27/06/2018
E FIZERAM DO PRESIDENTE DA CÂMARA, O MÉDICO SILVIO CLEFFI, PSC, A RESISTÊNCIA CONTRA AS MUDANÇAS QUE KLEBER DIZ PRECISAR PARA SUPOSTAMENTE MELHORAR O ATENDIMENTO AO POVO. NÃO QUEREM NEM O TESTE
Mais uma vez o mesmo assunto: a exposta Saúde Pública de Gaspar e o Hospital – que ninguém sabe a quem pertence, mas está sempre em perpétuo socorro e para onde estão sendo carreados caminhões de dinheiro dos pesados impostos dos gasparenses.
Enquanto isso, outras fragilidades como a Educação onde a fila de crianças fora das creches - fato que prejudica o emprego ou à procura de um pelos desempregados -, só aumenta; a Assistência Social se estabelece num desastre só; e para não citar a Gestão Administrativa, o setor de Obras está entalado com vários nós; isto sem falar na própria secretaria de Desenvolvimento Territorial, cujo titular Alexandre Gevaerd, de origem petista, apesar da sua competência técnica, está duplamente sob quarentena e não disse a que veio: estabeleceu-se num duplo emprego público que está coloca sérios problemas para o próprio prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, (diga-se, por única culpa e teimosia da equipe de Kleber), bem como por não conseguir até o momento, desatar nenhum projeto estrutural para a cidade e os gasparenses.
Incrivelmente, a gestão de Kleber e Luiz Carlos Spengler Filho, PP - o mais novo dono de boteco na cidade -, ainda não conseguiu uma marca ou um objetivo tangível de governo para dizer que é seu. Gasta uma baba com agência e verba publicitária e até já trocou três vezes a equipe de comunicação. Nada de resultado no marketing, na propaganda e na imagem.
E sobre o Planejamento Territorial – para não enfileirar exemplos de falhas - basta citar um deles nesse quadro de Dante que conspirar contra a propalada “eficiência”: em outubro do ano passado, Gevaerd e o prefeito anunciaram com pompa as tais mudanças no trânsito de Gaspar. Seriam implantadas entre o Natal e o Ano Novo, para a cidade e os cidadãos se adaptarem melhor e assim favorecer os gasparenses na mobilidade urbana. Houve resistências antecipadas. E por conta delas, sem qualquer cunho técnico, não se conseguiu superar no convencimento os afetados.
Pior: as verbas anunciadas pelo governo do estado, parceiro político para a experiência miaram.
Estamos chegando a outubro deste ano, e nada. Aliás, nem se fala mais nisso. A imprensa, providencialmente, desistiu de cobrar. Ninguém diz também que tudo foi abortado e que se cedeu aos gritos, supondo que se perderia votos dessas vozes e que nunca foram, reconhecidamente, a favor dos governantes eleitos ou de plantão. Incrível.
Volto.
O que apareceu na semana passada na Câmara protocolada pela majoritária bancada oposicionista (PT, PDT e PSD), e liderada pelo presidente da Casa, o médico Silvio Cleffi, PSC, o que se bandeou neste ano para a oposição e integra o tal manco “Pacto da Saúde” na Câmara, com sete dos 13 vereadores? O requerimento 87/2018.
BABÁ DE GENTE CRESCIDA
E que o requerimento quer saber do Executivo?
“Chegou à Casa de Leis a informação de que, a partir do dia 1/6/2018, todas as equipes médicas do Hospital foram substituídas e somente permanecerá a equipe de anestesia”
Volto. Não é verdade, ou o requerimento está mal expresso! O próprio presidente da Casa, um dos autores do requerimento, que é médico, não poderia incorrer nessa falha – se ela não for proposital para gerar comoção e confusão - até pelo domínio dele sobre o assunto. As equipes substituídas foram as do ambulatório (urgência e emergência), que é pago e é de responsabilidade da prefeitura mantê-lo, ou sustentado na compra serviços.
O restante dos médicos, todos pertencentes ao Corpo Clinico do Hospital, com autonomia para admitir e expurgar profissionais, com vida próprias, não foi mudada e a prefeitura, mesmo com a intervenção marota por meio da dinheirama do povo que bota lá no Hospital, não pode mexer no dito Corpo Clínico. A prefeitura, a administração municipal ou o prefeito não possuem autoridade e autonomia técnica, política e administrativa para tal.
