princípio de presunção de inocência é violado, se o espetáculo jurídico-político-midiático se sobrepõe à necessária produção de provas para inculpar previamente réus e indiciados; se as prisões preventivas sem fundamento se prolongam para constranger psicologicamente e induzir denúncias, tudo isso que se passa às vistas da cidadania, não é a corrupção que está sendo extirpada. É um Estado de exceção sendo gestado em afronta à Constituição e à democracia."

Dias depois da divulgação da resolução petista, ainda em junho de 2015, a então presidente Dilma Rousseff torpedeou numa entrevista o instituto da delação premiada, incluído numa lei que ela própria havia sancionado. Um dos delatortes da Lava Jato, o empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, informara em depoimento que fizera repasses ilegais à campanha de Dilma à reeleição, em 2014. E ela: "Não respeito delator, até porque estive presa na ditadura militar e sei o que é. Tentaram me transformar numa delatora (...) e garanto que resisti bravamente".

Não bastasse o ataque a um mecanismo que se revelou vital para o êxito do combate à corrupção, Dilma misturou democracia com ditadura. Deu de ombros para o fato de que a delação que sancionara, longe de assemelhar-se à tortura, é uma ferramenta que a legislação oferece à defesa dos encrencados. É uma oportunidade que o criminoso tem de trocar a confissão por benefícios penais.

No mês passado, o próprio Haddad foi denunciado pelo Ministério Público paulista com base numa delação do mesmo empreiteiro Ricardo Pessoa. Acusaram-no de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. De acordo com a denúncia, Haddad recebeu da UTC propina de R$ 2,6 milhões para pagamento de dívida contraída durante sua campanha à prefeitura de São Paulo, em 2012.

A exemplo de Dilma, Haddad desqualificou o delator. O adjetivo mais brando que utilizou foi "mentiroso". Em nota, o comitê de campanha do PT esculachou também o Ministério Público: "Surpreende que, no período eleitoral, uma narrativa do empresário Ricardo Pessoa, da UTC, sem qualquer prova, fundamente três ações propostas pelo Ministério Público de São Paulo contra o ex-prefeito e candidato a vice-presidente da República, Fernando Haddad".

No episódio das mensagens de WhatsApp, cuja divulgação é atribuída a empresários a serviço de Bolsonaro, o PT é bem mais rigoroso. Trata o noticiário da ex-mídia golpista como elemento de prova: "Reportagem da Folha de S.Paulo desta quinta-feira (18) confirma o que o PT vem denunciando ao longo do processo eleitoral: a campanha do deputado Jair Bolsonaro recebe financiamento ilegal e milionário de grandes empresas para manter uma indústria de mentiras na rede social WhatsApp", escreveu o partido em texto veiculado no seu site.

Está em jogo agora, segundo o novo conceito do PT, "a sobrevivência do processo democrático." A legenda tem razão. O surpreendente é que, no ano passado, o PT pediu e obteve no Tribunal Superior Eleitoral o arquivamento da denúncia de abuso de poder econômico praticado pela chapa Dilma Rousseff-Michel Temer na eleição de 2014.

O processo foi arquivado por excesso de provas. Por um placar apertado - 4 votos a 3 - os ministros do TSE decidiram enterrar evidências vivas de que a Odebrecht pagara com dinheiro sujo da Petrobras o marketing que moeu adversários do PT como Marina Silva e produziu o estelionato eleitoral que reconduziu Dilma e Temer ao Planalto.

Nessa época, o PT não via no financiamento ilegal de campanhas um risco ao "processo democrático". Fraude mesmo, alardeou a legenda neste ano de 2018, é uma eleição sem Lula, um político preso que o PT tentou, sem sucesso, transformar em "preso político". Não é à toa que Jair Bolsonaro está prestes a ser eleito pela maior força política existente no país: o antipetismo. Em matéria criminal, o PT é capaz de quase tudo, menos de oferecer algo que se pareça com um mea-culpa.
Herculano
19/10/2018 17:56
O SILÊNCIO

Mário Sabino, um dos editores da revista eletrônica Cruzoé, no twitter escreve.

A @RevistaCrusoe faz reportagens de verdade. Publicou que Toffoli recebe mesada da mulher advogada, que Palocci contou tudo sobre a conexão Lula/Kadafi e, hoje, que a PF investiga se o PCC mandou matar Bolsonaro. Os outros silenciam
mario pera
19/10/2018 17:49
Sobre o candidato do Rio de Janeiro Witzel ser próximo do advogado do traficante Nem se torna fato relevante, mas o advogado badalado tal Kakay (que é defensor de todos os corruptos que estão presos ou soltos nos escandalos da Lava Jato e Mensalão - que passam por Ze Dirceu...Cunha...Cabral...Arruda...Pirillo...), fazer parte do grupo de juristas que apoiam e fazem movimento por Haddad é normal...Qual a diferença dos dois advogados em seus trabalhos? Ou o fato de Nem ser um trafica e os demais corruptos cascas grossas transforma o advogado do primeiro pior que dos segundos ?
Herculano
19/10/2018 17:22
VOX POPULI REDUZ PARA 6 PONTOS VANTAGEM DE BOLSONARO SOBRE HADDAD

Conteúdo de O Antagonista.Pesquisa do Vox Populi, encomendada pela CUT, diz que Jair Bolsonaro tem apenas 53% dos votos válidos, contra 47% de Fernando Haddad.

O Vox Populi é aquele instituto que foi alvo da Operação Acrônimo, que fisgou Fernando Pimentel. Segundo o MPF, o petista pagava as pesquisas com dinheiro de caixa 2.

