24/06/2019
Quando alunos e pais protestaram contra a forma que arranjaram para a saída da diretora Viviana do Frei Godofredo, defendiam um modelo vencedor num ambiente de dificuldades da escola pública que sobrevive com a ajuda e participação dos pais e que o Enem aferiu agora
Nesta segunda vou abrir os trabalhos com este tema das entranhas Educação. Ele não será manchete em outro lugar, além daqui, ao menos deste ponto de vista paroquial. Faltam liberdade e coragem.
Qual era mesmo à manchete desta coluna no dia seis de maio, no portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, acessado e atualizado de Gaspar e Ilhota? “Autoconfiança, enfrentamento à burocracia e politicalha rasteira, retiram do cargo diretora de colégio estadual eleita pela comunidade”. Referia-me ao afastamento do cargo, com cores de vingança, da diretora do Colégio Frei Godofredo, Viviana Maria Schmitt dos Santos, filiada ao PSL e recém-saída do DEM, irmã do ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, mas que nasceu no MDB e de lá teve que correr, passou pelo PSB e PP.
Fui o único a tratar o assunto de forma aberta e provocativa, como sempre fiz com todos os outros temas e que em muitos casos, provocam a ira temporária de grupos afetados, da militância digital dependente de interesses e empregos políticos, todos pagos com os pesados impostos de todos nós. Estou acostumado. Um dia para essa gente sou “herói”, “conservador” e “parceiro” na babação, e no outro, para o mesmo grupo, sou “canalha”, “comunista” e “traidor” na tentativa de me desqualifica. Sou um sobrevivente de casco duro. Afinal, estou acostumado a ver tal maré no seu sobe e desce, sem ser igual em movimentos repetidos.
Essas abordagens de hoje, são as mesmas que não pouparam os poderosos do passado. Ou seja, não é nenhuma novidade, não é coisa inventada agora, ou uma prática pontual contra alguém ou grupo.
Essas análises deixam cada vez mais claro, ser o jornal e o portal Cruzeiro do Vale, praticamente os únicos, por enquanto, capazes na provocação e de tocarem diretamente nas feridas da nossa comunidade, bem como enfrentar uma falsa hegemonia, que além da nenhuma ou pouca transparência dos poderosos de plantão, visam apenas os seus planos particulares de perpetuação no poder, sem o devido comprometimento e avanço comunitário.
Volto para não se perder no foco.
Qual deveria ser a manchete de hoje na cidade? DIRETORA QUE COLOCOU O COLÉGIO FREI GODOFREDO EM TERCEIRO NO VALE NO ENEM DO ANO PASSADO É PREMIADA COM AFASTAMENTO DAS FUNÇÕES COMO VINGANÇA POLÍTICA NA INFESTADA GESTÃO EDUCACIONAL DO ANTIGO E DO NOVO GOVERNO ESTADUAL
Exagero? No âmbito administrativo Viviana foi punida com a perda do cargo de diretora. Ela conseguiu essa função na eleição da comunidade escolar onde estava envolvida. No âmbito jurídico, tenta ver reconhecida que o seu erro – e nunca neguei isso nos meus escritos e parece-me que nem ela - seguiu à uma punição administrativa exagerada, com motivações políticas, que não encontra isonomia em casos similares até aqui.
Viviana foi técnica, não fez composição, não fez arranjos e conchavos para resolver o seu problema particular. E por isso, perdeu. Autoconfiança, é um pecado mortal.
Mais, Viviana tenta provar, como escrevi naquele artigo, disponível aqui no portal, que ela foi induzida ao erro pelo próprio sistema impróprio que sustenta o sistema educacional brasileiro e o estadual onde ela está inserida. Os resultados do Enem – longe dos ideais, mas bem posicionado num contexto de pobreza do setor - só confirmam às suas alegações. Avalizam os meus comentários.
E por que? A própria secretaria de Educação estadual, devido à distância, burocracia e à falta de autonomia, bem como às indisponibilidades de recursos – não só financeiros - diante das emergências criadas nos educandários, obriga as APPs – Associação de Pais e Professores - no socorro daquilo que é obrigação do governo.
