POLÍTICOS DE GASPAR APREENSIVOS COM SIGILO SOBRE APURAÇÕES DA CAUSA DO FEDOR DO LIXO - Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

POLÍTICOS DE GASPAR APREENSIVOS COM SIGILO SOBRE APURAÇÕES DA CAUSA DO FEDOR DO LIXO - Por Herculano Domício

12/04/2018

FEDOR LIXO I

Terça-feira, as forças tarefas do Ministério Público Estadual e o Gaeco - Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado - deflagraram uma operação para colher documentos, provas e informações sobre as dúvidas das licitações, contratos regulares e emergenciais e “manobras jurídicas de espichamentos” desses contratos, para coleta de lixo em vários municípios do litoral e do Vale do Itajaí, bem como verificar às supostas vantagens obtidas por empresários, políticos, candidatos e gestores públicos com esta situação que fede e come o dinheiro dos contribuintes. Gaspar está no centro do furacão. E seria novidade se não estivesse. Há anos, os leitores e leitoras desta coluna e praticamente só aqui, sabem disso. E este tema sempre foi uma das razões da ira dos poderosos que pretende vê-la sob relho ou desaparecida.

FEDOR DO LIXO II

Desde o tempo do prefeito Adilson Luiz Schmitt, que foi do MDB, PSB e PPS e hoje sem partido, que o assunto não sai da pauta, sendo inclusive mote para escaramuças partidárias ontem e hoje. É um negócio. O ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, da noite para o dia, “criou”, sem caminhões coletores e expertise, uma empresa para atender à sua administração. Era o tempo de Lovídio Carlos Bertoldi, presidente do Samae. É lá que está esse negócio fedido misturando-se com água tratada e esgotos. Tudo a ver. Bertoldi foi depois secretário de Obras e ex-candidato a prefeito derrotado nas últimas eleições. A Say Muller, com sede em Gaspar, hoje viúva no mercado, é a pivô-fedor dessa investigação. Elas estão sob rigoroso sigilo. E nem precisava no que tange a imprensa daqui. Um fato chama a atenção. É o nome dado à operação: “Reciclagem”. Ela pode remeter à Recicle, a empresa de Brusque que faz a operação de recebimento desses resíduos na região. Um outro detalhe faz tremer os políticos diante do sigilo. Está relacionado à última campanha eleitoral. Nela, um político de Blumenau, ligado à fedentina, passou por aqui oferecendo ajuda para o caixa dos candidatos. Acorda, Gaspar!


TRAPICHE

“O sujeito vira político, rouba, fica velho, é preso e condenado e aí quer cumprir sua pena em casa porque sua saúde ficou frágil. Não seria melhor só ficar velho sem roubar”? Por Milton Neves, comentarista esportivo, no Twitter.

É isso que dá aos endinheirados como o deputado federal e ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, PP. Usam a máquina de recursos que permite a Justiça. Depois do “trânsito em julgados” da Constituição Federal, num jogo de décadas, eles pedem aos juízes o que não está na lei: humanidade, para deixá-los em casa, em suposta doença, gozando de todos nós.

O deputado Décio Neri - hoje presidente do PT catarinense – e sua mulher Ana Paula de Lima, estavam em São Bernardo do Campo, SP, na resistência-espetáculo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Sindicato dos Metalúrgicos. Até aí, tudo bem. São escolhas.

Mas, nesta semana, ele pediu na Câmara para se chamar oficialmente no painel de votação como Décio Lima Lula. Incrível! Pior: os do DEM querem acrescentar Moro no sobrenome numa alusão ao juiz Sérgio Moro, e outros, de Lava Jato.

Gente doente. Esse é o alto nível de idiotice dos nossos políticos. E nós elegendo e pagando essa gente com os nossos pesados impostos! Tratam-nos como imbecis e entorpecidos num Fla-Flu sem nexo, avalizamos suas irresponsabilidades. Outubro é logo ali. Como escreve o leitor brasiliense assíduo dessa coluna, Miguel José Teixeira: “não perca a peleja; não reeleja”.

E o que falar do gasparense Maicon Oneda, da Margem Esquerda? Na segunda-feira ele telefonou para a PF, em Curitiba. Queria saber se estavam tratando bem o “nosso presidente” e pediu para “transferir” a ligação dele para a cela de Lula para se “certificar” desse tratamento. Ficou indignado quando o policial desligou o telefone na sua cara. Feita a “pegadinha” e que poderá gerar complicações, Maicon espalhou a gravação da façanha entre “companheiros” como troféu. Maicon é o cara das pesquisas falsas a favor de Ideli Salvatti espalhadas de computadores da prefeitura de Gaspar. Tudo a ver.

Samae inundado I. Sem aviso prévio, o presidente do Samae, o mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, PP, mandou por portaria, colocar à disposição da secretaria de Obras, o agente de serviços gerais da autarquia, Thiago Schramm, em nome do “premente interesse coletivo”. Uau!

Samae inundado II. Thiago resistiu. Um advogado tenta um mandato de segurança para não se concretizar essa “remoção”. Na secretaria de Obras há dois agentes de serviços gerais cedidos ao Corpo de Bombeiros, ou seja, entende-se que antes, a secretaria deveria pedi-los de volta.

Samae inundado III. Se não bastasse, no Samae há outros 11 agentes de serviços gerais, não se explicitando a razão pela qual a escolha recaiu contra Thiago, sem a comunicação ou negociação prévia.

Samae Inundado IV. O vereador Cícero Giovane Amaro, PSD, funcionário licenciado do Samae, diz que a situação poderia ser bem pior, se no ano passado tivesse sido aprovado a lei do que ele chamou de “instituto da remoção”, e que previa a realocação de servidores para além das nomeações originais após os concursos.

Os aumentos para os gasparenses deste abril: ônibus que tem uma situação precária, obscura e enrolada. Tem mais: lixo, água e bem como a Taxa de Iluminação Pública, que se aumentou sob polêmica, em 40%.

Aparelhamento. Fernanda Sarita Tribess, filiada ao MDB de Blumenau, é a mais nova integrante da 1ª Jari – Junta Administrativa de Recursos de Infrações de Trânsito - de Gaspar. Ela é membro titular e representa o Executivo daqui. Saiu Daniela Barkhofen.

Depois de amaldiçoarem os internautas nas redes sociais, a voz do povo que os elegeu, os vereadores da minoritária bancada de Kleber Edson Wan Dall, MDB, na Câmara, mudaram de postura quanto aos críticos populares. Estão listando, na falta de algo substancial para marquetear, as pequenas obras. Ufa! Menos mal. Acorda, Gaspar!

 

Edição 1846  - sexta-feira

Comentários

Herculano
15/04/2018 10:12
CHAVE DE 2018 ESTÁ NA CADEIA, INDICA DATAFOLHA, por
Josias de Souza

A nova pesquisa do Datafolha sinaliza que a definição do primeiro turno da sucessão de 2018 passará pela cadeia. Os dados indicam que, se abandonar suas crendices e começar a falar sério, o PT ainda pode influir no jogo. Quase metade do eleitorado (46%) revela alguma propensão para votar num nome indicado por Lula ?"30% afirmam que farão isso com certeza. Outros 16% declaram que talvez sigam o caminho apontado pelo pajé petista.

Para ter o que comemorar em meio à desgraça, o PT precisaria virar o seu discurso do avesso. De saída, teria de aposentar a mistificação segundo a qual a Justiça brasileira é feita de tribunais de exceção, pois a maioria dos eleitores (54%) acha que o encarceramento de Lula foi justo. De resto, o petismo teria de desembarcar o quanto antes do trem-fantasma em que se converteu a candidatura Lula, pois 62% do eleitorado já se deu conta de que a fantasia descarrilou.

Enquanto o petismo nega a realidade, o eleitorado de Lula começa a migrar por conta própria. Num cenário em que aparece como Plano B do PT, Fernando Haddad herda apenas 3% das intenções de voto atribuídas a Lula. É coisa mixuruca se comparada com as fatias herdadas por Marina Silva (20%) e Ciro Gomes (15%). Até Jair Bolsonaro, Geraldo Alckmin e Joaquim Barbosa beliscam mais votos do legado de Lula (5% cada um) do que o petista Haddad.

Outro dado notável é que um pedaço expressivo do eleitorado do preso mais ilustre da Lava Jato (32%) decidiu fazer um pit-stop. Sem rumo, esse um terço informa que, se tivesse de comparecer às urnas hoje, anularia o voto ou votaria em branco. É gente que parece aguardar por uma sinalização qualquer de Lula.

O Datafolha apresenta o universo total do eleitorado como um bololô dividido em três grandes fatias. A fatia anti-Lula (31% dos brasileiros com direito a voto) continua detestando o PT e ruminando sua aversão a Lula. Nesse nicho, 32% votam na direita paleolítica representada por Jair Bolsonaro.

O pedaço do eleitorado pró-Lula, 100% feito de devotos, não se aborreceria se a divindidade presa em Curitiba pedisse votos para um poste. Como Lula ainda não pediu, pedaços da procissão começam a seguir outros andores, especialmente os de Marina e Ciro. Mas a maioria continua fazendo suas preces diante de um altar vazio.

De resto, existe a fatia da geleia geral (37% do eleitorado), que balança na direção de várias candidaturas. Destacam-se nesse grupo, por ora, os partidários de Bolsonaro e Marina. Mas ambos têm menos votos do que o bloco dos brancos e nulos. Ninguém se anima a votar numa hipotética candidatura de Lula no primeiro turno. Mas muitos não descartariam a hipótese de votar nele num eventual segundo round.

Para efeito de sondagem, o Datafolha incluiu o ficha-suja Lula em alguns cenários pesquisados. No principal, o candidato inelegível do PT amealhou 31% dos votos, seis pontos percentuais a menos do ele colecionava em janeiro. Sem Lula, Marina (entre 15% e 16%) encostou em Bolsonaro (17%). A dupla está tecnicamente empatada. Segue-se um amontado de concorrentes.

Desde 1994, quando Copa e eleições passaram a ocorrer no mesmo ano, os candidatos sabem que, enquanto não for decidido o torneio de futebol, a campanha política é um pesadelo que atrapalha o sonho de erguer a taça. Mas a prisão de Lula obriga o PT a adiantar o relógio.

Numa disputa com muitos candidatos, em que um cesto com menos de 20% dos votos pode levar para o segundo turno um pretendente ao trono, parece claro como água de bica que a herança eleitoral de Lula pode influir nos rumos da disputa. Resta saber se o petismo deseja jogar o jogo ou se vai continuar tentando cavar faltas.
Herculano
15/04/2018 10:09
MESMO DEPOIS DA PRISÃO, PRESTÍGIO DE LULA NO 2º TURNO NÃO SOFREU NENHUM ARRANHÃO; ELE BATERIA ADVERSÁRIOS COM AMPLA MARGEM, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Claro, claro!

As pessoas sempre podem olhar para o outro lado, negando-se a ver o que gritam os números. No primeiro turno, Lula teve o que chamo ligeira queda nas intenções de votos. Vistos outros números do levantamento, contata-se que se trata apenas de realismo do eleitor: ele está certo de que o líder petista, que está preso, não vai ser candidato. Mas isso não altera a sua escolha.

A ressurreição de Lula - obra da Lava Jato e da direita xucra - é pra valer. Ele só não será presidente da República pela terceira vez porque a Justiça vai impedi-lo de concorrer.

Pode parecer impressionante - e é mesmo! O fato é que a prisão nem mesmo arranhou o seu desempenho eleitoral no segundo turno quando se comparam os dados de agora com os de janeiro. Seguem praticamente iguais.

Há pouco mais de três meses, ele bateria Jair Bolsonaro por 49% a 32%; agora, por 48% a 31%. Contra o tucano Geraldo Alckmin, marcava 49% a 30%; neste abril, 48% a 27%. Contra Marina Silva (Rede), os 47% a 32% viraram 46% a 32%.

Sabem o que significa uma variação de um ponto percentual quando a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos? Nada!

Convenham: mais espetáculo do que Sérgio Moro tentou proporcionar com a prisão de Lula, bem, parece impossível. Ocorre que o petista deu um nó tático no juiz. Ainda que o magistrado tenha contado com o aparato midiático de hábito, o fato é que a percepção do eleitor não se deixou influenciar. Não ainda ao menos.

Se preso, Lula não será candidato. Se solto, também não. Até agora, a maioria dos votantes segue indiferente a essa evidência e daria ao petista o terceiro mandato.

Obra da Lava Jato e da direita xucra, que demonizaram todos os políticos. Deu no que deu.
Herculano
15/04/2018 10:06
OS NANICOS TEMER, MEIRELLES, MAIA, HADDAD, BOULOS...

Conteúdo de O Antagonista. Entre os nanicos, Flávio Rocha tem 1% no Datafolha.

Ele empata com os nanicos Henrique Meirelles, Rodrigo Maia e Michel Temer.

Fernando Haddad é soma de um nanico com um nanico: ele tem 2%.

Melhor do que Guilherme Boulos, o herdeiro de Lula, que nem chega a ser um nanico, com seu redondo 0%.

Manuela D'Ávila tem 2%, mas ela não conta, porque vai apoiar quem o PT mandar.

TERRA DE NINGUÉM

Terra de ninguém Em nenhuma outra região do país a ausência de Lula na disputa presidencial produz tantos órfãos como no Nordeste. O Datafolha mostra que o índice de eleitores que declaram voto branco, nulo ou em nenhum candidato quando o petista não está entre as opções salta do patamar de 13% a 14% para mínima de 31% e máxima de 34%, a depender do cenário. Como o ex-presidente é o nome de até 51% dos nordestinos, seu impedimento faz do território a fatia valiosa de seu espólio político.

Tempo urge O percentual de lulistas que afirmam votar no candidato indicado pelo ex-presidente (66%) deve ampliar a pressão interna para que o PT defina novo rumo. Há quem sugira que Fernando Haddad (PT-SP) seja lançado a um cargo para começar a percorrer o país e, depois, substituir o ex-presidente.

Pago para ver Integrantes da cúpula do PDT dizem que nem eles nem Ciro Gomes esperam que o PT os procure para construir uma aliança. Hoje, dirigentes do partido apostam que os petistas terão candidato próprio - e que este não passará de 10%.
Herculano
15/04/2018 08:22
TERRA DE NINGUÉM, conteúdo da coluna Painel (Daniela Lima), no jornal Folha de S. Paulo

Em nenhuma outra região do país a ausência de Lula na disputa presidencial produz tantos órfãos como no Nordeste. O Datafolha mostra que o índice de eleitores que declaram voto branco, nulo ou em nenhum candidato quando o petista não está entre as opções salta do patamar de 13% a 14% para mínima de 31% e máxima de 34%, a depender do cenário. Como o ex-presidente é o nome de até 51% dos nordestinos, seu impedimento faz do território a fatia valiosa de seu espólio político.

Tempo urge
O percentual de lulistas que afirmam votar no candidato indicado pelo ex-presidente (66%) deve ampliar a pressão interna para que o PT defina novo rumo. Há quem sugira que Fernando Haddad (PT-SP) seja lançado a um cargo para começar a percorrer o país e, depois, substituir o ex-presidente.

Pago para ver
Integrantes da cúpula do PDT dizem que nem eles nem Ciro Gomes esperam que o PT os procure para construir uma aliança. Hoje, dirigentes do partido apostam que os petistas terão candidato próprio ?"e que este não passará de 10%.
Herculano
15/04/2018 08:17
ENQUANTO LULA NÃO ESCOLHE SEU SUBSTITUTO, O DESEMPENHO DE ALTERNATIVAS PETISTAS É FRACO TAMBÉM NO SEGUNDO TURNO, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Os nomes petistas alternativos ao de Lula têm, por enquanto, desempenho pífio no primeiro e no segundo turnos. Reitere-se: isso é, de fato, retrato do momento. O potencial de transferência de votos do ex-presidente é enorme. A questão é saber se ele se mantém até outubro.

Fernando Haddad, pouco conhecido fora de São Paulo, perderia uma disputa com Jair Bolsonaro por 37% a 26% e, para Geraldo Alckmin (PSDB), por 37 a 21%. Quando o nome do ex-prefeito de São Paulo é substituído por Jaques Wagner, Bolsonaro marca 29% contra 33%, e Alckmin, 41% contra 17%.


SEM LULA, 32% DE SEUS ELEITORES DIZEM NÃO VOTAR EM NINGUÉM; MARINA, DEFENSORA DA SUA PRISÃO, É O NOME QUE GANHA MAIS VOTOS

Dizem não votar em candidato nenhum se Lula não disputar a eleição nada menos de 32% dos seus eleitores. Esse é o índice de "em branco/ nulo/ nenhum" caso isso aconteça ?" na contabilidade geral, tal número alcança 23% ou 24%. Entre os candidatos, a maior beneficiária acaba sendo Marina Silva, da Rede, que pode herdar 20% ou 21% dos eleitores do petista. A taxa de transferência para Ciro Gomes, do PDT, também seria alta: pode chegar a 15%. A coisa tem lá a sua ironia: Marina defendeu, ainda que de modo oblíquo, a prisão de Lula: ela se mostra uma fanática da Lava Jato. E, quando faz alguma restrição à operação, é para cobrar mais prisões.

Jair Bolsonaro (PSL), Joaquim Barbosa (PSB) e Geraldo Alckmin (PSDB) também mordem um tiquinho dos votos de Lula: entre 5% e 6%.

Já os nomes claramente identificados com a esquerda faturam menos: Manuel D'Ávila (PCdoB), Fernando Haddad ou Jaques Wagner, estes alternando-se no PT, levariam apenas 3%, a mesma fatia de Álvaro Dias (Podemos).

DEPOIS DA PRISÃO, PODE TER CRESCIDO O Nº DE PESSOAS QUE Só VOTARIAM NUM CANDIDATO QUE CONTASSE COM O APOIO DO EX-PRESIDENTE

A maior evidência de que a queda das intenções de voto em Lula no primeiro turno deriva apenas do realismo do eleitor, não de um aumento da rejeição a seu nome, está no potencial de transferência de voto. Em janeiro, diziam votar com certeza em um candidato indicado por Lula 27% dos entrevistados; agora, são 30%; poderiam fazer essa opção antes da prisão, 17%; agora, são 16%. O crescimento está na margem de erro, mas, dados elementos outros que a ele se soma, ele é bastante provável. Eram 53% o que diziam não votar num nome indicado por Lula; agora, são 52%.

Quando outros nomes de petistas substituem Lula, seu desempenho é muito fraco. Mas cumpre notar que, até agora, ele ainda não tem o seu ungido. Se o eleitorado fizer o que diz que vai ou pode fazer, aquele que contar com a anuência de Lula disputará o segundo turno.

METADE DOS ELEITORES ACHA QUE LULA DEVERIA DISPUTAR ELEIÇÃO; PARA 53%, PRISÃO É JUSTA; ENTRE OS MAIS POBRES, 51% DIZEM SER JUSTA

Vivo escrevendo que as pessoas não devem confundir o seu grupo de WhatsApp ou as páginas que visitam no Facebook com o que, de fato, acontece no país. Para 54%, a prisão de Lula foi justa, mas um grupo enorme, de nada menos de 40%, acha que foi injusta. Dizem não saber 6%.

Mas esse não é o número mais significativo. É praticamente igual o número de pessoas que avaliam que ele deveria ser candidato (48%) e que dizem o contrário (50%). Em janeiro, esses números eram de, respectivamente, 47% e 51%. Segundo o Datafolha, o que pensam que a prisão é justa se concentram nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, nas faixas de maior renda. Entre os mais escolarizados, essa avaliação chega a 71%.

Entre os menos escolarizados, 51% avaliam que a prisão é injusta, índice alcançado nas regiões Norte e Nordeste e entre os de menor escolaridade.

INTENÇõES DE VOTO EM LILA TIVERAM LIGEIRA QUEDA PORQUE, APóS PRISÃO, DISPAROU Nº DO QUE ACHAM QUE PETISTA NÃO SERÁ CANDIDATO

A prisão de Lula e os eventos espetaculares que a cercaram, incluindo as sessões do Supremo antecedidas de pressões de rua, mudaram pouco o cenário eleitoral no que diz respeito ao petista. Houve, sim, segundo o Datafolha, no primeiro turno, uma queda nas intenções de voto no petista, mas é pequena quando se consideram alguns outros dados do levantamento, de que ainda se falará aqui. Ele atingia até 37% no levantamento de janeiro. Agora, a sua melhor marca é 31%.