Em sua delação, Antônio Palocci prometeu "esclarecer e expandir outros fatos criminosos", "contextualizando as ilicitudes" que permeavam a relação do PT com o Vox Populi.
Herculano
19/10/2018 15:35
WHATSAPP NOTIFICA AGÊNCIAS QUE DISPARAM MENSAGENS ANTI-PT

Rede social pediu que disparos em massa sejam interrompidos, e contas associadas foram banidas

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Patrícia Campos Mello. O WhatsApp enviou notificação extrajudicial para as agências Quickmobile, Yacows, Croc services e SMS Market determinando que parem de fazer envio de mensagens em massa e de utilizar números de celulares obtidos pela internet, que as empresas usavam para aumentar o alcance dos grupos na rede social.

A empresa também baniu as contas do WhatsApp associadas a essas agências. Reportagem publicada pela Folha nesta quinta-feira (18) mostrou que empresas bancaram uma campanha de mensagens anti-PT com pacotes de disparos em massa.

A prática é ilegal, pois se trata de doação de campanha por empresas, vedada pela legislação eleitoral, e não declarada.

A agência AM4 e outras estão sob investigação e serão notificadas caso sejam comprovadas as irregularidades.

O comportamento fere as regras do WhatsApp. O envio de mensagens em massa com conteúdo eleitoral não é ilegal, desde que use a base de usuários dos próprios candidatos, ou seja, listas com nomes e telefones celulares de apoiadores que voluntariamente os cederam.

No entanto, várias agências venderam bases de usuários de terceiros, segmentadas por região e perfil, de origem desconhecida - o que é ilegal.

"Estamos tomando medidas legais para impedir que empresas façam envio maciço de mensagens no WhatsApp e já banimos as contas associadas a estas empresas", informou em nota o WhatsApp.

A empresa também disse que usa tecnologia de ponta para detectar contas com comportamento anormal para que elas não possam ser usadas para espalhar mensagens de spam.

A presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a ministra Rosa Weber, convocou para esta sexta-feira (19) uma reunião com PT e aliados para discutir o caso.

O partido do presidenciável Fernando Haddad entrou com ação na Justiça Eleitoral para investigar suposto financiamento ilegal de campanha por Jair Bolsonaro (PSL).

Weber falará à imprensa na tarde desta sexta, acompanhada da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e de outras autoridades.
Herculano
19/10/2018 15:22
EDUCAÇÃO DE QUALIDADE DEMANDA BONS PROFESSORES E GESTORES, por Cláudia Costin,diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais, da FGV, e ex-diretora de educação do Banco Mundial, para o jornal Folha de S. Paulo.

Em Singapura, busca-se a igualdade de oportunidades não só no discurso, mas na prática

Encontro-me em Singapura, onde faço uma palestra na Universidade de Gestão de Singapura e visito escolas neste que é o país com o melhor sistema educacional do mundo, segundo o Pisa - programa de avaliação educacional da OCDE.

O sucesso da educação de Singapura se deve a uma cultura que prioriza aprendizagem, a um investimento sólido em professores, que são preparados para a profissão e não só para compreender teorias, e a uma política educacional voltada para a excelência com equidade, ou seja, para alto desempenho, sem deixar ninguém para trás.

Em outros termos, o que se busca é realizar a grande promessa da educação: a de que haverá igualdade de oportunidades não só no discurso, mas na prática.

Parece óbvio, mas não é: toda vez que pensamos em excluir alunos que não aprendem em vez de pensar em estratégias de ensino com altas expectativas, voltadas ao aprendizado de cada um, estamos contribuindo para agravar as desigualdades.

É sabido que Singapura desenvolveu sua educação ao longo dos anos e a gestão da política educacional teve papel muito importante em todo o processo.

Na verdade, o que transforma a educação é uma combinação de dois fatores: bons professores, preparados e estimulados, e boa política educacional, com bons gestores educacionais.

Para se ter bons professores, é importante tornar a carreira atrativa e profissionalizada, com contratos não fragmentados ou precarizados, uma formação inicial sólida no ensino superior, que de fato prepare para a prática de sala de aula, e um trabalho em equipe efetivo. Isso implica melhorar os salários, ser rigoroso na seleção dos futuros docentes e criar currículos nas instituições formadoras bem diferentes dos atuais.

Mas não é suficiente ter bons professores. Educação básica é trabalho em time. Isso demanda uma organização competente do processo de ensino, dirigido por bons gestores escolares e coordenado em rede por secretários de educação aptos a assegurar qualidade para todos.

É importante entender que educação pública demanda gestão e liderança. Em minha atuação como mentora de diversos secretários no Brasil, observo a complexidade de seu trabalho, associado não só à operação logística de suas redes como à tarefa de assegurar que em todas as escolas a aprendizagem avance e ninguém fique para trás.

Os desafios são tremendos dadas as profundas desigualdades sociais do país e a violência presente no entorno ?"e por vezes no interior - das escolas. Mesmo assim, a cada dia, um exército de professores, de diretores e de secretários luta para que a pobreza não vire destino. A eles, todo o meu respeito e admiração!
Herculano
19/10/2018 15:16
SE NÃO DER CERTO

De Guilherme Fiuza, no twitter

O PSOL quer tirar o WhatsApp do ar em defesa da democracia. Se não der certo, o PT e suas linhas auxiliares têm outros instrumentos democráticos poderosos como paus, pedras, pneus e, naturalmente, facas.
Herculano
19/10/2018 12:59
TOTALITÁRIOS

Do " Vem Prá Rua", no twitter

Pedir à Justiça para bloquear o WhatsApp revela a mentalidade totalitária do PT.
Herculano
19/10/2018 12:56
TAPETÃO, O PIOR E O MELHOR DO PT

José Nêumanne Pinto, no twitter?