Foi isso que fez Viviana por seu colégio, professores e principalmente para os alunos da Frei Godofredo terem melhor acesso à conhecimento e melhor grau de competitividade no ambiente educacional. E aí ela quebrou regras e deu margens para ser questionada administrativamente, mas com notório exagero. Não houve delito nenhum. Arrumaram um pelo no ovo. E isso bastou até agora.
E quem veio agora em sua defesa? Nada mais, nada menos do que o resultado do Enem de 2018. Ele mostrou que Viviana sempre agiu – e assim ela é conhecida em Gaspar – em favor da escola, dos professores e principalmente dos alunos, os que verdadeiramente ganharam e agora, podem, também, verdadeiramente perder. Tanto que o “interventor” trazido de fora pelo PSL e o governo de Carlos Moisés da Silva, PSL, bateu em retirada logo em seguida, diante do quadro dantesco criado pela secretaria de Educação, a partir da Gered, de Blumenau.
Na verdade, a educação perde como um todo. Não é único. É muito comum em todos os ambientes públicos. Este episódio, mostra como a política partidária, ideológica e sectária impregna à educação e leva o Brasil perder em todas as comparações. Há duas semanas foi divulgado o ranking mundial das melhores universidades. Um desastre para todos nós. As brasileiras pioraram ao que já não era bom.
Volto, mais uma vez, ao tema do título para me perder na meada.
Na rede pública aqui no Médio Vale, o Frei Godofredo ficou em terceiro lugar. Na frente dele só o Júlio Scheidmantel, de Timbó e o Pedro Cristiano Feddersen, da Vila Itoupava, em Blumenau. O Frei Godofredo ficou à frente da Elza Pacheco, Blumenau, vejam bem, e do afamado Cedup Hermann Hering, também de Blumenau e que no ranking da região ficou em quinto entre as escolas públicas.
No Enem do ano passado, o melhor ranqueado no Médio Vale foi o Barão do Rio Branco, de Blumenau, particular e pertencente à Igreja Luterana. Ele ficou com a 11ª posição estadual e 936ª no Brasil. Isto também mostra à distância a ser percorrida por todos para melhorarem o nível de eficiência. Entretanto, é uma régua importante para se medir e buscar melhorias contínuas aos egressos num ambiente essencial para a competitividade no mundo real.
O melhor educandário neste ambiente de Gaspar foi o IFSC, federal, com 118ª posição no estado e 3.626ª no Brasil, seguida da Madre Francisca Lampel, particular, de gestão da Igreja Católica, na 135ª posição estadual, mas em 3.008ª no Brasil.
O terceiro é o Frei Godofredo, público, na 226ª estadual e a 6.100ª no Brasil. O quarto é o Honório Miranda, também público e com 85 anos de história comemorados há poucos dias, que obteve a 515ª posição estadual e 9.647ª no Brasil, seguido do Frei Policarpo, público, na 579ª estadual e 12.956ª nacionalmente.
Quem quiser saber das complexas análises do próprio MEC e tabulações brutas feitas pelo jornal Folha de S. Paulo sobre o assunto, pode entrar neste endereço eletrônico para os detalhes: https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2019/06/veja-o-desempenho-da-sua-escola-no-enem-2018.shtml
Faltou o voto do vereador Francisco Hostins Júnior (à esquerda), para o prefeito Kleber (ao centro) ter o voto minerva de Ciro (à direita), todos do MDB, em PL retirado na última hora na Câmara para não ser derrotado
Na coluna de sexta-feira, feita especialmente para a edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação e credibilidade de Gaspar e Ilhota, mostrei como o Prefeito Kleber Edson Wan Dall e o presidente da Câmara, Ciro André Quintino, ambos do MDB, em tabelinha, fingiram não existir um projeto de lei aprovado na Câmara para proteger vulneráveis nas escolas do município. Por pouco ele é esquecido na obrigação de ser promulgado no “esquecimento” do prefeito de sancioná-lo. O problema é que o PL – que pode proteger vidas - foi proposto por um oposicionista, Cicero Giovane Amaro, PSD, e não teve como ser bombardeado
Isso é passado, mas das lições passadas, pouco se aprendeu até agora neste governo.
