05/01/2017
SAÚDE DOENTE I
Sob este título na terça-feira, fiz os meus primeiros comentários sobre o novo governo Kleber Edson Wan Dall, PMDB, em Gaspar. A Saúde Pública é atualmente uma área delicada, perigosa e de difícil solução para qualquer administrador público – seja ele no âmbito do município, do estado ou da esfera federal. Tudo devido à atual conjuntura econômica nacional. Ela foi criada pelo PT e o PMDB para Brasil. O SUS não atende apenas os mais pobres, a universalização como preconiza a Constituição, mas empurra para dentro dela, os afetados pelo desemprego, subemprego e do achatamento salarial decorrente da crise e os que não suportam mais pagar os planos de saúde. É crítico. É uma bola de neve.Desafiador.
SAÚDE DOENTE II
A turma que cerca o prefeito Kleber ficou numa saia justa com os comentários escritos. Preferia o silêncio sobre as verdades, realidades e evidências que precisam ser discutidas. Fez ensaios aqui e ali, como recados, para demonstrar a sua insatisfação. Mostrou com isso que gosta de fantasias e não é afeita às observações, ou mesmo às contestações na defesa de argumentos que acredita. Ou seja, pelo jeito e mais cedo do que se imaginava, vai repetir os erros dos governos de grotões, inclusive os do próprio PMDB e do PT daqui que já atestaram isso, de que fazem tudo entre poucos, escondido por não conseguir dialogar com a sociedade na busca de soluções partilhadas ainda mais em momentos de dificukldades. Auto-suficientes, os políticos no poder de plantão, pensam ter a poção mágica e serem capazes do milagre, que normalmente resultam em desastres para o povo, o pagador dos pesados impostos e o mais pobre, o que sofre na pele de verdade.
SAÚDE DOENTE III
Apesar da chiadeira, não conseguiram ao menos desmentir e nem disfarçar naquilo que escrevi e se contestava. Lavaram a minha alma. E qual foi o primeiro press release no site que voltou a ser atualizado depois de quatro dias da posse da nova administração? Dois dias depois de publicada a coluna, onde foi que aconteceu a primeira reunião da secretária de Saúde, Dilene Jahn dos Santos? No Hospital. Ela empossou a nova administração interventora, ratificando e dando continuidade no modelo do PT para o Hospital. O que significou isso? Que o Hospital é a prioridade; que ali, continuará a sangria do dinheiro público escasso para a área de Saúde Pública, em detrimento das dezenas de postos de saúde, da policlínica sem especialidades e das farmácias básicas sem os remédios básicos.
SAÚDE DOENTE IV
Acostumei-me à duas coisas na vida. A primeira delas no setor privado onde conheci gestores capazes de se arriscar e inverter o sentido da roda, saindo da sua zona de conforto e à imitação daquilo que parecia funcionar ou agradar. Por causa dessa ousadia, também testemunhei fracassos. Contudo quando o sucesso veio, foi estonteante, marcante, fez da equipe, da ideia ou do gestor os pontos fora da curva e do reconhecimento. A regra sempre se muda quando as coisas funcionam. Quando elas estão engripadas, tudo é mais difícil, mais demorado e mais exposto ao fracasso. A segunda, foi a de perder a paciência no serviço público – a que sempre precisei - movido por políticos sem experiência, sem capacidade e o menor senso de inovação. Repetem o óbvio, o velho, o que não funciona até mesmo para encontrar a desculpa para a sua própria inércia ou para atender os velhos esquemas que levam vantagem com a roda emperrada e o fingimento que se tenta desengripá-la. E quem sofre com esta inércia? Os fracos, os que precisam e os que pagam caro para resultados, inovação e produtividade.
A PRIMEIRA LICITAÇÃO
A primeira grande licitação para a tomada de preços do governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, já tem data: dia 20 de janeiro e foi iniciada pelo governo de Pedro Celso Zuchi, PT. É para a contratação de empresas para a prestação dos serviços de manutenção preventiva e corretiva, com fornecimentos de peças em geral e acessórios, para veículos da frota do município. O valor estimado do pregão 254/2016? R$2.962.743,00.