Golpe repugnante do PT: Tentativa de impugnar 50 milhões de votos de Bolsonaro no primeiro turno por causa de manchete da Folha é mais um de muitos golpes sórdidos, de mero desespero, da esquerda sem eleitores neste pleito (Jornal Eldorado)
Herculano
19/10/2018 12:53
COMEÇOU A GUERRA

De Flávio Bolsonaro, filho de Jair, no twitter

A perseguição não tem limites!
Meu WhatsApp, com milhares de grupos, foi banido DO NADA, sem nenhuma explicação!
Exijo uma resposta oficial da plataforma.
Herculano
19/10/2018 12:51
O NOVO TEMERÁRIO

De Carlos Andreazza, editor de livros, no twitter

Comentei a temeridade em que consistiria o RJ entregar o governo do Estado a um desconhecido absoluto apenas porque surfa a onda do momento. Pois bem: Veja trará matéria que documenta a relação de intimidade de Witzel com o advogado que carregou o traficante Nem na mala do carro.
Herculano
19/10/2018 11:57
DESESPERO, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Consciente de que será muito difícil reverter a vantagem de Jair Bolsonaro (PSL) na disputa pela Presidência da República, o PT decidiu partir para seu "plano B": fazer campanha para deslegitimar a eventual vitória do oponente, qualificando-a como fraudulenta. É uma especialidade lulopetista.

A ofensiva da tigrada está assentada na acusação segundo a qual a candidatura de Bolsonaro está sendo impulsionada nas redes sociais por organizações que atuam no "subterrâneo da internet", segundo denúncia feita anteontem na tribuna do Senado pela presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, que lançou o seu J'accuse de fancaria.

"Eu acuso o senhor (Bolsonaro) de patrocinar fraude nas eleições brasileiras. O senhor é responsável por fraudar esse processo eleitoral manipulando e produzindo mentiras veiculadas no submundo da internet através de esquemas de WhatsApp pagos de fora deste país", afirmou Gleisi, que acrescentou: "O senhor está recebendo recursos ilegais, patrocínio estrangeiro ilegal, e terá que responder por isso. (...) Quer ser presidente do Brasil através desse tipo de prática, senhor deputado Jair Bolsonaro?"

Como tudo o que vem do PT, nada disso é casual. A narrativa da "fraude eleitoral" se junta ao esforço petista para que o partido se apresente ao eleitorado - e, mais do que isso, à História - como o único que defendeu a democracia e resistiu à escalada autoritária supostamente representada pela possível eleição de Bolsonaro.

Esse "plano B" foi lançado a partir do momento em que ficou claro que a patranha lulopetista da tal "frente democrática" contra Bolsonaro não enganou ninguém. Afinal, como é que uma frente política pode ser democrática tendo à testa o PT, partido que pretendia eternizar-se no poder por meio da corrupção e da demagogia? Como é que os petistas imaginavam ser possível atrair apoio de outros partidos uma vez que o PT jamais aceitou alianças nas quais Lula da Silva não ditasse os termos, submetendo os parceiros às pretensões hegemônicas do demiurgo que hoje cumpre pena em Curitiba por corrupção?

Assim, a própria ideia de formação de uma "frente democrática" é, em si, uma farsa lulopetista, destinada a dar ao partido a imagem de vanguarda da luta pela liberdade contra a "ditadura" - nada mais, nada menos - de Jair Bolsonaro. Tudo isso para tentar fazer os eleitores esquecerem que o PT foi o principal responsável pela brutal crise política, econômica e moral que o País ora atravessa - e da qual, nunca é demais dizer, a candidatura Bolsonaro é um dos frutos. Como os eleitores não esqueceram, conforme atestam as pesquisas de intenção de voto que expressam o profundo antipetismo por trás do apoio a Bolsonaro, o PT deflagrou as denúncias de fraude contra o adversário.

O preposto de Lula da Silva na campanha, o candidato Fernando Haddad, chegou até mesmo a mencionar a hipótese de "impugnação" da chapa de Bolsonaro por, segundo ele, promover "essa campanha de difamação tentando fraudar a eleição".

Mais uma vez, o PT pretende manter o País refém de suas manobras ao lançar dúvidas sobre o processo eleitoral, assim como já havia feito quando testou os limites legais e a paciência do eleitorado ao sustentar a candidatura de Lula da Silva. É bom lembrar que, até bem pouco tempo atrás, o partido denunciava, inclusive no exterior, que "eleição sem Lula é fraude".

Tudo isso reafirma, como se ainda fosse necessário, a natureza profundamente autoritária de um partido que não admite oposição, pois se julga dono da verdade e exclusivo intérprete das demandas populares. O clima eleitoral já não é dos melhores, e o PT ainda quer aprofundar essa atmosfera de rancor e medo ao lançar dúvidas sobre a lisura do pleito e da possível vitória de seu oponente.

Nenhuma surpresa: afinal, o PT sempre se fortaleceu na discórdia, sem jamais reconhecer a legitimidade dos oponentes - prepotência que se manifesta agora na presunção de que milhões de eleitores incautos só votaram no adversário do PT porque, ora vejam, foram manipulados fraudulentamente pelo "subterrâneo da internet".
Herculano
19/10/2018 11:54
Miguel!

Tem gente que vai aos santos na velhice como se tivesse uma acolhida sublime que renegou durante a vida inteira;

outros vão aos santos para pedir milagres como se fossem a solução dos males e mazelas vivenciada por eles mesmos;

poucos, pouquíssimos, vão aos santos para agradecer ou se penitenciar espiritualmente pois conhecem melhor o sabor da matéria;

pior mesmo é ver uma maioria de pecadores usar os santos (igrejas e fé espiritual) para pedir proteção às roubalheiras, faltas e vinganças que perpetram contra os irmãos.

E ao fim de tudo, há gente ingrata que diz que é perseguido, que alguém lhe colocou um encosto da má sorte, que Deus o abandonou etc e tal. Mas, como a esperança é a última que morre, quanto mais se afunda, proclama que só Jesus Salva.

Fico abismado quando entro em casas luxuosas, de gente e político notoriamente atrapalhado, quando está ali na sala um cantinho cheio de terços brilhantes, flores, velas acesas, um monte de santas e santos, bíblia, papeizinhos com orações...