Essa é da sessão da terça-feira passada. E como sempre, a imprensa pouco se importou com a grave jogada que se armava na falta de transparência e diálogo. Esclarecer a população nestes assuntos técnicos e aparentemente áridos, pode gerar retaliação do governo sobre que ousar comentar nos veículos. Uma marca de Kleber.
E por que não deu certo? Porque faltou voto para a bancada governista colocar goela abaixo mais esta alteração – aparentemente necessária diante da tecnologia - de lei já existente. O líder do MDB, Francisco Hostins Júnior e ligado ao Sindilojas estava ausente da sessão. Estava em viagem particular a São Paulo. E sem de Hostins, o governo seria derrotado. Dos 13, Kleber – em tese - possui seis votos da bancada que o apoia, mais o de minerva do presidente Ciro André Quintino, MDB. E neste caso, só tinha cinco votos e então Ciro nem desempataria nada.
Kleber até tentou uma manobra via o novo aliado, Roberto Procópio de Souza, PDT, para votar em separado o artigo terceiro do PL 27, que modificava parte do Código Tributário de Gaspar e criava multas para os contribuintes que descumprissem obrigações acessórias exigidas no município, especialmente com relação às multas pecuniárias relativas a Declaração de Serviços Eletrônica para Instituições Financeiras - DES-IF. Mas, não colou.
Como sublinhei antes, este é um tema árido – inclusive para a maioria dos leitores e leitoras da coluna. Ele, é essencialmente técnico. Justamente por isso, que ele precisa ser conhecido, debatido e clarificado por gente que entende dele. Tanto que o Projeto de Lei tem este título: “acrescenta e altera dispositivos da lei 1.330, de 13 de dezembro de 1991, e dá outras providências”.
E já escrevi várias vezes aqui: quando um Projeto de Lei possui esse tipo de denominação no seu título e enviado pelo Executivo à Câmara, é bucha certa. Ele normalmente esconde pegadinhas, jabutis, tem o objetivo de não chamar a atenção e pelo susto da suposta complexidade embutida nele, o de impedir o debate de leigos: os que vão votar na Câmara e os cidadãos que verdadeiramente vão pagar o pato.
Com esse Projeto de Lei não foi diferente. Nem mesmo à advertência de Mário Celso Demmer, um especialista neste assunto, bem reconhecido além de Gaspar, falando em nome dos contabilistas daqui, foi capaz de sensibilizar à secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa, tocada pelo prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, muito menos os vereadores da base. Eles queriam à aprovação do PL a qualquer custo – mesmo sem entende-lo direito - na emenda como veio do Executivo.
O PL chegou na Câmara no dia 23 de abril em “regime de urgência”, como quase todas as matérias que são remetidas para lá pelo prefeito. Teve parecer favorável da relatora geral, Franciele Daiane Back, PSDB, no dia 13 de maio, antes mesmo do pronunciamento da Comissão de Legislação, Justiça, Cidadania e Redação (Roberto Procópio de Souza, PDT, Franciele, Rui Carlos Deschamps, PT e Hostins ) e a de Gestão Pública (Mariluci Deschamps Rosa, PT, Francisco Solano Anhaia, MDB, o suplente, José Ademir de Moura, PSC e Wilson Luiz Lenferes, PSD) que só aprovaram esta matéria no dia 13 de junho, uma semana depois do prazo regimental de sete de junho ter esgotado nas Comissões.
Essa manha permitiu que o referido PL fosse à pauta na sessão do dia 18, a terça-feira passada. Enrolou-se nas comissões e depois a toque de caixa se tentou levar adiante a mudança em Lei 1.330/91 e que segundo o governo precisa ser mudada.
Entretanto e estranhamente, a Comissão Economia, Finanças e Fiscalização (Silvio Cleffi, PSC, Cícero Giovane Amaro, PSD, Dionísio Luiz Bertoldi, PT e Evandro Carlos Andrietti, MDB) onde este tema técnico deveria ser tratado, avalizado, emendado ou rejeitado, não emitiu parecer algum. Faltou-lhes explicações e entendimento melhor da municipalidade sobre o que de fato queria a prefeitura e as implicações de tudo isso.
