Os políticos de Gaspar inflando torcida sem time, craques, bandeiras e resultados. Não aprenderam nada com o outubro do ano passado - Jornal Cruzeiro do Vale

Os políticos de Gaspar inflando torcida sem time, craques, bandeiras e resultados. Não aprenderam nada com o outubro do ano passado

28/02/2019

A Deus pertence? I

Já escrevi aqui que se grandes obras elegessem “automaticamente” alguém, Pedro Celso Zuchi, PT, teria feito Lovídio Carlos Bertoldi, PT, seu sucessor. Ele foi colocado de propósito no Samae e depois como secretário de Obras. Um trator! Já escrevi que o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, precisa se reinventar. Em privado, a turma dele até admite isso. Mas, de efetivo? Nada. Esta reinvenção traz riscos; ninguém quer perder a boquinha que possui. Já se passaram quatro meses da surra que Kleber, o MDB e o PP tomaram nas urnas. E o prefeito continua “compondo” com o baixo clero, alimentando interesses contraditórios, sustentando cabos eleitorais comprovadamente sem votos; está refém de gente que efetivamente manda no governo dele e não aparece e se enganando nas redes sociais. Kleber espera que Deus crie soluções à sua inércia em coisas que são próprias dos pecadores resolverem.

A Deus pertence? II

Já escrevi que pelo menos três vereadores procuram outros partidos e só não pularam à cerca, com medo de perderem os mandatos. Esperam a janela legal dessa oportunidade. Já escrevi que o governo Kleber dorme com os inimigos exatamente por não liderar os processos políticos e ser muito ruim na articulação, tanto que “perdeu” por duas vezes a presidência da Câmara; pior: ficou um ano em minoria explícita na Casa, obrigando o presidente do MDB, Carlos Roberto Pereira – o prefeito de fato - a se licenciar do partido, bem como sair da poderosa secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa que ele fez na cara Reforma Administrativa para si próprio. Pereira se refugiou na secretaria da Saúde, leva ao caos exatamente por ingerências amadoras e políticas contra gente que entendia do assunto nesse ambiente técnico e “perigoso”.

A Deus pertence? III

Há duas semanas quando o prefeito esteve na Câmara para a “visita protocolar” e saudar à nova Legislatura, o vereador Rui Carlos Deschamps, PT, ao cumprimentar Pereira – que estava lá -pela volta dele à presidência do MDB na noite anterior, Rui, da tribuna, disse que sabia que Kleber e MDB procuravam um novo vice. Parabenizou-o por essa “busca”. O atual vice Luiz Carlos Spengler Filho, PP, que já foi vereador e tinha sido escalado no primeiro ano de governo para ser o interlocutor com o Legislativo, não estava mais no recinto da Câmara. Saia justa? Nada! Também já escrevi isso aqui. É a realidade. É a tentativa de se construir um chapão para todos se salvarem e evitar os ventos das mudanças que sopraram em outubro do ano passado e que estão obrigando o governo Kleber a se reinventar, apesar dele resistir a isso. Como não se reinventa, Kleber e os seus vão juntar mais sapos e cobras num mesmo balaio e cumprir apenas o objetivo de ficar no poder.

A Deus pertence? IV

Entretanto, o arremate à esta observação pública – e está gravada - feita pelo vereador Rui ao doutor Pereira que estava com Kleber, veio do presidente da Câmara, Ciro André Quintino. Ele não se conteve e quebrou o protocolo para observar da mesa: “2020 a Deus pertence!”. Fogo amigo? De certa forma! Ciro está no MDB, mas ao mesmo tempo não está. Ciro está no governo, mas ao mesmo tempo não está. Ciro é Ciro, nada mais! Ele está nas ruas. E sentiu o cheiro estranho de que as coisas não vão tão bem assim. Ciro não era candidato do MDB, de Kleber, de Spengler, de Pereira e dos vereadores da base, mas foi eleito presidente da Câmara. Articulou, arriscou e deu lições aos entendidos nessa matéria, incluindo Kleber e o doutor Pereira. É de Ciro a outra frase quando lamentaram na Câmara à saída de Napoleão Bernardes do PSDB. Ele indicou que Napo poderia pousar no PSD e não no DEM, como se especula. “Para ter uma torcida, antes é preciso montar um time, contratar as estrelas”, advertiu. Ciro está montando o time dele. Já Kleber, Pereira, Melato e os seus estão amontoando interesses antagônicos, perseguindo e constituindo muitos problemas. E, é com um time que Ciro vai fazer o preço e dar as cartas nesse torneio de mata-mata. Por enquanto, Ciro não tem nada a perder. Já Kleber, Pereira, Melato... Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Agora eu e muitos dos meus leitores e leitoras estamos entendendo à razão de tanta ladroagem e apego ao poder pelos políticos. O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, MDB, condenado a quase 200 anos de cadeia por corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro nos esclareceu, no depoimento tardio de Madalena arrependida, ao juiz Marcelo Bretas, da Lava Jato Fluminense.

“Este apego ao poder e ao dinheiro, Excelência, é um vício”. É preciso escrever mais? Como todo viciado, o político quer sempre doses mais fortes, tem consciência do que faz e do estrago que representa roubando o dinheiro do povo sofrido que morre na fila do postinho, do hospital, que não consegue vaga creche, emprego...

Estou de alma lavada outra vez. O Tribunal de Contas acaba de recomendar a aprovação das contas de 2017, o primeiro ano de governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB. Entretanto. Diz no relatório que, Kleber está maltratando à transparência, tropeçando em algumas contas e relegando à área social.

Ou seja, o que venho escrevendo há dois anos e sendo constrangido por causa disso.

Na área social: “recomenda que garanta o atendimento na pré-escola para crianças de 4 a 5 anos de idade”; “compatibilizar o Plano Nacional com o Plano Municipal de Educação e cumprir a meta de atendimento nas creches” que está no Plano Municipal. Na área das políticas para idosos, “faltou um simples parecer do Conselho sobre os resultados”.

Na transparência e contabilidade, apontou-se e se pediu a correção para o registro indevido de uma verba de R$ 457.916,49 e para a “ausência de disponibilização em meios eletrônicos de acesso público, no prazo estabelecido, de informações relativas ao Lançamento de Receitas”.

Novidade? Não para quem é leitor e leitora desta coluna. Para quem monta um Orçamento quase que fictício como demonstrei na coluna de três de janeiro deste ano em “Gaspar arrecada bem menos do que o projetado no orçamento para 2018. Um jogo contábil faz defesa ficar dentro dos limites. Sobra de caixa é criatividade”, é preciso correr atrás dos ajustes.

Novidade? Nenhuma para quem consegue pagar notas antes dos serviços serem prestados pelos fornecedores, que faz o Portal com os links públicos da contabilidade sumir do ar, ou que nomeia um bisbilhoteiro e especialista em milagres cibernéticos para lhe deixar vulnerável.

Classificado das profundezas: a prefeitura do interior está atrás de um hacker.

Diferente do poder Executivo, ao menos, por enquanto. Na segunda-feira perguntei ao presidente da Câmara de Gaspar, Ciro André Quintino, MDB, qual a razão para o site oficial omitir várias Resoluções da Mesa Diretora (conteúdos), mesmo diante da repaginação gráfica (embelezamento) do site.

Na resposta que me deu, copiou e orientou Vagner César Campos Maciel, agente de comunicação e responsável pelo assunto, à normalização daquilo que estava incompleto. No dia seguinte, tudo estava no ar para a transparência da Casa com os gasparenses – não exatamente para mim. Simples, rápido e efetivo. Não doeu. Ninguém perdeu!

Uma queda de braço entre os donos do poder de direito e de fato. O caso da demissão do Diretor Geral de Tecnologia da prefeitura de Gaspar, Jackson Glatz, e que revelei em amplo artigo na segunda-feira, desnudou também uma guerra de bastidores.

A secretária adjunta de Fazenda e Gestão Administração, Ana Karina Schramm Matuchak, está no centro de uma disputa. O prefeito a quer fora do cargo e não exatamente por qualquer erro administrativo. O ex-secretário desta área, Carlos Roberto Pereira e que manda de fato, não. A menos que o Diretor Geral de Gestão de Convênios, Jorge Luiz Prucino Pereira também seja demitido. Ai, ai, ai.

 

Edição 1890

Comentários

Herculano
04/03/2019 07:33
GOVERNO BOLSONARO X "SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA"

Conteúdo de O Antagonista. O Estadão conta que 11 conselhos, comissões e outros colegiados de participação da sociedade civil no Executivo federal estão "paralisados tiveram regras alteradas ou foram extintos no governo Jair Bolsonaro".

Os ministérios da Agricultura, Cidadania, e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos afirmam que estão analisando a nomeação e recondução de integrantes ou reavaliando o funcionamento desses grupos.

Sob o pretexto de participação da 'sociedade civil organizada', o petismo também aparelhou de baixo para cima a máquina pública.
Herculano
04/03/2019 07:14
IMAGENS DE CÂMARAS DO SISTEMA PÚBLICO DE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA DE BLUMENAU, A PARTIR DE HOJE, PASSAM REGISTRAR E AS IMAGENS SERVIRÃO DE BASE PARA AS MULTAS DE TRÂNSITO PELO SETERB. FECHAMENTO DE CRUZAMENTOS E FILAS DUPLAS SERÃO AS PRIORIDADES DE LÁ
Herculano
04/03/2019 07:11
MP DE IMPOSTO SINDICAL DÁ BRECHA PARA REVISÃO DE ACORDO COLETIVO

Presidente diz que é nula cobrança aprovada em assembleia, e trabalhador poderá questionar na Justiça

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de William Castanho e Flavia Lima. A medida provisória com as novas regras para o recolhimento da contribuição sindical abre brecha para questionamento na Justiça do Trabalho de mais de 11 mil convenções e acordos coletivos.

Publicada na sexta-feira (1º), a MP de Jair Bolsonaro (PSL) impede que as entidades de representação cobrem taxas sem autorização "individual, expressa e por escrito" dos trabalhadores.

O texto afirma ainda que é "nula a regra ou a cláusula normativa que fixar a compulsoriedade ou a obrigatoriedade de recolhimento [de contribuição] a empregados ou empregadores ainda que referendada por negociação coletiva, assembleia geral ou outro meio previsto no estatuto da entidade".

Com o fim do imposto obrigatório pela reforma trabalhista de Michel Temer (MDB), chancelado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), os sindicatos passaram a criar contribuições em negociações coletivas.

As taxas, em seguida, deveriam ser aprovadas em assembleias. Se aceitas, eram recolhidas. Os trabalhadores que não quisessem pagá-las deveriam rejeitá-las expressamente.

Em outubro de 2018, orientação do MPT (Ministério Público do Trabalho) reforçou o entendimento de que a cobrança do não associado incluída na negociação coletiva não violava a liberdade sindical.

Dados do Salariômetro, da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que acompanha convenções e acordos coletivos de todo o país, mostram a relevância dessas contribuições.

Em 2018, primeiro ano de vigência da nova CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), de 30.639 negociações entre sindicatos de trabalhadores e patronais, 11.699 (38,18%) criaram essas taxas.

Em todo o ano, a reivindicação dos sindicalistas por contribuição esteve presente em quase 50% das negociações.

"A contribuição para sindicatos de trabalhadores foi o terceiro item mais frequente nas negociações. Perdeu (por pouco) apenas para reajuste e piso", informa o boletim do Salariômetro.

Em janeiro e fevereiro deste ano, foram encontrados 87 (22,72%) registros em 383 negociações.

Em 2017, quando o imposto era obrigatório, os mais de 16 mil sindicatos brasileiros receberam quase R$ 3 bilhões. Em 2018, esse valor teve redução de 90%.

Hélio Zylberstajn, professor da FEA-USP (Universidade de São Paulo) e coordenador do Salariômetro, diz que as regras da reforma trabalhista deram margem a muitas interpretações.

Segundo ele, o texto não deixava claro que uma decisão em assembleia poderia autorizar a contribuição sindical.

A MP, diz Zylberstajn, veio esclarecer a situação ao excluir a possibilidade de cobrança via negociação coletiva.

O presidente da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho), Guilherme Feliciano, afirma que, como a MP torna nula a regra ou a cláusula que impõe a cobrança via assembleia, os valores recolhidos poderão ser questionados.

"O trabalhador poderá, por ação individual, rejeitar o pagamento ou exigir a devolução. Essa cláusula poderá ser questionada, o que comprometerá o equilíbrio de cada negociação. Põe em risco a paz negocial obtida nos acordos", diz.

Otávio Pinto e Silva, professor da Faculdade de Direito da USP, concorda. Um aspecto curioso a ser monitorado, diz Silva, é que a reforma trabalhista celebrou o negociado sobre o legislado.

"Agora, como é que se coloca uma lei para dizer que o que se negociou não vale mais? Teremos muitos momentos de incerteza sobre a validade da cobrança feita com base em assembleia, ou seja, a confusão continua", diz.

Feliciano, da Anamatra, lembra ainda que, no ano passado, o TST (Tribunal Superior do Trabalho) buscou uma alternativa para garantir o financiamento dos sindicatos após o fim do imposto.

O vice-presidente do TST, ministro Renato de Lacerda Paiva, estimulou a adoção da chamada cota negocial, referente a meio dia de trabalho, em acordos e convenções firmados na corte.

Em 2018, Paiva estimulou ao menos cinco acordos com a cota negocial envolvendo 15 sindicatos de abrangência nacional e as empresas Vale, Casa da Moeda, Embrapa, Infraero e CBTU (empresa estatal de trens urbanos).

"O TST encontrou uma solução, com a qual concordaram empregadores, sindicatos dos trabalhadores e o MPT. A partir de assembleia, o TST consideraria, na negociação, superada a necessidade de autorização expressa e prévia", diz.

"Essa MP passa a dificultar essa alternativa. Na verdade, visa mesmo a impedi-la", afirma Feliciano.

A solução, porém, não é um consenso no TST e causa divergências entre os ministros.

Ao comentar a edição da MP em uma rede social, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou que o texto "deixa ainda mais claro que a contribuição sindical é fruto de prévia, expressa e 'individual' autorização do trabalhador".

Segundo ele, as novas regras foram adotadas em razão do ativismo judicial, "que tem contraditado o Legislativo e permitido a cobrança".

Marinho foi relator da reforma trabalhista de Temer e é o responsável por comandar, no Ministério da Economia de Paulo Guedes, a reforma da Previdência, levada ao Congresso no dia 20 de fevereiro.

A nova MP estabelece também que a contribuição terá de ser recolhida por boleto bancário ou por outro meio eletrônico.

Apesar de as novas regras terem reduzido incertezas, diz Zylberstajn, os sindicatos continuam com o dever constitucional de representar os trabalhadores, embora os recursos para cumprir esse dever estejam cada vez mais escassos.

Um possível caminho, diz o professor, seria permitir que a autorização prévia do trabalhador, individual e expressa, pudesse ser dada por meios eletrônicos.

"Isso permitiria uma consulta mais ampla do trabalhador e abriria um campo interessante para que os sindicatos pudessem buscar recursos", afirma Zylberstajn.

Com força imediata de lei, a MP precisa ser aprovada pelo Congresso em 120 dias para não caducar.

As mudanças
Alterações trazidas pelo governo Bolsonaro reforçam que contribuição deve ser autorizada por escrito
Reforma trabalhista aprovada no governo Temer já havia extinto a obrigatoriedade da cobrança

O que diz o texto
O empregado deverá "prévia, voluntária, individual e expressamente" autorizar a cobrança
"É nula a regra ou a cláusula normativa que fixar a compulsoriedade ou a obrigatoriedade de recolhimento" com base em negociação coletiva e assembleia-geral

Os efeitos da reforma

34% foi a queda no volume total de novos processos na Justiça do Trabalho em 2018, primeiro ano de vigência da reforma de Temer

1,7 mi de processos deram entrada nas Varas do Trabalho de todo o país em 2018, ante 2,5 milhões no ano anterior

35% foi a redução dos processos pendentes de julgamento - total de 1,2 milhão
Herculano
04/03/2019 06:57
DILMA DIZ QUE LULA É MUITO BEM TRATADO NA PRISÃO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nesta segunda-feira de carnaval, nos jornais brasileiros

Os petistas já não sabem o que fazer com a ex-presidente cassada Dilma Rousseff. Um dirigente do PT contou à coluna ter visto e ficado perplexo quando, após visita recente ao preso ilustre, ela se dirigiu a um policial e elogiou: "Vocês estão cuidando muito bem do Lula". Dilma parecia alheia à estratégia não escrita do partido de vitimizar o ex-presidente que cumpre pena por corrupção e lavagem de dinheiro.

CALE A BOCA, MAGDA
Após o elogio ao tratamento a Lula, dirigentes do PT pediram a Dilma para não repetir o comentário, a fim de evitar "mal-entendido".

ONZE MESES NA QUINTA
Lula completará onze meses de prisão na próxima quinta-feira (7), de um total de 12 anos e 1 mês de sentença.
9
PENITENCIÁRIA É O LUGAR
Presidente do STJ, ministro João Otavio de Noronha acha que Lula na PF pode caracterizar tratamento privilegiado no sistema carcerário.

TRATAMENTO PRIVILEGIADO
Enquanto os presos custam em média R$2.700 por mês, o custo do ex-presidente nas dependências da PF chegam a R$10 mil por dia.

COMISSIONADOS CAEM UM POUCO, MAS SÃO 32 MIL
Somados todos os cargos comissionados de direção e assessoramento no âmbito do governo federal, incluindo os lotados, os cedidos e aqueles das universidades públicas, agências reguladoras, cargos de natureza especial e todos os demais, o número atinge 32.201. No ano passado eram 33.242. Os 32,2 mil representam o menor número de servidores comissionados desde 2009, quando somavam 30.758.

AMBIÇÃO DE ASPONES
São atualmente 10.850 DAS os cargos que podem ser ocupados sem concurso, da confiança de quem nomeia. Sem vínculo permanente.

SERVIDORES DOMINAM
Totalizam em 11.274 as Funções Gratificadas do Poder Executivo, usadas para melhorar a remuneração de funcionários de carreira.

Só PARA SERVIDORES
Todo novo governo promete reduzir os cargos comissionados. Mas os governantes não resistem à facilidade de preenchê-los à vontade.

SEMPRE HÁ OPORTUNIDADE
Deputados e senadores não deixam escapar nenhuma oportunidade e usaram a medida provisória que reduziu o número de ministérios no governo para incluir suas "jabuticabas". Foram 541 emendas, no total.

VENEZUELA CONTRA MADURO
Levantamento do Ideia Big Data, que entrevistou 803 venezuelanos sobre a atual situação política do país, mostra que 78% deles apoiam a saída o ditador Nicolás Maduro, mas de forma pacífica.

DOENÇA GRAVE
Evaldo de Araújo, infectologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, explicou que a meningite que matou o neto de apenas 7 anos de Lula, é doença endêmica que atinge até 12 mil brasileiros por ano, com índice de letalidade que chegar a 20%.