Desconfio que a fé dessa gente, não é a mesma da minha. A minha sempre foi serena, obsequiosa, indulgente, perseverante, permanente, discreta e respeitosa àquilo que desconheço e procuro compreensão em mim mesmo.

Essa gente usa a fé para a manipulação e vantagens pecaminosas... Meu Deus!
Miguel José Teixeira
19/10/2018 10:52
Senhores,

"Operação Ostentação"

"Direção do Pros é acusada de corrupção.

Aliado do PT e do PCdoB na eleição presidencial, o partido teve a cúpula investigada numa operação da Polícia Federal.

O presidente da legenda, Eurípides Júnior, teve a prisão decretada e é considerado foragido."

+ em:
http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/brasil/2018/10/19/interna_brasil,283542/operacao-da-pf-atinge-cupula-do-pros.shtml

Portanto, são todos bandidos da mesma quadrilha, chefiada pelo presidiário lula!

Vade retro, retrocesso!
Miguel José Teixeira
19/10/2018 08:31
Meu Nobre Herculano,

". . .sou cético e me escudo na ciência antes da teologia.". . .

Excelente o texto "Expulsar os vendilhões".

Parabéns!

Lembrou-me dos bons tempos do Deputado Constituinte NOTA 10 Vilson Souza.

Já estou à replicá-lo.

Saúde!

Herculano
19/10/2018 07:42
UMA VERDADE PERMANENTE

Para o PT, qualquer denúncia contra um adversário é verdadeira e toda condenação contra um petista é injusta e sem provas.

Meme do Vem Prá Rua, nas redes sociais
Herculano
19/10/2018 07:39
MIGRAÇÃO

O Consulado Geral de Portugal em São Paulo suspende os novos pedidos de nacionalidade até o dia 02/01 por causa da grande procura. Segundo o órgão, o sistema está sobrecarregado e operando com muita lentidão na análise dos processos pendentes. Fonte: Rádio Bandeirantes FM São Paulo
Herculano
19/10/2018 07:04
INCERTEZAS ATÉ O NATAL, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Além de tumulto na eleição, economia incógnita e política difícil devem balançar resto de 2018

Para quem esperava calmaria nestes dias finais de campanha, a quinta-feira foi agitada. Mais que isso, houve outras notícias de que a transição para o próximo governo, qualquer que seja, tende a ser acidentada.

A reportagem desta Folha que trata de suspeitas de financiamento ilegal da campanha de Jair Bolsonaro (PSL) indica que não haverá modorra, com restos de confusão a pagar e apagar mesmo depois de encerrada a eleição.

Haverá mais, porém, mesmo em caso de vitória do preferido das elites econômicas, o candidato do PSL.

Haverá uma nomeação crucial, o novo comando do Banco Central. Haverá a negociação com o Congresso e a eleição do novo comando da Câmara, que já estão quentes. Terá de haver, enfim, a divulgação do que seria o programa para a economia, ainda uma incógnita para especialistas, que dirá para a massa do eleitorado. Muita gente votou na esperança vã de que promessas de fim da corrupção e de "quebrar o sistema" resolvam a crise econômica que já dura meia década.

Caso as instituições do sistema de Justiça se encarreguem de averiguar o que se passa na escuridão do WhatsApp, pode haver sequelas, no mínimo uma indisposição de um presidente com procuradores e juízes. Convém lembrar que o próximo governante nomeará ministros do Supremo e o procurador-geral da República.

A disputa pelo crucial comando da Câmara dos Deputados já começou, por ora dividindo parte dos bolsonaristas e o núcleo do centrão, com o DEM à frente, um grupo de partidos que conta com 142 deputados. Dizem que não vão aceitar atropelamento do bolsonarismo eventualmente triunfante. Como parece óbvio, estão a dizer que querem manter Rodrigo Maia (DEM) à frente da Câmara a fim de negociar um acordo, o que causaria repulsa a Bolsonaro.

Denúncias e política não abalaram os negociantes de dinheiro, investidores e credores do governo, o dito mercado. No entanto, houve um remelexo com a hipótese de que Ilan Goldfajn vá deixar a presidência do Banco Central, divulgada pelo serviço de notícias financeiras Bloomberg.

Não deve ser tão difícil encontrar na finança um nome em tese competente para comandar o BC, embora o prestígio de Goldfajn seja grande na praça: sua permanência seria um seguro para o início de qualquer governo, menos incerteza. Um novo nome precisaria mostrar a que veio, o que demora um tanto. Se o resto do governo da economia e a situação financeira mundial estiverem em paz, haverá tempo de sobra para isso. Estarão?

O governo eleito terá de, enfim, explicitar seus planos econômicos, o que pode ser traumático para um eleitorado que não se ocupou muito do assunto. Frustrações ou espantos podem ter consequências funestas e impactos na confiança econômica. Não é destino, mas é um problema delicado.

Os vazamentos da campanha de Bolsonaro continuam a causar ruído. Foi assim no caso de bravatas ambientais, que assustaram os setores sensatos do agronegócio. Foi assim no caso da China, que causou má impressão aqui e lá fora, para quem espera que o país atraia capital estrangeiro para negócios de infraestrutura. Não parou por aí.

Gente do governo argentino ficou mal impressionada com as declarações imprudentes sobre abertura unilateral do comércio exterior brasileiro, em tese uma boa notícia, mas que precisa ser combinada com um sócio do Mercosul e grande parceiro comercial do Brasil.

À beira do fim da eleição, ninguém conhece os passos dessa estrada.
Herculano
19/10/2018 06:51
IMPRENSA ESTRANGEIRA ENGAJADA CONTRA BOLSONARO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A imprensa internacional foi burocrática e levou até uma semana para repercutir a vitória de Jair Bolsonaro no primeiro turno. Mas com a derrota do PT se consolidando, os correspondentes estrangeiros desataram a produzir matérias sobre o "perigo" que a eleição do candidato do PSL representaria para o Brasil. Em poucos dias, foram mais de 150 citações no mesmo tom, inspiradas no lobby de imprensa petista, em alguns dos principais veículos americanos e europeus.