Ocorre que, depois da prisão, 62% acham que o líder petista não será candidato. Afirmam que "será com certeza" apenas 18% ?" em janeiro, eram 32%; naquele mês, 21% consideravam que "talvez fosse"; nesta pesquisa, cai para 16%.

Como vocês poderão perceber por outros dados, o vínculo de Lula com a parcela do eleitorado que ele já havia conquistado segue praticamente intacto. A intenção de voto caiu no primeiro turno porque, por óbvio, o eleitor imagina que quem está preso não vai disputar eleição
Herculano
15/04/2018 08:05
2018, UMA ELEIÇÃO DE NANICOS, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

O que nos diz o Datafolha deste domingo (15) quando se lê a pesquisa eleitoral de baixo para cima? Sim, há interesse em saber a quantidade de votos que leva o conjunto dos nanicos e de votos que não vão para candidato nenhum.

Com a defenestração de Lula da Silva, esta é a corrida presidencial em que o líder da pesquisa tem a quantidade mais nanica de votos, menos do que na pulverizada disputa de 1989, com a qual esta eleição se parece. Como de resto a campanha não começou, na verdade nem se organizou, se pode dizer que a refrega ainda está muito aberta.

Considere-se a votação dos ora nanicos, aqueles que têm 2% ou menos na pesquisa, entre os quais candidatos que devem cair pelas tabelas até a metade do ano. Somados, os seus votos dão cerca de 11% (nos cenários em que Lula não aparece). Esse Leviatã feito de nanicos estaria em terceiro lugar, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), que tem 17%, e de Marina Silva (Rede), 15%.

Os votos em branco ou em ninguém somam 23% do total. Quando não se apresenta uma lista de candidatos aos entrevistados, 46% dos eleitores dizem que não sabem em quem votar.

Os nanicos, votos brancos e nulos somam por ora 34% do total, portanto. Mudanças de humor nessa massa de eleitores podem provocar revertérios em uma corrida em que as diferenças de votação são mínimas.

O terceiro lugar é disputado pelo ex-ministro do Supremo Joaquim Barbosa (PSB) e Ciro Gomes (PDT), que marcam 9% dos votos, com Geraldo Alckmin (PSDB) na cola.

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Eleições 2018
Minha Folha

Ainda quanto ao eleitorado, há a incógnita do Nordeste e a dos mais pobres. Lula leva 50% dos votos no Nordeste (ante 23% no Sul-Sudeste). Quando o ex-presidente não aparece na disputa, a parcela de votos em branco ou nulos sobe de 14% para cerca de 33% no Nordeste; sobe de 14% para 27% entre os eleitores com renda familiar menor que dois salários mínimos (48% do total da amostra do Datafolha).

A eleição é mais que numeralha, porém, desculpe-se a obviedade ignorada por adeptos de corridas de cavalos. Haverá ainda uma campanha, que não envolve apenas tempo de TV, dinheiro e capacidade de difundir mentiras ou até programas de governo pelas redes insociáveis.

Uma campanha política depende também da definição de coalizões nacionais, aliados nos estados e grandes cabos eleitorais nas cidades, em geral prefeitos e deputados. Os pré-candidatos a presidente ainda não definiram quase nada a esse respeito, nem alianças sociais. Em suma, não se sabe bem com quais máquinas políticas os presidenciáveis poderão contar.

É claro que máquina por vezes não adianta de nada, como na eleição de 1989, prima distante da disputa de 2018.

Ulysses Guimarães (1916-92), senhor Diretas-Já, príncipe da Constituição de 1988 e da Nova República, candidato do PMDB, tinha o maior tempo de TV, o dobro do que dispunham os finalistas Fernando Collor e Lula. Seu partido tinha mais da metade dos deputados da Câmara. Chegou em sétimo lugar, entre 22 candidatos, com 4% dos votos, soterrado pelos destroços do governo ruinoso de José Sarney, que era o seu governo.

Isto posto, sem sabermos o que os candidatos dirão aos mais pobres, o que serão suas coalizões e com quais máquinas vão contar, fica difícil dar chutes informados sobre a eleição
Herculano
15/04/2018 07:59
MORTE E CORRUPÇÃO SACODEM O GOVERNO FLÁVIO DINO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou neste domingo nos jornais brasileiros

Envolvido em um esquema de corrupção na Secretaria de Saúde do Maranhão, no governo Flávio Dino (PCdoB), o médico Mariano Castro Mendes foi encontrado morto. A primeira versão foi suicídio. Ele estava em prisão domiciliar e deixou um diário detalhando o esquema de corrupção, segundo fontes do Maranhão. No Estado e em Teresina, onde o médico vivia, muitos acham que foi "queima de arquivo".

PF NA INVESTIGAÇÃO
O senador Roberto Rocha (PSDB-MA) pediu ao ministro da Justiça a Polícia Federal investigando as circunstâncias do suposto suicídio.

DE QUEM É A CULPA?
No pedido de investigação externa, Roberto Rocha ressalta o trecho em que Mariano Mendes desabafa: "a culpa não pode ficar só comigo".

CARTA COMO HERANÇA
A morte do médico ocorreu dois dias depois da divulgação de uma carta de próprio punho relatando seu esquema na Saúde do Maranhão.

LEITURA COM LUPA
A carta do médico está sob exame minucioso das autoridades policiais, em busca de pistas que as levem a eventuais responsáveis pela morte.

SUBSTITUIR PRESIDENTE QUE VIAJA É TOLICE HISTóRICA
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) pagou o mico de "estar" presidente da República por algumas horas, enquanto o titular do cargo, Michel Temer, dava um pulinho em Lima para participar da Cúpula das Américas. Tão pouco tempo só daria mesmo para que Cármen Lúcia, fosse seu feitio, chamasse amigos e parentes para fazer fotos de recordação no gabinete do 3º andar do Planalto, e nada mais.

TEMPO DAS CARAVELAS
Essa tolíssima interinidade foi criada há séculos, quando dignitários em viagem passavam semanas em alto mar, incomunicáveis.

QUANTA BOBAGEM
Países sérios não cogitam, nem de longe, que chefes de Estado e de governo em viagem ao exterior abandonem suas responsabilidades.

QUEM É O PRESIDENTE?
Até hoje, ninguém questionou a validade dos atos firmados lá fora pelo presidente em viagem. Afinal, o presidente de fato ficou em Brasília.

JUÍZO, SENHORES
Mudando de ideia sobre prisão em segunda instância, o STF daria um mau passo na consolidação das leis penais, com tanta impunidade reinante, e negaria perenidade à própria interpretação que faz das leis.

ESQUECERAM A VENEZUELA
Um mês após o crime, a ONG Anistia Internacional cobra "agilidade" nas investigações da morte de Marielle Franco. Já a crise humanitária na Venezuela bolivariana, há um mês não é assunto para a ONG.

HORA DE AGRADECER
O publicitário André Gustavo, que chegou a ser preso na Lava Jato, tem dito que acertou na loteria ao contratar o advogado José Diniz. Está muito a grato a ele: "tem muito conversador por aí, mas ele é sério, competente e disponível! Melhor que a maioria dos figurões."

PSB É COISA DO PASSADO
O ex-ministro Aldo Rebelo se filiou ao Solidariedade após Joaquim Barbosa, ministro aposentado do STF, ingressar no PSB para disputar o Planalto. Barbosa sempre manifestou solene desprezo por partidos.

POR QUE NÃO?
No sistema distrital misto, que voltará à pauta no Congresso, o membro do parlamento é eleito individualmente nos limites geográficos de um distrito. Vence o mais votado, por maioria simples ou absoluta.

O PIOR DOS CENÁRIOS
Para os investidores, o pior cenário na Bolsa de Valores e no câmbio no Brasil é a eleição de Ciro Gomes (PDT) para presidente. Segundo a XP Investimentos, mais de 65% deles apostam em dólar acima de R$ 4,10 e bolsa abaixo de 70 mil pontos em caso de vitória do ex-ministro.

ORÇAMENTO À BRASILEIRA
Termina neste domingo (15) o prazo para que o governo Temer envie ao Congresso o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2019. Mas como é fim de semana, detalhes só na semana que vem.

LOBBY POLICIAL
O deputado Cabo Sabino (PR-CE) quer autorizar que tempo na polícia passe a contar como "atividade jurídica". Na prática, não passa de uma manobra para facilitar o ingresso de policiais na magistratura.

PERGUNTA NA PORTA DA PF
Será tão revelador quanto o best-seller de James Comey, ex-chefe do FBI de Donald Trump, o livro do Leandro Daiello, ex-diretor da PF nos governos Dilma e Lula?
Herculano
15/04/2018 07:55
LULA NÃO É O MARECHAL PHILIPPE PÉTAIN

Regime de solitária-light imposto a Lula assemelha-se ao que a França deu a um traidor.

Passará o tempo, e o regime carcerário imposto a Lula deixará um travo amargo na memória nacional. Algo semelhante ao que resultou do embarque da família imperial para o exílio no meio de uma noite chuvosa, ou a ordem para que o caixão com o corpo de João Goulart percorresse os 180 quilômetros da fronteira argentina a São Borja, sem paradas no caminho.

Lula é um ex-presidente da República. Está sozinho numa sala com cama, mesinha e banheiro. Não pode deixá-la, e para se comunicar com os carcereiros deve bater à porta. À primeira vista deram-lhe uma regalia, pois está muito melhor que os detentos do sistema penal brasileiro.

As condições da solitária-light de Lula assemelham-se ao regime imposto na França de 1945 ao marechal Philippe Pétain. Ele traíra seu país e presidira uma ditadura pró-nazista. Foi condenado à morte, teve a sentença comutada e morreu no cárcere, em 1951.

Indo-se para um exemplo brasileiro, Lula está num regime muito pior que aquele vivido em 1969 por Darcy Ribeiro, ex-chefe da Casa Civil de João Goulart. Ele ficou preso no Batalhão de Comando do Corpo de Fuzileiros Navais, no Rio.

Darcy ficava num quarto iluminado e espaçoso. Fazia suas refeições e via a novela "Nino, o Italianinho" com os oficiais. Podia conviver com outros presos e, depois do expediente, circulava no pavilhão onde estava seu alojamento. Pelas paixões da época, Darcy era detestado, uma espécie de José Dirceu de Jango.

A prisão de Darcy havia sido ordenada pelo auditor Oswaldo Lima Rodrigues, que mandou-o para o Corpo de Fuzileiros Navais, comandado pelo almirante Heitor Lopes de Souza, um militar duro e direto a ponto de ter ganho o apelido de "Cabo Heitor". Suas simpatias pelos janguistas, a quem chamava de "gregórios", eram nulas.

Não havia emoções políticas no tratamento dado a Darcy, apenas uma espécie de cavalheirismo. Nessa época, a poucos quilômetros de distância, a Marinha institucionalizara a tortura de presos, massacrando jovens do MR-8.

Lula passa os dias só, trancado. Sem muito esforço, a Polícia Federal, o Ministério Público e o juiz Sergio Moro podem redesenhar esse regime carcerário, sem estimular um circo petista.

Moro seguiu o manual. Em 1889 não existia protocolo para o embarque de um imperador deposto, e em 1976 improvisou-se uma regra para o transporte de um ex-presidente morto. Nos dois casos os donos do poder fizeram o que achavam certo para a hora, sem perceber que estavam numa esquina da história.
Lula é um ex-presidente da República, levado ao poder pelo voto popular. Quando ele vive numa rotina semelhante à de um marechal usurpador e colaboracionista, alguma coisa está errada.

LULA ALERTADO EM 2015

Em 2015 um criminalista experiente familiarizou-se com o processo de Lula na Lava Jato e avisou: "Você vai preso".

Nessa época Lula e o comissariado petista resolveram adotar a estratégia de confronto com Moro e o Ministério Público.

TEMER E PUTIN
É possível que avancem as negociações para a suspensão do embargo russo às importações de carne brasileira.

Se isso acontecer, duas pessoas merecerão crédito. Michel Temer, por ter estabelecido uma boa relação com o russo Vladimir Putin e tratado diretamente com ele, além do próprio Putin, que nas conversas com brasileiros revelou-se um governante que faz obsessivamente o dever de casa.

O americano George W. Bush, por exemplo, foi conversar com Fernando Henrique Cardoso sem saber que havia negros no Brasil.

GILMAR E O TINHOSO
Numa rápida análise da situação do país, o ministro Gilmar Mendes disse "é como se o diabo nos tivesse preparado um coquetel".

O coquetel de Asmodeu foi feito assim:

Fernando Henrique Cardoso pôs uma dose de gim, Lula acrescentou uma colher de vermute e estava pronto o martíni. Aí chegou a Dilma e derramou Coca-Cola no copo.

Pelo seu comportamento nas últimas sessões do Supremo, Gilmar dá a impressão de que tem experimentado outros drinques do tinhoso.

A CARAVANA
Lula tem todo o direito de dizer que não é mais um ser humano, pois se transformou numa ideia, mas foi Temer quem zerou a fila do Bolsa Família, que chegou a ter 6 milhões de pessoas na espera, e
reajustou o benefício acima da inflação.

Hoje o programa atende 14,3 milhões famílias, 160 mil acima do recorde de 2014.

ALCKMIN E PAULO PRETO

No tucanato paulista circula o lembrete de que é injusto atribuir a Geraldo Alckmin maiores relações com Paulo Vieira de Souza, o temível "Paulo Preto".

Ele foi o condestável da Dersa, a estatal das rodovias paulistas, mas sua ligação política se dava com o senador Aloysio Nunes Ferreira, atual ministro das Relações Exteriores.

LULA E A VERDADE
Quem se der ao trabalho de ler a íntegra do discurso de Lula antes de se entregar à Polícia Federal verá que pela primeira vez ele reconheceu publicamente a derrota da greve que comandou em 1980.

Nas suas palavras:

"Ninguém aguentou 41 dias porque na prática o companheiro tinha que pagar leite, tinha que pagar a conta de luz, tinha que pagar gás, a mulher começou a cobrar o dinheiro do pão, ele então começou a sofrer pressão e não aguentou.

Mas é engraçado porque na derrota a gente ganhou muito mais sem ganhar economicamente do que quando a gente ganhou economicamente. Significa que não é dinheiro que resolve o problema de uma greve, não é 5%, não é 10%, é o que está embutido de teoria política, de conhecimento político e de tese política numa greve.

Agora, nós estamos quase que na mesma situação. Quase que na mesma situação."

Tradução: Lula acha que transformará a derrota da condenação numa vitória. A ver.

Desta vez "o que está embutido de teoria política" na encrenca é a legitimidade das roubalheiras controladas pelo comissariado petista. Quem testemunha parte delas é Antonio Palocci, ministro da Fazenda de Lula e chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff.

A PROVA HOROSCóPICA DE RODRIGO JANOT

Uma amostra do grau da insanidade que foi injetada nas denúncias do ex-procurador-geral Rodrigo Janot:

Em 2015 a presidente Dilma Rousseff e a marqueteira Mônica Moura passaram a se comunicar por meio de um dissimulado sistema de mensagens eletrônicas dentro do endereço 2606iolanda@gmail.com.

Segundo Janot, "2606" é uma referência "à data de 26 de junho de 1968, em que o grupo Vanguarda Popular Revolucionária, integrado por Dilma Rousseff, praticou um atentado com carro-bomba em um quartel em São Paulo, durante a ditadura militar".

Em junho de 1968, Dilma Rousseff não era militante da VPR. Ela estava no Comando de Libertação Nacional, o Colina. A prova horoscópica de Janot relacionou o "2606" ao atentado em que um grupo de terroristas matou o soldado Mário Kozel Filho em São Paulo. Tudo bem, mas naquele mesmo dia realizou-se no Rio a "Passeata dos Cem Mil". Janot também poderia dizer que era uma homenagem a Gilberto Gil, pois é a data de seu nascimento.

Depois do realismo mágico, Janot expôs a prova mágica
Herculano
15/04/2018 07:33
BRIGA COM O GUARDA, J.R. Guzzo, na revista Veja

Lula e o PT estão fazendo tudo para piorar a própria imagem

Talvez o ex-presidente Lula seja mesmo Deus, enfim revelado ao homem, como ele próprio vive dizendo que é. Esgotados os poderes da ciência, como diria seu ex-ministro Gilberto Gil, e esgotada toda nossa paciência, eis que ninguém com a cabeça no lugar consegue entender o que ele está fazendo ?" e, menos ainda, onde quer chegar com o que faz. Nesses casos, a saída geralmente mais prática é chamar a ajuda da fé. Deus, como logo aprende qualquer criança que começa a estudar o catecismo, é conhecido por fazer, ou por permitir que se faça, uma alarmante quantidade de coisas incompreensíveis ?" algumas delas, com todo o respeito, francamente estúpidas, como guerras mundiais, terremotos ou epidemias de peste negra. Mas somos todos informados, ao mesmo tempo, que não cabe ao ser humano tentar entender o que Deus faz, nem porque faz isso ou deixa de fazer aquilo. Os planos do senhor são mesmo misteriosos, e em vez de ficar tentando descobrir explicações para eles, a obrigação de todo bom cristão é não perguntar nada e acreditar que Deus está sempre certo. Em resumo: Deus sabe o que faz. Só assim, data máxima vênia, é possível lidar com os feitos de Lula, seu partido e a esquerda nacional desde que sua prisão foi decretada pela justiça - e, mais ainda, depois que foi realmente preso na Polícia Federal de Curitiba, sem data definida para sair de lá.

Não há nenhum nexo em nada do que estão fazendo - ou, então, Lula tem um plano secreto, que só ele conhece, e que nos será explicado um dia, como se espera que Deus faça quando vier o Fim do Mundo. É claro que se você for ouvir os analistas que aparecem nos programas políticos da televisão, os formadores de opinião e outros que se apresentam como feras em política, há grande possibilidade de ouvir que o ex-presidente tem uma "estratégia" muito bem montada, pois gênios como ele sempre têm uma estratégia. Não estão entendendo essa quizumba sem precedentes montada em torno dele? Calma, é tudo estratégia. O problema é que cada palpite é diferente do outro, ou até o seu contrário, e não se chega à conclusão nenhuma. O que dá para saber, com certeza, é que Lula e o seu sistema de apoio estão se comportando de maneira desconexa. Deveriam, pela lógica do sujeito comum que nunca é entrevistado por ninguém na mídia, estar fazendo o possível para tentar estabelecer um mínimo de convivência mais produtiva com as autoridades judiciárias e policiais encarregadas de mantê-lo no xadrez - já que ele está preso mesmo, e não vai sair dali fazendo discurso em cima de caminhão de som, que pelo menos se trabalhe, então, por um ambiente mais calmo entre as partes. Isso só poderia facilitar uma futura libertação. Mas tudo o que Lula tem feito, até agora, é promover a mais agressiva hostilidade contra o sistema que está com as chaves da cela. Não faz sentido - a menos, como dito acima, que Lula seja Deus e uma hora dessas resolva derrubar as paredes do prédio da PF em Curitiba e sair andando livre até Brasília, onde vai se declarar Presidente Perpétuo.

Antes de completar uma semana na cadeia, Lula já tinha pedido às autoridades uma esteira ergométrica pessoal, e autorização para ser visitado por pessoas alheias à família e à sua equipe de advogados. O PT, enquanto isso, oficiou ao governo federal pedindo que o chefe recebesse comida especial, para não ser envenenado na prisão. Governadores e outros peixes graúdos do PT e arredores tentaram visitar Lula em conjunto - apenas para chegar lá, fazer meia volta e ir embora, pois nenhuma penitenciária do mundo poderia aceitar uma coisa dessas. O PT prometeu que as "organizações populares", os "movimentos sociais", o "povo", etc. iriam cercar o prédio onde Lula está preso e só sair de lá quando ele for solto. Conseguiram, até agora, juntar umas 500 pessoas no lugar onde deveria estar a multidão; estão amontoadas em barracas de lona, fazendo suas necessidades físicas na rua, espalhando lixo, incomodando os moradores das vizinhanças com pedidos de comida e de água e, de uma maneira geral, tornando Lula e o Complexo PT-PSOL-PCdoB mais odiados do que já são. Os grandes líderes que convocaram o povo a ficar lá até lula ser solto deram uma passada e, depois, bem ?" você sabe. Um voou para Portugal. Outra foi para a Espanha. Nenhum cacique acampou; só vão à trincheira a passeio.

