26/12/2018
Texto revisado as 17.31 de 27.12.2018
Não é coincidência. Mas, a notícia é boa porque rebate a manchete do Cruzeiro com ações em favor da comunidade. O recapeamento também é manchete no Portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o mais acessado e atualizado de Gaspar e Ilhota e que não parou no feriado e onde o prefeito pode se expressar de viva voz como repórter da sua obra. Era uma necessidade urgente. Era uma reclamação antiga dos gasparenses – e não do jornal ou portal. Era dos que moram e passam naquela região que vai do Centro, Coloninha, Figueiras ao Bela Vista e a quem, o jornal e o portal deram voz. Entenderam a importância de um veículo de comunicação independente?
Este é um dos traçados mais usados por visitantes e investidores para chegar a Gaspar por Blumenau – a cidade vizinha é polo. E este trecho também é um cartão de apresentação da cidade, mas nada agradável para todos. Aparenta uma gestão pública descuidada com a cidade.
A obra, segundo o contrato assinado e divulgado, vai custar em torno de R$4,5 milhões.
Os recursos, diferente do que se afirmou no comentário originalmente postado, até esta revisão, serão sim, integrantes dos R$60 milhões vindos do financiamento do programa chamado Finisa e que a prefeitura tomou na Caixa, sob aprovação em tempo recorde na Câmara. O esclarecimento onde ele próprio admite que houve confusão na divulgação oficial é de Jorge Luiz Prucino Pereira, diretor geral de convênios de Gaspar à redação do Cruzeiro e não à coluna.
Esta informação que agora a prefeitura chama de "atravessada", percorreu, vejam só e "coincidentemente", todos os demais veículos regionais que deram a notícia da repavimentação da Nereu Ramos e Anfilóquio Nunes Pires pela prefeitura nesta semana. O erro foi originado da propaganda afoita da segunda viagem que Kleber em uma numerosa comitiva fez a Brasília neste dezembro. A área de comunicações da prefeitura de Gaspar está de férias. O plantonista é o repórter de vídeo, Kleber.
Resumindo. A prefeitura assinou um contrato com o Finisa, comemorou e divulgou o fato para transparência e principalmente, uso político. Do nada, foi a Brasília, assinou um convênio, posou para fotos e anunciou como um grande fato novo. Não era. Teve que esclarecer e voltar atrás. Era a mesma coisa.
Nas explicações pelas redes sociais e entrevistas às rádios, informava-se que se havia assinado um convênio de R$60 milhões no Ministério do Turismo para Gaspar e que incluiam programas do "Prodetur + Turismo". Com o esclarecimento do diretor Jorge, sabe-se que não é bem assim. E até agora, a prefeitura de Gaspar não explicitou exatamente quanto dos R$60 milhões estão destacados para o "Prodetur + Turismo". Eles foram até tentados anteriormente com o BNDES - que é o que dá suporte ao "Prodetur + Turismo". O Banco não foi receptivo aos pleitos de Gaspar e tinha taxas mais elevadas, informou Jorge.
Encerrando este também necessário e tardio esclarecimento, a propaganda enganosa da prefeitura em Brasília não durou mais que uma semana. Entenderam para que serve a imprensa independente? Os recursos do "Prodetur" que estão nos R$60 milhões, vão para sinalização e pavimentação de "rotas turísticas". Como só Gaspar e a gaúcha Canela haviam se habilitado a tempo para alcançar esses recursos, o presidente Michel Temer, MDB, liberou-os no apagar das luzes do seu governo, por meio do seu ministro do Turismo, o catarinense, Vinicius Lummertz, que vai ser secretário de Turismo de João Dória, PSDB, em São Paulo.
E aí você leitor e leitora me perguntam, mas Gaspar é um destino turístico? É, relativamente, responderia. Falte quem o estruture e o diferencie de Blumenau, por exemplo. E a Anfilóquio faz ligação com Blumenau, esta sim, um polo de atração turística e com selo para tal. E é ai que entra a nossa sorte. Espera-se que as rotas das águas sejam contempladas como se pediu originalmente, a começar pela enrolada reurbanização da Rua Bonifácio Haendchen, no distrito do Belchior, a porta e cartão de entrada das cascatas-balneários.