À BEIRA DE UM ATAQUE
A pancadaria em Bolsonaro teve direito a show na HBO, editorial na Telesur, advertências apocalípticas em jornais europeus etc.

ITÁLIA É DIFERENTE
Só a Itália tem aceitado a vontade do brasileiro expressa nas urnas, principalmente após a descoberta da origem italiana de "Bolzonaro".

HONROSA EXCEÇÃO
Somente um editorial do importante Wall Street Journal lembrou que Lula está preso por suborno. A regra é tecer loas ao presidiário.

FONTES 'INSUSPEITAS'
Até o tirano Nicolás Maduro tentou atacou de #ditaduranuncamais. No Chile, o "consultor" da imprensa é o ex-chanceler petista Celso Amorim.

LOBBY DOS CARTóRIOS 'INSPIRA' 56 PROJETOS DE LEI
Enquanto o mundo moderno se livra dos cartórios, rentável "indústria da desconfiança", no Brasil seu lobby milionário monitora no Congresso a tramitação de 56 projetos de lei e uma proposta de emenda, sempre com objetivo ampliar seus privilégios e o faturamento do setor. Como a desburocratização é um dos pilares do programa de governo de Jair Bolsonaro (PSL), ganha força a proposta de extinção dos cartórios.

NOVOS VENTOS
O primeiro projeto destinado a extinguir os cartórios deve tramitar no próximo Congresso, renovado e motivado a desburocratizar o País.

CARTóRIO PARA QUÊ?
Uma ideia, com o fim dos cartórios, é que os municípios assumam os registros civis (nascimentos etc) e de imóveis, sua maior competência.

RECEITA GRATUITA
A criação de empresas, onde cartório fatura alto e apenas cria dificuldades, poder ficar a cargo da Receita, que já emite o CNPJ.

ZÉ DIRCEU DESEMBARCA
Haddad (PT) já perdeu votos de familiares e amigos de José Dirceu, após o candidato dizer - para o Jornal Nacional divulgar - que ele não apitaria em seu eventual governo. Virou um poço até aqui de mágoas.

LOCOMOTIVA EM AÇÃO
Apontado como ministro da Casa Civil de Bolsonaro, o deputado ?"nix Lorenzoni (DEM-RS) lembrava uma locomotiva no plenário da Câmara, esta semana. Por onde ia, a fila de parlamentares atrás era enorme.

PRECISA PESQUISA?
O governo federal decidiu contratar uma empresa especializada em pesquisa de opinião pública para saber a "avaliação da sociedade sobre a eficiência de suas ações". Custará R$ 7,2 milhões.

ESPANTOSO
Nada como uma eleição presidencial: de repente, não mais do que de repente, um Sedex postado em Brasília na agonizante estatal Correios, às 16h de quarta, chegou às 11h de quinta em Juiz de Fora (MG).

A CULPA PELO DESASTRE
Antes de sair do Porto do Recife, o atual presidente do Porto de Suape, Carlos Vilar, localizou no Demonstrativo Financeiro de 2017 o culpado pelas dificuldades: "total desinteresse do governo de Pernambuco".

BOMBANDO NO EXTERIOR
O termo "Bolsonaro presidente", em inglês, aparece em 125 resultados do Google entre maio e a véspera do primeiro turno. Mas entre os dias 7 e 18 deste mês, grandes jornais estrangeiros fizeram 150 referências.

EI, VOCÊ AÍ...
Os parlamentares do Centro Oeste fizeram plantão no gabinete do Superintendente da Sudeco, Marcos Derzi, batalhando os últimos recursos para seus Estados. Os reeleitos querem fatia maior do bolo.

QUEM MAIS PRECISA
Com fim da intervenção na segurança do Rio de Janeiro em dezembro, o interventor, general Braga Netto, comemora a aceitação do trabalho das Forças Armadas, que chega a 80% da população desassistida.

PENSANDO BEM...
...trabalho mesmo pra valer, no Congresso, só começa depois da definição do presidente da República.
Herculano
19/10/2018 06:44
O GOLPE DO WHATSAPP

Conteúdo de O Antagonista. O TSE pode usar a denúncia de caixa dois na campanha de Jair Bolsonaro para cercear seu governo.

É o que diz a Folha de S. Paulo:

"Casos como esse, avaliam ministros de cortes superiores, pairam como uma espada sobre a cabeça de seus alvos e, num jogo político complexo como o que se desenha para 2019, podem ser usados como instrumento 'de incentivo à moderação' do presidenciável e de seu companheiro, o general Hamilton Mourão, favoritos na disputa."
Herculano
19/10/2018 06:41
AUTORIDADES ANALóGICAS FRACASSAM NO FAROESTE DA CAMPANHA DIGITAL, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Financiamento ilegal no WhatsApp mostra despreparo de juízes e procuradores

Candidatos que apostaram todas as fichas na propaganda de TV ficaram pelo caminho este ano. Celulares e redes sociais atropelaram quem confiou só nas estratégias tradicionais para conquistar votos. As autoridades eleitorais também precisarão reconhecer seu fracasso.

Enquanto promotores e juízes se ocupavam em julgar direitos de resposta no rádio e verificar se santinhos tinham o CNPJ certo, a disputa digital corria no estilo faroeste.

Nesta quinta (18), a repórter Patrícia Campos Mello revelou que empresas alinhadas a Jair Bolsonaro pagaram para enviar milhões de mensagens pelo WhatsApp contra o PT. A prática é proibida e pode configurar financiamento ilegal de campanha.

O candidato do PSL só disse que não tem controle sobre aqueles que o apoiam. Uma advogada do partido afirmou que são "atos isolados", sem autorização da sigla. O caso foi levado à Justiça Eleitoral por PT e PDT.