ASSISTÊNCIA SOCIAL? I
Quer mais uma amostra de que o “novo” governo de Gaspar é antigo e pode mais prejudicar do que ajudar como prometeu aos mais vulneráveis, ainda mais marginalizados em tempos de aguda crise econômica? Quem frequenta na Comarca as varas criminais, a vara que cuida da família, da criança e adolescência, quem anda por algumas regiões da cidade e com até restrições para se entrar nelas – como afirma a própria polícia -; quem anda por alguns corredores do Gascig, quem anda pelo Centro diante de pedintes e andarilhos, sabe que os problemas sociais em Gaspar são graves e por vários aspectos. Entre eles estão a deterioração dos laços familiares, a migração, a cidade dormitório que somos, a violência decorrente dos desajustes comunitários, o desemprego, o estabelecimento de gangues que sobrevivem da receptação e do tráfico de drogas na região do Vale e principalmente o litoral. E tudo agravado por oito anos de inépcia na política e ação de verdade nessa área, diante da omissão completa do governo no PT com empreguismo político no comando da área de Assistência Social.
ASSISTÊNCIA SOCIAL? II
Quem vai tocar a área de Assistência Social para o governo do PMDB/PP e tentar mitigar os problemas sociais e de segurança do município? Um especialista? Nada. Um amigo, um sombra de políticos e uma pessoa que se diz por aí, que é o guru do prefeito Kleber Edson Wan Dall: Ernesto Hostins. Qual o currículo dele nesta área? No Linkdin, diz que ele é formado Ciências Econômicas, na Furb, e muito recentemente se tornou especialista em Informática em Educação, pela Universidade de Lavras, em Minas Gerais (curso à distância). Ligado à Igreja Quadrangular, Ernesto foi o assessor de Kleber quando ele era vereador. No jogo de ocupação lateral de interesses do PMDB, esteve no comando do PTB local, foi ao DEM e hoje está no PSC, tudo para acompanhar o deputado evangélico Narciso Parizotto. E no tempo em que Kleber ficou no emprego da Agência de Desenvolvimento Regional, Ernesto se equilibrou como coordenador de escolas.
ASSISTÊNCIA SOCIAL? III
Se o currículo não mostra intimidade, habilidade e conhecimento com um assunto tão sério, o próprio Plano de Governo que Kleber e Luiz Carlos registroram na Justiça Eleitoral, não possui nenhuma preocupação diferencial nesta área. Você leitor e leitora sabem quais as propostas deles para a Assistência Social? Vou relembrá-las. “Criar Plano Municipal de capacitação profissional de adolescentes e jovens e contribuir com a sua inserção no mercado de trabalho”, bonito, mas como se dará isso, quais os recursos e onde eles estão para tal iniciativa? Quantos pretende incluir nesta iniciativa e em que tempo? Outra proposta: “elaborar diagnóstico socioterritorial”. Calma, mas isso já não deveria se ter? Como alguém pode estar trabalhando nessa área sem conhecer a realidade das demandas e das fragilidades? Supondo que se não tenha esse levantamento, o que por si só é um absurdo, em quanto tempo pretende ter esse diagnóstico? Outra proposta: “estimular e valorizar os profissionais do SUAS (Sistema Único da Assistência Social) como promotores do acesso da população mais vulnerável às políticas sociais”; ótimo, até porque não dá para fugir da SUAS, mas se não há um diagnóstico, se não se fixou metas, se não há orçamento rubricado para ações excepcionais, como vai se estimular algo que não possui parâmetros?