Além do mais, no caso específico da Nereu Ramos e Anfilóquio Nunes Pires, a cidade de Blumenau, possui vivo interesse que os caminhos que levam o turista até ela, sejam, no mínimo, transitável. Sobre Temer e Lummertz liberarem os recursos ao apagar das luzes do governo que se vai, penso que é válido, antes que eles sejam desviados para outra região do país, por questões de aparinhamento político, como sempre acontece e registramos – como foi com os recursos da Ponte do Vale, onde o PT e PP que tinha o Ministério das Cidades, assim permitiram – que venham para Gaspar, o Vale do Itajaí e Santa Catarina.
Estas ruas Nereu Ramos e Anfilóquio Nunes Pires, eram a estadual SC 470, que trocou de numeração para SC 412, mas sempre foi a Rodovia Jorge Lacerda. Ela foi municipalizada quandon Adilson Luiz Schmitt, MDB era prefeito.
O então governador Luiz Henrique da Silveira, MDB, em 2006, fez isso pelo decreto 4.084 de nove de marco e retirou este trecho daqui do centro até a divisa com Blumenau do Mapa Rodoviário Estadual. Esta decisão foi ratificada em 21.12.2011 no decreto 759 depois que ele revitalizou em 2009 toda a Jorge Lacerda – desde o trevo da BR 101 até a Rua Itajaí, próximo ao Sesi, em Blumenau. O tempo e a falta de manutenção depois disso a deixaram em estado deplorável.
Ontem o prefeito Kleber na sua rede social, todavia, lançou dúvidas sobre a qualidade do trabalho. Vem polêmica! Mas, isto é tema para outro comentário. Acorda, Gaspar!
Você sabe para onde estão indo os “entulhos” do binário da Parolli e outras obras em que se retira materiais das ruas de Gaspar?
Para diversos bota-fora – espaços que recebem aterros de restos de obras. Eles são identificados com autorização da prefeitura (Planejamento e Meio Ambiente) como o que existe na Rua Clara Bittencourt com a Francisco Mastella, no Bairro Sete. Um deles, todavia, fica na Rua Antônio Francisco de Carvalho, por exemplo. Está sem identificação, é um misto de areia, barro, entulhos e muitos paralelepípedos e meios-fios de pedra, que já custaram muito aos cofres públicos.
Numa época em que a ordem é reciclar, que o dinheiro é escasso, qual a razão de tanto desperdício de materiais? Qual a razão para não se leiloar, vender ou doar para serem reutilizados? Aterro!
No fundo, isso é uma demonstração inequívoca de falta de planejamento. Antes de se fazer uma obra, sabe-se o que vai se retirar, e como um produto, como ele pode compor um novo ambiente de negócios, ou relações com a comunidade. Como o planejamento para se fazer a obra e administrar o trânsito já é um ato falho, como se demonstrou ao longo das duas últimas semanas, seria muito, pedir à mitigação para os danos colaterais das sobras das obras públicas. Acorda, Gaspar!
As falhas nas contas do primeiro ano da administração do prefeito de Ilhota, Érico de Oliveira, MDB, foram de tamanha gravidade. Diante dela não restou à reprovação pelo Tribunal de Contas do Estado. Novidade?
A recomendação do TCE é para que os vereadores, ao analisarem, também as reprovem. E se isso acontecer, a vida do prefeito Érico à frente da gestão pública de Ilhota pode piorar. Quem acredita na rejeição no foro político daquilo que não se sustenta tecnicamente?
1. Quem é leitor e leitora desta coluna - que mais uma vez está de alma lavada - sempre soube que esse seria o desfecho da desastrada administração municipal. E olha que o prefeito é empresário, ou seja, pressupõe que tenha experiência administrativa. Mas, não pode fazer da gestão pública uma privada.
2. É por causa disso que a coluna Olhando a Maré é condenada sistematicamente pelos políticos no poder, seus puxa-sacos e dependentes ou metidos em dúvidas que se unem num corporativismo que beira ao de uma quadrilha. É por isso também, que ela é a mais lida (no jornal Cruzeiro do Vale), acessada (no portal Cruzeiro do Vale) e acreditada nas comunidades de Gaspar e Ilhota.