O despreparo dos órgãos de controle e a dificuldade de rastreamento reforçaram a ilusão de que a internet é terra sem lei. Não houve esforço para conter notícias falsas, grupos clandestinos de propaganda e seu financiamento fraudulento.

Ao assumir o TSE, em fevereiro, Luiz Fux disse em tom grave que a difusão de informações mentirosas era abusiva. Meses depois, declarou que uma eleição pode ser anulada se tiver a influência de fake news.

Era só marketing? Quem segurou um celular nos últimos meses teve acesso a uma enxurrada de mentiras. Não se viu ação concreta para investigar a origem, os pagamentos e os efeitos da desinformação.

No dia do primeiro turno, a atual chefe do TSE, Rosa Weber, afirmou que o tribunal estava "aprendendo a lidar" com o problema e tentando "compreender" o que são fake news. Parecia óbvio - e já era tarde.

O segundo turno está aí, mas juízes e procuradores ainda não sabem lidar com o WhatsApp e outros aplicativos. Campanhas digitais ajudaram muitos candidatos e podem eleger um presidente, mas as autoridades ainda estão presas na era analógica.
Herculano
19/10/2018 06:35
USO APROPRIADO DOS TERMOS

Abaixo, o colunista Josias de Souza, emprega as palavras empregocida e cleptogestão para definir com mais propriedade os governos do PT e especialmente da fase liderada por Dilma Vana Rousseff.

Volto para afirmar: 1) não foi apenas com o PT é só ver o que aconteceu por exemplo, com o MDB do Rio de Janeiro. 2) o empregocida e a cleptogestão não são coisas do passado, mas do presente também, apesar de todos os recados dados nas urnas recentemente.
Herculano
19/10/2018 06:31
BOLSONARO NÃO RECEBERÁ UM CHEQUE EM BRANCO, por Josias de Souza

Divulgada a dez dias do segundo turno, a nova pesquisa do Datafolha deu à sucessão presidencial uma aparência de jogo jogado. O staff de Jair Bolsonaro mal consegue conter a euforia. Como sua liderança não chegou a ser colocada em xeque por Fernando Haddad, o capitão aproxima-se do Planalto como se recebesse um cheque em branco do eleitorado. Engano.

O principal atributo de campanhas como a de Bolsonaro, que irradiam um imaginário forte, é ter rompido com a situação anterior, dando a impressão de que nada será como antes. Não é pouca coisa. Foi à cova no primeiro turno aquele PSDB que se oferecia como polo de poder há seis sucessões. Vão à lona no segundo round o petismo e, sobretudo, o lulismo.

No momento, o eleitor mostra-se pago e satisfeito com a retórica de Bolsonaro, feita de probidade, segurança e prosperidade. Mas a situação é mais complexa. Tão complexa que ficou simples como o ABC. A, o programa aguado de Bolsonaro produz alta expectativa; B, a boa vontade virará cobrança em janeiro; C, a corrosão da legitimidade do eleito crescerá à medida que o eleitor for percebendo que o único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é o dicionário.

Bolsonaro coleciona no Datafolha 59% das intenções de votos válidos, contra 41% atribuídos a Haddad. O petismo já se dedica à produção de teorias para explicar a derrota. O exercício é tão inevitável quanto inútil, pois não produz a hecatombe que seria necessária para engolir até 28 de outubro os 18 pontos percentuais que separam o substituto de Lula do seu algoz.

Um detalhe potencializa o desafio de Bolsonaro. O resultado da eleição será marcado não pela preferência, mas pela rejeição do eleitorado. Subiu para 54% a taxa de eleitores que declaram que jamais votariam em Haddad. Quer dizer: o capitão será empurrado para a cadeira de presidente pela maior força política da temporada: o antipetismo.

O índice de rejeição a Bolsonaro diminuiu. Mas continua enorme: 41%. Significa dizer que não haverá na plateia muita gente com disposição para aplaudir um governo que não entregue rapidamente a mudança que prometeu.

Do ponto de vista econômico, a aura de Bolsonaro já tem dono: o liberalismo do economista Paulo Guedes. Que esbarrará no fisiologismo do Legislativo. Do ponto de vista político, seu governo precisa virar o sistema do avesso. Fácil de prometer. Difícil de executar.

Em condições normais, o eleitor talvez se esforçasse para distinguir políticos melhores e piores. Mas os gatunos ficaram ainda mais pardos depois que a Lava Jato transformou a política em mais uma ramificação do crime organizado. Depois que o governo empregocida de Dilma Rousseff foi sucedido pela cleptogestão de Michel Temer, a ideologia do eleitor tornou-se uma espécie de radicalismo retrógrado, movido a fúria, desinformação e inconsequência. Deu em Bolsonaro.

Jogando parado, Bolsonaro avisou que não irá a nenhum debate, embora os médicos o tenham liberado. Segundo o Datafolha, 73% dos eleitores avaliam que ele deveria duelar com Haddad diante das câmeras. Entretanto, 76% declaram que não cogitam modificar o voto por causa de debates. Nesse contexto, a fuga parece um grande negócio para o favorito. Mas essa percepção só é válida até certo ponto. O ponto de interrogação.

É verdade que há algo de sádico na forma como os candidatos são expostos, questionados, insultados e até ridicularizados nos debates. Neste segundo turno de 2018, a perversão ganharia nova dimensão, pois um dos contendores convalesce de duas cirurgias provocadas por uma facada.

Mas o sadismo não seria necessário apenas para o esclarecimento de eleitores que parecem dar de ombros para o contraditório. Valeria mais pela educação democrática que propiciaria a um candidato com pendores autocráticos. O mesmo Datafolha que coloca Bolsonaro a um milímetro da poltrona de presidente da República já revelou que sete em cada dez brasileiros enxergam a democracia como o melhor sistema de governo.