ASSISTÊNCIA SOCIAL? IV
E para encerrar o rol de poucas propostas feitas no Plano de Governo: “promover a articulação dos Conselhos de Assistência Social com os Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente, Saúde e de Educação visando a integração de esforços e a qualificação do atendimento às demandas sociais”. Bom essa proposta nem mereceria comentário diante do básico do óbvio ululante, ou da falta do que escrever e encher a linguiça numa proposta de governo. Isso mostra claramente que se trata de um cabide de emprego e não à busca de uma solução para algo tão grave em Gaspar, que deveria estar não na “assistência”, mas na efetiva proteção mínima aos vulneráveis e desassistidos. Então é preciso orar e esperar o milagre. A Assistência Social, que por aqui já se chamou pomposamente de Desenvolvimento Social e regrediu, é algo elementar na vida de jovens, lares desestruturados, desassistidos e idosos. Suas ações são interligadas aos programas de Saúde, empregos e rendas, educação, esporte, cultura e lazer. É algo muito dinâmico bem além do assistir (do sentido da esmola e achar que se fez a parte que lhe cabia) como do assistir (as coisas acontecerem) sem a intervenção para o mitigar, diminuir as diferenças e incluir. Acorda, Gaspar!
O PMDB de Gaspar está sem criatividade e pelo jeito, sem planos próprios. Então imita o PT. O ex-assessor do vereador Ciro André Quintino, PMDB, que não acompanhou o chefe na presidência da Casa por falta de um diploma universitário, Roni Jean Muller, foi nomeado superintendente do Orçamento Participativo, a marca nacional do PT. Ria macaco.
Gente atrapalhada. Sedenta por uma vaguinha. A coluna vinha perguntando a cada publicação das nomeações: cadê as desnomeações de Gaspar? E o novo pessoal no poder me chamando de intrometido, desocupado, invejoso...
Pois, o decreto 7.290, de três de janeiro de 2017, publicado só ontem dia cinco de janeiro no Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet e não tem hora para sair - e assinado pelo prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, responde e lava a minha alma [outra vez].
O decreto exonera os servidores comissionados do Samae de Gaspar, Elcio Carlos de Oliveira, diretor Presidente e José Carlos Schramm, assessor Jurídico. E tudo isso nas barbas do mais longevo dos vereadores, várias vezes presidente da Câmara, o que se diz mais conhecedor das leis, o vereador licenciado e hoje presidente da autarquia, José Hilário Melato, PP.
Já o artigo 2º desse decreto é uma gracinha e de efeito prático duvidoso: “este Decreto entra em vigor na data de sua publicação [que foi ontem], retroagindo seus efeitos para 01º de janeiro de 2017”. Há gente que entende do assunto, diz não ser bem assim. Para efeitos de remuneração, havia dois presidentes. Então...
Gente atrapalhada. Deu zebra. O motorista de campanha de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, Ezequiel Hintz, foi nomeado assessor administrativo na Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Defesa Civil na primeira leva de nomeados no dia três de janeiro e para ocupar o cargo desde o dia primeiro de janeiro.
Ontem o prefeito Kleber Edson Wan Dall gastou tinta, tempo e dinheiro para dizer que Ezequiel está nomeado sim, para o mesmo cargo, na mesma Secretaria, mas para começar só no dia nove de janeiro. Ah, bom...
Ontem ainda a secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Defesa Civil nomeou para a tal diretoria de Capitação de Recursos Jonelde Bianchi Damo e para a superintendência de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da secretaria, Rafael Weber.
Aliás, as publicações dos nomeados na área de comentários da coluna na internet, tem dado além da audiência, a dimensão do cabideiro de empregos e como os adversários, principalmente o PSDB e DEM foram traídos.
Aliás sobre esta publicação, obrigatória pela legislação no Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet e não tem hora para sair -, também é motivo de queixas em Gaspar e Ilhota. É um desespero. Tontos.
Tem gente na administração de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, em Gaspar, e de Érico de Oliveira, PMDB, em Ilhota, que teima na defesa de que não sejam publicadas estas nomeações e outros atos, onde há audiência. Cada uma!
Ora, se os novos governantes – que juraram transparência e culparam os antecessores por não tê-las, estão envergonhados daquilo ou daqueles que nomeiam para serem seus auxiliares ou se existem alguma coisa errada, há de se supor também que existem nas nomeações, ou atos controversos.