NBR EM HD
A partir desta semana, a transmissão da NBR, TV pública dedicada à cobertura do Poder Executivo, passa ser feita em alta qualidade (HD) pelo satélite Amazonas 3, o primeiro com banda Ka no Brasil.

ENFORCADÃO MOMESCO
Não há sessão deliberativa marcada no Congresso esta semana. O Carnaval acaba na quarta-feira de cinzas, mas suas excelências só retornarão ao batente na outra terça (12). Ninguém é de ferro.

ESPERTEZAS AÉREAS S/A
Empresas aéreas fazem lobby para recuperar um privilégio cancelado por investigação policial no governo Dilma: a condição de únicos fornecedores do governo federal pagos à vista, por meio de cartão corporativo. Compra direta, sem agências de viagem e sem licitação.

CARA DE PAU 2019
Estatal de águas do DF, a Caesb aumentará a conta em 2,99% a partir de 1º de abril. Não é mentira. O reajuste foi fixado em junho, mas a Caesb teve vergonha de adotá-lo em meio ao racionamento de 2018.

FELIZ ANIVERSÁRIO
O Copom se reúne no próximo dia 20 para decidir se a taxa de juros da economia (Selic) completará um ano no mesmo patamar pela segunda vez na história. A Selic é de 6,5% ao ano desde 21 de março de 2018.

LIBERDADE, LIBERDADE
Em Brasília, impressionou a Juan Guaidó, presidente interino da Venezuela, o número de jornalistas interessados na sua visita. Todos livres para exercer o ofício.
Herculano
04/03/2019 06:37
REDES SOCIAIS NÃO SÃO OPINIÃO PÚBLICA, por Ronaldo Lemos, advogado, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, para o jornal Folha de S. Paulo.

Confundir timeline de rede social com a opinião pública é um erro crasso

As redes sociais se tornaram um fator determinante para a tomada de decisão por parte do governo, como mostra uma série de episódios recentes.

Um exemplo foi a queda vertiginosa do ministro Gustavo Bebianno, acossado por uma forte campanha online.

Mais recentemente, o revés do ministro Sergio Moro ao afastar a cientista política Ilona Szabó do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária - depois de tê-la pessoalmente nomeado - atribuindo a decisão à "repercussão negativa entre certos segmentos".

Esses "certos segmentos" são justamente a internet e as redes sociais. Confundir timeline de rede social com a opinião pública é um erro crasso. Infelizmente, as redes sociais hoje estão tomadas por robôs, fantoches, sockpuppets e outros personagens que recebem dinheiro para se manifestar de forma coordenada.

Essa prática nos Estados Unidos tem apelido: astroturfing. O nome se refere a uma marca de grama artificial que, de tão bem-feita, parece com a verdadeira. Para quem olha de longe, parece um gramado natural. Para quem olha de perto, vê que é plástico tingido fabricado industrialmente.

Muitas decisões estão sendo tomadas hoje com base em plástico tingido. Por menos de R$ 1.000, é possível pagar uma empresa para subir um "trending topic" em uma rede social. Essa prática tem sido usada com frequência no Brasil.

Muitos dos tópicos que sobem para o primeiro lugar no país acabam, "coincidentemente", aparecendo em primeiro lugar também em países como Bahrein, São Tomé e Príncipe e Vietnã.

Por exemplo, a hashtag #AbortoéCrime - em português - já apareceu nos primeiros tópicos de Belarus, Ucrânia e Vietnã. Isso significa que tem alguém pagando para que robôs e outros personagens similares manipulem o que se discute na internet.

É claro que nem tudo é artificial. Há pessoas que pensam daquela forma. E há pessoas que, ao serem repetidamente expostas a discursos comprados, passam a repeti-lo por conta própria. Essa é a própria definição de propaganda.

Com isso, infelizmente, a esfera pública na internet brasileira está à venda. Essa é uma nova modalidade de corrupção. Se antes era possível comprar deputados, senadores, governadores ou presidentes, agora é possível comprar a aparência de "opinião pública".

Quem tem dinheiro hoje consegue adquirir o poder computacional necessário para manipular o debate público, dando a impressão de que um assunto está "na boca do povo". E, com isso, interferir em decisões públicas.

Em algumas redes sociais esse tipo de ação custa muito pouco. Em outras, custa muito. Em ambos os casos, tem gente disposta a pagar por isso. Sempre de forma oculta, sem rastro ou responsabilidade.

Quem governa por meio de redes sociais paga um preço alto: acaba sendo governado por elas.

Hoje, quem de fato "governa" o debate na internet é um conjunto de forças obscuras, que conseguem inflar sua opinião como se fosse opinião pública e, com isso, influenciar decisões governamentais.

Essa é uma das questões mais importantes do nosso tempo. Corremos o risco de que governos legitimamente eleitos pela maioria se tornem fantoches de grupos organizados. Ou pior: fantoches de outros fantoches da internet.

Reader

Já era
A ideia de verdade

Já é
O fenômeno das fake news

Já vem
Cada vez gente mais achando que, se está na internet, então é verdadeiro
Herculano
04/03/2019 06:23
AS ÂNCORAS DE BARRO, por Carlos Brickmann

A credibilidade de Bolsonaro no mercado e na política internacional se baseia, desde antes de sua eleição, em duas âncoras de grande prestígio: Paulo Guedes e Sérgio Moro. Bolsonaro, embora popularíssimo, jamais havia divulgado em profundidade seu pensamento econômico: e se temia, por suas declarações agressivas, que tivesse viés autoritário. Guedes e Moro resolveram o problema - tanto que a oposição não funciona.

Mas ambos estão sendo minados por Bolsonaro. Ele já disse, antes de qualquer discussão, que a reforma da Previdência, base de sua política econômica, pode ser "flexibilizada" - ou seja, acochambrada conforme a vontade dos parlamentares. E Moro, o superministro da Justiça, já foi desautorizado várias vezes: a criminalização do Caixa 2 nem entrou na primeira lista de medidas contra a corrupção, o decreto das armas não inclui suas ideias, a especialista que ele convidou e nomeou para sua equipe teve de ser afastada no dia seguinte - sob aplausos de um dos filhos do capitão, que a acusou ter aceito o convite de Moro para sabotar o Governo.

Surgem aí problemas para os superministros e para o presidente que os nomeou: ao enfraquecê-los, obrigando-os a mudar de opinião, também se enfraquece, reduzindo sua credibilidade - não diante de seus eleitores, mas de investidores estrangeiros (e nacionais), de quem em grande parte depende seu sucesso. Qual a sensação de estabilidade que transmite aos negócios?

QUEM PERDE MAIS

Ao nomear Moro, um dos riscos de Bolsonaro era ter um subordinado indemissível - demiti-lo significaria desistir da credibilidade de que Moro dispunha e de sua disposição de combater a corrupção doesse a quem doesse. Mas ninguém pensou no outro lado: se Moro pedir demissão, como é que fica? Deixou a carreira de juiz, deixa de lado a chance de ser ministro do Supremo e, principalmente, sai menor do que entrou, questionado sobre o prazo de validade de suas opiniões (como, por exemplo, dizer não há muito tempo que Caixa 2 é um crime pior do que corrupção e, agora, dizer que Caixa 2 é menos grave do que corrupção).

E, não esqueçamos, qual sua opinião sobre a "rachadinha" no salário dos gabinetes parlamentares?

POR FALAR NISSO

Fabrício Queiroz, aquele assessor de Flávio Bolsonaro, se manifestou: o dinheiro que provocou suspeitas era mesmo proveniente de funcionários do gabinete que entregavam a ele parte de seus salários. A explicação é curiosa: ele estava preocupado em fazer com que a verba do gabinete do Filho 01 de Bolsonaro rendesse o máximo para o deputado. Então, sem conhecimento dele, combinava com os funcionários contratados a devolução de parte de seus ganhos, que era utilizada para contratar informalmente mais gente que divulgasse com mais intensidade o trabalho do deputado. Que, claro, não sabia de nada, nem que havia gente a mais trabalhando para ele em lugares nos quais não havia nomeado ninguém.

A CAÇA AOS TUCANOS...

Aparentemente, chegou ao fim a tranquilidade dos tucanos. Um dos profissionais mais ligados aos governadores do PSDB em São Paulo, Paulo "Preto" Vieira da Silva, foi condenado a 27 anos de prisão por corrupção (e, segundo o Ministério Público, tem em seu poder dinheiro vivo suficiente para lotar dois apartamentos como o de Geddel Vieira Lima - fazendo as contas, algo como cem milhões de reais). O ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, coordenador da fracassadíssima campanha de Alckmin à Presidência, já enfrenta oito processos. Num deles, pede-se sua prisão por ter deixado um bilhão de reais em "restos a pagar" para seu sucessor, sem que houvesse recursos para pagá-los, o que é proibido por lei.

...AINDA VAI LONGE

E as coisas ainda podem piorar: a filha de Paulo Vieira da Silva diz que o pai estava pronto a uma delação premiada, mas o ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira Filho o convenceu a trocar de advogado e escolher outro contrário à delação. Caso a informação seja verdadeira, por que a luta para evitar a delação? E quais dirigentes tucanos entrarão na linha de tiro?

O tucano é um pássaro peculiar: tem bela plumagem, mas é de voo curto. E seu bico é longo e forte.

A RIQUEZA DOS ÍNDIOS

Há na Florida, EUA, um esplêndido cassino. Um só; e apenas pôde ser instalado por estar terra indígena. Terra indígena na Florida? Sim: foi comprada por índios ricos. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, quer fazer como os americanos, integrar os índios à economia, em especial ao agronegócio. Segundo diz, tem sido procurada por representantes indígenas de diversas regiões reivindicando melhores condições para criar riquezas e empregos em seus territórios. São bons agricultores, diz a ministra. "E querem as mesmas oportunidades de todos os produtores para criar riquezas, produzindo ou ganhando royalties de quem produz".
Herculano
04/03/2019 06:13
O BLOQUINHO DOS INTELIGENTINHOS, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, no jornal Folha de S. Paulo

O mundo atual criou uma nova forma de estupidez: a estupidez com 'causa'

Como é Carnaval, vamos olhar para o bloquinho dos inteligentinhos. Visto de um certo ângulo, um inteligentinho parece ser um bobo vestindo Prada. Visto de outro, vemos seu título de doutorado. Visto ainda de outro, parece um Chucky.

O mundo contemporâneo criou uma nova forma de estupidez: a estupidez chique. Para exercê-la, você deve ter uma "causa" que a justifique. Vejamos alguns exemplos.

1. Artistas inteligentinhos. Recentemente o cantor Roger Walters deu mais um exemplo do que é ser um artista riquinho que confunde o mundo com seu apartamento chique em Londres ou Nova York (temos alguns de produção nacional que fazem a mesma coisa). Apoiou "artisticamente" a ditadura Maduro, ditadura essa que mata pessoas de fome e de outras formas. Nosso artista já havia se metido onde não é chamado aqui no Brasil no ano passado, levando inteligentinhos às lágrimas ao se meter na polarização durante as eleições, claro, sem entender patavina a não ser algo que leu às pressas em alguma câmara de eco que esse tipo de artista gênio frequenta. Outro exemplo é seu claro antissemitismo travestido de anti-sionismo, falando do Oriente Médio, essa coisa "exótica" para europeus "cultos".

2. Prefeitos de São Paulo. Essa gente bacana. O anterior, supostamente, especialista em urbanismo (normalmente essa gente urbanista é gente autoritária que frequenta coluna social e "se acha"), pintou a cidade de vermelho para riquinhos da zona oeste e que fazem sociais ou audiovisual brincarem de Amsterdã. E para quem é dono de seu próprio negócio e mora perto desse seu negócio. Enquanto brilhava nos palcos no exterior e em nossos salões cheios de inteligentinhos, como especialista na cidade do futuro, construída a partir de concepções de mobilidade urbana progressista (tenho medo de gente "progressista", porque normalmente é gente autoritária e sem pecado), as pontes de São Paulo estavam ruindo sobre nossas cabeças. Nós, essa gente atrasada que não frequenta coluna social progressista e não entende nada de mobilidade urbana a não ser se ferrar com as pontes ruindo. E , agora, o atual prefeito, enquanto as pontes caem, quer transformar o Minhocão num jardim (dane-se o trânsito) e proibir canudinhos de plástico. Sei. Os inteligentinhos devem pensar que sou um antiambientalista neolítico. Não, na verdade, suspeito que o clímax da humanidade tenha sido o alto paleolítico, quando não tínhamos riqueza suficiente para produzir inteligentinhos.

3. Pais e escolas bacanas de crianças. Este tipo de inteligentinho é um risco enorme porque exerce sua estupidez sobre quem não tem idade para se defender. Olha só que caso absurdo. Um exemplo desse bloquinho novo chamado "idiotas de gênero". Pais de um menino o fazem se vestir um dia de menino, outro dia de menina, para ele ver o que ele "prefere" ser. Será que não sobrou um psicólogo que não seja inteligentinho para explicar para esses pais o absurdo que estão fazendo? Ou alguma juíza mais razoável vai ter que se meter no assunto e declarar esses pais idiotas hipossuficientes?

O menino vai à escola de vestido e com tranças para experimentar sua "identidade de gênero"? Será o vestido curtinho para ele ensaiar frases do tipo "meu corpo, minhas regras"? Os pais confundem o sexo do filho com a marca do celular: o que você quer? Samsung ou iPhone? E mais: uma escola chique de São Paulo criou um hábito, segundo me dizem, de se referir às crianças pelo sobrenome para não pressioná-las a assumir o gênero do nome que os pais puseram nelas. E depois esses inteligentinhos se perguntam de onde saiu a Damares! Saiu da estupidez dessa histeria ao redor dos "idiotas de gênero". Silva! Santos! Nunca: Patrícia, Marcos. De jeito nenhum! Chamar pelo nome é opressão de gênero?

4. E, para completar o cenário, os "idiotas paranoicos". Como alguém no exercício da função de um ministério pode mandar instituições usarem "à la Stálin" o celular para filmar momentos cotidianos e enviar para Brasília? Imagine se o Lula tivesse mandado as escolas cantarem a Internacional e filmar o ato para mandar para Brasília? Desde quando cantar o hino nacional é o problema da educação? Por favor, Guedes, feche o MEC de uma vez.

Será que um dia o STF terá de julgar até onde vai o direito de um inteligentinho causar danos aos outros com sua estupidez? Os "idiotas de gênero" continuarão a exercer sua "opressão progressista"? Os paranoicos tomarão medicação em vez de atrapalhar o governo?
Jacob Guerdan
03/03/2019 17:45
Boa tarde Sr. Herculano

SAMAE INUNDADO, o Macaco Veio Executivo, mais uma vez deixa faltar água potável na região do Belchior. Bastou cair um galho de árvore sobre a rede de energia elétrica e ficamos a mercê da sorte e morosa Celesc.
Enquanto isso, ao invés de comprar geradores motores, gastam e enterram dinheiro do Samae Inundado em valas. Aliás o executivo joga dinheiro público pelo ralo, pois como se mostrou, fazem serviço mal feito, enterram tubulações sem conhecimento.
Esta é a verdade, inicio do ano o Executivo entrega o cargo para concorrer como VICE prefeito de Kleba. Aguardem.

Herculano
03/03/2019 09:39
SINAL AMARELO, por Marcos Lisboa, economista, Presidente do Insper, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda (2003-2005), no jornal Folha de S. Paulo.

Muito alertas foram ignorados para que a União e os estados chegassem à atual crise das contas públicas

Em tempos de crise das contas públicas, as reminiscências são inevitáveis.

Em 2003, o governo fez um ajuste fiscal para resgatar a solidez das suas contas. Surpreendentemente, um ano depois, a despesa voltou a aumentar apesar do controle dos gastos discricionários.

Então secretário de política econômica, lembro-me de discutir com Samuel Pessôa, na época assessor de Tasso Jereissati, as razões daquele aumento inesperado.

Nos dois anos seguintes, técnicos do Ministério da Fazenda e do Ipea, com o apoio de Samuel e de Mansueto Almeida, dedicaram-se a diagnosticar as causas do descontrole.

O fim da história é conhecido. O problema, como há anos apontam Fabio Giambiagi e Paulo Tafner, decorria das regras da Previdência, que permitem aposentadorias precoces, e das muitas vinculações de despesa impostas pela legislação.

A equipe econômica propôs medidas para limitar o crescimento do gasto público, mas a sugestão foi declarada rudimentar pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Houve mais. O governo defendeu a indexação do salário mínimo ao crescimento do PIB, apesar dos alertas de que isso levaria à quebra dos governos estaduais e municipais. Há folga, diziam lideranças petistas.

Anos depois, o governo federal concedeu aval para novas dívidas dos estados. Foram de pouca valia os avisos de que o resultado seria uma imensa crise fiscal.

Como se não bastasse, foram concedidos incentivos para o setor privado e reajustes reais para os servidores. O impacto fiscal foi disfarçado em muitos estados pela contabilidade criativa adotada com a conivência dos Tribunais de Contas.

Pois bem, não havia folga. A irresponsabilidade resultou em salários atrasados e degradação dos serviços públicos.

Na contramão dos vendedores de ilusão, Paulo Hartung foi eleito em 2014 destacando a necessidade de ajuste fiscal para garantir a solvência do estado e preservar a política pública. Os salários estão em dia e o Espírito Santo surpreende pela liderança nos indicadores de educação.

Apesar dos seguidos avisos de que caminhávamos para o colapso, muitos da elite do país, intelectuais e lideranças do setor privado não defenderam a necessidade de ajustes. Agora, se dizem surpresos com o tamanho do problema. Não deveriam. Por superficialidade, ou por demagogia, são cúmplices do desastre.

Temos chance de enfrentar os problemas. Parece, porém, que alguns governadores nada aprenderam e pedem contrapartidas para apoiar a reforma da Previdência, em meio a retrocessos, como subsídios e medidas de proteção setorial.

Após a última entrevista do presidente fica a dúvida: vamos de novo ignorar os alertas?
Herculano
03/03/2019 09:34
SENADOR DIZ QUE ATUAÇÃO DE GILMAR MENDES SERÁ ALVO DE CPI DA TOGA, por Iva Velloso, em Os Divergentes

Gaúcho de Passo Fundo, eleito pelo estado de Sergipe, o Delegado da Polícia Civil Alessandro Vieira (PPS) representa bem a renovação do Congresso. Aos 43 anos, chegou ao Senado já provocando polêmica ao apresentar requerimento para instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a atuação dos tribunais superiores, conhecida como CPI da Lava Toga. Na primeira tentativa, três senadores atendaram a pedido de ministros do STF, retiraram a assinatura na última hora e evitaram a instalação da CPI. Logo depois do carnaval, ele promete reapresentar o requerimento com novo fatos a serem investigados e espera obter o apoio necessário para criar a comissão entre os senadores de primeiro mandato. Em entrevista exclusiva a Os Divergentes, ele afirma que "vários fatos relacionados à atuação do ministro Gilmar serão, sim, objetos da CPI".