É mais uma evidência de que, eleito, Bolsonaro não vai dispor de um cheque em branco do eleitorado. Tiros para o alto ou murros na mesa não serão aceitáveis. O capitão terá de aprender a negociar. Algo que jamais fez nos seus quase 28 anos de Parlamento.
Herculano
19/10/2018 06:28
PARA CONSULTORIA, ESQUEMA DO WHATSAPP NÃO DEVE AFETAR BOLSONARO AGORA, por Itamar Garcez, em Os Divergentes

Pelo que se sabe até aqui do suposto esquema ilegal do WhatsApp (PT), "não há constatação de elementos probatórios suficientes a fim de ensejar a cassação da chapa do candidato do PSL", de Jair Bolsonaro. A conclusão é da consultoria Arko Advice.

O esquema, de acordo com a jornalista Patricia Campos Mello, da Folha de S. Paulo, teria como objetivo a disseminação de mensagens falsas sobre Fernando Haddad (PT). "A veiculação desta matéria [da Folha] não deve impactar o atual cenário eleitoral", concluiu a consultoria.

A análise coincide com a da divergente Helena Chagas, publicada mais cedo. Ou seja, caso vença as eleições do próximo dia 28 de outubro, Bolsonaro deverá tomar posse.

Depois... Bem, depois são outros quinhentos.
Herculano
19/10/2018 06:23
BOLSONARO TEM QUE APRENDER SER PODER, por Reinaldo Azevedo, no jornal Folha de S. Paulo

Mesmo virtualmente vitoriosos, bolsonaristas querem exercer o poder das vítimas

Os auxiliares de Jair Bolsonaro estão buscando chifre em cabeça de cavalo e a quadratura do círculo. Nessa trilha, vão acabar encontrando alguma formação estranha. Não será nem chifre nem milagre geométrico, mas confusão.

O candidato do PSL está virtualmente eleito. Seus homens de confiança ainda não começaram a falar a linguagem de quem vai ser poder. Ao contrário. Eles se batem contra uma espécie de Leviatã comunista que estaria no comando, a ameaçar o Brasil, e isso lhes impõe uma retórica beligerante, reativa e agressiva. E que, levada a efeito, nos empurraria e a si mesmos para o buraco. Hora de parar.

O general Aléssio Ribeiro Souto, que cuida da educação, concede uma entrevista e trata das deficiências do setor. Reclama do ensino ideologizado. Fato. Geralmente em escola privada, com ar-condicionado. Talvez o militar devesse ouvir Nego do Borel: "Se eu não guardo nem dinheiro, o que dirá guardar rancor?"

Na escola pública, quando o aluno encontrar uma cadeira inteira em que se acomodar, o professor eventualmente fará seu proselitismo - no dia em que houver aula, claro!

Souto demonstra a preocupação de fazer a verdade de 1964 chegar aos professores. Como? Acha ainda que criacionismo e evolucionismo são alternativas a serem oferecidas aos estudantes, sem direcionamento. Errado. Para o primeiro, o STF autoriza aulas de religião, quando houver condições de oferecê-las, a quem quiser.

O homem do agronegócio, do meio ambiente e da reforma agrária (é muita coisa reunida), Nabhan Garcia, da UDR, diz que há espaço para desmatamento na Amazônia. Bem lido o Código Florestal, há mesmo, desde que o dono ainda não tenha utilizado os 20% da terra que podem ser destinados à produção se a propriedade estiver em área de floresta. Então a boa conversa é defender a aplicação do código, um dos marcos legais que permitem ao Brasil, para o seu bem, entrar pela porta da frente no Acordo de Paris, que trata do clima.

Isso é bom para os negócios, não ruim. O "desmatamento zero" tem como parâmetro o código. É um zero relativo, não absoluto. Mas aí Garcia reclama da fiscalização do Ibama, que seria abusiva. Bem, criem-se mecanismos contra os maus fiscais. O meio ambiente é hoje, no mundo, um critério e um filtro para fazer - ou não fazer - negócios. Produtores de ponta preveem problemas. E os haverá a ser mantida a proposta.
Garcia também diz que o governo não vai conversar com o MST. Considera suas práticas terroristas.

Algumas são mesmo. O país tem uma lei antiterrorismo, a 13.260, que traz uma marotice, no parágrafo 2º do artigo 2º. Se a prática violenta tem "propósitos sociais ou reivindicatórios", aí terrorismo não é. Faz sentido? Não! Atos terroristas costumam ter como justificativa o amor pela humanidade.

Que se proponha, então, um projeto para mudar a lei. Mas venham cá: o MST é, em si, um movimento que pode ser tachado de terrorista? Todo ele? Será mesmo uma boa ideia juntar o meio ambiente com o agronegócio e cortar a interlocução com os sem-terra?

Ousaria dizer que os competidores do Brasil aprovariam o pacote porque ele fragiliza a nossa reputação na arena global. E não adianta fingir que os outros não existem. Não parece inteligente.

Gustavo Bebianno, interlocutor do primeiro círculo do bolsonarismo, candidato a ministro da Justiça, diz que não haverá diálogo com a oposição. Ora, o pressuposto do regime democrático é a existência de grupos que se opõem. Nas democracias, que não cortam a cabeça de adversários no escurinho do consulado, o que legitima o governo é a oposição, que também é eleita pelo povo.

Essa conversa de considerar o adversário inimigo da pátria é coisa de quem quer rachar o país em vez de uni-lo na divergência. E que considera que brasileiros de respeito são apenas aqueles que aderem ao vencedor. Já vi esse troço com sinal trocado. Termina mal.

