Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

02/11/2017

A GREVE I
A greve dos servidores públicos de Gaspar foi assunto de dois longos artigos: um na sexta passada aqui e outro nesta na segunda-feira, no portal do Cruzeiro do Vale, o mais antigo, acessado e atualizado. Não vou me estender. O que previ aconteceu. Óbvio. Sinceramente? Faltou ao Sintraspug uma boa causa. Mas, finalmente reuniu a torcida. O Sintraspug de hoje paga pelo compadrio e à falta de profissionalismo do de ontem; paga pela falta de orientação adequada na estratégia e na ação jurídica. O Sintraspug de hoje imita o passado, como por exemplo na omissão do debate na Reforma Administrativa. Ela o afeta. Ela retira da Folha, R$ 600 mil por ano para comissionados e funções gratificadas, exatamente quando a prefeitura discursa sobre falta de dinheiro, economia ou “impedir” que as despesas cresçam fora da lei no âmbito dos servidores efetivos. Por que o Sintraspug não se mobilizou contra à Reforma? Ah, não era com ele? Agora é tarde.

GREVE II
Os servidores caíram na armadilha do improviso na aplicação política pelos políticos da legislação manca juridicamente. No caso do “auxilio alimentação”, levou-se de barriga à execução correta desde o governo de Luiz Fernando Poli, PFL, em 1994. Foram pegos no contrapé por quem resolveu não embarrigar mais. Só isso. O Sintraspug teve 23 anos para colocar tudo em pratos limpos. Não fez. Então quem falhou? Agora, está até com medo da judicialização e que é o caminho mais seguro e adequado, antes de qualquer greve. Os sindicalistas e os servidores, por outro lado, fingem não perceberem que a sociedade pagadora de pesados impostos que os sustenta, inclusive quando está desempregada, está cansada de suportar privilégios que ela própria não os possui. Os tempos mudaram. Os sindicatos e os servidores, ainda não neste quesito. Acorda, Gaspar!

GOVERNO EM MINORIA
Wellington Carlos Laurentino, o Lélo Piava, 26 anos, presidente do DEM de Gaspar (entrou no lugar do empresário Luiz Nagel, que é vice), do bairro Santa Terezinha, primeiro suplente da coligação PSDB/DEM, foi empossado vereador na quarta-feira. Fica no cargo por um mês no lugar da representante do Distrito do Belchior, Franciele Daiane Back, PSDB, a mais jovem vereadora eleita aqui. É o tal acordo de rodizio da coligação. Por que esse registro é importante? Em tese, o governo Kleber Edson Wan Dall, PMDB ficará em minoria na Câmara e num ambiente conflagrado onde dois líderes do governo se “ausentaram” do ofício. Então todos os projetos polêmicos que dependam de aprovação onde Franciele era a fiel cega a favor de Kleber, serão postergados. O apoio é dela e não da coligação que teve como candidata à prefeita, a atual presidente do PSDB de Gaspar, Andreia Symone Zimmermann Nagel. Lélo era do PPS e nele aos 21 anos fez 246 votos. Agora, 498.

COERÊNCIAS
Conta-se nos dedos de uma só mão. Trata-se da coerência dos políticos catarinenses na Câmara Federal. Dos 16 deputados, só quatro votaram pela cassação de Eduardo Cunha, PMDB, pelo impeachment da ex-presidente Dilma Vana Rousseff, PT, e duas vezes pela aceitação da denúncia do presidente, Michel Temer: Carmem Zanotto, PPS; Esperidião Amim Helou Filho, PP; Jorginho Mello, PR e Giovânia de Sá, PSDB. Os demais, quebram essa coerência em pelo menos uma votação, incluindo sobre o mesmo tema, como foi o caso de João Paulo Kleinubing, PSD e Mauro Mariani, este presidente do PMDB catarinense e vestido de pré-candidato a governador. Na primeira votação não deram autorização para investigar Temer; na segunda, votaram favor para ter discursos em palanques. Ai, ai, ai. Coerentes também foram os deputados Décio Neri de Lima e Pedro Uczai, ambos do PT. Foram os únicos catarinenses na Câmara que aprovaram o fundo público para as campanhas eleitorais de 2018, quando há explícita falta de dinheiro para a Saúde, Segurança, Educação e Investimentos. No Senado, esta votação foi simbólica, o que implica dizer que os três catarinenses: Dalírio Beber, Paulo Bauer, ambos do PSDB e Dário Berger, PMDB, também concordaram.

TRAPICHE

Os funcionários do Samae continuam injuriados com a perda da sede da sua Associação Recreativa no morro da Igreja. A prefeitura “tomou” a área, que era dela, registre-se, para construir o novo reservatório do Centro. Nada em troca.

Como no comentário acima sobre a greve dos servidores prevalece o improviso ou obscuro por décadas. Gaspar é mesmo o lugar dos jeitinhos, onde ninguém sabe por exemplo, quem é o dono do Hospital sob intervenção e recebendo milhões da prefeitura, num ralo sem fim.

Se o terreno onde estava a Associação do Samae é municipal, como estão instaladas ali torres de antenas de tevês e telefonia? Foi por licitação, concorrência ou chamada pública? Existe alguma lei que autoriza o repasse de parte do aluguel para a Associação dos Funcionários do Samae?

Do ex-procurador do município, Aurélio Marcos de Souza, sobre o governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, este servidor municipal: “O PMDB e o PP estão fazendo o que o Adilson [Luiz Schmitt e ex-prefeito eleito pelo PMDB em 2004] queria fazer e eles [PMDB e PP em coligação] não deixaram”. Ai, ai, ai. Isso mostra o quanto Gaspar se atrasou por picuinhas dos próprios donos no poder, ou qual será o futuro de Kleber.

Mágico? Uma sindicância quer apurar como um professor lotado na secretaria de Educação de Gaspar pode cumprir a sua jornada a que está contratado aqui e obrigado alhures.

De acordo com os documentos que instruem o processo, ele seria concursado na rede estadual de ensino em Blumenau, na rede municipal em Pomerode e Gaspar, gerando, em tese, incompatibilidade de horários e acumulação indevida de cargos.

Está cada vez mais claro a incompatibilidade, desgaste e a pressão. O vereador Cícero Giovani Amaro, PSD, funcionário público no Samae de Gaspar, oposicionista, a cada questionamento que faz sobre a administração de Kleber, é cobrado pela situação da sua dupla jornada com vencimentos integrais em ambos e onde um horário avança sobre o outro.

O vereador vai perder autonomia, autoridade e ficar marcado se não resolver esse impasse logo. E é simples. A vida é feita de escolhas. Inclusive as que dão prejuízos financeiros.

Ilhota em chamas I. Continua a operação abafa total no caso do filme pornográfico gay exibido em sala da escola José Elias de Oliveira, no bairro Minas, com o intuito, segundo o professor que projetou, o de “instruir” os seus alunos e alunas na prevenção à Aids.

Ilhota em chamas II. “Eu tenho duas meninas na rede municipal de ensino com nove anos e 11 anos. Acharia, no mínimo estranho, se elas ao chegarem em casa, reclamassem de um filme que as deixassem constrangidas e de certa forma, invadidas nas suas concepções morais”.

Ilhota em chamas III. A observação é do vereador Rogério Flor de Souza, PT, sobre o caso. Ele promete ir mais fundo neste assunto. Mas, todo cuidado é pouco. Progressista, o PT, é um defensor contumaz da ideologia de gênero, inclusive nas escolas, e quanto mais cedo, para ele, melhor.

Ilhota em chamas IV. Com as declarações e posicionamentos, o vereador parece estar advogando à apuração com isenção pedagógica, à luz da legislação e não apenas aos vícios de uma suposta moral. O partido, todavia, como regra e debate nacional, acha esse tipo de “pedagogia” normal.

Ilhota em chamas V. “Sou solidário aos pais que têm filhos na escola das Minas e irei convocar a Secretária de Educação para esclarecer os fatos na Tribuna da Câmara. Espero que a administração já tenha promovido uma investigação minuciosa e se existir culpados que sejam punidos”, arrematou o vereador Rogério Flor. O prefeito Érico Oliveira, PMDB, está quietinho.

 

Edição 1825

Comentários

Herculano
05/11/2017 19:41
A REPÚBLICA E OS FARSANTES, por Marco Antônio Villa, historiador, na revista IstoÉ

A desmoralização do Estado democrático de Direito continua em marcha. Nas últimas semanas os três poderes da república protagonizaram momentos lamentáveis. O Executivo comprando votos na Câmara. Entregou cargos na máquina do Estado com o claro objetivo de favorecer negócios ilícitos aos apaniguados dos deputados, isso como se fosse algo absolutamente natural, um instrumento da democracia que teria vindo lá da Atenas de Péricles ?" é necessário certo cuidado nessa afirmação pois a maioria dos deputados pode imaginar que o ateniense era um pagodeiro. Concedeu a liberação de verbas orçamentárias para favorecer interesses pouco republicanos dos deputados nas suas bases. Grande parte dessas obras são inúteis: é dinheiro público jogado fora. Serve para favorecer empreiteiras e políticos, mais ainda quando nos aproximamos de uma nova eleição, que deve ser a mais cara da história.

No Congresso, nada indica que haverá uma moralização dos costumes. Eles não se corrigem. Sentem-se acima do bem e do mal. Têm plena confiança na impunidade ?" e não faltam exemplos. Para a elite não é aplicável o caput do artigo 5º da Constituição. Continuam legislando em causa própria. A maioria desconhece o que significa interesse público. Estão lá para enriquecer, e rápido.

O STF - ah, o STF? - protagoniza em cada sessão embates de baixíssimo nível. Lembra discussões de botequim pouco antes do fechamento, no momento da saideira. Nada contribui para o País, nada contribui para a Justiça. Por sinal, o que menos importa é a justiça. Fazem descaradamente política. E os autos dos processos? Doce ilusão. São meros pretextos para tecer considerações sobre Deus e sua obra. Um ministro ataca o outro. Se odeiam. Luminares do Direito? Não! São os modernos Pachecos, aquele do "imenso talento", célebre personagem de Eça de Queirós imortalizado no livro "A correspondência de Fradique Mendes".

E a vida segue. Parece um filme. E de terror. Nós, cidadãos, somos apenas espectadores. Podemos, no máximo, vaiar, mas não conseguimos mudar a história. As Polianas de plantão ?" e são tantas ?" vão, como de hábito, elaborar ilusões sobre as possibilidades de mudança. Que nada! A via crucis deve continuar. O País pode mudar? Sim, no momento que o povo se recusar a ser levado ao Gólgota para o sacrifício.
Herculano
05/11/2017 19:23
ENCONTRO DE BISPOS CONVOCADO POR PAPA VAI ESTUDAR PERMITIR PADRES CASADOS NA AMAZôNIA

Conteúdo da Agência Ansa. Segundo reportagem publicada pelo jornal italiano Il Messaggero, na última quinta-feira, 2, o cardeal brasileiro Cláudio Hummes propôs ao Pontífice que inclua na agenda do encontro episcopal a possibilidade de estender o sacerdócio aos chamados "viri probati", homens casados, de fé comprovada e capazes de administrar espiritualmente uma comunidade de fiéis.

Essa realidade fazia parte dos primórdios da Igreja Católica, mas hoje é objeto de divisão dentro da Cúria. O objetivo da medida seria aumentar o escasso número de padres à disposição na Amazônia e facilitar o desejo de Francisco de "evangelizar" essa porção do planeta, principalmente os indígenas.

A proposta iria ao encontro da meta do Sínodo, que é achar "novos caminhos" para levar a doutrina católica aos povos amazônicos. Ainda segundo "Il Messaggero", o Papa poderia usar a Amazônia como "experimento" para a ordenação de "viri probati", mas a questão deve enfrentar resistência dentro da Cúria. (ANSA)
Herculano
05/11/2017 19:15
PARA PREENCHER O SEU VAZIO. AMANHÃ, SEGUNDA-FEIRA, É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA. GREVES SEM CAUSA E PRIVILÉGIOS DOS PODEROSOS DOMINARÃO OS TEMAS CENTRAIS DOS DOIS COMENTÁRIOS.
Herculano
05/11/2017 19:12
SALVE-SE QUEM PUDER!por Eliane Cantanhede, no jornal O Estado de S. Paulo

Com ministros num tiroteio, Temer se refugia no Jaburu e Meirelles se lança para 2018

Convalescendo de uma cirurgia e de duas denúncias da PGR, o presidente Michel Temer estava até ontem cego, surdo e principalmente mudo, enquanto seu Ministério parece mais fora de controle do que a PM do Rio de Janeiro. Afora os ex-ministros que foram presos e os atuais, que estão na mira da Lava Jato, há os que falam demais, os que pedem demais, os que sonham demais. E cada um diz e faz o que quer.

Torquato Jardim não deve à Justiça, a nenhum partido, não tem papas na língua e, cá entre nós, não revela nenhuma novidade quando diz que o governador Pezão não tem controle sobre a PM do Rio, que a PM tem relações para lá de perigosas com o crime organizado e que, se há luz no fim do túnel, é com um novo presidente e um novo governador.

Nada que ninguém já não soubesse, mas atraiu a fúria de todas as forças políticas do Rio contra o ministro da Justiça: o governador, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), o presidente da Assembleia, Jorge Picciani (PMDB), toda a área de segurança, esquerda, centro e direita. Só faltaram Sérgio Cabral e Fernandinho Beira-Mar. Cabral, deprimido pela perda de uma cinemateca tão bacana. Beira-Mar, ocupado com o controle do Comando Vermelho a partir das penitenciárias.

O problema de Torquato Jardim não é ter falado uma mentira, mas verdades que ministros não podem dizer. Mexeu com os brios das autoridades do Rio, que entraram com uma interpelação judicial para emparedar o boquirroto: se ele não prova o que disse, cai em injúria, calúnia e difamação; se provar, cai em prevaricação, por não ter feito nada para combater o que sabia. Para alívio do ministro, a Justiça brasileira é lenta. Isso pode demorar um, dois, mil anos. Até lá, Inês é morta, Temer já passou a faixa e o Rio vai continuar com seus problemas.

Para Luislinda Valois, "a emenda é pior do que o soneto". Temer precisava de uma mulher, de um negro e de alguém do meio jurídico para a pasta dos Direitos Humanos. Solícito, o PSDB providenciou Valois, que é três em um e tem outra vantagem: nunca abre a boca numa reunião. Mas, flagrada tentando driblar o teto salarial do funcionalismo, desandou a falar o quanto adora roupas, maquiagens e perfumes!

Aloysio Nunes Ferreira estava quieto no canto dele, a política externa, quando a procuradora Raquel Dodge pediu ao Supremo, em pleno feriado de Finados, para continuar as investigações sobre suas relações com a Odebrecht. Culpado ou inocente, bom não é ter um chanceler que, fora do País, defende o Brasil; dentro, se defende na Justiça. E ele é só um tucano a mais no ninho dos bicudos do PMDB.

Para encerrar a semana, o rebuliço do governo foi com a entrevista em que o ministro Henrique Meirelles admite que é "presidenciável". Como no caso de Torquato Jardim, não há nenhuma surpresa nisso. Mas, entre todo mundo saber e o ministro dizer, vai uma enorme diferença. Até porque o jardim do Torquato só tem espinhos ?" crime organizado, combate à corrupção, penitenciárias em chamas... ?", mas o de Meirelles distribui flores ?" juros e inflação caem, PIB e empregos sobem. Cuidado com o vespeiro, ministro!

Com tanta bala perdida, Temer refugiou-se no Jaburu, de costas para Jardim, Valois, Nunes Ferreira e Meirelles, sonhando com a reforma da Previdência. Aliás, o mais surpreendente nas contas da ministra dos Direitos Humanos não é ela querer receber o salário de R$ 30.934,70, mas já embolsar R$ 30.471,10 como desembargadora aposentada. O teto de aposentadoria do INSS é de... R$ 5.578! Mas como votar a reforma e corrigir esses privilégios, se o governo troca tiros, o Congresso só planeja o próximo feriado e o ministro da Fazenda se lança para 2018? Se ele já está nessa, imaginem os deputados e senadores...
Herculano
05/11/2017 19:11
MANUELA D'ÁVILA É A CANDIDATA DO PCdoB

Conteúdo de O Antagonista. Conforme esperado, o Partido Comunista do Brasil, aliado do PT em todas as eleições presidenciais desde a redemocratização, lançou neste domingo a ex-deputada federal e atual deputada estadual Manuela D'Ávila (RS), de 36 anos, como pré-candidata à presidência em 2018, informa O Globo.

"Segundo o comunicado do PCdoB, a candidatura do partido deve ter como valores centrais 'a retomada do crescimento econômico e da industrialização; a defesa e ampliação dos direitos do povo, tão atacados pelo atual governo; a reforma do Estado, de forma a torná-lo mais democrático e capaz de induzir o desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho."

Traduzindo os eufemismos comunistas: o aumento do tamanho e do poder do Estado, que fez o Brasil chegar ao fundo do poço.
Herculano
05/11/2017 19:08
TERRORISTAS CAUSAM PREJUÍZO DE R$60 MILHõES EM FAZENDAS BAIANAS

Conteúdo de O Antagonista.Chega a R$ 60 milhões o prejuízo causado por terroristas que invadiram fazendas e destruíram equipamentos na quinta-feira no município baiano de Correntina.

A avaliação foi feita por empresários do agronegócio local, segundo o portal Tribuna da Bahia.

Eles contaram mais de 20 pivôs destruídos, 2 colheitadeiras, 3 caminhões, 1 pá carregadeira, 1 retroescavadeira e uma patrol, além de 11 tratores queimados.

"Segundo alguns empresários, os invasores chegaram em caminhões e em mais de 10 ônibus e começam a destruir todo o que encontravam pela frente. A fúria maior se estendeu sobre a fazenda Igarashi. Lá eles pegaram uma Patrol e arrancaram 20 pivôs da propriedade, transformando-os em um monte de ferro retorcido.

Não satisfeitos, os invasores ensandecidos derrubaram e danificaram os postos da rede elétrica, destruíram as bombas, motores e tubulações de captação de água do Rio Arrojado.

O cenário é de devastação (?). Há muita tensão e a sensação de desamparo, principalmente com a inação do governo. (?) A polícia chegou depois que tudo estava destruído e não prendeu ninguém. (?) Os empresários do agronegócio perguntam quem pagará o prejuízo (?)."
Remata Albuquerque Saldanha
05/11/2017 18:51
Sr. Herculano,

P sr. Prefeito de fato, dr. Taya, não confia no Executivo Melato, tanto é verdade que não se faz mais compras nem licitação aqui na autarquia, desde de papel higiênico até maquinas e caminhões, tudo controlado.
Sidnei Luis Reinert
05/11/2017 18:28
DEEP Estate

Não sei se todos estão familiarizados com o conceito de "DEEP ESTATE", mas, se trata da situação em que funcionários públicos e burocratas do governo altamente comprometidos ideologicamente com a esquerda, colocados em postos chaves de fiscalização, chefias de serviço, RH's, e etc., decidem atuar em conjunto com determinada finalidade.

Pode ser desde uma "operação padrão" até a intensificação de determinada atividade, seguindo ou não as Leis e regulamentos da autarquia.

É exatamente isso que ocorre no país HOJE, de norte a sul, com a intensificação de uma suposta "fiscalização" do IBAMA, ANAC e Defesa Agropecuária.

"Fiscais", ao arrepio da Lei e Regulamentos de Serviço, estão embargando lavouras, lacrando estabelecimentos, apreendendo aeronaves e literalmente ateando fogo em tratores, implementos, pontes e animais.

Tudo isso depois de abordagens violentíssimas, FORTEMENTE ARMADOS, em verdadeiro abuso de poder e autoridade, e em afronta à conduta esperada de agentes (SUPOSTAMENTE) da Lei.

Com essas "medidas excepcionais" (se inspiraram no STF?) esses "fiscais" já comprometeram mais de 50% da produção de arroz do RS, mais de 80% dos contratos de exportação de madeira de RO, uma parte imensurável da produção pecuária do PA, e tudo indica que a prática se espalhará pelo país nos próximos dias.

Justamente na fase de plantio da safra 2017/2018. Coincidência?

Nenhuma. Isso é ação dos infiltrados pelo maior grupo terrorista em atividade no Brasil: o PT - Partido dos Trabalhadores e seu Deep State.

Tudo com o único intuito de inviabilizar a atividade agropecuária (a única atividade que ainda gera empregos, divisas e riqueza ao país), e assim, piorar os índices econômicos de 2018, o ano da eleição mais importante da história do Brasil.

O PT não medirá esforços para voltar ao poder.

Desses TERRORISTAS pode se esperar QUALQUER coisa: até mesmo mergulhar o país num período de escassez de ALIMENTOS!!!

Esses "agentes de Gramsci" serão capazes até de promover a FOME generalizada!!!


Antônio José Ribas Paiva, Jurista, é presidente do Nacional Club.
Herculano
05/11/2017 10:50
FUKUYAMA CONSIDERA BOLSONARO MAIS PERIGOSO QUE LULA, AQUELE QUE "AJUDOU OS POBRES", por Rodrigo Constantino, do Instituto Liberal

Já comentei aqui várias vezes sobre o fenômeno da "direita permitida", sobre o tipo de perfil aceito pela mídia mainstream para falar de política. É preciso fazer muitas concessões ao PT, à extrema-esquerda, e atacar sem dó nem piedade aquilo que é considerado direita. Assim se consegue galgar degraus na nossa imprensa, que tem claro viés de esquerda.

Em entrevista ao Globo no sábado, tivemos um ótimo exemplo: Francis Fukuyama, professor de Stanford e responsável pela otimista tese de que vivemos o "fim da história" com a queda do muro de Berlim, responde, sobre as pesquisas eleitorais que colocam Lula em primeiro e Bolsonaro em segundo: "O mais problemático é o apoio a Bolsonaro. Ele parece ser um populista genuinamente perigoso".

Ou seja, a grande ameaça seria Bolsonaro, não Lula! Sobre este, o pensador "liberal" tem até coisas simpáticas a dizer, como a concessão ao mito falacioso de que Lula "ajudou os pobres": "Seus eleitores querem protegê-lo porque ele é visto como tendo sido bom para os pobres. É compreensível. Mas o Brasil precisa se tornar capaz de processar uma pessoa que, embora tenha beneficiado os pobres e criado programas sociais, violou as leis".

Tadinho! Lula "violou as leis" e deve ser processado, mesmo que tenha feito tanto pelos pobres. O que mesmo ele fez? Ah sim, gerou 15 milhões de desempregados, destruiu a economia, voltou com a inflação elevada, concentrou renda nas JBS da vida, e fez o Brasil recuar mais de uma década em termos de progresso material, para não falar da degradação de valores morais. Fez muito pelos pobres!

E o que entender por "violar as leis", expressão que poderia ser usada para um ladrão de galinhas? Lula aparelhou a máquina estatal toda, tentou comprar o Congresso, destruiu as estatais, desviou rios de dinheiro, institucionalizou a corrupção no país, montou uma quadrilha dentro do estado, roubou como nunca antes na história deste país em conluio com os empreiteiros. A isso Fukuyama chama de "violar as leis". Marcola também "violou as leis", não?