3. Érico e os seus se elegeram em cima das dúvidas e desastres administrativos do ex-prefeito Daniel Christian Bosi, PSD. Ele por conta disso, desistiu até da reeleição. Os eleitos e sucessores de Daniel – segundo o TCE - estão muito piores na foto do que ele; e já no primeiro ano.
4. Érico e os seus - irresponsavelmente - comemoraram a prisão de Daniel em junho de 2017, na Operação Terra Prometida (no caso dos loteamentos). Agora, correm riscos sérios para que em algum momento isso, também seja uma possibilidade real aos da atual administração. O roto e o esfrangalhado. Já escrevi sobre isso, com esse título.
5. O Ministério Público Estadual da Comarca e que cuida da Improbidade Administrativa está abarrotado de inquéritos e denúncias contra a administração de Érico de Oliveira. Quando tudo isso for a julgamento, a coisa pode piorar de verdade e drasticamente. Há medo.
6. Na área de meio-ambiente, a coisa também está preta, mas aí...
7. A recomendação do TCE para os vereadores de Ilhota é a reprovação das contas. Como Érico detém a maioria na Câmara e nessa maioria, três dos vereadores da base são seus funcionários, há dúvidas fundadas de que a recomendação terá algum efeito prático. O TCE passou a ficar de olho não apenas no prefeito, mas também nos vereadores.
8. Érico é a cara do novo MDB de Ilhota e de onde o próprio Érico não é originário. Na verdade, por dentro, é velho MDB do ex-prefeito Ademar Feliski, também enrolado na Jurisdição. Resumindo: não há nada de novo, tudo enganação aos analfabetos, ignorantes e desinformados usados pelos políticos nas suas andanças de estragos, sede poder, desqualificação do Ministério Público, da imprensa que não é a amiga, da polícia que faz os inquéritos a pedido do MP, dos técnicos do TCE e até da Justiça que ao final têm a obrigação por ofício, conhecer e sentenciar diante de tantas provas.
9. Érico foi empregador para os desempregados do MDB em outros municípios como Luiz Alves e Balneário Camboriú. E para se fortalecer na defesa, não será surpresa se abrir as portas para os que se desempregam em Florianópolis. É assim que funcionam as tais "novas" gestões. Quem paga tudo isso? O povo chamado a tirar dos seus bolsos, o que lhe falta, e transferir aos políticos nos pesados impostos do dia-a-dia para a farra.
Cleverson Ferreira dos Santos é o Diretor Geral de Ouvidoria e Atendimento do município de Gaspar.
A primeira marca do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, foi o de ser “eficiente”. Como ainda não deu certo, está preferindo avançar esta parte. A promessa até agora, ficou no emprego de cabos eleitorais e não exatamente, em profissionais para produzir o resultado esperado.
Cleverson é suplente de vereador pelo PP, e até já esteve titular. Foi na condição de político e a de evangélico (irmão de Kleber e outros) que o jovem alçou ao cargo comissionado de direção na Ouvidoria. Resumindo: é um cabo eleitoral da coligação. Nada mais.
Olhando a rede social do moço entende-se bem o grau de conhecimento dele sobre a língua portuguesa e por extensão à sua qualificação para ser um diretor. Não se refere à exposição organizada de ideias ou algo mais complexo do português onde todos nós passamos apertos e até pode ser, algo desculpável. O que pega mesmo é o conhecimento de simples palavras, todas usadas no cotidiano.
Veja este texto do "çabio" respondendo - com ares de valentia, para mostrar falsamente à independência do posto onde está - à uma queixa pública do contribuinte João Feliciano. Pouquíssimas linhas.