Resumindo: estão, mais uma vez os vereadores da oposição e liderados por quem conhece do riscado, fazendo palanque, discursos e política para analfabetos, ignorantes e desinformados. Comigo, não!
Continua o requerimento. “Sabemos da necessidade urgente de melhorias no atendimento da emergência, conforme pesquisa popular. Tendo em vista que a equipe de emergência é de contratação terceirizada, cabe à empresa primar pela qualidade do atendimento. O que nos causa estranheza é que médicos do corpo clínico com experiência de mais de 15 anos no atendimento em nosso Hospital estão sendo retirados de suas funções”.
Volto. Apesar de não ter e me negar a ter procuração da gestão municipal, insisto: não é verdade o que está expresso até aqui no requerimento dos vereadores ao prefeito, ao secretário de Saúde, o prefeito de fato, o advogado Carlos Roberto Pereira, o alvo de tudo isso e que resolveu enfrenta-los.
Primeiro, o requerimento admite que é preciso “urgente melhorias”, mas os vereadores da majoritária oposição não as querem e por isso ficam de mimi, fingindo estarem fiscalizando para nada mudar naquilo que se quer mudar? Hum!
Segundo, como o próprio médico Silvio admitiu na sessão da semana passada, apesar da gravação conter falhas de áudio e até supressão de diálogos por minutos, a troca de equipes de médicos no ambulatório só aconteceu, porque os médicos do corpo clínico ou os que trabalhavam no ambulatório, consultados pela nova empresa contratada pela secretaria da Saúde, não aceitaram as condições oferecidas.
O médico Silvio Cleffi, que deve conhecer isso como poucos, alegou questões éticas para a negativa dos médicos que estão lá há 15 anos e não conseguiram dar outra dinâmica ao setor, tanto que virou o centro das queixas dos cidadãos gasparenses. Deve-se respeitar essas alegações, mas não mencionou quais as condições éticas estão sendo violadas. Então...
Terceiro, na própria fala na tribuna da Câmara e em defesa do seu requerimento e da bancada que o apoia, Silvio admitiu que estava falando em nome dos médicos, ou seja, da corporação. Só isso, retira à isenção e a paixão para se discutir um assunto técnico, administrativo e tão essencial à população carente, doente e sem esperanças de ser melhor atendida naquele local nas emergências.
POR QUE ESTÁ SE IMPEDINDO UM TESTE?
Então ao que se resiste na opinião velada, ou disfarçada, dos que assinaram o requerimento é a mudança, o desconforto de um sistema que se mostrou até agora, esgotado no resultado para a população.
Verdadeiramente o que se antecipa na discussão? Segundo Silvio, os médicos e os vereadores do PT, PDT e PSD é de que o novo modelo não vai dar certo, mesmo ele não sendo testado e medido nos resultados. Pior, com os questionamentos frequentes de sempre, tenta-se criar clima para impedir esse novo “teste” de gestão e troca de médicos. Cria-se um ambiente de hostilidade profissional e de desconfiança na população. E até se ameaça ir ao Ministério Público para se manter tudo como está.
Ora, se essa experiência não der certa, terá como prejudicados lamentável e novamente os doentes, mas principalmente os políticos adversários de Silvio, PT, PDT e PSD e que resolveram bancar as mudanças. Na imagem, como não deslancharam até agora esses políticos, gestores e técnicos, só farão agravar a situação onde estão metidos e que será medida nas urnas. Ou a oposição, quer ser sócia desse desastre ao insistir em deixar tudo como está para não prejudicar os médicos que estão lá há 15 anos tentando uma solução e que não veio?
Resumindo, os políticos de oposição e classe médica resolveram ser babá da secretaria de Saúde, do secretário seja ele quem for – já passaram três na administração de Kleber e Luiz Carlos. Tudo para ficar como está, que sabidamente, se continuar assim, só tenderá a piorar. Estranho!