Reparem como um "intelectual" deve agir para receber holofotes da grande imprensa. Eu já admirei Fukuyama no passado, mas faz tempo em que perdi o interesse por suas análises. Não tive interesse em ler seu novo livro, e agora estou convencido de que não perdi grandes coisas. A primeira característica que um analista de cenário deve ter é coragem, para poder ser independente e imparcial. Quem demoniza Bolsonaro, mas poupa Lula, não merece mais atenção alguma.
Miguel José Teixeira
05/11/2017 09:43
Atenção tucanos!
Cabeças brancas ou cabeças pretas (sabe-se lá o que é isto):

"O fato de ela ser tucana é irrelevante, pois não se sabe o que é isso." Elio Gaspari, em artigo replicado abaixo.
Miguel José Teixeira
05/11/2017 09:31
Senhores,

Com base na "Pergunta no TSE" feita pelo CH e publicada abaixo:

A "caravana" de Lula por Minas Gerais percorreu 1,5 mil quilômetros em 8 dias, com atos e comícios, e não é campanha antecipada?

Pergunto ao eleitor/contribuinte:

quando a caravana do lula chegará à Curitiba?
Herculano
05/11/2017 08:39
UNIVERSO PARALELO, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Vivendo em uma espécie de universo paralelo, muitos servidores públicos parecem não entender que os recursos que bancam a máquina estatal não brotam da terra

Já era esperada a reação dos sindicatos de servidores públicos federais à medida provisória editada pelo governo que adia o reajuste salarial do funcionalismo de 2018 para 2019 e eleva a contribuição previdenciária da categoria, de 11% para 14%, para quem ganha acima de R$ 5 mil. O anúncio de que haverá greves e protestos, além de ações judiciais contra a medida, condiz com o comportamento de quem não pretende abrir mão de nenhum de seus privilégios em relação aos trabalhadores do setor privado, nem mesmo diante da evidente asfixia do Orçamento federal.

Vivendo em uma espécie de universo paralelo, muitos servidores públicos parecem não entender que os recursos que bancam o funcionamento da máquina estatal não brotam da terra, por geração espontânea, e sim resultam de impostos e contribuições pagos pelos brasileiros, que, em contrapartida, são maltratados pela burocracia e pela precariedade do serviço que ajudam a financiar.

Como se o dinheiro destinado ao funcionalismo fosse farto ou mesmo infinito, avolumam-se reivindicações das mais variadas espécies, em geral divorciadas da realidade. Há exemplos que ultrapassam a barreira do patético, como o da ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, que recentemente pleiteou o direito de receber acima do teto salarial do funcionalismo público, de R$ 33,7 mil, pois sua situação atual, "sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo". Desembargadora aposentada, que aufere todo santo mês R$ 30.471,10, Luislinda Valois quer receber também o salário integral de ministra, de R$ 33,7 mil, e não os R$ 3,3 mil que ganha em razão do teto salarial.

A ministra e muitos de seus colegas de serviço público ?" particularmente no Judiciário, de onde ela é oriunda ?" não se mostram preocupados com a situação do País, como se não lhes dissesse respeito e como se uma parte considerável do buraco nas contas públicas não tivesse sido criada justamente pela imensa generosidade do Estado para com seus funcionários, ignorando os limites da lei. Se alguém ainda tem alguma dúvida sobre os estragos causados por essa conduta, basta observar a falência de vários Estados, particularmente o Rio de Janeiro, cujo governo se entregou durante anos à mais desbragada demagogia ao beneficiar seus funcionários com reajustes salariais irreais, que agora, é claro, não consegue honrar.

Tem-se, portanto, uma situação em que as exigências de servidores indiferentes ao estado das contas públicas encontram políticos e autoridades sem disposição para enfrentá-los. Ao contrário: em muitos casos, o que se tem é o casamento perfeito entre um funcionalismo muito bem articulado em torno de seus interesses privados e dirigentes interessados em ter o apoio desses servidores para controlar a máquina pública. É a união da fome com a vontade de comer, ao arrepio da Lei de Responsabilidade Fiscal.

"Não tem como, não cabe na conta do Orçamento", disse o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, a respeito dos reajustes agora suspensos e da necessidade de cobrar uma alíquota previdenciária mais alta dos funcionários federais. Para o ministro, "as categorias deveriam levar em consideração esses fatores, a situação do País, a quantidade de desempregados".

Mas é evidente que isso seria pedir demais. Embora "a média de salário dessa turma seja de R$ 13 mil por mês", como afirmou Dyogo Oliveira ?" que lembrou ainda que a União concedeu reajuste de 6% em média para esses funcionários neste ano, contra uma inflação de 2,5% no período ?", os sindicalistas prometem "partir para cima", como anunciou o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado, Rudinei Marques.

O grande trunfo dos sindicalistas é, como sempre, a indisposição de parte da base aliada no Congresso de trabalhar em favor dos interesses gerais do País, o que a obrigaria a encarar o barulhento lobby dos servidores. "O momento não aconselha decidir sobre matérias desse nível", avisou o líder do PR na Câmara, José Rocha (BA). Se o momento não é este, qual seria?
Herculano
05/11/2017 08:36
PARECE, MAS NÃO É: DEFENDA-SE DOS SABICHÕES E SEUS ERROS IMAGINÁRIOS, por Sérgio Rodrigues, escritor, no jornal Folha de S. Paulo

A paisagem desmedida da língua, que nenhum ponto de vista abarca em sua inteireza, está cheia de coisas que parecem ser, mas não são. Vale a pena dar um zoom em algumas dessas arapucas, que as patrulhas do sabichonismo adoram explorar para exercer seus mesquinhos poderes sobre falantes desavisados.

Pode parecer que a expressão correta é "um peso e duas medidas", mas não é. O certo é mesmo aquilo que todo mundo sempre falou, "dois pesos e duas medidas". Está na Bíblia ?"que, se não tem a palavra final em questões morais e de costumes, certamente pode ser tomada como fonte legitimadora de uma expressão que ela própria difundiu.

Pode parecer também (não acho que pareça, mas muita gente discorda de mim) que o provérbio "Quem tem boca vai a Roma" contém um erro constrangedor, pois o certo é "Quem tem boca vaia Roma", ou seja, exerce o saudável direito de protestar contra a tirania dos césares. Só que isso é uma falácia. Quem sabe perguntar chega aonde quiser, eis a moral do ditado. Como aliás sempre soubemos, até surgirem os sabichões. Vaia neles!

Pode parecer ainda que a palavra "aluno" tem origem num vocábulo latino que quer dizer "sem luz", motivo pela qual deve ser evitada, uma vez que trai uma concepção pedagógica anacrônica em que o professor sabe tudo e o estudante não sabe nada. Repetida até por educadores, essa "tese" é uma bobagem. O latim "alumnus" quer dizer criança de peito e, por extensão, discípulo, aquele que precisa ser nutrido para crescer. Só isso.

Pode parecer que a contração "num", empregada no parágrafo anterior, é um coloquialismo que, na sua informalidade de bermuda e chinelo, deve ser evitado a todo custo na linguagem escrita. É o que vêm repetindo muitos professores nos últimos anos. Não procede. Um pouco de leitura nos ensina que autores clássicos da língua recorreram à eufonia de "num" e "numa" em textos apuradíssimos.

Pode parecer (e neste caso reconheço que parece mesmo) que a inocente palavra "coitado" tem em sua origem um sentido chulo e talvez violento, o daquele que foi submetido a coito, quem sabe contra a sua vontade. Não é verdade. As duas palavras têm origens latinas distintas: coitado veio de "coctare", atormentar, enquanto o coito nasceu do verbo "coire", fazer sexo com. Parentesco zero.

Pode parecer (isso não deveria poder, mas parece que pode) que quando dizemos "Não vejo ninguém" estamos dando curso a uma grosseria ilógica da língua portuguesa, sem perceber que uma negação anula a outra e que, se não vemos ninguém, alguém nós vemos. A verdade é que não existe nada mais tosco no mundo do sabichonismo do que supor que línguas naturais sejam submissas à linguagem matemática. A negação dupla, que reforça em vez de anular, é um recurso consagrado e de raízes profundas no português ?"e não apenas nele.

Pode parecer, enfim, que nossa língua detém o recorde mundial de pegadinhas, idioma dificílimo que só pós-doutores conseguem falar sem escorregar a cada frase. Embora haja razões históricas para essa percepção, trata-se, em termos objetivos, de mais um engano. Se nos livrássemos dos patrulheiros sabichões e sua usina de erros imaginários, a paisagem já ficaria bem mais acolhedora
Herculano
05/11/2017 08:33
CONTRIBUINTE SUSTENTA 602 DEPUTADOS FEDERAIS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou neste domingo nos jornais brasileiros

O Brasil tem 513 deputados federais, mas o contribuinte paga 602 deputados, em razão do grande número de suplentes convocados para o lugar de titulares nomeados para o Poder Executivo. Cada um recebe ajuda de custo de R$33,7 mil para a mudança, ao tomar posse do mandato, ainda que por poucos dias, além de outro pagamento de R$ 33,7 mil para ajudar com a mudança para fora de Brasília. Só de ajuda de custo a Câmara já gastou R$ 6,13 milhões na atual legislatura.

CONTA SALGADA
Os deputados Antonio Imbassahy, Mendonça Filho e Raul Jungmann viraram ministros, aliás, pagos pela Câmara. Seus suplentes também.

AJUDA DE CUSTO
Somente a "ajuda de custo" dos 602 deputados, diluída nos quatro anos da legislatura, custará ao contribuinte mais de R$40,6 milhões.

SAI MUITO CARO
Em setembro a Câmara custou R$345,1 milhões ao contribuinte somente com salários e aposentadorias de servidores e deputados.

PRIVILÉGIO PARA POUCOS
A aposentadoria dos deputados "afastados" do mandato é proporcional ao tempo que exerceram o mandato, assim como seus suplentes.

LULA E SERRA TÊM A MAIOR REJEIÇÃO DA HIST?"RIA
Pré-candidato a presidente em 2018, o ex-presidente Lula conseguiu conquistar a maior rejeição entre os presidenciáveis nas principais pesquisas para a eleição de 2018. Sua rejeição, segundo o Datafolha de setembro, só perde para a rejeição do tucano José Serra em 2002, somando 47% do total. Não por acaso, ele perderia para Lula no segundo turno. Este ano, o mais rejeitado é o próprio Lula: 44%, hoje.

RECORDISTAS DO MAL
Apenas três candidatos a presidente ultrapassaram a barreira dos 40% de rejeição: Serra em 2002, Dilma em 2014 e agora Lula.

RECORDISTA DO BEM
O ex-presidente FHC (PSDB), recordista de aceitação na História, entre candidatos a presidente, tinha apenas 17% de rejeição em 1994.

ELEIÇÃO 2018
Entre os candidatos a presidente dos principais partidos para 2018, João Doria (PSDB) tem a menor rejeição, segundo o Datafolha.

DIFÍCIL NÃO É
Para aprovar a reforma da Previdência o governo precisa de 308 votos, 57 a mais do que os 251 que livraram Temer da segunda denúncia de Janot. Fáceis de obter entre os 107 que, filiados a partidos governistas, votaram contra a segunda denúncia. Mas defendem a reforma.

AFRONTAS AO BRASIL
Além de passar a mão na refinaria da Petrobras, nacionalizando-a, o cocaleiro Evo Morales fez várias afrontas ao Brasil, sob a atitude leniente de Lula e Dilma. Atitude que chega ao governo Michel Temer.

CUSTO Só AUMENTA
O gasto com folha de pessoal na Câmara dos Deputados em setembro de 2016 foi de R$ 330,8 milhões, incluindo aposentadoria e pensões. Em setembro deste ano, a Câmara nos custou R$ 345,1 milhões.

GRAVE PROBLEMA SOCIAL
O Banco do Brasil fecha agências no exterior e no interior do Brasil. Os sergipanos de Salgado estão indignados: perderam a única agência do BB na cidade. Queixaram-se à OAB-SE, que prometeu agir.

NEM VIDENTE
O ministro Moreira Franco (Secretaria de Governo) desconversa sobre uma possível candidatura própria do PMDB a presidente, nas próximas eleições: "Nem Mãe Dinah saberia prever isso".

PMDB SE UNE AO PT
Sem ter candidato próprio à Presidência em 2018, o PMDB liberou os diretórios estaduais para fecharem alianças que bem entenderem. Em oito estados, o partido de Temer quer fazer dobradinha com o PT.

LUCRO DO GOVERNO
O governo acompanha atento a divulgação dos resultados trimestrais de bancos e vibra a cada lucro. É que a alíquota de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para os bancos é de 20% em vez de 9%.

ITAIPU, 35
Neste data, há 35 anos, a hidrelétrica de Itaipu era inaugurada como a maior geradora do mundo, pelos generais João Figueiredo, presidente do Brasil, e Alfredo Stroessner, presidente do Paraguai.

PERGUNTA NO TSE
A "caravana" de Lula por Minas Gerais percorreu 1,5 mil quilômetros em 8 dias, com atos e comícios, e não é campanha antecipada?
Herculano
05/11/2017 08:29
LULA VAI E RACHA

O que Lula quer? O ex-presidente reafirma sua candidatura e promete revogar as reformas de Michel Temer.

Caso eleito com base em bravatas de esquerda, presidirá um país de economia ainda mais arruinada, destruirá o resto de sua imagem e os cacos que sobram do PT.

Não importa o gosto político do freguês, qualquer pessoa de alguma inteligência deve intuir o problema. Lula é bastante inteligente, foi um pragmático a vida inteira e tem longa experiência de poder.

Logo, em tese, a candidatura Lula 2018, posta nesses termos "vai e racha", não faria sentido.

No entanto, gente relevante no PT diz agora que é disso que se trata. Que Lula será candidato, não importa a Justiça, o risco elevado de cadeia por retaliação política, o que seja.

Esses petistas não estavam tão certos assim em fevereiro, quando o ex-presidente relançava sua candidatura, e menos ainda em agosto, depois da condenação no caso do apartamento do Guarujá.

Até meados do ano, alguns petistas concediam em conversas reservadas que a candidatura seria a princípio um plano de reerguer o PT, de colar os cacos do partido despedaçado na eleição de 2016, de evitar rachas e debandadas e de animar a militância de modo a fazer a legenda sobreviver a 2018.

Em algum momento, Lula passaria o bastão a um plano B, provavelmente Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo.

Mas o "plano B", Haddad, anda sumido, além de ser rejeitado pela máquina do partido, um clube do qual jamais fez parte. Seria candidato apenas com um novo "dedazo" de Lula, como no caso da indicação de Dilma Rousseff.

Mais importante é a pressão do partido para que Lula seja candidato. Sem Lula na campanha, mesmo sob risco de derrota, cassação ou prisão, os petistas temem desaparecer do Congresso.

Dizem que o próprio Lula agora estaria inclinado a "ir para o pau", candidato contra tudo e contra todos, como um mártir. Nas caravanas, foi retratado como um herói popular perseguido: Tiradentes, Getúlio, JK, Jango.

Em público, Lula dá uma no cravo do pragmatismo e outra na ferradura do esquerdismo.

No final da caravana por Minas Gerais, na semana passada, deu o sinal explícito para o PT negociar alianças com partidos "golpistas", como o PMDB, com o PSB e com o PDT de Ciro Gomes.

Quanto à ferradura, o PT voltou às origens, que alguns chamam de esquerdista, quando Dilma anunciou o estelionato de 2015. Lula, por sua vez, estaria forçando a barra mais para levantar o eleitorado, para fazer votos nas eleições parlamentares.

Em entrevistas e em comícios de Minas, o ex-presidente propôs um referendo para revogar as raras privatizações e as reformas liberais de Temer, desaprovadas de fato por dois terços do eleitorado.

Esses companheiros de Lula e alguns conhecedores do partido dizem que, mais adiante, seria possível nova virada pragmática. Aliado a quem? Para qual inglês ver? Entre donos do dinheiro, é difícil achar alguma sobra de tolerância.

Quanto mais passar o ano eleitoral, mais inviável será a invenção de uma candidatura petista para substituir Lula e menos plausível será uma reedição de alianças e de uma Carta ao Povo Brasileiro, ou algo do tipo.

Nesses termos, a candidatura e talvez uma Presidência têm algo de suicida
Herculano
05/11/2017 08:22
FHC DEFENDE QUE PSDB SAIA DO GOVERNO TEMER, por Josias de Souza

Fernando Henrique Cardoso, grão-mestre do tucanato, quer ver o seu partido longe de Michel Temer. Em artigo veiculado neste domingo, FHC anotou que os tucanos precisam "passar a limpo o passado recente", aprofundar o "mea-culpa", pacificar suas "facções internas" e descer do muro para encarar o seu dilema: Ou o PSDB desembarca do governo em dezembro ou se cofundirá com o PMDB, tornando-se definitivamente um ator coadjuvante na disputa presidencial de 2018, disse.

"É hora de decidir e não se estiolar em não decisões", anotou FHC na parte final do artigo, veiculado no Globo e no Estadão. "É hora também de juntar as facções internas e centrar fogo nos adversários externos." Sem renegar o apoio dado à gestão Temer após o impeachment de Dilma Rousseff ?""A transição política exigia repor em marcha o governo federal?"?", FHC desce do muro para se juntar à parcela antigovernista do ninho.

"Politicamente, há um ponto crítico e alguma decisão deverá ser tomada: ou o PSDB desembarca do governo na Convenção de dezembro próximo, e reafirma que continuará votando pelas reformas, ou sua confusão com o peemedebismo dominante o tornará coadjuvante na briga sucessória."

FHC talvez não tenha notado. Mas a posição subalterna do PSDB já é algo consolidado. O partido escreve uma página melancólica de sua história. Saiu da eleição presidencial de 2014 como maior força política da oposição. Aécio Neves parecia fadado a virar presidente na sucessão seguinte.

Hoje, o PSDB não chega a ser nem coadjuvante. Perdeu o posto para os partidos arcaicos do centrão. Virou figurante de um governo dominado pela banda podre do PMDB, que se divide em duas alas: quem tem mandato está ao lado do presidente. Quem já não dispõe de foro privilegiado está atrás das grades.

Para FHC, os grandes partidos brasileiros chegam à antessala da sucessão presidencial arrastando suas bolas de ferro. Ele escreveu a certa altura: "Não nos enganemos: por mais que as estruturas de poder continuem ativas, as marcas do que aconteceu nos últimos anos serão grilhões nos pés dos partidos e candidaturas."

Acrescentou: "Nem o PT se livrará dos muitos malfeitos que cometeu e das ilusões que enterrou, nem o PMDB sacudirá a poeira de haver formado parte não só da onda petista como de seus descaminhos, nem o PSDB deixará de pagar por ter dado as mãos ao governo Temer e de tê-las chamuscado por inquéritos."

Defensor do afastamento de Dilma e do apoio a Temer nas pegadas do impeachment, FHC disse que há argumentos para justificar os dois gestos. Mas se absteve de enumerá-los. Virou a página: "Daqui por diante, o capítulo é o futuro. É diante dele que os partidos terão que se posicionar."

Anotou que "o PT está com a sorte colada à de Lula". Quanto ao destino de Lula, disse estar "nas mãos da Justiça." Condenado por Sergio Moro a 9 anos e meio de cadeia, Lula aguarda o julgamento do recurso que interpôs no TRF da 4ª Região, em Porto Alegre. Se a sentença de Moro for confirmada, o pajé do petismo vira um ficha-suja. Pior: pode ser preso.

"Não torço pela desgraça alheia", escreveu FHC. "Não sou juiz, não quero e não devo opinar na matéria. Melhor é supor que Lula dispute as próximas eleições." O líder máximo dos tucanos dá de ombros para as pesquisas que acomodam Lula na liderança da corrida sucessória: "Suas chances de vitória não são grandes."

Atrasando o relógio, FHC realçou: "Derrotei Lula duas vezes [?]. Por que ganhei? Porque Lula e seu partido se isolaram no que imaginavam ser a classe trabalhadora, com seus porta-vozes intelectuais. Quando Lula ganhou minha sucessão [em 2002] foi porque ele e seu partido, com a Carta aos Brasileiros e outras ações mais, se aproximaram da classe média e saíram do gueto, alargando sua base de apoio original. Desenhada a vitória e alcançado o poder, o establishment se juntou aos vitoriosos, sem temor de ser prejudicado."

Na opinião de FHC, Lula e o PT "voltaram para suas trincheiras originais." De resto, chegam a 2018 com o discurso embaralhado: "Tentarão relembrar os dias gloriosos da bonança econômica para que o eleitorado se esqueça dos escândalos de corrupção, das desventuras a que levaram a sociedade e da recessão que produziram na economia. São competidores, portanto, derrotáveis."

Ironicamente, FHC expôs a fragilidade do PSDB ao discorrer sobre as opções a Lula. Não citou nem o governador paulista Geraldo Alckmin, nem a criatura dele, o prefeito paulistano João doria. Escreveu que a eventual derrota de Lula depende "de saber que partidos e líderes formarão os 'outros lados'."

Acrescentou que do lado oposto ao de Lula "poderão estar os que 'jogam por fora' dos grandes partidos, como Marina e, em sentido menos autêntico e mais costumeiro, candidaturas 'iradas', tipo Ciro Gomes. Só que no momento desponta outra candidatura ainda mais 'irada' e mais definida no espectro político, a de Bolsonaro."

De Bolsonaro, afirmou FHC, "sabemos que é 'linha-dura' contra a desordem e a bandidagem, mas pouco se sabe ?"ao contrário de Marina?" sobre o tipo de sociedade de seus sonhos (e meus pesadelos?)." O articulista mencionou até a hipótese de surgir um aventureiro, que chamou de "easy rider". Mas não se dignou a citar o nome dos tucanos, que aparecem nas pesquisas com um mísero dígito.

FHC tampouco citou o ministro Henrique Meirelles, que sonha em reeditar sua trajetória, migrando da pasta da Fazenda para o Palácio do Planalto. Incluiu o partido de Meirelles, o PSD, entre as legendas do pelotão retardatário, que não dispõem de pilotos capazes de subir ao pódio.

Eis o que escreveu FHC: "O PMDB faz tempo que maneja o Congresso e sabe imiscuir-se na máquina pública, mas não parece ser um time pronto para disputar a pole position. O DEM, o PSB ou o PSD e os demais não têm nomes fortes para a cabeça de chapa, embora possam pesar se ingressarem em um conglomerado que seja 'centrista', mas olhe à esquerda, por mais que tal ginástica custe a alguns deles."

"E o PSDB?", perguntou FHC a si mesmo. "Pode apresentar algum nome competitivo. Mas precisa passar a limpo o passado recente. Deveria prosseguir no mea-culpa apresentado na televisão sob os auspícios de Tasso Jereissati, sem deixar de dar a consideração a quem quase o levou à Presidência."