"Alvarás são espedidos por proficionais efetivos da prefeitura Municipal, se a irregularidade a culpa é de quem sedeu alvará e deve ser fiscalizado, nao passo a mão na cabeça de ninguem!!"¨
Aliás, uma Ouvidoria séria e para valer, deveria ser ocupada por alguém sem viés político partidário ou outro tipo de proteção, incluindo a divina. Ouvidoria é algo que sugere técnica e independência do empregador. Neste caso, em Gaspar, sabe-se, é mais um cabide de emprego com o dinheiro dos pesados impostos dos gasparenses. Acorda, Gaspar!
Samae inundado. Depois que, por desespero e falta de planejamento, para se diminuir as queixas dos consumidores, os “çabios” do Samae começaram transportar água do reservatório do Centro para atender o Barracão, Bateias e Óleo Grande, em tanques não devidamente preparados. Para fugir da fiscalização pública, o Samae tomou duas medidas “saneadoras”.
A primeira foi a de desmentir que isso estava acontecendo; ao mesmo tempo em que desarmou o esquema que dava provas à imprensa intrometida do que beirava a um crime contra a saúde dos cidadãos. A segunda, foi contratar gente “especializada” para fazer o transporte.
Especializada? A empresa e seus caminhões não estão identificados exatamente para não serem apanhados no improviso. São caminhões com caixas de água ou tanques amarrados na carroceria. Desperdício e um perigo. Um verdadeiro serviço de executivo.
Lembram daquela informação adicional que sempre dei sobre a fonte ao relatar quando acho algumas das pegadinhas em Ilhota e Gaspar? “No Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet e não tem horário para sair”.
Acessar o DOM na internet e que é patrocinado pela Fecam – Federação Catarinense de Municípios, tocada por prefeitos -, já é mais tão difícil, reconheço. E agora, o DOM tem horário para ser publicado nas edições regulares: às 15 horas. Entenderam o que faz a imprensa livre e a “água mole em pedra dura, tanto até que fura”?
Sem noticioso das rádios por aqui devido aos feriados prolongados, com os jornais impresso voltando a circularem só em janeiro, não restou alternativa ao prefeito Kleber apelar para sites e meios de comunicação de Blumenau, pouco representativos por aqui, para mostrar o que estava fazendo na Rua Nereu Ramos nesta quarta-feira.
Transparência. O prefeito Kleber Wan Dall, MDB, de Gaspar, e o vereador Francisco Solano Anhaia, líder do partido na Câmara, passaram parte do sábado passado no reduto do vereador distribuindo papelinhos. Era a tal prestação de contas da camada de asfalto sobre os paralelepípedos da Rua Pedro Simon, na Margem Esquerda.
Transparência é um bom tema e se ela chegar ao governo Kleber como ele anuncia, poderá resolver aclarar de vez o que a cidade e os cidadãos contam nos aplicativos de mensagens, ou colocar seus assessores no buraco.
Diz um dito popular que “gato escaldado tem medo de água fria”. Os gatos estão desconfiados que andaram soltando cachorros na praça. Os gatos querem saber quem são os donos dos cachorros. Ai, ai, ai.
O gargalo. Gaspar fez o binário da Parolli. Uma solução necessária, óbvia e atrasada na promessa que foi para Natal do ano passado. Lembram? Na outra ponta vai se reurbanizar as ruas Nereu Ramos e Anfilóquio Nunes Pires. Uma solução necessária e óbvia, também.
No miolo delas está a Avenida Duque de Caxias que é um gargalo. Até agora, nada! Nas Linhas Círculo – na saída e entrada dos empregados – está o outro gargalo. Até agora, nada! Então... A fluidez continuará comprometida no Centro de Gaspar, mesmo com todas as desgastantes mudanças que tendem a ficar mais desgastantes se os problemas persistirem. Afinal, há uma promessa explícita de mais mobilidade.
Ausente. Na assinatura do contrato para a repavimentação da Nereu Ramos e da Anfilóquio Nunes Pires, nas fotos, não apareceu o secretário de Obras e Serviços Urbanos, Jean Alexandre dos Santos.
Batizado. Um veículo Veloster, devido à alta velocidade, e não por defeito de projeto, que “beijou” por primeiro, o canteiro do binário da Parolli. Estranho mesmo, foi como o envolvido retirou rapidamente conseguiu o guincho e tirou o veículo de lá
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