22/12/2010
Há pouco, na Ric-Record de Blumenau, houve a exibição da fraqueza e da farsa. No programa "Meio Dia", a repórter disse claramente que o novo Hospital de Gaspar está prestes a fechar as suas portas outra vez. Falta-lhe recursos (e eu acrescentaria, administração profissional isenta, tecnicamente capaz e livre da política partidária).Vergonha.
O Hospital abriu no dia 19.12.2009, sem caixa (o grande erro e agora admitido pelo próprio presidente do Conselho), por imposição do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT que queria um fato político como contrapartida às verbas municipais. Todos foram alertados, inclusive o senhor Waldrich, um dos baluartes da empreitada. No dia 22.12.2010, um ano depois, o presidente do Conselho Celso Oliveira, exaltado em faixas familiares como o grande administrador e reconstrutor do Hospital, finalmente confessa a farsa e anuncia que o Hospital pode fechar novamente. E exatamente durante o período mais crítico de atendimento: as férias. Está gravado. Vergonha.
O Hospital só reabriu porque tinha um punhado de homens e mulheres de fibra que assim quiseram e suportaram as dúvidas (e as vezes a fraqueza, pois eu estava lá) do senhor Celso Oliveira, a indiferença dos médicos e a contrariedade do PT. Samir Buhatem, Acig (que agora estranhamente depois de se alinhar incondicionalmente com a administração petista diz que este tipo de assunto não é com ela), Sérgio Roberto Waldrich (que não é mais o homem da Bunge), Sérgio da Costa (que está trabalhando em outra área fora de Gaspar etc) entre outros, peitaram este desafio para o senhor Celso levar os louros e que agora não consegue sustentá-los. A verdade tarda, mas não falha. Bastou um ano para pedir água (fato que foi anunciado e advertido por esta coluna quando decidiram por esta loucura de abrir o Hospital sem capital e fontes mínimas de sustentabilidade financeira, mas Celso e outros, a desdenharam). Que tal uma faixa agora para comemorar tal (mal)feito?
Quem foi lá para falir e fechar o Hospital: o homem indicado pelo PT de Gaspar, Aldo Avosani e sob a complacência do Conselho e do Celso Oliveira (os culpados que mais uma fez cederam ao jogo de trocas). Aliás, é bom o Celso Oliveira explicar por que a verba de R$170 mil por mês da prefeitura, que sempre resistiu a este valor e ao prometido em campanha por Zuchi e Mariluci de R$200 mil (que até hoje não honrou, nem mesmo no orçamento para o ano que vem), aumentou para R$175 mil, como se fosse uma bondade, para a exploração política na comunidade. Todos no PT, na Câmara, na Prefeitura, no Conselho do Hospital e o PMDB sabem a razão disso. Não foi bondade, foi aparelhamento, empreguismo, oportunismo e mistura de coisa séria com política partidária rasteira. O resultado é este ai anunciado na Ric Record. A comunidade precisa ficar sabendo dessas jogadas.
O que Celso Oliveira declarou hoje a Ric Record é um atestado de incompetência. Quem perde? A comunidade, mais uma vez. O PT fechou parcialmente o Cars que prometeu aberto 24 horas durante sete dias. Repassou parte das obrigações e custos para o Hospital contribuindo ainda mais para o seu sucateamento. O PT que acusou os outros na campanha eleitoral de fecharem o Hospital, corre o sério risco dele agora fechar o atual Hospital, moderno, reconstruído e aberto a sua revelia. O administrador é do PT Aldo Avosani, homem de confiança de Décio Lima. O Diretor Clínico é o médico Fernando Buchen, genro do prefeito. Tudo a ver. Vergonha. Acorda, Gaspar.
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