Antes de reclamar, pressionar e chantagear com quem as publica, a primeira coisa era não ter assinado os decretos e portarias. Agora fazê-los e tentar escondê-las é algo que precisa ser investigado desde já. Começou muito cedo. Serão quatro anos de fortes emoções.
Uma definição óbvia que li no twitter entre muitos comentários derivados do massacre de Manaus: bandido é bandido em qualquer lugar. Gostam de mordomias sejam nas casas, nas celas, nos hotéis, nos palácios...
Irresponsabilidade dos governantes com os cidadãos. O ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, inaugurou a ponte do Vale no dia 23. Todos viram ou perceberam à razão do improviso. Eu aqui desnudei o que toda a imprensa daqui e da região camuflou.
Mas, a colocação da sinalização vertical, ao mínimo e improvisada, aconteceu só no quarta-feira. Ao todo foram instaladas sete placas, de advertência e de avisos que indicam a velocidade máxima permitida.
“De acordo com o secretário de Planejamento e Desenvolvimento, Alexandre Gevaerd [que já foi secretário dos petistas Décio Neri de Lima e o cassado Paulo Roberto Eccel] a medida foi necessária para assegurar o mínimo de segurança para quem transita sobre o elevado”, estampou um press release do governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB. Não foi invenção da coluna. Novamente, de alma lavada. Acorda, Gaspar!
O portal Governança Brasil traz que o salário base mensal do ex-prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi, PSD, era de R$10.944,39. Mas, no mês de dezembro de 2016, o total de proventos foi de R$68.220,57.
O site do município de Ilhota ainda não consegue informar quem é o atual prefeito e vice de lá. Ao menos tiraram a informação do ex-prefeito Daniel Christian Bosi, que aqui em Gaspar levou-se três dias para retirar sobre Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT.
Os que esperavam ser nomeados e ouviram do próprio prefeito de Ilhota, Érico de Oliveira, PMDB, que a situação seria resolvida após as eleições, estão preocupados. Sem o aval expresso do ex-prefeito Ademar Felisky, PMDB, nada avançará.
O senador Dalírio Beber, PSDB, comunicou a ex-vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, que liberou uma emenda de R$250 mil para educação de Gaspar e que ela havia pleiteado durante a campanha a prefeito. Andreia ajusta com a prefeitura o uso desses recursos.
A primeira mudança anunciada na rádio como secretário de Finanças e Administração de Gaspar e presidente do PMDB, Carlos Roberto Pereira, o que foi coordenador de campanha de Kleber Edson Wan Dall, foi a de local das suas secretarias.
Elas saem do prédio da prefeitura na praça Getúlio Vargas e vão para um prédio que alugaram no governo do PT, mas vejam só, ainda não se ocupou ele totalmente. É da Igreja Católica e fica ali na subida da Igreja Matriz. Ou seja, mais despesas e conforto em época de recessão.
Nada foi contestado até agora. E diante do tempo que já passou, nem poderá. Na entrega das chaves, o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, disse a Kleber Edson Wan Dall, PMDB, que deixava nos cofres R$ 21.317.542,00. Então...
“Cortar regalias de parte do alto funcionalismo talvez ajudasse a acabar com a ideia de que, em vez de entrar no serviço público, essa gente ganhou um título de nobreza jeca, meio caminho andado para se comportar como casta, se dar salários acima do teto e coisas piores”.
Este parágrafo é da coluna que Vinicius Torres Freire escreveu no dia 29 de dezembro do ano passado, no jornal Folha de S. Paulo e eu a publiquei na área de comentários da coluna.
Em família. Ana Caroline Morello é a assessora de comunicação do Samae de Gaspar.
Ontem foi a posse do suplente de vereador José Ademir Moura, PSC, em solenidade reservada na Câmara. Ele ocupou a vaga de José Hilário Melato, PP, nomeado para a presidência do Samae.
Na posse, além dos religiosos evangélicos e alguns vereadores, estiveram ainda no ato simbólico, pois a Câmara está nas suas extensas férias, o vice Luiz Carlos Spenlger Filho, PP, os deputados Rogério Peninha Mendonça (Federal) e Aldo Schneider (estadual), ambos do PMDB.
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