Dá para imaginar alguma coisa mais elitista do que uma esteira ergométrica pessoal? É impossível atrair simpatia, da mesma forma, dizendo coisas contrárias ao que o público está vendo com os seus próprios olhos. "A ficha está caindo", disse um dos chefes, antes de sumir do acampamento rumo ao aeroporto de Curitiba. "A população vai começar a vir para cá". Que população? Não apareceu uma única alma a mais depois dessa profecia. Também fica difícil imaginar como poderiam ajudar na soltura de Lula, entre as atividades de luta que o cerco à PF prometeu desenvolver, uma exibição de ioga, um espetáculo de teatro do MST e a oferta de uma cesta de produtos agro-ecológicos, segundo a descrição dos organizadores. O mesmo se pode dizer de atos religiosos não definidos, um encontro do movimento negro e uma "sessão" do Congresso Nacional que teve traço de audiência. Sobrou, fora isso tudo, a iniciativa da presidente do PT de incluir a palavra "Lula" no seu nome. Outros militantes prometem fazer o mesmo - sem que tenha sido possível entender, até agora, como um negócio desses poderia, na prática, ajudar o chefe a ser solto.

A última tentativa para libertar Lula é a circunstância, alegada pelo PT, de que ele está com pressão alta. Por que não? Para Deus nada é impossível.
Herculano
15/04/2018 07:30
da série: será que valerá quando chegar a vez de Aécio? Os ministros petistas do Supremo, mudaram quando chegou a vez de Lula e seus sóciosna da Lava Jato, endinheirados pelo roubo dos nossos pesados impostos e com a riqueza roubada pagar caríssimos advogados e esquemas no judiciário,

PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA E EFETIVIDADE JUDICIAL, por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo, no jornal Folha de S. Paulo

A Declaração francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) consagrou a presunção de inocência, que condiciona toda condenação à existência de um mínimo necessário de provas produzidas por meio de processo legal, devendo o Estado comprovar a culpabilidade do réu, que é presumido inocente.

No Brasil, a presunção de inocência foi consagrada no art. 5º, LVII, da Constituição Federal, ao estabelecer que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Essa condicionante "trânsito em julgado", porém, deve ser interpretada com prudência e razoabilidade, guardando coerência lógica com as exigências da própria presunção de inocência e se integrando com os demais princípios e regras constitucionais.

A presunção de inocência é respeitada quando o ônus da prova pertencer à acusação, sem que se possa exigir da defesa a produção de provas referentes a fatos negativos; quando a colheita de provas for realizada perante o órgão judicial competente, mediante o devido processo legal, contraditório e ampla defesa; e quando houver absoluta independência funcional do juízo natural na valoração livre das provas, em 1ª e 2ª instâncias.

Em respeito à presunção de inocência, o sistema organizatório-funcional da Justiça penal estabelecido pela Constituição garantiu cognição plena aos juízes e tribunais de 2º grau, ou seja, a competência para analisar o conjunto probatório e decidir o mérito das ações, afastando a não culpabilidade do réu e lhe impondo sanções, mediante decisão escrita e fundamentada.

As condenações proferidas pelos tribunais de 2º grau devem ser respeitadas e executadas, sendo inadmissível o congelamento de sua efetividade. As competências recursais do STJ e STF não têm efeito suspensivo e são restritas, não permitindo a realização de novas análises probatórias, uma vez que essa possibilidade foi constitucionalmente atribuída às instâncias ordinárias do Judiciário.

A exigência de trânsito em julgado representaria ostensiva subversão à lógica do sistema, com a transformação dos tribunais de 2º grau em meros órgãos de passagem, com grave comprometimento à efetividade da tutela judicial.

Esse sempre foi o tradicional e majoritário posicionamento do STF e prevaleceu em 75% do período de vigência da CF, tendo sido adotado por 71% de seus ministros que atuaram nesse período (três se aposentaram antes de se posicionar).

Desde promulgada a CF, em 5 de outubro de 1988, a possibilidade de execução provisória de pena após condenação em 2º grau foi majoritária por 22 anos e 6 meses. Da mesma maneira, dos 34 ministros que atuaram na Corte nesse período, 9 se posicionaram contrariamente.

Haverá o respeito à presunção de inocência sempre que o juízo de culpabilidade do acusado tiver sido firmado com absoluta imparcialidade, a partir da valoração de provas licitamente obtidas mediante o devido processo legal, contraditório e ampla defesa em dupla instância; e a condenação criminal tiver sido imposta, em decisão colegiada, escrita e devidamente motivada, com o consequente esgotamento legal de possibilidade recursal de cognição plena e de integral análise fática, probatória e jurídica.

A possibilidade de execução provisória de pena após condenação em 2º grau jamais teve impacto negativo significativo no sistema penitenciário, mas, principalmente nos últimos anos, gerou grande evolução no efetivo combate à corrupção, cuja imprescindibilidade de fortalecimento reafirma o sempre atual ensinamento do maior orador do Senado Romano, Cícero: "Fazem muito mal à República os políticos corruptos, pois não apenas se impregnam de vícios eles mesmos, mas os infundem na sociedade, e não apenas prejudicam por se corromperem, mas também porque a corrompem, e são mais nocivos pelo exemplo do que pelo crime.'

O texto constitucional garante o respeito à presunção de inocência, o combate à corrupção e a plena efetividade judicial.
Herculano
15/04/2018 07:23
'RACISTA É O CU DA MÃE", DECLARA FILHO DE BOLSONARO EM REAÇÃO CONTRA A PGR, por Josias de Souza

Um dos filhos do presidenciável Jair Bolsonaro, o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSC-RJ), abespinhou-se com a procuradora-geral da República Raquel Dodge, que denunciou seu pai no Supremo pela prática do crime de racismo. Sem mencionar o nome de Dodge, o pesonagem explodiu no Twitter. Utilizou palavras de calão rasteiro.

"Racista é o cu da sua mãe, militante esquerdista nojento. Jair Bolsonaro foi forjado no quartel, lugar de gente decente, humilde, trabalhadora e cheio de negão!", anotou o deputado. Na denúncia, Dodge evoca declarações feitas por Bolsonaro numa palestra no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, em abril de 2017.

"Eu fui em um quilombola em El Dourado Paulista", disse o presidenciável, numa das frases reproduzias pela procuradora-geral. "Olha, o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas". Bolsonaro disse também que os quilombolas "não fazem nada". Acrescentou: "Nem para procriador eles servem mais".

No perfil da conta do Twitter em que fez a suposta defesa do pai, Flávio Bolsonaro injetou um 'Negão' entre o seu nome e o sobrenome. Ele se define nas redes sociais como reacionário. "Reajo a tudo que não presta, como a esquerda, por exemplo." Tomado pela reação à denúncia da Procuradoria, o deputado converteu-se numa prova de que quem sai aos seus não endireita
Herculano
15/04/2018 07:20
ESTREIA DE JOAQUIM BARBOSA É MAIS UM OBSTÁCULO PARA ALCKMIN, por Bruno Boghossian

A chegada de Joaquim Barbosa (PSB) à corrida presidencial congestiona ainda mais o caminho que Geraldo Alckmin (PSDB) esperava percorrer na disputa deste ano. O último levantamento do Datafolha revela que, na largada, o ex-presidente do STF ocupa parte do eleitorado que foi a base política dos tucanos por duas décadas.

Estagnado nas pesquisas, Alckmin já observava os avanços de outros rivais sobre votos que considerava cativos. Jair Bolsonaro (PSL) agarrou os grupos antipetistas e eleitores mais ricos. Alvaro Dias (Podemos) abriu vantagem na região Sul.

Agora, Joaquim Barbosa firma suas bases em territórios que o PSDB esperava atacar para impulsionar seu candidato. O ex-ministro do Supremo apareceu com 17% das intenções de voto entre eleitores com curso superior, logo atrás de Bolsonaro. Enquanto isso, Alckmin patina nesse segmento, com apenas 6%.

O juiz do mensalão também rouba votos em tradicionais redutos geográficos e urbanos do tucanato. Nas grandes cidades, tem 12% contra 6% do pré-candidato do PSDB. No Sudeste, Barbosa marca 11%, empatado com o ex-governador de São Paulo.

O potencial de votos de Barbosa ainda é incerto. Acredita-se até que ele possa absorver parte dos votos do ex-presidente Lula. Por enquanto, seu melhor desempenho se dá em segmentos que têm acesso fácil à informação - justamente os grupos que costumavam votar no PSDB e, por ora, resistem a repetir a dose.

O desgaste dos tucanos, o aparente declínio da polarização com o PT, a pulverização de candidaturas e a timidez de Alckmin na pré-campanha explicam a substituição de seu nome por outros na cabeça do eleitor.

O PSDB terá dinheiro e espaço na TV para tentar turbinar a figura de Alckmin quando a campanha começar de verdade, mas é bom lembrar que esta será uma corrida curta. Se o tucano cair para o segundo pelotão, pode ficar sem fôlego para recuperar o espaço perdido no sprint final.
Herculano
15/04/2018 07:15
ESTÁ QUENTE, ESTÁ FRIO, por Carlos Brickmann

Está quente: o ministro Marco Aurélio marcou para terça, depois de amanhã, a decisão sobre o recebimento de denúncia por corrupção passiva contra o senador Aécio Neves, ex-presidente nacional do PSDB. Na sessão do Supremo, decide-se o recebimento da mesma denúncia contra a irmã de Aécio, Andréa, do primo Frederico Pacheco e de Mendherson Souza Lima, todos delatados por Joesley Batista, que se fazia passar por amigo. Diz a denúncia que Aécio pediu R$ 2 milhões de propina a Joesley. Aécio diz que pediu dinheiro, como empréstimo, para pagar seus advogados.

Está frio: a vocação punitiva do STF não é tão vocacionada assim. Diz o colunista Cláudio Humberto (www.diariodopoder.com.br) que o ministro Celso de Mello segura há dez anos ação contra o deputado federal Flaviano Melo, do MDB do Acre, acusado de gestão fraudulenta quando governador, entre 1988 e 1990. A ação está pronta para julgamento em plenário, desde que Celso de Mello libere seu voto. A denúncia foi recebida em 2002, está no Supremo desde 2007, e prescreve no fim de junho. A partir de agosto, adeus julgamento. A ação estará extinta. O réu livre, leve. E solto.

Celso de Mello segura também, desde fevereiro, as duas primeiras ações penais liberadas para julgamento pelo relator da Lava Jato, ministro Édson Fachin: uma contra o deputado federal Nelson Meurer, do PP, outra contra a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann. Um dia, talvez.

CUMO É O NOME DELA?

Gleisi, a propósito, pediu a mudança de seu nome parlamentar para Gleisi Lula Hoffmann. Patrus Ananias também: Patrus Lula Ananias. E o senador Lindbergh Farias: Lindbergh Lula Farias, "Lindinho" para seus eleitores. O vereador Fernando Holiday fez a mesma coisa, ao contrário: é Fernando Moro Holiday. Tem gente que não pode ver um mico que sai correndo para pagá-lo.

JOGANDO PARA A PLATEIA

Não se impressione com a manobra do PT, que pediu "medida cautelar" ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, para que o Governo brasileiro impeça a prisão de Lula até que todos os recursos tenham sido esgotados. A ONU não pode alterar resoluções judiciais de países-membros.

BRASIL BRASILEIRO

O excelente repórter Paulo Renato, colaborador desta coluna no Mato Grosso do Sul, chama a atenção para uma peculiaridade do Estado: nestas eleições, quem está em primeiro lugar nas pesquisas é quem mandava prender, o juiz Odilon de Oliveira, do PDT. Em segundo, vem quem já foi preso, o ex-governador André Puccinelli, do PMDB; em terceiro, quem é investigado por denúncia de corrupção, em delação da JBS, o atual governador Reinaldo Azambuja. O caçador lidera a corrida e a caça perde.

Só BOATO

Uma notícia falsa se espalhou rapidamente pela Internet, para denunciar uma suposta maquinação de ministros do Supremo para libertar presos da Operação Lava Jato. A manobra seria a seguinte: o ministro Marco Aurélio teria aproveitado a viagem de Temer à Cúpula das Américas, com a consequente posse de Carmen Lúcia como presidente da República e a de Toffoli em seu lugar no Supremo. Com Carmen fora da votação, a prisão em segunda instância não seria confirmada: com o placar de 5? - 5, os réus seriam beneficiados com a liberdade. Só que não: Temer volta no domingo e reassume a Presidência, Carmen Lúcia volta ao comando do Supremo e as votações ocorrem com a formação habitual da Corte,

SINAL DE SEMPRE

A informação falsa sobre a manobra que não houve tem uma característica que nunca falta e que é sinal seguro de que está tudo errado: o texto mal-educado, que troca fatos por insultos. Nesta, os ministros são chamados de crápulas e vagabundos. Com essa linguagem, nunca é verdade. O pedido "compartilhem ao máximo" também nunca falta em notícia falsa. E anda serve para facilitar a proliferação de vírus.

INTIMIDADE?

Esqueça: hoje em dia (e não apenas por artes do Facebook) seus dados pessoais estão à disposição da praça. Privacidade? Intimidade? Clique http://easyconsultas.com/consulta.php e dê o CPF para ter informações sobre o portador, algumas certas e atualizadas, outras superadas, outras que nada têm a ver com o portador daquele documento. Legal ou ilegal? É melhor consultar advogados. Mas o link não é clandestino: quem o recebe, recebe abertamente.

CAMINHO POSSÍVEL

Preste atenção na ideia de uma Assembleia Constituinte, separada do Congresso, com a missão de mexer amplamente na Constituição de 1988. A ideia cresce e muita gente a vê como saída para a crise
Herculano
15/04/2018 07:05
ELEIÇÃO SEM LULA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

A maioria dos eleitores não acredita que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vá disputar a corrida presidencial. Não era assim em janeiro, antes da prisão do ex-mandatário.

Tal evolução, contudo, não contribuiu para clarear ou alterar sobremaneira a disputa entre os demais pré-candidatos.

Na nova pesquisa do Datafolha, 62% entendem que Lula está fora do pleito, crença de 43% dos entrevistados há pouco mais de dois meses. Expressivos 40% consideram seu encarceramento injusto, mas uma maioria de 54% o aprova.

Essa ambivalência se reflete nas intenções de voto no petista, que ainda lidera a pesquisa, com 30% ou 31% das preferências.

Na sua ausência, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) aparece à frente em qualquer cenário, sempre com 17%, tecnicamente empatado com Marina Silva (Rede), que tem 15% ou 16%.

A ex-senadora e Ciro Gomes (PDT) são os que mais crescem quando Lula não está na cédula. O pedetista divide o terceiro lugar com Joaquim Barbosa (PSB) e Geraldo Alckmin (PSDB).

Não se trata de uma situação propriamente nova, consideradas as pesquisas de 2017, embora os cenários não possam ser comparados com precisão.

Bolsonaro parece por ora estagnado. Barbosa, um nome alheio ao universo político tradicional, atrai parcela relevante do eleitorado, mesmo sem ter feito campanha. Alckmin continua com dificuldades para se sobressair.

Mesmo com base partidária minguante e intervenções rarefeitas no debate nacional, Marina se aproxima da liderança. Ciro apresenta boas chances de se tornar um aglutinador de votos da centro-esquerda, ainda mais se controlar seu destempero desagregador.

Para 28% dos entrevistados, ele deveria ser o candidato apoiado por Lula, contra 15% de Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo.

Ainda notável é a discrepância regional das preferências. O líder petista deveria ser impedido de disputar a eleição para 50% dos entrevistados, na média nacional; no Nordeste, 72% acham que ele deveria estar no pleito.

A disputa segue muito aberta, com quantidade desmedida de postulantes. Mesmo que muitos sejam nanicos de votos, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), a fragmentação dificulta identificar os mais competitivos.

As coalizões nacionais e regionais mal começam a ser negociadas. Há candidaturas apenas especuladas, outras recém-definidas; várias ficarão pelo caminho. De mais certo, no momento, há apenas o destino de Lula.
Herculano
14/04/2018 22:23
"E O AÉCIO?" EU TE CONTO, por João César de Melo, artista mineiro

Graças à esquerda, Aécio Neves estava tranquilão até quarta-feira passada.

Assim como Michel Temer, Renan Calheiros, Romero Jucá, Fernando Collor, Fernando Pimentel, José Serra e tantos outros políticos corruptos, Aécio estava certo de que seria um sucesso a campanha do PT para fazer o STF conceder habeas corpus à Lula e inverter a decisão da corte que vinha permitindo a prisão após condenação em segunda instância - o que beneficiasse Lula, beneficiaria ele. No entanto, "deu ruim". O pedido foi negado.

Quatro dos seis ministros que votaram contra o habeas corpus foram indicados por Dilma. Que coisa, não?

Aécio Neves só está solto porque goza de foro privilegiado, uma prerrogativa que a esquerda nunca combateu.

Por outro lado, todas as manifestações contra Dilma em 2015 e 2016 pediam, também, o fim do foro privilegiado.

Em maio de 2017, O Globo revelou as gravações das conversas de Joesley Batista com Michel Temer e Aécio Neves. Grampos autorizados por Rodrigo Janot, então Procurador-Geral da República.

Atendendo ao pedido de Janot, o ministro Edson Fachin pediu a suspensão do mandato e a prisão de Aécio Neves.

Nesse mesmo dia, foram presos um primo e uma irmã do senador do PSDB. Foi cumprido ainda um mandado de busca e apreensão nos endereços relacionados ao senador.

No dia 21 de maio de 2017, o jornal O Globo noticiou o jantar promovido pelos advogados de Aécio e Dilma para alinharem os argumentos e os ataques contra Sérgio Moro e Edson Fachin.

Quatro dias depois, a Folha noticiou que FHC, Lula e Sarney articulavam um eventual "pós-Temer".
Um dia depois, Gilmar Mendes tentou colocar em plenário a delação da JBS para anulá-la, o que beneficiaria diretamente Aécio Neves e Michel Temer.

No dia 2 de junho de 2017, Rodrigo Janot denunciou Aécio Neves com base nas investigações feitas pela Operação Lava Jato.

Mais de 4 meses depois, o STF finalmente julgou o pedido de prisão contra Aécio Neves relatado por Edson Fachin. Foi negado.

Essa breve compilação de fatos mostra que Aécio Neves só está solto graças ao PT e à pressão que os petistas fazem para manter todos os mecanismos legais de impunidade.

Ao defender Lula, os petistas defenderam Aécio Neves. Ao se negar a exigir o fim do foro privilegiado, a esquerda mantém Aécio livre. A Lava Jato fez sua parte: investigou e encaminhou os processos contra Aécio Neves ao STF, onde se encontram, junto com os processos que tratam da roubalheira de Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias.

Se os mesmos artistas, sindicatos e "isentões" de plantão nas redes sociais tivessem militado pelo fim do foro privilegiado, talvez Aécio e muitos outros políticos já estariam presos.

Se essas pessoas quisessem mesmo a prisão do Aécio Neves, elas estariam exigindo a manutenção da prisão após condenação em segunda instância e organizando manifestações em Minas Gerais para que os mineiros não o elejam mais.

Se essas pessoas fossem mesmo contra a corrupção não teriam defendido Lula.
O fato é que os melhores advogados que Aécio Neves poderia ter são os petistas. A impunidade de Aécio depende do esforço da esquerda para destruir a Lava Jato.

Milhões de brasileiros foram às ruas contra Dilma porque ela estava afundando o Brasil no caos econômico. Depois, voltaram às ruas contra Lula, contra o fato absurdo de um condenado por corrupção e lavagem de dinheiro estar solto e ainda concorrendo à Presidência da República. Atingimos nossos objetivos sem violência, sem depredações e sem pagar "cachê" para pessoas pobres participarem dos protestos.

Quanto ao Aécio, ele nem consta mais nas pesquisas de intenção de voto. Tornou-se apenas mais um político corrupto com foro privilegiado que não pode ser alcançado pela Lava Jato por causa disto.

Num país de tantos absurdos, é impossível ir às ruas contra cada um deles.

Se a esquerda realmente quer que Aécio seja preso, que vá às ruas pacificamente como milhões de brasileiros fizeram. Promovam eventos que não sejam apenas de militantes profissionais. O que impede que PT, PSOL, PCdoB, MST e CUT façam isso? O que impede que seu amigo colecionador de memes da esquerda, inconformado com a liberdade de Aécio, organize grupos para defender a prisão do senador tucano?