Os mais otimistas apostam que a vitória será uma boa conselheira de Bolsonaro. Tomara! Saber ganhar é mais importante do que saber perder. Por motivos óbvios. Afinal, quem vence fica com as batatas.
Herculano
19/10/2018 06:10
VOZ DISFARÇADA

De Diego Escostesguy, ex-editor da revista Época, no twitter

O candidato que se apresenta como a voz da moderação acusou seu adversário - sem evidências - de "criar uma organização criminosa" para "tentar fraudar as eleições". Defendeu até prisão para alguém "entregar a quadrilha". Disse que deveria disputar o 2 turno com Ciro. Democrata?
Herculano
19/10/2018 06:09
ALOPRADOS

De Mário Sabino, editor da Cruzoé, no twitter

O PT partiu para o tudo ou nada nesta reta final de campanha. Alerta aos aloprados: na verdade, o tudo será nada, porque há limite para a brincadeira com a democracia. O que está em jogo é o país.
Herculano
19/10/2018 06:07
ALUCINAÇÃO

De J.R.Guzzo, de Veja, no twitter

O PT parece ter lançado um novo projeto para o segundo turno: perder pela maior diferença possível de votos. É o que vai acabar conseguindo com essa prodigiosa alucinação de anular 50 milhões de votos do adversário a dias da eleição ?" e achar que todo mundo vai aceitar numa boa.
Herculano
19/10/2018 06:05
DESONESTIDADE

Do radialista Renato Igor, no twitter

Atribuir a onda Bolsonaro apenas ao WhatsApp é desonestidade intelectual.
Herculano
18/10/2018 22:29
CENSURA

O PSOL, a linha auxiliar do PT, o democrático, pediu ao TSE para o Whatsapp parar de funcionar até o final das eleições, no dia 28. Simples, assim!
Herculano
18/10/2018 22:16
GUERRA SUJA NAS REDES SOCIAIS EXPõE O FAKE TSE, por Josias de Souza

Antes do início da campanha de 2018, o Tribunal Superior Eleitoral trombeteou a notícia de que não toleraria o uso das redes sociais para a difusão de notícias falsas. Presidente do tribunal na época, o ministro Luiz Fux chegou a dizer que seriam expurgados do processo eleitoral candidatos que jogassem sujo na internet. Hoje, verifica-se que a ameaça do ministro era, ela própria, uma notícia falsa.

A Justiça eleitoral não conseguiu coibir nem mesmo a difusão de falácias sobre supostas violações de urnas eletrônicas. O TSE e seus ministros limitaram-se a emitir declarações protocolares sobre a segurança do processo eletrônico de votação. Nem sinal de punições. O próprio Jair Bolsonaro chamou de fraude a votação que resultou no segundo turno. E ficou por isso mesmo.

Sem controle, a lama escorre livremente pelos visores dos celulares e tablets na forma de desinformação, mistificação e notícias falsas. O lodo vem da esquerda e da direita. Mas Jair Bolsonaro prevalece na quantidade. Notícia da Folha de S.Paulo ajuda a entender o fenômeno: Empresários compram ilegalmente pacotes de mensagens anti-PT difundidas via WhatsApp. Isso é crime. Deveria ser punido. Mas a guerra suja nas redes sociais e no WhatsApp revela a existência de um Fake TSE.
Herculano
18/10/2018 22:12
PESQUISA DATAFOLHA MOSTRA BOLSONARO COM 59% E HADDAD COM 41% DOS VOTOS VÁLIDOS NO 2º TURNO

Nova pesquisa do instituto para presidente indica que capitão mantém vantagem ampla sobre rival petista

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Ricardo Balthazar. A nove dias do segundo turno da eleição presidencial, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, mantém vantagem confortável sobre seu adversário, Fernando Haddad (PT), de acordo com pesquisa concluída pelo Datafolha nesta quinta (18).

Segundo o instituto, o capitão reformado tem 59% das intenções de votos válidos, sem contar eleitores dispostos a votar em branco ou nulo, ou que estão indecisos. O ex-prefeito petista está com 41%.

No levantamento anterior do Datafolha, realizado na semana passada, três dias após o primeiro turno da eleição, Bolsonaro apareceu com 58% das intenções de voto e Haddad, com 42%.

O Datafolha entrevistou 9.137 eleitores em 341 municípios na quarta (17) e nesta quinta. A pesquisa foi contratada pela Folha e pela TV Globo.

As oscilações observadas nas preferências dos dois candidatos estão dentro da margem de erro do estudo, que é de dois pontos percentuais, para mais ou para ?menos.

A vantagem de Bolsonaro sobre Haddad continua maior entre os homens (58% a 32%) do que entre as mulheres (43% a 39%). A resistência do eleitorado feminino ao capitão é grande desde o início da campanha presidencial.

O candidato do PT só aparece à frente do adversário no Nordeste, o mais fiel reduto petista. Haddad tem 53% das intenções de voto na região e Bolsonaro aparece ali com 31%.

Em todas as outras regiões, o candidato do PSL vence o rival petista com ampla vantagem. No Sudeste, ele alcança 55% e Haddad tem 29%. Na região Sul, Bolsonaro está com 61% e o petista, 27%.

Os eleitores do capitão são mais convictos do que os seguidores de Haddad. Segundo o Datafolha, 95% dos apoiadores de Bolsonaro dizem que estão completamente decididos. Entre os que votam em Haddad, 89% dizem o mesmo.

Entre os eleitores que se dizem dispostos a votar em branco ou anular o voto, 25% afirmam que ainda podem mudar de ideia e optar por um candidato até o dia da votação, que será realizada no dia 28.

A rejeição a Haddad superou a de Bolsonaro. De acordo com a pesquisa, 54% dos eleitores dizem que não votariam no petista de jeito nenhum e 41% rejeitam o capitão.

A poucos dias do segundo turno da eleição presidencial de 2014, quando Dilma Rousseff (PT) foi reeleita com pequena vantagem sobre Aécio Neves (PSDB), a candidata petista era rejeitada por 37% do eleitorado e seu rival tucano, por 41%, como Bolsonaro agora.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-07528/2018.

Deixe seu comentário


Seu e-mail não será divulgado.

Seu telefone não será divulgado.