Este é o teor final do requerimento: “têm fundamento, essas informações? Quais e quantas serão as equipes médicas contratadas? Quantos médicos por equipe? Existe Parecer do CRM (Conselho Regional de Medicina) sobre a suspensão dos serviços médicos até agora realizados? Existe Parecer do CRM sobre os motivos pelos quais os pacientes, que já possuem médico assistente, terão substituídos seus médicos por outros médicos? Encaminhar as escalas de serviços e/ou de sobreaviso até o mês de dezembro/2018, a saber: a) da emergência: b) da cirurgia geral; c) da clínica médica; d) da ginecologia e obstetrícia; e) da neonatologia; f) da pediatria; e g) da anestesiologia”.
Mais: “Baseado nas escalas de serviços apresentadas, encaminhar cópias (preferencialmente autenticadas): a) dos diplomas de todos os novos médicos contratados, que farão parte das escalas de serviço); b) dos CRMs em vigência no Estado de cada profissional médico constante nas escalas; c) dos diplomas das especialidades e dos títulos de especialistas de cada profissional contratado e que fará parte das escalas de serviço. Quanto à empresa de prestação de serviços médicos HORUS, enviar cópia: a) do contrato realizado com o Município; b) do contrato social da empresa; c) de todas as CNDs; d) dos alvarás; e) dos registros nos Conselhos Regional e/ou Federal de Medicina”.
Para finalizar, três observações: o teor do requerimento é bem claro quanto as suas intenções; nele, nada se questiona sobre a gestão administrativa e financeira do Hospital, a mais preocupante, para onde vai uma montanha de dinheiro, sem a devida transparência como os próprios vereadores reconhecem em vários discursos. É ai que a coisa pega, de verdade. Afinal, a Câmara de Gaspar é para tratar apenas de assuntos médicos ou é feita de vereadores para fiscalizar todos os setores da gestão de Kleber e Luiz Carlos? Parece que a oposição está anestesiada com um único assunto e todos os demais estão a mil maravilhas. Ai tem! Acorda, Gaspar!
Os políticos paraquedistas fazem os gasparenses de bobos. Há gente daqui que passa o recibo de tal bobagem. Antes esses políticos-candidatos assinavam papelinhos para serem fotografados, abrirem palanques, discursos e entrevistas sem perguntas, anunciando verbas federais e estaduais. Facilitavam a vida dos seus cabos eleitorais.
Agora, nem isso. A cara de pau é tamanha que em campanha chegam a anunciar verbas, mas que segundo os próprios paraquedistas advertem, só serão liberadas no ano que vem. E há gente na imprensa que ainda publica esse tipo de indecência como se verdade fosse para reforçar e dar credibilidade aos cabos eleitorais desavergonhados que propagam tais bobagens, com o se não houvesse redes sociais e whatsapp para contestar facilmente tudo isso.
Ora, se não há verba pública porque é ano de eleição e parte dela está proibida pela lei de ser distribuída, e porque, na verdade, mesmo que houvesse essa disponibilidade, os cofres estão vazios nos governos do estado e da União, como alguém pode se comprometer com futuro onde até estão correndo o risco de não se elegerem ou de não pertencerem à base do novo governo de plantão em Florianópolis ou em Brasília? Tolinhos! É essa gente que diz que vai eleger e renovar à política na Câmara Federal, Senado e Assembleia. Acorda, Gaspar!
O vereador Rui Carlos Deschamps, PT, que foi funcionário público municipal (Samae), está licenciado para permitir o rodízio na bancada do partido dele na Câmara de Gaspar. Antes dele sair, anotei esta: “uma obra tocada pelo município sai por R$4 milhões; se feita pela iniciativa privada cai para R$2,5 milhões em relação ao mesmo trecho de barro da Rua Vidal Flávio Dias. Uau!
Conhecimento de causa? Triste constatação. Rui, reclamava, com razão, sobre à demora do município em fazer, conversar e liberar um projeto para facilitar à participação dos empresários locais no asfaltamento daquela via que se tornou muito importante para a implantação e o desenvolvimento de empresas no lado direito da BR-470, no Belchior Baixo, área de seu domínio eleitoral.
A diferença de custos pode explicar parte dessa resistência do poder público em facilitar às coisas fora da burocracia que atrasa, encarece e lança dúvidas sobre todos, apesar dos impostos, ciclo virtuoso de riquezas e geração de empregos que o asfaltamento daquela via traria no médio e longo todos os gasparenses se ali houver o desenvolvimento pretendido ou projetado. Acorda, Gaspar!
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