Quer dizer: Além de não mencionar o nome de Alckmin, um presidenciável com contas a ajustar na Lava Jato, o grão-mestre do PSDB pede que a legenda tenha "consideração" com o Aécio Neves, um personagem que trocou a biografia de ex-presidenciável por um prontuário que inclui nove inquéritos e R$ 2 milhões repassados pela JBS por baixo da mesa. Nesse ritmo, o PSDB acabará passando seus desacertos recentes a sujo, não a limpo.
Herculano
05/11/2017 08:21
LUISLINDA VIROU A MARCA DO RIDÍCULO E DO OPORTUNISMO DO GOVERNO TEMER, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Luislinda Valois deveria ter sido demitida do cargo de ministra dos Direitos Humanos em fevereiro, quando se soube que ela anexara a sua biografia o título de "embaixadora da paz da ONU" e o Palácio do Planalto engolira a lorota. O título não existe. Nessa linha, Dilma Rousseff, com seu doutorado da Unicamp, teria ido para casa anos antes.

A repórter Naira Trindade revelou que a senhora Valois requereu o direito de acumular sua aposentadoria de desembargadora com o salário de ministra, argumentando que sua situação "sem sombra de dúvida, se assemelha ao trabalho escravo".

Faturaria R$ 61,4 mil mensais.

A doutora deveria ter sido demitida mesmo antes de anunciar que desistira do pleito. Ela continuará ministra numa equipe onde já esteve Geddel Vieira Lima e estão Moreira Franco e Eliseu Padilha. Negra, mulher, tucana, Valois foi colocada lá porque é negra, mulher e tucana. Seu pleito ajudou a mostrar a empulhação que há nas nomeações de mulheres por serem mulheres e de negros por serem negros.

(O fato de ela ser tucana é irrelevante, pois não se sabe o que é isso.)

A doutora deveria ser demitida pela péssima qualidade de sua argumentação, mas ela tem direito a acumular a aposentadoria com o salário. Há hipocrisia na barulhenta condenação da ministra. O que ela queria é feio, mas é legal. Como desembargadora aposentada pelo Tribunal de Justiça da Bahia, ela faz parte de uma casta intocada pela onda moralizante da Lava Jato.

As acumulações são legais, já os penduricalhos pecuniários que enfeitam as togas são constitucionalmente discutíveis. A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, nunca tomou providência para reprimir essa situação que condena em manifestações literárias. Em São Paulo, há casos de desembargadores que já receberam mais de R$ 100 mil mensais. Em março passado, de cada dez magistrados paulistas, sete haviam recebido contracheques com quantias superiores ao teto constitucional de R$ 33,7 mil.

OS ASTROS DO STF

Assim como os candidatos a cargos eletivos e os cantores, há ministros do Supremo Tribunal Federal que anexaram assessores de imprensa aos seus gabinetes.

A ideia de haver juízes da Suprema Corte americana com assessores de imprensa pessoais é tão absurda quanto a de que se instalasse uma sex shop no saguão do tribunal.

Pelas contas de um bom observador, não são todos os ministros, mas as togas assessoradas estariam perto de formar maioria no plenário. Num caso, deu-se uma conexão surpreendente. O marido da assessora do ministro Edson Fachin é o procurador Eduardo Pelella, que trabalhava no bambuzal de Rodrigo Janot.

O PODER DA PM

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse que existem ligações perigosas entre o crime e comandantes de batalhões da PM do Rio. Isso levou o governador Luiz Fernando Pezão a uma exasperação que jamais mostrou diante de outras denúncias de roubalheiras no seu Estado. Pezão foi vice e secretário de Obras de Sérgio Cabral. Ele foi acompanhado na ira pelo ministro Leonardo Picciani, filho do presidente da Assembleia do Rio, que classificou de "fanfarronice" a fala de Jardim.

Não é preciso dizer mais.

A reação de Pezão e Picciani teve uma utilidade: mostrou o poder de persuasão de coronéis da PM do Rio.

FORMA E CONTEÚDO

Torquato Jardim associou o crime a coronéis da PM do Rio e o deputado Rodrigo Maia observou que "ele falou muita verdade ali, só que não sei se foi da forma adequada".

Vai daí, a reação de Pezão e Picciani favorece o teatro de mentiras vigentes.

TESTE

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, teve a ideia de colocar o Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército a serviço da caça às notícias falsas que são postas em circulação durante as campanhas eleitorais.

?"tima ideia. Para testar a máquina, poderia começar fazendo duas perguntas:

1) O que aconteceu com os cerca de 40 guerrilheiros que estavam no Araguaia em dezembro de 1973? Fugiram num disco voador albanês?

2) Como aquela bomba foi parar no colo do sargento Guilherme Pereira do Rosário na noite de 30 de abril de 1981, no Riocentro?

MADAME NATASHA

Madame Natasha não perde sessão do Supremo Tribunal. Ela adora conferir que ministros usam togas acetinadas, brilhosas, enquanto as ministras usam panos foscos. E depois há quem diga que a vaidade é um atributo exclusivamente feminino.

Natasha decidiu premiar o ministro Luís Roberto Barroso porque, num seminário sobre "compliance" realizado no Superior Tribunal de Justiça, ele começou sua fala dizendo o seguinte:

"Cumprir a lei estava tão difícil que não existe palavra em português."

Barroso está certo. As palavras existem, mas, por falta de hábito, o STJ, as empreiteiras e muita gente boa havia se esquecido delas.

Quem quiser pode falar em conformidade ou mesmo observância, cumprimento.

MEIRELLES

Estranho personagem o doutor Henrique Meirelles.

Presidiu o conselho da holding dos irmãos Batista, mas nada tinha a ver com eles ou com as empresas. Disse que achava boa a ideia de ser vice-presidente e em seguida informou que estava brincando. Anunciou-se presidenciável e esclareceu que não disse o que disse.

O SILÊNCIO E O SUICÍDIO DE CANCELLIER

Completou-se o primeiro mês desde que o professor Luis Carlos Cancellier matou-se. Ele tinha 60 anos, era reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, fora preso e, uma vez libertado, estava proibido
de pisar no campus da escola.

Já se sabe que Michel Temer, Eliseu Padilha e Moreira Franco não devem ser investigados. Sabe-se também que o chefe da campanha de Donald Trump está em prisão domiciliar por lavagem de dinheiro e conversas impróprias com russos. Só não se sabe por que o reitor Cancellier foi humilhado.

O professor e outras seis pessoas foram presas no rastro de uma operação da Polícia Federal que se denominava "Ouvidos Moucos" e apurava fraudes com verbas de programas de bolsas de estudo. A juíza que determinou as prisões disse que fatos investigados mereciam "maior aprofundamento na análise". Havia professores e empresários acusados de meter a mão na Bolsa da Viúva, mas as irregularidades ocorreram antes da chegada de Cancellier à reitoria.

Passou-se um mês e ainda não há informações a respeito dos fatos que a juíza Janaina Cassol Machado, da 1ª Vara da Justiça Federal, considerou merecedores de "maior aprofundamento e análise". À época das prisões, noticiou-se que a Operação Ouvidos Moucos teve a participação de cerca de cem agentes da Polícia Federal e o amparo da Controladoria-Geral da União e do Tribunal de Contas da União. Tudo isso para apurar irregularidades praticadas em cima de verbas que somavam R$ 80 milhões. Ainda não se sabe de acusação formal contra quem quer que seja, envolvendo um único centavo. Nada.

Sabe-se apenas que um cidadão preso e humilhado matou-se.
Herculano
04/11/2017 20:00
ATÉ PMDB PRESSIONA POR SAÍDA DE TUCANO DA SECRETARIA DE GOVERNO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Vera Rosa, da sucursal de Brasília. O presidente Michel Temer está sendo cada vez mais pressionado a mudar a articulação política do Palácio do Planalto. Agora, a cúpula do PMDB engrossou o coro dos descontentes e quer que o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, acumule a função, a exemplo do que fez às vésperas da votação da segunda denúncia contra Temer, por obstrução da Justiça e organização criminosa, barrada pelo plenário da Câmara.

Até hoje, era apenas o Centrão - grupo formado por partidos médios, como PP, PR e PSD - que insistia em pedir a cabeça do ministro da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, filiado ao PSDB. Mas, após o aumento do racha entre os tucanos - revelado pelo número maior de deputados contrários a Temer -, o PMDB passou a cobrar a antecipação da reforma ministerial.

Temer gosta de Imbassahy e resiste a atender ao pedido dos correligionários. A ideia do presidente é fazer trocas na equipe somente em 2018, até abril, quando quem for disputar as eleições tiver de deixar o cargo. Dos 28 ministros, ao menos 12 serão candidatos e deverão abandonar o posto para concorrer.

Prestes a ser rebatizado com o nome de MDB e a adotar um perfil de centro direita na campanha, o dividido PMDB vai reembalar sua imagem, na tentativa de amenizar o desgaste sofrido com a Lava Jato. Com esse plano, a cúpula do partido quer voltar a ter um peemedebista na coordenação política do governo, para fazer a ponte entre Planalto e Congresso. Antes de Imbassahy, quem ocupava essa cadeira era Geddel Vieira Lima, hoje preso.

A avaliação é de que Padilha será fundamental para ajudar a recompor a base e articular alianças para 2018. Denunciado pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, o chefe da Casa Civil escapou da acusação de organização criminosa junto com Temer e com Moreira Franco (Secretaria-Geral).

Em conversas reservadas, porém, o presidente tem dito que mexer na Esplanada, neste momento, mais atrapalha do que ajuda. Temer convidou líderes de partidos aliados para uma reunião, amanhã à noite, com o objetivo de tratar da chamada "agenda positiva". Na terça-feira, ele vai se encontrar com ministros da área social. Sob o mote "Agora é Avançar", o governo procura medidas de impacto para mostrar resultados.

Em mais um gesto para se reaproximar do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o Executivo dá sinais de apoio a projetos com apelo popular, como os dos planos de saúde e da segurança pública.

Boca fechada. Temer depende de Maia para aprovar propostas de ajuste fiscal na Câmara. Foi por isso que ficou irritado com declarações do ministro da Justiça, Torquato Jardim. Em café com jornalistas, Torquato acusou políticos e comandantes da Polícia Militar do Rio de se associarem ao crime organizado.

Na avaliação do Planalto, o ministro "vazou" informações estratégicas e criou um problema com Maia e com o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão. O presidente pediu a Torquato que, de agora em diante, se mantenha em silêncio sobre o assunto.

Outro foco de crise foi deflagrado pela ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois (PSDB), que solicitou ao governo para acumular o salário de ministra com o de desembargadora aposentada, a fim de garantir vencimento mensal de R$ 61,4 mil brutos, como revelou a Coluna do Estadão. Para "furar" o teto constitucional ?" hoje em R$ 33,7 mil ?", Luislinda disse que sua situação, "sem sombra de dúvida", se assemelhava ao "trabalho escravo". Após repercussão negativa, ela recuou.

Na quinta-feira, a ministra tentou justificar o pedido a Temer. A portas fechadas, o presidente disse ter ficado "perplexo". Ele também recebe aposentadoria como procurador do Estado de São Paulo e tem desconto no salário.

'Chacoalhada'. Nos bastidores, aliados argumentam que Temer deve aproveitar a turbulência para dar uma "chacoalhada" no primeiro escalão. Ameaçam, ainda, não votar as medidas de ajuste se o presidente não fizer uma reforma ministerial, desalojando principalmente o PSDB. O objeto da cobiça do Centrão, além da Secretaria de Governo, é o Ministério das Cidades, que possui orçamento mais vistoso e está sob comando do tucano Bruno Araújo.

"O governo não tem apoio para aprovar a reforma da Previdência", afirmou o deputado Arthur Lira (AL), líder do PP na Câmara, referindo-se aos 308 votos necessários para avalizar a proposta de emenda à Constituição. "Se o presidente não tirar os tucanos nem fizer uma rearrumação no time, terá problemas."

Para o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), a base precisa se unir em torno de uma agenda de estabilidade e desenvolvimento. "Mas não dá para estar no governo criticando o governo. Ninguém é meio governo, meio oposição."
Herculano
04/11/2017 19:55
HISTóRIA DE QUINZE SÉCULOS, por Olavo de Carvalho.

Desmantelado o Império, as igrejas disseminadas pelo território tornaram-se os sucedâneos da esfrangalhada administração romana. Na confusão geral, enquanto as formas de uma nova época mal se deixavam vislumbrar entre as névoas do provisório, os padres tornaram-se cartorários, ouvidores e alcaides. As sementes da futura aristocracia européia germinaram no campo de batalha, na luta contra o invasor bárbaro. Em cada vila e paróquia, os líderes comunitários que se destacaram no esforço de defesa foram premiados pelo povo com terras, animais e moedas, pela Igreja com títulos de nobreza e a unção legitimadora da sua autoridade. Tornaram-se grandes fazendeiros, e condes, e duques, e príncipes, e reis.

A propriedade agrária não foi nunca o fundamento nem a origem, mas o fruto do seu poder. Poder militar. Poder de uma casta feroz e altiva, enriquecida pela espada e não pelo arado, ciosa de não se misturar às outras, de não se dedicar portanto nem ao cultivo da inteligência, bom somente para padres e mulheres, nem ao da terra, incumbência de servos e arrendatários, nem ao dos negócios, ocupação de burgueses e judeus.

Durante mais de um milênio governou a Europa pela força das armas, apoiada no tripé da legitimação eclesiástica e cultural, da obediência popular traduzida em trabalho e impostos, do suporte financeiro obtido ou extorquido aos comerciantes e banqueiros nas horas de crise e guerra.

Sua ascensão culmina e seu declínio começa com a fundação das monarquias absolutistas e o advento do Estado nacional. Culmina porque essas novas formações encarnam o poder da casta guerreira em estado puro, fonte de si mesmo por delegação direta de Deus, sem a intermediação do sacerdócio, reduzido à condição subalterna de cúmplice forçado e recalcitrante. Mas já é o começo do declínio, porque o monarca absoluto, vindo da aristocracia, dela se destaca e tem de buscar contra ela ?" e contra a Igreja ?" o apoio do Terceiro Estado, o qual com isso acaba por tornar-se força política independente, capaz de intimidar juntos o rei, o clero e a nobreza.

Se o sistema medieval havia durado dez séculos, o absolutismo não durou mais de três. Menos ainda durará o reinado da burguesia liberal. Um século de liberdade econômica e política é suficiente para tornar alguns capitalistas tão formidavelmente ricos que eles já não querem submeter-se às veleidades do mercado que os enriqueceu. Querem controlá-lo, e os instrumentos para isso são três: o domínio do Estado, para a implantação das políticas estatistas necessárias à eternização do oligopólio; o estímulo aos movimentos socialistas e comunistas que invariavelmente favorecem o crescimento do poder estatal; e a arregimentação de um exército de intelectuais que preparem a opinião pública para dizer adeus às liberdades burguesas e entrar alegremente num mundo de repressão onipresente e obsediante (estendendo-se até aos últimos detalhe da vida privada e da linguagem cotidiana), apresentado como um paraíso adornado ao mesmo tempo com a abundância do capitalismo e a "justiça social" do comunismo. Nesse novo mundo, a liberdade econômica indispensável ao funcionamento do sistema é preservada na estrita medida necessária para que possa subsidiar a extinção da liberdade nos domínios político, social, moral, educacional, cultural e religioso.

Com isso, os megacapitalistas mudam a base mesma do seu poder. Já não se apóiam na riqueza enquanto tal, mas no controle do processo político-social. Controle que, libertando-os da exposição aventurosa às flutuações do mercado, faz deles um poder dinástico durável, uma neo-aristocracia capaz de atravessar incólume as variações da fortuna e a sucessão das gerações, abrigada no castelo-forte do Estado e dos organismos internacionais. Já não são megacapitalistas: são metacapitalistas ?" a classe que transcendeu o capitalismo e o transformou no único socialismo que algum dia existiu ou existirá: o socialismo dos grão-senhores e dos engenheiros sociais a seu serviço.

Essa nova aristocracia não nasce, como a anterior, do heroísmo militar premiado pelo povo e abençoado pela Igreja. Nasce da premeditação maquiavélica fundada no interesse próprio e, através de um clero postiço de intelectuais subsidiados, se abençoa a si mesma.

Resta saber que tipo de sociedade essa aristocracia auto-inventada poderá criar ?" e quanto tempo uma estrutura tão obviamente baseada na mentira poderá durar.
Herculano
04/11/2017 19:52
O INSTITUTO ANTI-LAVA JATO, por Felipe Moura Brasil, de O Antagonista.

Advogados de investigados na Lava Jato querem criar um instituto para reagir ao que dizem ser ataques dos responsáveis pela operação contra as garantias legais que asseguram as condições do exercício do direito de defesa, informa a Folha.

Eles discutirão o assunto na segunda-feira com outros advogados alinhados à ideia, que surgiu de um grupo de WhatsApp criado em 2015 pelo advogado Marco Aurélio Carvalho, sócio do ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, defensor de Dilma Rousseff no processo de impeachment.

"Participam do grupo atualmente 112 juristas, entre eles Alberto Toron (que defende Aécio Neves e Dilma), Antonio Carlos de Almeida Castro, o 'Kakay' (Joesley e Wesley Batista), Roberto Podval (José Dirceu), Pierpaolo Bottini (JBS e OAS), Fábio Tofic (Guido Mantega e João Santana) e Cristiano Zanin (Lula)."
Herculano
04/11/2017 19:50
"UM GIGANTESCO FILTRO IDEOLóGICO DE ACESSO AO MENSINO SUPERIOR"

Conteúdo de O Antagonista. Na terceira e última parte da conversa de Miguel Nagib com O Antagonista sobre a decisão de Cármen Lúcia de vetar a "mordaça prévia" no Enem, o criador do movimento Escola Sem Partido deu exemplos de como a livre manifestação do pensamento ficava prejudicava com a regra da nota zero para quem desrespeitasse os alegados "direitos humanos".

"Há um artigo na Constituição que diz assim: 'Ninguém será privado de direitos por motivos de crença religiosa ou convicção política ou filosófica.' Então quer ver um exemplo? O direito à vida está previsto em tratados internacionais sobre direitos humanos, inclusive desde a concepção [como o Pacto de San José da Costa Rica]. Eu pergunto: será que um candidato que defendesse o aborto numa redação do Enem tiraria zero? Duvido! O candidato que defendesse a descriminalização do aborto jamais teria a sua prova zerada. No entanto, ele está desrespeitando os direitos humanos [se julgarmos pelos tratados].

Na verdade, quando o Enem se afasta da legislação dos direitos humanos e passa a exigir do candidato o respeito ao politicamente correto, está transformando a prova de redação num gigantesco filtro ideológico de acesso ao ensino superior. Se pelo menos fosse o respeito aos direitos humanos, ainda assim seria contrário à livre manifestação do pensamento, mas pelo menos haveria um critério objetivo. Nós defendemos que o indivíduo tem todo o direito de discordar.

Quer ver um exemplo? O direito à propriedade privada está previsto na Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948. Quer dizer então que um candidato comunista não pode defender a abolição da propriedade privada? Nós entendemos que pode, numa redação.

Até porque se fala muito em discurso de ódio, que agora o 'STF permitiu discurso de ódio em redação', mas só se poderia falar em discurso de ódio se as redações se destinassem à publicação em veículos de comunicação de massa. Mas não é o caso. Quem vai ler a redação são no máximo uma, duas, três pessoas, que são os corretores das provas. Então essa preocupação é completamente descabida.

O que deveria importar é a avaliação do português, da capacidade de expressão, Até porque a Constituição estabelece que o acesso aos níveis superiores de ensino se dará segundo a capacidade de cada um ?" e não segundo a opinião de cada um. Está no artigo 208, inciso quinto.

E capacidade remete precisamente ao domínio da língua, da expressão etc., e não obviamente ao fato de o candidato ter essa ou aquela opinião sobre um tema controvertido, sobretudo porque o Enem ainda tem a cara-de-pau de escolher temas que são polêmicos: violência contra a mulher, imigração, publicidade infantil, intolerância religiosa ?" uma série de temas que colocam o candidato numa situação difícil do ponto de vista de manifestar sua opinião.

Quer dizer: ele vai ficar com medo de manifestar uma opinião que possa ser considerada politicamente incorreta pelos corretores."
Herculano
04/11/2017 19:46
A HORA DO ANTIPETISMO, por Rodrigo Constantino, na revista IstoÉ

Se há uma gangue de marginais no portão da sua casa, ameaçando invadi-la, pilhar seus bens e transformar sua família em escrava, o que você faz? Debate qual a melhor reforma para os cômodos da casa, como se tudo estivesse normal? Discute questões estéticas, como a decoração da sala?

Quando o momento é de lutar pela própria sobrevivência, está claro que os detalhes devem ficar para depois. E nossa democracia está sendo ameaçada por marginais, por bárbaros, por fascistas que desprezam completamente a própria democracia e nossas liberdades.

Os inimigos da democracia são os que insistem na velha e surrada utopia comunista. No centenário da revolução russa ficou claro como ainda temos diversas viúvas de Lenin e Stalin entre nós. Nos cinquenta anos da morte do assassino Che Guevara também vimos como são muitos os que ainda enaltecem essa ideologia. Inclusive entre os tucanos de "direita".

O primeiro nas pesquisas para 2018 é um ícone dessa turma. Lula, após ter destruído a economia, produzido milhões de desempregados, roubado como nunca antes nesse País e quase ter afundado de vez nossa democracia, continua favorito de acordo com as pesquisas, sempre suspeitas.

O PT e Lula, não custa lembrar, defendem abertamente o regime venezuelano, ou seja, a ditadura de Maduro. A mesma que, segundo a Anistia Internacional, está invadindo residências de opositores do governo, como aconteceu na União Soviética ou em Cuba.

Não há mais sequer o verniz de democracia por lá, mas o PT e o PSOL continuam elogiando um regime que persegue, prende aleatoriamente, invade casas na calada da noite, e até mata seus opositores. Tampouco há razão para surpresa: o socialismo é, sempre foi e sempre será exatamente isso, no século XX ou no século XXI.

Ou seja, temos como favorito para 2018 o chefe de quadrilha que afundou o Brasil, e que, como todo socialista, só sabe transferir culpa. Foi a Marisa, foi a Dilma, foi o Dirceu, foi o Palocci, foi a "crise internacional". Só não foi ele, o maior responsável pela desgraça que se abateu sobre nós.

Diante do risco de retorno dessa gangue, qual a reação geral, especialmente da imprensa? Mostrar horror diante da possibilidade de vitória de Bolsonaro. Não é preciso ser entusiasta do "mito" para perceber que as prioridades estão mal calibradas. No fundo, muitos são cúmplices do socialismo, e por isso falta a determinação para combater a verdadeira ameaça fascista.

Os "moderados" e "isentões", os tipos "bacanas" como Luciano Huck, que faz selfie feliz da vida com o bandido Lula, desses o povo não quer saber. O motivo é simples: é hora de sobreviver, de barrar o risco venezuelano. É hora do antipetismo. Depois pensamos nas reformas da casa?
Herculano
04/11/2017 11:40
VISÃO CÁUSTICA DE TORQUATO SOBRE O RIO É COMPARTILHADA PELA CÚPULA DO GOVERNO, Josias de Souza

Em conversa telefônica com o governador Luiz Fernando Pezão, Michel Temer disse que as críticas de Torquato Jardim ao setor de segurança do Rio de Janeiro expressam posições pessoais do ministro da Justiça, não conclusões do governo. Ávido por abreviar o mal-estar, Pezão simulou acreditar. Porém, nada é mais falso do que a verdade estabelecida por Temer e seus estrategistas para desligar a crise da tomada. A coluna apurou que as avaliações cáusticas de Torquato são compartilhadas pela cúpula do governo.

