02/05/2019
O que a drenagem drena? I
Na sessão de terça-feira da Câmara de vereadores de Gaspar, este assunto cheio de dúvidas da drenagem, executada pela secretaria de Obras ou pelo Samae – numa confusão entre ambos -, pela primeira vez não entrou na pauta dos debates dos vereadores da oposição e do governo. Ufa! Contudo, dois requerimentos assinados pelo líder de Kleber Wan Dall, MDB, o vereador Francisco Solano Anhaia, MDB, sinalizam que algo não vai bem nesse ambiente. E não é de hoje! Anhaia que saber de Kleber detalhes das obras de drenagens das ruas Eugênio Marchi, no bairro Santa Terezinha, e a José Anastácio da Silva, no Gaspar Grande, feitas pelo governo de Pedro Celso Zuchi, PT, ao tempo do secretário Lovídio Carlos Bertoldi, irmão do vereador Dionísio Luiz Bertoldi, o vereador que faz hoje as denúncias sobre as obras de Kleber. E qual a alegação do vereador governista para os “esclarecimentos” do oposicionista de Zuchi? Que ele “esteve fiscalizando o local e constatou que o asfalto está em péssimas condições; que foi utilizado material de baixa qualidade e que há necessidade de refazer a obra”. Hum! Faz bem, mas cheira à chantagem.
O que a drenagem drena? II
Como se vê, claramente, a drenagem que está sendo executada em Gaspar – e não é de hoje - não está drenando as águas das chuvas como se faz necessário diante da descontrolada urbanização dos bairros, e nela, enterrando também esgotos que deveriam estar sendo recolhidos e tratado em outra rede – e que é obrigação do Samae, mas, até agora, ausente por incompetência. Essas obras, como se vê, estão drenando dinheiro dos escassos pesados impostos de todos, bem à vista dos cidadãos que passam nesses locais, ou usufruem dessas obras e na tardia fiscalização do vereador. E por que? Porque o poder público improvisa naquilo que contrata afrontando à lei das licitações e porque os mecanismos de fiscalização da sociedade – incluindo Câmara, Ministério Público e Tribunal de Contas - estão falhando.
O que a drenagem drena? III
O que esse jogo de gato e rato no ambiente político de Gaspar nos mostra? A fragilidade da sociedade que paga tudo isso. Bastou um vereador se interessar pelas irregularidades à vista de todos e naquilo que é obrigação constitucional dele tentar esclarecer, para que o poder de plantão reagisse da pior forma possível: a de desenterrar problemas semelhantes do passado – que já deveriam ter sido denunciados há muito tempo-, tudo para encobrir os do presente. Ou seja, “não mexe comigo agora, que eu tenho bala na agulha com coisas do passado para complicar vocês”. Vergonhoso tudo isso. Ao invés de se esclarecer tudo, e corrigir o que está nebuloso ou errado, apurar e punir quem tiver culpa, luta-se para encobrir tudo e salvar a pele de todos, e na chantagem rasteira. O próprio prefeito Kleber, indiretamente confirma que não está interessado do clareamento disso tudo. No ofício ao juiz Leonar Bendini Madalena disse que cumpriu o mandato de segurança que o obrigava responder o requerimento 05/2019 de Dionísio. Não é bem assim. Faltaram respostas, inclusive a de juntar o projeto da drenagem da Rua Frei Solano. Acorda, Gaspar!
Um dos desafios do Fórum das Entidades de Gaspar é o de criar o Observatório Social, uma entidade de cidadãos, sem partidos e que fiscalizam, gratuitamente, como o governo usa o dinheiro da cidade. Fundamental iniciativa de extensa atuação em muitos outros municípios, enquadrando os governantes.
Entretanto, levando-se em conta o que se registrou na audiência pública sobre as dúvidas da drenagem da Rua Frei Solano, até o Observatório será diferente aqui. Os interesses políticos, de grupos econômicos e de poder, vão enquadrar os cidadãos.
Aqui há uma entidade pouco conhecida e denominada de “Gaspar-pró”. Ela trata de incentivar o estudo profissionalizante e que é liderada pelo Instituto Federal de Santa Catarina.
Sabe-se que há vagas. Sabe-se que há candidatos aos empregos ofertados. Mas, no Sine de Gaspar, sabe-se também que para cada vaga, 30 se apresentam sem a qualificação mínima necessária. Um espanto!
A “Gaspar pro” está distribuindo um material na fonte de solução: onde se qualificar, para diminuir esta estatística contra o trabalhador.
Depois de lavar a alma do Cruzeiro do Vale e do seu editor Gilberto Schmitt, que informaram estar demissionário o superintendente da Ditran, Luciano Brandt e eu, que apontei Salésio Antônio da Conceição, seu substituto, e em ambos casos fomos desmentidos, a prefeitura agora diz que Salésio – que começou ontem na função sem nada entender dela -, será provisório. Itinerante ele é: a quarta nomeação em seis meses.
O governo de Jair Messias Bolsonaro, PSL, é doido por confusões e até uma guerra. Ele acaba de criar uma rubrica de mais de R$223 milhões para atender às necessidades humanitárias e militares para dar apoio a um novo governo na Venezuela que vier substituir o ditador Nicolás Maduro.
Mas, quem está numa outra guerra é o Brasil com 13 milhões de desempregados criados pelo PT e a esquerda do atraso. Além disso, a economia não deslancha sem a aprovação expressa dele às suas próprias reformas, como o da Previdência. Tudo isso, faz os investidores se retraírem.
Com esse dinheiro que Bolsonaro rubricou para amparar as operações aos venezuelanos, o governo terminava a duplicação da BR 470 no trecho de Navegantes a Blumenau, geraria mais desenvolvimento, empregos e impostos numa região que é feita de trabalho e que votou em massa em Bolsonaro.
Atrasado dois anos. A Câmara de Gaspar aprovou Projeto de Lei que isenta de ISS – imposto municipal – quando costura e acabamentos são feitas em faccionistas são parte de peça comercializada e sobre ela, é cobrada na ponta, o ICMS – imposto estadual. Os municípios vizinhos, incluindo Blumenau, já isentavam.
Há um movimento para transformar a atual Companhia de Polícia Militar em Batalhão para atender Gaspar e Ilhota. A intenção é buscar mais autonomia e efetivo para a proteção dos dois municípios. Em Gaspar há um PM para 1.600 habitantes. No Vale do Itajaí, um PM para cada 1.300, quando o mínimo seria um para 800.
Enquanto o vereador Francisco Solano Anhaia, MDB, homenageava na terça-feira na Câmara o líder comunitário do seu reduto eleitoral, João Duarte Lana com uma Moção Honrosa, corria a notícia de que a ex-assessora de Anhaia, a advogada Ana Caroline Deschamps, era mapeada para ser candidata a presidente da Associação dos Moradores da Margem Esquerda. Anhaia está inconformado.
Neste sábado, faça sol ou chuva, é dia do Stammtisch de Gaspar, organizado pelo jornal e portal Cruzeiro do Vale. É dia dos amigos. E pelas inscrições, que superaram a do ano passado, o sucesso está garantido.
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).