Alessandro Vieira faz criticas ao projeto anticrime apresentado pelo ministro Sérgio Moro, mas diz apoia-lo. Contrário à redução da maioridade penal, ele defende mudanças no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) aumentando para 12 anos o tempo de internação de menores que cometem crimes graves.

Os Divergentes ?" Logo após o carnaval o Sr deve apresentar um novo requerimento para a criação da CPI batizada de "Lava Toga". O que muda nesse novo requerimento?

Alessandro Vieira ?" Temos a renovação do requerimento num novo formato, com mais fatos apontados. No primeiro apontávamos 12 fatos, nesse vamos apontar uma quantidade maior. Estamos num processo já bastante aprofundado de conversa com os colegas parlamentares e tenho certeza que depois do carnaval a gente começa o processo de coleta e poderemos, em breve, apresentar esse novo requerimento, porque é uma demanda da sociedade e ela precisa ser atendida pelo Senado.

Os Divergentes ?" Quais são esses novos fatos que estão sendo apontados pelo requerimento. Poderia citar alguns?

Alessandro Vieira ?" Nós temos problemas de ordem operacional, ou seja, porque demora tanto a tramitação de uns processos e outros são tão facilmente tramitados, tem resposta tão rápida? Por que você tem divergência tão profunda entre entendimento da própria Corte e a posição de alguns ministros para alguns casos, não para todos? E problemas que são mais de mérito e podem configurar o cometimento de crime de responsabilidade. Quando a gente fala dessas duas linhas de atuação, a gente está seguindo exatamente aquilo que o próprio Supremo Tribunal Federal decidiu que era possível fazer numa CPI quando analisou isso no final da década de 90. É indispensável que a gente faça essa propositura, é indispensável que o Senado instaure essa CPI, porque é através dela que a gente vai conseguir fazer uma analise e trazer transparência para as cortes superiores brasileiras.

Os Divergentes ?" Tem alguns senadores que estão sendo investigados pelo STF. Acha que vai conseguir o número de assinaturas suficientes para instalar essa CPI?

Alessandro Vieira ?" Primeiro a gente tem uma vantagem estratégica: a renovação que o eleitor fez garantiu que o número de investigados caísse muito e, segundo, a demanda da sociedade normalmente se impõe a eventuais receios pessoais individuais. A CPI é um direito da minoria, também conforme definição do próprio Supremo Tribunal Federal. Então, bastam 27 assinaturas. Eu tenho certeza que nós temos muito mais que isso em termos de senadores e senadoras com coragem e com ética suficiente para poder tocar essa missão.

Os Divergentes ?" Recentemente foi noticiado que o ministro Gilmar Mendes estaria sendo investigado pela Receita Federal. Agora, parece que é a Receita que está sendo investigada pelo Supremo. Isso poderia vir a ser analisado numa eventual CPI?

Alessandro Vieira ?" O que pode ser algum ponto avaliado pela CPI é um eventual desvio de conduta por parte do ministro. Ao Senado Federal, conforme a Constituição, cabe processar e julgar ministros do Supremo no caso de quem tem responsabilidade. Então, se algum fato cometido pelo ministro Gilmar ou por qualquer ministro pode ter a configuração de crime de responsabilidade, cabe sim apurar em CPI. Essa situação especifica da Receita tem muitos fatos que não foram ainda trazidos à tona. Não se sabe tamanho da investigação, se existiu investigação. O que nós temos é uma versão quase que unilateral do ministro Gilmar na condição de suposto investigado. E esse não é um ponto que possa servir de início para uma investigação séria, você precisa ter mais informações. Mas temos vários fatos relacionados à atuação do ministro Gilmar que serão sim objetos da CPI.

Os Divergentes?" O Sr foi eleito pela Rede, que foi enquadrada pela cláusula de barreira na eleição de 2018 e deve perder tempo de TV e dinheiro do Fundo Partidário, mas antes da posse filiou-se ao PPS. Os dois partidos irão mesmo se fundir? Como andam as conversas?

Alessandro Vieira ?" O PPS tem agora, dia 23 de março, um congresso extraordinário onde vai tratar de mudança de nome e mudança de manifesto. Pretende adotar uma linha mais de centro e de posição independente com relação a projetos de eventuais ocupantes do executivo. O PPS abriu as portas para os movimentos de renovação, o movimento Acredito, do qual eu faço parte, mas também o Agora e outros movimentos. A Rede vai passar seguramente por uma reestruturação, que pode resultar nessa fusão ou pode resultar na permanência do partido de uma forma muito pequena. E sem os recursos que o não atingimento que a cláusula de barreira vai impor, ou seja, sem tempo de TV e sem os recursos do Fundo Partidário, você vai ter muita dificuldade pra montar um projeto de eleição para 2020, onde tem as eleições municipais. E quem defende, como eu defendo, uma renovação política de verdade, tem que ser uma renovação de um grupo político e não pode ser de uma pessoa.

Nunca tive um projeto individual de ser eleito pra qualquer cargo. Não tinha sequer filiação partidária. Nunca tive nenhum tipo de militância nesse sentido. Então meu objetivo é fazer um grupo e viabilizar cada vez mais pessoas independentes, autônomas que possam ingressar na política.

O PPS abraçou essa ideia, viabilizou essa situação e a gente espera que os dois partidos possam caminhar juntos como já estão juntos aqui no Senado.

OS Divergentes ?" Qual a sua posição e do seu partido em relação ao governo Bolsonaro?

Alessandro Vieira ?" A posição é de total independência e analise dos projetos caso a caso. A gente tem, por exemplo, criticas e restrições ao Ministério da Educação. A visita do ministro à Comissão de Educação foi muito pobre, muito pouco efetiva. Da mesma forma a visita da ministra Damares. São ministros que trazem uma carga ideológica que supera e se sobrepõe a parte técnica dos ministérios, e isso é muito ruim. Mas,por outro lado, a gente recebeu o Roberto Campos Neto, indicado para o Banco Central, o Tarcisio Gomes de Freitas, da Infraestrutura, e eles mostraram uma capacidade técnica elevada, um conhecimento muito grande da situação e geraram uma expectativa positiva. Aquilo que é positivo vai ser recepcionado, vai ser apoiado, sem nenhum tipo de vinculação com cargos, com emendas ou qualquer coisa do velho fisiologismo. É independência mesmo.

Os Divergentes ?" O Sr atuou muitos anos como delegado da Polícia Civil de Sergipe e tem grande conhecimento da área de segurança pública. Como avalia projeto anticrime enviado ao Congresso pelo ministro Sérgio Moro?

Alessandro Vieira ?" O projeto em geral é um conjunto de boas medidas na área de repressão qualificada, mas não é um projeto de segurança pública. Tá muito longe disso. Ele ataca apenas um pedaço do problema, que é a repressão. Ataca de forma técnica, na maior parte dos seus pontos, mas ele deixa de lado a parte de prevenção e ele também não trata a parte de ressocialização do sistema prisional. Sem atacar essas duas pontas, esses dois extremos, você tá bem longe de resolver qualquer problema de segurança pública. É importante, e o ministro certamente vai fazer essas correções ao longo da trajetória, trazer mais situações. E mais do que trazer apenas iniciativas do Executivo, visualizar, identificar e valorizar as iniciativas que já estão no Legislativo. Então vários pontos indicados pelo ministro Sérgio Moro em seu pacote já tramitam na casa. Seja na Câmara dos Deputados, seja no Senado. E é muito mais inteligente você identificar esses projetos, você abraçar e valoriza-los, do que você querer inventar a roda. Acho que assim você junta mais pessoas como aliados e consegue ter resultados legislativos mais rápidos. Mas na grande maioria, no essencial, eu me alinho e apoio as medidas que estão sendo sugeridas pelo ministro.

Os Divergentes ?" O Sr é contrário à redução da maioridade penal e favorável a uma mudança no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Qual seria essa alteração?

Alessandro Vieira ?" A gente está desenhando um projeto e está exatamente fazendo esse trabalho de pesquisa pra ver o que tem na casa tramitando. Não gosto da ideia de fazer retrabalho e querer inventar de novo o que já está em andamento. Então estamos buscando aquilo que já está tramitando para ver como faz a adaptação. Qual é a nossa concepção, que é baseada na experiência profissional que eu tenho e qualquer análise séria pode chegar a essa mesma conclusão? Se você simplesmente reduz a maioridade penal, você vai tá jogando no presídio uma massa de gente nova, violenta e absolutamente irresponsável. Você vai tá dando mão de obra barata para as facções criminosas. É isso que você vai fazer se fizer a redução. Então, a redução pura e simples não chega nem perto de resolver problema nenhum.

O que a gente propõe, e não é inovação, salvo engano tem um projeto antigo apresentado pelo Alckmin, que foca numa revisão do ECA. Hoje como está, o ECA limita o tempo de internação a no máximo três anos. Você não pode admitir que um jovem que tenha praticado um homicídio, um latrocínio, ou que seja um criminoso contumaz fique apenas três anos internado. É muito pouco. Então a gente defende que tenha uma ampliação nesse tempo de internação. E que esse adolescente, que é violento, seja internado apartado dos demais porque o processo de ressocialização dele é muito mais difícil que dos outros. Você tem vários jovens cometendo pequenos furtos e que também estão no mesmo sistema.

O obstáculo que o Executivo coloca pra isso, por isso que o Brasil por muito tempo ficou viciado em buscar soluções meramente legislativas, é o custo. Mas segurança pública custa caro mesmo. Tem que ter presídio adequado pra todo mundo, tem que ter unidade de internação adequada pra todo mundo. Não adianta fugir disso. Qualquer outra solução que saia disso é ficção. Se você sair para um processo de desencarceramento porque não tem vaga, você está apenas devolvendo pra sociedade gente violenta e que não foi ressocializada. Vai piorar. Temos que cuidar do problema em todas as suas etapas. Tem que ter prevenção, que passa por educação, por assistência social e por ação policial militar ostensiva; tem que ter repressão qualificada, reforçada para que o criminoso efetivamente seja identificado, punido, possa ser condenado. O número de condenações no Brasil é muito baixo quando se faz correlação com o número de crimes praticados. E depois de condenado, esse cidadão tem que ser ressocializado. Tem que ter oportunidade de voltar pra sociedade em condições de ser uma pessoa produtiva, bem integrada, enfim, não violenta. Hoje nós não temos nada disso funcionando. A prevenção é extremamente esquecida, nós temos uma repressão insuficiente e a parte de ressocialização e encarceramento é um absurdo. É um caos total. Se não compreender o problema como um todo e não ataca-lo, você não está fazendo nada, só enxugando gelo.
Herculano
03/03/2019 09:29
da série: até o polêmico anti-petista que mistura fé com política e é apoiador declarado de Bolsonaro, não se conteve

MALAFAIA PUXA ORELHA DE EDUARDO BOLSONARO

No Twitter, o pastor Silas Malafaia criticou o comentário de Eduardo Bolsonaro sobre o pedido de Lula para velar o neto.

"O filho do presidente Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, perdeu uma ótima oportunidade de ficar de boca fechada na questão que envolve o funeral do neto de Lula. O sábio Salomão já dizia q até o tolo quando se cala, se passa por sábio."
Herculano
03/03/2019 09:16
A ARMADILHA EM QUE BOLSONARO SE METEU, por Samuel Pessoa, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia(FGV), no jornal Folha de S. Paulo

Apesar de ser difícil separá-los, há joio e há trigo, e sem trigo a política não anda

Bolsonaro demonizou a política na campanha eleitoral. Avisou que em seu governo não haveria o toma lá dá cá.

O problema é que, ao fazê-lo, colocou no mesmo balaio ações bem diferentes. Apesar de diferentes, os dois tipos de ação são difíceis de serem distinguidos precisamente.

Em todo sistema político multipartidário, seja parlamentarista ou presidencialista, o Executivo, para governar, constrói uma coalizão de partidos.

É por esse motivo que nosso presidencialismo se parece muito mais com os parlamentarismos da Europa continental do que com o presidencialismo bipartidário americano.

A construção da coalizão envolve a negociação de um programa político e, consequentemente, de compartilhamento de poder entre os partidos da base de apoio ao governo. É assim em todo regime político multipartidário.

O ideal é que o Executivo construa uma coalizão que seja ideologicamente homogênea, cuja ideologia média seja próxima daquela do Congresso Nacional e na qual a distribuição de poder seja proporcional ao tamanho de cada partido na base. Se o partido do presidente for sobrerrepresentado, certamente problemas aparecerão à frente.

Boa parcela da distribuição de cargos e de espaços de poder tem essa lógica.

Adicionalmente, no sistema político brasileiro existe outra moeda de troca. Trata-se da liberação de recursos para pagar as emendas parlamentares, em contrapartida ao voto favorável do parlamentar a um projeto de interesse do Executivo.

No Brasil (como em muitos países), o eleitor pune o Executivo nacional e seu partido se houver desorganização na macroeconomia. Inflação, baixo crescimento, desemprego e queda de renda real redundam em derrota eleitoral do partido do presidente.

Os deputados, por sua vez, têm suas próprias agendas no seu eleitorado. Assim, a liberação de recursos para emendas parlamentares é um instrumento poderoso. A emenda atende à base eleitoral do parlamentar, e o voto do deputado ou senador ajuda na aprovação de projetos legislativos (os diversos tipos de lei e as emendas constitucionais) de interesse do Executivo.

Em geral, são projetos legislativos que garantem a estabilidade macroeconômica e, portanto, atendem ao interesse difuso (aquilo que é bom para todos, mas que não conta com grupos de pressão em sua defesa) do conjunto da sociedade.

Há evidências de que as emendas parlamentares contribuem efetivamente para o desenvolvimento local.

Tanto o compartilhamento de poder, fruto da construção de uma coalizão sustentada em um programa comum, quanto a liberação de emendas são instrumentos legítimos e legais. Trata-se de Política.

Outra ação muito diferente é a corrupção. Muitas vezes é difícil diferenciar. Há muito compartilhamento de poder que não tem por base um projeto comum e se trata simplesmente de abrir espaço para que grupos políticos desviem dinheiro público.

É aí que temos enorme problema. Apesar de ser difícil separar o joio do trigo, há joio e há trigo, e sem trigo a política não anda.

Ao demonizar toda a ação política sem distinção, fica difícil construir um caminho para os parlamentares que desejam acompanhar o governo.

Há uma dura agenda de reformas. Os parlamentares, para apoiá-la, precisam de um caminho. Como atuar e como construir o seu futuro na política?

Ao se negar a produzir esse mapa, o governo pode jogar muitos congressistas que desejam apoiar o governo para o campo da oposição às reformas.

Esse negócio de reinventar a roda em geral não funciona.
Herculano
03/03/2019 09:06
CONVERSA PARA BOI DORMIR. GENTE QUE IMITA O PT NA MENTIRA, NO FANATISMO NO FAKE NEWS PARA ALIMENTAR AS DIVISõES

Circula nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens, este texto, com uma foto, que na verdade é um frame de um vídeo, onde o piloto da aeronave, apesar de se curvar respeitosamente, naquele momento não cumprimenta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT.

O texto.

Piloto do Governo do Estado do Paraná se recusa a cumprimentar Lula durante o embarque para São Paulo, após justiça autorizar saída para comparecer ao funeral do neto de 7 anos, falecido em decorrência de uma meningite.

Questionado sobre o episódio o piloto respondeu:

- Minha função é pilotar o avião com segurança, independente da "carga" transportada e da rota determinada pelo operador. Isso eu faço com seriedade e profissionalismo. Cumprimentar um presidiário condenado por corrupção, por quem eu tenho desprezo, não faz parte das minhas obrigações. E, por minha livre decisão, decidi não fazê-lo.

Não vejo motivo para polêmica: foi uma decisão pessoal e me responsabilizo pelas consequências que possam advir. Nada e nem ninguém tem o direito de interferir ou modificar minha decisão".

Fake news. Mentira deslavada. O vídeo completo, ao contrário do que se afirma anonimamente e espalhada por gente que se diz séria, mostra o piloto cumprimentando, respeitosamente, o passageiro Lula.

Vergonha como virou a rede e essa gente que manipula os fatos. É por isso, que estão em campanha aberta contra veículos de comunicações sérios, ou estabelecidos. E por que? Porque impedem essa farra de versões e sacanagens. Estão expostos à avaliação e não se dobram aos poderosos de plantão, normalmente viciados em poder e dinheiro a qualquer preço, como bem definiu o ex-governador ladrão e corrupto confesso, Sérgio Cabral, MDB do Rio de Janeiro
Herculano
03/03/2019 07:11
DA SÉRIE: FAÇA O QUE EU DIGO; NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO

O presidente norte-americano, o republicano Donald Trump semeia a intolerância e criminaliza a liberdade de imprensa e expressão, com as suas famosas conclusões de "fake news" quando se questiona as suas patifarias

Olha só o que ele está arrumando desta vez (e está certo, de certa forma)

As cenas de intolerância nas universidades dos USA, dominadas pela esquerda, podem estar com os dias contados. Trump declarou: "Eu assinarei uma ordem executiva exigindo que as faculdades e universidades apoiem a liberdade de expressão se quiserem verbas federais de pesquisa".
Herculano
03/03/2019 07:05
ANO COMEÇA APóS CARNAVAL LARANJA, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Salário mínimo, Pibinho, juro alto e Congresso serão problemas das águas de março

O mundo bolsonarista deu motivos novos para a galhofa do Carnaval, que vai ter muita fantasia de laranja, entre outras troças. Mas dureza mesmo vai ser o recomeço do ano. Na Quaresma ou nas águas de março, esse governo terá uma agenda cheia de problemas.

1) Salário mínimo.

Até 15 de abril, Jair Bolsonaro tem de enviar ao Congresso o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, no qual o governo deve dizer o que fará do salário mínimo. A regra de reajuste que havia caducou.

O mínimo tem impacto nas contas da Previdência. Afeta o valor de quase 23 milhões de benefícios previdenciários e assistenciais e, de um modo ou outro, os salários de um terço dos trabalhadores, que ganham o mínimo ou menos.

Por estas semanas, mais gente do povo vai saber que Bolsonaro quer limitar a concessão do abono salarial anual a quem ganha até um mínimo, o que atingiria mais de 21 milhões de trabalhadores, nas contas da Instituição Fiscal Independente.

2) Barganha no Congresso.

O Congresso volta a funcionar no dia 12 de março. O governo não tem coalização partidária, organização ou lideranças para dar início à tramitação da reforma da Previdência. Assim vai continuar caso Bolsonaro não firme algum acordo de divisão de poder, o que chamava de "toma lá dá cá". Vai ter de engolir essa conversa de campanha ou vai ter crise política e econômica. Se fizer acordo, por outro lado, vai queimar um pouco do seu filme com suas redes insociáveis.