Nós não sofremos por Aécio, Temer ou qualquer outro. Muito menos sairemos às ruas para defendê-los. Se depender de nós, que sejam presos. E, de preferência, na mesma cela de Lula.
Sidnei Luis Reinert
14/04/2018 21:36

sábado, 14 de abril de 2018
A Jagunçagem Institucional contra Bolsonaro



Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A sexta-feira foi 13 para Jair Bolsonaro. O presidenciável do PSL tomou dois sustos. Primeiro, assou mal no Aeroporto de Roraima, e assim que chegou ao Rio de Janeiro teve de ser atendido no Hospital Central do Exército. Segundo, a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, denunciou o deputado ao Supremo Tribunal Federal por suposto crime de racismo contra indígenas, quilombolas, refugiados, mulheres e LGBTs. Bolsonaro já era processado no STF pela absurda acusação de crime de apologia ao estupro contra a deputada petista Maria do Rosário.

A tradução correta da inusitada notícia é: O establishment (palavra bacana para designar o famoso "Mecanismo") começa a agir para impedir que Bolsonaro consiga chegar à Presidência da República pelo voto na corrida maluca de 2018. A denúncia no caso Maria do Rosário já era digna de um um surreal rigor seletivo contra o pré-candidato. Agora, inventa-se um crime de racismo baseado em uma opinião (até desnecessária), emitida em abril do ano passado, durante uma palestra no Clube Hebraica, do Rio de Janeiro. Bolsonaro também responde pelo crime de ter pescado um peixe em uma área de proteção ambiental...

Nada de anormal. O "Mecanismo" funciona de modo previsível. Algum inimigo o incomoda? Simples: basta usar os aparelhos repressivos estatais para arrasar com ele. Aplica-se o rigor seletivo, aproveitando o regramento excessivo que dá margem a variadas interpretações legais, para destruir qualquer um, seja moral ou criminalmente. O fenômeno poderia ser sociologicamente batizado de "Jagunçagem Institucional". As instituições são usadas para coagir, reprimir e (que redundância!) cometer crimes.

Ninguém duvide que o "Mecanismo" vai agir em altíssima velocidade para impedir a candidatura presidencial de Bolsonaro. Polêmico, o candidato de discurso conservador e rotulado pelos inimigos como um "radical de direita" tem uma característica que o sistema não perdoa: o nome dele não aparece envolvido em qualquer esquema de corrupção. Bolsonaro não interessa ao sistema de poder vigente. O "Mecanismo" fará de tudo para acabar com ele. O objetivo principal é impedi-lo de ser candidato, já que tem popularidade crescente e chance de vitória.

O "Mecanismo", atualmente, tem uma deficiência capaz de gerar sua autodestruição. As pessoas comuns já conseguem perceber como o mecanismo funciona, praticando suas variadas sacanagens e crimes contra todos ou qualquer um. O mecanismo está exposto. Falta, ainda, neutralizá-lo. A tarefa é difícil. Parece impossível. Mas a sorte é que nada sobrevive para sempre. A mudança é inevitável. Às vezes, fatal.

Imagina o que pode acontecer se o Supremo Tribunal Federal, com o filme queimado perante a maioria da opinião pública, fabricar uma condenação contra Bolsonaro em um crime que ele absolutamente não cometeu contra Maria do Rosário. Existem imagens para comprovar que, se havia um crime ou delito, quem o cometeu foi a deputada petista. O "Mecanismo", no entanto, adora cometer estas absurdas inversões de valores, a fim de eliminar seus inimigos. A nossa sorte é que o Mecanismo esquece que tudo é efêmero...

As armações contra Bolsonaro podem ter o efeito contrário ao esperado pelo Mecanismo". A jagunçagem institucional contra Bolsonaro pode aumentar, ainda mais, a popularidade dele. A injusta perseguição implacável tem tudo para consolidar a imagem mítica de Bolsonaro como uma figura com coragem para enfrentar o sistema corrupto de poder. Se Bolsonaro não for impedido pelo Mecanismo de disputar o Palácio do Planalto, suas chances de vitória ficam maiores... Se for barrado, a reação popular ou de segmentos que o apóiam ?" como os militares ?" tende a ser surpreendente...

O povão está com enormes dificuldades para aceitar e entender um STF que liberta traficantes, alivia a barra de assassinos ricos e não prende e nem condena corruptos descarados, enquanto ameaça agir com todo rigor seletivo contra o Bolsonaro...

O jurista Modesto Carvalhosa anda pt da vida com o STF: "O STF não pode ser lugar para habeas corpus de bandidos e corruptos. Se verifica que há um grupo de quatro ministros relaxadores de prisão. Marco Aurélio Mello, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Esses são verdadeiros homologadores de crimes. Crimes de corrupção são crime contra a humanidade e eles vão soltando todo mundo".

O Mecanismo é arrogante e se considera poderoso e acima de tudo e de todos. A tendência da perseguição implacável contra Bolsonaro? Resposta bem simples e popular: Vai dar Merda!...

As Gestapos tupiniquins que se cuidem... Vai dar merda...
Herculano
14/04/2018 19:12
A PATOLOGIA LULA, por José Carlos Marques, diretor editorial da revista Isto é

As romarias, os cânticos em seu nome, a louvação às suas palavras, tudo leva a crer que os adoradores de Lula já o colocaram em um pedestal de divindade, no qual nenhuma acusação de crime, nenhuma prova ou evidência pode alcançá-lo. Nem mesmo erros conhecidos, a clamorosa afronta às instituições, o descaso que demonstrou com a Lei e a ordem, a incitação à baderna ?" sugerindo aos seguidores "queimar pneus", "fazer passeatas" e "ocupações no campo e na cidade" - serão capazes de denegri-lo.

Não para esses fiéis, cegos na veneração. Não importa, não tem valor os desmandos, não maculem a imagem do protetor dos desassistidos - mesmo que ele tenha se locupletado com o dinheiro alheio, justamente daqueles a quem prometia a salvação. É perjúrio dizer isso, pecado capital. Bem-aventurados os que creem porque esses seguirão ao lado do todo-poderoso. O próprio Lula, como diz na pregação que fez de autorreferência, nos momentos derradeiros do martírio rumo ao calabouço, descortinou o caminho da fé: "eu não sou mais um ser humano, sou uma ideia".

Talvez o grau etílico no momento da fala, naquele sábado de paixão petista, tenha contribuído para o delírio. Mas há de se supor que Lula acredita na própria profecia. A ascensão do mundo dos mortais à esfera dos deuses se dá com a sagração de seus apóstolos. Cada um deles, congressistas de carteirinha, tratou logo de pedir à plenária daquela casa de tolerância a inclusão da menção "Lula" em seus respectivos nomes parlamentares.

Assim Gleisi "Lula" Hoffmann, Paulo "Lula" Pimenta e quetais, da noite para o dia, devotaram sua existência política ao redentor. Eis a mensagem da fé! Aleluia ao Senhor. Seria cômico, não fosse triste. O Partido dos Trabalhadores agoniza engolfado pelo devaneio. Deixou de lado programas, bandeiras, a própria essência ideológica que dava corpo à agremiação, para virar seita.

Tal qual a de reverendos suicidas que conclamam incautos para a reclusão e o fim trágico coletivo em nome de uma crença. A cúria petista, nos dias que se seguiram a prisão de seu líder maior, arrastou uma patológica massa de romeiros para Curitiba, sede da masmorra/recanto de seu mentor, e ali fincou acampamento, revezou hordas de peregrinos nos gritos de saudação "bom dia, Lula", "boa noite, Lula" e maquinou a ressurreição do demiurgo.

Levou governadores partidários para visitas improváveis, articulou comissões no Senado para a averiguação das condições da cadeia, promoveu algazarra e violência a intimidar os locais. Em suma, rezou conforme a cartilha de insanidades do lulopetismo. No enredo do calvário que culminou com a rendição midiática o ingrediente das vaias e fogos a comemorar o feito da Justiça não poderia faltar.

Lula aquiesceu na última das quedas de sua paixão, em pleno heliporto da atual morada. Horas antes, do palanque improvisado em um carro de som, como numa missa de corpo presente, exibiu-se à imagem e semelhança de um cadáver político. Dava para notar no tom soturno de suas imprecações, inconformado com o próprio fim, que rogava por uma plateia maior que a avistada ali de cima. Lula almejava a reencarnação em "um pedacinho de célula de cada um de vocês".

Pedia a militância de muitos "lulinhas", dos "milhões e milhões de Lulas". Já era o ente falando. Os exegetas bíblicos deveriam rapidamente rever as encíclicas para incluir o nome do novo santo. Lula tem certeza de seu direito divino a figurar nos versículos do livro sagrado.

Disse em certa ocasião que "as pessoas deveriam ler mais a bíblia para não usar tanto meu nome em vão" e cravou a memorável lembrança de que "não existe uma viva alma mais honesta do que eu". A mística do Salvador da Pátria em pessoa deu o tom do desvario de lá para cá. Não há na política brasileira mais espaço para um messias oportunista. De mais a mais, as previsões apocalípticas não se confirmaram.

O mundo não acabou com a sua prisão, como ele e a parolagem petista vaticinaram. Lula é agora apenas um número no Cadastro Nacional de Presos (CNP). Detento ficha 700004553820. Até ressuscitar vai uma penosa provação. Aleluia.
Herculano
14/04/2018 09:39
LIMITAÇÃO DO FORO + PRISÃO = DETERGENTE POLÍTICO, por Josias de Souza

O Supremo está muito próximo de produzir um poderoso detergente, capaz de acelerar a higienização da política nacional. Cármen Lúcia, a presidente da Corte, marcou para 2 de maio a conclusão do julgamento que limitará a abrangência do foro privilegiado. Num plenário com 11 togas, sete já votaram a favor. Somando-se essa novidade à regra que autoriza o encarceramento de condenados no segundo grau, chega-se à fórmula mágica: os corruptos serão empurrados para dentro da máquina de lavar da primeira instância. Depois, serão passados a ferro por tribunais de segunda instância.

Engendrada pelo ministro Luís Roberto Barroso, a restrição ao foro privilegiado acontecerá assim: ficarão no Supremo apenas os processos referentes a crimes praticados por parlamentares no exercício do mandato, desde que sejam relacionados ao exercício da função púbica. As coisas ficam mais claras quando os holofotes iluminam um caso concreto - como o de Aécio Neves, por exemplo.

Na terça-feira, a Primeira Turma do Supremo deve converter em ação penal a denúncia em que a Procuradoria acusa Aécio de extorquir Joesley Batista, da JBS, em R$ 2 milhões. O crime não tem vinculação com a atividade parlamentar do senador tucano. Assim, sacramentada a limitação do foro, os autos descerão à primeira instância. E Aécio trocará a bolha do foro privilegiado, onde respira a esperança da prescrição, pelo sacolejo asfixiante da primeira instância.

Desde que a Lava Jato começou, há quatro anos, foram investigados, julgados e encarcerados políticos sem mandato, como Lula e Eduardo Cunha, e oligarcas do PIB, como Marcelo Odebrecht e Leo Pinheiro. Produziram-se, por ora, 188 condenações contra 123 pessoas. Juntas, as sentenças somam 1.861 anos e 20 dias. No Supremo, não há vestígio de condenação. Repetindo: a Suprema Corte não condenou um mísero corrupto pilhado na Lava Jato.

Agora, esquivando-se das tentativas de virar a mesa, o Supremo está a um passo de fechar o alçapão da impunidade dos figurões da política.
Roberto Basei
14/04/2018 09:28
Governo do Estado de São Paulo realiza reuniões técnicas sobre terminologia correta para pessoas com deficiência


A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo realiza, neste ano, a 7ª Edição do Encontro Estadual de Gestores de Comunicação do Estado de São Paulo, com um diferencial: serão três reuniões técnicas voltadas a nichos específicos da área da Comunicação: profissionais de mídia (rádio, TV, impressa e digital); profissionais de publicidade e propaganda; e gestores públicos e assessores que prestam atendimento ao público. A primeira Reunião Técnica sobre Inclusão para Profissionais de Comunicação acontece em 25 de abril de 2018, das 9h30 às 12h, na sede da Secretaria, capital paulista.


ESPECTRO
Espectro é o nome dado para a visão de uma imagem considerada
Aliás, a palavra espectro pode assumir diferentes tipos de acepções, de acordo com o contexto em que é utilizada.
Espectro eletromagnético
Consiste em todas as frequências que fazem parte da radiação eletromagnética, desde as ondas de baixa frequência até as de maior frequência, como a radiação gama.
A SINDROME DO ESPECTRO AUTISTA
Dentro do espectro existe o autista Leve, Medio e Severo que já está ultrapassada, haja vista haver novos estudos.
Quando frequento palestras sobre inclusão social, todos os palestrantes sem exceção;
Consideram quem sofre da síndrome: Como pessoas em que a sua única dificuldade encontrada se considera como uma corrida de obstáculos, algumas pessoas tem barreiras de um metro de altura, e os portadores da síndrome com dois ou mais. E com auxilio correto conseguem transpor 'SIM'.
CURIOSIDADES SOBRE A DOENÇA

BILL GATES E OUTROS TANTO QUE NINGUEM FAZ IDEIA

https://www.youtube.com/watch?v=jMdiS9U_08Y

A forma chula como está posta da para fazer do limão uma limonada, reverteremos em cobrança, que a assistência social e os homens da (IGREJA) se façam valer e que se desenvolva-se projetos para melhor atendimento, pois estamos perdendo valores por pura falta de conhecimento.
Herculano
14/04/2018 09:05
LIGA DA JUSTIÇA, por Oscar Vilhena Vieira, professor de direito constitucional da FGV-SP, é doutor pela USP e tem pós-doutorado por Oxford, no jornal Folha de S. Paulo

Não me surpreende que a profunda crise política em que submergimos após a crispada eleição de 2014 tenha se deslocado para o colo do Supremo Tribunal Federal.

O clima de forte desconfiança entre os políticos que participaram do momento constituinte de 1987-88 levou a que se transferisse ao Supremo um papel central na tutela da própria política, assim como das inúmeras promessas e interesses entrincheirados no pacto de 1988. Ao tribunal foram concedidos poderes que, na maior parte das democracias constitucionais, estão distribuídos entre as diversas esferas do sistema de Justiça. Aqui ficou tudo concentrado numa espécie de "liga da Justiça".

Ao Supremo foi conferido o papel essencial de corte constitucional, em que tem por missão resolver questões jurídicas moralmente difíceis, politicamente complexas e com grande impacto econômico e social.

Também ficou o Supremo com a função de tribunal de recursos, responsável por rever anualmente milhares de decisões tomadas por nada menos do que 90 tribunais federais e estaduais.

Por último, ao Supremo foi atribuída função de tribunal especial de primeira instância, em que analisa a validade dos atos praticados por altas autoridades, assim como julga criminalmente dos membros do parlamento ao presidente da República.

Enquanto vivemos um ciclo virtuoso de nossa democracia, pautado na alta capacidade de coordenação política do presidencialismo de coalizão, o Supremo conseguiu se equilibrar nas suas múltiplas tarefas. É fato que pouquíssimo fez no campo da aplicação da lei penal a políticos corruptos. Ao menos até o escândalo do mensalão.

A vida jamais foi tranquila, mas teve inclusive capital reputacional para decidir temas constitucionais polêmicos, como ação afirmativa, lei de anistia, união civil entre pessoas do mesmo sexo, cláusula de barreira, sem jamais ter a sua autoridade desafiada. Acertando ou errando.

Com o aprofundamento da crise econômica, com fortes repercussões sociais, somada a um escândalo de corrupção sem precedentes, e o consequente debacle da classe política, o Supremo foi tragado para o centro da crise. Teve que supervisionar o conturbado impeachment da ex-presidente, afastar o presidente da Câmara, tirar da linha sucessória um presidente do Senado e solicitar autorização à Câmara para processar criminalmente o presidente da República.

Além disso, tem tido que lidar diariamente com os impactos diretos da Lava Jato sob sua jurisdição, que vão do julgamento de espinhosos habeas corpus, como o do ex-presidente Lula, até o processamento de dezenas de processos criminais contra parlamentares. O senador Aécio Neves parece ser o próximo. Dado o largo espectro dos políticos abatidos pela Lava Jato, o Supremo tornou-se uma esfera estratégica a ser controlada pela classe política, que evidentemente está buscando explorar a seu favor as idiossincrasias e fissuras do tribunal. Seu desafio é superar a pecha de seletivo.

Terminada a borrasca, certamente seremos obrigados a revisitar as atribuições do Supremo. Acabar com o foro privilegiado seria um primeiro feito. Retirar do seu cotidiano milhares de recursos, agravos e habeas corpus, também seria indispensável para que o Supremo pudesse exercer, com o devido cuidado e serenidade, a função de corte constitucional, que lhe é essencial.
Herculano
14/04/2018 08:53
A GASPAR SEM PLANEJAMENTO. TRÂNSITO CONTRA O COMÉRCIO

Hoje o Comércio de Gaspar, o que recolhe impostos e sustenta substancialmente o governo local, está numa promoção para melhorar as vendas e vai até as 16h. Mas, alguém está contra ele: a prefeitura,a secretaria de Desenvolvimento Econômico, Renda e Turismo e a Ditran.

A parte da Rua Augusto Beduschi está fechada. E o trânsito está um nó de dar dó. Como ir e andar no Centro, estacionar e comprar sem se incomodar. O melhor mesmo é ir para a Havan e Blumenau.

Ora, para que serve a praça da prefeitura e do coreto, se não para as promoções institucionais e comunitárias nesta hora? Acorda, Gaspar!
Roberto Sombrio
14/04/2018 08:49
Oi, Herculano.

LULA ESTÁ PRESO HÁ UMA SEMANA SEM APOCALIPSE, por Josias de Souza

A prisão de Lula faz aniversário de uma semana neste sábado.
E o Apocalipse anunciado pelo PT não chegou. Apesar das mortes na periferia, da demora na elucidação do assassinato de Marielle Franco, dos 12 milhões de desempregados e da corrupção, que não dá trégua, o brasileiro continua dormindo sem remorso e acordando sem culpa para o seu café da manhã.

E eu digo: Sete dias sem Lula nas ruas, corresponde a sete anos de liberdade do povo honesto.
Quem mandou assassinar Marielle está na cela da PF em Curitiba, mas faltam outros integrantes do PT e PSOL que participaram da elaboração do plano. Os 12 milhões de desempregados foram criados pelo PT que queria esse povo revoltado e faminto ao seu comando, caso Lula ou Dilma fossem presos, mas não deu certo, pois a maioria não acredita mais no PT e muitos já atuam na informalidade ou seja, cansaram de comer mortadela. As pessoas querem evoluir, o PT não.
Herculano
14/04/2018 08:13
EUA APROVARÃO O BRASIL NA OCDE, DIZ DONOHUE, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou neste sábado nos jornais brasileiros.

O presidente da Câmara de Comércio dos Estados Unidos, Thomas J. Donohue, confirmou ao presidente Michel Temer nesta sexta (13), em Lima, que o seu país vai apoiar o ingresso do Brasil na OCDE, a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Donohue integrou a comitiva norte-americana na Cúpula das Américas, realizada no Peru. Mas ele também avisou a Temer: o processo está lento.

OUTRO PATAMAR PARA O BRASIL
A OCDE é uma organização internacional com 35 países de economia mais importante, fundada em 1961.

SEM DIFICULDADES
Sobre as tarifas de aço e alumínio nos EUA, Donohue disse a Temer que o governo americano não pretende criar dificuldades para o Brasil.

JOGO DE SOMA ZERO
Donohue admitiu que as importações brasileiras de carvão dos EUA são importantes e seriam afetadas caso o aço fosse sobretaxado.

VISITA PRODUTIVA
Donohue adiantou para Michel Temer que o vice-presidente americano Mike Pence fará uma visita oficial ao Brasil "muito produtiva".

VENEZUELA DESPREZA AJUDA HUMANITÁRIA DO BRASIL
O ministro Aloysio Nunes (Relações Exteriores), que recebeu em Lima um grupo de opositores ao regime de Nicolás Maduro, revelou que o Brasil reiterou ofertas de ajuda humanitária, mas a ditadura nem sequer responde. A situação venezuelana é dramática, com desemprego recorde, criminalidade crescente, desabastecimento e proliferação de doenças. Além de milhares de pontos percentuais de inflação.

SOS STF
A invasão venezuelana levou a Roraima até doenças erradicadas, por isso o governo estadual suplica ao STF controle efetivo da fronteira.

COLôNIA CUBANA
Os venezuelanos levaram a Aloysio Nunes, segundo contaram depois, que o projeto de Maduro é fazer do país uma colônia de Cuba.

OUTRA DECLARAÇÃO
A declaração do Brasil na reunião do Grupo de Lima, no Peru, fará referência ao regime Maduro, e será aberta a adesão de outros países.