O que causou espanto na Esplanada e no Planalto foi o fato de Torquato ter jogado no ventilador avaliações antes restritas aos relatórios de inteligência e às reuniões fechadas. As manifestações do titular da pasta da Justiça foram veiculadas na coluna. Ele soou pessoal apenas no trecho em que levantou a suspeita de que o assassinato do coronel Luiz Gustavo Lima Texeira resultou de um "acerto de contas", não de um assalto. No mais, ao discorrer sobre a promiscuidade que permeia as relações entre políticos, autoridades, policiais e o crime organizado, Torquato não fez senão ecoar em público problemas que discutia com os colegas em privado.

Eleito pelo Rio de Janeiro, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, lamentou que Torquato tenha "prejudicado as investigações" federais que teriam como alvo o pedaço podre da polícia fluminense. A coluna verificou, entretanto, que não há nenhuma apuração deflagrada a partir de Brasília que tenha policiais corruptos do Rio como alvo. "Nós não focamos em momento nenhum nos políticos e nas polícias", disse uma autoridade envolvida nas apurações. "Poderíamos até chegar a eles. Mas nosso foco central é o crime organizado."

O próprio Torquato, a pedido de Temer e de colegas de ministério, passou a sustentar que tudo o que declarou sobre o Rio está acomodado sob o guarda-chuva da "posição pessoal". O ministro repetiu o falso mantra numa troca de mensagens de WhatsApp com o governador Pezão. Aos poucos, a guerra de declarações vai sendo sedada. Temer trabalha com a perspectiva de resfriar a crise no final de semana.

Quer dizer: na percepção de Brasília há corrupção no setor de segurança do Rio de Janeiro, alguns batalhões da PM estão no bolso da bandidagem e deputados estaduais de reputação duvidosa influem na escolha do comando da corporação. A sensação de contágio é potencializada por relatórios confidenciais que atestam o vazamento de informações sobre operações conjuntas das forças federais com as polícias estaduais.

A despeito de tudo isso, não há investigações abertas contra a bandalheira. Prevalece em Brasília o entendimento segundo o qual cabe ao Estado conduzir esse tipo de inquérito. Nessa versão, os órgãos federais são forças auxiliares. Só entrariam em cena como protagonistas caso fosse decretada uma intervenção no Rio de Janeiro. Algo que Temer não tem a mais remota intenção de fazer.
Herculano
04/11/2017 11:36
JARDIM JOGA LENHA NA FOGUEIRA, por André Singer, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para o jornal Folha de S. Paulo.

Na terça passada, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, deu declarações ao jornalista Josias de Souza, do UOL. Em suma, o responsável pela área de segurança da gestão Temer disse o seguinte: 1) que o comando da Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro é fruto de acerto com "deputado estadual e o crime organizado", sem controle do governo local, e 2) que "comandantes de batalhão são sócios do crime organizado".

Em decorrência da gravidade das afirmações, criou-se considerável celeuma. Nesta sexta foi sorteado o relator da interpelação que o governador daquele Estado, Luiz Fernando Pezão, impetrou junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). O escolhido, nada menos que o relator da Lava Jato, Edson Fachin, terá que avaliar se Jardim deve ser obrigado a apresentar os nomes dos agentes públicos que estariam ligados ao crime, conforme exige o Rio de Janeiro. Enquanto Fachin decide, pensemos.

Ninguém parece entender muito bem o que motivou o titular da Justiça a falar contra uma administração que é do PMDB, assim como o ocupante do Planalto. Também não fica clara a posição do presidente da República. Informações de bastidores dão conta de que 48 horas depois da entrevista, Temer recebeu o auxiliar e teria lhe pedido silêncio até baixar a poeira. Nenhuma explicação ou atitude com vistas a orientar uma compreensivelmente aturdida opinião pública. Mas o descaso com a opinião pública faz parte do "style" planaltino atual.

Diante do desconhecido, então, tomemos, apenas por hipótese, as intenções de Jardim pelo seu valor de face. O desenrolar das frases enunciadas parece traduzir o simples desejo de desabafar. A impotência gerada por quadro insolúvel teria levado o ministro a pôr a boca no trombone: "Nós já tivemos (...) conversas duríssimas com o Secretário de Segurança do Estado e com [o] governador. Não tem comando".

No entanto, ainda que aceitando-se a trivial possibilidade de exaustão, é revelador o seguinte trecho da diatribe: "A virada da curva ficará para 2019, com outro presidente e outro governador". Mesmo que a situação atual seja desesperadora ?"e devemos admitir que o seja, em função do congelamento dos gastos públicos?" o horizonte prático apontado pelo declarante é o da eleição do próximo ano, com reflexos longínquos.

Ao despejar as esperanças numa espécie de solução mágica que saia das urnas, Jardim alimenta um perigoso salvacionismo, cujo desaguadouro costumam ser as falsas soluções de autoridade. No momento em que crescem candidaturas cujo lema é mão firme para restabelecer a ordem, trata-se de um rematado desserviço. Impensado, talvez.
Herculano
04/11/2017 11:35
TEMER DEVERIA RECUSAR A VISITA DE EVO MORALES, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A inesperada cirurgia do presidente Michel Temer gerou uma notícia positiva: poupou o Brasil da visita do presidente cocaleiro da Bolívia, Evo Morales, que surrupiou uma refinaria da Petrobras, onde os brasileiros otários investiram mais de R$5 bilhões. Pior: o afano contou com a anuência do então presidente Lula, conforme ele mesmo lembrou ao ser visitado por integrantes do governo boliviano. Com a cirurgia, a visita de Morales foi "adiada". A nova data não foi definida.

DINHEIRO FEZ FALTA
O Brasil desperdiçou na refinaria boliviana dinheiro suficiente para construir ao menos 770 escolas de grande porte e 230 hospitais.

LULA FOI AVISADO
Em vídeo com o vice-presidente boliviano, Lula contou ter sido avisado por Morales, ainda candidato, que nos tomaria a refinaria da Petrobras.

NINGUÉM ACEITARIA
Lula até elogia adversários no vídeo, ao afirmar que a "elite retrógrada" não aceitaria, como ele aceitou, a tunga da refinaria de R$5 bilhões.

DÉFICIT DEMOCRÁTICO
Se não pelas afrontas ao Brasil, Morales deveria ser persona non grata por "déficit democrático": ele subjugou a Bolívia ao seu autoritarismo.

ANS MULTOU APENAS 0,001% DOS PLANOS DE SAÚDE
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) afirma em nota que "monitora e fiscaliza" os planos de saúde, mas admite que somente conseguiu ver ilegalidades no reajuste de irrisórios 881 (0,001%) dos mais de 47 milhões de planos de saúde e 22,6 milhões de planos odontológicos, este ano. De forma inescrupulosa, empresas do setor até dobram o valor da mensalidade, mas, segundo a ANS, planos com até 30 segurados aplicam reajuste único, independentemente da idade.

ANS NÃO INCOMODA
Apesar de afirmar que fiscaliza operadoras, nenhuma multa aplicada pela ANS é oriunda de investigação; apenas decorrem de denúncias.

SEGURADOS INDEFESOS
Em contratos de planos com mais de 30 beneficiários, os aumentos são "liberados" pela ANS e o segurado que não o aceita vai para o SUS.

QUE VERGONHA, ANS
Sobre planos individuais, a ANS diz que ainda existem, mas a oferta é "prerrogativa das empresas". Bancada pelo contribuinte, lava as mãos.

BOLA CHEIA
Após vencer denúncias de corrupção na Câmara e várias votações difíceis, e agora reconhecido até pela Folha como o presidente mais eficiente na relação com o Congresso desde 1995, a aprovação da reforma da Previdência parece mais factível do que nunca.

MENSAGEM NO ZAP
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, recebeu ministro Torquato Jardim (Justiça) mensagem de Whatsapp afirmando que sua denúncia sobre contra a polícia expressa apenas uma "opinião pessoal".

CENSURA, NÃO, MINISTRO
É vergonhoso que o Ministério da Educação, chefiado pelo democrata Mendonça Filho, ceda à pressão da patrulha ideológica e vá à Justiça para manter a censura a um garoto que tomou nota zero na redação por expressar uma opinião com a qual seu professor não concordou.

NÚMEROS DO SENADO
O Senado analisou este ano, até setembro, um total de 287 projetos. Aprovou 88 e rejeitou 88 no plenário. Nas comissões, mais generosas, rejeitaram apenas 19 propostas apresentadas.

MALANDRAGEM FRUSTRADA
Michel Temer vetou uma emenda do PT retirando o INSS do Ministério do Desenvolvimento Social e recolocá-lo no Ministério do Trabalho. Era uma tentativa malandra de recriar o Ministério da Previdência.

'GRIPE' COMPLETA 47 ANOS
Nesta data, em 1970, no dia em que os americanos elegiam Ronald Reagan presidente, no Brasil o regime militar mandava prender toda a turma do Pasquim. A "gripe" foi um dos atos mais violentos da ditadura.

SPREAD NAS NUVENS
Bancos brasileiros mantêm lucros exorbitantes, apesar da crise, com spread bancário de 22%, maior do planeta e mais do dobro do México, segundo colocado com 9,1%. Spread é a diferença entre o que o banco paga de juros ao captar o dinheiro e o que ele cobra de seus clientes.

SOLA DE SAPATO
Confirmar sua pré-candidatura a presidente não será suficiente para Henrique Meirelles vencer; na última pesquisa Datafolha ele aparece com 2% das intenções de votos em todos os cenários. Rejeição: 25%.

PENSANDO BEM...
...Meirelles só pensa naquilo, o lugar de Michel Temer, mas para os demais pré-candidatos, inclusive Lula, ele é apenas o vice de sonho.
Herculano
04/11/2017 11:32
DISPARATE DE MINISTRA PODE SER EMPURRÃO PARA REFORMA MINISTERIAL, por Juliana Sofia, secretária de redação da sucursal de Brasília, do jornal Folha de S. Paulo

O desatino da ministra Luislinda Valois (Direitos Humanos) pode se tornar o empurrãozinho que faltava ao governo Michel Temer para engatar já uma reforma ministerial. O centrão e uma ala da "cozinha" do Palácio do Planalto pressionam o presidente a redimensionar o espaço dos aliados na Esplanada dos Ministérios depois da derrubada das duas denúncias contra o peemedebista na Câmara.

Sem o reequilíbrio das forças de apoio, julgam que o governo enfrentará dificuldades para obter os votos necessários às medidas impopulares de ajuste fiscal ?"principalmente as propostas que afetam o funcionalismo, com aumento de contribuição e adiamento de reajuste salarial. Servidores federais ameaçam paralisar atividades para forçar o Congresso a barrar o pacote do Executivo.

A mudança ministerial também seria condição para levar adiante a - cada dia mais improvável - reforma da Previdência. Com menos descontentamento na base governista, haveria chances de votar, pelo menos na Câmara, um texto desidratado ainda em 2017. Restam cerca de sete semanas para lograr o feito.

Temer resiste a antecipar a remodelagem do ministério. Quer esperar abril, quando 17 ministros serão obrigados a devolver o cargo para concorrer nas eleições. A lista não inclui Henrique Meirelles (Fazenda), que agora admite ser presidenciável e ter um perfil favorável para 2018.

Veio a calhar o disparate de Luislinda ?"que pediu (e em seguida recuou) para acumular ganhos de R$ 61,4 mil mensais, pois o abate-teto torna seu trabalho semelhante à escravidão. A troca da ministra puniria o PSDB, alvo preferido dos ataques da base fisiológica, dados o sonolento racha no partido e a infidelidade da legenda no placar das denúncias.

A fala desastrada de Torquato Jardim (Justiça) sobre corrupção no comando da PM do Rio também aguça a volúpia por ministérios. Neste caso, a substituição desalojaria mais um amigo do presidente
Sidnei Luis Reinert
04/11/2017 09:47
Reeleja ninguém em 2018 e seja honesto!


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O marciano que assistiu ao Jornal Nacional de ontem deve ter ficado mais intrigado ainda com o Brasil. Uma reportagem destacou trabalhadores de baixa renda que lançaram uma campanha em favor da honestidade. Outra matéria mostrou o oportunismo canalha de deputados e vereadores que usam a recente decisão do Supremo Tribunal Federal sobre cautelares em casos de corrupção para não ficarem presos e ainda recuperarem o mandato. O fecho escatológico foi a defesa feita pela Procuradora Geral da República e pelo supremo ministro Luís Barroso sobre a prisão em segunda instância.

Iniciemos pelo final. Nossa Constituição "Cidadã" proíbe a prisão e manda soltar até o trânsito em julgado do processo. Se o desejo é prender após decisão em segunda instância, o único jeito é mudar a Constituição. Do contrário, por incrível que pareça, se mantiver a ordem para prender antes de esgotados todos os infindáveis recursos, o Supremo Tribunal Federal seguirá legitimando o desrespeito constitucional. Estamos diante da consagração suprema do desrespeito à Lei Maior. Eis a anomia institucionalizada.

Entendeu como a Constituição de 1988 é desmoralizada? Apesar da clareza objetiva de alguns princípios, sobretudo em defesa dos direitos humanos, a Carta dá margens a interpretações conflitantes que o Supremo Tribunal Federal não tem demonstrado competência para solucionar e definir, corretamente, o que vale ou não vale, o que pode ou não pode, sem praticar injustiça e, na prática, desrespeito à lei. Acaba tendo razão o polêmico Dart Gilmar Mendes, craque em mandar soltar bandidos de fino trato.

Pelo texto da Constituição, a prisão só pode ocorrer depois de totalmente finalizado o processo. O STF rasgou o princípio constitucional da presunção de inocência quando decidiu que pode prender após decisão de órgão colegiado em segunda instância. Não pode, não... A regra é clara. Mas a maioria do STF a interpretou de forma obscura. Tudo em nome de um clamor popular (e também togado) favorável ao combate à corrupção. Tudo muito bonito, mas que tem o efeito colateral da injustiça, pela via da jagunçagem ou do rigor seletivo contra algum "inimigo de ocasião".

Deixemos a parada clara. Corruptos comprovados devem ser punidos exemplarmente. O problema é falha Constituição de 88 não permite prender antes do trânsito em julgado. Comumente, tal regra se aplica aos poderosos e a quem tem grana para contratar um superhipermega advogado. Mas a regra claríssima não vale para todos. A bandidagem do andar de baixo vai presa e fica mofando em nossos presídios medievais ?" com mordomias apenas para chefes de facções do narcotráfico e para alguns políticos que caíram em desgraça. A tragédia do mundo real é incontestável.

Tudo ficou muito pior depois que o STF decidiu, em 11 de outubro, que medidas cautelares contra parlamentares corruptos podem ser derrubadas pelo Legislativo. A decisão beneficiou o senador Aécio Neves, e passou a ser aplicada, de modo canalha, pelo País afora. Nada de anormal, porque nossos canalhas são mais criativos que os outros bandidos do universo. O presidente da Associação de Magistrados do Brasil, Jayme de Oliveira, coloca o dedo na ferida supremamente aberta: "O Supremo tem que resguardar a autoridade do Poder Judiciário, sob pena de nós estarmos brincando de democracia".

Estamos brincando de democracia, justamente porque não temos segurança do direito no Brasil. É legítimo prender após decisão colegiada em segunda instância? Poderia sim. Mas, para isso, é preciso mudar a Constituição. Não basta que os deuses iluminados deuses do STF "interpretem" e decidam... Quem manda? A Constituição ou o Supremo? Precisa responder? Só pela pergunta já ficou claro que a nossa Lei Maior se esgotou, se desmoralizou...

O problema é: Quem pode mudar a Constituição, para que ela se dê ao respeito e seja respeitada? Nem os parlamentares em pleno mandato podem fazer mudanças de cláusulas pétreas. Só o povo tem o legítimo poder originário, instituinte, para mudar. Por isso, a única saída verdadeira e segura para o Brasil é a Intervenção Constitucional que formulará as bases para a transformação e aprimoramento institucional.

É isso que desejamos debater, livremente, no I Congresso do movimento Avança Brasil, em Belo Horizonte, dia 18 de novembro. Precisamos de uma nova Constituição liberal, enxuta e autoaplicável. As leis serão reajustadas a partir da nova Carta. É fundamental o controle direto do cidadão nos poderes republicanos. Temos de radicalizar na transparência total da coisa pública.

É fundamental implantar um Federalismo de verdade é crucial. É imprescindível uma Reforma Política Real. A solução é o voto distrital. Podemos até seguir com a eleição eletrônica (porém com impressão de voto para recontagem). Necessitamos de liberdade para candidaturas independentemente dos partidos. Voto obrigatório é o cacete!

Temos de acabar com a Ditadura do Estado-Ladrão que se finge de Hobin Hood. É urgente rever todo o sistema que atualmente tem mais de 100 impostos, taxas, contribuições, multas, instruções normativas e afins. A reforma tributária seria a base para reduzir a corrupção, pois reduziria a quase zero a necessidade de uma máquina de terror fiscal (a base da corrupção, via propinas e trocas de favores).

Corrupção é conseqüência ?" e não a causa - do modelo Capimunista brasileiro. Por isso é pouco eficaz fingir que combate a corrupção no discurso ou pela mera via judiciária ?" conforme acreditam alguns paladinos da justiça. A corrupção é estrutural e cultural. Não acabe por decreto ou canetada de magistrado. Só um povo consciente pode acabar com ela. Parece que estamos longe disto, porém não estamos.

Vide o movimento espontâneo que viralizou nas redes sociais e o Jornal Nacional da Rede Globo mostrou. As pessoas de bem e honestas existem e são em número maior que o imaginado pelos reles mortais da pretensa intelectualidade tupiniquim. Devagar, devagarinho, como diria o filósofo Zeca Pagodinho, a consciência do brasileiro vai mudando para melhor. Será este povo quem promoverá a Intervenção Constitucional, com o pleno apoio de nossas Forças Armadas.

As mudanças começam com atitudes corretas e conscientes. Por exemplo, em 2018, VAMOS REELEGER NINGUÉM! Isto vai desestruturar o desgoverno do Crime Institucionalizado. O próximo passo ?" já em andamento ?" é pressionar para sabotar, por dentro, a máquina do Estado-Ladrão. Sem pressão honesta, nada muda no Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Pùblico e Forças Armadas...
Herculano
03/11/2017 17:39
O PT e a esquerda do atraso não têm jeito. Quebraram o país e os brasileiros; criticam a compra de votos para salvar o mandato de Michel Temer, PMDB; faltam recursos para saúde, educação, segurança e obras e eles destinam o que tem direito não para atender os pobres, mas para promover política e campanha eleitoral antecipada

EXCLUSIVO: EMENDAS PARA "TV DO LULA" SOMAM QUASE R$ 800 MIL

Conteúdo de O Antagonista.O Antagonista descobriu que, além de Gleisi Hoffmann, destinaram emendas orçamentárias para a TV do Trabalhador, a "TV do Lula", outros quatro parlamentares petistas:

Carlos Zarattini (R$ 100 mil), Paulo Teixeira (R$ 150 mil), Valmir Prascidelli (R$ 100 mil) e Vicentinho (R$ 230 mil).

Os valores do orçamento federal que serão repassados à Fundação Comunicação, Cultura e Trabalho, razão social da TVT, somam R$ 780 mil.

Como mostramos antes, a TVT tem sido largamente usada por Lula para atacar a Lava Jato e para cobrir suas "caravanas eleitorais" pelo país.
Herculano
03/11/2017 13:11
ME ENGANA QUE EU GOSTO, por Eliane Cantanhede, no jornal O Estado de S. Paulo

Luislinda Valois, Lula e Bolsonaro, exemplos de mistificação para tirar vantagem

Políticos vivem de mistificações e muitos deles, ao mesmo tempo em que se colocam como vítimas por serem negros, mulheres, (ex) pobres ou de recantos longínquos do País, usam essas mesmas condições para se fazerem populares e abocanharem privilégios. Ninguém desconhece que o Brasil tem ranços racistas e machistas e que a principal origem de nossas piores mazelas está na desigualdade social, mas usar essa triste realidade para detratar os adversários, de um lado, e obter simpatias e boquinhas, do outro, é ilegítimo e cínico.

A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois (PSDB), é desembargadora aposentada, mulher das leis, mas, quando a lei afeta seus interesses, aí são outros quinhentos. Como mostrou a Coluna do Estadão, ela tentou furar o teto salarial do funcionalismo, de R$ 33,7 mil, e acumular R$ 61,4 mil com aposentadoria e salário de ministra, alegando que a adequação à lei, "sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo". Logo, quis tirar vantagem com a conexão entre sua condição de negra e a escravidão, quando o teto vale (ou deveria valer) para brancos, negros, mulatos, asiáticos...

Curiosamente, não há registro de nenhuma manifestação de Valois contra a portaria do trabalho escravo que mobilizou o País. Se alguém no governo botou a boca no trombone, foi a secretária nacional de Cidadania, Flávia Piovesan ?" aliás, exonerada na quarta-feira pela Casa Civil. Alegação: ela já estava a caminho mesmo de Washington, para representar o Brasil na Comissão de Direitos Humanos da OEA. Ah, bom!

O caso Luislinda Valois remete a um outro personagem que, há décadas, usa a seu favor a imagem de pobre, migrante nordestino, operário e... "de esquerda". Sim, Luiz Inácio Lula da Silva, o inimputável, o que pode tudo, ganhar presentes de empreiteiras, fatiar a propina da Petrobrás, ratear estatais e fundos de pensão entre os "cumpanheiro", jogar as culpas na mulher já falecida, lavar as mãos diante dos erros da pupila feita presidente da República.

Se Valois quis driblar a lei por ser negra e argumentar contra a escravidão (dela, não dos outros), Lula sempre se pôs acima de críticas, de regras e agora da lei porque tem a biografia que tem. E como cuida bem dessa biografia! Em nome dela e da mítica do nordestino pobre e "perseguido pelas elites", ele preferiu aceitar sítio, triplex na praia e apartamento em frente ao seu de presente, em vez de simplesmente comprá-los. Seu dinheiro legal dava e sobrava para isso. Mas perder a aura de pobrezinho? Jamais. Esse é o seu "trunfo".

A mitificação vale também para o presidenciável Jair Bolsonaro, que se faz passar por "militar" até hoje, angariando apoios e simpatias nas bases das Forças Armadas e de saudosistas da ditadura, apesar de estar na reserva do Exército desde 1988, como capitão, estar na política desde 1990, há quase 30 anos, e desfrutar do seu sétimo mandato como deputado federal.

Para se consolidar no segundo lugar das pesquisas e escamotear sua falta de condições para disputar a Presidência, o que ficou chocantemente evidente em suas últimas entrevistas, Bolsonaro se esconde por trás da fantasia de "militar", da mesma forma como Lula usa a de "pobre e do povo", e Valois, a de "negra vítima da escravidão".