3) Economia fria.

A economia parece se resfriar, mesmo sem ter convalescido. A criação de empregos, que era de ínfima a medíocre, perde ritmo. A confiança dos empresários diminuiu em fevereiro. Em meados de março, saem os primeiros dados de produção e comércio do ano. A indústria deve ter encolhido em janeiro.

4) Juros.

Na semana depois do Carnaval, toma posse a nova diretoria do Banco Central. Na seguinte, tem decisão sobre taxa de juros. Há discussão agora quase geral sobre a necessidade de voltar a cortar os juros. Em meados de março, portanto, o mundinho econômico estará discutindo abertamente a estagnação crônica do país.

5) O silêncio dos Bolsonaro.

Bolsonaro falou de aguar a reforma da Previdência que nem começou a tramitar. Causou irritação entre seus economistas, preocupação entre seus generais e alarme entre os donos do dinheiro. Mais uma vez, gente graúda no governo volta a dizer que o presidente vai se comportar.

Foi o que essas pessoas disseram por ocasião dos rolos com os filhos de Bolsonaro ou, por exemplo, quando o presidente falou de base norte-americana no Brasil ou de cancelar a venda da Embraer para a Boeing, entre outras declarações fora da casinha. Vai dar certo, agora?

6) Guerras ideológicas e outras batalhas.

Com tantos problemas sérios, o governo se permite manter ou apoiar ministros adeptos do disparate ideológico ou odiento, para não falar da incompetência palerma. Há ainda um primeiro-filho e ministros enrolados em laranjais ou caixa dois, entre outros problemas no cartório. Esses cadáveres vão continuar a boiar ou vão chegar à praia.

No dia 14, terá passado um ano do assassinato de Marielle Franco, provavelmente por milícias, as mesmas que rondam a história dos Bolsonaro. Serão dias de confrontos, lembranças e recriminações amargos.

No fim do mês, de resto, o golpe de 1964 faz aniversário, grande oportunidade de incitar ódios, viagem que os Bolsonaro não costumam perder.
Herculano
03/03/2019 06:41
BOLSONARO: 'DOIS OU TRÊS' LÍDERES PEDIRAM CARGOS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou neste nos jornais brasileiros

O presidente Jair Bolsonaro ficou muito aliviado ao final da reunião com mais de vinte líderes partidários, quarta (27), no Palácio Alvorada: quase todos estavam interessados apenas em discutir cada um dos pontos mais polêmicos da reforma da Previdência. Quase todos. "Somente dois ou três pediram cargos", disse o presidente a um grupo de jornalistas no dia seguinte, durante encontro no Palácio do Planalto.

PÉ DO OUVIDO
Os "dois ou três" pediram cargos falando baixinho, e o presidente não lhes deu papo. Em voz alta, não ousaram, segundo outros líderes.

CRITÉRIOS TÉCNICOS
No início da reunião, Onyx Lorenzoni (Casa Civil) explicou os critérios técnicos para preencher cargos. Depois não se falou mais nisso.

ELE NÃO GOSTA MESMO
Quando se lembra dos "dois ou três" pedidos de cargos, o presidente fecha a expressão, entre surpreso e irritado com a insistência.

FIM DO FISIOLOGISMO
Bolsonaro prefere registrar que "quase todos" os líderes pareceram sintonizados com a necessidade de enterrar o "toma lá, dá cá".

BRASIL REFORÇA SEGURANÇA NA EMBAIXADA EM CARACAS
O Ministério das Relações Exteriores confirmou a esta coluna que houve "um substantivo reforço da segurança" na embaixada do Brasil em Caracas, em razão da posição do governo brasileiro de reconhecer Juan Guaidó como presidente interno da Venezuela e considerar o ditador Nicolás Maduro um "presidente usurpador". Apesar de haver confirmado as medidas de segurança, o governo não dá detalhes.

APELO À DITADURA
Além de reforçar a segurança da embaixada, onde há um encarregado de negócios e outros funcionários, o Brasil fez um apelo à ditadura.

RESPEITO
Nesse apelo, o governo brasileiro solicitou respeito aos espaços diplomáticos dos países que reconheceram Guaidó como presidente.

CONVENÇÃO DE VIENA
A inviolabilidade das embaixadas e residências de diplomatas é garantida pela Convenção de Viena, da qual a Venezuela é signatária.

NUVENS NO HORIZONTE
Em Brasília, a expectativa é de que Armando Monteiro, ex-presidente da Confederação da Indústria (CNI), venha a ser citado na Operação Fantoche, da PF, que investiga o esquema que desviou R$400 milhões do Sistema S. Seu sucessor, Robson Braga de Andrade, foi preso.

PRIORIDADE TOTAL
O primeiro mês da nova legislatura mostrou que segurança pública será grande prioridade dos novos senadores, que apresentaram mais de um projeto por dia sobre esse tema, em fevereiro.

AUTODESTRUIÇÃO
O pibinho de 1,1% em 2018 poderia ter sido três vezes maior, segundo Juliana Cunha, economista da FGV: a greve dos caminhoneiros e as eleições foram determinantes para o baixo desempenho da economia.

DINHEIRO PÚBLICO, NÃO
A maioria (85,8%) dos entrevistados pelo Paraná Pesquisas apoia o corte de verbas públicas no Carnaval. Para 72,6%, a festa deve ser 100% financiada pelos foliões. Ou pela iniciativa privada.

EM DEFESA DOS AUTISTAS
Proposta pelo deputado Célio Studart (PV-CE), a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) será instalada no dia 26. São 2 milhões de crianças com TEA (perturbações do desenvolvimento neurológico) no Brasil.

MOTOR DA ECONOMIA
A ministra Tereza Cristina (Agricultura) esteve na Comissão de Agricultura do Senado para confirmar as prioridades de modernizar a Embrapa, orgulho do País, e o modelo de inspeções sanitárias.

CADA UMA...
O senador Vitalzinho do Rego (PSB-PB) quer obrigar todo prédio com mais de 30m de altura a ter heliponto. O incêndio no edifício Joelma em 1974 (!) onde 187 pessoas morreram, é uma das justificativas da ideia.

BOM EXEMPLO
Em vez de devolver o auxílio-mudança, o deputado Lucas Redecker (PSDB-RS) doou o dinheiro a hospitais gaúchos. "Não vai solucionar os problemas da saúde pública, mas estou fazendo a minha parte", disse.

PENSANDO BEM...
... atrás do trio elétrico só não vai quem já está preso.
Herculano
03/03/2019 06:34
INCONSTITUCIONAL ATÉ MUDAR A CONSTITUIÇÃO

Funcionários públicos de altos vencimentos, juízes e promotores dizem que é inconstitucional a tabela progressiva de desconto da previdência onde quem ganha menos, paga menos e quem ganha muito, desconta mais para sustentar a farra das aposentadorias precoces e integrais, dos servidores.

Dizem que é sequestro de renda.

Inconstitucional é. Mas, a proposta de Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, é mudar neste ponto para tornar isso constitucional. Então os tribunais vão dizer o que é Constituição mudada pelos parlamentares representantes do povo é inconstitucional?

Essa gente sabe o diz, escreve e infla usando pobres, analfabetos, ignorantes e desinformados, onde 65% deles para se aposentarem em média aos 66 anos com um salário mínimo, bancam tudo isso.

Quem está sequestrando renda de fato da população mais pobre, no modelo atual perveso de aposentadoria, são os que se aposentam aos 45 anos, com salários que vão de R$10 mil a mais de R$100 mil por mês, uma minoria que não quer que nada mude para eles continuarem a serem sustentados pelos pobres brasileiros. Vergonha nacional
Herculano
03/03/2019 06:25
O JUDICIÁRIO VAI SEQUESTRAR A REFORMA DA PREVIDÊNCIA?, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Atuação da categoria em causa própria contamina o papel de juízes e ministros

O lobby dos funcionários públicos agiu com rapidez. Em pouco mais de 48 horas, diversas categorias assinaram uma nota em que criticavam a proposta de Jair Bolsonaro para a reforma da Previdência, diziam que ela tem "aspectos perversos, desumanos e inconstitucionais" e acusavam o governo de jogar a população contra os servidores.

A organização sindical e o poder de pressão sobre os parlamentares dão ao funcionalismo uma vantagem no combate às novas regras, que podem aumentar a contribuição previdenciária e criar normas mais duras para a aposentadoria. O envolvimento do Ministério Público e do Judiciário desequilibra o jogo a favor dos servidores.

Assim que a proposta começou a circular, houve um levante contra a tabela progressiva que prevê alíquotas de até 22% para os funcionários que ganham acima de R$ 39 mil - ou seja, acima do teto do serviço público. Esse ponto da reforma pegou no calo de juízes e procuradores, que passaram a liderar o embate.

Até ministros do Supremo entraram na resistência, dizendo que a mudança será barrada pelo tribunal se for aprovada pelo Congresso. Além dos salários, adicionais e aposentadoria integral, o Judiciário tem o privilégio de decidir que leis podem se aplicar à própria categoria.

A ameaça equivale ao sequestro da reforma. O homem miserável que pode ficar sem o benefício de um salário mínimo quando chegar aos 65 anos não poderá escolher se cumprirá as novas regras ou não.

O STF deu um péssimo exemplo ao fazer o Estado refém no caso do auxílio-moradia. O ministro Luiz Fux engavetou o processo que questionava o pagamento aos juízes e só devolveu a ação quando o Congresso deu um aumento salarial à categoria.

O Judiciário tem o papel fundamental de corrigir distorções e evitar a supressão de direitos. Encabeçar a reação à reforma da Previdência com uma luta em causa própria contamina essa atuação. O comportamento dessas classes é o que joga a população contra o funcionalismo.
Herculano
03/03/2019 06:20
VAQUINHA PARA O GURÚ

De Gilberto Dimenstein, no twitter:

Começa a surgir a verdade sobre as dívidas de Olavo de Carvalho. Ele sonegou impostos nos EUA. E a conta chegou salgada. Agora quer que seus seguidores paguem o calote. Socialismo às avessas.
Herculano
03/03/2019 06:13
INCRÍVEL E PERIGOSO

Nestes tempos de carnaval onde todas as fantasias são possíveis, os fanáticos políticos das redes sociais se ocuparam com a soltura temporária do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, para participar do velório do seu neto, criança, morto pela fatalidade da meningite.

Houve comportamentos com performances grotescas, irracionais e com requintes animalescos de parte a parte. Uma deterioração humana completa e que começou com o animador dessa brutalidade, por vício, ou intenção ou erro, do deputado Federal Eduardo Bolsonaro, do PSL paulista - aquele que já disse que para fechar o STF bastava um cabo e um soldado.

O meu resumo da ópera, que também escrevi na conta do twitter:

Fanático encontra satisfação na morte dos filhos dos adversários para além da prisão justa de um condenado aparentado do morto, feita de fatalidade.

Trata-se d perigosa doença que não se contenta com a justa vitoria nas urnas e o exercício democrático do poder,mas da vingança animal.
Herculano
03/03/2019 06:02
A CONFISSÃO DE CABRAL TEM FARINHA DE PIZZA, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

O juiz Marcelo Bretas e o Ministério Público no Rio podem transformar a massa numa inédita faxina

A quantidade de farinha que o ex-governador Sérgio Cabral colocou na sua repentina conversão à causa da verdade deu um cheiro de pizza às suas confissões. O doutor reconheceu-se viciado em roubo. Isso até as pedras sabem, tanto que ele já amealhou sentenças que lhe dão a fortuna de 198 anos de cadeia.

Sua confissão vale nada, mas pode vir a valer muito, desde que o juiz Marcelo Bretas e o Ministério Público Federal no Rio percebam que Cabral pode se transformar no maior colaborador da história daquilo que se convencionou chamar de Lava Jato.

Cabral presidiu a Assembleia Legislativa, foi senador, governou o Rio por oito anos, reelegeu-se com dois terços dos votos e emplacou um cúmplice como sucessor. Ele sabe tudo, sabe mais do que souberam os empreiteiros e é o primeiro gato gordo do aparelho do Estado a mostrar que pode falar. Nada a ver com a colaboração seletiva e pasteurizada do ex-ministro Antonio Palocci.

A guinada de Cabral sugere que ele busca um acerto no escurinho dos processos. Falando o que já se sabe, aliviaria a situação de seus parentes e conseguiria algum tipo de conforto. Nesse caso, surgiria um Cabral 2.0. O mitológico gestor de propinas daria lugar ao administrador de confissões.

Se o detento quer colaborar com as investigações, precisa sentar com o Ministério Público para contar como funciona a máquina de corrupção política, administrativa e empresarial do andar de cima do Rio de Janeiro. Esse mecanismo arruinou o estado e a cidade. A roubalheira na privataria da saúde é exemplar na sua crueldade. Tem um pé nos hospitais públicos e outro operando o prestígio e a força moral da Arquidiocese. O andar de baixo conhece a ruína porque convive com ela, o que se precisa expor é o mecanismo com que o andar de cima operou e opera essa máquina.

O Ministério Público em Curitiba desvendou as tramas das empreiteiras porque trabalhou duro, com inédita independência.

No Rio essa máquina rateou, tanto que ao tempo em que Cabral cabalava, a Procuradoria dormiu em berço esplêndido.

A Lava Jato quebrou o mundo dos comissários petistas e das empreiteiras em 2014, quando o doleiro Alberto Youssef começou a falar. Cabral pode vir a ocupar esse lugar, desde que responda direito às perguntas certas. Nesse caso, poderia ganhar paz de espírito e leniência.

Fora daí, é pizza.

BOLSONARO PASSOU PELA PRIMEIRA PESQUISA

Bolsonaro tem filhos encrenqueiros e ministros perigosamente folclóricos, como Ricardo Vélez, Damares Alves e Ernesto Araújo, mas a pesquisa CNT/MDA mostrou que ele vai bem, obrigado. Seu desempenho no cargo foi aprovado por 57,5%, percentagem um pouco superior à dos votos que teve no segundo turno (55%). Já a avaliação do governo ficou rala, em 39% de aprovação. No primeiro turno um eleitorado fiel deu a Bolsonaro 46% dos votos.

Considerando-se a polarização que marcou o segundo turno, só 7,6% dos entrevistados que votaram para presidente arrependeram-se da escolha que fizeram. (Nessa percentagem há pessoas que votaram nele ou em Fernando Haddad, mas pode-se especular que poucos eleitores do PT estejam arrependidos.) A percentagem de pessoas que acharam o governo ruim ou péssimo (19%) é menor que a dos eleitores de Haddad no primeiro ou no segundo turnos (29% e 45%).

A sabedoria convencional permitia supor que mais gente que votou em Bolsonaro para derrotar o PT tivesse ficado desencantada com as trapalhadas do início do governo. Isso não aconteceu.

MADAME NATASHA

Natasha concedeu uma bolsa de estudos ao ministro Sergio Moro pela nota que divulgou ao comunicar que revogou a nomeação (feita por ele) da pesquisadora Ilona Szabó para uma suplência do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.

O doutor disse o seguinte:

"Diante da repercussão negativa em alguns segmentos, optou-se por revogar a nomeação, o que foi previamente comunicado à nomeada e a quem o ministério respeitosamente apresenta escusas".

Natasha lamenta que Moro torture o idioma.

O "optou-se" esconde a autoria da opção, que foi dele. Poderia ter dito "optei".

O ex-juiz de Curitiba curvou-se à "repercussão negativa em alguns segmentos". Se repercussão negativa dobrasse suas convicções, teria mandado soltar boa parte das pessoas que condenou. Vá lá que o Moro de Brasília precisa ser outro, mas falar em "alguns segmentos" ofende a inteligência de quem lhe dá crédito. Há "segmentos" reclamando de qualquer coisa, até de vacinas. Moro sabe quais foram os "segmentos" que pressionaram Bolsonaro.

Finalmente, o ministro pediu "escusas" a Szabó. Natasha acredita que Moro deve aprender a usar a palavra "desculpas".

Em 2016, quando ele divulgou uma conversa de Lula com Dilma Rousseff, grampeada fora do prazo da interceptação autorizado pela Justiça, pediu "respeitosas escusas" ao Supremo Tribunal Federal.

SISTEMA S

A caixa de surpresas da Fecomércio do Rio assombra vários escritórios de advocacia da cidade. O Ministério Público está atrás de contratos onde estava combinada uma rachadinha com os maganos da instituição.

INFELIZ COINCIDÊNCIA

A sorte faltou ao Tribunal de Contas da União quando acatou um pedido para abrir uma auditoria na Receita Federal dias depois do vazamento de informações de que o Leão xeretava as contas de magistrados.

O tribunal poderia ter acordado há anos, meses ou semanas, mas despertou quando entrou na roda a doutora Isabel Gallotti, do STJ. Ela é casada com Walton Alencar, um dos ministros do TCU.

A ministra informou que sua movimentação financeira derivou de uma herança materna, declarada à Receita.

ADRENALINA

Chegará nesta semana à TV paga o documentário "Free Solo", vencedor do Oscar. Vendo-o, ganha-se uma dose de adrenalina sem que se tenha que queimar calorias.

Em uma hora e meia o filme conta a história de Alex Honnold escalando sozinho e sem cordas os 900 metros da escarpa de El Capitán. (O Pão de Açúcar tem 390 metros). Um erro e ele morreria. Um dos integrantes da equipe que filmou a proeza evitava olhar para a cena.

A primeira escalada do penhasco, com cordas, levou 47 dias. Honnold, subiu em duas horas. Ele é um vegetariano frio que gosta de viver em vans.

Numa época em que o cinema faz de tudo com efeitos especiais, "Free Solo" mostra a audácia e o sangue frio de um atleta que tinha apenas as mãos, breu e um par de tênis.

BLOOMBERG

Se Deus quiser, Michael Bloomberg disputará a presidência dos Estados Unidos em 2020. A seu favor tem a biografia, pois começou de baixo, tem uma fortuna de US$ 51 bilhões e foi um grande prefeito de Nova York por 12 anos. Não recebia salário. Contra, só a idade, pois entraria na Casa Branca com 79 anos.
Em 2016, antes da eleição de Trump, ele o definiu:

- Como nova-iorquino, eu reconheço um vigarista quando o vejo.
Herculano
02/03/2019 19:16
da série: faltou lugar para os dois espertos. Um quebrou Santa Catarina e foi rejeitado nas urnas. Outro, foi conivente com tudo isso, e também recebeu uma surra dos eleitores. Ambos jogaram os catarinenses numa a aventura chamada Carlos Moisés da Silva, PSL, o que vai aumentar impostos, perpetuar os privilégios e correr com as empresas e empregos de Santa Catarina para salvar o orçamento.