SCHMIDT PRESO
O brasileiro Raul Schmidt, investigado na Lava Jato, foi preso ontem em Portugal, onde vive, por ordem da suprema corte, que revogou decisão do Tribunal da Relação (o STJ de lá) que apenas o obrigava a se apresentar rotineiramente à Justiça. Deve ser extraditado.

A LEI É DURA? MUDE-SE A LEI
No STF, casuísmos são admitidos quando a interpretação da lei conflita com interesses políticos. Ou, no dizer do ministro Luís Roberto Barroso, "quando a lei chega a A, a T ou a L". E a RC, faltou dizer.

FATOR LULA
Em setembro de 2014, o ministro Dias Toffoli ordenou a prisão imediata do ex-senador Luiz Estevão, condenado em segunda instância, e dois anos depois defendeu a mesma medida. Mudou de ideia no caso Lula.

ALDO SEM LULA
Ex-ministro de Lula e Dilma, Aldo Rebelo não alimenta a expectativa de apoio do PT à sua candidatura presidencial. Em entrevista ao Diário do Poder, porém, disse que tem "respeito e gratidão" pelo ex-presidente.

PAROLA NA EBC
O presidente Michel Temer convidou o embaixador Alexandre Parola, seu porta-voz, para presidir a estatal de comunicação social EBC, da TV Brasil. Em 1º de janeiro, Parola assumirá na OMC, em Genebra.

NOVIDADE NA CNC
O deputado Laércio Oliveira, atual presidente da Fecomercio Sergipe, é candidato à presidência da Confederação Nacional do Comércio, após o atual presidente (no cargo há 38 anos) desistir da reeleição. O deputado propõe mandato de 4 anos e só uma reeleição na CNC.

PREOCUPAÇÃO
Levantamento da XP Investimentos indica que, para mais da metade dos investidores que entrevistou, a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) presidente terá efeitos negativos para o mercado financeiro.

CÂMARA INEFICIENTE
As comissões da Câmara finalmente começaram a trabalhar, quatro meses depois do início do ano: aprovaram 28 pareceres em um dia. Mas a média é ridícula: um parecer para cada vinte deputados.

FIGURA DECORATIVA
A curtíssima interinidade de Cármen Lúcia na Presidência da República só permitiu fazer umas fotos para guardar de lembrança.
Herculano
14/04/2018 08:09
reeditado das 7.19

MISÉRIA BRASILEIRA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

O aspecto mais perverso da brutal recessão de 2014-16 -e da lenta recuperação que a sucedeu até agora - é o custo desproporcional imposto aos mais pobres.

Como primeiro impacto, o fechamento de vagas no mercado de trabalho e a queda da renda reverteram uma trajetória de avanços sociais que já completava uma década. Durante o longo ciclo de retração, a taxa de desemprego subiu de 6,5% para 13,7%, ou, dito de outro modo, 5,9 milhões de pessoas perderam seus postos.

A retomada do crescimento econômico, iniciada no ano passado, tem se mostrado tímida, e a alta de apenas 1% do Produto Interno Bruto esteve longe de compensar as perdas acumuladas.

Embora a desocupação tenha caído um pouco, para 12,6% em fevereiro, a qualidade das vagas geradas deixa a desejar.

Não surpreende, pois, que os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE mostrem um quadro deteriorado.

A partir deles, a consultoria LCA calculou que em 2017 a pobreza extrema se elevou em 11%. Conforme os números publicados pelo jornal Valor Econômico, 14,8 milhões de brasileiros são miseráveis ?"considerando uma linha de R$ 136 mensais. O Nordeste abriga 55% desse contingente.

Embora não se possa afirmar com certeza, uma vez que o IBGE alterou a metodologia da Pnad e ainda não divulgou as novas séries históricas, é plausível que também a exorbitante desigualdade social brasileira tenha aumentado com a recessão.

No ano passado, houve certa estabilidade, em patamares vexaminosos: a renda do trabalho do 1% mais rico, de R$ 27,2 mil mensais em média, equivalia a 36 vezes a dos 50% mais pobres, de R$ 754.

O índice de Gini, que mede a disparidade de rendimentos numa escala de 0 a 1, ficou em 0,549 em 2016 e 2017. Só países africanos e latino-americanos atingem níveis tão altos ou maiores.

De todo modo, medições mais amplas que a Pnad - com inclusão de dados do Imposto de Renda para captar com mais precisão ganhos como aluguéis, dividendos e lucros financeiros - já indicavam que não houve redução substantiva da desigualdade mesmo nos melhores momentos da década passada.

O risco, agora, é que até o processo de melhora na distribuição da renda do trabalho nacional tenha sido interrompido.
Herculano
14/04/2018 08:02
LULA ESTÁ PRESO HÁ UMA SEMANA SEM APOCALIPSE, por Josias de Souza

A prisão de Lula faz aniversário de uma semana neste sábado. E o Apocalipse anunciado pelo PT não chegou. Apesar das mortes na periferia, da demora na elucidação do assassinato de Marielle Franco, dos 12 milhões de desempregados e da corrupção, que não dá trégua, o brasileiro continua dormindo sem remorso e acordando sem culpa para o seu café da manhã.

Exceto pelo acampamento que se formou na vizinhança da Polícia Federal, em Curitiba, nada de extraordinário ocorreu além da própria prisão daquele que já foi o presidente mais popular da história do país.

No sábado passado, ao anunciar à multidão de devotos que o cercava em São Bernardo que se entregaria à Polícia Federal, Lula radicalizou o discurso. Disse que a prisão não iria silenciá-lo, porque seus apoiadores fariam barulho no seu lugar. "Vocês poderão queimar os pneus que vocês tanto queimam", declarou Lula. "Poderão fazer as passeatas que tanto vocês queiram, fazer ocupações no campo e na cidade?"

Não está descartada a hipótese de o PT acionar seus aliados sindicais e sociais para queimar pneus, fazer passeatas e invadir propriedades, como pediu Lula. Mas o dinheiro para esse tipo de atividade é curto e o prejuízo eleitoral pode ser enorme. Enquanto o PT administra sua autocombustão, o país avança.

Ficou mais difícil recuar na prisão em segunda instância. O foro privilegiado será atenuado em maio. Antonio Palocci foi mantido na cadeia. Os amigos de Michel Temer já estão no banco dos réus. Aécio Neves deve se tornar réu na terça-feira. E a má repercussão do envio do processo de Geraldo Alckmin para a Justiça Eleitoral fez do presidenciável do PSDB um candidato tóxico. Aos trancos, a fila dos intocáveis começa a andar.
Herculano
14/04/2018 08:00
LILA NÃO É UM PRESO POLÍTICO, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo, para o jornal Folha de S. Paulo

11 de julho de 2017. Na entrada do teatro Bolshoi, os espectadores foram informados do cancelamento da estreia do balé Nureyev, substituído de última hora pela peça de repertório "Dom Quixote". Segundo a justificativa oficial, os ensaios tinham sido insatisfatórios.

No mês seguinte, o premiado diretor da peça, Kirill Serebrennikov, um crítico contumaz de Putin, compareceu a um tribunal de Moscou, que o sentenciou a um ano de prisão por corrupção.

Nureyev não estreou porque o Kremlin vetou a celebração de um gay - e, ainda por cima, emigrado - pela icônica companhia teatral. Serebrennikov foi condenado por razões políticas, não por corrupção. Lula não é um preso político, independentemente do que se pense sobre a sentença de Moro.

Na Espanha, autoridades do antigo governo da Catalunha respondem, em prisão cautelar, a acusações de rebelião. Os partidos nacionalistas catalães e o esquerdista Podemos classificam os encarcerados como presos políticos.

Os processos, porém, não mencionam ideias, mas ações: a convocação, em outubro passado, de concentrações populares para impedir que agentes policiais fechassem os locais de votação do plebiscito separatista, declarado ilegal pelo Tribunal Supremo. Discute-se, nos processos, se o grau de violência usado contra os policiais é suficiente para caracterizar rebelião contra a unidade espanhola.

Todo o contexto é político, mas os réus não são presos políticos. A Espanha distingue-se da Rússia pela independência do Judiciário. O Brasil figura ao lado da Espanha ?"e, por isso, Lula não é um preso político.
Preso político, ou preso de consciência, é o indivíduo encarcerado por suas ideias, mesmo quando a sentença descreva crimes comuns.

Na Turquia, desde o fracassado golpe de Estado de 2016, os tribunais condenaram centenas de jornalistas, professores e funcionários públicos por conluio com os golpistas. Os céleres processos turcos dispensaram provas firmes. Na Venezuela, o líder opositor Leopoldo López foi condenado a quase 14 anos de prisão por incitamento à violência nos protestos de rua de 2014.

A promotora-geral, responsável pelo caso, partiu para o exílio em 2017 e denunciou a fraude judicial da qual participou. Na Turquia e na Venezuela, há presos políticos; no Brasil, não. É que, aqui, os tribunais não são tentáculos do governo.

A prisão política é um ato de origem política, nunca de raiz judicial. Na Espanha, a propaganda secessionista é livre ?"tanto que partidos separatistas disputam eleições e, na Catalunha, exerceram o governo regional.

Na Rússia, na Turquia e na Venezuela, os governos limitam as liberdades civis, perseguindo opositores por meios judiciais. Na Espanha, como no Brasil, políticos governistas estão presos por corrupção. Na Rússia, na Turquia e na Venezuela, ao contrário do Brasil, a proximidade do poder é garantia de impunidade.

De Delúbio a Lula, passando por Dirceu e Palocci, todos os condenados petistas foram declarados presos políticos pelo PT ?"e, no caso de Lula, o PSOL aderiu à prática. Mas PT e PSOL não inscrevem Sérgio Cabral, Eduardo Cunha, Geddel ou Maluf no mesmo círculo. A razão para a duplicidade nos conduz à Venezuela: os dois partidos não se opõem à subordinação da Justiça ao governo, com a condição de que seja o seu governo.

Juízes erram, cedem a preconceitos, engajam-se em cruzadismos, sofrem pressões legítimas ou escandalosas (como a do comandante do Exército). Por isso, é tão importante o debate sobre a revisão judicial.

Mas, no Brasil, o governo não controla os tribunais, algo que Temer e seus aliados sabem por experiência própria. Decorre daí que nem a crença na tese delirante de uma conspiração universal dos juízes autoriza tratar Lula como preso político. O PT e o PSOL declaram-no preso político pelo mesmo motivo que tratam Leopoldo López como preso comum.
Herculano
14/04/2018 07:34
CAPA DA REVISTA ISTO É: "VIROU FANATISMO"

Nela um rosário, onde a imagem de Cristo é substituída pela de Lula dos tempos do sindicalismo (barba e cabelos pretos)

A chamada diz: A idolatria cega dos petistas e a devoção incondicional ao seu líder preso revelam traços de um comportamento oportunista em busca de um messias que a política não deveria tolerar mais"
Herculano
14/04/2018 07:30
HOJE A FOLHA DE S. PAULO, SE A JUSTIÇA PERMITIR, VAI PUBLICAR MAIS UMA RODADA DE PESQUISAS DE INTENÇÃO DE VOTOS PARA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

O PT QUER MELAR A PUBLICAÇÃO PORQUE LULA, PRESO, IMPEDIDO DE SER CANDIDATO PELO INSTITUTO DA FICHA LIMPA, NÃO ESTÁ NO CARTÃO PRINCIPAL DA PESQUISA

TUDO A VER
Herculano
14/04/2018 07:28
PRINCIPAL ÍCONE DO LULISMO AINDA GUARDA CARTAS NA MANGA, por André Singer, ex-assessor do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, PT, no jornal Folha de S. Paulo.

Houve um visível esforço daqueles que foram simpáticos à prisão do ex-presidente Lula, sábado passado, em demonstrar a ausência de comoção das massas. De fato, a vida cotidiana seguiu. No entanto, a democracia está suspensa até que o campo popular decida o que fazer. Nesse sentido, o principal ícone do lulismo, mesmo detido em Curitiba, ainda guarda importantes cartas na manga.

Dadas as características da sociedade e da política brasileira, o tira-teima da crise se dará na eleição de outubro. Nela, finalmente, a população vai dizer o que pensa a respeito do que vem acontecendo desde 2015. O problema está em saber como representar, na provável hipótese de Lula não poder ser candidato, o polo popular na disputa.

Sem a presença desse contraponto, a política como instância de mediação dos conflitos e, portanto, a democracia, fica anulada.

Aliás, é o que desejam os que foram às ruas clamar para Lula ser preso, mas não o fizeram quando a Câmara votou as denúncias contra Michel Temer nem quando, esta semana, a Procuradoria-Geral da República decidiu enviar o processo contra Geraldo Alckmin para a Justiça Eleitoral, livrando-o da Lava Jato.

Resta claro que a corrupção não é o motivo principal desses manifestantes, mas impedir Lula de seguir na política. Na realidade, trata-se de um veto a que a liderança individual mais competitiva do país possa se apresentar. Imaginam que, assim, desaparecem as chances de vitória de alguém que deseje falar pelos pobres.


O problema agora, na hipótese de Lula continuar preso, é construir uma alternativa democrática e popular para o pleito de outubro sem a presença ativa do seu principal dirigente das últimas décadas.

Até aqui, apesar da inédita unidade entre setores de esquerda, representada pela presença de Guilherme Boulos e Manuela D'Ávila no dia da prisão do ex-presidente, o quadro é de desorganização.

A ausência de um candidato do PT, na iminência de Lula ser impedido de concorrer, a posição esquiva de Ciro Gomes e a eventual candidatura de Joaquim Barbosa pelo PSB, tudo isso tende a confundir o eleitorado.

Urge construir um diálogo que coloque em sintonia as diversas iniciativas, todas legítimas, em curso entre os partidos progressistas. O manifesto conjunto lançado pelas fundações de estudos do PT, PDT, PSB, PSOL e PC do B, dois meses atrás, constituem um bom ponto de partida. Reconstrução da democracia e novo projeto nacional de desenvolvimento são os seus pontos principais.

Na ausência de um acordo capaz de forjar uma candidatura competitiva, que possa substituir Lula em caso de impedimento definitivo, a direitização do Brasil vai continuar.
Herculano
14/04/2018 07:22
A CADA PAUSA DO CANASTRÃO PALAVROSO, O BRASIL QUE PENSA CAI NA GARGALHADA, por Augusto Nunes, de Veja

Um dos abismos que separam o grande tribuno do canastrão palavroso é a pausa dramática. Quando Winston Churchill, por exemplo, interrompia por alguns segundos o esplêndido encadeamento de frases, a Inglaterra inteira prendia a respiração enquanto aguardava em silêncio o ato seguinte do espetáculo da retórica. Quando Gilmar Mendes suspende o besteirol de vereador de grotão e passeia os olhos esbugalhados pelo plenário do Supremo Tribunal Federal, o Brasil que pensa cai na gargalhada.

Foi assim, nesta quinta-feira, durante a sessão que decidiu se Antonio Palocci merecia ser premiado com um habeas corpus ou permanecer hospedado na cadeia no Paraná. Excitado com a discurseira do imaginoso Marco Aurélio Mello, que acusou a Justiça Federal de torturar o ex-ministro de Lula e Dilma, Gilmar fez uma pausa depois de revelar que a Lava Jato é a versão brasileira da Santa Inquisição. Onde quem tem a cabeça em ordem vê um ladrão vocacional, o Churchill de galinheiro enxerga um inocente ardendo na fogueira.

Nascido em Diamantino em dezembro de 1955, titular do time da toga desde junho de 2002, Gilmar pretende, aos 62 anos, permanecer acampado no Supremo por mais 13. Podem apostar: não vai conseguir.
Herculano
14/04/2018 07:15
LULA CONVOCA, E EU ACEITO: SOU O CANDIDATO DO PT À PRESIDÊNCIA. E O FAÇO EM DEFESA DO ESTADO DE DIREITO E DA TV INTERNACIONAL, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Caras e caros,

Eu mesmo pretendia fazer o anúncio, mas vejo que terei de me readaptar à vida partidária. Como deixei o PT em 1982 e, depois, não me filiei mais a partido nenhum, andava esquecido de como são as coisas. Alguém da cúpula vazou a informação para "The Piauí Herald", e agora está no mundo: Lula decidiu lançar meu nome como candidato à Presidência da República. Mesmo encarcerado em Curitiba, o companheiro mantém a voz de comando.

Sim, ainda terei de narrar os bastidores dessa decisão, que não foi unânime. A ala direita do partido, por exemplo, tentou sabotar meu nome. Acusa-me de "desvio trotskista", certamente influenciada pelo, digamos assim, "pensamento bolsonarista". Não que isso seja inteiramente falso. Continuo, como sabem os melhores intérpretes do meu pensamento - as pessoas que me detestam -, fiel ao homem que demonstrou, como nenhum outro, que a nossa moral, que nos permite eliminar os adversários, é distinta da moral deles, que nos protege de sua fúria. Isso, em particular, não deriva da hermenêutica bolsonarista porque eles seriam incapazes de entender o sentido da frase.

Todos sabem que abri mão de uma vaga no Supremo. Desisti do pleito em favor de Alexandre de Moraes. E me arrependi, claro!, porque o vejo, agora, aliado a extremistas de direita como Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia. "Ora candidato a ministro indicado por Temer, ora candidato do PT, com as bênçãos de Lula? Onde está a coerência, Reinaldo?"

Bem, é difícil, hoje em dia, manter uma posição de princípio. Rosa sabe muito bem. A Weber, não a Luxemburgo. Preferi adotar o princípio da colegialidade. Consultei trotskistas de um grupo de WhatsApp ao qual pertenço: "Os Vanquartistas". Expulsamos o Rui Pimenta por excesso de divisionismo. Até quando aprovávamos uma proposta sua, ele fazia questão de elaborar um voto em separado. Aí fica difícil crescer.

A vida tem dessas vicissitudes, não? Quando as forças de segurança da França, em 1968, foram a De Gaulle pedir que mandasse prender Jean-Paul Sartre, o presidente não teve dúvida: "A França não prende Voltaire". E o vesgo com "cara de terreno baldio" (pour lui même em "As Palavras") continuou a distribuir seus panfletos maoístas... Ah, bons tempos!

Assim, digo eu, não posso resistir a um pedido de De Gaulle, comandando a resistência em seu exílio em Curitiba.

Há muito a fazer também no partido - e uma das tarefas é combater o revisionismo, que tira da mira o inimigo, buscando escarafunchar as nossas culpas. Ao aceitar o convite de Lula (para mim, uma ordem), também vou ajustar as contas históricas com os stalinistas, já que nós, os trotskistas, nunca fomos revisionistas. Afinal, sabemos que a revolução só não avançou por culpa da picaretagem - se é que me entendem.

Em suma, sou o candidato do PT à Presidência. E vou ganhar. Vão ter de me engolir. E não se esqueçam, companheiros: terei dois ministros do Supremo para indicar. Já os escolhi. Um é Vladimir Safatle. Ele não tem notório saber ou saber notório, mas não será o primeiro naquela Corte. De resto, preciso de alguém que tenha a clareza de que Lula só foi preso porque acreditou na democracia. O segundo será Guilherme Boulos. É o notório saber das barricadas para enfrentar um verdadeiro lutador do direito (modalidade jiu-jitsu), como Luiz Fux.

Rumo à grande virada.

Viva a Quarta Internacional!

Abaixo, segue o texto de "The Piauí Herald".

*

Lula bate o martelo: Reinaldo Azevedo será o candidato do PT

FILIAL DO PT EM CURITIBA ?" "O novo candidato do PT é o Senhor Reinaldo", afirmou uma abatida Gleisi Hoffmann na sede do Partido dos Trabalhadores em Curitiba. "Reinaldo sempre bateu no PT, sempre reclamou, chamou de petralha, escreveu livros, deu palestras, mas finalmente enxergou a estrela brilhar. Ele é um metalúrgico da palavra. Com certeza vai longe no partido. Bem-vindo, companheiro", afirmou o ex-presidente Lula através de nota lida por Hoffmann. A decisão foi tomada em função da luta aguerrida de Reinaldo contra a prisão de Lula em segunda instância. Rumores internos indicam que a decisão veio diretamente do ex-presidente, que teria dito que nem Gleisi, Lindbergh, Haddad ou qualquer outro quadro do partido lutaram tanto por sua liberdade quanto Azevedo.

O anúncio do colunista político como candidato do partido que combateu por muito tempo pegou muitos de surpresa, tanto em Brasília como no meio jornalístico. Fontes próximas afirmam que assessores de Jair Bolsonaro convocaram reuniões de emergência para discutir o futuro da candidatura do caudilho de língua presa. Ciro Gomes se expressou em uma entrevista de rádio, mas as palavras usadas pelo candidato não podem ser publicadas. Marina Silva preferiu não comentar.