Ou seja, mais uma vez a assessoria da prefeitura falhou. E mesmo assim, o presidente da Câmara Ciro pautou a matéria para a sessão, mas sem antes advertir que faltava o necessário da Comissão de Economia. Fez o que queria a prefeitura, mas ao mesmo tempo, lavou as mãos.
Diante da reação dos membros da comissão de Economia, vendo que não haveria votos suficientes para aprová-la, nem mesmo com a manobra que tentou no requerimento oral de Roberto Procópio, e se rejeitada, a matéria – que se dizia essencial para ser apreciada - não poderia voltar neste ano à Câmara, a sessão foi interrompida por cinco minutos a pedido da própria oposição. Incrível. Anhaia até então, esticava a corda, mesmo em tese, sabendo que ela iria tinha tudo para arrebentar contra ele e o governo que representa no Legislativo. Os dois lados finalmente conversaram.
A base correu atrás do Executivo. Não havia alternativa. E o Executivo concordou em retirar a matéria da pauta, num fax que enviou, rapidamente, à mesa diretora da Câmara. Regimentalmente e no último segundo permitido, o PL saiu da votação, que se levado adiante na forma como estava exposto, seria derrotado. Resumindo: a oposição, neste caso, foi mais sensata e salvou o governo de Kleber e Roberto Pereira, o mais interessado na alteração e atualização da Lei.
Agora, talvez, o PL volte, modificado e com o necessário diálogo com os contribuintes gasparenses através dos seus representantes, como os vereadores, associações empresariais e os contabilistas.
E precisava chegar a este ponto de tentar enfiar novamente Projetos de Leis do Executivo goela abaixo na apertada maioria que conseguiu de novo com a debandada de Roberto Procópio do time da oposição? Acorda, Gaspar!
A polêmica voltou à tona em acirrada discussão entre os vereadores na Câmara quando da discussão do Projeto de Lei 22/2019, o que mudava a realocação de verbas no Orçamento num montante de mais de R$8 milhões. É que R$2,5 foram deslocados para a melhoria de iluminação pública de Gaspar.
Inconformado, o vereador Cícero Giovane Amaro, PSD, lembrou que o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB e a bancada governista da época colocou de goela abaixo aos gasparenses um aumento de 40% na Taxa de Iluminação. A promessa é que com esse dinheiro estaria resolvida à escuridão em que estava mergulhada alguns ruas e locais públicos de Gaspar. É só olhar as dezenas de indicações semanais dos vereadores, inclusive, os do próprio governo de Kleber e que estão cansados das queixas dos seus eleitores nos bairros, para perceber que o problema grave da iluminação pública continua.
Má iluminação pública, inclusive, é problema de segurança.
Além disso, os recentes empréstimos aprovados pelos próprios vereadores para obras viárias preveem verbas para a iluminação em trechos revitalizados. Segundo o vereador Cícero, o governo Kleber mentiu quando pediu e aprovou o exagerado aumento da TIP, e dois anos depois (2017 a 2019) não transformou essa nova alta arrecadação em benefício efetivo para a população. Acorda, Gaspar!
A Polícia Federal, especialmente a que atuam em Santa Catarina e que neste aspecto parece se comportar diferente das demais unidades da Federação em operações assemelhadas, bem como o Ministério Público Federal e à Receita Federal, precisam avaliar urgentemente à forma de se comunicarem com a sociedade, sob pena de transformarem seus supostos indiciados, testemunhas e réus em vítimas, como aconteceu e não aprenderam, com a prisão, indiciamento, soltura e suicídio do ex-jornalista, ex-jurista e ex-reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier, na operação Ouvidos Moucos.
As operações Alcatraz e Chabu estão repetindo a mesma marca.
Independentemente do necessário sigilo, é preciso ir além do que simplesmente ignorar à imprensa da Capital, a que não é afeita e não se preparou para o exercício das investigações em casos como os que estão surgindo a rodo.
É prudente e necessário ao grupo de inteligência dessas operações prestar contas mínimas à sociedade e impedir que gente atrapalhada, pega por eles, aproveitando-se do silêncio ou do vazio que se cria no ambiente de informações, fonte e comunicação – e até arrogância de quem investiga, planeja e executa essas operações -, tornem-se vítimas e encontrem à absolvição pública e antecipada.