MERÍSIO SAI DO PSD E ANUNCIA NOMO RUMO NA SEGUNDA-FEIRA DE CARNAVAL NESSE BAILE DE MÁSCARAS E MASCARADOS

COLOMBO X MERÍSIO: QUEM É LUZ OU TREVAS DO PSD, por Marcos Schettini, no Lê Notícias, Xaxim

O ex-governador vai viver a prova de fogo para, quando voltar da Espanha, ver a saída em massa do PSD que os seguidores de Gelson Merisio farão a partir da próxima segunda feira. O ex-deputado que disputou com Carlos Moisés a pior eleição da história de SC, viu próximos a Raimundo Colombo declarar voto de traição no 2º turno.

A falta de liderança do parceiro de Gilberto Kassab é evidente. Não foi protagonista de absolutamente nada na eleição e, pior, ficou quatro voltas sendo retardatário de si mesmo. Agora, assumindo o partido que arranca na escuridão dos acertos, passa de inocente a estuprador do resultado de 2018.

Tinha, em algum momento, que tirar a máscara que é comum ser colocada no carnaval. Quando negociou a degola pública do agora ex-presidente do PSD, preconceito declarado contra quem nasceu em Xaxim para chegar a governador nos méritos de articulação que o lageano nunca demonstrou, assume quase nada. Está colocado escancaradamente qual deles, Raimundo ou Merisio, tem força para manter ou esvaziar o partido.

Se deputado como Kennedy Nunes já afirmou o pulo, prefeitos e vereadores igualmente. O corte na artéria é profundo. Segunda, quando disser para que partido vai, o xaxinense deve ou não dizer se é líder de verdade e se seu algoz tem mesmo perfil.

Fora
Gelson Merisio está fora do PSD e, na segunda-feira, diz para qual partido deverá seguir. Provavelmente o Progressista, o mais perto de um entendimento, seja o caminho mais perto para a retomada de sua força que Carlos Moisés tentou fragilizar em Raimundo Colombo.

Olé
Depois de utilizar o ego municipal de 2020 do deputado Darci de Mattos rumo à prefeitura de Joinville para atingir Gelson Merisio, Raimundo Colombo foi tourear seus golpes na Espanha. Ao lado de Gilberto Kassab, assistem de camarote a guerra interna no PSD que deixaram.

Jugular
Ao utilizar dos interesses de Darci de Mattos para a prefeitura com o maior orçamento de SC, Colombo conseguiu colocar o ovo em pé no efeito de suas atuações de bastidores. Desferiu o corte na ainda inflada veia 2018 de Gelson Merisio para ver a sangria entalada em sua garganta.

Inconfidente
No tropeço da própria falta de liderança, Raimundo Colombo disputou um pleito às cegas. Enganou os prefeitos com o Afundam, ilusão de dar oxigênio financeiro e, pior, entregou o governo aos adversários do projeto do partido sem escutar.

Turvo
Colombo tem uma história política muito mais por ser carregado que, necessariamente, sua luz e força partidária. Chegou ao senado e governo negociando com aqueles que chamou de trem da alegria com as SDRs e traiu o PP que foi seu aliado.

Mais
Se o primeiro governo de Colombo foi a continuidade de LHS, o segundo foi patético. Prometeu o que não cumpriu em nenhuma direção além de sujar os pés nas denúncias de Ricardo Saud que ajudou a afundar diante de Lucas Esmeraldino e Jorginho Mello.

Espelho
Nos moldes da madrasta, aquela dos sete anões, Colombo perguntou onde é que ele errou. Escutou várias vezes o que deveria fazer mas, não se convencendo, entrou na floresta eleitoral e comeu a maça envenenada. Não podia ter outro resultado.

Campeão
Perdendo várias voltas para ele mesmo, vendo-se maior que o espelho demonstrava, Colombo não conseguiu deliberar o que Gilberto Kassab havia lhe orientado no encontro de Lages de 2018 afirmando que seria ele o protagonista eleitoral.

Mentiroso
Quando apelida o ex-governador, Gelson Merisio apenas dá voz ao que as urnas demonstraram a Colombo no ano passado. Quantas vezes o lageano foi aos municípios dizer o que não cumprira e, escondendo-se no gabinete, dizia-se ausente. Troco.
Herculano
02/03/2019 14:26
da série: só o vício, como afirmou o ex-governador corrupto do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, MDB, é que move o político pelo poder e o dinheiro resultante dele.

Estas duas notas, são do colunista Cládio Prisco Paraíso, no blog dele. Sintomático,

Realidade
O prefeito de Nova Erechim, no extremo Oeste do Estado, Nédio Cassol (MDB), não só foi preso como também chegou a situação de absoluta humilhação ao sair da Delegacia e ser colocado no camburão, como qualquer outro criminoso, para ser enviado ao Presídio Regional de Chapecó. O emedebista é acusado de mal feitos com dinheiro público e extrapolou os limites ao tentar obstruir as investigações.

Brasil de todos
Tem sido praxe no Brasil. Políticos e empresários, de todos os calibres, indo passar uma temporada no xilindró.
Herculano
02/03/2019 14:17
COMÍCIO DE CARNAVAL: "ARTHUR, VOU PROVAR MINHA INOCÊNCIA", DIZ LULA

Conteúdo de O Antagonista. Durante o velório neste sábado, Lula prometeu ao neto que vai provar "a minha inocência e quando eu for para o céu, eu vou levando o meu diploma de inocente".

"Vou provar quem é ladrão neste país e quem não é. Quem me condenou não pode olhar nos olhos dos netos como eu olhava para você", disse.
Herculano
02/03/2019 14:04
DIANTE DO ENIGMA VENEZUELANO, por Demétrio Magnoli, geógrafo e geólogo no jornal Folha de S. Paulo

A negação de uma estratégia desvairada não equivale à definição de uma positiva

O "Deus de Trump" invocado por Ernesto Araújo não funcionou. No 23 de fevereiro, suposto Dia D, Maduro escapou do "xeque-mate humanitário", provando que ainda mantém controle sobre a alta oficialidade. A estratégia fracassada representou uma nítida derrota para o líder opositor Juan Guaidó, mas também para Donald Trump e o presidente colombiano Iván Duque. O Brasil só não amargou completa desmoralização porque, na hora H, Bolsonaro entregou o comando ao vice, Hamilton Mourão, assinando uma demissão branca do chanceler Araújo. Há lições a extrair do episódio.

A disputa de poder na Venezuela contrapõe o Executivo (isto é, a ditadura do chavismo terminal) ao Parlamento (isto é, a maioria oposicionista oriunda das derradeiras eleições livres no país). O Parlamento conta com apoio internacional majoritário e o respaldo da maior parte do povo. Contudo, o Executivo tem as armas, pois o regime equilibra-se sobre a aliança entre o aparato político chavista e a cúpula militar. Nesse cenário, a queda de Maduro depende de uma cisão entre os componentes da aliança cívico-militar que o sustenta.

A ideia de uma intervenção militar liderada pelos EUA só passa pelos desvarios conspiratórios de correntes extremistas com as quais o neófito Araújo extravasa seus impulsos infantis. Trump não organiza retiradas americanas da Síria e do Afeganistão para se envolver numa ação isolada na América do Sul. Duque não reativará a guerra civil colombiana em nome da democracia na Venezuela. Os militares brasileiros rejeitam a perspectiva de produzir uma Síria na faixa de fronteira amazônica. O chefe do Itamaraty que clamou por um corredor de invasão a partir de Roraima é evidência dos riscos que Bolsonaro corre ao nomear acólitos do Bruxo da Virgínia a postos de responsabilidade.

No Dia D que não houve, os Estados Unidos, a Colômbia e o Parlamento venezuelano tentaram emparedar os militares entre as alternativas de usar munição real contra o povo ou romper com o Executivo. A encruzilhada, porém, não se materializou. De um lado, superestimou-se a mobilização popular na fronteira colombiana. De outro, subestimou-se a coesão das Forças Armadas, que sofreram defecções apenas periféricas. A vitória pontual de Maduro não altera a paisagem de fundo, que descortina um regime falido e fraturas estruturais na aliança de poder. Mas exige a substituição das proclamações triunfalistas por iniciativas realistas.

O Brasil perdeu o confortável papel de ator coadjuvante. Na reunião do Grupo de Lima, o chanceler de facto Mourão reorientou a diplomacia regional, afastando a sugestão de intervenção militar externa aventada por Guaidó. A negação de uma estratégia desvairada não equivale, porém, à definição de uma estratégia positiva. A ditadura venezuelana não cairá sob golpes retóricos ou a multiplicação de sanções econômicas americanas. É preciso remover as últimas esperanças da cúpula militar e, ao mesmo tempo, convencê-la de que não sofrerá a vingança de um futuro governo democrático.

As chaves do enigma encontram-se na Rússia e na China. As duas potências devem ser persuadidas a abandonar o esquife do regime chavista, ajudando a negociar um pacto de transição com os chefes militares. Sem o pulmão financeiro providenciado por elas, a ditadura seria asfixiada. E, com a garantia delas, os comandos das Forças Armadas venezuelanas dariam crédito à promessa de anistia formulada pelo Parlamento.

Não é missão impossível. Putin carece de meios para projetar poder na América do Sul. O governo chinês não trocará suas relações com os principais países sul-americanos pela proteção a um regime sem amanhã. Contudo, para realizá-la, o "Deus de Trump" precisa sair de cena. Se pretende exercer liderança na crise regional, Bolsonaro deve ter a coragem de apagar as luzes do quarto das crianças. Afinal, já passa da meia-noite.
Herculano
02/03/2019 13:57
GOVERNO DE JAIR MESSIAS BOLSONARO,PSL, TENTA BARRAR A FARRA ATIVISTA E IDEOLóGICA CASADA DA JUSTIÇA DO TRABALHO COM SINDICATOS CONTRA OS TRABALHADORES E A REFORMA TRABALHISTA DE MICHEL TEMER, MDB

EM MP, GOVERNO REFORÇA QUE CONTRIBUIÇÃO SINDICAL É OPCIONAL

Texto também extingue possibilidade de valor ser descontado diretamente do salário dos trabalhadores

Conteúdo do portal Terra. Texto de Idiana Tomazelli, de Brasília. O governo do presidente Jair Bolsonaro editou a Medida Provisória 873 para reforçar o caráter facultativo da contribuição sindical. O texto ainda extingue a possibilidade de o valor ser descontado diretamente dos salários dos trabalhadores. O pagamento agora deverá ser feito por boleto, enviado àqueles que tenham previamente autorizado a cobrança.

A MP foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) de 1º de março. O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, explicou em sua conta no Twitter que a medida é necessária devido ao "ativismo judiciário, que tem contraditado o Legislativo e permitido a cobrança".

Marinho é ex-deputado federal e, em 2017, foi relator da reforma trabalhista na Câmara dos Deputados. Foi ele quem incluiu no texto a medida que pôs fim ao imposto sindical, cobrança até então obrigatória a todos os trabalhadores. A contribuição sindical equivale ao valor recebido por um dia de trabalho.

"A MP deixa ainda mais claro que contribuição sindical é fruto de prévia, expressa e individual autorização do trabalhador", explicou o secretário na rede social.

O texto também deixa claro que nenhuma negociação coletiva (que ganhou força sobre a legislação após a reforma trabalhista) ou assembleia geral das entidades terá poder de devolver ao imposto sindical o status obrigatório.

Pelas novas regras, o boleto bancário (ou equivalente eletrônico) precisará ser previamente solicitado e obrigatoriamente enviado à residência do empregado ou, na impossibilidade de recebimento, à sede da empresa. Quem descumprir essa medida poderá ser multado.

A MP ainda deixa claro que é vedado o envio da cobrança sem que haja autorização "prévia e expressa" do empregado.

O governo prevê que a autorização prévia do empregado deve ser "individual, expressa e por escrito". Não serão admitidas autorização tácita ou substituição dos requisitos por requerimento de oposição (quando o trabalhador indica ser contrário ao desconto).

O desconto da contribuição assistencial - recolhida quando há celebração de acordo ou convenção coletiva - também deverá ser previamente autorizado.
Herculano
02/03/2019 13:34
"OBTENÇÃO DE VOTOS É RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA"

Conteúdo de O Antagonista. Em entrevista à Jovem Pan neste sábado, Major Vitor Hugo, líder do governo na Câmara, afirmou que a formação da base do governo e a obtenção de votos para a reforma previdenciária é uma "responsabilidade compartilhada entre diversos atores" e destacou o papel da Casa Civil e da Secretaria de Governo.

"Prioridade número zero do governo neste momento é a construção da nova Previdência", disse.

"Vamos continuar para poder ir abrindo a porta de contato e fazer com que as ansiedades, de modo especial, sejam já recebidas e permitam que a gente amadureça as propostas quando a CCJ estiver pronta, depois a comissão especial e quando chegue no plenário a gente tenha texto com rota mais próxima da aprovação."
Herculano
02/03/2019 13:32
NOJENTOS

De Diogo Mainardi, de Crusoé, no twitter:

Lulistas e bolsonaristas aproveitam o velório de um menininho para fazer comício. Que gente nojenta. O Brasil é melhor do que isso
Herculano
02/03/2019 13:29
O MOTORISTA QUE MATOU DUAS E FERIU TRÊS NO SÁBADO PASSADO NA BR-470, TEVE O SEU HABEAS CORPUS NEGADO PELA SEGUNDA VEZ.

Evânio Wyllyan Prestini, 31 anos, embriagado segundo o teste da Polícia Rodoviária Federal e que matou na manhã de sábado passado duas jovens (21 e 18 anos) no Belchior Baixo, na BR 470, vai continuar preso preventivamente, como determinou a juíza de Blumenau, no plantão da audiência de custódia no domingo passado.

Evânio depois disso trocou até de advogado para ter melhor sorte. Trocou por um famoso, mas de pouco adiantou até agora.

Depois de ter negado aqui na Comarca de Gaspar o Habeas Corpus na decisão da magistrada Camila Murara Nicoleti, o advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho foi bater no Tribunal de Justiça, em Florianópolis. Nem o plantão do feriadão lhe favoreceu. O desembargador Alexandre D'Ivanenko resolveu negar o pedido liminarmente e pediu mais esclarecimento para decidir com tempo.

O que vai acontecer? O advogado vai suprir o mais urgente possível para tentar a soltura do motorista, que num perdido de habeas corpus é chamado de paciente, ou então encurtar tudo isso e ir a Brasília.

O que conspira? A ampla repercussão do acidente, a nova legislação para esses casos, a mobilização nas redes sociais e o passado do motorista,um inquérito bens instruído pela autoridade policial, uma decisão bem assentado pela magistrada de Gaspar. O advogado do riquinho de Guaramirim e que dirigia o possante Jaguar que bateu contra o popular Pálio das jovens, não contava com todos esses percalços.

Abaixo, a decisão do desembargador para que se compreenda a sua decisão.

Habeas Corpus (criminal) n. 4005948-45.2019.8.24.0000, Gaspar
Impetrante : Claudio Gastão da Rosa Filho
Impetrante : Nicoli More Bertotti
Impetrante : Marina Casagrande Carioni
Impetrante : Mayara de Andrade Bezerra
Paciente : Evanio Wylyan Prestini
Advogados : Claudio Gastão da Rosa Filho (OAB: 9284/SC) e outros
Relator: Desembargador Alexandre d'Ivanenko

DECISÃO
Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar,impetrado por Claudio Gastão da Rosa Filho, Nicoli More Bertotti, Marina Casagrande Carioni e Mayara de Andrade Bezerra, em favor de Evanio Wylyan Prestini, contra ato proferido pelo Juízo da Vara Criminal da comarca de Gaspar, aduzindo que o paciente sofre constrangimento ilegal com a manutenção da sua prisão em flagrante, convertida em preventiva, que se deu em razão da prática, em tese, dos delitos previstos nos arts. 121, § 2º, incs. III e IV, e 121, 2º, incs. III e IV, c/c art. 14, inc. II, todos do Código Penal, e no art. 306, caput, da Lei n. 9.503/1997.

Os impetrantes sustentam, em síntese, que a prisão preventiva carece de justa causa; que o clamor público não pode transformar a prisão em punição antecipada e não constitui motivação idônea para a segregação; que a
medida não está justificada em elementos concretos; que o paciente não é contumaz na prática de delito de trânsito; que suas infrações de trânsito não destoam da média cometida pelos condutores brasileiros e não evidenciam a alta periculosidade do paciente capaz de alçá-lo como potencial criminoso; que o acidente de trânsito ocorrido em 15-5-2016 se deu em razão do furo do pneu dianteiro, tendo como consequência somente danos materiais; que a gravação referida pela magistrada a quo não permite fazer juízo de valor acerca da postura do paciente; que não há risco à ordem pública com a soltura do paciente; que inexistem fatores concretos que demonstrem a necessidade da medida excepcional para a conveniência da instrução ou aplicação da lei penal; que existe a possibilidade de aplicação das medidas cautelares previstas no art. 319
do CPP; que deve ser observado o princípio da presunção de inocência; e que o paciente é possuidor de predicados subjetivos positivos.

Assim, pleiteiam os impetrantes a "concessão da LIMINAR, a fim de que seja revogada a prisão cautelar, com o consequente alvará de soltura, ou, aplicada medidas diversas da prisão, até o julgamento do mérito onde se espera a concessão do Writ" (fl. 26).

É o breve relatório.

Inicialmente, há de se ressaltar que o provimento liminar não está previsto na lei processual penal (arts. 647 a 667 do CPP), tratando-se de construção jurisprudencial.

De qualquer maneira, a concessão de liminar em habeas corpus é providência excepcional e faculdade do magistrado, reservada às hipóteses de manifesta ilegalidade, quando presentes os requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora, sendo que, ausente qualquer um destes, há de ser indeferida a medida.

No caso em tela, entendo que, prima facie, não salta aos olhos nenhuma ilegalidade, até mesmo porque a manutenção da prisão preventiva, a priori, está devidamente fundamentada nos termos do art. 312 do CPP (fls.207-210).

A decisão proferida destacou não apenas a repercussão social e o clamor público dos fatos, mas também o modus operandi e a gravidade concreta do delito, em tese, praticado pelo paciente, que, conduzindo alcoolizado veículo automotor, vitimou duas jovens e deixou outras três com risco de morte.

O decisum ainda ressaltou o risco de reiteração delituosa, tendo em vista a informação de o paciente, em outra oportunidade, ter se envolvido em acidente de trânsito "em que colidiu em um bar da cidade de Jaraguá do Sul-SC enquanto estava na condução do veículo Land Rover Evoque". Além disso,salientou o extrato de suas infrações de trânsito, consignando que ficou demonstrado que o paciente "[...] aparentemente tem por hábito, ainda, descumprir as regras de tráfego, inclusive praticando infrações classificadas administrativamente como gravíssimas" (fl. 209).

Diante disso, entendo não estar presente o requisito fumus boni iuris e eventual análise mais apurada sobre a concessão da medida confundir-seia com questão de fundo do pedido, cabendo ao Colegiado a análise de tal pleito.