São todas mistificações para dourar a realidade ou "enganar um bobo, na casca do ovo". Não um, mas milhões de bobos que não conseguem ver que Lula, o campeão das pesquisas, é réu seis vezes, já condenado uma vez, e deixou de ser pobre há décadas. E que Bolsonaro, o segundo colocado, foi um militar expelido prematuramente da tropa e é um político medíocre, que só sai do anonimato raramente e à custa de bandeiras do atraso. Só não vê quem não quer.
Herculano
03/11/2017 13:07
RESGATE DA HECATOMBE, editorial do jornal O Globo

Vítima do surto nacionalista da aliança entre Lula e Dilma, estatal foi salva pelo impeachment

Há muito o que analisar, debater, inventariar e registrar para a História ?" a fim de que erros não se repitam ?", sobre a devastadora passagem do lulopetismo pelo poder em Brasília. Mais exatamente a partir de 2005, ainda no primeiro mandato de Lula, quando eclodiu o escândalo do mensalão, e o poderoso ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu recebeu um impacto direto do caso, deixou o cargo e abriu espaço para a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, ser ainda mais influente no Planalto. Ela assumiu o lugar de Dirceu, naquele ano, e dividiria com Lula ?" que hoje, em campanha, se esforça para se distanciar da pupila ?" a guinada da política econômica, que iria literalmente quebrar o país e a abalar a Petrobras. Isso, sem desmerecer o peso da corrupção nessa crise, relacionada ao projeto de poder lulopetista e aos anseios de melhoria de padrão de vida de companheiros, Lula à frente. Além de aliados.

A volta de Lula a receitas do velho PT ocorreu no fim do seu segundo mandato, com Dilma atuando de escudeira. A aceleração da crise mundial a partir de fins de 2008 levou à "nova matriz econômica", com sua visão protecionista, de reserva de mercado etc. A confirmação de grandes reservas de petróleo no pré-sal foi usada para justificar um programa "geiselista" de substituição de importações de equipamentos usados na área de exploração como navios, sondas, plataformas.

Coerente com a visão cartorial da economia do velho PT ?" na verdade, no PT de sempre ?", instituiu-se um monopólio estatal na operação nessas áreas, criou-se uma participação compulsória de 30% da estatal em todos os consórcios do pré-sal, enquanto se fixavam índices de nacionalização dos equipamentos inexequíveis, considerando os padrões mínimos de custos e eficiência. Nem mesmo técnicos da estatal deixavam de criticar os índices. Não publicamente, por óbvio.

Essa reserva de mercado, para viabilizar uma indústria de equipamentos usados pelo setor, produziu, como no programa do governo Geisel, aumento de custos, descumprimento de prazos, logo, ineficiência nas empresas forçadas a adquirir esses bens de capital. A Petrobras padeceu dos mesmos problemas ?" como esperado. Outro golpe forte na estatal foi o congelamento dos preços dos combustíveis, para mascarar a inflação deflagrada por Dilma por meio de uma política fiscal desregrada. Sem executar projetos de investimento de forma eficiente, devido à reserva de mercado, sem praticar preços de mercado nos seus produtos e abalada por superfaturamentos absurdos, a fim de bombear dinheiro para a corrupção do petrolão, a Petrobras acumulou prejuízos e viu seu preço de mercado desabar.

O impeachment de Dilma salvou a empresa, que passou a ter gestão profissional, para abater dívidas com a venda de ativos, voltar a tornar atrativos os leilões em áreas do pré-sal e passar a praticar preços relacionados ao mercado internacional. Apenas no ano passado, o valor da estatal subiu 106% ?" indicador seguro do resgate da confiança dos investidores na empresa
Herculano
03/11/2017 13:04
RESGATE DA HECATOMBE, editorial do jornal O Globo

Vítima do surto nacionalista da aliança entre Lula e Dilma, estatal foi salva pelo impeachment

Há muito o que analisar, debater, inventariar e registrar para a História - a fim de que erros não se repitam ?", sobre a devastadora passagem do lulopetismo pelo poder em Brasília. Mais exatamente a partir de 2005, ainda no primeiro mandato de Lula, quando eclodiu o escândalo do mensalão, e o poderoso ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu recebeu um impacto direto do caso, deixou o cargo e abriu espaço para a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, ser ainda mais influente no Planalto. Ela assumiu o lugar de Dirceu, naquele ano, e dividiria com Lula ?" que hoje, em campanha, se esforça para se distanciar da pupila ?" a guinada da política econômica, que iria literalmente quebrar o país e a abalar a Petrobras. Isso, sem desmerecer o peso da corrupção nessa crise, relacionada ao projeto de poder lulopetista e aos anseios de melhoria de padrão de vida de companheiros, Lula à frente. Além de aliados.

A volta de Lula a receitas do velho PT ocorreu no fim do seu segundo mandato, com Dilma atuando de escudeira. A aceleração da crise mundial a partir de fins de 2008 levou à "nova matriz econômica", com sua visão protecionista, de reserva de mercado etc. A confirmação de grandes reservas de petróleo no pré-sal foi usada para justificar um programa "geiselista" de substituição de importações de equipamentos usados na área de exploração como navios, sondas, plataformas.

Coerente com a visão cartorial da economia do velho PT ?" na verdade, no PT de sempre ?", instituiu-se um monopólio estatal na operação nessas áreas, criou-se uma participação compulsória de 30% da estatal em todos os consórcios do pré-sal, enquanto se fixavam índices de nacionalização dos equipamentos inexequíveis, considerando os padrões mínimos de custos e eficiência. Nem mesmo técnicos da estatal deixavam de criticar os índices. Não publicamente, por óbvio.

Essa reserva de mercado, para viabilizar uma indústria de equipamentos usados pelo setor, produziu, como no programa do governo Geisel, aumento de custos, descumprimento de prazos, logo, ineficiência nas empresas forçadas a adquirir esses bens de capital. A Petrobras padeceu dos mesmos problemas ?" como esperado. Outro golpe forte na estatal foi o congelamento dos preços dos combustíveis, para mascarar a inflação deflagrada por Dilma por meio de uma política fiscal desregrada. Sem executar projetos de investimento de forma eficiente, devido à reserva de mercado, sem praticar preços de mercado nos seus produtos e abalada por superfaturamentos absurdos, a fim de bombear dinheiro para a corrupção do petrolão, a Petrobras acumulou prejuízos e viu seu preço de mercado desabar.

O impeachment de Dilma salvou a empresa, que passou a ter gestão profissional, para abater dívidas com a venda de ativos, voltar a tornar atrativos os leilões em áreas do pré-sal e passar a praticar preços relacionados ao mercado internacional. Apenas no ano passado, o valor da estatal subiu 106% - indicador seguro do resgate da confiança dos investidores na empresa
Herculano
03/11/2017 13:03
O PASSEIO CHEFIADO POR MAIA TEM A CARA CAFAJESTE DO BRASIL, por Augusto Nunes, na revista Veja.

Oficialmente, a comitiva liderada por Rodrigo Maia participa de "uma cerimônia no monumento votivo militar brasileiro". Conversa de 171

Nesta quinta-feira, Dia de Finados, os brasileiros comuns estarão visitando o túmulo da família, que frequentemente abriga dez parentes. Enquanto isso, na Itália, dez brasileiros da classe especial estarão caprichando na pose de viúva inconsolável num cemitério em Pistoia que hoje abriga um homem só. É o único soldado da FEB morto na 2ª Guerra Mundial que não foi identificado.

É o único que ficou por lá depois do traslado para o Brasil do último dos mais de 600 pracinhas sepultados na cidade italiana. Todos os anos, o país é representado nessa solenidade pelo embaixador em Roma. Desta vez, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, estará por lá escoltado por nove deputados. Segundo a programação oficial da comitiva, os dez pais-da-pátria estão abrilhantando "uma cerimônia no monumento votivo militar brasileiro". Conversa de 171.

Os turistas com foro privilegiado precisavam de algum pretexto para incluir a Itália no roteiro da missão oficial que começou em Israel no fim de semana e vai terminar em Lisboa no próximo sábado. Ninguém sabe o que os integrantes da excursão fizeram de útil nos cinco dias em que desfrutaram dos confortos do Hotel Rei David, o mais estrelado de Jerusalém e um dos melhores do Oriente Médio.

A diária mais barata cobrada pelo hotel supera os US$ 428 embolsados a cada 24 horas pelos acompanhantes de Rodrigo Maia - que, por ser presidente da Câmara, ganha US$ 550 por dia. Se gastaram tudo no hotel, de onde veio o dinheiro para a comida, a bebida e os deslocamentos urbanos em Israel? O transporte aéreo é grátis. Para eles, porque os pagadores de impostos bancam também o avião da FAB ?" mais precisamente, da frota da FABTur ?" que já na sexta-feira voará para Lisboa levando a bordo a carga de congressistas.

Na capital portuguesa, a comitiva programou dois compromissos: um "encontro com diplomatas", cujos nomes não foram revelados, e "uma palestra", sabe Deus ministrada por quem abe quem dará a palestra. Como ninguém e de ferro, o sábado foi reservado a uma "agenda privada". Tradução: os viajantes poderão gastar nosso dinheiro como e onde quiserem.

Se essas missões oficiais de araque fossem simplesmente abolidas, o Brasil não perderia nada. E ficaria um pouco menos cafajeste
Herculano
03/11/2017 13:00
"NOVENTA E NOVE PONTO NOVE POR CENTO"

Conteúdo de O Antagonista. Luiz Marinho disse que a possibilidade de Lula estar na urna em 2018 é de "noventa e nove ponto nove por cento".

O Estadão perguntou como ele pode ter tanta certeza assim:

"As circunstâncias do processo. Delação premiada não serve para condenar. É uma sentença fadada a ser revisada. Dizer que os tribunais superiores vão confirmar uma sentença dessas é chamar todo o Judiciário brasileiro de esdrúxulo".

Lula sabe que pode contar com o STF.
Herculano
03/11/2017 12:58
A ESCRAVA LUISLINDA, por J.R. Guzo, na revista Veja.

A ministra dos Direitos Humanos, logo ela, quis aproveitar a onda contra o "trabalho escravo" para dobrar o seu salário. Assim também já é demais

Ninguém sabia até algumas horas atrás quem era essa Luislinda Valois, ministra dos Direitos Humanos ?" sim, acredite ou não, existe tal emprego no Brasil Para Todos: "ministro dos Direitos Humanos", com direito a carro chapa branca e todas aquelas outras cerejas no bolo que você conhece tão bem. Luislinda, em condições normais, seria mais um caso de alta autoridade que faz a costumeira viagem do anonimato para o anonimato. Mas a ministra resolveu aparecer ?" e armou um desastre que, a partir de agora, se transforma na história da sua vida. "Luislinda?", vão dizer no futuro os que ainda se lembrarem do caso. "É aquela que queria ganhar 60.000 reais por mês, porque acha que os 33.000 e tantos que está ganhando são tão pouco que caracterizam trabalho escravo."

A ministra queria somar o seu salário de desembargadora na Bahia aos vencimentos que tem à frente o ministério. Não pode, embora seja praticado abertamente de norte a sul em nosso Brasil brasileiro por um monte de gente que manda mais do que ela. Mas há certas coisas que não dá para fazer nem em Brasília. Dizer-se vítima de "trabalho escravo" ganhando mais de 30.000 reais por mês, e pedir que o erário público lhe pague o dobro do que já está pagando, é uma delas.

Não deu certo. Todo o mundo ficou sabendo, porque foi publicado na imprensa, e Luislinda teve de desistir subitamente do requerimento que havia feito. Porque desistiu, se achava que tinha razão? Afinal, ela foi capaz de escrever uma petição com mais de 200 páginas exigindo os seus 60.000. É coisa muito pensada, que levou tempo e deu trabalho para fazer ?" só de pensar na obrigação de ler um negócio desses a pessoa já fica exausta. Se considerava a si mesma tão cheia de razão, tinha de insistir no seu pedido ?" no mínimo, para não incentivar essa turma que, segundo a pregação corrente na praça, quer abolir a abolição da escravatura. Mais: se o governo não iria atender ao seu grito de revolta, ela teria, pelo menos, de pedir demissão do cargo.

Que esperança. Luislinda continua lá, com salário de escrava e tudo, porque no fim das contas é isso o que lhe interessa: ficar. É a atitude clássica do mandarim brasileiro. Se faz alguma coisa escondido e ninguém percebe, beleza. Se ficarem sabendo e der confusão, Suas Excelências caem fora.

O ministério ocupado por Luislinda, em si, já é uma trapaça gigante. Direitos Humanos? Como, num governo que gasta mais de 1 trilhão de reais por ano, não há ninguém para cuidar disso? Precisa de ainda mais gente? É engraçado: quando mais imprestável é alguma coisa no serviço público, maior é a tendência de seus responsáveis se meterem em casos assim. A ministra só é diferente numa coisa, apenas uma, da manada de promotores, procuradores, juízes, desembargadores (ela tem esse cargo, aliás), ministros dos tribunais regionais, superiores e supremos, marajás variados, etc.: quase todos eles violam sem o menor constrangimento a lei do teto salarial e saem ganhando sempre. Luislinda, no fundo, é apenas mais uma prova, agora apresentada de uma forma francamente patética, do mundo de demência em que vivem os altos funcionários deste país. Passam a acreditar, com empenho fanático, que a realidade é aquela que vivem, e que o pagador de impostos tem a obrigação de prover o bem estar que decidem ser indispensável para si próprios. A psiquiatria chama isso de "desordem delusional" - o conjunto de alucinações e crenças psicóticas através das quais o indivíduo nega a realidade ao seu redor e constrói um universo artificial onde tudo existe em função de seu interesse pessoal. É um distúrbio ilusório grave. Parece que não tem cura.
Herculano
03/11/2017 12:56
A MÁQUINA DO TEMPO, por Fernando Gabeira, no jornal O Estado de S. Paulo

O sistema apodrecido nos empurra para a nostalgia militar ou a estrada para a Venezuela

Que período é este em que entramos após a rejeição da segunda denúncia contra Temer? Imagino um remanso político até o fim do ano e entrada em cena da campanha de 2018.

Alguns analistas acham que os políticos se fortaleceram. Outros, que eles descobriram ser possível enfrentar com êxito a opinião pública. Esquecem que estão em confronto com a sociedade, logo, ela enfraqueceu.

O maior golpe nas expectativas positivas veio do Supremo. Há uma pressão contra o foro privilegiado. Ele foi amplificado com a decisão de submeter medidas cautelares contra parlamentares ao Congresso.

Nos três anos de Lava Jato, o Supremo manteve regularidade no seu índice de condenação dos políticos envolvidos: zero. Numa país onde algumas pessoas se colocam acima da Justiça, estamos, na verdade, sujeitos à lei da selva, isto é, à lei do mais forte.

As concessões que Temer fez para se preservar no cargo transformaram o esforço de reduzir os gastos numa tarefa de Sísifo. Os acertos da dívida das empresas com o governo ficaram mais flexíveis. Perda de arrecadação. Os políticos aliados barraram a privatização do Aeroporto de Congonhas.

Se o capital do Estado agoniza no vaivém de cortes e concessões, o capital político de Temer, que já era modesto, foi abalado por dois acordos.

Na primeira denúncia, Temer determinou a abertura de uma reserva mineral na Amazônia. Em outra, amenizou a lei de combate ao trabalho escravo. Ambos são temas passíveis de uma discussão racional. No entanto, o acordo com os ruralistas impunha uma decisão monocrática.

Um Congresso blindado e um presidente que apenas sobrevive no cargo são um peso morto. A semana foi marcada por relatórios indicando o crescimento da violência no País. Não se fala disso. O plano de segurança de Temer não saiu do papel. O tema passa ao largo de todo o universo político. Apenas Jair Bolsonaro trata dele, o que dá a impressão de que suas propostas são as únicas para enfrentar o problema. Naturalmente, os candidatos apresentarão as suas. Mas é evidente que, se não mergulham no tema desde agora, serão menos convincentes.

Nesta ligeira calmaria na política, a vida real não dá trégua. O ministro da Justiça nos colocou, os que vivem no Rio, numa situação delicada. Ele afirma haver conluio entre o governo e o crime organizado e que os comandantes da PM estão no esquema. Segundo Torquato Jardim, nem o governador nem o secretário de Segurança controlam a polícia e isso só mudará depois das eleições de 2018. Ainda estamos em novembro.

A generalização do ministro da Justiça é incorreta. Há bons comandantes e muitos policiais que perdem a vida nas ruas.

É um remanso perigoso este. Ele certamente vai influenciar o período que lhe sucede: as eleições.

A ainda débil retomada econômica e ligeira recuperação do emprego não bastam para evitar a tensão. No front cultural já é uma incômoda realidade, conflitos em torno de temas que poderiam ser tratados racionalmente terminam em insultos.

O próprio Supremo, de quem se espera frieza e serenidade, sobretudo neste momento do País, transmite ao vivo discussões agressivas como a travada por Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso.

São fatores de instabilidade que tornam mais difícil o caminho da mudança, pois contribuem, indiretamente, para a polarização esquerda-direita, como se nos lançassem, na máquina do tempo, ao período da guerra fria. Uma intensa luta ideológica é inevitável. Mas se domina a cena morre com ela a chance de um diagnóstico mais próximo da realidade. E, consequentemente, ressalta fórmulas esgotadas como a do governo militar e a experiência lulopetista.

Para ser coerente com sua tática de negação dos seus crimes, o PT analisa que errou por não ser duro, não ter confrontado os conservadores. Daí a proposta de controlar os meios de comunicação, a ameaça de retaliar procuradores e juízes.

Bolsonaro sonha com a militarização das escolas no Brasil. Apoia-se no melhor rendimento dos colégios militares. E diz que a disciplina é a razão da boa qualidade do ensino. Talvez esteja pensando com os padrões da revolução industrial, do treinamento de trabalhadores fabris. No mundo complexo em que vivemos, a iniciativa, a criatividade são instrumentos de sobrevivência, assim como ser flexível para sobreviver diante da precarização do trabalho.

Isso não significa defender a indisciplina. Apenas afirmar que cada época demanda uma combinação de restrições e liberdades que preparem as pessoas para sobreviver nela.

Se erramos a mão, corremos o risco de formar um exército de desempregados, disciplinados, que se levantam quando entra o professor e cantam o Hino Nacional. Da mesma forma, se usarmos o método Paulo Freire, concebido para ser um instrumento de vanguarda para formar revolucionários, corremos o risco de incendiar a juventude com sonhos sepultados pela História. Esse é apenas um lance da polarização no setor mais importante para alavancar a mudança.

O colapso do sistema político-partidário não deixou pedra sobre pedra. O encastelamento, no fundo, é uma tática do tipo depois de nós, o dilúvio.

No Rio, parte da sociedade não achou o caminho para evitar o que lhe pareciam duas regressões: uma esquerda do século passado ou um mergulho na Idade Média, quando Igreja e Estado se confundiam. Houve um grande número de votos em branco, mas venceu uma das regressões.

Não creio que o Brasil caia na mesma armadilha: de um lado, a nostalgia do governo militar; de outro, a estrada para a Venezuela. Mas é preciso levar em conta que o sistema político apodrecido nos empurra para isso.

O período é favorável para refletir sobre alternativas. Uma corrente mais colada nos fatos pode até perder. Mas é uma chama que não pode se apagar. Um dia, escaparemos da máquina do tempo.
Herculano
03/11/2017 12:54
A GERAÇÃO FRÁGIL: COMO PAIS SUPERPROTERORES CRIARAM FILHOS HIPERSENSÍVEIS INCAPAZES DE VENCER NA VIDA, por Rodrigo Constantino, no Instituto Liberal.

Geração mimimi, ou geração "Metholate que não arde". O fenômeno parece evidente: os millennials não parecem preparados para a vida, pois vivem em bolhas protegidos de tudo, até de ofensas e "microagressões", em "locais seguros" inclusive nas universidades.

Crianças "brincam" em locais cada vez mais controlados, sem "riscos", e com os pais no comando. Policiais são chamados para prender crianças que cortam galhos de árvore, rolam na grama ou tentam vender suco na esquina, sem licença estatal. A paranoia salta aos olhos: perigo, perigo por toda parte! É preciso fechar os pimpolhos numa redoma.

Os efeitos dessa postura superprotetora podem ser observados facilmente. Os jovens de hoje estão hipersensíveis, despreparados para o mundo real, confundindo seus desejos com direitos inalienáveis. Eles estão mimados, em suma.

Jonathan Haidt, autor do excelente The Righteous Mind, que resenhei aqui, escreveu um importante ensaio sobre a "geração frágil" com Lenore Skenazy, para a reason.com. Os autores procuram mostrar como o excesso de zelo com a segurança dos filhos acabou tendo um efeito bumerangue, e hoje eles se encontram mais fragilizados e incapazes de vencer as batalhas da vida. Eles escrevem:

Tivemos as melhores intenções, é claro. Mas os esforços para proteger nossos filhos podem ter ricocheteado. Quando criamos crianças que não estão acostumadas a enfrentar qualquer coisa por conta própria, incluindo riscos, falhas e sentimentos feridos, nossa sociedade e até nossa economia estão ameaçadas. No entanto, as práticas e leis modernas de criação de filhos parecem quase todas concebidas para cultivar essa falta de preparação. Há o medo de que tudo o que as crianças vejam, façam, comam, ouçam e lambam possa machucá-las. E há uma crença mais nova que tem se espalhado através da educação superior de que palavras e ideias podem traumatizar.

O que pode ter levado a isso? Os autores apresentam algumas possibilidades:

A partir da década de 1980, a infância americana mudou. Por uma variedade de razões ?" incluindo mudanças nas normas parentais, novas expectativas acadêmicas, aumento da regulamentação, avanços tecnológicos e, especialmente, um maior medo do sequestro (as crianças desaparecidas em desenhos fizeram sentir como se esse crime extremamente raro fosse desenfreado) ?" os filhos em grande parte perderam a experiência de ter grandes intervalos de tempo sem supervisão para jogar, explorar e resolver conflitos por conta própria. Isso os deixou mais frágeis, mais facilmente ofendidos e mais dependentes de outros. Eles foram ensinados a buscar figuras de autoridade para resolver seus problemas e protegê-los de desconforto, uma condição que os sociólogos chamam de "dependência moral".

E como essa situação pode prejudicar os próprios jovens?

Isso representa uma ameaça para o tipo de abertura e flexibilidade que os jovens precisam para prosperar na faculdade e além. Se eles chegam na escola ou começam carreiras desacostumados a frustração e mal-entendidos, podemos esperar que eles sejam hipersensíveis. E se eles não desenvolvem os recursos para trabalhar através de obstáculos, os montinhos parecem ser montanhas.

Esta ampliação do perigo e da dor é prevalente no campus hoje. Já não importa o que uma pessoa pretendia dizer, ou como um ouvinte razoável interpretaria uma declaração ?" o que importa é se alguém se sente ofendido por isso. Em caso afirmativo, o falante cometeu uma "microagressão", e a reação puramente subjetiva da parte ofendida é uma base suficiente para enviar um email ao reitor ou abrir uma queixa à "equipe de resposta de viés" da universidade. O efeito líquido é que tanto professores como estudantes hoje relatam que estão caminhando em cascas de ovos. Isso interfere no processo de indagação gratuita e debate aberto ?" os ingredientes ativos em uma educação universitária.