Isto é o fortalecimento do delito e seus beneficiários diretos e indiretos.
Antes de prosseguir, um parêntesis: os próprios políticos que forçaram e comemoraram, bem como o Superior Tribunal Federal num arroubo hermenêutico claramente feito para proteger os poderosos e mais endinheirados, acabou com a tal “Condução Coercitiva”. Os aparelhos de investigação, protegidos na mesma lei, valem-se agora da “Prisão Temporária”, para o mesmo exercício e objetivo. Então: entre prestar depoimento coercitivamente e ter a prisão decretada, o segundo ficou pior para a imagem do conduzido. Ou seja, de fato, na ânsia de criar mais proteções aos enrolados se estabeleceu, na verdade, uma clara desvantagem ao investigado. Como dizia Tancredo Neves, quando a esperteza é demais, come o dono.
Volto.
À falta de informações públicas e até para as defesas dos indiciados, fez de Cancellier um mártir nacional. Só depois do desastre consumado é que, para justificar, apareceram aos pingos, informações para contradizer à percepção generalizada de erro da PF neste caso bem disseminadas no meio acadêmico, na esquerda onde ele transitava bem desde a juventude o ex-reitor, no jornalismo onde era um conceituado egresso e na população em geral.
Já era tarde quando a PF mostrou as provas que sustentaram as investigações e acusações. A percepção e a narrativa prevaleciam sobre eventuais fatos apurados. Não era tarde, entretanto, para as lições num ambiente livre e democrático. Parece que essas lições no desfecho com Cancellier na operação Ouvidos Moucos não ensinaram nada à PF.
Repetiu-se muito recentemente na Operação Alcatraz. Nela, deu-se chances para todo o tipo de fake news no ambiente de contra-informação supostos envolvidos e seus adversários. Muitos políticos precisaram vir a público dizer que não estavam presos. Repetiu-se a mesma agonia agora na operação Chabu. Se não fosse a atitude de Gean Loureiro, nada teria sido esclarecido no dia seguinte com a peça que autorizou as prisões.
O prefeito de Florianópolis, Gean, sem partido, e egresso do MDB, saiu do seu depoimento dado como “preso temporário” e foi direto para uma entrevista coletiva no início da noite do dia em que foi “preso”. E criou-se lá pelo gesto de transparência de Gean e que faltou à PF, uma nova vítima dos aparelhos de investigações no Brasil.
Isso não é bom para a PF, MPF e a própria Justiça Federal. Tanto que, tardiamente, e dias depois, foi conhecido o despacho do desembargador Leandro Paulsen da 4ª região da Justiça Federal, em Porto Alegre, o qual embasou as prisões. Como no caso da Alcatraz, explosivo.
E era preciso reagir à entrevista de Gean e ao galho quebrado que se agarravam os envolvidos tentando mostrar que santos, eram vítimas de tramas e mentiras?
Os aparelhos de investigações e denúncias à Justiça se estabeleceram no próprio Chabu na comunicação nas três operações que criaram para deter a farra orquestrada poderosos de Santa Catarina e que vem de longa data.
Convém lembrar e repetir que foi com a ajuda da imprensa – mesmo sendo a maior parte das redações preponderantemente de esquerda e governista ao governo petista - e o clareamento das dúvidas provocadas por grupos criminosos, que a Lava Jato teve o sucesso, apesar dos questionamentos constantes até hoje.
Encerro: lições e aprendizados existem e a PF parece renega-los em nome de um suposto sigilo para proteger o resultado. É possível. Mas, resultados se protegem com inteligência e comunicação. Os bandidos, por sua vez, apostam na falta de transparência de tudo que fizeram para confundir os apoiadores desinformados a seu favor. Afinal, o que está em jogo? Poder e milhões em negócios e corrupção dos pesados impostos de todos. Wake up, Brazil!
Impressionante como o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, é mal orientado nessa área de comunicação e que está na quarta titularidade da área. Ele fez um vídeo para quatro gatos pingados para mostrar que a Indefesa Civil de Gaspar possui voluntários.
Tudo feito na tentativa de desmentir à debandada que aconteceu na troca de titular da pasta. Ouvidos e olhos não lhe faltam. Então...