Por sua vez, o MBL convocou internautas de meia idade para um evento patrocinado pela marca de panelas Tramontina, que pedirá a intervenção de Reinaldo. O blogueiro Arthur "Mamãe Falei" prometeu divulgar vídeo em que afirma ter sido agredido pelo novo candidato com olhares raivosos. Joice Hasselmann, ex-escada e atual desafeto de Reinaldo, deu entrada em um hospital da região de Curitiba apresentando severo caso de bipolaridade. Testemunhas afirmam que no momento de chegada ao hospital a apresentadora alternava acessos de raiva com exclamações de alegria.

A consolidação da candidatura agora depende apenas da definição de quem será o vice na nova chapa, mas a tarefa não parece fácil. Enquanto Lula sugere Boulos ou Manuela, o PT tenta emplacar o nome de um tataraneto de Lênin que se filiou recentemente ao partido. Todos os nomes foram vetados por Reinaldo, que considerou as opções muito à direita.
Herculano
14/04/2018 07:08
A PALAVRA E O SIGNIFICADO

Segundo o Dicionário Caldas Aulete, o mais usado pelos filólogos (os que estudam cientificamente uma língua) da língua portuguesa, autismo é

" Psiq. Estado mental patológico que leva a pessoa a fechar-se em seu próprio mundo, alheando-se, em grande medida, do mundo exterior".

Segundo o Dicionário Aurélio, autismo, é:

"Estado mental caracterizado pela tendência a alhear-se do mundo exterior e ensimesmar-se".

Segundo o Dicionário On Line do Google, autismo é

"psiq polarização privilegiada do mundo dos pensamentos, das representações e sentimentos pessoais, com perda, em maior ou menor grau, da relação com os dados e as exigências do mundo circundante".

O resto se não for patrulha, é expiação ou desconhecimento dos sentidos das palavras da língua pátria.
Sidnei Luis Reinert
14/04/2018 06:00
A cidade que estamos é Dubai...isso aconteceu hoje.

PT, PSDB e PMDB juntos!!

- Antônio Anastasia do PSDB
- Jorge Viana do PT
- E o Presidente do Senado
Foram pegos de surpresa por brasileiros patriotas que conhecem toda essa safadeza!

Escrotos FDPs!
Viajam para Dubai, como verdadeiros marajás com DINHEIRO PÚBLICO. Gozando de todo luxo de um bom capitalismo, aqui no Brasil, esse Jorge Viana do PT, vive falando mentiras! Atentem para cara de *QUENGA* do índio do Paraguai, presidente do senado.
Aqui, são chamados de vossa excelência, por onde passam são desmoralizados!
*Coisa boa de ver, que nem em Dubai Corruptos Brasileiros Tem Paz* .

https://www.facebook.com/rakel.seixas.39/posts/817973875059693
Roberto Basei
14/04/2018 00:16
A FOTO PROVA O ESTERI?"TIPO OU A ESTEREOTIPIA

EXPECTATIVA

Plano de GOVERNO
PARTE IV
Da Educação, Cultura e Esporte
PROPOSTAS:
PMDB ?"PP ?"PSC-PSDC-PTB?" GASPAR - SC

30. Ampliar a quantidade de vagas em CDI`s, construindo novas
unidades e viabilizando parcerias público-privada;

REALIDADE:

Compramos $34.000,00 em livros para a Educação Infantil e saímos na foto.

Carmen Braz
13/04/2018 20:04
Sr. Herculano,
Quem lhe falou que os Autistas são isolados, alienados ou cegos? Ficou claro que o senhor está desinformado sobre Autismo,sugiro que se informe, as estatísticas mostram que 1 a cada 68 pessoas têm autismo. Por favor, não se compare ou compare outras pessoas a nossos filhos, além das dificuldades diárias que enfrentamos, lutamos diariamente pela conscientização, pela inclusão e para que os direitos de nossos filhos sejam atendidos.
Sua atitude hoje foi no mínimo um desserviço a nossa luta.
JOCAFFI ALBINO BREDA
13/04/2018 19:25
OS AUTISTAS
Afinal, quem está na frente de um computador, isolado, alienado e cego?
Esta pergunta Sr. Herculano devia estar fazendo a si mesmo.
Lamentável ver um formador de opinião usar o termo "autismo" de uma maneira tão inapropriada.
Creio que em pleno mês de abril, mês de conscientização do autismo, seja um fato de pura ignorância, a qual podemos descrever como a falta de conhecimento, sabedoria e instrução sobre determinado tema.
Então sugiro rever seus conceitos, pois existem muitos autistas por ai, e alguns deles como Einstein foram gênios que mudaram o mundo.
Por fim, Nada perturba tanto a vida humana como a ignorância do bem e do mal. (Cícero) Não há nada mais terrível do que uma ignorância ativa.
Atenciosamente,
Jocaffi Breda, Pai de uma criança autista de 9 anos de idade.
ticyana da trindade
13/04/2018 19:16
sr herculano concordo com nossa presidente da ama gaspar autista não e adjetivo acho qe o senhor não sabe como e difícil sermos pais de autistas mas graças a ama gaspar e juntamente com apoio da apae de gaspar nossos filhos estão se desenvolvendo muito bem com psicólogos fono pedagogos terapia ocupacional se informe antes de falar as coisas
Juno Frena
13/04/2018 18:51
Ué, então não usaste o título como um adjetivo? Me explique melhor, porque puseste o título "OS AUTISTAS" e depois chamaste de "ISOLADO, ALIENADO E CEGO" o governo de Kleber? "DETALHE DUVIDOSO SEMÂNTICO OU GRAMATICAL"? Te enxerga, colega...
Herculano
13/04/2018 18:44
STF DEVERIA ERGUER ESTÁTUA A LULA, DIZ JAQUES WAGNER
SALVAR

Conteúdo de O Antagonista. Jaques Wagner discursou hoje em uma sessão especial da Assembleia Legislativa da Bahia em solidariedade ao presidiário ilustre de Curitiba, relata a Folha.

"[Tivemos] a farsa da condenação de um homem que o Supremo Tribunal Federal deveria erigir uma estátua. Se houve alguém que fez o direito de milhares de brasileiros prevalecer, esse alguém chama-se Luiz Inácio Lula da Silva", disse o ex-governador da Bahia, em sua sintaxe meio trôpega.

O Antagonista vê com bons olhos a colocação de um Pixulecão de mármore na frente do STF. Desde que o PT pague, é claro.
Juno Frena
13/04/2018 18:33
Herculano, você sabe o que é autista? Já leu a respeito? Tentou se informar com alguém? Aposto que não, tamanha a sua ignorância para usar esta palavra como um adjetivo, escrevendo tanta babaquice. Eu te peço mais respeito, e te convido à vir na minha casa, visitar meu filho autista de 3 anos. Te garanto que ele não é isolado, alienado ou cego. Afirmo que ele é muito mais inteligente do que muitas pessoas que se dizem ser.
Herculano
13/04/2018 18:03
Ao Marcos

OS AUTISTAS

Afinal, quem está na frente de um computador, isolado, alienado e cego? Eu ou o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB e seu vice, Luiz Carlos Spengler Filho, PP, e o prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, MDB?

Pode me dizer onde o substantivo do título deveria ser um adjetivo? E ainda se não fosse um substantivo, teria eu a liberdade criativa a meu favor... E se ainda não me fosse dado esse possibilidade, em nada o texto é comprometido, que você entendeu bem, e é contra ele, por exatamente não podendo contestar, agarra-se em um detalhe duvidoso semântico ou gramatical para desvalorizá-lo.
Eliane Schmidt
13/04/2018 17:54
Boa tarde, sr Herculano.
É com imensa tristeza que escrevo, em nome da AMA Gaspar, repudiando a sua atitude de usar o termo "AUTISTAS" como adjetivo pejorativo para desqualificar ou xingar aqueles que você define como "isolado, alienado e cego". Coloco-me a disposição para esclarecer-lhe o que é um autista, e como o eles enxergam bem, estão sempre ligados com o que acontece ao redor, e o sofrimento deles quando estão isolados.
É decepcionante ver que pleno abril, mês de conscientização do autismo, um formador de opinião da cidade - colunista de um importante meio de comunicação, usando o termo que define uma condição clinica de nossos filhos como adjetivo pejorativo.

Eliane Schmidt
Presidente da AMA Gaspar
Marcos
13/04/2018 17:30
Autista não é adjetivo. Te liga Herculano.
Miguel José Teixeira
13/04/2018 16:19
Senhores,

Para finalizar, que hoje é sexta 13, e já está na hora de saborear uma "Moendão":

"Supremo

Assustador ver ministros do STF propugnando pelo fim da prisão após condenação em segunda instância. Logo eles que vivem a citar sapiências jurídicas de ultramar, todos de países que adotam esse procedimento.

É assustador, por ser tão evidente o comprometimento pessoal de uma gama desses ministros. Pessoal, partidário, funcional. A não prisão, após sentença em segundo grau, será mais uma jaboticaba brasileira.

O texto da "redentora" que, nos dizeres do presidente da época, hoje calado por estar na linha de tiro, "tornará o país ingovernável", é pleno de "buracos interpretativos".

Mas calma, ainda pode piorar.

Um cidadão, reprovado em dois concursos para juiz, está a caminho de assumir a presidência do STF.

Pobre Brasil.

(Marcelo Hecksher, Grande Colorado, Hoje no Correio Braziliense)
Miguel José Teixeira
13/04/2018 16:08
Senhores,

Esta, é do Jornalista Moacir Pereira, no Santa, que há muito não e nosso:

"Falsificação

O deputado estadual João Amin (PP) retorna hoje a Florianópolis, procedente do exterior, onde se encontra, licenciado, há 10 dias. Na véspera de seu retorno, viralizou na internet o projeto de lei 171/2-18, prevendo folga de 15 dias aos deputados estaduais para prática de esporte, sem desconto dos subsídios. Notório fake news, mereceu contundente repúdio do parlamentar, falando pelo telefone sobre a ocorrência policial."

Bom. Pode ser "fake news", mas que é a cara dos Amin, é!!!

Em 2018, não perca a peleja: não reeleja!!!

Galvao
13/04/2018 13:31
Doutor Silvio quer criar mais dois cargos comissionados na camara. Ele não percebe que tá cavando a própria cova?
Olhando o portal transparência da câmara, verifica-se que existem 13 servidores efetivos e 15 comissionados, sendo que isso é inconstitucional de acordo com entendimento pacíficado do STF. Segundo o STF,um órgão público pode ter a mesma quantidade de cargos comissionados que efetivos, mas não pode ter mais comissionados do que efetivos!
Herculano
13/04/2018 13:04
"UM TRIBUNAL QUE NÃO SE RESPEITA PERDE A LEGITIMAÇÃO DEMOCRÁTICA"

Conteúdo de O Antagonista. Luiz Fux disse que pode se instaurar a desobediência civil caso o STF mude a regra sobre as prisões em segunda instância.

O Globo reproduziu seu discurso no TJ do Rio de Janeiro:

"O que eu disse nesse julgamento recente é que não tem sentido que um ano e meio depois se possa mudar a jurisprudência, porque a jurisprudência é um argumento da autoridade. E para se ter autoridade tem que se ter respeito. E um tribunal, para gerar respeito junto à cidadania, tem que se respeitar. Um tribunal que não se respeita, ele perde a sua legitimação democrática. No momento em que um tribunal superior perde sua legitimação democrática, ele perde o respeito e se instaura a desobediência civil".
Herculano
13/04/2018 12:52
OS AUTISTAS

Afinal, quem está na frente de um computador, isolado, alienado e cego? Eu ou o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB e seu vice, Luiz Carlos Spengler Filho, PP, e o prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, MDB?

E para o óbvio. Para aquilo que está à vista de todos.

Sempre que aponto o que está à frente dos meus olhos e dos gasparenses, levo pedras deles. E mais audicência, mais credibilidade...

E não só isso, mandam recados de que vão me prejudicar nos meus direitos. E para os analfabetos, ignorantes, desinformados e gente dependente do esquema do poder de plantão, dizem que não vivo em Gaspar. Não vivo, mas estou vivo, e apesar da espessura das minhas lentes, não estou cego, como eles que não usam óculos.

Pedro Celso Zuchi e o PT, com José Amarildo Rampelotti e Antônio Carlos Dalsochio, sempre fizeram a mesma coisa.

Deu no que deu! Ou seja, os atuais poderosos nem inovadores foram capazes para calar os que mostram à realidade.

Até aos internautas, seus eleitores, os poderosos de hoje tentaram constranger e desqualificá-los (veja no artigo que escrevi sob o título:POLÍTICOS DE GASPAR AMALDIÇOAM OS INTERNAUTAS E AS REDES SOCIAIS, A VOZ DO POVO. INCOERENTES!, no dia nove de abril )

Na edição desta sexta-feira, o que leio na coluna Chumbo, de Gilberto Schmitt, um gasparense bem light? "Falta manutenção". Falta mais, muito mais... Além do óbvio e vergonha na cara. E o que escreve Gilberto?

"A Avenida Francisco Mastella é uma vergonha. Já está parecendo caminho de roça devido a quantidade de buracos na via. Além disso, o mato tomou conta da margem da rodovia, tirando a visibilidade dos motoristas e ainda tapando as placas de sinalização. O maior perigo ainda é que muitos gasparenses fazem suas caminhadas matinais e vespertinas naquela rodovia. Tá mais do que na hora de dar uma geral naquela avenida. Sobre a Anfiloquio Nunes Pires, pelo amor de Deus, nem vou comentar para não ser chato".

Qual a diferença do artigo que escrevi no dia 14 de março, repito, há um mês, e que gerou queixume, mas que ninguém na prefeitura foi capaz de dar solução? 'PLANTARAM FLORES, MAS NASCEU CAPIM'"?

O que posso escrever mais? Acorda, Gaspar!

Sidnei Luis Reinert
13/04/2018 12:18
O PT e as sementes do Nazismo

Artigo no Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Maria Lúcia Victor Barbosa

Nos sistemas totalitários, nazista e comunista, técnicas de manipulação foram levadas à perfeição. No nazismo, Joseph Paul Goebbels, ministro da Propaganda e da Informação de Hitler foi o grande artífice da dominação do psiquismo coletivo. Assim, quando fracassou o boicote de Goebbels às lojas dos judeus porque foi ignorada pelo povo, ele foi às rádios e com sua oratória inflamada proclamou vitória no lugar do fracasso.

O boicote foi apenas o começo da perseguição implacável aos judeus, obsessão de Goebbels, de Hitler e de outros asseclas do Führer que redundou no horror do Holocausto, essa mancha negra incrustada na história da humanidade. Goebbels, justificou o Holocausto persuadindo os alemães que a debacle econômica após o fracasso na segunda guerra mundial era culpa dos judeus.

Seria impossível repetir a experiência do nazismo de forma idêntica. Ela aconteceu a partir de certas circunstâncias, em um dado país, numa determinada época, sob o influxo de uma personalidade carismática sui-generis. Mas, não seria errado dizer que as sementes maléficas do nazismo germinaram sob outras formas.

Vejamos, então, o que vem acontecendo em nosso País com relação ao Partido dos Trabalhadores:

1º) O Partido Nacional Socialista dos trabalhadores da Alemanha, surgido em 1920, era oriundo do Partido dos Trabalhadores da Alemanha fundado em 1904. Entre os fatores que caracterizaram o Nacional-Socialismo cumpre ressaltar a veneração de cunho religioso do Führer.

Lula, apesar de estar anos-luz longe de Hitler. obteve a veneração de seus militantes e adeptos. E, como no nazismo, as atividades do movimento petista se baseiam no líder e os correligionários continuam dependendo dele para suas pretensões eleitorais.

2º) A figura de Adolf Hitler representava o homem comum, de origem humilde, ansioso para compensar seus sentimentos de inferioridade através da militância política.

Qualquer semelhança com Lula nesse aspecto não é mera coincidência.

3º) Hitler e seu partido, além da penetração popular foram encarados pela classe alta como representantes de seus interesses.

Lula ofereceu caridades oficiais aos pobres e enriqueceu como nunca banqueiros, empreiteiros e outros representantes da classe alta.

4º) A pregação nacional-socialista fascinou muitos intelectuais. Tanto é que, em 1926, na Universidade de Göttingen, que chegou a ser o maior centro de pesquisas de matemática do mundo, mais da metade dos alunos era nazista.

A grande chocadeira ideológica do PT foi implantada nas universidades. Desse modo, intelectuais orgânicos do PT obtiveram abundantes convertidos, que se tornaram fanáticos eleitores da seita PT.

5º) Hitler seduziu a nação através de intensa propaganda produzida pelos meios de comunicação dominados por Goebbels. Em exaltados discursos o Führer acentuou a esperança, a autoestima, as boas notícias e prometeu ao povo alemão um futuro brilhante, numa linguagem que podia ser compreendida até pelas pessoas mais simples. A aprovação de Hitler chegou a 80% e ele seguiu à risca a ideia do seu grande inspirador, Mussolini, que dizia: "Em política, 97% do apoio popular vem da propaganda governamental e só 3º das realizações efetivas".

Duda Mendonça e Santana (de codinome Feira), os homens da propaganda petista, seguiram à risca, talvez, instintivamente, as recomendações de Goebbels e de Mussolini.

6º) Hitler foi preso e na prisão outro detendo, o escritor Rudolf Hess, escreveu um livro intitulado, "Minha Luta", no qual ideias de Hitler se misturaram às suas.

Lula, mesmo antes de ser preso, mandou jornalistas colocar em livro três entrevistas suas. O título: "A Verdade Vencerá ?" o povo sabe porque me condenaram". O título correto deveria ser: "A Mentira Vencerá". Quanto ao povo, sem dúvida sabe porque o condenaram.

7º) Hitler, uma vez eleito aparelhou o Estado com nazistas. Lula fez isso no seu primeiro mandato auxiliado por José Dirceu.

8º) As milícias de Hitler usavam de todo tipo de violência contra quem não era considerado um deles. As milícias de Lula, os camisas vermelhas, fazem a mesma coisa. Também lideranças petistas ameaçam de morte autoridades e estimulam a truculência de suas hostes.

9º) O Führer dividiu a Alemanha entre nós, os perfeitos, e eles, os inimigos. O PT fez a mesma coisa e foi além. Estimulou o ódio jogando negros contra brancos, homossexuais contra heterossexuais, mulheres (feministas) contra homens. Na verdade, o PT é o partido do ódio, da truculência e da mentira.

10º) Derrotado, mas ainda sonhando até o fim com a vitória, Hitler se refugiou no bunker. Lula, diante da iminência de ser preso foi se homiziar no Sindicato dos Metalúrgicos.

11º) Lula, finalmente foi preso em 07/04/2018, por conta de um de seus inúmeros processos e será julgado em outros mais. Mas não vai acabar como Hitler. No máximo padecerá de abstinência alcoólica.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga, professora, escritora.
Sidnei Luis Reinert
13/04/2018 12:17
Após ler esta do telefonema do militante à PF, me veio imediatamente aquela famosa frase do Lobão na cabeça:

DISCUTIR COM PETISTA É COMO JOGAR XADREZ COM POMBO.ELE VAI DERRUBAR AS PEÇAS,CAGAR NO TABULEIRO E SAIR DE PEITO ESTUFADO CANTANDO VIT?"RIA! KKKKKK.
Herculano
13/04/2018 11:39
COMO NÃO RENOVAR A ESQUERDA, por Christian Schwartz, Doutor em história social (USP/Cambridge), é jornalista e tradutor, para o jornal Folha de S. Paulo

Se a esquerda brasileira pretende se renovar a partir da visão de mundo exposta por Manuela D'Ávila (PC do B) e Guilherme Boulos (PSOL) em artigo publicado neste espaço (8/4), pode ser mesmo que estejamos diante do "maior ataque à democracia desde o fim do regime militar", como alardearam os dois pré-candidatos à Presidência.

E pior: um ataque coordenado que parte dos dois extremos do espectro político, não apenas da direita, como querem fazer crer as duas jovens lideranças que Lula, no discurso com o qual encerrou seu ato de resistência light à prisão, pareceu ungir como herdeiros de longo prazo do legado petista.

Sem economizar nos lugares-comuns do "golpe" e da "violência fascista", que têm sido bordões de "resistência" dos indignados com a chamada judicialização da política - num momento que, por isso mesmo, exigiria interpretação cuidadosa e nuançada -, os pupilos clamam pela "defesa da democracia".