Neste sentido asseverou o Superior Tribunal de Justiça:
[...] Como cediço, o deferimento do pleito liminar em sede de habeas corpus, em razão da sua excepcionalidade, enseja a comprovação, de plano do alegado constrangimento ilegal, o que não se observa no caso em apreço.

Ademais, a liminar pleiteada, nos termos em que deduzida, confunde-se com o próprio mérito da impetração, cuja resolução demanda análise pormenorizada dos autos e julgamento pelo Colegiado [...] (STJ ?" HC n. 430.887/SP, rel. Mina. Maria Thereza de Assis Moura, j. 19-12-2017, DJU de 1º-2-2018).

Isso posto, INDEFIRO o pedido de liminar e DETERMINO que sejam solicitadas informações à autoridade dita coatora.

Com as informações nos autos, abra-se vista à Procuradoria-Geral de Justiça.
Florianópolis, 1º de março de 2019.
Desembargador Alexandre d'Ivanenko
Relator
Herculano
02/03/2019 12:44
GUAIDó PODE ABRIR 'CAIXA-PRETA' DA ODEBRECHT. por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Durante visita ao Brasil, o presidente interino Juan Guaidó deixou clara a intenção de passar a limpo a corrupção da Odebrecht na Venezuela. Ele disse que o seu país foi o segundo com mais obras da empreiteira, atrás apenas do Brasil, e sugeriu "intercâmbio de informações" sobre negociatas da empreiteira. Segundo ele, a Venezuela sofre com corrupção produto do "desmonte do Estado de Direito e os ataques à imprensa e indústria privada", exceto às empresas ligadas à ditadura.

BILHõES DO BNDES
A Odebrecht levou mais de US$ 4 bilhões do BNDES para tocar obras na Venezuela, de linha do metrô de Caracas a irrigação no interior.

OBRAS INACABADAS
Segundo a ONG Transparência Venezuela, das 33 obras contratadas pelo governo com a Odebrecht, apenas nove foram concluídas.

RESPOSTA PADRÃO
Sobre o esquema, a Odebrecht tem "reconhecido seus erros" e garante colaborar "com a Justiça no Brasil e nos países onde atua".

ANDRADE NA RODA
A Odebrecht foi citada por Guaidó, mas a Andrade Gutierrez levou R$5 bilhões do BNDES em uma siderúrgica e um estaleiro na Venezuela.

PARLAMENTARES AUMENTARÃO SALÁRIO APóS O CARNAVAL
Senado e Câmara dos Deputados estão indóceis pelo aumento salarial de 16,3%, que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se deram. Loucos para usufruir do "efeito cascata" bilionário, deputados e senadores, que hoje recebem R$33,7 mil, passarão a R$39,3mil por mês para continuar ganhando igual a ministros do STF. A conversa "não pode haver disparidade" etc voltará com força após o Carnaval.

REAJUSTE AUTOMÁTICO
Apesar do rombo nas contas públicas e da discussão da reforma da Previdência, há proposta para incluir a equiparação na Constituição.

TODOS QUEREM
A PEC que iguala salários de ministros do STF, deputados, senadores e presidente já teve vinte pedidos para inclusão na pauta de votações.

DISCO QUEBRADO
A proposta do ex-deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) cita "isonomia", "equilíbrio" e "harmonia" para justificar a bolada no bolso.

SÚPLICA
Em sua campanha para a presidência da Câmara, o deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) suplicava a equiparação dos salários com o STF: "É preciso dar ao parlamentar uma melhor qualidade de vida".

SEGREDOS MANTIDOS
Adélio Bispo, ativista de esquerda que tentou matar Bolsonaro, venceu outra: a pedido da OAB, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região blindou os advogados do bandido de investigação da Polícia Federal.

SUCESSO E FRACASSO
No carnaval de Brasília se esgotaram as máscaras de Jair Bolsonaro e Sérgio Moro. Comerciantes não querem máscaras de Jean Wilis, o ex-deputado que abandonou o mandato para falar mal do Brasil lá fora.

INTOLERÂNCIA AO ABUSO
Mais jovem deputado, Emanuel Pinheiro Neto (PTB-MT), 24 anos, mal chegou e já propôs projeto que aperfeiçoa a Lei Maria da Penha. Prevê busca e apreensão de armas e tornozeleira eletrônica no agressor.

TÁ FEIA A COISA
O governo de Goiás anda tão quebrado que, por falta de pagamento, a empresa de manutenção dos elevadores do centro administrativo deu no pé. Servidores e contribuintes agora são obrigados a se exercitar nas escadas, porque agora só funcionam dois dos nove elevadores.

CADEIA NELES
O deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP) quer instituir na Câmara a Comissão Permanente de Combate à Corrupção. A ideia é a busca de medidas punitivas concretas aos agentes públicos corruptos.

PAÍS INIMIGO DA NATUREZA
Um dos países que mais poluem o planeta, e que até mata baleias, a Noruega também é o que mais produz lixo eletrônico por habitante. São 29kg por ano. Nos Estados Unidos, 9º da lista, são 19 kg por habitante.

HOTEL DO FUTURO
Em São Paulo, cresceu 87% o número de imóveis alugados por temporada, através do aplicativo Airbnb, neste Carnaval. São 16,3 mil anúncios só na capital e 228 mil reservas em todo o Brasil no período.

PERGUNTA NA FOLIA
Vai aparecer algum político corajoso pulando Carnaval na rua?
Herculano
02/03/2019 12:05
da série: os velhos deputados federais e senadores já enquadraram os novos, ou os novos já sentiram que o mundo das mordomias é melhor porque os trouxas pagadores de pesados impostos estão longe de Brasília.

CARA DE PALHAÇO, Julianna Sofia, secretária de Redação da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo

Deputados se esbaldam em Carnaval prolongado às custas da Viúva

Embora a mais autêntica pândega brasileira, o Carnaval nem feriado nacional é. À exceção de estados e municípios onde lei local assim o designa, o período equivale a dias regulares de trabalho, em que órgãos públicos e empresas privadas podem exigir atividade normal de seus funcionários, e faltas podem ser descontadas dos salários. Dispensa é questão de liberalidade.

Isso vale para um cidadão ordinário ?"aquele com cara de palhaço.

Na quarta-feira (27), a Folha flagrou o início da patuscada na Câmara dos Deputados. Eram seis da manhã, quando o painel de presença da Casa foi aberto para que os congressistas pudessem marcar seus nomes para a sessão que só começaria três horas mais tarde.

Antes das 8h, 11 deputados já tinham se registrado. O interesse nas votações que se seguiriam (acordos internacionais) era próximo de zero. O motivo real para a madrugada no plenário era garantir presença, embarcar para o estado de origem e deleitar-se num feriado prolongado.

O salário de um deputado é de R$ 33.763, fora outras benesses, e o comparecimento a sessões de votação é condição para não haver desconto. Há muito trabalho pendente nos escaninhos da Câmara, que tem adiante toda a tramitação de uma reforma da Previdência urgente.

Os congressistas fazem parte da infinitesimal parcela da população no topo da pirâmide de renda no Brasil. Nesta quinta (28), o Ministério da Economia alertou sobre a necessidade de aprovação da reforma para evitar que o PIB per capita do país entre em trajetória de queda.

"Para que o PIB per capita volte a crescer de maneira sustentável, é necessário que as reformas estruturais ocorram", diz o documento. No ano passado, a economia do país avançou decepcionante 1,1%, e a renda por brasileiro ainda ficou 8% abaixo do patamar de 2013.

Na galhofa parlamentar brasileira, houve a tal renovação, mas tudo continua como dantes. E você, cidadão ordinário, já está com o feitio apropriado até a Quarta-Feira de Cinzas.
Herculano
02/03/2019 11:59
GENTE ESTRANHA. DEPOIS DE ESCREVER BOBAGEM E LEVAR UM PAU DAQUELES NAS REDES SOCIAIS ONDE SUPOSTAMENTE DOMINAM, INCLUSIVE DOS BOLSONARISTAS, RECUA E DIZ QUE FOI MAL ENTENDIDO. HUM!

Eduardo Bolsonaro, deputado Federal pelo PSL paulista, filho do presidente Jair Messias Bolsonaro, PSL, tentou se explicar neste sábado, no Twitter, sobre o tal comentário da ida de Lula ao velório do neto.

Ele escreveu:

"Perguntado se Lula deveria sair da cadeia respondia que não ?" até por uma questão de isonomia com os demais presos. Agora, sobre a morte da criança, é óbvio que é um fato lamentável e indesejável. Isso independe de ideologia. Não misturem as coisas".

Eduardo misturou feito. É uma técnica agressiva para se posicionar e estimular os fanáticos. Agora, depois da repercussão negativa, quer nos dizer que somos analfabetos e não sabemos ouvir o que ouvimos, ler o que nos escreveu.

O bolsonarismo recebeu votos para criar empregos (12 milhões continuam procurando e outros oito milhões desistiram),retomar o crescimento e o ciclo virtuoso da economia,fazer as reformas da Previdência, Trubutária e Burocrática, criar mecanismos para frear o crime organizado, incluindo as milícias onde a família Bolsonaro tem proximidade no Rio de Janeiro, combater implacavelmente a corrupção, privatizar e acabar com os privilégios.

Então está na hora de trabalhar duro, porque tem muito para ser feito, e deixar de fazer espuma, criar fantasias, arrumar inimigos onde não existem, animar torcidas radicais e se estabelecer mimimi permanente. A campanha acabou.Ou os bolsonaros vão imitar o PT usando o capital que tiveram nas urnas? Wake up, Brazil!
Herculano
02/03/2019 11:34
da série: só ditadores e ditaduras criam "Conselhos" com uma única opinião. Nicolás Maduro, por exemplo, criou a Assembleia Constituinte para dizer que é sua e contrapor ao Parlamento regular, com suposta pluralidade política, partidária e de ideias. A China, Cuba, Coreia do Norte, por exemplo, têm o partido único, que é ao mesmo tempo o parlamento deles ou os representantes do povo, e que referenda a ideia do ditador de plantão, em algumas poucas reuniões ou assembleias anuais, e por aclamação, sem que ninguém possa minimamente opinar.

MORO SE APEQUENA, por Hélio Swartsmann, no jornal Folha de S. Paulo

Desnomeação de Ilona Szabó mostra que ministro não tem plenos poderes para lutar contra a corrupção

O episódio da desnomeação de Ilona Szabó para uma vaga de suplente no Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) apequena a biografia do ministro Sergio Moro e engrandece a estultícia do núcleo duro do governo. Comecemos pela última parte.

Não se questionam as credenciais de Szabó para participar do Conselho. Ela atua há 15 anos como especialista em segurança pública, tem título acadêmico na área por instituição estrangeira de renome (Universidade de Uppsala) e goza de prestígio entre os pares. É verdade que ela se opõe à política do governo de flexibilizar a posse e o porte de armas, mas essa é uma posição quase consensual entre os acadêmicos.

Quando as redes sociais do bolsonarismo, capitaneadas pela incansável prole presidencial, "vetam" o nome de Szabó, revelam uma ignorância abissal em relação ao que sejam conselhos. Se o objetivo é consolidar certezas que governantes já têm, nem seria preciso dar-se ao trabalho de criar esses órgãos.

Eles só existem porque o dirigente sensato sabe que pode estar errado e procura precaver-se contra seus próprios vieses ouvindo opiniões qualificadas dissonantes da sua. Idealmente, para tentar contornar o viés de confirmação, conselhos deveriam reunir mais vozes identificadas com a oposição do que com a situação.

Quanto a Moro, ao ceder à pressão das hostes duras do bolsonarismo, revela que está longe de ser o ministro que teria plenos poderes para acabar com a corrupção. Até entendo que ele não tenha ido como um pitbull para cima de Flávio Bolsonaro logo na primeira semana de governo. Também acho razoável que tenha fatiado seu pacote de medidas legislativas. Política, afinal, se faz com negociações.

Mas, quando ele não consegue nem nomear o suplente de um conselho relativamente obscuro, é sinal de que a independência, se um dia existiu, já foi embora. Talvez seja hora de sair também, para preservar a biografia.
RS preocupado com Gaspar
01/03/2019 23:21
QUEM MANDOU ALTERAR O CADASTRO DOS IPTUS DE GASPAR? PDT ASSUMINDO O PROCON DE GASPAR NOVAMENTE. ESCRIT?"RIO DE ALGUNS ADVOGADOS VÃO BOMBAR
HERCULANO GUARDA ESSA HISTORIA DA CIDADEZINHA ONDE UM PREFEITO DO MDB FOI PRESO CERTAMENTE VAI TER HISTORIA PARECIDA LOGO LOGO E MUITO MAIS PERTO HIHIHIHI
Herculano
01/03/2019 22:31
O PDT - O FIEL DA GESTÃO DO PT E FERRENHO OPOSITOR DA ATUAL GESTÃO -, FEZ DISSO UM NEGóCIO E FINALMENTE OCUPOU OS CARGOS DO CASAMENTO QUE FEZ EM GASPAR COM O MDB E PP. OS CARGOS ESTÃO NO DIÁRIO OFICIAL DOS MUNICÍPIOS QUE CIRCULOU NO FINAL DESTA SEXTA-FEIRA

ERA CERTO QUE O GOVERNO DE KLEBER EDSON WAN DALL, MDB PRECISAVA REINVENTAR. E FEZ DA PIOR FORMA POSSÍVEL: PREFERIU PERDER A IDENTIDADE E SE ESTABELECER NUM BALCÃO DO ATRASO. ACORDA, GASPAR!
Herculano
01/03/2019 22:26
O QUE O NETO TEM A VER COM Os DESATINOS DO AVô? GENTE ESTÚPIDA ESSA DAS REDES SOCIAIS UNE DIFERENÇAS INCONCILIÁVEIS

De José Neumânne Filho, no twitter

Lula chora pelo neto Arthur: Nada pode impedir a solidariedade de qualquer ser humano à dor de Lula, avô, na despedida de seu neto, Arthur, de 7 anos, que morreu de meningite meningocócica, causando uma perda irreparável
Herculano
01/03/2019 22:21
AS COISAS COMUNS

Pelo menos três coisas são comuns as civilizações ao longo dos milênios, quando nos interessamos pelo nosso passado.

* sempre há uma religiosidade, ou culto a uma ou divindades superiores que permeiam as pessoas

* a celebração com ar de compromisso sagrado do matrimônio compartilhado com os próximos ou a comunidade

* e o enterro dos seus mortos (parentes ou não, heróis, referências...) como um ato de despedida
Herculano
01/03/2019 22:14
ELES CHORARAM JUNTOS

do Padre Fábio de Melo, no twitter

Quando eu morava em Terra Boa, PR, vi uma cena que nunca mais esqueci. O filho do prefeito morreu num acidente. O inimigo político, que há anos lhe fazia acirrada oposição, entrou na casa e encontrou o prefeito ao lado do filho morto. Choraram juntos num abraço prolongado.
"Capacitada e com experiência"
01/03/2019 20:27
Quanto Gilberto coloca em sua matéria na coluna Chumbo, que o SAMAE precisa de pessoa "capacitada e com experiência" para assumir o compras, é afirmar que até agora, passados quase 2 anos e meio de governo, só passou comissionados que vieram a passeio. Se quer pessoal capaz e experiente pq não nomear a servidora Ivonete que está no setor a mais de 20 anos? Daí a Ivonete, como sempre, vai ter que ensinar a mocinha que vem do Procon? Pois é isso que acontece sempre. Valorização do servidor efetivo, zero. É cada uma que esse desgoverno inventa!
Herculano
01/03/2019 19:47
MILITANTES NÃO SÃO PESSOAS NORMAIS. FALTAM-LHES DISCERNIMENTO E SANIDADE EM MUITOS MOMENTOS

De Rodrigo Constantino, no twitter:

Quando a disputa política e a guerra cultural levam alguém a festejar a morte de uma criança de 7 anos, "talvez" seja a hora de abandonar a política e a guerra e retornar ao simples humano. Essa gente não é melhor do que muçulmanos fanáticos que vibram com mortes de inocentes.
Herculano
01/03/2019 19:42
UM AVISO.PREFEITO DO MDB DE NOVA ERECHIM, NO OESTE CATARINENSE, É PRESO PELA POLÍCIA CIVIL

Conteúdo Clic RDC. A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Polícia do Município de Nova Erechim, deu cumprimento a dois mandados de prisão preventiva em desfavor de Nédio Antônio Cassol, de 61 anos, prefeito municipal, na manhã desta sexta (01).

Segundo o Delegado Arthur Lopes, que presidiu as investigações, essa prisão é desdobramento do encerramento de dois inquéritos policiais nos quais relações espúrias do prefeito foram apuradas. "O prefeito fora indiciado em ambos os inquéritos por crimes de corrupção passiva, aplicação indevida de verba pública, bem como pelo crime de afastamento de licitante, em razão da solicitação de propina a empresários que mantinham contratos de serviços licitados com o Município de Nova Erechim", explica.

Mesmo após os indiciamentos, o Prefeito Nédio Cassol permaneceu coagindo testemunhas e verbalizando ameaças, conforme levantado pelo Responsável pelo Expediente da DPMu de Nova Erechim, Agente de Polícia Vitor Travassos.

E agora, deferida judicialmente a representação da Autoridade Policial, com manifestação favorável do Procurador Geral de Justiça, foram expedidos os mandados de prisão preventiva pelo Tribunal de Justiça, haja vista o foro por prerrogativa de função do Chefe do Poder Executivo Municipal, o que atraiu a competência da Corte Estadual de Justiça.

Também representado pela Autoridade Policial, foram deferidas as seguintes medidas cautelares em desfavor de Valdecir Solivo, Secretário Municipal: a) proibição de manter contato com a vítima e testemunhas; e b) suspensão do exercício das funções públicas. Solivo foi indiciado e denunciado como coator do crime de aplicação indevida de verba pública.

Em razão da primeira investigação, o Ministro Público denunciou Nédio Antônio Cassol pela prática do crime de corrupção passiva majorada, e, em concurso com Valdecir Solivo, nas sanções do crime de responsabilidade de aplicação indevida de verba pública. Já o segundo inquérito policial resultou na denúncia ministerial de Nédio Antônio Cassol pela prática dos crimes de concussão e de coação no curso do processo, bem como nas sanções do crime contra as licitações de afastamento de licitante.

Além de notificar o afastamento cautelar de Nédio Antônio Cassol, o Oficial de Justiça deu ciência à Mesa Diretora da Câmara de Vereadores do Município de Nova Erechim, ao Vice-Prefeito, que assumirá o cargo, e ao Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina.