A nova geração tem valorizado cada vez menos a Primeira Emenda, que garante a liberdade de expressão, e cada vez mais a "polícia do pensamento", que controla o que cada um pensa e diz para não "ofender" ninguém (a menos, claro, que seja um homem branco heterossexual cristão ou judeu). Os autores resumem o ponto:

Pais e professores estão falando sobre a crescente fragilidade que eles vêem. É difícil evitar a conclusão de que a superproteção das crianças e a hipersensibilidade dos estudantes universitários podem ser dois lados da mesma moeda. Ao tentar tanto proteger nossos filhos, estamos fazendo com que eles fiquem muito seguros para ter sucesso.

Crianças aprendem fazendo, acima de tudo. Como diz o velho ditado, "prepare seu filho para o caminho, não o caminho para seu filho". Os pais de hoje têm ignorado essa importante lição. Os autores depositam suas esperanças nas brincadeiras, mais soltas e livres. É como os demais mamíferos aprendem coisas importantes para eles. Eles dizem:

No jogo livre, idealmente com crianças de idades misturadas, as crianças decidem o que fazer e como fazê-lo. Isso é trabalho em equipe, literalmente. As crianças pequenas querem desesperadamente ser como as crianças maiores [?]. Esta é a base da maturidade.

Um conhecido brincou outro dia: "No meu tempo, perdia aquele que chorasse primeiro diante das provocações; hoje ganha o que chora primeiro!" Ninguém precisa negar os perigos do bullying sistemático e agressivo para reconhecer que a paranoia com qualquer bullying foi longe demais, impedindo os garotos e garotas de criar cascas mais grossas e resistentes para a vida lá fora. Eles concluem:

Ao tentar manter as crianças a salvo de todos os riscos, obstáculos, sentimentos doloridos e medos, nossa cultura tirou as oportunidades que eles precisam para se tornarem adultos bem-sucedidos. Ao tratá-los como uma frágeis ?" emocional, social e fisicamente, a sociedade realmente os faz assim.

É hora de "tocar a real" para a garotada, permitir que vivam um pouco mais a vida, de forma mais solta e, sim "arriscada", pois a alternativa é, além de sufocante, mais perigosa ainda, e vai acabar matando a coisa que mais importa: a liberdade.
Marcelo Poffo
03/11/2017 08:01
Vejo muitos comentários sobre a greve dos servidores, todos têm o direito de se expressarem,corte de gastos tem que ser feito sim, com certeza, mas a maior indignação dos servidores , no caso aqui falo do Samae, e vi o operacional em peso na greve,é a falta de respeito com o servidor e a comunidade,onde antes um servidor efetivo executava a função hoje tem dois ou três comissionados, cabide de emprego fazem (tapeando) ou melhor não fazem, nem que rumo tomar, isso sim é gasto do dinheiro público, é só olhar a lista de comissionados do Samae é uma piada, grande maioria aposentados, comissionados sempre iram existir, mas que existiam por merecimento profissional e não político e dizem para nós ainda eu sou cargo de confiança do prefeito vcs tem que se virar e digo mais pra diz que somos preguiçosos , vem trabalhar um dia ao nosso lado aí vc vai ver do que estou falando
Herculano
03/11/2017 07:49
TEMER PEDE A TORQUATO QUE SILENCIE SOBRE O RIO, por Josias de Souza

Michel Temer conversou com seu amigo Torquato Jardim, ministro da Justiça, nesta quinta-feira (2). Falaram sobre o curto-circuito que eletrificou as relações entre Brasília e Rio de Janeiro depois que o ministro dirigiu críticas cáusticas às autoridades de segurança do Estado supostamente governado por Luiz Fernando Pezão (PMDB). As observações do ministro foram publicadas pelo colunista.

Munido de panos quentes, o presidente encareceu ao ministro que silencie sobre as mazelas do Rio. Temer manifestou o desejo de restaurar a harmonia. E receava que novas críticas do titular da pasta da Justiça melassem o seu esforço para desligar a crise da tomada. Ao relatar a auxiliares o resultado de sua conversa com Torquato, o presidente disse que o ministro assumiu o compromisso de moderar o discurso.

Ficou entendido que a carta de uma hipotética saída do ministro da Esplanada não está, por ora, no baralho de Temer.
Herculano
03/11/2017 07:44
ALGUMAS PRERROGATIVAS DE PROCURADORES SÃO PRIVILÉGIOS ILEGAIS, ARRANCADOS NO BERRO, por Reinaldo Azevedo, no jornal Folha de S. Paulo

A Associação Nacional dos Procuradores da República decidiu recorrer ao STF para impedir que Eduardo Pelella, procurador regional da República e ex-chefe de gabinete de Rodrigo Janot, preste depoimento à CPMI da JBS como testemunha.

Nota: a jurisprudência do tribunal garante mesmo a testemunhas a concessão de um habeas corpus preventivo, hipótese em que o dito-cujo pode ficar calado para não produzir provas contra si mesmo.

Mas calar, para ele, é pouco. Reivindica a condição de quem está acima do Legislativo, que o MPF vem tentando destruir com determinação e método.

Pelella é casado com Débora, assessora de imagem de Edson Fachin, o ministro do STF escolhido relator do caso JBS por Janot, fraudando o princípio do juiz natural. Tanto o rolo não era com ele que declinou do "caso Aécio Neves", mas manteve o "caso Michel Temer", embora este também nada tivesse a ver com a Petrobras. Desculpa: a suposta presença de Eduardo Cunha, réu do petrolão, no imbróglio inventado por Joesley tornaria o ministro o relator natural. Piada!

O pleno do tribunal condescendeu com a heterodoxia, que aconteceu, originalmente e na melhor das hipóteses, sob as barbas, se barbas tivesse, de Cármen Lúcia. Entendo que a transgressão se deu sob o seu patrocínio, não sob sua distração. Cármen era a Tirana de Siracusa escolhida para presidir o Brasil.

O chefe da mulher de Pelella, então subordinado de Janot, é Fachin, que visitou, quando candidato ao STF, gabinetes de senadores em companhia de Ricardo Saud, chefão da JBS, cujos diretores se encontraram com Pelella antes de Joesley gravar o presidente Temer, gravação que é óbvia armação, a exemplo da feita com o senador Aécio Neves, segundo se depreende de mensagens de um grupo de WhatsApp do qual faziam parte os Batistas, Marcelo Miller (outro braço de Janot) e Fernanda Tórtima, irmã, por consideração ("in law", diriam os ingleses), de Roberto Barroso, também ministro do Supremo e entusiasta da punição ao senador; Barroso defendeu a tese, vencida, de que acordo de delação vale mais do que as Tábuas da Lei, a exemplo de Fachin, aquele que, além de desfilar com Saud e depois beneficiá-lo com a homologação de um acordo absurdo, é chefe de Débora, casada com o ex-subordinado de Janot: o tal Pelella, o que se considera acima do Congresso.

"Quadrilha" é o nome de um poema de Carlos Drummond: "João amava Teresa que amava Raimundo / que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili / que não amava ninguém (...)". No fim, a tal Lili acaba se casando com J. Pìnto Fernandes, "que não tinha entrado na história". Dona Zelite, refém do moralismo barato, que é o túmulo da moral, quer saber onde há um J. Pinto Fernandes para romper o impasse criado por sociopatas que insistem em rasgar a Constituição e em jogar no lixo a institucionalidade, seja para cassar corruptos, seja para caçar tarados.

Procurem o artigo da Constituição que garanta ao MPF o papel de polícia em ações penais. Não há.

Procurem o artigo da Constituição que garanta à ANPR o direito de realizar eleições só entre membros do MPF para definir a lista tríplice de onde sai o procurador-geral. Não há.

Procurem o artigo da Lei 12.850 que garanta ao MPF a exclusividade para fazer acordos de delação premiada. Não há.

Procurem o artigo da Constituição ou de qualquer outra lei que permite a procuradores tratar investigados como condenados. Não há.

Procurem o artigo de algum diploma legal que torne um procurador da República imune a uma comissão de inquérito do Congresso. Não há também.

Essa gente toda poderia estar na liderança de um saudável trabalho de saneamento da vida pública, promovendo ações, investigando, punindo - cada um, claro!, segundo o seu papel. Em vez disso, os supostos moralizadores se tornaram promotores e beneficiários do caos. Trata-se de um projeto de poder.

Como num poema de Ascenso Ferreira, a gente poderia perguntar e responder sobre o tal projeto:

"- Pra quê?

- Pra nada!"
Herculano
03/11/2017 07:33
NOVO AVIÃO DE TEMER CUSTA MAIS QUE O AEROLULA, por Cláudio Humberto, na coluna que Cláudio Humberto publicou hoje nos jornais brasileiros

O governo decidiu que viagens internacionais que demandarem mais de duas escalas serão feitas num Boeing 767, de maior autonomia, alugado por três anos pela Força Aérea Brasileira, em julho de 2016. Custo: US$ 19,8 milhões (cerca de R$71 milhões), em quatro parcelas. Lula, aproveitando na popularidade do 1º mandato, bancou US$ 56,7 milhões (R$ 167 milhões no câmbio da época, que corrigidos dariam R$ 360 milhões hoje), e comprou uma versão executiva do Airbus-319.

TANQUE MILIONÁRIO
Os gastos para encher o tanque do 767-300ER, que comporta 92 mil litros de querosene de aviação, variam entre R$ 600 mil e R$ 1 milhão.

NÃO TEM 15 ANOS
O Airbus, conhecido como Air Force 51 ou AeroLula, começou a operar 0km em 2005 pelo GTE (Grupo de Transporte Especial) da FAB.

MAIOR E MAIS LONGE
O Boeing 767 alugado pela FAB transporta mais de 250 pessoas, o Airbus, 57. A autonomia do 767 é 30% maior que a do Aerolula.

IRONIA
Apesar de o Brasil ser o lar da Embraer, curiosamente ambos os aviões que atendem ao presidente da República são fabricados no exterior.

CÂMARA ARTICULA 'FERIADÃO' DE 10 DIAS A DEPUTADOS
A menos de 45 dias do recesso de fim de ano, quando para por quase 60 dias, a Câmara dos Deputados marcou sessões entre os dias 6 e 10, todos os dias da próxima semana. Mas não é choque de gestão, é pura embromação: as sessões servirão para "adiantar" o trabalho e possibilitar dez dias de folga, uma vez que o feriado do dia 15 cai na quarta-feira. Na prática, a Câmara vai parar entre 11 e 21 de novembro.

SESSÕES EXTRAS, MAS NEM TANTO
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, convocou sessões para a tarde de segunda-feira (6) e a manhã de sexta (10).

SEM AGENDA
Não há na agenda oficial da Câmara dos Deputados uma única sessão, reunião ou audiência, entre os dias 12 e 17 próximos.

TUDO IGUAL
No Senado a perspectiva do feriadão é a mesma da Câmara, mas ainda não publicou oficialmente a agenda da semana da provável folga.

ATERRORIZANTE É POUCO
O ministro Torquato Jardim (Justiça) colocou o dedo da ferida. O crime não chegaria onde chegou, no Rio, segundo importante jurista, sem a complacência policial, à custa de sociedade com os marginais.

PARTIDOS VÃO ENCOLHER
Experiente, ex-deputado e ex-governador do Rio, o ministro Moreira Franco (Secretaria de Governo) não tem dúvida: em 2018, os maiores partidos elegerão entre 50 e 55 deputados federais, no máximo.

O SEU, O NOSSO
Na Câmara, nesta quarta (1º), não passaram de 78 os deputados presentes na sessão, e um terço deles discursou. Mas o custo diário da Câmara com salários mantém-se firme: R$11,8 milhões. Por dia.

PIAUÍ NA BOLSA
No Piauí, 16,65% da população são beneficiados pelo programa Bolsa Família. São 530 mil numa população de cerca de 3,2 milhões. A Bahia tem a maior população atendida, em números absolutos: 2,1 milhões.

FORA PLC 28
No site Vote na Web, onde se avalia a qualidade dos projetos de lei em trâmite no Congresso, o lamentável PLC-28, que regulamenta aplicativos tipo Uber e Cabify, é rejeitado por 86% dos votantes.

REPRODUÇÃO IMPARÁVEL
Em 30 de agosto, o IBGE anunciou que o Brasil passou dos 207,6 milhões de habitantes. Em 1º de novembro, pulou para 208,19 milhões. Segundo o instituto, nasce um brasileiro a cada 21 segundos.

CONCURSO PARA O STF
Demorou mais de seis meses para atingir 70 mil assinaturas um abaixo-assinado que pede concurso público para ocupar o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.

ENDURECEU
Enquete do site Diário do Poder indagou sobre a proposta para ampliar de 3 para 10 anos o período máximo de internação de criminosos "dimenor": 49% concordam. Outros 38% pedem penas mais duras.

PENSANDO BEM...
...com maioria dos presos acima dos 45 anos, a Lava Jato poderia lhes dar um presente, no Novembro Azul: exame na próstata para todos
Herculano
03/11/2017 07:24
A MINISTRA SEM NOÇÃO, por Bernardo Mello Franco, no jornal Folha de S. Paulo

Existem os ministros insensatos, existem os ministros sem noção e existe a ministra Luislinda Valois. Titular dos Direitos Humanos, ela apresentou um pedido inusitado. Queria furar a regra do teto constitucional para acumular vencimentos e receber R$ 61,4 mil por mês.

Como ex-desembargadora, Luislinda tem direito a uma aposentadoria de R$ 30,4 mil brutos, paga pelo Tribunal de Justiça da Bahia. O cargo que ela ocupa no governo oferece salário de R$ 30,9 mil brutos.

A Constituição estabelece que nenhum servidor pode receber mais do que o subsídio dos ministros do Supremo. Por isso, o contracheque da ministra é mordido pelo chamado abate-teto. Nos últimos meses, o desconto foi de R$ 27,6 mil.

Somando a fatia intocada do salário à generosa aposentadoria do Judiciário, Luislinda ainda recebe R$ 33,7 mil brutos. É o suficiente para garantir seu lugar no topo da pirâmide social brasileira. Segundo a PNAD, o rendimento médio domiciliar no país é de R$ 1.226.

Mesmo assim, a ministra se considera desafortunada. No requerimento revelado pelo jornal "O Estado de S. Paulo", ela se queixou do corte e afirmou que sua situação "se assemelha ao trabalho escravo".

Filiada ao PSDB, Luislinda passou o Dia de Finados tentando defender o indefensável. "O Brasil está sendo justo comigo?", questionou à Rádio Gaúcha. "Como é que eu vou comer? Como é que vou beber? Como é que vou calçar?", prosseguiu, em protesto contra o abate-teto.

À CBN a tucana argumentou que é obrigada a "se apresentar trajada dignamente". "É cabelo, é maquiagem, é perfume, é roupa, é sapato, é alimentação. Se eu não me alimentar, eu vou adoecer e aí vou dar trabalho para o Estado", disse.

Num governo insensível às minorias, a ministra dos Direitos Humanos era criticada por permanecer quase todo o tempo em silêncio. Pelo que se ouviu no feriado, seria melhor que ela continuasse assim
Herculano
03/11/2017 07:20
LUIZLINDA QUERIA ESCRAVIZAR CONTRIBUINTE BRASILEIRO, por Josias de Souza

Responsável pela pasta dos Direitos Humanos, a ministra Luislinda Valois não se revelou uma campeã das causas dos fracos e oprimidos. Mas assimilou rapidamente os maus hábitos dos poderosos. O Estadão conta que Luislinda escreveu 207 páginas para defender o seu direito de receber dois contracheques: o de ministra e o de desembargadora aposentada. Coisa de R$ 61 mil. Pela lei, nenhum servidor pode receber além do teto de R$ 33.700. Mas Luislinda quer furar o teto.

Filiada ao PSDB, Luislinda anotou no seu documento que "se assemelha ao trabalho escravo" o teto que limita seu salário a R$ 33.700 ?"noves fora o cartão coporativo, a moradia funcional, o carro oficial, o jato da FAB e outras mordomias. Ganha uma biografia de Zumbi dos Palmares quem for capaz de citar uma frase de Luislinda contra a portaria editada pelo governo para dificultar o combate ao trabalho escravo.

Alguém poderia cantarolar para Luislinda um trecho da música Maria Moita, de Carlos Lyra. Diz a letra: "Vou pedir ao meu Babalorixá / Pra fazer uma oração pra Xangô / Pra pôr pra trabalhar / Gente que nunca trabalhou." Contaminada pelo refrão, Luislinda talvez não volte nunca mais a tentar escravizar o contribuinte brasileiro, que não merece ser acorrentado aos seus privilégios.
Chico X Chico
03/11/2017 07:19
Não será proposital as licenças dos vereadores,Chico Anhaia e Chico Hostins,lideres do PMDB e do Governo.Como defenderiam o projeto que tira direitos dos servidores e o projeto da mudança no transito.Os eleitores dos seus redutos eleitorais não estão nada satisfeitos.Os covardes se escondem!
Herculano
03/11/2017 07:17
PM NA BERLINDA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Uma declaração infeliz do ministro Torquato Jardim, da Justiça, provocou turbulência desnecessária nas relações entre os governos federal e do Estado do Rio.

Em entrevista ao blog de Josias de Souza, hospedado no UOL, o ministro aventurou-se a apontar um conluio geral entre a Polícia Militar fluminense e o crime organizado ?"do qual "comandantes de batalhão", não especificados, seriam sócios.

Acusou a administração estadual, ademais, de não ter comando sobre a PM; o problema, disse, só será resolvido após a eleição de um novo governador.

Tais ataques refletem, sem dúvida, conflitos acumulados ao longo de sucessivas intervenções da União na tentativa de atenuar a calamitosa situação da segurança pública do Rio de Janeiro, envolvendo o Exército e a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), esta vinculada à pasta da Justiça.

Os militares não fazem segredo de sua aversão à tarefa. E com razão: além de não serem treinadas para as funções de policiamento, as tropas ficam sujeitas ao risco de contaminação no contato com o mundo do narcotráfico.

Mais talhada para missões de emergência, a FNSP mantém centenas de homens no Estado, por mais tempo do que seria recomendável e com resultados efêmeros.

À fala de Torquato Jardim seguiram-se reações veementes de autoridades fluminenses, incluindo o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que anunciou a intenção de interpelar o ministro na Justiça.

Ora, é evidente que ninguém, muito menos um servidor público de primeiro escalão, pode fazer acusações tão graves sem dispor de provas que as sustentem.

Mas, se não deve ser tratada de modo tão genérico e ligeiro, a corrupção na PM do Rio constitui fato mais que notório ?"para além do filme "Tropa de Elite", lançado dez anos atrás, há fartura de episódios de policiais presos ou investigados por envolvimento com criminosos.

Muito da repercussão da entrevista se deve, decerto, à verossimilhança do relato. Se o ministro dispõe de informações de serviços de inteligência, como indica, não pode limitar-se às palavras
Herculano
03/11/2017 07:13
SEXTA-FEIRA PARA TESTAR A DEPENDÊNCIA DA COMUNICAÇÃO NO MUNDO DIGITAL. O WHATSAPP ESTÁ FORA DO AR NÃO APENAS NO BRASIL, MAS NO MUNDO
Roberto Sombrio
02/11/2017 21:49
Oi, Herculano.

Essa realmente é bem para o dia de finados.
O finado povo brasileiro.

A tal ministra LUISLINDA VALOIS, ou seria VALENADA, pois como ministra parece que não vale nada, reclama do seu salário. Então sai. Ninguém precisa da senhora como ministra, talvez só o governo sujo que abanca ladrões e corruptos. Foi fazer o que lá? Pelo Brasil tenho certeza que nada.

Se vestir com dignidade Ministra? Para mim um molambento de rua é mais digno do que a senhora.

Usar maquiagem para esconder sua cara azeda? Pendure na cabeça um quadro do PICASSO e tudo ficará mais colorido.

É preciso acabar com essa corja, mudando essa Constituição lixo que permite essa bandalheira.

Kleluir Saitowisky
02/11/2017 21:14
Respeitável Colunista


O senhor sabe qual motivo a maioria da imprensa falada, escrita e até televisionada não fala, não denúncia os erros administração de Gaspar? Não fazem perguntas, não questionam o óbvio, enfim são coniventes.
Porque: são espertalhões, veja a filha de dono de "radia", empresário de ataque, sua filha trabalha no PROCON a esposa de um âncora da "EFE EME" tem sua esposa empregada numa secretaria de obras.
A escrita, algumas Diga - se de passagem tem lá os seus privilégios.

Não fosse o senhor tocar o dedo na ferida, doa a quem doer, estaríamos desinformados e tudo iria silenciosamente pra debaixo do tapete.
E dá - lhe velho PMDB.
Sidnei Luis Reinert
02/11/2017 21:04

Artigo no Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Antônio José Ribas Paiva

Todas as ideologias são instrumentos de dominação.

A chamada ideologia de gênero não é diferente. É INSTRUMENTO DE DOMINAÇÃO da NOVA ORDEM MUNDIAL, para dividir e dominar as nações, explorando as diferenças e impondo a vontade e os hábitos das minorias.

Invertendo os valores sociais a NOM tenta esgarçar o tecido social, para ACABAR COM AS NAÇÕES e dominar a humanidade.

Essa tal Judith é apenas uma arma de ataque da NOM, suas idéias são desprovidas de conteúdo. Ela tenta subverter a verdade, apresentando um problema como solução.

As minorias devem conquistar o respeito da sociedade respeitando a normalidade e os hábitos da maioria, nunca impondo os seus hábitos.

A chamada NOM nada tem de nova, sempre existiu, é a expressão do mal, que procura escravizar a humanidade, por todos os meios, impondo a degradação moral, para destruir a criação.

Judith BUTLER não seria nada pelas suas ideias, não tivesse o suporte da NOM, de quem é escrava e instrumento.

É nosso dever repudiar os maus exemplos, para defender o Bem e combater o mal.

A tal ideologia de gênero é corrupção da infância, ato típico da lei penal, que deve ser punido como tal. É tão hedionda como a pedofilia e a prostituição infantil.

Esse crime contra a infância, como tantos outros, é incentivado pelo governo do crime, que nos escraviza, porque os governantes são meros agentes da NOVA ORDEM MUNDIAL.

FORA a DITADURA DO CRIME!

VIVA A INTERVENÇÃO INSTITUCIONAL!!!