Há um paradoxo flagrante nesse discurso alarmista, e por duas razões principais.

Primeiro porque, apesar do clima de conflagração que tem levado a episódios escancarados de violência, não mais circunscritos aos rincões onde isso desde sempre foi o cotidiano da política, o quadro eleitoral é francamente favorável às candidaturas de oposição.

Com popularidade quase abaixo de zero, o governo de turno patina desesperadamente - é de desespero mesmo que se trata: sem o foro privilegiado, a coisa se complica para muito governista logo ali adiante. Dificilmente essa turma se recupera a tempo de colocar um dos seus no Palácio do Planalto.

Só faria sentido a ameaça à democracia se o "campo progressista" de que falam Manuela e Boulos em seu artigo tivesse sido amordaçado e impedido de disputar em condições de igualdade. Evidentemente não é o caso, como se vê - a ponto de até o próprio PT poder nutrir real expectativa de voltar a governar o país.

Quando pré-candidatos de PC do B e PSOL, recém-ungidos por Lula, assinam juntos um manifesto em que acusam a Justiça de ter apressado o julgamento do líder petista e incorrido numa "absurda e ilegal decisão de prendê-lo", declaram abertamente o descaso por algo que lhes deveria ser caro acima de tudo.

Não faço aqui apenas a óbvia, até um pouco batida -embora sempre necessária -, defesa das instituições. (São elas, afinal, que vão garantir aos dois jovens líderes ter seus nomes na urna em outubro.) Mas é aí, justamente, que o discurso dessa nova esquerda toma um rumo perigoso; é aí que ele pode, em vez de combater, paradoxalmente engrossar os ataques recentes à democracia. Quando gritam "eleição sem Lula é fraude", os apoiadores do ex-presidente mostram um menosprezo indireto (mas suficientemente claro) ao sufrágio em si.

Pois tem duas faces a acusação de que os índices de intenção de voto do líder petista sejam o motivo por trás de uma "perseguição judicial" a Lula. Em nome de uma pretensa defesa da presunção de inocência, inventa-se, a seis meses da eleição, a presunção de mandato ?"e o réu se torna intocável porque atacá-lo seria calar por antecipação a vontade popular.

Soa evidente a qualquer observador informado que, mesmo que não fosse preso agora, Lula não escaparia desse destino, dado que viu seu nome envolvido num total de nove processos com alto potencial para condená-lo em algum momento.

Eis a segunda razão pela qual Manuela e Boulos se fecham num paradoxo insolúvel: "Lula livre" seria quase que certamente Lula impune, gozando do bom e velho foro, aquele mesmo; se novamente empossado no cargo máximo da República, provavelmente acabaria impedido e preso de qualquer jeito, talvez sob guerra civil.

É esse o desfecho da crise que os renovadores do campo progressista pretendem?

Ora, os novos nomes da esquerda que se cocem - como se dizia lá em casa - e tratem de reconquistar o poder sem lançar mão de sofismas que igualam popularidade a mandato popular e só se prestam, no fundo, à defesa do que há de mais retrógrado na nossa política.
Miguel José Teixeira
13/04/2018 08:57
Senhores,

"Leva e não traz nunca mais"...

Para especialista, chance de descobrir autor de áudio em voo de Lula é quase nula...

Também, pudera! A frase deve ter sido pronunciada por milhares de contribuintes desolados com a roubalheira comandada pelo "reeducando" lula.
Herculano
13/04/2018 08:16
GILMAR ACUSA MORO DE QUERER SER GILMAR, por Augusto Nunes, de Veja

Alternando citações em alemão - incompreensíveis para quem só fala português - com palavrórios em juridiquês ininteligíveis para quem se expressa em língua de gente, Gilmar Mendes só conseguiu transmitir claramente aos espectadores da TV Justiça a suspeita que mais o atormenta: ele acha que Sérgio Moro pensa que é Deus. Está explicada a intensificação da furiosa ofensiva do juiz dos juízes contra o magistrado que personifica a Operação Lava Jato.

Autopromovido há muitos anos a único deus de toga, o maior jurista de Diamantino está com medo de perder o emprego. O mais recente ídolo do PT continua caprichando na pose de Senhor da Verdade e da Razão. Quem vê as coisas como as coisas são continua enxergando em Gilmar Mendes um ministro da defesa dos delinquentes de estimação. Nesta quinta-feira, ele envergonhou o Supremo Tribunal Federal com a insistência em libertar Antonio Palocci.

Perdeu de novo, mas vai continuar mostrando que, no Brasil, até a bandidagem é corporativista.
Herculano
13/04/2018 08:09
da série: depois de um governo fraco, desigual e tão lambuzado, candidato a deputado Federal é a melhor chance de se manter vivo na política e preservar o foro

SEMELHANTES E DIFERENTES, CASOS DE COLOMBO E ALCKMIN NO STJ DEVEM TER O MESMO DESTINO, por Upiara Boschi, no jornal Diário Catarinense, da NSC Florianópolis.

Até o início da noite de quinta-feira (12), o ação penal contra o ex-governador Raimundo Colombo (PSD) continuava em Brasília, no gabinete do ministro Luis Felipe Salomão, relator do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ). É provável que nas próximas horas seja definido o destino de denúncia que a Procuradoria Geral da República (PGR) aplicou ao pessedista, agora sem foro privilegiado, mas a decisão que coube ao ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) dá importantes pistas sobre o que pode acontecer.

No caso do tucano, a ministra Nancy Andrighi atendeu ao pedido do vice-procurador-Geral da República, Luciano Mariz Maia, e remeteu o processo derivado das delações da empreiteira Odebrecht para a Justiça Eleitoral - apesar dos pedidos da força-tarefa da Operação Lava-Jato de que fossem encaminhados para a Justiça Comum.

Se a decisão for a mesma para Colombo, o catarinense consolidará o sentimento que teve no início da março, quando a PGR apresentou a denúncia sobre supostos R$ 9,3 milhões em repasses da Odebrecht para campanhas ao governo em 2010 e 2014, mas excluiu da peça qualquer menção ao interesse da empreiteira pela Casan. Estaria descaracterizada uma operação de troca que poderia levar a um processo por corrupção passiva. Seria uma questão de caixa 2, que Colombo nega e diz que tem como se defender.

Os casos de Alckmin e Colombo têm semelhanças e diferenças importantes. Elas indicam que o destino do tucano e do pessedista será o mesmo. Em entrevista ao jornal O Globo, Mariz Maia tentou justificar a decisão em relação ao paulista dizendo que não havia elementos para investigar mais do que o caixa 2. Segundo o vice-procurador-Geral, "as referências ao então governador foram no sentido de que teria recebido contribuição para campanhas eleitorais, e tais recursos não teriam sido declarados à Justiça Eleitoral". Alega, ainda, que a Odebrecht não apontou "ato de ofício ou promessa de ato de ofício que pudesse caracterizar crime de corrupção".

O caso de Colombo tem na gênese uma suspeita de troca - ato ou promessa de ato de ofício. Era o interesse da Odebrecht na compra da Casan. É uma diferença em relação ao caso de Alckmin, o que poderia levar o caso para a Justiça Comum. O que faz esse destino ser improvável é a própria investigação do Ministério Público Federal que resultou em uma denúncia de 18 páginas sem qualquer menção à estatal catarinense. A defesa de Colombo conseguiu convencer os procuradores que o interesse da Odebrecht não interferiu na forma como o governo tratou a possível venda de 49% das ações da companhia. Peça forte dessa argumentação foi o despacho do então secretário Antonio Gavazzoni (PSD) a Dalírio Beber (PSDB), na época presidente da Casan, determinando a paralisação das tratativas para venda diante do baixo valor da companhia
Herculano
13/04/2018 08:04
QUEIMA DE ARQUIVO. COISA PROFISSIONAL. A QUEM INTERESSA? ASSASSINOS DE MARIELLE PODEM TER SIDO ASSASSINADOS

Conteúdo de O Antagonista. Os assassinos de Marielle Franco podem ter sido assassinados.

Os agentes que investigam o crime, como disse O Antagonista, suspeitam de uma queima de arquivo.

Diz O Globo:

"Vestígios encontrados numa das balas usadas no duplo homicídio serão confrontados com marcas dos dedos de dois homens mortos esta semana. Ambos eram suspeitos de ligação com grupos criminosos da Zona Oeste. Investigadores suspeitam que houve uma queima de arquivo (...).

No último domingo, o líder comunitário Carlos Alexandre Pereira Maria, o Alexandre Cabeça, de 37 anos, foi executado com vários tiros dentro de um carro na localidade da Boiúna, na Taquara. Ele era colaborador de Marcello Siciliano (PHS), um dos vereadores chamados pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil para prestarem depoimentos sobre Marielle. No boletim da ocorrência feito pela PM, consta que Alexandre Cabeça era conhecido como chefe da milícia da comunidade Lote Mil.

Além de Alexandre Cabeça, o subtenente reformado da PM Anderson Cláudio da Silva, de 48 anos, executado terça-feira à noite no Recreio, terá as digitais comparadas com a encontrada na bala usada no ataque que resultou na morte da vereadora e de seu motorista. Ele foi atingido por dezenas de tiros de pistolas e fuzis no momento em que entrava em seu carro, um BMW blindado, na Praça Miguel Osório. A polícia suspeita que ele tinha envolvimento com a contravenção."
Herculano
13/04/2018 07:58
POLÍTICA E TORCIDA, OS RISCOS DA DISSONÂNCIA COGNITIVA, por Cláudia Costin,professora visitante de Harvard. Foi diretora de Educação do Banco Mundial e ministra da Administração, para o jornal Folha de S. Paulo.

Temos visto, nos últimos dias, processos de mobilização política e defesa de teses que têm sido descritos, pelos dois lados em que se divide o espectro de ideias no país, como permeados de dissonância cognitiva -atribuindo a insuficiência sempre ao outro lado. Ora, o que é mesmo dissonância cognitiva e quem, de fato, tem sido contaminado por essa moléstia?

Na verdade, consiste num processo que pode gerar uma forma de cegueira situacional que não nos permite ver o que é contrário ao nosso conjunto de crenças, ou, como colocava Leon Festinger, ocorre quando, na busca de coerência entre o que pensamos e o que observamos, entramos em conflito interno.

Para solucioná-lo, é tentador eliminar a informação dissonante, negando parte da realidade ou inventando uma explicação aparentemente lógica para o fenômeno.

Infelizmente, os dois lados padecem do mesmo mal. A preguiça mental de certa cidadania frágil leva a negar o que não se encaixa num arcabouço explicativo que busca ter respostas para tudo ou que nos é fornecido por líderes que pensam por nós.

Mas, infelizmente, o ser humano não é um sistema estruturado, e a vida em sociedade menos ainda. A busca de sistemas explicativos abrangentes não têm trazido soluções fáceis ou guias de ação para qualquer situação e menos ainda nos permite dividir a humanidade, de forma clara, entre os bons e os maus.

Troca de ofensas e mostras de virilidade, próprias de disputas de torcidas de futebol, certamente não são o melhor caminho para lidar com problemas e riscos institucionais tão graves como os que vivemos.

Tampouco o são nossas tendências a sermos técnicos amadores de futebol ou juízes, num cenário em que, dependendo das preferências políticas, rábulas disputam pareceres jurídicos ou jurisprudências distintas.

Certamente, a sensação de injustiça deve ser expressada com contundência, assim como a de impunidade, mas uma cidadania crítica não deveria resultar em negação de diálogo com quem vê as coisas de forma diferente ou, pior ainda, com a própria realidade. Política não é torcida.

Lembro como a esquerda francesa se dividiu frente à revelação dos crimes de Stálin ou os maoistas quando começaram a ser divulgados os crimes da Revolução Cultural: muitos não quiseram acreditar, julgando ser estratégia diversionista da direita.

Da mesma forma, alguns judeus, no início da ascensão do nazismo na Alemanha, louvaram a firmeza com que Hitler se opunha a partidos de esquerda.

Análise séria dos fatos e dos riscos que vivemos não farão mal a ninguém. Temos um futuro a construir enquanto ainda é tempo!
Herculano
13/04/2018 07:54
DENÚNCIA! PAREM AS MÁQUINAS! CASO ALCKMIN EVIDENCIA QUE AINDA HÁ GENTE NO MPF QUE Só FAZ ACUSAÇõES COM PROVAS!!! por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República, que deveria estar sendo investigado em vez de pedir que se investiguem terceiros, andou espalhando por aí que é "difícil de engolir" a decisão da ministra Nancy Andrighi, do STJ, que mandou para a Justiça Eleitoral de São Paulo o inquérito que apura a acusação feita por um executivo da Odebrecht, segundo quem a empresa doou um total R$ 10,7 milhões para as campanhas eleitorais de Geraldo Alckmin em 2010 e 2014.

Tanto a decisão da ministra como a fala do ex-procurador-geral têm importância capital para entendermos esses tempos. Sabem por quê? Um evento representa a prudência investigativa, que se dá nos limites da lei. O outro traduz o espírito policialesco, que conduz, como está conduzindo, o país à desordem.

Vamos lá. O executivo Benedicto Júnior, da Odebrecht, afirmou, sim, em 2016, que a empreiteira doou aquele total pelo caixa dois às campanhas de Alckmin - embora o governador diga desconhecer a existência de contribuição irregular. Para efeitos de raciocínio, vamos tomar a coisa como verdadeira. Em seus depoimentos, Júnior não apontou em nenhum momento o que Alckmin teria oferecido em troca. Vale dizer: ele não apontou nenhum indício de corrupção passiva.

A investigação ficou a cargo da Procuradoria-Geral da República. Quem pediu ao STJ que os autos do inquérito fossem remetidos à Justiça Eleitoral de São Paulo foi Luciano Mariz Maia, vice-procurador-geral. Diz ele:
"Nós não retiramos o ex-governador da Lava Jato. Ele não estava incluído nela. É preciso entender que, na verdade, a Lava Jato é uma investigação que apresenta várias evidências que são utilizadas em juízos diversos. Cada qual com seu cada qual".

O que ele quer dizer com isso? A Lava Jato não é, ou não deveria ser, um Tribunal Penal de Exceção. A depender da acusação, o caso vai para um juízo específico. No caso de Alckmin, a investigação evidenciou que, a ser verdade a acusação feita pelo delator, o que se tem é um ilícito previsto no Artigo 350 do Código Eleitoral. Portanto, o exame não é de natureza criminal.

Não custa lembrar: tão logo Alckmin renunciou ao governo do Estado, perdendo o foro especial por prerrogativa de função, a banda paulista da Força Tarefa reivindicou o caso como se fosse o que não é: uma instância da Justiça. Ora, ainda que houvesse elementos criminais a serem investigados, o caso deveria ser remetido para a primeira instância da Justiça Federal. É espantoso: a turma da dita força-tarefa paulista já se considera uma instância judicial.

Mais uma vez, as palavras de Maia são elucidativas:
"O que é que gerou uma celeuma indevida, por assim dizer? Uma comunicação pública de colegas da Lava Jato de São Paulo dizendo que tinham solicitado com urgência para mandar para eles o feito judicial [o inquérito do STJ]. Nós explicamos [aos procuradores] que não se manda para uma força-tarefa um feito judicial. Se manda para o juízo natural. O juízo natural de uma apuração eleitoral é o juízo eleitoral."

Não é espantoso que isso tenha de ser explicado? É.

Qual é o pano de fundo disso tudo? A banda barra-pesada da Lava Jato trabalha com um conceito: caixa dois é igual a corrupção, pouco importando se existe o indício de tal crime.

Tivesse a Lava Jato a prudência demonstrada por Maia, e a operação estaria realizando um saudável trabalho de saneamento da vida pública, com as instituições no lugar. Em vez disso, o país passa por um transe jurídico. E a bagunça chegou ao Supremo.

Maia diz ainda à Folha:

"Se nós tivéssemos, na investigação, começado a puxar outras coisas (...) uma acusação por ato de corrupção, nós teríamos feito isso".

E dá um recado para seus buliçosos colegas:

"Se alguém da Lava Jato de São Paulo apresentar provas que possam identificar outros fatos além do [artigo] 350 [do Código Eleitoral], pode fazer isso, tem atribuição para fazer isso. Quem quer que tenha prova pode fazer a investigação que quiser. Eu não tinha. Quem tiver, faça. Eu não tinha."

Que homem antigo, né? Ainda é do tempo em que era preciso ter prova para acusar alguém.

Que fique claro: Alckmin não está tendo privilégio nenhum. O vice-procurador e a ministra tomaram a decisão correta. Ocorre que o país anda de cabeça para baixo. E até ditos jornalistas investigados estão fazendo especulações indevidas - para ganhar cliques nas redes ?" em vez de aplaudir o cumprimento da lei.

Quanto a Jonot: quem deveria estar sob investigação em razão das lambanças com Joesley Batista é ele. Mas, por enquanto, está sendo protegido por sua corporação.
Herculano
13/04/2018 07:48
TEMER AMEAÇA ECONOMIA COM LAMBANÇA NA POLÍTICA, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Se a economia vai mal, mas dá sinais tênues de vida, o que dizer da política, que ameaça matar a recuperação no berço?

A mera nomeação da irrelevância que será um ministro qualquer do Trabalho do país sem emprego se tornou um show de ridículo, embora essa piada já seja velha.

O vexame da tentativa de mudar uma norma de endividamento do governo, a "regra de ouro", prenuncia coisa pior.

A ministra do Trabalho cai pelas tabelas antes de tomar posse. Substituiria um ministro que caiu antes de ser nomeado, não faz uma semana, por veto de José Sarney, fóssil vivo da desgraça maranhense e hiperinflacionária, de impopularidade insuperada até o advento de Michel Temer.

Os mortos-vivos governam até os muito vivos.

A lambança toda começara com a substituição de um ministro que fez fama ao decretar vistas grossas para o trabalho escravo. Ficou, pois, provado que o governo não tem assessoria ou não tem noção, como diz o povo, é óbvio. Ninguém checou a ficha corrida ou se importou com a capivara de Cristiane Brasil, a quase ministra.

A lambança não seria completa sem a contribuição do Judiciário, que agora quer governar o país. Entre um dedaço judicial e as lambanças da casta política, se passou a aceitar a confusão dos três Poderes.

Trata-se apenas de mais um dos episódios de incompetência e degradação institucional que temos visto desde 2014. Porém, a única vantagem comparada deste governo, por assim dizer, seria a arte da mumunha política, da esperteza semiparlamentarista capaz de aprovar o que fosse no Congresso, não importando a repulsa nacional.

Seria assim que haveria até reforma da Previdência neste 2018. Agora, a reforma trabalhista aprovada tão correndinho quanto o homem da mala pode cair; não se consegue nem nomear um dois de paus para o Trabalho.

Pior é o caso da "regra de ouro". Seria até possível faturar politicamente isso que, no fundo, é um fracasso, a incapacidade do governo de limitar seu endividamento crescente.

Mas a turma de Temer lambuzou um fiasco com uma lambança, piorada por cotoveladas entre gente do governismo que quer ser candidata a presidente, Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, e Rodrigo Maia, que preside a Câmara.

A Constituição proíbe endividamento extra em valor que supere despesas de capital (investimentos "em obras" e alguns tipos de despesa financeira, grosso modo). Será impossível evitar o estouro desse limite em 2019. Seja como for, por bem ou por mal, será preciso emendar a Constituição a fim de evitar paralisias ou coisa pior no governo que assume no ano que vem.

Esse pacote poderia ser até bem embrulhado com uma conversa de "união nacional", de medida de interesse de todos os candidatos a presidente, afora boçais e oportunistas malucos.

Virou crise, a conversa parou e mostrou rachaduras juvenis e provincianas na política do governo. Enfim, sobrou a apenas a impressão de que o governo tentava remendar seu fracasso de conter os deficit e que os duques políticos e econômicos de Temer se dão caneladas, mesmo sob o risco de se afundarem, o país junto, ainda mais.

É essa turma que, diz, vai tentar aprovar a reforma da Previdência.
Herculano
13/04/2018 07:43
TEMER ANALISA PROJETO QUE DRIBLA LEI DE IMPROBIDADE E ESTIMULA A IMPUNIDADE, por Josias de Souza

Michel Temer recebeu há três dias, em 10 de abril, ofício assinado pelos presidentes de seis entidades que representam no país as corporações dos juízes, procuradores e auditores. O documento pede ao presidente que vete integralmente o projeto de lei 7448/2017. Chegou ao Planalto na semana passada. Foi aprovado sem alarde no Congresso. Se for sancionado, anotaram os signatários do alerta enviado a Temer, "pode se tornar uma lei de impunidade, significando verdadeiro contorno à Lei de Improbidade, com artifícios para isentar de responsabilidade o agente público." Tudo isso em plena era da Lava Jato.