Após os procedimentos policiais, bem como as notificações realizadas pelo Oficial de Justiça que acompanhou a diligência, o preso foi recolhido junto ao Presídio Regional Masculino de Chapecó, conforme determinado pelo Desembargador Relator.
Herculano
01/03/2019 19:38
LULA CONSEGUE PERMISSÃO DE SAÍDA DA PRISÃO PARA VELóRIO DE NETO EM SP

Autorização foi concedida com base na Lei de Execução Penal

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Estelita Hass Carazzai, de Curitiba e Joelmir Tavares. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta sexta-feira (1) permissão de saída da prisão, na Polícia Federal em Curitiba, para ir ao velório e enterro do neto, em São Paulo. Arthur Araújo Lula da Silva, 7, morreu pela manhã, em decorrência de uma meningite.

A autorização foi concedida com base na Lei de Execução Penal, que estabelece a permissão de saída de presos para velórios e enterros de familiares, incluindo descendentes.

O velório será no Cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo (SP). A cremação do corpo está prevista para as 12h deste sábado (2). O cemitério é o mesmo onde foi cremada a ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em fevereiro de 2017.

Ele seguirá para São Paulo em aeronave do Governo do Paraná, cedida a pedido da Polícia Federal, pelo governador Ratinho Júnior (PSD). Não há informações sobre horário do voo do ex-presidente.

Arthur visitou o avô por duas vezes na sede da PF, no ano passado. Era filho de Marlene Araújo Lula da Silva e Sandro Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente e da ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em fevereiro de 2017.

Ao contrário do que ocorreu em casos anteriores, quando outros pedidos semelhantes do ex-presidente foram negados, os advogados de Lula se comprometeram desta vez a "não divulgar qualquer informação relativa ao trajeto que será realizado" e disseram que irão informar o local da cerimônia de sepultamento "diretamente à autoridade policial".

Militantes petistas, desta vez, também decidiram não fazer atos em frente à Polícia Federal de Curitiba, em uma tentativa de "garantir todo o respeito e condições necessárias para que, ainda hoje [sexta], Lula tenha o direito de se despedir do neto querido", segundo nota assinada pela Vigília Lula Livre.

Horas depois do pedido da defesa, o processo de execução penal de Lula, conduzido pela juíza Carolina Lebbos, foi colocado em sigilo nível 4. Assim, ele só pode ser visualizado pelo juiz e alguns servidores da vara.

No mês passado, a PF negou autorização para que o ex-presidente saísse da prisão para ir ao enterro do irmão, Genival Inácio da Silva, o Vavá, sob o argumento de falta de aeronaves e de risco à segurança de Lula e à ordem pública.

A superintendência da PF em Curitiba está em regime de plantão até quarta-feira (6), em função do feriado de Carnaval e de uma dedetização do prédio agendada para esta sexta (1).

LULA E O NETO
Arthur nasceu durante o tratamento de Lula contra um câncer de laringe, em janeiro 2012. O ex-presidente a ex-primeira-dama Marisa Letícia visitaram o recém-nascido na maternidade São Luiz, no Itaim Bibi (zona oeste da capital paulista).

O petista, que na ocasião estava careca por causa da quimioterapia, posou para fotos com o bebê no colo. As imagens foram divulgadas por sua assessoria.

Meses depois, em julho, Lula levou o menino para um ato com o então prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), que disputaria a reeleição. A Folha registrou o ex-presidente segurando Arthur no palanque ao lado da então presidente Dilma Rousseff (PT).

O garoto foi o sexto neto de Lula. O avô também compareceu ao batizado dele, em 2013, em uma igreja de Santo André.

Em 2015, o político teve a ajuda do garoto para soprar as velas do bolo de seu aniversário de 70 anos. A comemoração, no Instituto Lula, reuniu ainda Marisa Letícia e os petistas Fernando Haddad e Dilma Rousseff.

O nome do menino voltou a aparecer no noticiário em 2016, quando foram publicadas fotos de pedalinhos no sítio em Atibaia (SP) frequentado pela família do ex-presidente.

Imagens feitas pela TV Globo mostraram que os nomes de Arthur e Pedro, ambos netos do petista, estavam estampados nas capas dos dois pedalinhos em formato de cisne que ficavam no lago da propriedade.

No mês passado, Lula foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no processo que envolve o sítio.

A Justiça concluiu que reformas feitas no imóvel foram pagas pela Odebrecht e pela OAS com dinheiro desviado de contratos da Petrobras. A defesa do petista recorre da decisão.

Preso em Curitiba desde abril de 2018, após ser condenado no caso do tríplex de Guarujá, o ex-presidente recebeu a visita de Arthur e dos pais dele já na segunda semana de reclusão.

FILHO DO BOLSONARO
O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente da República, comentou a autorização dada a Lula para acompanhar o velório do neto.

Em sua conta no Twitter escreveu o seguinte: "Lula é preso comum e deveria estar num presídio comum. Quando o parente de outro preso morrer ele também será escoltado pela PF para o enterro? Absurdo até se cogitar isso, só deixa o larápio em voga posando de coitado".
Herculano
01/03/2019 19:29
ELEIÇÃO PARA ESCOLHER A NOVA DIRETORIA DO SINTRASPUG SERÁ NO DIA 15, SE NÃO HOUVER MAIS UMA INTERFERÊNCIA NO ÂMBITO JUDICIAL. ELA DEVERIA TER ACONTECIDO NESTA SEXTA-FEIRA

O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Gaspar - Sintrapug - lançou novo edital e as eleições para a escolha da nova diretoria será no dia 15 de março. O edital traz as três chapas como determinou a Justiça do Trabalho. Veja, a nota abaixo e que dei ontem a noite, em primeira mão. Ela é auto-explicativa.

Estão homologados três candidatos que se registraram originalmente para concorrer à presidência do sindicato para a gestão 2019-2023: Jovino Emir Masson, Lodemar Luciano Schmidt - o que foi excluído e agora reintegrado - e Serlau Antunes, cuja chapa pediu a exclusão do concorrente.
Miguel José Teixeira
01/03/2019 16:20
Senhores,

Na mídia:

"Defesa entra com pedido na Justiça para que Lula vá ao enterro do neto"

Pensando bem. . .a Justiça deveria liberá-lo e obrigá-lo a visitar todos os túmulos de netos de contribuintes que morreram durante os governos PeTralhas, por falta de verbas para saúde que foram surrupiadas pelos "cumpanhêrus"
Herculano
01/03/2019 10:46
REFORMA EM TRANSE: ESQUERDA MUDA. MUITOS VOTARAM NO MITO PARA CAÇAR GAYS, NÃO PARA CASSAR APOSENTADOS ANTES DOS 50, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Alguém aí falou em esquerdas? Não, né? Elas estão quietas. Quem não se ocupa de Lula, ocupa-se de Maduro. Quem não se ocupa de Maduro e Lula, está de olho no caso Marielle. Tudo muito justo. Só estou ressaltando que as resistências à reforma da Previdência vêm da base real ou potencial do próprio Bolsonaro. A mobilização do povo sem rosto ainda não começou. Por enquanto, os descontentes que fazem chegar a sua contrariedade com a reforma da Previdência são os que compõem a elite do funcionalismo público e os eleitores de Jair Bolsonaro. Não adianta o presidente pôr seu filho do meio, o sempre agressivo - no texto ao menos - Carrrluxo, para defender a reforma. Como escrevi aqui numa série de posts, terá de ser ele próprio, Bolsonaro, a dizer o que passou a querer para a Previdência. E será preciso pedir desculpas contundentes por tudo o que afirmou sobre o tema há menos de um ano. Carrrluxo ensaiou uma defesa da reforma e foi fustigado pela base do papai. A razão é simples: muitos votaram no "Mito" para que ele caçasse gays, não para que cassasse aposentarias aos 50. A primeira coisa lhes parecia justa porque, afinal, não são gays. Já a segunda, não. Eles queriam se aposentar aos 50 num mundo sem gays.

Paulo Guedes, ministro da Economia, apegou-se a um número bom, mas mágico, e o aparato que sustenta o tal número também na estratosfera: a reforma da Previdência tem de economizar ao menos R$ 1 trilhão em dez anos. E aí, diz ele, cada concessão que o governo fizer - leia-se: presidente Jair Bolsonaro - tem de ter uma compensação. Se vocês me perguntarem "Compensação em que área, Reinaldo?", eu não saberei responder. E isso não é pecado. Afinal, eu não sou governo. Mas o ministro também não saberia o que dizer, e isso é coisa séria, já que ele é, sim, governo. Publiquei, no dia 26 de fevereiro, uma série de sete posts que traziam no título um convite: "Comece a governar, Bolsonaro". A síntese dos ditos-cujos poderia ser esta: o presidente se empenha pouco em defesa da reforma. Em um deles, escrevi: "E que se faça aqui um registro até tragicômico: os economistas e a imprensa se mostram muito mais entusiasmados com o texto [da Previdência] do que o próprio presidente." Em outro: "Quanto menos o presidente se empenhar pessoalmente na reforma, menos próximo o texto fica da economia pretendida."

Na conversa que manteve com jornalistas, deu para perceber que Bolsonaro está disposto a quebrar algumas lanças em defesa da reforma, mas não muitas. Já deu piscadelas, cedendo em relação à idade mínima de aposentadoria para mulheres. Poderia baixar de 62 para 60. Também deve recuar na questão do valor do BPC, o Benefício de Prestação Continuada. A imprensa faz contas em favor do governo, o que os bolsonaristas tontos não reconhecem. A alteração que Paulo Guedes quer fazer representaria uma economia de R$ 27,5 bilhões em 10 anos. Quem sabe lidar com grandezas percebe ser isso uma merreca em uma década quando confrontado com o desgaste político de reduzir o pagamento a velhos miseráveis. Se era bode na sala, é burrice. Porque o bode é retirado, mas o cheiro fica. E ouso dizer, com base no que vi na reforma proposta pelo presidente Michel Temer, com negociadores profissionais no Congresso - são alunos de escolas de circo: isso é só o começo. Vem muito mais recuo por aí.

E aí aconteceu o quê diante da piscada de Bolsonaro? A Bolsa caiu 1,77%. Não só por isso, mas também por isso. Não foi por falta de advertência deste humilde jornalista. E até antevejo: se resolver cair a cada recuo do governo, vai para o patamar de 50 mil pontos em vez de furar a barreira dos 100 mil. Eu hesito um pouco em chamar isso de especulação porque tal fala estaria a indicar que sou otimista. Acho que realmente é coisa pior. Parece-me que a brava moçada que opera esses assuntos acreditou que a política havia morrido e que bastaria um demiurgo meio bronco dar uns murros na mesa, e as coisas entrariam no eixo. Enquanto o Brasil for uma democracia - alguém tem alguma ideia melhor? -, a reforma da Previdência terá de passar pelo Congresso, e o Congresso terá de passar pelo povo. Como Bolsonaro passou. E sem tocar na reforma da Previdência. Esse era um assunto de que Paulo Guedes, que não disputa eleições, tratava com os tais agentes de mercado, que fingiam ignorar que o povo existe.

Ora, não me subestimem! Eu sou favorável à reforma da Previdência desde FHC. Mas eu também não disputo voto. Ademais, na questão pessoal, ela me é irrelevante. Gosto de pensar que isso nada tem a ver com a minha opinião. Mas essa também pode ser uma visão idealizada que tenho de mim mesmo. Reformas afetam vidas reais, de pessoas reais, que vivem no mundo real. Se eu fosse um chefão do mercado financeiro - tadinho: sou apenas jornalista -, em vez de deixar aquela meninada umas 18 horas por dia ligada em cotações disse e daquilo, obrigaria a todos a fazer um curso de história do Brasil. Ou, então, a ter aulas sobre o equilíbrio entre os Poderes da República. Ou, então, a visitar o Vale do Jequitinhonha e o Vale do Ribeira... Quem voltasse comunista de lá seria sumariamente demitido. Quem começasse a ter ideias para fazer o capitalismo chegar a esses Brasis também reais iria ganhar um prêmio de Educação Moral e Cívica e ainda ficaria rico.

Nem precisaria dizer, no Hino Nacional, qual é o sujeito em "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante" ou de explicar, no da Independência, a sintaxe de "Os grilhões que nos forjavam da perfídia astuto ardil".

Faço o convite para esse "embrenhamento" porque a próxima etapa do enfrentamento será o debate sobre a aposentaria rural. Não vale chamar o pobretão do campo de preguiçoso. Só vamos cobrar deles que recitem trechos de "As Seis Lições", de Ludwig Von Mises, quando "boia fria" for só resquício, que sobrou na linguagem, por metonímia, de um tempo de iniquidades já superado.

Em tempo 1: o sujeito é "as marges plácidas do Ipiranga".

Em tempo 2: Não há explicação sintática possível para "os grilhões que nos forjavam da perfídia astuto ardil".
Herculano
01/03/2019 10:31
PARA QUE SERVEM OS FERIADOS PROLONGADOS?

Para se conceder Habeas Corpus nos plantões do Judiciário. Os advogados experientes sabem os caminhos para isso com seus pacientes. Então não será nenhuma notícia excepcional se Evânio Wyllyan Prestini, de Guaramirim, preso em Blumenau, por dirigir embriagado, segundo o laudo da PRF, colidir e matar duas jovens e ferir outras três, conseguir a sua liberdade para responder o processo, com restrições mínimas.

Esta é ao menos a normalidade na mesma proporção que a comoção comunitária, familiar e das redes sociais vão diminuindo.
Miguel José Teixeira
01/03/2019 08:41
Senhores,

Na mídia:

"Bolsonaro se vê em prisão domiciliar, no Alvorada"

Em compensação, diante de seu governo mambembe, lula preso em Curitiba, se sente em casa!!!

Acorda, Senhor Presidente!
Herculano
01/03/2019 08:02
ENSINAR CIVISMO NO SÉCULO 21, por Cláudia Costin, Diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais, da FGV, e ex-diretora de educação do Banco Mundial, no jornal Folha de S. Paulo.

Faz sentido cantar o hino, mas não tenhamos a ilusão de que isso promoverá o civismo necessário

Na comemoração do centenário do armistício que encerrou a Primeira Guerra Mundial, em novembro de 2018, Emmanuel Macron estabeleceu, em seu discurso oficial, uma distinção entre nacionalismo e patriotismo.

Os nacionalismos europeus surgiram em oposição a outros povos, e a identidade nacional surgia assim, como contrária aos outros, enquanto na acepção adotada pelo presidente francês patriotismo aparecia como o amor ao seu país, com sua trajetória histórica, sua cultura, seus desafios e seus símbolos.

Vários autores compartilham esta visão e reforçam a urgência de se ensinar civismo nas escolas, numa concepção não xenófoba ou preconceituosa e mais compatível com o século 21. Fernando Reimers, professor da Escola de Educação de Harvard, relaciona o civismo hoje com uma visão contemporânea de formar cidadãos autônomos e conscientes, participantes ativos da vida de suas comunidades e países, dispostos também a aprender a melhorar o mundo. Em outros termos o civismo envolve uma cidadania simultaneamente local, nacional e global.

Para tanto, junto com alguns de seus alunos de mestrado, preparou um currículo que pudesse ser utilizado em escolas, com atividades que, para além do aprendizado da história, cultura e valores nacionais, pudesse promover, junto às novas gerações, entendimento entre os povos e defesa dos recursos naturais do planeta.

É importante conhecer estas concepções, especialmente quando, frente a problemas no clima escolar, o retorno a um passado percebido como glorioso é oferecido como panaceia para todos os males que nos afligem. Bastaria retomar práticas da década de 1960, como aulas de Educação Moral e Cívica, que os jovens passariam a ter uma atitude mais positiva frente ao seu país e os bons modos, na escola ou fora dela, voltariam automaticamente.

Além disso, é bom lembrar que os cursos oferecidos à época eram muito centrados em decorar mantras bastante dissociados da sociedade em que vivemos hoje, neste mundo pós Guerra Fria e de acelerada automação e robotização.

Em nossos tempos, o que vem sendo demandado das novas gerações são competências associadas à capacidade de criar, empreender e resolver problemas colaborativamente. Em outros termos, precisamos de jovens capazes de pensar autonomamente e de cooperar para superar os desafios que o país lhes apresenta.

Neste novo contexto, faz sentido ensinar os alunos a cantar o Hino Nacional Brasileiro e fazê-lo com regularidade? Com certeza, pois trata-se de um símbolo nacional importante. Mas não se tenha a ilusão de que, ao fazê-lo, estaremos promovendo o civismo necessário ao século 21.
Herculano
01/03/2019 07:56
O QUE OS VEREADORES DE GASPAR ESTÃO ESPERANDO PARA ESCLARECER O QUE DETERMINOU - E OS EFEITOS NOS CONTROLES VITAIS - A DEMISSÃO DO DIRETOR GERAL DE INFORMÁTICA DA PREFEITURA DE GASPAR, JACKSON GLATZ?

QUAL A RAZÃO PARA ESCONDER TUDO ISSO?

ACORDA, GASPAR!
Herculano
01/03/2019 07:52
COMO ANUNCIEI - E EXPLIQUEI - AQUI EM PRIMEIRA MÃO ONTEM NESTE ESPAÇO, HOJE NÃO HÁ ELEIÇÃO PARA ESCOLHER O NOVO PRESIDENTE DO SINTRAPUSG. LEIA ABAIXO. VOLTAM OS TRÊS CANDIDATOS INSCRITOS: LODEMAR SCHMITT, SERLAU ANTUNES E JOVINO MASSON.

O PIVô DE TUDO ISSO FOI A EXCLUSÃO DE LODEMAR PELA COMISSÃO ELEITORAL.

A ATUAL PRESIDENTE, LUCIMARA ROSANSKI SILVA, JURA QUE TODAS AS DOCUMENTAÇõES SOBRE CONVOCAÇõES DE ASSEMBLEIAS DO PERÍODO DELA ESTÃO DISPONÍVEIS, JÁ AS DE GESTõES ANTERIORES E QUE LEVARAM ÀS DÚVIDAS E À CONFUSÃO, SÃO DE OUTRAS DIRETORIAS
Herculano
01/03/2019 07:46
BOLSONARO SE VÊ EM PRISÃO DOMICILIAR, NO ALVORADA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O isolamento do poder chegou cedo para o presidente Jair Bolsonaro. Dois meses após a posse, ele já se sente um prisioneiro na residência oficial do Palácio Alvorada. "Vivo em prisão domiciliar sem tornozeleira eletrônica", brincou, durante uma conversa franca, nesta quinta (28), com jornalistas no Planalto, incluindo o titular da coluna, que quis saber se ele se sente bem no exercício do poder. O presidente não se queixa: "Estou feliz com a missão que recebi de servir ao meu País", disse.

ALVORADA É CHATO
O presidente não reclama, mas reconhece que "viver no Alvorada é chato", em razão do isolamento imposto por razões de segurança.

BANHEIRO LONGE DEMAIS
Ele acha o Alvorada grande demais: "São uns 30 metros até chegar ao banheiro", diz, sorrindo, "às vezes tem que apressar o passo".

ACABOU-SE O QUE ERA DOCE
Bolsonaro sente muita falta da praia perto de casa, no Rio, onde fazia "uma corridinha" ou bebia água de coco com a filha Laura, de 8 anos.