Assessoria. Os vereadores oposicionistas Cícero Giovane Amaro, PSD, e Dionísio Luiz Bertoldi, PT, dizem nos seus discursos que a oposição está contribuindo com suas denúncias para o prefeito eleito Kleber Edson Wan Dall, MDB, corrija o erro, governe melhor e até salve o mandato por erros que podem parar na Justiça.
O vereador Evandro Carlos Andrietti, MDB, tem repetido às suas saídas antecipadas da sessão.
Engana que eu gosto. O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, no início do governo tomou uma decisão acertada em favor dos pagadores de impostos: eliminou os pontos facultativos que criavam os tais feriadões.
Entretanto, ele precisa avisar que isso vale para os seus comissionados a tal ponto, que secretários vão a rede social para avisar que estão trabalhando. Já os efetivos, aproveitam para fazer compensações no tal banco de horas. Na prática, informalmente, o ponto facultativo continua a existir em Gaspar.
Um passo atrás. O Conselho Comunitário de Segurança – Conseg – dos bairros Bela Vista e Figueira – e um dos pioneiros de Gaspar - não existe mais. Criado oficialmente em 2004, foi dissolvido também oficialmente no dia quatro de abril, segundo um comunicado publicado na imprensa pela presidente, Ignês Sevegnani.
No mapa oficial de stands da Multifeira na ExpoGaspar 2018, o número 17 desapareceu. Apareceram duplicados no outro lado, os boxex 26.
Com a compra de um carro novo para o uso dos vereadores, o presidente da Câmara, Ciro André Quintino, MDB, tem que devolver o antigo para o município e que possui a autonomia para fazer dele o que bem quiser.
Mas, Ciro quer carimbá-lo para a Agapa. – Associação Gasparense de Proteção aos Animais. E o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, orientado, resiste a esta pretensão.
Samae inundado. Dança. Dimas Freitas de Carvalho que perdeu a titularidade da superintendência de Comunicação da prefeitura de Gaspar, foi consolado com a assessoria de imprensa do Samae. Sobrou Suylan Orçati
A manutenção da cidade em obras está tão ruim para o mínimo e o essencial, que o vereador Silvio Cleffi, PSC, pediu ao líder do governo Francisco Solano Anhaia, MDB, que a prefeitura “desmatasse as calçadas”, do bairro Bela Vista, onde mora. É que o matou tomou conta das calçadas, deslocando, perigosamente, os pedestres para as ruas.
O vereador Silvio Cleffi, PSC, que é médico cardiologista, continua na sua cruzada para colocar uma UTI no Hospital de Gaspar, comemorou a vinda de um robô cirurgião para o Hospital Santa Isabel, de Blumenau, para reforçar a campanha.
O problema é que o Hospital Santa Isabel possui dono conhecido, tem gestão, suas contas estão sob controle. Já o Hospital de Gaspar possui dívida milionária, falta-lhe transparência e alguém sabe dizer quem é o dono dele? Quem é que vai investir num ambiente sem dono?
Pior, a sua imagem está no chão por causa de seus próprios erros técnicos e que se tentam escondê-los ao invés de enfrentá-los. E para completar não se sabe à sua vocação e por isso não possui foco.
A cabeceira da ponte do Vale, fechada por quase seis meses no início do governo Kleber Edson Wan Dall, MDB, quando mal tinha sido aberta pelo PT de Pedro Celso Zuchi que a construiu, está quase na mesma situação que a fez fechar. Hum!
Notícia policial. Dois empresários, até então amigos e bem alinhados em negócios entre eles, encontraram-se numa agropecuária em Gaspar e ali mesmo fizeram o acerto de contas desfazendo a aliança. Tudo no braço.
O assunto bombou nos aplicativos de mensagens. Um deles registrou o Boletim de Ocorrência na Delegacia e foi fazer o exame de Corpo de Delito para buscar reparação.
O lixo das facções e malharias em Gaspar têm recolha com preço separado. Só pela legislação. De verdade, ele está sendo levado na recolha do lixo orgânico. É o que testemunham muitos e nas fotos abaixo 9detalhe do saco ao lado esquerde) feita no Bom Jesus. Além disso, retalhos não são lixo, mas reciclável e dinheiro. Então...
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