No rodapé deste post você encontra os nomes das entidades que escreveram a Temer. A íntegra da proposta considerada tóxica pelos representantes do Judiciário, do Ministério Público e dos órgãos de controle está disponível. Deve-se a apresentação do projeto ao senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). Foi aprovado sem passar pelos plenários do Senado e da Câmara. Senadores e deputados atribuíram caráter "terminativo" às votações realizadas nas comissões de Constituição e Justiça das duas Casas.

O projeto injetou 11 artigos novos na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, de setembro de 1942. Alegou-se que o objetivo das mudanças seria o de aprimorar as decisões dos gestores públicos e disciplinar a atuação de quem tem a incumbência de fiscalizá-los e julgá-los. No final, haveria mais segurança jurídica e menos imprevisibilidade. Entretanto, aos olhos das autoridades que lidam com o combate à improbidade, a nova lei servirá como "reduto para a impunidade" do administrador corrupto (pode me chamar de apadrinhado de político).

Uma das novidades previstas no projeto é que procuradores, magistrados e auditores, ao interpretar "normas sobre a gestão pública", terão de levar em conta "os obstáculos e as dificuldades reais do gestor", além de observar "as exigências das políticas públicas a seu cargo". Na carta a Temer, os críticos do projeto indagaram: "Que dificuldades reais seriam essas?"

Para juízes, procuradores e auditores, criou-se "uma modalidade de interpretação casuística, arbitrária." Avaliam que o novo dispositivo legitima a lógica segundo a qual "os fins justificam os meios". Algo "incompatível com a administração pública." O efeito prático da análise de "obstáculos e dificuldades", acrescentaram os autores da carta, é a formação de "campos de impunidade para o gestor ou administrador".

Noutro trecho, a proposta submetida à sanção de Temer prevê que, antes de questionar a validade de atos e contratos firmados por gestores públicos, os órgãos de controle e o Judiciário terão de levar em conta "as orientações gerais da época". O projeto proíbe que se utilize uma "mudança posterior de orientação geral" para declarar "inválidas situações plenamente constituídas".

O projeto traz uma definição de "orientações gerais". São "interpretações e especificações contidas em atos públicos de caráter geral ou em jurisprudência judicial ou administrativa majoritária, e ainda as adotadas por prática administrativa reiterada e de amplo conhecimento público."

No ofício a Temer, os servidores que têm a atribuição funcional de conter a atuação de larápios no serviço público escreveram que as tais "orientações gerais" constituem uma "categoria tão aberta quanto a leitura textual sugere, isso porque fala em 'atos públicos de caráter geral'. O que seriam 'atos públicos de caráter geral'?"

Diz a carta a certa altura: "O aspecto central de maior preocupação reside no fato de que se criam modalidades e justificativas abertas para eventual convalidação de atos ou de contratos inexistentes ou nulos." Isso "fere os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência."

Em conversa com a coluna, um ministro do Superior Tribunal de Justiça tachou o projeto de "absurdo". Ao comentar o trecho que legaliza "prática administrativa reiterada e de amplo conhecimento público", o magistrado declarou: "Suponha uma cidade qualquer em que o prefeito não faça contratos administrativos, mas acertos de boca. Todo mundo conhece a prática na cidade. O prefeito anterior fazia a mesma coisa. Ninguém poderá puni-lo, porque será uma prática administrativa reiterada, de amplo conhecimento público."

Se for sancionada por Temer, a nova lei criará um "regime de transição" para que administradores se adaptem a decisões administrativas ou judiciais que estabeleçam "interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito." Trata-se de outra anomalia, alertaram os críticos no documento protocolado no Planalto:

"No que diz respeito especificamente à decisão judicial, ela não impõe 'novo' dever", anota o ofício. "O dever é anterior à decisão judicial, por isso não faz sentido, ao menos na esfera judicial, a previsão de um 'regime de transição'." Dito de outro modo: um juiz não cria deveres, apenas cobra obrigações previstas em lei. São pilhados em malfeitos os gestores públicos que cometem malfeitorias. Sempre que isso ocorre, precisam de punição, não de "transição".

Há na proposta um certo requinte de crueldade com o contribuinte brasileiro. Além de dificultar o combate à corrupção, cerceando o trabalho dos órgãos de controle e do próprio Judiciário, o projeto prevê o seguinte: "O agente público que tiver de se defender, em qualquer esfera, por ato ou conduta praticada no exercício regular de suas competências e em observância ao interesse geral terá direito ao apoio da entidade, inclusive nas despesas com a defesa." No português das ruas: o sujeito é processado por suspeita de roubar o erário e o brasileiro em dia com a Receita Federal paga o advogado.

Noutro trecho, o projeto legaliza a seguinte armadilha: "Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão." Há mais: "A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em face das possíveis alternativas." No limite, se uma lei como essa estivesse em vigor há quatro anos, não haveria Lava Jato.

Flerta com o ridículo uma proposta que proíbe a punição com base em "valores jurídicos abstratos" e menciona do início ao fim abstrações como "interesses gerais", "dificuldades reais", "orientações gerais da época?" Ao condicionar o cancelamento de atos e contratos às "consequências práticas da decisão", o projeto afirma, com outras palavras, o seguinte: "Se operações como a Lava Jato vão debilitar a Petrobras e a indústria da construção civil, é melhor buscar uma adequação da medida". Ou, por outra: "Se houve corrupção na refinaria Abreu e Lima, mas a obra já está 40% pronta, convém levar em conta as consequências práticas antes de chutar o pau da barraca."

?" Eis a relação das entidades responsáveis pelo ofício enviado a Michel Temer: Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP) e Sindicato Nacional dos AuditoresFiscais do Trabalho (Sinait).
Herculano
13/04/2018 07:39
SILÊNCIO DE TEMER TORNA CORONEL FIGURA AINDA MAIS NEBULOSA, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Passaram-se 316 dias desde que a Polícia Federal chamou pela primeira fez o coronel João Baptista Lima Filho para prestar depoimento em um inquérito que investiga Michel Temer. Em cada um desses 316 dias, o amigo do presidente se recusou a explicar as acusações de que teria recebido R$ 1 milhão da JBS e bancado despesas pessoais da família da Temer.

O voto de silêncio imposto sobre assuntos que envolvem o coronel torna ainda mais nebulosas suas atividades como empresário e como faz-tudo do presidente. Desta vez, ninguém quis justificar um relato aparentemente simples: o de que a mulher de Lima fez um pagamento em dinheiro vivo para a reforma da casa de uma das filhas de Temer.

O coronel permanece calado, amparado por atestados médicos que recomendam que ele evite "estresse emocional e esforços físicos". A PF quer ouvi-lo sobre a obra no imóvel, entre outros assuntos, mas Lima se recusou a falar até mesmo quando ficou preso por três dias, no fim de março, na Operação Skala.

Maria Rita Fratezi, sua mulher, foi intimada a depor na mesma ocasião, e também preferiu não responder às perguntas dos investigadores.

Já o presidente diz que não deve explicações sobre o tema e que os questionamentos sobre a obra devem ser feitos a sua filha. Mas o advogado de Maristela Temer afirma que só dará informações "caso ela seja chamada para prestar depoimento".

Nem mesmo o ministro Carlos Marun, zagueiro do gabinete presidencial, conseguiu encontrar uma desculpa esfarrapada. Disse não saber se o relato sobre o pagamento é verdadeiro e repetiu a ladainha de que este é "mais um capítulo dessa novela de perseguição" contra Temer.

Quando o STF quebrou o sigilo bancário do presidente, o Planalto se apressou para avisar que divulgaria os dados, mas depois recuou. Temer gasta o verbo para atacar seus investigadores, mas adota o silêncio como regra de ouro quando é conveniente.
Herculano
13/04/2018 07:35
CUNHA QUER PROVAR QUE TRÊS DELATORES MENTIRAM, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O ex-deputado Eduardo Cunha, que foi presidente da Câmara, tem dedicado seu tempo de prisão, no Complexo Médico Penal de Curitiba, "com foco e paciência de ourives", segundo um amigo da família, a um trabalho minucioso que pretende desmontar depoimentos de três delatores que mais o implicaram nas denúncias que o levaram à prisão: os "operadores" Júlio Camargo, Fernando Baiano e Lúcio Funaro.

CHEFE DE QUADRILHA
Os três delatores acusaram Eduardo Cunha de cobrar propinas e de recebê-las, usando sua influência para viabilizar decisões oficiais.

DATA HORA E LOCAL
Focado, Cunha isola datas, horários e locais citados e garimpa provas de que ele não poderia ter participado das reuniões delatadas.

FISICAMENTE DISTANTE
Cunha está animado, dizem amigos da família: acha que vai provar, em alguns casos, que nem sequer estava na cidade de algumas reuniões.

MENTIRA DÁ CADEIA
Caso a mentira venha a ser comprovada, Camargo, Baiano e Funaro ficam sujeito a anulação dos respectivos acordos de delação premiada.

ALVO DA PF MOVIMENTOU MAIS DE R$2,8 BILHõES
Sócio de uma centena de empresas e no centro de duas investigações simultâneas da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, Arthur Pinheiro Machado, preso na Operação Rizoma, movimentou mais de R$2,8 bilhões em negócios com fundos de pensão, até municipais. Tanto dinheiro seria suficiente para pagar à vista o sofisticado satélite de comunicações SGDC, que o Brasil comprou em suaves prestações.

SEM REFERÊNCIAS
Oficialmente, o senador Renan Calheiros não aparece na investigação que tem como alvo o amigo Milton Lyra. Ou tudo estaria no STF.

RELACIONAMENTO
Do tipo afável, Milton Lyra organizou várias degustações de vinho, com especialistas renomados e convidados de destaque na vida de Brasília.

DO FUNDO DO BAÚ
Alvo da Rizoma, Marcelo Sereno dividiu com Waldomiro Diniz o protagonismo do primeiro escândalo de corrupção do governo Lula.

TAPA NA CARA
O PT e partidos puxadinhos do PT querem uma "comissão externa" para avaliar as condições da prisão de Lula. Sala com chuveiro elétrico e TV para ver jogo do Corinthians não são regalias suficientes.

POLÍCIA MUDA DE CASA
A área jurídica do governo paulista analisa mudar a Polícia Civil para a Secretaria de Justiça, a fim de criar espaços para composição política do governo Márcio França. A Polícia Militar continuaria na Secretaria de Segurança. Entidades de delegados aprovam a ideia. E fazem pressão.

INSEGURANÇA JURÍDICA
Advogados criminalistas criticam o Supremo Tribunal Federal pelas idas e vindas. Após aceitar o exame do habeas corpus de Lula, "abrindo a porteira" para outros condenados em segunda instância, decidiu diferente sobre um caso idêntico, o "HC" de Antonio Palocci.

PRó-VOTO DISTRITAL
Pré-candidato ao Planalto, o presidente do Sebrae Nacional, Guilherme Afif, é um dos defensores do projeto que prevê a adoção do voto distrital, que deve voltar à pauta do Congresso após as eleições.

PAROLA NA OMC
A indicação do embaixador Alexandre Parola para chefiar a missão do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, chega ao Congresso nesta sexta (13). Atual porta-voz do presidente Michel Temer, Parola assumirá o posto em 1º de janeiro.

NÃO MEXE COMIGO
Ao ser questionado pela defesa de Lula sobre os outros e-mails enviados, Marcelo Odebrecht foi curto e grosso: "já devo ter enviado mais de três mil". "É melhor que a defesa do Lula fique com os e-mails (selecionados), porque quanto mais eu vou, mais complica a vida dele".

HERANÇA DE DILMA
Em 2016 e 2017, o Ministério da Educação repassou 100% dos recursos para custeio das universidades federais, fato que não ocorreu nos últimos dois anos de governo Dilma Rousseff, do PT.

CRIMINOSO NADA ESPECIAL
A carceragem da PF no Paraná tem regras claras para a visitação de presos, como o petista Lula. Não adianta políticos demagogos insistirem: preso comum merece tratamento de preso comum.

PENSANDO BEM...
...o Supremo Tribunal Federal, conforme anotou um ouvinte da rádio BandNews, substituiu a súmula vinculante pela súmula vacilante.
Herculano
13/04/2018 07:32
da série, o ministro da Fazenda de Dilma Vana Rousseff, PT, que quebrou o Brasil, desempregou milhões e elevou a inflação a dois dígitos, coloca defeitos naquilo que está dando certo. A esquerda do atraso aposta sempre na massa majoritária de analfabetos, ignorantes e desinformados.

SEM LULA, EM VEZ DE DISPUTA ENTRE O MEDO E ESPERANÇA, TEREMOS EMBATE ENTRE O MEDO E O TERROR, por Nelson Barbosa, no jornal Folha de S. Paulo

Os marqueteiros dizem que eleições são geralmente disputas entre medo e esperança. Entre o desejo de manter tudo como está, com receio de que as coisas piorem, e a vontade de mudar tudo, com a expectativa de que a situação melhore.

Essa lógica se aplica bem ao Brasil dos últimos anos. Em 1994 e 2002, a esperança venceu o medo. Primeiro pela perspectiva de controle da inflação (o Plano Real de Fernando Henrique), depois pela perspectiva de redução de desigualdades (o Brasil de Todos de Lula). Nos dois casos, a esperança se mostrou correta por motivos diferentes.

Já em 1998 e 2014, o medo venceu a esperança. No primeiro caso, pelo receio de depreciação cambial e retorno da inflação. Isso garantiu a reeleição de FHC. No segundo momento, havia o temor de perda das conquistas sociais dos anos anteriores. Isso garantiu a reeleição de Dilma.

Nos dois casos parte do que se temia acabou acontecendo por uma razão comum: a inviabilidade das propostas econômicas apresentadas na campanha.

Antes de prosseguir, informo aos desavisados de sempre que não estava no governo nem participei da campanha de 2014. De volta ao principal.

As eleições de 2006 e 2010, por sua vez, foram pontos fora da curva. O cenário externo favorável e o sucesso do governo Lula em combinar crescimento econômico com redução de desigualdades transformaram a votação daqueles anos em uma celebração ufanista do Brasil.

Como tudo tem um preço, a inflexão da política econômica do governo Lula em 2006-10 deu tão certo que gerou excessos nas ações do governo, sobretudo a partir de 2012.

Houve projetos superdimensionados, adiamento de reformas necessárias e intervenção excessiva em alguns mercados em 2012-14. Tudo isso em um cenário externo e interno não tão favoráveis como antes.
Neste ano a situação é diferente de todas eleições passadas. Temos um pessimismo tão grande com a política que o medo resolveu prender a esperança com receio de perder as eleições.

Se a prisão e o impedimento de que Lula participe das eleições se mantiverem até outubro, tudo indica que, em vez de uma nova disputa entre medo e esperança, teremos um embate suicida entre medo e terror.

Hoje a centro-direita voltou ao discurso do medo, agora contra espantalhos de corrupção e intervencionismo, apostando no desenvolvimento por geração espontânea e manutenção de desigualdades.

O problema é que, na ausência de um candidato de centro-esquerda, a centro-direita tende a disputar contra o terror da extrema direita. Contra a ideia de que o Brasil só "dá certo" com restrição de liberdades individuais, aumento de desigualdades e violência contra os mais pobres.

Existe alternativa na centro-esquerda. Na combinação de responsabilidade fiscal e social, no combate à corrupção sem viés político e, mais importante, na continuidade da inclusão social além das transferências de renda.

As soluções não são fáceis e demandam diálogo. Hoje mais do que nunca, precisamos de bons mediadores políticos, mas nosso melhor mediador foi preso e empurrado para a extrema esquerda na última semana, após uma sequência de decisões jurídicas questionáveis.

A luta pela libertação de Lula continua nos tribunais e, para interromper a marcha da insensatez, o medo deveria concluir que é preciso libertar a esperança para lutar contra o terror.
Herculano
12/04/2018 19:22
NA 2ª TURMA, PALOCCI GANHARIA O ASFALTO POR 3 a 2, por Josias de Souza

Deve-se a manutenção de Antonio Palocci na cadeia à decisão do ministro Edson Fachin de transferir o julgamento do habeas corpus da Segunda Turma para o plenário do Supremo Tribunal Federal.

Na turma, o ex-ministro de Lula e Dilma Rousseff teria ganhado o asfalto por 3 votos a 2. Abririam a cela Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. E o ex-preso estouraria o champanhe em casa entre a noite desta quarta-feira e a manhã de quinta.

No plenário, Palocci foi mantido atrás das grades por 7 a 4 - um voto a mais em relação ao 6 a 5 que abriu o caminho para o encarceramento de Lula na semana passada. Dessa vez até o decano Celso de Mello votou contra Palocci.

Em privado, pelo menos dois colegas de Fachin enxergaram na migração do processo da turma para o plenário uma manobra para converter derrota certa em vitória provável. Contudo, conforme já comentado aqui, a providência é expressamente autorizada pelo regimento interno do Supremo.

Fachin optou por esse caminho depois que a Segunda Turma livrou do cárcere o grão-petista José Dirceu. Graças à brecha regimental, o relator da Lava Jato vai conseguindo salvar no Supremo a essência da operação anticorrupção.

A única coisa que ainda não foi salva é a unidade da Suprema Corte. A maioria magra obtida no plenário não deve modificar o comportamento das turmas. A Segunda Tuma, integrada por Fachin, vai continuar servindo refresco aos figurões enroscados na Lava Jato. A Primeira Turma continuará majoritariamente fiel à tranca. O Supremo tornou-se um tribunal lotérico.
Herculano
12/04/2018 19:19
WILLIAN WAACK INICIA PROGRAMA DE DEBATES EM CANAL PRóPRIO NA WEB

Profissional com larga experiência nas mídias impressa e televisiva, William Waack é o mais novo webjornalista do mercado. Aos 65 anos de idade, o ex-âncora do 'Jornal da Globo' fará a sua estreia no mundo virtual na próxima semana. A partir de 13 de abril, o comunicador estará no comando do 'Painel WW'. Trata-se de atração produzida no formato debate a ser transmitida ao vivo, às sextas-feiras, pela internet.

Idealizado pelo próprio apresentador, o 'Painel WW' será exibido em multicanais online. O programa, que terá início às 14h, ganhará vez no Facebook, YouTube e no site que leva o nome do projeto. O painelww.com.br contará com comentários diários feitos pelo jornalista. As íntegras das edições ficarão disponíveis nas redes sociais e no domínio recém-criado. Plataforma digital criada em 2002, a AllTV entra como parceira do projeto, também tendo o direito de exibir ao vivo a atração de William Waack.
Herculano
12/04/2018 19:09
JUÍZA NEGA AUTORIZAÇÃO DE TRABALHO EXTERNO PARA JOÃO RODRIGUES. DEPUTADO CATARINENSE VAI RECORRER

Conteúdo do Congresso em Foco. Texto de Fábio Góis. A juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, negou permissão de trabalho externo ao deputado João Rodrigues (PSD-SC), condenado por crimes contra a Lei de Licitações e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Preso desde 8 de fevereiro, o parlamentar foi detido no aeroporto de Guarulhos (SP) e, no final daquele mês, transferido para o complexo prisional da Papuda, em Brasília, onde deu início ao cumprimento da pena de cinco anos e três meses, em regime semiaberto, por fraude e dispensa irregular de licitação.

Segundo a magistrada, João Rodrigues não atende às exigências legais que justifiquem a autorização para o trabalho externo. "No caso em análise, entendo que o apenado não preenche os requisitos subjetivos para a concessão do benefício pleiteado, pois a proposta de trabalho apresentada não atende as condições legais necessárias ao retorno dele ao convívio social regular, especialmente em razão da natureza da função que exercia antes da prisão, qual seja, Deputado Federal, cujas prerrogativas legais ?" que não podem ser cerceadas ou mitigadas por este Juízo de execução penal ?" lhe garantem independência e autonomia no desempenho de suas atribuições constitucionais". diz trecho do despacho.

A defesa de João Rodrigues informou ao Congresso em Foco que dois recursos (agravos em execução) contra a decisão da juíza serão interpostos no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A assessoria lembra que o deputado está há 63 dias "isolado" do convívio dos seus e, desde fevereiro, só tem recebido a visita da esposa e de seu advogado, Cléber Lopes.

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