A FALTA QUE O POVO FAZ
Ela lamenta não poder sair, fazer compras, ir à praia. Afora assessores e ministros, só conversa com seguranças e servidores da presidência.

MUDANÇA PARA JERUSALÉM ESTÁ EM 'BANHO-MARIA'
A mudança da embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém, em Israel, "está em banho-maria", segundo afirmou o presidente Jair Bolsonaro em resposta a pergunta do titular desta coluna. Ele disse que refletiu e concluiu que o Brasil precisa considerar seus interesses em outros países da região, inclusive no comércio exterior. Mas não citou o chanceler Ernesto Araújo na tomada de decisão tão importante, e sim as ponderações da ministra Tereza Cristina (Agricultura).

ISRAEL COMPREENDERÁ
Bolsonaro está convencido de que o governo de Israel compreenderá sua decisão de promover essa mudança "no seu devido tempo".

SE TRUMP DEMOROU...
O presidente disse que se Trump levou oito meses para transferir sua embaixada para Jerusalém, o Brasil não faria isso em menos tempo.

DECISÃO É BEM ANTIGA
A decisão americana foi tomada pelo Congresso no governo Clinton e adiada pelos presidentes seguintes, até que Trump decidiu cumpri-la.

MAL-ACOSTUMADOS
Bolsonaro acionou a Polícia Federal para identificar os bandidos do MST e PCO que atacaram o ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente). Eventual prisão mostrará que a ordem no Brasil pode ser restaurada.

A SERVIÇO DOS BANCOS
O diretor do Denatran, Jerry Adriani Dias, diz que acabará nos Detrans o registro de contratos de financiamento de veículos, que protege o consumidor, e deixar só o gravame, que protege os bancos. Tudo o que quer a B3 (ex-Bolsa de Valores de SP), ligada a bancos. Humm...

DESCREDENCIADAS
Os Detrans de Minas e Pernambuco descredenciaram as empresas B3 e Tecnobank acusadas de burlar resolução do Denatran que proíbe o registro de contrato e o registro de gravame pela mesma empresa.

TUDO BEM EM CASA
Os olhos de Bolsonaro brilharam quando ele falou sobre a primeira-dama Michelle, ontem, a um grupo de jornalistas. Confessa-se feliz no casamento e, divertido, diz torcer para que ela nunca tenha de fazer operação de catarata, para continuar a vê-lo como o vê até hoje.

LAURA, O XODó
Os olhos de Bolsonaro se encheram de lágrimas, que depois cairiam sobre a face, ao lembrar seu maior mede quando foi ferido de morte na campanha: "Eu só pensava que não veria minha filha crescer".

BRONCAS AO TELEFONE
Ouvindo Bolsonaro contar a jornalistas, ontem, que telefona a ministros que "falam demais" ou "falam bobagens", o general Mourão contou com graça: "Ele também liga para o vice-presidente por essas razões".

ATITUDE CIDADÃ
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) foi revistado, ontem, sem reclamar, ao embarcar para seu Estado. Paulo Maluf certa vez foi detido no mesmo aeroporto de Brasília por impedir a revista.

OS HERMÉTICOS
O mesmo projeto que proíbe os canudos plásticos em São Paulo, libera os biodegradáveis em embalagem 'hermeticamente fechada'. Falta ensinar o vendedor de cachorro-quente o que é fechamento hermético.

PENSANDO BEM...
...os encontros de Trump e Kim Jong-un não rendem nada além de fotos.
Herculano
01/03/2019 07:36
BRASIL, LÍDER MUNDIAL EM RECESSÃO, por Vinicius torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Crise sem fim coloca o país no topo do ranking dos que mais empobreceram desde 2013

O Brasil se tornou um país de ponta em termos de recessão. A economia brasileira foi uma das que mais andaram para trás nesta década. De certo modo, foi a que mais regrediu no mundo inteiro.

Entre 2013 e 2017, em apenas 18 países o PIB per capita regrediu mais do que no Brasil. PIB per capita: o tamanho da economia (da produção ou da renda nacionais) dividido pela população. É uma medida relativa de pobreza/riqueza (de nível de renda, na verdade).

Por que não incluir o ano de 2018? Porque ainda não há dados disponíveis para a maioria dos países.

Por que medir a crise em cinco anos? É um tempo comprido o suficiente para atenuarmos os efeitos de acidentes de percurso, um ou outro ano de recessão excepcional. Por falar nisso, o crescimento brasileiro no quinquênio 2014-2018 apenas não foi pior do que naquele encerrado em 1992, desde que se tem notícia (desde 1901). O PIB per capita de 2018 ainda era 8,1% menor que o de 2013.

Como se dizia, entre 193 países, apenas 18 regrediram mais que o Brasil em termos de PIB per capita.
Oito deles têm economias muito dependentes dos preços do petróleo, que afundaram a partir de 2014 (Guiné Equatorial, Timor Leste, Kuait, Brunei, Omã, Angola, Suriname e Trinidad e Tobago).

Três países do grupo hiper-recessivo estavam ou estão em guerra civil (Iêmen, República Centro-Africana e Líbia, que também apanhou com o petróleo).

Outros três padecem de conflitos crônicos, como Burundi, Palestina (Cisjordânia e Faixa de Gaza) e Chade.
Líbano e Jordânia sofrem os efeitos de vasto tumulto regional: guerra na Síria, crise em parceiros comerciais etc. (além de zorra macroeconômica, no caso jordaniano).

Os demais são Samoa Americana e Dominica, dois países-ilha que, juntos, têm uma população de umas 130 mil pessoas e cabem em metade da cidade de São Paulo.

Essas comparações são ridículas? É verdade. Não tem muito cabimento comparar o Brasil com esses países. O Brasil tem muito mais tamanho, recursos materiais, naturais e humanos.

O Brasil é, pois, uma aberração nesse grupo de países de crises aberrantes. Chegamos ao topo do ranking mundial de regressão econômica sem precisarmos passar por colapso estatal, guerra ou ruína de preços de exportação.

Sim, a economia sofreu um pouco com a perda do valor de exportações (piora nos termos de troca, para ser mais preciso). Mas o Brasil regrediu muito mais do que países comparáveis e com problema de magnitude similar. Basta analisar a vizinhança, com exceção da demencial Venezuela. Por falar nisso, Síria e Venezuela não estão nesse ranking porque não apresentaram estatísticas razoáveis, se alguma.

É bom ressaltar que se trata aqui de crescimento econômico, não de nível de vida. Obviamente, mesmo viver no Brasil desta crise excepcional é desgracinha mínima perto daquela que as pessoas enfrentam na miséria de Burundi ou da República Centro-Africana, por exemplo.

Do mesmo modo, as depressões de 1988-92 e 2014-18 têm dimensões similares no que diz respeito ao retrocesso do PIB per capita, mas efeitos sociais diferentes. Na desgraça do quinquênio encerrado em 1992, o país era mais pobre, havia hiperinflação e muito menos serviços e assistência sociais.

Resumo desta opereta: ainda assim, vivemos crise excepcional, raríssima na nossa história e na comparação com o restante do mundo. O acúmulo das nossas perversões explodiu nesta década de modo especialmente sinistro.
Herculano
01/03/2019 07:31
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Herculano
01/03/2019 07:25
KARINA É DEMITIDA. JORGE NÃO

Como escrevi no artigo de segunda-feira "Eficiência avança I? Diretor de Tecnologia da Secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa de Gaspar é demitido", um dos desdobramentos será a demissão da secretária adjunta de Fazenda e Gestão Administrativa, Ana Karina Schramm Matuchaki, nomeada em em 3 de agosto de 2017 pelo então secretário Carlos Roberto Pereira.

O que escrevi na segunda-feira?

O braço direito, tanto de Pereira como de Felipe na secretaria, é a adjunta Ana Karina Schramm Matuchaki, comissionada, tida por seus pares como competente na função. Contudo, ela deverá sair até o final do mês. E não deverá ser por esse episódio, pois se assim fosse, quem deveria ir primeiro, seria o titular da pasta, Felipe. O Diretor Geral de convênios, Jorge Luiz Prucínio Pereira, que nada tem a ver com a área onde atua Karina, "recomendou" ao prefeito e irmão de Igreja, à saída da moça. Kleber aceitou, mesmo a contragosto do doutor Pereira. Está perdendo a queda de braço. É uma história super-conhecida na prefeitura, em parte da cidade e daqui da coluna.

Volto

O ato foi publicado na edição de ontem do Diário Oficial dos Municípios, aquele que se esconde na inernet e só sai ao distinto público depois das três horas da tarde.

Ontem Ana Karina fez uma peregrinação para a despedida dramática e que tocou muito as mulheres da prefeitura.Não pude reportar isso na coluna desta sexta-feira feita especialmente para a edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação e o que não depende e não possui rabo preso com o poder de plantão, pois a entreguei o texto para edição já na quarta-feira.

Agora que está fora do governo e já perdeu o emprego, Ana Karina precisa explicar duas coisas: a razão de tanto choro e por que saíram com ela do governo se era tida como competente naquilo que fazia profissionalmente. Se não explicar, pode guardar as lágrimas e as queixas. As invasões se combatem de frente.

Por outro lado, nada sobre a demissão do diretor Jorge Luiz, pedida pelo doutor Pereira. A não ser que no DOM de ontem, Jorge Luiz foi substituído como representante titular da secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa do Conselho Municipal dos Direitos com Deficiência. Ainda bem! Acorda, Gaspar!
Herculano
01/03/2019 06:31
da série: incoerência é um traço perigosos e emblemático do presidente. É a insegurança, que está sendo contida, vejam só, pelos militares.

REJEIÇÃO DE BOLSONARO A AUTOCRATAS DEPENDE DA COR DA BOINA DO DITADOR, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Presidente ataca esquerda por crise na Venezuela enquanto festeja ditaduras de direita

No discurso que fez ao lado de Juan Guaidó no Planalto, Jair Bolsonaro não usou a palavra "ditadura" para descrever o regime de Nicolás Maduro. O presidente brasileiro, como se sabe, até tem simpatia por governos autoritários. A razão da crise no país, ele sugeriu, é o fato de a esquerda estar no poder.

Bolsonaro resolveu contaminar o encontro com sua obsessão ideológica. Ignorou um alerta feito dois minutos antes pelo próprio convidado. "Não é certo que exista um dilema entre uma ideologia e outra. O dilema na Venezuela é entre democracia e ditadura", afirmou Guaidó.

O presidente brasileiro até se comprometeu a trabalhar para restabelecer a democracia no país vizinho, mas também quis culpar as gestões petistas pelo apoio à ditadura chavista e disse que o Brasil quase seguiu o caminho da Venezuela.

Nunca houve dúvidas de que Bolsonaro usaria o governo como palanque para embates políticos com a esquerda. A referência ao regime venezuelano é singular porque, dois dias antes, o presidente se derramou em elogios a ditadores de direita.

Bolsonaro explorou um evento oficial na usina de Itaipu, na terça (26), para celebrar os generais do regime militar brasileiro e fazer uma homenagem ao paraguaio Alfredo Stroessner ?"corrupto, líder de um regime torturador e acusado de pedofilia.

O presidente gosta de jogar confetes sobre autocratas. Em 2006, quando era deputado, ele tentou usar a Embaixada do Brasil no Chile para enviar uma mensagem ao neto do "saudoso general Pinochet". Em vez de condenar a perversidade de qualquer governo autoritário, Bolsonaro só enxerga a cor da boina do ditador.

*
A indicação da especialista Ilona Szabó para o conselho de política criminal do Ministério da Justiça indicava que Sergio Moro estava disposto a escutar opiniões divergentes. A revogação dessa escolha "diante da repercussão negativa" mostra que o governo decidiu ouvir só um lado: a gritaria das redes sociais.
Alexandre Campos
01/03/2019 02:10
Herculano

Vão se reeleger e vão continuar fazendo merda e vão continuar rindo do povo. Pior chegarão à Assembleia, não com o meu voto. Quem viver verá.
Herculano
28/02/2019 22:07
COMO SE DESMENTE

O deputado Gervário Maia, do PSB paraibano tuitou:

Não existe déficit da Previdência!
Todo final de ano, 30% o que arrecadado é destinado a outras dívidas do governo federal.
A quem serve o Bolsonaro presidente da República?!
O povo brasileiro precisa saber da verdade.

O Instituto Liberal de São Paulo lhe respondeu.

Mentira, deputado. A dívida foi "paga" com novas dívidas (rolagem). E como não houve superávit primário nos últimos anos, mesmo os juros da dívida foram "pagos" com novas dívidas. Nenhum centavo de arrecadação foi usado. E o déficit da Previdência existe, sim!

Final da história, quando se enfrenta esse discurso fantasioso.

Escreve o ILSP no twitter:

O deputado socialista @gervasiomaia nos bloqueou depois que desmentimos a afirmação dele sobre a Previdência. Parece que ele não está interessado na verdade...
Herculano
28/02/2019 21:57
É CEDO PARA BOLSONARO ADMITIR MUDAR REFORMA, AVALIAM ASSESSORES

Conteúdo de O Antagonista. Assessores de Jair Bolsonaro acham que o presidente se movimentou "cedo demais" ao admitir negociar pontos como a idade mínima de aposentadoria das mulheres na reforma da Previdência, diz Valdo Cruz no G1.

Para eles, numa fase em que a proposta ainda nem chegou a tramitar na Câmara, Bolsonaro deveria ter mantido o discurso que vinha adotando até agora.

Ou seja, manter a linha adotada pela equipe econômica ?"o governo está aberto a negociações, e o Congresso deve fazer aperfeiçoamentos no projeto?" sem entrar em detalhes.
Herculano
28/02/2019 21:51
da série: os brasileiros ainda não sabem quem verdadeiramente elegeu e o eleito, não entendeu bem o que as urnas lhe pediram, ou seja, mudanças, cortes de privilégios, mais empregos, desenvolvimento, menos impostos...

HÁ UM SóSIA DE BOLSONARO NO POSTO DE PRESIDENTE, por Josias de Souza, no Uol

A realidade imposta pelo exercício do poder está transformando Jair Bolsonaro num personagem inacreditável. É como se o inquilino do Planalto desejasse separar o capitão do presidente. Um diz uma coisa. Outro se esforça para encarnar o seu oposto. Na noite de quarta-feira, Bolsonaro deve ter dado uma ordem no Alvorada: "Amanhã, chamem o presidente primeiro, deixem o capitão dormir mais um pouco." O resultado foi extraordinário. Bolsonaro recebeu 13 jornalistas para um civilizado café da manhã. Lero vai, lero vem materializou-se diante dos comensais uma criatura nova, uma espécie de ex-Bolsonaro.

Como se sabe, o capitão nutre um inabalável desprezo pela imprensa. Na campanha eleitoral, insinuou que cortaria anúncios federais de veículos que não o tratassem de "maneira digna". Eleito, perguntaram-lhe o que achava da tese do vice Hamilton Mourão segundo a qual jornalistas não deveriam ser encarados como "inimigos". Deu de ombros: "Eu cheguei aqui graças às mídias sociais."

Nesta quinta-feira, o presidente estendeu a mão aos jornalistas. Espanto! Reconheceu a importância da imprensa para a consolidação do processo democrático. Estupefação! Infelizmente, a lista de convidados deve ter sido elaborada na noite da véspera pelo capitão, pois nenhum repórter dos três principais jornais do país - Folha, Globo e Estadão - foi chamado para dividir a mesa do café com o presidente. Foram privados de testemunhar uma metamorfose.

Há poucos dias, o capitão associou-se ao seu Pitbull, como se refere ao filho Carlos Bolsonaro, para fabricar uma autocrise que produziu a demissão de um ministro palaciano e abriu uma fenda na autoridade do presidente. Isso não vai mais acontecer, insinuou o presidente no instante em que revelou a intenção de trazer na coleira as opiniões que o filho despeja nas redes. 'Tudo passou a ter um filtro da minha parte', disse. "Nenhum filho meu manda no governo".

É possível que até os amigos e a família estejam confusos com esse negócio de ter que separar o capitão do presidente. Até outro dia, um dizia que governaria apenas com as frentes parlamentares temáticas, sem toma-lá-dá-cá. De uns dias para cá, o outro levou pessoalmente a proposta de reforma da Previdência ao Congresso e inaugurando uma negociação. De resto, encostou o estômago num balcão no qual confraterniza com líderes da banda podre do sistema partidário na frente das crianças.

Se Bolsonaro exagerar no truque de manipulação da própria imagem, vai acabar forçando seus entes queridos a requisitarem um exame de DNA. Muita gente começa a suspeitar que alguém muito parecido com o capitão tenta se fazer passar por ele na função de presidente. Torça-se para que ninguém requisite ao ministro Sergio Moro uma operação de busca da Polícia Federal. Ainda é necessário retirar as crianças da sala. Mas o sósia revela-se mais promissor do que o original.
Herculano
28/02/2019 21:02
NÃO HAVERÁ ELEIÇÃO NESTA SEXTA-FEIRA PARA ESCOLHER O NOVO PRESIDENTE DO SINDICATO DOS SERVIDORES DE GASPAR. A JUSTIÇA ENTROU EM CAMPO

O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Gaspar - Sintrapug - espalhou na noite desta quinta-feira que "por ordem da Primeira Vara do Trabalho de Blumenau, a eleição marcada para 01.03.2019 está suspensa". E acrescentou: "em breve a Comissão Eleitoral deliberará sobre os próximos passos processo eleitoral e o informará a todos"

Questionei a atual presidente do Sindicato, Lucimara Rosanski Silva. Afinal, a juíza Débora Borges Koerich Godtsfiedt, não mandou suspender a eleição, mas, por liminar, determinou a inclusão do candidato Lodemar Luciano Schmitt, que havia sido excluído da disputa pela Comissão Eleitoral, por supostamente não ter ele participado de no mínimo 50% das Assembleias do Sindicato.

A Comissão usou o número de 26. Lodemar tem na sua conta que foram apenas 23 Assembleias no período exigido pelo estatuto do Sindicato. E delas, participou em 12.

A liminar foi concedida, porque o próprio Sintraspug não conseguiu comprovar à regular convocação de parte das 26 Assembleias. E foi por isso, que não tomando conhecimento dessas Assembleias, segundo Lodemar, ele teria deixado de comparecer nelas.

Como não ficou provado o argumento da Comissão Eleitoral para, com ele, excluir Lodemar da disputa, a juíza trabalhista resolveu, preventivamente, devido ao possível dano irreversível se o candidato Lodemar ficasse de fora da disputa. O mérito da questão não foi julgado.

Ao meu questionamento feito na noite de quinta-feira, Lucimara explicou: "precisamos fazer um novo edital, dando ampla publicação com os três candidatos e não com dois, como estava. Por isso, resolvemos suspender as eleições de amanhã [sexta-feira]. Estamos resolvendo para dar forma jurídica a tudo isso e não haver mais questionamentos".

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