Antônio José Ribas Paiva, Jurista, é presidente do Nacional Club.
LÉO
02/11/2017 18:04
RADIO CORREDOR DA POLICLÍNICA.NA SEGUNDA FEIRA,VÉSPERA DA NOSSA GREVE. TEVE UMA ELEIÇÃO DO CONSELHO DE SAÚDE DA POLICLÍNICA.O SINTRASPUG. ESTAVA CONCORRENDO A UMA VAGA.NA CONTAGEM DE VOTOS .ESTAVA EMPATADO.FALTAVA O DIRETOR ADMINISTRATIVO DE SAÚDE VOTAR. QUE TINHA RECEBIDO A ORDEM DO GOVERNO E DA SECRETÁRIA DE SAÚDE.PARA VOTAR CONTRA O SINTRASPUG. MAIS ELE VOTOU CONTRA O GOVERN? E A FAVOR DO SINTRASPUG, QUE FOI ELEITO PRESIDENTE .PARA A NOSSA ALEGRIA .O DIRETOR ADMINISTRATIVO DE SAÚDE TEVE MUITA CORAGEM. ATÉ QUE FIM TEM UM DIRETOR NA SECRETARIA DE SAÚDE, A FAVOR DOS SERVIDORES.
Herculano
02/11/2017 16:49
VAI FICAR ASSIM MESMO? GOVERNO FROUXO. MINISTRA CARA DE PAU SE AGARRA AO PODER DESISTE DE PEDIR SALÁRIO DE R$61 MIL

Conteúdo da Coluna Estadão, no jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Andreza Matais com Naira Trindade.

A assessoria de imprensa do Ministério dos Direitos Humanos informou nesta quinta-feira, 2, que a ministra Luislinda Valois vai desistir do pedido que fez ao governo para acumular o seu salário com o de desembargadora aposentada, o que lhe garantiria vencimento bruto de R$ 61,4 mil. A desistência ocorreu após a Coluna do Estadão revelar o pedido feito pela ministra à Casa Civil.

No documento, de 207 páginas, Luislinda reclama que, por causa do teto constitucional, só pode ficar com R$ 33,7 mil do total das rendas. A ministra diz que essa situação, "sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo, o que também é rejeitado, peremptoriamente, pela legislação brasileira desde os idos de 1888 com a Lei da Abolição da Escravatura".

"Considerando o documento sobre a situação remuneratória da ministra Luislinda Valois, o Ministério informa que já foi formulado um requerimento de desistência e arquivamento da solicitação."

Luislinda justifica no documento que, por causa da regra do abate-teto, pela qual nenhum servidor ganha mais do que um ministro do Supremo, seu salário de ministra cai para R$ 3.292 brutos. O de desembargadora, de R$ 30.471,10, é preservado.

Em entrevista na manhã de hoje à Coluna, a ministra disse que é seu direito receber o valor integral para trabalhar como ministra porque o cargo lhe impõe custos como se "vestir com dignidade" e "usar maquiagem". Ela não se arrepende de ter comparado seu caso ao trabalho escravo. "Todo mundo sabe que quem trabalha sem receber é escravo", diz.

Consultado, o Palácio do Planalto não se manifestou sobre o assunto até a publicação da notícia.
Ana Amélia que não é Lemos
02/11/2017 15:43
Sr. Herculano:

Tem uma rapaziada que comenta no Blog do Políbio,
hoje achei esta do Mardição sobre o que falou o Ministro da Justiça Torquatro Jardim.

"Mardição disse...

Tá na hora de colocar o BOLSONARO na presidência. Ele acaba com essa anarquia no Rio e no resto do país antes do sol raiar.
JAIR BOLSONARO 2018."

Como esse mundo é pequeno!
Mariazinha Beata
02/11/2017 15:36
Seu Herculano;

O que o Vereador Cícero Amaro tem em comum com a Ministra Luislinda Valois?
Acertei na moscar se disser, ganância?

E quanto a troca na Cãmara, espero que nenhum vereador tenha a postura do Petry do Belchior.
Que além de tudo nem cabo eleitoral soube ser.
Bye, bye!
Despetralhado
02/11/2017 15:24
Oi, Herculano

ABORRECIDO COM TORQUATO, TEMER SE FAZ DE MORTO, por Josias de Souza.
Às 06:20hs.


O governo federal ainda não interveio no Rio porque o Temer quer Bolsonaro para presidente.
Paty Farias
02/11/2017 15:12
Sr. Herculano:

Notícia nojenta no blog do Políbio:

"O ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, disse que encontrou 17 mil políticos brasileiros usando indevidamente o Bolsa Família.

Eram vereadores, prefeitos, vice-prefeitos, secretários, dirigentes partidários.

Herança dos governos lulopetistas.

Eram todos eleitores ou cabos eleitorais do lulopetismo.

Osmar Terra acabou com todos eles."

Como dizia o terrorista, assassino, esquerdopata Ernesto "Che" Guevara: "el paredon".

Jair Messias Bolsonaro vem aí para colocar o lixo lulista no seu devido lugar.
Sujiru Fuji
02/11/2017 14:36
"MINISTRA CITA ESCRAVIDÃO E PEDE AO GOVERNO SALÁRIO DE R$ 61 MIL

Conteúdo da coluna Estadão, de Andreza Matais, no jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Naira Trindade".
Às 08:33hs.

Bota no meio fio, Temer!!!
Sidnei Luis Reinert
02/11/2017 12:15
Torquato tem que dar nome aos bandidos


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Torquato Jardim se transformou em um dos maiores cabos eleitorais da candidatura presidencial de Jair Bolsonaro. O sincericídio do Ministro da Justiça reforçou a tese de que o Crime Institucionalizado precisa ser banido do Brasil, justamente porque roubalheira e a violência são promovidas por agentes estatais que deveriam garantir a Segurança e impedir a impunidade. O momento brasileiro exige tolerância zero com a corrupção generalizada e sistêmica.

Depois que promoveu uma completa desmoralização retórica do governo do Estado do Rio de Janeiro, Torquato tem o dever moral e funcional de dar nomes aos bandidos a quem tem feito, insistentemente, referência. Além de ajudar a legitimar o discurso do Bolsonaro, Torquato ainda corre o risco de incorrer em crime ao não revelar tudo que sabe sobre os corruptos fluminenses. Se ele fala com tanta propriedade, é que porque a Polícia Federal, sua subordinada, lhe contou. Torquato tem que denunciar tudo ao Ministério Público e cobrar que o judiciário puna os canalhas.

Lamentavelmente, parece que o ministro da Justiça não está contando tudo que sabe. A importância e dever funcional de seu cargo não permitem, legalmente, que cometa o crime de omissão. É inaceitável que ele continue fazendo críticas genéricas, sem apontar o dedo para os bandidos na máquina publicado desgoverno do Estado do Rio de Janeiro. O ministro desafia as autoridades fluminenses a provarem que ele está errado sobre as conexões entre comandantes da Polícia Militar e (o que ele chama, incorretamente) de "Crime Organizado" (na verdade o narcotráfico, agora comandado também por milícias chefiadas por policiais).

A desculpa de Torquato Jardim em uma entrevista ao jornal O Globo é esfarrapada: "Não é questão de apontar nomes. Isso é secundário. No mapa eleitoral do Rio de Janeiro, você tem cerca de 840 zonas mais perigosas onde moram um milhão de cariocas. Pelos dados oficiais, você sabe quem são os mais bem votados. E isto está sendo estudado pelo TSE, com a participação do Ministério da Justiça, do Gabinete de Segurança Institucional, da Defesa, da Agência Brasileira de Inteligência e da Polícia Federal".

Resumindo: Não é só Torquato quem deve esplicações. Outras autoridades por ele citadas também não podem ficar em silêncio ou, pior ainda, não agirem com eficácia e prontidão contra o Crime Institucionalizado. Se Torquato continuar causando tanta confusão, terminará colaborando para eleger Jair Bolsonaro no primeiro turno. Será que o chefe dele, Michel Temer, está querendo isto?
Miguel José Teixeira
02/11/2017 10:45
Senhores,

Desejo sucesso ao Jovem Edil Wellington Carlos Laurentino em sua breve vereança.
Espero que ao final, possamos falar:
"enquanto os vereadores cochilavam, o Lelo Piava..."

Sobre a nota "Coerências", fica evidente a incoerência de nossos representantes. Agem conforme o movimento de suas lombrigas.

No entanto, o eleitor/contribuinte pode e deve ser coerente: NÃO REELEJA!!!
Herculano
02/11/2017 08:49
NATURALMENTE BELA, ESTÁ NO MESMO CAMINHO DA VIOLÊNCIA COMO O RIO DE JANEIRO SOB A COMPLACÊNCIA DAS AUTORIDADES E DA SOCIEDADE QUE A IMPULSIONA COM AS DROGAS

MANCHETE NO JORNAL FOLHA DE S.PAULO AQUI A OUTRA CÚMPLICE, A IMPRENSA, ESCONDE: FLORIANóPOLIS VIVE EXPLOSÃO DE MORTES VIOLENTAS EM 2017

Texto de Juliana Sayuri. O ano de 2017 começou com um tiro. Na noite de Réveillon, a instrutora de ioga Daniela Scotto, 38, foi atingida ao entrar, por engano, na comunidade do Papaquara, no norte de Florianópolis. Foi um "desvio" do destino: o aplicativo de celular indicara o caminho para a turista gaúcha e sua família, a bordo de um veículo, que foram parar na rua Servidão Braulina Machado.

Era o lugar errado, na hora errada. Antes das 2h de 1º de janeiro, Daniela não resistiu ao tiro e morreu, marcando o primeiro degrau da escalada de violência que se desenrolou ao longo deste ano na capital catarinense.

Até abril foram registradas 75 mortes violentas. Em fins de setembro, segundo os dados mais atuais da gerência de estatística e análise criminal da Secretaria de Segurança Pública do Estado, o número saltou para 127, recorde histórico para a ilha.

Quinze anos atrás, em 2002, Florianópolis registrou apenas 8 crimes violentos. Até 22 de setembro, a cidade somou, em 2017, 106 homicídios, seis latrocínios, cinco lesões corporais seguidas de morte e dez óbitos em confrontos policiais.

Num fenômeno de violência inédita, a ilha assistiu a crimes como um assassinato diante do Mercado Público, no centro, além de tiroteios à luz do dia e toques de recolher.

Os crimes se concentraram nos Ingleses (bairro no norte da ilha que abriga a favela do Siri) e no Monte Cristo (área continental que reúne as comunidades Chico Mendes e Novo Horizonte, epicentro das disputas entre facções, fazendo jus ao novo apelido: "Faixa de Gaza").

Capital com o melhor índice de desenvolvimento humano do Brasil, destino turístico e polo de inovação tecnológica, Florianópolis é conhecida como "ilha da magia".

Emoldurada por mares cristalinos e morros, é uma cidade de autoestima elevada, assim como o Rio, a "cidade maravilhosa". Mas, assim como a capital fluminense, a chamada ilha de Santa Catarina atravessa uma grave crise de segurança pública.

ATAQUES

Em fins de agosto, a capital e outras 30 cidades catarinenses viveram cinco noites consecutivas de atentados, incluindo tiros, incêndios e bombas contra delegacias.

No dia 1º de setembro, o Estado divulgou números "que impressionam", diz a nota: foram feitas mais de 17 mil prisões e apreensões em 2017, num total de 45,1 toneladas de maconha, 9,7 toneladas de cocaína, cerca de 230 mil pedras de crack e 2.532 armas, além de 5.150 ocorrências relacionadas a tráfico de drogas.

Duas tramas se desenrolam neste contexto. Por um lado, a disputa entre duas facções, o PGC (Primeiro Grupo Catarinense) e o paulista PCC (Primeiro Comando da Capital). Por outro, o "revide" de facções por situações que consideram "injustas" dentro do sistema prisional e de repressão nas ruas.

O delegado Antônio Cláudio Seixas Jóca, 43, da Draco (Divisão de Repressão ao Crime Organizado), liderou o cumprimento de 112 mandados de prisão em sete cidades em abril. Foi a maior ofensiva contra a facção "de São Paulo" que tentava se instalar em Santa Catarina ?"oficialmente, a Polícia Civil não dá nome a elas.

À frente de investigações para monitorar suspeitos, Jóca afirmou que a quadrilha paulista foi freada. "Eles estão esparsos agora. Dos 250 indivíduos, 200 estão presos. Restaram poucos nas ruas."

Mas, se antes Santa Catarina tinha índices de fazer inveja, pela primeira vez o Estado perdeu a liderança no ranking: segundo o último Atlas da Violência, feito por Ipea e Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Santa Catarina registrou mais assassinatos que São Paulo: a cada 100 mil habitantes, houve 14 mortes, ante 12,2 em São Paulo, a menor marca do país.

UTOPIA

"Florianópolis atravessa fenômenos similares aos enfrentados por Rio e São Paulo nos anos 1980", disse o historiador Reinaldo Lindolfo Lohn, 46, da Universidade do Estado de Santa Catarina.

"Ao mesmo tempo em que é divulgada como polo turístico, uma utopia urbana de classe média e alta nos moldes de Jurerê Internacional, Florianópolis é uma cidade litorânea, um mini Rio, cercada por periferias, uma mini São Paulo", afirmou o autor de "Artífices do Futuro" (ed. Insular, 2016).

"A segregação sociourbana e o poder público ineficiente abriram brechas para a instalação do mercado de drogas. É como outras cidades marcadas por informalidade econômica, interesses políticos e tráfico, que explodem na forma de violência."

O historiador Camilo Buss Araújo, 36, do Colégio Aplicação da UFSC (federal de Santa Catarina) diagnostica uma falta de investigações científicas sobre segurança pública.

"Há uma tendência de construir narrativas sobre Florianópolis como um paraíso místico, sem comprovação empírica", afirmou.

"Hoje Florianópolis é uma cidade violenta. Tem assalto, estupro, sequestro relâmpago, tem tudo. Mas há áreas mais perigosas que outras. Andar no Leblon é diferente de andar na zona oeste carioca e, na mesma linha, andar na beira-mar norte florianopolitana é diferente de andar no Chico Mendes. Há quem pense que o Rio é a cidade mais perigosa do mundo e Florianópolis é a mais tranquila. É um erro duplo."
Herculano
02/11/2017 08:41
INVESTIGAÇÕES EM CURSO, por Merval Pereira, no jornal O Globo

Se causaram rebuliço entre políticos e autoridades estaduais, as declarações do ministro da Justiça, Torquato Jardim, sobre a contaminação política do crime organizado nas forças policiais não surpreenderam os cariocas e os que acompanham a situação da segurança pública no Rio.

Os políticos que saíram em defesa das corporações o fizeram corretamente para evitar generalizações, mas eles certamente sabem o que acontece em setores da segurança do estado. Essa promiscuidade não é inerente às forças policiais do Rio, mas acontece em todos os lugares em que o combate ao crime organizado está em andamento.

A célebre história do policial Sérpico, em Nova York, que ajudou a desbaratar quadrilhas de criminosos que atuavam dentro da polícia nova-iorquina, transformada em filme de sucesso com Al Pacino, foi lembrada ontem pelo deputado Miro Teixeira.

O que milhões de pessoas viram nos filmes "Tropa de Elite", 1 e 2, citados pelo ministro Torquato Jardim como situações que voltamos a viver no Rio depois de um breve intervalo em que as Unidades Pacificadoras funcionaram, era ficção baseada na realidade.

A Força-Tarefa que foi criada recentemente pela Procuradoria-Geral da República, a pedido do ministro da Defesa, Raul Jungmann, tornou-se necessária justamente devido à situação específica do Rio, em que a corrupção política abriu caminho para a atuação do crime organizado dos traficantes e dos milicianos.

Os precedentes de sucesso no Acre e, sobretudo, no Espírito Santo, estados que já estiveram dominados pelo crime organizado comandado pela classe política, mostram que a criação de uma Força-Tarefa para combater o crime organizado, sem prazo determinado, com uma visão de longo prazo e sem estar atrelada a mandatos governamentais, é o melhor caminho para restabelecer a supremacia da lei no Estado do Rio.

Como já escrevi aqui, a criação dessa força-tarefa, reunindo equipes do Ministério Público Federal, da Justiça Federal, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, surgiu do diagnóstico das forças de segurança de que o estado foi capturado pela corrupção e pela criminalidade, ambos se cruzando.

Temos cerca de um milhão de pessoas no Rio de Janeiro vivendo em um estado de exceção, sob o controle de bandidos, milicianos ou traficantes. Quem tem esse controle sobre o território tem o controle político, é capaz de direcionar votos, de eleger seus representantes, fazer seus aliados, que se encontram na Câmara Municipal, na Assembleia Legislativa e mesmo no Congresso Nacional.

Isso significa que são capazes de colocar seus prepostos dentro do aparato de segurança. No Rio de Janeiro, alguém dessa ligação pode indicar um chefe de batalhão, um delegado e assim por diante. Essa prática, comum no estado, em algum momento voltou, e a captura de postos-chaves no aparato de segurança por indicações políticas acabou sendo uma realidade novamente no governo estadual, envolvido profundamente na corrupção e na proteção de quadrilhas, segundo diagnóstico original dos serviços de inteligência.

Sempre que as Forças Armadas são chamadas a intervir no Rio, devido ao recrudescimento da ação dos bandidos, há um desconforto que não é explicitado formalmente na relação com as polícias locais. Não é possível generalizar, e esse certamente foi um erro do ministro Torquato Jardim, mas a citação de que ações sigilosas vazam com frequência é de conhecimento de todos dentro dos setores de segurança.

Tanto que a Força-Tarefa recém-criada é federal, terá a participação das polícias do Rio em posição secundária. O Rio necessita de uma força-tarefa federal para dar conta, sobretudo, de um estado paralelo, classificado pelas análises dos serviços de informação como "capturado pelo crime organizado".

Foi a partir das informações dos serviços de inteligência do Exército e da Polícia Federal que o ministro Torquato Jardim soltou informações importantes sobre a segurança pública no Rio, e não foi à toa o que disse. A hipótese mais provável é que ele tenha falado para fazer andar as investigações, que estariam paradas por pressões políticas.

O improvável é que ele tenha sido leviano, o que falou, primeiro para o blog de Josias de Souza, depois para O GLOBO, foi com base em investigações que estão sendo feitas no Rio desde a intervenção das Forças Armadas. Não adianta o governo do estado nem a PM reclamarem; o sistema de inteligência do Exército está atuando. O ministro sabe certamente o nome dos políticos que estariam envolvidos nesse conluio, e os indícios das investigações levaram às suas declarações. E certamente levarão a ações concretas de repressão.
Herculano
02/11/2017 08:39
TV POR ASSINATURA TEM MENU RUIM COM PREÇO GOUMERT, por Maria Inês Dolci, no jornal Folha de S. Paulo

De acordo com os números mais recentes, 18,6 milhões de brasileiros têm TV por assinatura. É pouco, evidentemente, para uma população de 208 milhões de habitantes. Estima-se que seja necessário gastar 12% do salário médio para bancar as mensalidades dos pacotes de TV paga.

Há muitas razões para que milhares de assinantes desistam deste serviço, que deveria proporcionar diversão de alta qualidade.

Nos últimos anos, as operadoras têm nos empurrado para os combos - pacotes com TV, telefone fixo e acesso à banda larga -, por meio da cobrança de pesadas taxas para contratar estes serviços individualmente.

Por que o boleto da TV paga é tão caro? Primeiramente, porque somos espoliados pelo Estado perdulário e incompetente, em todo o Brasil. No ano passado, os consumidores pagaram R$ 64 bilhões em tributos sobre serviços de telecomunicações.

O tributo mais pesado é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que vai para os cofres dos estados.

A situação do consumidor fica ainda pior porque o nível da programação da TV paga caiu muito nos últimos anos, principalmente dos filmes. Para ter acesso a boas partidas de futebol, por exemplo, é necessário assinar pacotes caros. Recentemente, ainda houve um guerra entre algumas emissoras de TV aberta e as teles, mas a crise parece estar superada.

Na TV aberta, gratuita, são os comerciais que bancam os custos e o lucro das emissoras. Na TV fechada, há cada vez mais comerciais, inclusive durante um jogo de futebol ou um filme, e os pacotes estão cada vez mais caros.

Em lugar de entender a insatisfação dos assinantes, as operadoras investem, isto sim, contra empresas como Netflix, provedor de filmes e séries por streaming. Em São Paulo, o prefeito João Dória, enviou projeto de lei à Câmara Municipal para tributar, com alíquota de 2,9%, plataformas de streaming (distribuição multimídia em rede de pacotes), como Netflix e Spotify (música).

Isso mostra que, na hora de tributar, os governantes se assemelham.

Tratamos, aqui, dos preços, da programação, mas não podemos nos esquecer dos problemas técnicos. Mesmo a TV transmitida por fibra óptica tem frequentes interrupções e aqueles malditos quadradinhos coloridos na imagem, que tanto irritam o consumidor.

Nesses casos, o assinante deve ser ressarcido (geralmente, com desconto no valor do próximo boleto). Recomenda-se, também, que denuncie a falha a uma entidade de defesa do consumidor e à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Que, por sua vez, deveria agir com mais firmeza com as teles também em relação à TV paga. Por exemplo, exigindo melhor qualidade técnica e mais flexibilidade na oferta de pacotes, que continuam formatados exclusivamente de acordo com o interesse das operadoras, não do consumidor.

Na TV por assinatura, como na telefonia fixa, móvel e no acesso à banda larga, ninguém é por nós
Herculano
02/11/2017 08:33
da série: as coisas estranhas e contraditórias como elas são por gente que entende e sobrevive do riscado com altos salários pagos pelo povo desempregado e de salário mínimo

MINISTRA CITA ESCRAVIDÃO E PEDE AO GOVERNO SALÁRIO DE R$ 61 MIL

Conteúdo da coluna Estadão, de Andreza Matais, no jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Naira Trindade

A ministra Luislinda Valois, dos Direitos Humanos, apresentou ao governo um pedido para acumular o seu salário com o de desembargadora aposentada, o que lhe garantiria vencimento bruto de R$ 61,4 mil. Em 207 páginas, ela reclama que, por causa do teto constitucional, só pode ficar com R$ 33,7 mil do total das rendas. A ministra diz que essa situação, "sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo, o que também é rejeitado, peremptoriamente, pela legislação brasileira desde os idos de 1888 com a Lei da Abolição da Escravatura".

Sobra pouco.
Luislinda justifica no documento que, por causa da regra do abate-teto, pela qual nenhum servidor ganha mais do que um ministro do Supremo, seu salário de ministra cai para R$ 3.292 brutos. O de desembargadora, de R$ 30.471,10, é preservado.

Ops.
Ao citar a Lei Áurea, a ministra Luislinda comete um deslize. Ela diz que a norma "recebeu o número 3533", quando a lei sancionada pela princesa Isabel em 13 de maio de 1888 é a 3353.

Com a palavra.
Procurada durante todo o dia de ontem para comentar o assunto, a ministra disse, por nota, que "não vai se pronunciar a respeito". Filiada ao PSDB, ela assumiu a pasta em fevereiro deste ano.

Argumentos.
No documento, Luislinda diz que "ao criar o teto remuneratório, não se pretendeu, obviamente, desmerecer ou apequenar o trabalho daquele que, por direito adquirido, já percebia, legalmente, os proventos como sói acontecer na minha situação".

Definição.
O Código Penal define trabalho análogo ao de escravo o que submete a pessoa a condições degradantes, jornada exaustiva, trabalho forçado, cerceamento de locomoção e servidão por dívida.

Benefícios.
Como ministra, Luislinda tem direito a carro com motorista, jatinhos da FAB, cartão corporativo, imóvel funcional e a salário de R$ 30,9 mil
Herculano
02/11/2017 06:59
BANCõES POUCO ANIMADOS COM 2018, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Itaú e Bradesco não parecem assim animados com a recuperação econômica em 2018, a julgar pelas estimativas de crescimento do crédito desses dois bancões. Não foi o único copo de água fria em quem imaginava um crescimento maior do que o ora previsto para o ano que vem, de 2% e uns trocados.

Os resultados de indústria, comércio e serviços foram fracos no terceiro trimestre, pelo que se sabe até agora. A perspectiva de aumento de salário no ano que vem está sobre o muro, sub judice. Se o investimento federal "em obras" não diminuir em 2018, será um milagre. O investimento privado é um mistério emparedado entre o receio do resultado da eleição e a capacidade ociosa das empresas.

Mais animadores são os números da confiança de indústria, comércio, serviços e empresários. Estão em alta e, na média, voltaram ao mesmo nível de meados de 2014, o que não é lá grande coisa, mas freia receios maiores sobre 2018. Os consumidores, porém, ainda estão com o pé atrás.

BANCOS

O crédito no país pode crescer até 5% no ano que vem, disse o pessoal do Bradesco ao apresentar o balanço do terceiro trimestre (descontando a inflação, dá 1%. Muito pouco). Para quem prefere ver copos meio cheios, seria um avanço, pois, de setembro de 2016 a setembro de 2017, o recuo da carteira de crédito do banco foi de 6,7%. Neste ano, a baixa do crédito no país anda pela casa de 2% (levando em conta a inflação, uns 5%).

No Itaú, o crédito encolheu 5% até setembro. Para 2018, o banco estima crescimento entre nada e 4% de sua carteira de empréstimos ?"mais provável que fique mais perto de nada.

Bradesco e Itaú têm cerca de um terço dos empréstimos bancários do país. Logo, indicam para onde o vento sopra. No caso de outros bancos maiores do país, a Caixa, por exemplo, está com a língua de fora, sem capital. O BNDES vai continuar sob lipoaspiração.

SALÁRIOS

O aumento da média dos salários neste ano parece bem razoável, 2,4% sobre setembro de 2016, segundo o IBGE, em termos reais (isto é, descontada a inflação). No entanto, foi a inflação que fez parte boa do serviço de sustentar o poder de compra.

Os salários vinham com reajustes nominais altos, de 7% até meados do ano. Como a inflação caiu bem além da conta, houve ganhos inesperados de renda. Em setembro, porém, o ritmo do aumento nominal dos salários baixou a 4,9% ao ano. A inflação, por sua vez, deve sair da casa dos 3% para 4% em 2018.

Em tese, os reajustes nominais devem ser agora mais contidos, justamente por causa da inflação baixa deste 2017 e porque, enfim, há sobra de trabalho, desemprego enorme. Ou seja, há risco de os aumentos reais de salário estagnarem ou minguarem.

A compensação pode vir por meio do aumento da massa de rendimentos (total dos salários, digamos) devido ao aumento da ocupação. Isto é, com mais gente trabalhando, pode haver mais dinheiro para consumo. Um resto de ânimo pode vir da queda da despesa das famílias com o pagamento de suas dívidas, que continua.

Mas, como se nota, ainda estamos catando moedas a fim de manter a esperança de crescimento melhor em 2018
Herculano
02/11/2017 06:52
OAB PEDE QUE CRIME DE DESACATO SEJA EXTINTO

Conteúdo de O Antagonista. A Ordem dos Advogados do Brasil foi ao STF pedir a extinção da eficácia do crime de desacato previsto no Código Penal brasileiro.

Em juridiquês, a OAB protocolou uma ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) por entender que a tipificação do crime viola o princípio constitucional da igualdade entre particulares e funcionários públicos, entre outros.

O presidente da entidade, Claudio Lamachia, argumenta que a possibilidade de cometer o crime de desacato intimida a atuação de advogados diante de agentes públicos ?"juízes, por exemplo.

Em dezembro do ano passado, o STJ considerou o crime de desacato à autoridade incompatível com a Convenção Americana de Direitos Humanos.
Herculano
02/11/2017 06:50
Conselho do Ministério Público vai rever resolução que dá superpoderes a procuradores e promotores. Conteúdo da Coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Daniela Lima, Thais Arbex e Júlia Chaib

DAQUI NÃO PASSA
O Conselho Nacional do Ministério Público vai rever a resolução que concede superpoderes a promotores e procuradores. A norma foi aprovada no final do mandato de Rodrigo Janot à frente do CNMP e é alvo de questionamento no STF. Hoje sob a batuta de Raquel Dodge, o colegiado avalia a melhor forma de encerrar o assunto: se revoga o texto integral ou parcialmente, suprimindo os trechos mais controversos. A nova procuradora-geral já avisou que, como está, não vai ficar.

EU RESOLVO
Dodge teria enviado sinais ao ministro Ricardo Lewandowski, relator da ação que questiona a resolução no Supremo, de que ele não precisaria sustar a norma, pois ela mesma o faria.

POR PARTES
Já foram apresentadas três propostas para uma nova resolução no CNMP. Se optar por revogar integralmente o texto, o colegiado terá que editar outra norma sobre os procedimentos de investigação criminal. A atual prevê a realização de diligências e a requisição de informações e documentos sem autorização judicial.
Herculano
02/11/2017 06:45
A CASA VAI CAIR

Conteúdo de O Antagonista. Há uma semana, Raquel Dodge criou uma força-tarefa para enfrentar o problema da segurança pública no Rio de Janeiro.

Pelo visto, o serviço de inteligência do Exército e a Polícia Federal descobriram, durante a intervenção, novas conexões criminosas de políticos de lá com o crime organizado.

Há uma investigação em curso.

Isso explica o recuo estratégico das Forças Armadas após a ação na Rocinha, por determinação do ministro Raul Jungmann.

É iminente uma operação contra gente graúda da política fluminense, como destacou Merval Pereira.

Claro está que Torquato Jardim se precipitou na entrevista a Josias de Souza.
Herculano
02/11/2017 06:43
PLACAR DO UBER

No senado, Dalírio Beber, PSDB, votou a favor; Dário Berger, PMDB, contra. Já Paulo Bauer, PSDB, não compareceu à votação.
Herculano
02/11/2017 06:32
INGRATIDÃO DE EX-SECRETÁRIA ESTARRECE O PLANALTO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O Planalto está às voltas com um caso espantoso até para os padrões da política brasileira. É que o governo Michel Temer investiu na eleição de Flavia Piovesan, secretária de Direitos Humanos, à vaga na Comissão de Direitos Humanos da OEA, a Organização dos Estados Americanos, mas, depois de eleita, ela desatou a falar mal do governo. Temer gostava muito da moça desde quando orientou sua tese de mestrado. Procurada por meio de sua assessoria, ela não retornou.

ZERANDO DÍVIDA
Piovesan se empenhou para o governo pagar US$8 milhões devidos junto à OEA. Sem isso, sequer poderia concorrer à vaga que ganhou.

APOIO TOTAL
Embaixadores do Brasil pediram voto aos governos membros da OEA. E Temer até disponibilizou jato da FAB para a campanha de Piovesan.

TOMA LÁ, DÁ CÁ
O chanceler Aloysio Nunes pediu votos dos seus homólogos para a secretária, e o Brasil até trocou votos na OEA para garantir a vaga.

RETROCESSOS, NÃO
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) diz que vai sair até o fim do mês a Medida Provisória da reforma trabalhista. A torcida é que o governo não restabeleça a excrescência da contribuição sindical obrigatória.

ESTÁTUA PARA TORQUATO
Em vez de Pezão incomodar Torquato Jardim com uma "interpelação judicial", deveria homenageá-lo. Até para mostrar, se é inocente, que nada tem com a promiscuidade denunciada pelo ministro da Justiça.

FALTA MUITO POUCO
A partir de quinta (2) faltam 339 dias para a eleição 2018, que definirá o próximo presidente da República, governadores dos 26 estados e do DF, além de 513 deputados federais de dois terços (54) do Senado.

A PRóXIMA VÍTIMA
Prevalecendo a inviabilização do aplicativo de transporte Uber, entidades de bancários planejam tentar proibir aplicativos para acessar bancos via celular. Alegam que "elimina empregos".

SIMPóSIO NO AMAZONAS
Três importantes ministros debaterão o papel das Ouvidorias na crise, em simpósio do Tribunal de Contas do Amazonas, dias 16 e 17: Marco Aurélio (STF), Mauro Campbell (STJ) e Walton Rodrigues (TCU).

A BANCA DO DISTINTO
O departamento de "pesquisa macro" do Banco Itaú Unibanco produziu estudo para orientar investidores estrangeiros em relação às eleições no Brasil, em 2018. Lula aparece em 39 das 89 páginas do relatório.

JUSTIÇA X FACEBOOK
Juiz de Anápolis (GO) intimou o Facebook a informar os dados do autor de perfis falsos usando uma adolescente. Fixou multa diária de R$1 mil e acusou a empresa de "atos omissivos mais graves" que o acusado.

ROMBO 2018
Apesar de garantir que o governo pretende "descontingenciar" verbas, o ministro Dyogo Oliveira (Planejamento) avisou ontem que, para 2018, "não está sobrando dinheiro". O rombo continua enorme.

PENSANDO BEM...
...só políticos do Rio se ofenderam com a afirmação do ministro da Justiça de que, por lá, o comando da polícia e tráfico se relacionam.
Herculano
02/11/2017 06:27
MINISTRO ACUSA SEM BASE E NADA FEZ CONTRA CAUSA PRIMORDIAL DA VIOLÊNCIA, por Jânio Freitas, no jornal Folha de S. Paulo

A denúncia do ministro da Justiça ?""Há toda uma linha de comando que precisa ser investigada"?" tanto se aplica ao governo de que ele faz parte e, sobretudo, ao presidente que o comanda, como é por ele associada à Polícia Militar do Estado do Rio. Da primeira destinação, todos e ele sabemos mais do que o suficiente. A segunda destinação deve ser dividida, como atitude de um ministro da Justiça e pelo seu teor.

A cidade do Rio, como se diria há algum tempo, está jogada às feras. É ataque de todos os lados. Justificados, em imensidão deles, oportunistas como política e como negócio, sensacionalistas como apelação de má imprensa/TV/rádio. Entregue às feras, sim, mas não, em expressão menos distante, entregue às baratas. Este é o caso do governo nacional.

Só de um governo assim viriam, desacompanhadas de qualquer sustentação, denúncias escandalosas e inquietantes que apenas deveriam tornar-se públicas com a apresentação das conclusões investigatórias e, sendo o caso, dos culpados. Assim é a ação policial responsável e é o dever do seu superior, como o ministro Torquato Jardim é da Polícia Federal.

"Fiz uma crítica pessoal, mas, se estou errado, que me provem", pensou Torquato Jardim estar abrandando sua atitude. O princípio essencial de que a prova cabe ao acusador, não ao acusado, decai no Brasil com velocidade a jato. Mas o ministro da Justiça ainda tem, entre seus deveres, o de protegê-lo. Além disso, não fez "crítica pessoal", falou como ministro, de assunto afeto à sua pasta. Não lhe cabe senão assumir o que disse e dar-lhe consequência, com as medidas e comprovações que a denúncia necessita e todos esperamos, no Rio e fora.

"Os comandantes dos batalhões são sócios do crime organizado": Torquato Jardim não dá chance a nenhum. Sozinho, o Batalhão de São Gonçalo, município vizinho de Niterói, já excede em provas da infiltração de práticas criminosas na PM: quase cem dos seus integrantes presos em uma única operação, o envolvimento até do comandante no assassinato de uma promotora, a ficha é péssima.

A frequente constatação de PMs integrando milícias, assaltando, matando a serviço do tráfico de drogas, isso não espanta mais. Oficiais mal preparados, fuzilando passageiros inocentes de carros de desavisados, permitindo ou conduzindo complacência de patrulhas com a criminalidade, coisas assim são bastante sabidas.

Entre as menos conhecidas há, por exemplo, os pagamentos de PMs para entrar na escala de motociclistas que vão fiscalizar o trânsito, carros e motoristas. A taxa alta exige que a recuperem de quem fiscalizem. E, depois, de outros obtenham o que os faz quererem a escala nas motocicletas.

Não são características da PM fluminense, estão disseminadas pelo país, em variados graus. Mas nem comprometem as PMs por inteiro, nem condenam todos os comandos a priori. E, acima de tudo, contribuem para a dificuldade de combater a criminalidade, mas não estão entre as causas primordiais da violência que explode em alguns bairros do Rio e se espalha mais pelo país todo.

Entre as causas primordiais estão a fácil entrada, a fácil distribuição, o fácil comércio e a fácil posse de armas de combate e suas munições. É o que permite o crescimento dos bandos, quadrilhas, ou "facções" no dizer paulista.

Os ministérios da Justiça e da Defesa são os responsáveis pelo arsenal ilícito que é o Brasil. Os ministros Torquato Jardim e Raul Jungmann nada fizeram para sustar o aumento desse arsenal e, portanto, da criminalidade armada e de suas organizações. Assim favorecem o crime, dentro e fora das PMs.
Herculano
02/11/2017 06:20
ABORRECIDO COM TORQUATO, TEMER SE FAZ DE MORTO, por Josias de Souza.

Michel Temer decidiu tratar a crise que opõe o seu ministro da Justiça ao governo do Rio de Janeiro como uma espécie de bala perdida que passou de raspão pelo Palácio do Planalto. Aconselhado por um parlamentar fluminense a demitir Torquato Jardim, o presidente fez ouvidos moucos. Ante a cogitação de divulgar uma nota, preferiu se abster. Uma declaração oral? Refugou. Espera que a desavença seja sedada pelo feriado. Sem condições de agigantar-se em meio ao tiroteio, Temer agachou-se. Embora esteja aborrecido com o amigo Torquato, optou por não fazer nada. O que explica tudo.

Temer não deseja afastar o ministro. Mas ainda que desejasse, não teria condições de fazê-lo. Após transformar a Esplanada numa trincheira multipartidária de investigados, o presidente atiraria contra o próprio pé se colocasse no olho da rua um auxiliar com a ficha imaculada, cujo pecado foi ecoar meia dúzia de verdades contidas em relatórios sigilosos dos órgãos de inteligência sobre o acasalamento da política e da Polícia Militar fluminense com o crime organizado.

Empurrar Torquato para fora do governo, forçando-o a pedir para sair, também não seria uma manobra inteligente. Sobretudo porque Temer acaba de pegar em lanças para aprovar na Câmara o congelamento das investigações criminais contra si mesmo e contra os ministros palacianos Moreira Franco e Eliseu Padilha. Festejado nas redes sociais pela sinceridade, o titular da pasta da Justiça ganharia uma aparência de navio que abandona os ratos.

Para fazer média com o governador Luiz Fernando Pezão, Temer poderia submeter Torquato a uma admoestação cenográfica. Coisa para carioca ver. Mas o ministro da Justiça não é político. Ele faz a Temer o favor de ser ministro da Justiça. Não domina a arte de engolir sapos. Tampouco parece afeito à prática de procurar saídas honrosas em meio à desonra. De resto, Temer se arrisca a entrar na briga do lado da polícia do Rio. A corporação não é 100% corrupta, como insinuou o ministro. Mas 95% dos seus membros dão aos 5% restantes uma péssima reputação.
Herculano
02/11/2017 06:16
SOLUÇõES PARA FAKE NEWS COMEÇOU COM UMA FAKE SOLUTION, por Roberto Dias, secretário de Redação da área de produção do jornal Folha de S. Paulo

Se há uma entidade que não deveria se meter de jeito nenhum a arbitrar o que é informação que pode circular e o que não é, essa entidade é o Exército brasileiro.

As décadas de ditadura e censura são suficientes para desejar os militares longe de atividades assim, sobretudo se relacionadas a uma eleição.

Mas é justamente essa a costura que está sendo feita em Brasília para enfrentar o problema das notícias falsas. A sugestão do ministro Raul Jungmann é que o Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército trabalhe para identificar tais conteúdos. A ideia soa equivocada não só pelo antecedente histórico, mas também pela eficácia.

Nem a compreensão do problema parece boa. As fakes news têm tudo para ser a maior dor de cabeça das eleições de 2018, assim como ocorreu nos EUA. Acreditar que são incapazes de decidir uma disputa majoritária, como diz o ministro do STF Alexandre de Moraes, é subestimás-las.

A importância delas na vitória de Donald Trump ainda mal foi arranhada. As gigantes da internet começaram só agora, e sob muita pressão, a divulgar imagens dos anúncios falsos e dados de seu alcance.

Um deles, mostrado nesta quarta (1º) no Senado americano, tem uma foto de um ator "ensinando" os eleitores de Hillary Clinton a votar sem sair de casa, usando uma hashtag do Twitter, algo impossível.

Nos EUA, a discussão agora vai no sentido de aproximar as regras para publicidade nas plataformas de internet às da mídia tradicional. O projeto "Lei dos Anúncios Honestos" quer que as gigantes digitais mantenham uma base de dados pública com todos os investimentos acima de US$ 500, incluindo aí a audiência obtida e o preço pago ?"e mesmo esse caminho talvez seja tímido demais.

Por aqui, o arcabouço legal manco deve jogar seguidas bombas no colo dos tribunais eleitorais. A discussão desse problema complexo começou com uma solução simples e errada
Herculano
01/11/2017 20:15
VAI ACONTECER MUITA COISA

Conteúdo de O Antagonista. Torquato Jardim prepara o contra-ataque.

Leia o comentário de Merval Pereira na CBN:

"O ministro Torquato Jardim tem informações importantes sobre a segurança pública no Rio e não foi à toa o que disse. Não acho que ele tenha sido leviano, falou com base em investigações que estão sendo feitas no Rio, desde a intervenção das Forças Armadas.

Não adianta o governo do Estado nem a Polícia Militar reclamarem; o sistema de inteligência do Exército está atuando e nos próximos dias vai acontecer muita coisa. O ministro sabe o nome do deputado e os indícios das investigações levaram às suas declarações."

UM CASO QUASE PERDIDO

Darcísio Perondi, vice-líder do governo na Câmara e integrante da tropa de choque de Michel Temer, saiu em defesa de Torquato Jardim, registra O Globo.

Segundo o deputado do PMDB gaúcho ?"que não comentou a reação de Rodrigo Maia?", o ministro da Justiça falou em nome pessoal sobre a situação do Rio.

"Sabemos que o Rio é quase um caso perdido. Ele [Torquato] foi sincero. Às vezes, a sinceridade machuca."
Herculano
01/11/2017 20:03
RODRIGO MAIA RESOLVE RER PITI COM FALA DE MINISTRO TORQUATO, MAS BEM DE LONGE, LÁ NA FARRA, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV.

Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente carioca da Câmara - nascido em Santiago, eu sei -, demonstra que, em matéria de ridículo, ele pode percorrer extensões mais longas do que uma simples viagem até o Oriente Médio. O valente lidera uma farra turística de nove deputados a Israel, com parada na Itália no retorno a Banânia. É o chamado "dolce far niente", em que se especializam alguns de nossos mais ilustres representantes.

Uma nota antes que continue. Ninguém sabe o que a turma foi fazer por lá, às expensas da Câmara. Só em hospedagem, o custo é de R$ 90 mil. O Poderoso requisitou um avião do FAB. Custo a calcular. Mas vemos, como se sabe, aqui e ali, Maia posar de Catão da República. Nos veículos do grupo globo e associados, alcançou a estatura de pensador. Foram recebidos pelo primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu? Não. Trata-se de um homem ocupado. Alguma outra autoridade relevante de Israel? O presidente do Parlamento, Yuli Edelstein, e o ministro de Segurança Pública, Gilad Erdan, encontraram-se com a turma: cada um lhes dispensou 20 minutos. Também estavam muito ocupados. Ah, sim: os turistas visitaram também o Museu do Holocausto e depois foram para Ramallah. Colocaram flores no túmulo de Yasser Arafat e tiveram direito a mais 20 minutos com outras pessoas ocupadas: o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas; o primeiro-ministro palestino, Rami Hamdallah, e outros membros do Conselho Legislativo da ANP. E vambora pra Itália dançar a tarantela dos desocupados.

Bem, lá de longe, claro!, Maia não poderia ficar sem mandar seu recado do dia a um veículo do grupo Globo. Em entrevista ao Blog da Andréia Sadi - ela publica sempre antes o que andam dizendo pelas bocas e becos de Brasília, muito especialmente o que não vai acontecer -, o doutor faz uma cobrança dura ao ministro da Justiça, Torquato Jardim, sobre o estado de desordem da segurança no Rio. O doutor está inconformado porque Jardim denunciou o conluio entre agentes da polícia, da Assembleia e, tudo indica, do Estado com o crime organizado. Com a fragmentação do comando do tráfico, as milícias estão tomando o seu lugar, o que leva à multiplicação de lideranças locais - associadas, muitas vezes, a policiais.

Vamos lá. Se me perguntarem se aprovo o modo como o ministro tratou a questão, a minha resposta seria esta: "Em si, não!". O que quer dizer esse "em si"? Tomada em sua pureza, fora do contexto, é "não". Mas o trabalho do jornalismo compreendia antigamente, e compreende ainda em alguns casos, ir além da fofoca, não importa a distância. A verdade é que o governo federal, em especial o destacamento das Forças Armadas, bateu num paredão chamado "governo do Estado". Em vez de colaboração com as tropas federais, o que se viu foi o boicote de um governo que vive em estado de desordem. Aquele equilíbrio precário entre bandidagem e simulacro de segurança pública que vigorou no Rio de Sérgio Cabral foi para o beleléu.

Lembram-se quando as UPPs eram consideradas, inclusive pela imprensa carioca, o último bombom da caixa? Pois é...

Rodrigo Maia ignora o contexto e apenas dá uma de uma carioca ofendido, como fez o ministro do Supremo, Roberto Barroso, quando Gilmar Mendes lembrou a esculhambação das contas públicas no Rio. Ademais, o presidente da Câmara evidencia que não conhece a Constituição. Afirmou que, se é como diz Torquato, o governo federal precisa intervir na segurança do Estado. Bem, já interfere. Mais do que isso, ai é preciso simplesmente fazer intervenção no Estado. Ocorre que isso praticamente paralisa o governo federal e o Congresso. Vale dizer: o resto do Brasil pagaria o pato.

De toda sorte, Rodrigo Maia tenha a opinião que quiser, já que, ultimamente, ele virou especialista até em espinhela caída. Mas que o seja, ao menos, em solo brasileiro. E que, aqui chegando, faça com que o grupo dos deputados ressarça os cofres públicos por sua viagem inútil.
Herculano
01/11/2017 19:54
HOJE É DIA DE FINADOS

QUAL FOI O MAIOR PERSONAGEM EMPREENDEDOR SOCIAL E EXEMPLO ÉTICO DE GASPAR, SEGUNDO RESSALTAM OS NOSSOS HISTORIADORES? FREI GODOFREDO. E NÃO ERA DE GASPAR!

Valeria uma reflexão

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